• Nenhum resultado encontrado

Abordagem quantitativa da expressão do gene WFDC1 e sua isoforma delta 3 = Quantitative approach of the expression of WFDC1 gene and its isoform delta 3

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Abordagem quantitativa da expressão do gene WFDC1 e sua isoforma delta 3 = Quantitative approach of the expression of WFDC1 gene and its isoform delta 3"

Copied!
90
0
0

Texto

(1)

ADAUTO ALMEIDA NETO

ABORDAGEM QUANTITATIVA DA EXPRESSÃO DO

GENE WFDC1 E SUA ISOFORMA DELTA 3

QUANTITATIVE APPROACH OF THE EXPRESSION OF

WFDC1 GENE AND ITS ISOFORM DELTA 3

(2)
(3)
(4)
(5)
(6)
(7)

vii

Abstract

T he p r o state gla nd is int imatel y r e lated wit h r ep r odu ctive a nd u rinar y fu nc tio ns, co mmo nl y d istu rb ed b y a ser ies o f d iseases. Bes id es r ed u cin g the q u alit y o f life, t he y co nsist in ser io u s life r is k p ar ticu lar l y to th e ag in g me n. D ynam ic inter act io ns b etwe en t he ep ithe liu m a nd stro ma in t h e gland r egu late v ar io u s asp ects o f d eve lo p ment , fu nct io n and p atho lo gie s. T h e

WFDC1 ge ne is e xp r essed b y sm o o th m u sc le ce lls in t he p ro state str o ma

and its p r odu ct p s2 0 was sho w n to co ntr o l ep ithelial cel l b eha vio r , extr acellu lar m atr ix o r gan izat io n and a ngio genesis. It is su pp o sed to fu nc tio n as a serin e p r o tease inhib ito r , as o ther memb er s o f its fam il y d o . T wo tr anscr ip ts ar e p r o du ced as a r esu lt o f a lter nativ e sp licin g. T he f irs t ( WFDC1 ) retains a ll e xo n s and t h e seco n d ( Delta 3 ) lack s t he e xo n 3 . I n this wo r k, we inve st igat ed the q u ant itativ e re lat io ns hip am o ng t hese two

sp licin g var iant s, u sin g q RT -PCR ( Taq m an) p r ob in g t he ju n ct io ns b etwee n

exo ns 2 - 3 and 2 -4 , in b enign p r o static h yp erp la s ia ( BP H) a nd p ro state ca ncer ( PCA) sam p les fr o m tissu e b anks . T he exp r es sio n o f the MYH1 1 gene w as u sed to est imate t he co nte nt o f smo o th mu scle ce lls in t h e samp les. T he r esu lts d emo n str ate t hat t he sam p les co u ld b e d iv id ed in two gr o up s wit h lo w o r h ig h exp ress io n o f MYH1 1 , the f irs t co r r esp o nd ing to the lo wer q u ar tile o f e xp r ess io n valu es). WFDC1 and M YH1 1 exp r ess io n wer e co r r ela ted in t he BP H samp les. Delta 3 exp r essio n was ind ep e nd ent o f bo th WFD C1 and fr o m WF DC1 . T he r a tio b etween t he var ia nts WFDC1 and Delta 3 var ied exp o ne nt iall y in five o r d er s o f mag nitu d e. The the rat io b etwee n the two var ian ts also var ied expo nent iall y, w it h BP H a nd PCA samp les arr an ged in d iscr et e a nd inter calated su b gr oup s. The d istr ib u tio n o f p opu latio ns w it h d iffere nt exp ress io n leve ls p r eser ved the r at io s 1 0 :1 , 1 :1 and 1 :3 . E ither var iant wa s ab se nt in o n ly a few samp le s. I n co nclu s io n, t he exp r ess io n o f WFD C1 and it WFD C1 var ia nt co r relat es wit h b u t is no t co nd it io ned to the d if fer e nt iat io n o f sm o o th m u sc le ce lls, wh ile De lta 3 is co m p lete l y ind ep end ent and is p o sit ivel y co rr elated w it h PCA gr ad e (as ass es sed b y t he su mm ed Gleaso n sco r e) . Un kno w n f acto rs ind ep end ent o f age, BP H o r PCA incid e nce ar e like ly in flu enc in g De lta 3 exp ressio n.

