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BPH

A

DELTA 3

PCA BPH

B

68

V

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ia

ç

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n

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l

Fig u ra 2 0. Va ria ção do s va lo res de f o ld- cha ng e o btido s pa ra W FDC1 ( A) , Delt a 3 ( B) e M Y H1 1 ( C), co nsidera ndo a s a mo st ra s de B PH ( a zuis) e d e PCA ( ve rm elha s) . PCA BPH

MYH11

C

WFDC1:Delta 3

Nº de amostras

69 Fig u ra 2 1. Oscila ção no s va lo res de f o ld - cha ng e o bt ido s pa ra a s va ria nte Delt a 3 ( t endo co mo ref erência o a ex pres sã o de W FDC1 ) em a mo stra s de BPH ( a zuis) e P CA ( ve rmelha s) . O gráfico mostra que amostras de BPH e de PCA apresentam distribuições discretas e intercaladas entre si, indicando não haver associação entre PCA ou BPH com a predominância na expressão das duas variantes de WFDC1. Ob ser va -s e a se gr egação d as amo stras d e BP H e PCA.

Fig u ra 22 . Dist ribu içã o de p ro ba b ilida des cu mu la tiva s pa ra o s va lo res d e f o ld - cha ng e o bt ido s pa ra Delt a 3, ut iliza ndo a ex pressã o do W FDC1 co m o ref er encia . As d if er entes co r es ind icam d ifer e ntes se gme nto s d a d istr ib u ição . Fic a clara a e xist ê ncia d e p equ eno s su b gr u po s v irtu alm e nte id ênt ico s ( azu l, v inho , ver d e d e vazad o ) , co m r elaçõ es q u antitat ivas ap r o xim ad a s ind icad as n as caixa s. Os va lo r es d e fo ld - ch a ng e são o s m esmo s ap r esent ad o s na Figu r a 6 .

70 Fig u ra 2 3. Dist ribuiçã o de pro ba bilida de cu mula t iva ut iliza ndo 1 - F(x ) . Dad o s igu ais ao d a Figu ra 6 , ana lisad o s d a mesm a man eir a q u e na F igu ra 1 7 ( escala inv er t id a em Y e sem esca la lo garítm ica. O s d ad o s p arecem se d istr ib u ir em qu atr o clas se s p r inc ip ais . Na p r ime ir a, há p r ed o mínio d e WFDC1 ( p r eto ). E m du as d ela s, p ar ecem h aver r e laçõ es ap r o xim ad as d e 1 :1 0 0 e 1 :4 0 (Delta 3 :WFDC1 ) . No qu ar to gr up o , co nstitu id o d e ap enas q u atr o amo str as, há gra nd e p r edo mínio d e Delta 3 .

71 6 . DISCUSSÃO

A g lând u la p ro stática ap r esent a u m im p o r tante p ap el na p r od u ção d e co mp o ne ntes d o lí q u id o seminal e na r egu lação d a elim in ação d a ur ina. Su a emb r io gênese c las sicam ente d es cr ita p o r M cNea l ( 1 98 1 ) r elata q u e o s b o tõ es p ro stático s vão se d ese nvo lv end o , for mand o as r egiõ es lu m inais e to d a a o rganização ep ité lio -m es ênq u ima q u e co mp õ e o ó rgão a p artir d e u ma est im u lação ho rm o na l q u e exp er im enta u m p er ío d o d e r ep ou so do nasc ime nto até a p ub erd ad e, mas se m ant ém d u r ante tod a a vid a d o s ho mens.