(8)

viii Ke ywo rds: Pr o state, Ben ign p ro static hyp er p las ia, P ro static neo p lasm s, alt er nat ive sp licin g .

(9)

ix

R esumo

A p ró stata é a lvo d e afecçõ es se ver as q u e co mp ro m etem a fu nção u r inár ia, a q u alid ad e d e vid a e q u e co nsistem em r isco d e v id a ao s ind ivíd uo s do sexo m ascu lino , p ar ticu lar m ente co m o avança r d a id ad e. I nter açõ es d inâm icas entr e o ep itélio p ro stático e o estr o m a, r egu lam vár io s asp ecto s d o d esen vo lvim ento , d a fu nção e d as p ato lo gia s p r o státic as. O ge ne WF DC1 é exp resso p elas célu la s m u scu lare s lisa s d o estr o m a p ro stático no r ma l e tem fu nção na r e gu lação d o co mp o r tamento d o ep ité lio , na o rganizaçã o d a matr iz extr ac elu lar e na r egu lação d a ang io gê nese. Do is tr ans cr ito s p r incip a is são o r iu nd o s d e sp licing altern at ivo d o tr anscr ito p rim ár io : u m co m tod o s o s éxo ns ( WFDC1 ) e o u tr o sem o éxo n 3 ( Delta 3 ). Neste trab alho , inv es tigam o s as relaçõ es q u ant itat ivas entr e esta s d u as var iant es, co m emp rego d e q RT - PCR ( Taq m an) e so nd as p ar a as ju nçõ es d o s éxo ns 2 - 3 e 2 -4 , em amo str as d e hip er p las ia p r o stática b enign a ( BP H) e d e cânc er d e p ró stata ( PCA) p ro ve nientes d e b anco s d e tecid o s. A exp r ess ão do g ene mar cad o r MYH1 1 fo i u tilizad a co m o estim at iva d o co nteú do d e célu la s m u scu lare s lisas na s amo str as. O s r esu ltad o s d em o nstr ar am q u e as amo stras p ud eram ser d ivid as em d o is gr u p o s com exp r essão d ifer enc ial d a MYH1 1 (u m co m b aixa e xp r ess ão e ou tro co m alta m io sina, s end o o p r imeir o co rresp o nd ente ao qu ar til in fer io r d a d istr ib u ição do s valo r es d e exp r essão ) . Fo i d emo nstrad a co r relaç ão entr e a e xp r essão d e WFDC1 e M YH1 1 em BP H, ma s não em P CA, e nq u anto não ho u ve co r r elaç ão entre Delta 3 e WFD C1 e nem co m MYH1 1 . O co nteú d o d e Delta 3 var io u em cinco o rd en s d e mag nitu d e em co mp ar ação ao d e WFDC1 . A r azão entr e as d u as var ian tes ap r esento u var iação exp o nencial, d istr ib u içõ es d iscr etas e inter ca lad as d as amo str as d e BP H e d e P C A, q u e se d istr ib u ír am em po pu laçõ es q u e p r eser var am as r elaçõ es 1 0 :1 ; 1 :1 e 1 :3 . Po u cas amo str as estiver am livr e s d e cad a u ma d estas var iantes. E m co nc lu são , a e xp r essão d o gene WFDC1 e d e su a va ria nt e WFDC1 co r r elac io na - se co m a d ifer e nc iação d as cé lu la s m u scu lar es lis as, m as não est á co nd icio nad a a ela, e nq u anto a e xp r ess ão d e Delt a 3 é co mp letam ent e ind ep end ente d este p arâmetr o e tem co r r ela ção p o sit iva co m o p ro gr es são d o PCA, q u and o o sistem a d e clas sif icação d e Gleaso n ( Gle aso n 1 + Gleaso n 2 ) fo i co nsid er ad o . Ad ic io nalm ent e, fato r es ind ep end ente s d a id ad e, inc id ên cia d e BP H o u PCA, são

(10)

x m ais inf lu entes na d eter m inação d a qu ant id ad e to tal e d a p ro po r ção entr e as d u as var ia ntes.

Pa la vra s- cha ve: Pr ó stat a, Hip erp las ia p ro stática b en ig na, Neo p las ias d a p ró stata, p ro cessam ento alt er nat ivo .

(11)

xi Sumário

Ab s tra ct ... vii

Resu m o ... ix

Dedicatória ... xiii

Ag rad eci men t os ... xv

L i s ta d e Fi gu ra s ... xvii

L i s ta d e tab el as ... xix

L i s ta d e ab revi atu ras ... xxi

1 . INT RODUÇÃ O ... 23

1. 1 As cél u l a s m u s cu l a res l i sa s (CM L ) p ros táti ca s ... 25

1. 2 A Hi p erp l a si a Pros tá ti ca Ben i g n a (B PH ) ... 28

1. 2 . 1 Pa pel d os an dr ógen os p ro st á t i co s d i i drot est o st er on a e t est o st er on a... 31

1. 2 . 2 A t era pi a medi ca men t o sa ... 32

1. 3 O cân cer d e p ró s ta t a (P CA) ... 33

1. 4 A fa mí l i a W AP ... 37

1. 5 I n fl a maçã o, B PH e e xp res s ã o d o gen e W FDC1 ... 40

1. 6 S p l i ci n g, s pl i ci n g al tern ati v o e fat o res d e s p l i ci n g... 41

2 . JUS T I FICAT I VA ... 43

3 . OB J E T IVOS ... 45

4 . M ATE RI AIS E M ÉT ODOS ... 46

4. 1 Am os tra s... 46

4. 1 . 1 Pr oces s am en t o da s a mo st r as ; ext r a çã o d e R NA e t r an scr i çã o r ever s a .... 46

4. 1 . 2 Pr ot o col o de ex t ra çã o d e R NA ... 47 4. 1 . 3 Pr ot o col o de pu r i fi caçã o ... 47 4. 1 . 4 S ín t es e d e cDNA ... 48 4. 1 . 5 S on da s d e q PC R ... 48 4. 1 . 6 R eaçã o d e q PC R ... 50 4. 1 . 7 Qu an t i fi cação da MY H11 ... 50

(12)

xii

4. 1 . 8 An á l i se da s exp res sõ es po r q R T -PC R ... 50

4. 2 An á l i ses exp l ora tóri as e es tatí s ti cas ... 51

4. 3 As p ect os éti cos ... 51

5 . RES UL T ADOS ... 53

5. 1. Ca ra cterí s ti cas d a s a mos tras u ti l i za d a s ... 53

5. 2 Resu l ta d os d e q RT -PCR ... 54

5. 3 Correl a çõ es en tr e os val o res d e e xp r ess ão d e M YH11 , W FDC1 e Del ta3 ... 58

6 . DIS CUS S ÃO ... 71

7 . CONCL US ÕE S ... 77 ANE X O 1 ... 85 ANE X O 2 ... 87 ANE X O 3 ... 88 ANE X O 4 ... 89 ANE X O 5 ... 90

(13)

xiii Dedicatória

Dedico esta tese aos meus queridos pais,

Adauto Filho e Maria das Graças,

responsáveis pela minha existência em todos

os aspectos; à minha amada esposa,

Emanuelle Malvim Almeida, pelo apoio e amor irrestritos; aos meus filhos, Heitor Malvim Almeida e Gabriella Malvim Almeida, pela motivação em viver. Por vocês, acordo sempre com vontade de vencer.

(14)
(15)

xv Ag ra deciment o s

À Pr o fa. Dra. Iscia T L Cend es, d o Dep ar tamento d e Genét ica M éd ic a, d a Facu ld ad e d e Ciências M éd icas d a Unicam p , p elo au xílio na d elineação do s e xp erim ento s e po r su ger ir a a nálise d a exp ressão d a fo r ma Delta 3 .

À Pr o fa. Dr a. K á t ia R. M. Leit e , Pr o f. Dr. Mig uel Sro ug i e Pr o f. Dr . Albert o Azo ubel Ant unes , d a Facu ld ade d e M ed icina, d a Univer s id ad e d e São Pau lo , p elo fo r necim ento d e amo str as d e tec id o hu mano e d o s d ado s clí nico s a e las r elac io nad o s.

Ao Pro f. Dr . Hernand es Fa ust ino de Car va lho , o r ientad o r, po r tod o o aco m p an ham ento e d isp o nib ilid ad e, tant o no s ensin am ento s e d iscu ssõ es, q u anto p elo s d iver so s r ecu rso s e inv estim ento s f eito s, a f im d e qu e o trab alho fo ss e co nclu íd o .