A p ró stata cr esc e natu r alm ent e à m ed id a qu e seu d esenvo lvime nto u ltr ap assa o s 4 0 ano s d e vid a e, d ia nte d isso , mu ito s q u estio namento s são fe ito s a r esp e ito d esse d istú rb io d e cresc ime nto , p ato lo gicam e nte c lass if icad o co mo hip er p las ia. De aco r do co m Schau er e Ro wle y ( Schau er and Ro wle y, 2 01 1) p ar ece exist ir u ma “b io lo gia d a p r io r id ad e” qu e tenta exp licar e vo lu tiv ame nt e a ma nu te nção d e u m cic lo d e eve nto s m o r fo fis io ló gico s q u e p assa a o co r r er na p r ó stata a p ar tir d o enve lhec ime nto . T udo lev a a cr er q u e as cé lu las ap r esent am u m a p r o gr am aç ão genét ica q u e d efine a mu lt ip licação celu lar ne sse p er íod o d e vid a. A emb rio gênese d e mam ífer o s d entr o d e u m amb ie nt e, a p r incíp io , co mp letame nt e est ér il, segu ind o u m p ad rão esp ecíf ico e s imétr ico d e d ivisão celu lar, e a d if er e ncia ção r e gu lad a d e tec id o s e ó r gão s, m antêm a p ersp ect iva inicia lme nte o r gan izad a e co ntro lad a d e d esenvo lvim e nto b io ló gico . No enta nto , a ho meo stasia teo r icament e p reser vad a p or esse amb ie nte, p assa a ser int er r o mp id a po r d iver so s t ip o s d e o cor r ênc ias e xter nas, le sõ es fí sicas e q uím icas, nu tr ic io na is e m icr o b ia nas, ind u zind o nec es sar iame nt e u m a b io lo g ia d e r ep aro co ntí nu a , mesm o no e nve lhec imen to . Um a vez a le são co r r igid a e o r ep ar o fin alizad o , a b io lo g ia d o s tecid o s e ó r gão s reto r na à su a p r io rid ad e d e d if ere nciação fu ncio n al, u m a v ez q u e mesm o no s ad u lto s, a p r ese nça d e cé lu las - tro nco r atif ica a d ifer e nc iação celu lar . E ntr etanto , no e nvelhecim ento o u senes cên cia, o s p ro cesso s inf lam ató r io s cara cter ís t ico s d o rep ar o tecid u al m antêm - s e cr ô nico s, f avo r ecend o qu e o u tras do enças asso ciad as à id ad e afetem a ef ic iênc ia d a tr an sição r ep ar o - ho m eo stas e e d ifere ncia ção ( Camp is i, 2 0 11 ; Davalo s et a l., 2 0 10 ; M ad ar et al. , 200 9 ; Schu lz et al. , 2 00 3 ) ,

72 A inf lam ação g er ad a p elas lesõ es as so ciad as à d ifer e nc iação é u m a r esp o sta inata d o o rganismo ( cu ja c ar act er ização d e event o s e r ecr u tame nto celu lar var ia d e aco r do co m o grau d e le são e co m a p r óp r ia b io lo gia d o ind ivíd uo ) tem p ro po r cio nad o d iv er sas hip ó teses co m r ela ção à p ato gênes e d as d o enças p r o stát ica s. Kr am er et a l. ( Kr am er et al. , 2 007 ) fiz er am u m a m inu c io sa r ev isão b ib lio gr áf ica , co nc lu indo qu e há fo rtes ind ício s d e qu e a Hip erp la sia Pr o stát ica Be nigna (BP H) se ja u m a do ença inf lam ató r ia.