À Dr a. Ana Ca ro lina Deck ma nn , p elo au xí lio no d elineame nto e xp erim enta l, p r o cessam ento d e am o stras e re aliza ção d as q u ant if icaçõ es u tilizand o q RT -P CR.

Ao Bió lo go Guilher me Oli veira Ba rbo sa , p elas inú m er as d iscu ssõ es d o s asp ecto s q u ant itat ivo s e su gestõ es d e ab or d age ns estatí sticas.

Ào s p ó s-d o u to r ando s Da nilo Da ma s, Silvia Piment el e Ta íze Aug ust o p elas té cnic as ap rend id as e p o r to do o emp enho d isp en sad o na co nstr u ção d essa tese.

(16)

xvi Ao s d em ais a lu no s d o lab o r aó rio d o Pro f. Her na nd e s, Ra f a ela Ribeiro , Da nilo Ferrucci, J uliet e Fra ncisco e Uma r Nisha n p elas d iver sas d iscu ssõ es e po r tod a a amizad e d isp ensad a ao lo ngo d esse s q u atro ano s.

À Bio lo ga Sa brina Reis, p ela o r gan ização d as amo stras e d ado s clí nico s, as s im co mo p ela r em essa d o m ateria l.

Ao Pro f. Dr. Ca rlo s Lenz Césa r, p elo au xílio na co nstr u ção d a M ST.

Ao p ro f. Dr . Pa ulo Ro berto Eleut ério de So u za , d a Univer s id ad e Fed eral Ru r al d e P er nam b u co ( UFRP E) , p ela d isp o nib ilid ad e e gen er o sid ad e d isp e nsad a s n a f as e inic ial d o p ro jeto d e dou to rado .

À Pr o fa. Dr a. La ureci r G o me s e Pr o fa. Dr a. Ma ria Tereza Ca rpax o Muniz , r esp o nsá veis p elo Pr o gr am a Dint er ( Do u to r ado Int er inst itu cio nal entr e UNICAM P e UPE ) , à Pr o fa. Dr a. Lucia n a Lo urenço Bo lso ni , coo rd enad o r a do Pr o grama d e Pó s- Gr adu ação em Bio lo gia Ce lu lar e Estr u tu r al, ao s do cent es d o p ro gr ama e a Sr a. Lilia m Al ves S enn e- Pa nag io , min ha q u er id a am iga, p elo s esfo r ço s p ar a imp la nt ação e o fer ecim ent o d e d iscip lina s, su p o r te co nst ante e o u tro s ens inam ento s.

A todo s o s amigo s fe ito s na UNI CAM P e p ro fesso res q u e aco mp anhar am ind ir etam ente to d as as etap as vivid as na c o nstru ção d a tese.

Ao s meu s p ais, Ada ut o Filh o e Ma ria da s Gra ça s, m in ha e sp o sa ama d a, Ema nuelle Ma lvi m, meu s f ilho s q u er id o s, Heit o r Ma lvim Al meida e Ga b riella Ma lvi m Al meida , p elo em p enho d e sem p r e, co mp an heir ismo , cr ed ib ilid ad e e m o tivação . Po r eles, aco r d arei semp r e co m d esejo d e vitó r ia.

(17)

xvii List a de Fig ura s

Fig u ra 1 . E squ ema ilu str at ivo d as zo nas p r o státicas

Fig u ra 2 . M ar cado r es feno típ ico s d a d ifer e nc iação ce lu lar

Fig u ra 3 . Desen ho esq u em ático d o s fe nó tipo s d as CM L enco ntrad o s na p ró stata hu m ana

Fig u ra 4 . Pr evalê ncia id ad e- esp ecí fic a d a BPH e d o PCA em p ró statas hu manas necr o p siad as

Fig u ra 5 . Asp ecto s d a o r ga niza ção gland ular co r resp o nd ent es ao s d ifere nt es grau s d e Glea so n

Fig u ra 6 . Lo calizaç ão e mo tif do gen e WF DC1

Fig u ra 7 . E squ ema ilu str at ivo d as var ia nt es d e sp lic ing d o gene WF DC1

Fig u ra 8 . E squ ema d emo nstr and o a r em o ção d o s intr o ns no sp lic ing e a p o ssib ilid ad e d e sp licing a lter nativo

Fig u ra 9 . E nsa io d as so nd as p ar a a reação d a q RT - PCR

Fig u ra 10 . Distr ib u ição d as id ad es do s d oad or es no mo m ento d a ciru rgia

Fig u ra 11 . Variação no co nteú d o r elat ivo ( ca lcu lad a co mo fo ld - cha nge - 2 ∆ ∆ C t

) d e Delta 3 , u tilizand o - se co m o r efer ê ncia a var ia nte WF DC1 Fig u ra 12 . Variação no co nteú d o r elat ivo ( ca lcu lad a co mo fo ld - cha nge) d e

WFDC1 ( A) e d e Delta 3 (B) , u tiliza nd o co mo refer ên cia o M YH1 1 Fig u ra 13 . Distr ib u ição do s va lo res d e fo ld - chang e o b tid o s p ar a M YH1 1 ( A),

WFDC1 ( B) e Delta 3 ( C) (1 0 class es d istr ib u íd as entr e o m eno r e o maio r valo r )

Fig u ra 14 . Distr ib u ição do s lo gar itm o s d os fo ld - cha nge d e WFDC1 e Delt a 3 co ntr a o s valo r es d e M YH1 1 ( eixo s d o gr áf ico )

(18)

xviii Fig u ra 15 . Distr ib u ição do s lo gar itm o s d os valo res d e fo ld - cha nge d e WDFC1 ( A) e d e Delta 3 ( B) , em r elação à d istr ib u ição do s va lo r es o b tido s p ar a M YH1 1

Fig u ra 16 . M ST ob tid a a p ar tir d as d istâ ncias c alcu lad as e ntr e cad a amo str a a p ar tir d a co rr elação ca lcu lad a co m base na exp r essão d e M YH1 1 , WFDC1 e Delta 3

Fig u ra 17 . Clu sterização do s r esu ltad o s de q RT - PCR p ar a M YH1 1, WFDC1 e Delta 3 , u tiliza nd o - se o so ftwar e M eV

Fig u ra 18 . Análise est atística d o s va lo r es d e exp r essão d e M YH1 1, WFDC1 e Delta 3 , na s amo stras d e PCA e d e BPH clu st erizad as d e aco r do co m a Figu r a 1 7

Fig u ra 19 . Cu rvas d e r egr es são ob tid as p ar a o s va lo r es d e fo ld -ch an g e d e WFDC1 , Delta 3 e MYH1 1 ( A) e var ia çõ es d o s d ado s r eais ao r ed o r d ela s p ar a tod as as amo str as ( B- D)

Fig u ra 20 . Variação do s va lo r es d e fo ld - change o b tid o s p ar a WFDC1 ( A) , Delta 3 ( B) e MYH1 1 ( C) , co ns id er and o as amo str as d e BPH ( azu is) e d e P CA ( ver m elha s)

Fig ura 21 . Oscila ção no s valo res d e fo ld -ch ang e ob tid o s p ar a as var ia nte Delta 3 ( tend o co mo r efer ê ncia o a exp r es são d e WFDC1 ) em amo str as d e BPH ( azu is) e PCA ( ver melhas)

Fig u ra 22 . Distr ib u ição d e p ro b ab ilid ad es cu mu lat iva s p ar a o s valo res d e fo ld -ch an g e o b tid o s p ar a Delta 3 , u tiliza nd o a exp r essão d o WFDC1 co mo r efere ncia

(19)

xix List a de t a bela s

Ta bela 1 . Cálcu lo s d e fo ld cha n g e

Ta bela 2 . Co rr elação entr e o s va lo res d o s lo gar itmo s d e fo ld - ch a ng e ob tid o s p ar a o ge ne M YH1 1 e as var iant es d e WF DC1 ( WFD C1 e De lta 3 ) p ar a tod o o co nju nto d e amo str as e p ara as am o str as d e PCA e BPH.

Ta bela 3 . Valo r es d as co r r elaçõ es o b tid as e ntr e a exp r ess ão d e WFDC1 , Delt a 3 e d e MYH1 1 co m a id ad e ( em amo str as d e PCA e d e BPH) e co m o s va lo r es d e P SA p r é -o p er ató rio , estad iamen to d e Gleaso n e vo lu me p ro stático (p ar a as amo stras d e PCA).