Diante d isso , cr iam - se algu ns p ar ad o xo s: 1 ) as do ença s r elac io nad as à p ró stata são ger ad as em fu nção d e u ma p ro gr amaç ão ge nét ica d a p r io r id ad e ( Schau er and Ro wle y, 2 0 11 ) q u e, na tentat iva d e r eto r no à ho m eo stas e e à d ifer e nc iação ap ó s lesõ es, d eterm ina o s ef eito s inf lam ató r io s, o u 2) as d o enças p ro státic as s ão ap ena s ger ad as p o r u ma r esp o sta imu no ló gic a ( Kramer et a l. , 2 007 ; Palap attu et al. , 2 0 05 ) , ou 3 ) a p ró stata é u m ó rg ão qu e b io lo gic ame nt e ter ia “p r azo d e valid ad e” ( p r incip alme nt e ao se an alisar a s b aixís sim as exp ectat ivas d e vid a d a hu man id ad e no p assad o ) (Ress ler and Ro wle y, 2 0 11 ) ou 4 ) se as d o enças p r o stática s são u ma asso ciação entre u m le gad o genético e o me io amb ie nte ( e xp o sição ao s agro tó xico s, tab a gism o , etilism o , p ar as itas, etc .) e, p o r tanto , su a etio p ato gen ia é a leató ria (A lhasan et al. , 2 00 8 ; Bingle and Vya kar nam, 2 008 ; Far nswo rth, 1 999 ; Schu lz et al. , 2 00 3 ; T ho m so n et a l. , 2 0 08 ). Sab e -se, d e fato , q u e as a lter açõ es p r o stát icas o cor r em a p ar tir d a q u ar ta d écad a d e vid a no s ho m ens (A lcaraz et al. , 2 0 09 ; Schau er and Ro wle y, 2 0 11 ; Xia et a l. , 201 2 ; Yap and E mb er to n, 20 10 ) . I nd ep end e nte d a o r igem, faz- se nece ss ár io atentar p ar a o q u e a b io lo gia d o ó rgão po d e r evelar. Po ssiv elme nt e, a sin er gia d e fato r es genét ico s o u e vo lu tivo s, ho r mo nais, a nd r op au sa o u alime nt aç ão , está as so ciad a às m ud ança s d a m o r fo fis io lo gia d a p ró stata qu e o co r r em grad ativam e nte co m o e nve lhec imen to ( Camp is i, 2 01 1 ; M ad ar et al. , 2 009 ) .

A p rese nte tese o b jet ivo u exp lo r ar u m asp ecto p ar ticu lar d a b io lo g ia p ro stática. O a lvo do estu do fo i centr ad o na exp r ess ão d o gene WFDC1 p elas célu la s mu s cu lar es lisas ( CM L) , co m d istin ção e ntr e su a s d u as var ia ntes d e

sp licin g WFDC1 e Delta 3 .

Além d e ser r esp o ns ável p e la co ntr actilid ad e d a glâ nd u la, p ela r egu laç ão p ar ácrin a en tre o ep ité lio p r o stático e o es tr o ma e p e la r em o d elação d a matriz extr acelu lar ( Vilam aio r et a l. , 2000 ), as célu las m u scu lare s lis as são

73 r esp o nsá ve is p ela s ecr e ção d e d iv er sas p r o teínas e p o lip ep tíd eo s imp o rtantes p ar a o co ntr o le d o cresc ime nto celu lar , p ara o r ep aro , ang io gên ese e r emo d elação p ro stática ( Cu nha et al. , 2 00 4 ; Tho mso n et al. , 2 00 2 ). Tu do lev a a cr er q u e as CM L ap r esenta m f enó tip o s d ifer ent es m ed iant e a at iv id ad e e xer c id a (Anto n io li et a l. , 200 7 ; Anto n io li et al. , 200 4) No enta nto , não se p od e aind a car acter izar co m cer tez a se a d ifer e ncia ção e d e sd if ere nciação d as CM L ap r esen tam u m a co o rd enação esp ecíf ica e b em o rqu estr ad a, q u e p o ssa r esu ltar na co mp r eensão do co mpo r tam ento p ato ló gico d a p ró stata. Wo ng e T am ( 20 02 ) d esenvo lver am u m mo d elo anim al d e c ar cino gênese p r o stát ic a q u e u sava u ma co mb inaç ão d e testo stero n a e e str ó ge no . E les co nc lu ír am q u e d u r ante o p r o cesso d e car cino gên ese d a glând u la, mu d anças o co rr em no s p er fis d as p r o teínas d e s ecr eção , exp r essão d e fato res d e cr esc im en to e e xp r essão d e o nco genes e ge nes d e su p ressão tu m o r al. Af ir mar am q u e essas m ud anças e stão as so ciad as à d e sd ifer enc iação d as CM L.

T u xho r n et a l. (T u xho r n et al. , 2 00 1 ; Tu xho rn et al. , 2 0 02 ) afir mam q u e essa m u d ança fe no típ ica car acterí st ica d o estr o m a p ro stático estar ia r elacio n ad a à Hip erp lasia Pr o stát ica Be nigna (BP H) e d eno m inar am d e estr o m a r eativo , b astante r etr at ad o em d iver sas p ub lic açõ es (M cAlhan y e t al. , 2 00 3 ; Res sler and Ro wle y, 2 01 1 ; Unter gas ser et a l. , 2 005 ) . Co ntudo , p ar ece ó b vio p er ceb er qu e a reat ivid ad e estr o mal e stá d iretam e nte ligad a ao s p ro cesso s inf lamató r io s caract er íst ico s da BP H e q u e não necessar iam ent e ap r esentam algu ma imp o rtânc ia ap ar ent em ente cau sal d a d o ença, e s im u m a im ens a co ntr ib u ição m o r fo ló gica.