(20)
(21)

xxi List a de a brevia t ura s

AR Do ing lês, “A nd rog en recep to r ”, r ecep to r d e and r ó ge no s

BPH Do ing lê s, “ B en ign Pro sta te Hyp erp la sia ”, Hip er p lasia Pr o státic a Ben igna

CK C ito qu er atina

CML Cé lu la m u scu lar lisa ( inclu i o p lu r al)

Delt a 3 Var iante d e sp licin g qu e não p o ssu i o éxon 3 do gene WFDC1 DHT Do ing lês, “Dih yd ro testo stero n e”, d iid r o testo ster o n a

FG F1 0 Do inglês, “Fib ro b la st g ro wth fa cto r 10 ”, Fato r d e cresc ime nto d e fib r ob lasto s 1 0

LUTS Do ing lês, L o wer u rin a ry tra ct symp to ms , Sinto mas d o tr ato u rin ár io inf er io r

MST Do ing lês, “Min imu m sp a nn ing tree”, Ár vo r e d e exp an são mín im a

MY H 11 Gene d a cad eia p esad a d a m io sina esp ecí f ica d e m ú scu lo liso PCA Do ing lês, “P ro sta te Ca n cer”, câ ncer d e pr ó stata

PSA Do ing lês, “P ro sta te sp ecific a n tig en ”, Antíge no p ro stático esp ecí f ico

qRT- PCR Do ing lês, q uan tita tive reverse tra n scrip ta se p o lymera se

ch a in rea ctio n , Reação em cad eia d a p olim er as e d a tr anscr ição

r ever sa sem i- q u ant itat iva

SM- MHC Do inglê s, “S moo th mu scle myo sin h ea vy cha in ”, Cad eia p es ad a d a mio sina d e m ú scu lo liso

TG Fβ Do ing lês, “Tra n sfo rming g ro wth fa cto r beta ”, Fato r d e cr escime nto tr ans fo r ma nt e, tip o b eta

UGM Do inglês, ”U ro g en ita l sinu s mesen ch yme ”, M esênq u ima d o seio u ro gen ita l

W FDC1 Var iante d e sp licin g qu e p r eserv a o s 7 éxo ns d o gene WF DC1 W FDC1 Do ing lês, “ WA P fo u r d isu lfid e co re d o main 1 g en e”, gene d a

famí lia WA P ( exp ressam p r o teína s ácid as do sor o q u e ap resent am u m do m ínio co m q u atro po ntes d is su lfeto )

(22)
(23)

23 1 . INTRO DUÇÃO

A p r ó stata é u ma glând u la ace ssó r ia d o ap arelho r ep r o du to r m ascu lino , cu ja p r incip a l fu nç ão é secr et ar co m po ne ntes co nst itu intes d o sêmen, p ro po r cio nand o u m am b ient e ad eq u ad o à so br evivê ncia d o s esp er m ato zó id es no trato ge nit al f em inino , fo r ne cend o eleme nto s q u e estim u lam su a m ob ilid ad e ao lad o d e mo lécu las co m p ro p r ied ad es ant i- inf lam ató r ias e im u no m o du lad o r as. A p ró stata tam b ém faz p ar te d o sistem a im u ne d e m u co sas, co m fu nç ão p r ep o nd erante b a se ad a na s ecre ção d e imu no glo b u linas secr etó r ias ( IgA e IgG) . ( Schau er a nd Rowle y, 2 0 11 )

O ep it é lio se cr eto r p ro stát ico p o ssu i u m arr an jo d e ác ino s ins er id o no estr o m a f ib r o mu scu lar co m p o sto po r d iver so s t ip o s ce lu lar es, r ep rese nt ad o p rim ar iam ent e p o r célu las mu s cu lar es lisas. E nq u anto o co nhecim ento so b r e a im p o r tância d a p ró stata na fu n ção rep rod u tiva a ind a car ece d e ap ro fu nd ame nto , o int er ess e no ó r gão d eco rr e pr inc ip alm ent e em fu nção d as d o enças r elac io nad as ao ó rgão , co m nítid o vié s na d ir eção do s asp ecto s r elacio n ad o s a infec çõ es, inf lamaçõ es e neo p las ias b enig nas e ma lig nas ( Farn swo r th, 1 99 9 ; Schau er and Ro wle y, 201 1 ) .

De ntr e o s asp ecto s e str u tu r ais d a p róstata no r ma l, d estacam- se tr ês p op u laçõ es f eno tip icamen te d istintas d e célu las ep iteliais : 1 ) as célu las ep itelia is lu m inais secr eto r as q u e exp r es sam o an tí geno p r o stático esp ecífico ( PSA) , o r ecep to r d e and ró geno ( AR) e a s cito q u er at inas ( CKs) 8 e 1 8 , além d o marcado r CD57 ; 2 ) as célu las b asais, q u e exp r es sam c ito q u eratinas d e alt a m as sa mo lecu lar ( CK1 4 ) e o m ar cad or CD4 4 e 3 ) as cé lu las neu r o end ó cr inas r esp o nsá ve is p ela secr eç ão d e ser o to nina, co mpo nent es d as cro m o gr a ninas, calc ito nina, p ep tíd eo s seme lhan tes à go nad o tro p ina co r iô nica e ao ho r mô nio est im u lante d a tir eó id e, p ep tíd eo s lib er ad o r es d e bo mb esina/gastr ina, so m ato stat ina e a p r o teína re lac io nad a ao ho r mô nio d a p aratireó id e. A lém d o ep itélio , a p ró stata ap r ese nta u m r ico estro ma su b jacen te. Ver ifica- se a p resença d e d o is t ip o s ce lu lar es p r ed o mina ntes no estr o m a p ro stático : as célu la s m u scu lar es lisa s ( CM L) , r esp o nsá veis p ela ação co ntr át il e p ela inter co n ver são d o ho r mô nio ma scu linizant e testo st ero na em d i id r o testo ster o n a ( DHT ) ; e o s fib ro b lasto s. Amb o s o s tip os celu lares est ão en vo lvid o s co m a p ro du ção /manu te nção d a m atr iz extra ce lu lar p r o státi ca ( Alo nso -M agd alena et

(24)

24 al. , 2 00 9 ; Schau er and Ro wle y, 2 0 11 ) . T em sid o su ger id o qu e as célu las estr o m ais in flu enc iam o cre sc im ento ep it e lia l p r o stático não so mente d u r ant e o d esenvo lvim e nto , mas tamb ém na s neo p lasia s, d if er ind o em d ifere ntes está gio s d a p ro gressão e no estab e lec im ento tu mo r al. Além d isso , p arte d a n eo vascu lar ização d o câncer , p o r exem p lo , envo lve r ea çõ es d o estr o ma p ro stático . As célu las mu scu lar es lisas p r odu zem o fato r d e cr escimento d e f ib r ob lasto s 1 0 (FGF10 ) , d entre o u tro s, qu e med eia intera çõ es au tó cr ina s e p ar ácrinas d a glâ nd u la ( T ab o ga et a l. , 200 8 ; T ho m so n et al. , 2 0 08 )

A estru tu ra no rm al d e u ma p ró stata ad u lta é co m po sta po r u m ep itélio g land u lar e p o r u m co m p ar timento fib r omu scu lar estr o m a l. Am b o s r eno vam-se le ntam ente med iante n í veis b ala nce ad o s d e p ro lifer ação celu lar e d e m o r te. M cNeal (1 981 ) d esenvo lveu o co nceito d a zo na anatô mica d a p ró stata qu e co mp reend e a b ase atu al d e d escr ição do p ro cesso neo p lás ico do ór gão , d escr eve nd o q u e su a po r ção gla nd u lar é co mp o sta p o r u ma lar g a zo na p er ifér ica ( co rtic al) envo lvend o u m a po rção m eno r centra l . E stas d u as r egiõ es co mp õ em ap ro ximad am ente 9 5 % d a p ró stata. O r es ta nte d a g lâ nd u la p ro stática é fo r mad a p o r u m a região d e tr ans ição e p elas glând u las p er iu r etr ais. A p er ifer ia e a zo na d e tra nsição são d ist intas p elas su as r elaçõ es a natô mica s e p ela co m po sição d o s ele mento s d o estro ma, emb o ra am b as ap r esente m u ma estr u tu r a acinar secr eto r a sim ilar estab e lec id a p ela o r igem co mu m a p ar tir d o se io u ro ge nit al. A s g lând u las d er ivad as d a zo na centra l são m o r fo lo gicam e nte d ist int as, p o ss ivelm ent e d evid o à su a o r igem emb r io nár ia no du cto d e Wo lff. E ntre 6 0 e 70 % do s câncer e s p r o stático s o co r rem na zo n a p er ifér ica e d e 1 0 a 2 0 %, na zo na d e tr ans ição . Ap enas d e 5 a 1 0 % d o s tu mo r es m aligno s o rig in am -s e d a zo na ce ntr al. As hip erp la sia s p r o stática s b enignas d esenvo lvem- se p r in cip a lmente a p ar tir d o estr o m a p eriu r etral e d as g lând u las d a zo na d e tr ans ição (Far n swo r th, 1 9 99 ; M aco ska, 2 011 ; M o nto rsi a nd M ercad ante, 2 0 13 ; Schau er and Ro wle y, 2 011 ; Schu lz et al. , 2 00 3 ; T ho mso n et al. , 20 0 8 ).