As CM L e xp r e ss am u m a p r o teína estro mal, a p s2 0 , qu e p o ss ive lm ent e co ntr o la a p r o lifer ação ce lu lar e est á e nv o lv id a na ma nu ten ção d a s inalização ep itélio - estr o ma, co m a angio gên ese e co m a secr eção d e d iverso s fato r es d e cr escime nto . O gen e W FDC1 fo i id e nt ific ad o co mo po ssív el su p resso r tu mo r al, u m a vez q u e su a exp r es são é r ed u zid a n as p r ó statas co m PC A. Alé m d isso , o gene ap r esenta b aixa r egu laç ão no câncer d e p ró stata e ess a o b ser vação fo i a p r im eir a ind ic ação d e q u e o micro amb ient e estro mal d o tu mo r er a d ifer ente d o estr o m a no r m al, co r rob or and o a imp o rtância d a p s2 0 no s e stu do s so b re a p ato lo gia d a p ró stata ( Res sler a nd Ro wle y, 2 01 1) .

Watso n et a l. ( Wat so n et a l. , 2 00 4 ) estud ar am algu ns p o lim o r fismo s g enét ico s q u e pud essem ter co r relação co m o cânc er p ro stático , no enta nto ,

74 co mp ro var am q u e as mu taçõ es co nh ecid as no gene WF DC1 não tem asso ciação co m o câncer .

O p r ese nt e e stu d o é o rig inal, no se nt id o d e se faz er u ma investig ação d o p ad r ão d e exp r es são d o gene WFD C1 em am o str as d e tec id o hu mano o riu nd as d e caso s d e BP H e d e PC A, b u scand o estab e lecer co r r elaçõ es q u antitat ivas entr e as var iantes WF DC1 e Delta 3 .

M u ito s tr ab alho s atu a is e stão re vela nd o a imp o r tância d e se co n hecer o p ap el d o estr o m a p ro stático na p r o statite crô nica, p r o cesso inf lamató rio q u e ap r esenta cé lu las mo no nu c leares e sp ecí f icas, m ed iad o r es qu ím ico s esp ecí f ico s co mo as inter leu cin as 8 , 1 2 e 23 , d iv er so s fato r es imu no ló gico s e nvo lvid o s e fato res d e cresc imento r egu lad o s po r ho rm ô nio s ( F ib b i et al. , 2 01 0 ).

No ssa s amo str as fo r am ob tid as a p ar tir d e cir u r gias u tilizad as no tr atame nto d e BPH e PC A. O p ad r ão d e id ad es d o s do ado res d ifer e d aq u ele id ent if icad o em necr o p sia s ( Bo stwic k et al. , 19 9 2) . A po ssív el e xp licação p ar a esta d ifer ença r es id e no fato d e q ue a s p r ime ir as fo ram d iag no st icas a p ar tir d e sinto mas u r inár io s o u p ar âmetro s c lín ico s, enq u anto as o u tras fo r am id ent if icad as em tecid o p ro stático , mas não estav am necessar ia ment e asso ciad as a ma nifestaçõ es d a d o ença. E m o u tr as p ala vr as, a d etecção d a d o ença d ep end e d a man ife sta ção d e sinto mas e estes d em o r am mais p ar a ser em no tad o s no s caso s d e hip er p las ia. Ou tr a exp licação po ssív el é qu e a cir u rg ia t enha s id o p ro telad a no s caso s d e BP H, em fu n ção d e tent ativas d e tr atame nto med icam e nto so .

E m bo r a ten ha s id o repor tad a u ma relaç ão exp o ne ncia l e ntr e o s v alo r es d e exp r essão d e WF DC1 e o p er centu al d e célu la s m u scu lar es lis as nas amo str as ( W atso n et al. , 20 04 ), no sso s d ado s não id ent ific ar am co rr elação e ntr e a exp r essão d e WFDC1 (o u Delta 3 ) co m M YH1 1 em am o stras d e PCA . E sta co r r elaç ão só fo i estab e lecid a na s amo str as d e BP H, p ar ticu lar ment e q u and o a su bpop u lação co m b aixa e xp r es são d e MYH1 1 fo i ex clu íd a. Po r o u tro lad o , as aná lises tam b ém d emo nstr am qu e são enco ntr ad as amo str as co m e xp r essão e levad a d e WFDC1 e/o u d e Delta 3 , q u and o a exp r ess ão d e MYH1 1 fo i m u ito b aixa. E ste re su lt ad o pod e r eve lar q u e a exp r essão d e WFDC1 o cor r e d e fo rm a ind ep end e nte d a ex p r essão d e MYH1 1 , ind ic and o qu e a d esd if er enc iação d as célu las m u scu lar e s lisa s não tem imp acto na e xp r es são d o gen e WF DC1 (ao co ntrar io d o qu e se esp er a p ar a o s mar cad o r es d e célu las

75 m u scu lare s lisas, co mo actina d e mú scu lo liso o u MYH1 1 ). Po r ou tro lad o , a este s re su ltad o s po d em ser exp licad o s pelo fato d e q u e o ge ne WFDC1 é e xp r esso p or ou tro s tip o s celu lares. A d emo nstr ação d e qu e a WFDC1 po d e ser exp r es sa tanto p o r célu las ep itelia is no s PCA a van çad o s ( M cAlhan y et al. , 2 00 4) e em d eter minad as p op u laçõ es d e linfó cito s CD4 ( Alvar ez et al. , 20 08 ; Alvarez et al. , 2 011 ) , p od em estar asso c iad as a este no vo p ad r ão d e e xp r essão .

Aind a na b u sca d e p adr õ es gera is d e exp ressão d as var iante s WFD C1 e Delta 3 , id entif icamo s q u e a se gu nd a m o stra co r relação co m o s val o r es d e Glea so n so mad o s. E ste p arâmetr o pod e estar asso ciad o tanto co m a m od if icação feno típ ica d as cé lu las m u scu lares lisa s, co m u mente o b ser vad as n a p r o gr es são d o cânc er d e p r ó stata, à exp r es são p elas cé lu las tu mo r ais, o u , aind a, p ela p r esença d e linfó cit o s CD4 recr u tad o s p ar a o tecid o .

Um a o b servação r elev ante o riu nd a d as p r ese nt es aná lise s fo i a d e q u e as amo stra s d e PCA e BP H fo r mam su b gr upo s qu e po r su a vez se int ercala m e ntr e si. Isto fo i id ent ific ad o tanto na fo r mação d e clu ster s, q u ant o n a M ST . Sem a id e nt ific ação d e p ar âm etr o s ad icio n ais, co m p r ed o minânc ia ce lu lar o u asp ecto inf lam ató r io , o u existên cia d e p o lim o r fismo s, to r na - s e p raticam ent e im p o ssí vel estab e lecer f ato r es d eter mina ntes p ar a estes p ad rõ es.

Po r o u tr o lad o, o s r esu ltad o s tamb ém r e ve lar am q u e no co nju nto , as amo str as ap r esentam u m p ad r ão o scilató r io ao r edo r d as cu r vas d e re gr essão . E ste p ad rão fo i r efo r çad o qu and o fo i an alisad a a r azão entr e o s valo r es d e e xp r essão d a var ia nte WFDC1 e Delt a 3 , q u e pr eser var am igu alm ente o a gr u p amento d e amo str as d e BPH e d e PCA, var ia nd o em p ro po r çõ es d e qu ase 1 00 0 vezes.

A inter p r etação ló gica e m ais im ed iat a p ara e ste p ad r ão é q u e ex iste m fato res d eterm inante s d a p r o p o r ção entr e as var iantes d e sp licin g q u e se m anif est am na s p op u laçõ es, r esu lt and o em o scilaçõ es ao r ed o r do s valo r es 1 :3 , 1 :1 e 10 :1 , m as co m extr em o s em 1 :25 e 50 :1 . E stes d o is ú lt im o s d evem ind icar a p r epo nd erância d e u ma var iante ou d a ou tr a.

Determ inaçõ es d a s r ela çõ es q u ant itat ivas entre var ian tes d e sp licing são in fr eq u entes. Nu m tr ab alho r ecente u t iliza nd o p ir o seq u enciam ento , fo r am d eter m inad a s as p ro po r çõ es entr e as fo r mas G sL+ CAG, GsL- CAG, G sS+ CAG e G sS-CAG d a su b u nid ad e alfa d as p r o teínas G het ero tr im ér icas

76 ( Fr ey et al. , 2 005 ), co m d u as fo r mas va riá veis G sS+ C AG ( 0 ,3 2 a 0, 5 7 d o to tal) e G sL- CAG (0 , 14 a 0 ,4 1 do to tal) ( ou seja 1 :1 , 8 a 1 :7 ,1 ) ( e as d emais r elat ivam ente co ns tante s) em d if er ente s cé lu las e t ec id o s, qu e se tr atam d e fa ix as b em m ais estr e ita s q u e aq u elas r ep o rtad as aqu i p ar a a WFDC1 e De lt a 3 . E m ou tr as ab o rd age ns, há r eferê ncia s a p enas q u anto à ab u nd ânc ia ma io r o u m eno r d e u m a ou ou tr a var iante.

E m bo r a o s p ar âm etro s q u antit at ivo s aq u i ap r esentad o s sejam su f icie ntem ente só lid o s p ar a d itar asp ecto s d a regu lação d a exp r es são do gen e

W FDC1 , a nálises ad icio na is se rão ne cessár ias p ara b u scar o s fato r es

r esp o nsá ve is p ela r egu la ção d a su a exp r es são n as cé lu las m u scu lare s lisas , p ela ad o ção d a exp r ess ão p elas cé lu las tu mo r ais e p e la var ia ção na exp r es são d e WFD C1 em linfó cito s CD4 , to do s co m co ntr ib u ição p ro vável p ara a d eter m inação do co nteú do fin al d e WFDC 1 e Delta 3 na p r ó stata hu ma na.

77 7 . CO NCLUSÕ ES

1 . As var ia ntes d e sp licin g WFDC1 e Delta 3 d o ge ne WFDC1 p od em ser q u antif icad as p o r RT - PCR, u tilizand o co nju n to d e p rimers/ so nd as esp ecí f ico s.

2 . A exp r essão d as va ria ntes WFDC1 e Delt a 3 são ind ep end ente s e ntr e s i. Fo i id e nt if icad a co r r elação e ntr e a var iant e WF DC1 e M YH1 1 ( u tilizad o co mo m ar cado r d e célu las m u scu lar e s lis as ) n as amo stra s d e BP H, m as não n as amo str as d e P CA. A var iante Delt a 3 e xp r es sa - se d e fo rm a i nd ep end ent e d e M YH1 1 .

3 . E xiste co r relação p o sitiva e ntr e De lta 3 e a p r o gressão do câ ncer d e p ró stata, id ent if icad o p ela so m ató r ia d o s do is gr au s d e Gleaso n p red o m inantes.

4 . As amo str as d e BP H e d e PCA ap r esent am co mp o r tamento o scilant e no s v alo r es d e e xp r ess ão d a var iant e WF DC1 e, ma is ev id enteme nte, d a r azão e ntr e WFD C1 e Delta 3 .

5 . BPH e PCA ap rese ntam d istr ib u içõ es d iscret as e inter ca lad as e ntr e s i, na d istr ib u ição d o s valo r es d e exp r es são d as var iant es WFD C1 , Delta 3 e d a r azão entr e WFDC1 e Delta 3 .

6 . E xistem su b po pu laçõ es q u e inc lu em t a nto amo str as d e BP H q u anto d e PCA q u e ap r esentam va lo r es d is cr eto s d a r azão WFD C1 e De lta 3 centr ad o s em 1 :3 , 1 :1 e 10 :1 , m as co m extr emo s em 1 :25 e 50 :1 .

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