(25)

25 Fig ura 1 . Esquema ilust ra t ivo da s zo na s pro stá t ica s. As r egiõ es a natô mica s d a p ró stata ind icad a s p elas co r es r eve lam as ár eas ma is aco m etid a s p elo PCA ( zo na p er if ér ica) e p ela BP H (zo na d e tr an siç ão ) . ( Schau er and Ro wle y, 2 01 1 ).

1 .1 A s célu la s mu scu la res lisa s ( CML) p r o stá tica s

As c élu la s mu scu lar es lis as (CM L) d a p ró stata são o s p r incip ais co mp o ne ntes celu lar es d o estro ma p ro stático e, além d e o cup ar em u m gr and e vo lu me e ser em resp o nsáve is p ela co ntr aç ão d a glând u la du r ante a e jacu lação , d esemp enh am fu nçõ es im p o r tante s, cria nd o u m am b ient e p r op ício p ar a a m anu tenção d o ep itélio , tanto em s itu açõ es no r ma is co mo p ato ló gicas. J á fo i su ger id o qu e as CM L p ar ticip e m d o d esenvo lvime nto p r o stático p ela r egu laç ão d a int er aç ão do mesê nq u ima co m o ep itél io d u rante o p r o cesso d e cr escime nto do ó r gão ( T ho mso n et al. , 2 00 8 ; T ho m so n et al. , 2 002 ).

As CM L r ep rese nt am 2 2 % d o vo lu m e to tal d a p r ó stata hu ma na ( S hap ir o et al. , 199 2 ) , p r edo mina nd o ao r edo r d o s du cto s, o nd e se e nco ntr am em í ntim o co ntato co m a lâmina b asal d as cé lu las ep ite liais. A po rção ventr a l d o m esênq u ima d o seio u r o genit al ( UGM ) é u m a ár ea co nd ensad a, s ep ar ad a d o ep itélio u retral p o r u m a camad a d e C M L d ifer en ciad as (T ho mso n et al. , 2 00 2) . E sta camad a d e CM L é meno s d ese nvo lv id a em macho s, p er m it ind o q u e o s b ro tamento s p r o stático s p assem atr a vés d a cam ad a d esco ntí nu a d e

(26)

26 CM L p ar a entrar no UGM , o nd e o co r rem o s su b seq u entes cr es cim ento e r amif icaç ão du ctal ( T ho m so n et a l. , 2 002) . Nas fêm eas, a ca mad a d e CM L é co ntí nu a, o UGM f ica iso lad o d a u retr a, o qu e to rna r ar o o ap ar ecim ento d e b ro tamento s ep it e liais p ro stático s. Send o as sim , as CM L p o d em agir co mo u m r egu lad o r d a elo ng ação d u ctal p ro stática e d a r am ificação d o ep ité lio . And r ó geno s inib em p arc ialme nt e o d esenvo lvime nto d a cam ad a m u scu lar lis a p er iu r etr al, mo d u lam a d if er e nciação e ind u zem ao d im o rfismo sexu a l d est a cam ad a mu scu lar lisa (T ho mso n et al. , 2 00 2 ) .

As CM L e xp r ess am algu ns ge nes im po r tante s na ma nu te nção d a m o r fo fis io lo g ia p ro stática. Dentr e ele s, o ge ne WFDC1 , qu e exp r essa u m a p ro teína estr o m al d eno min ad a p s2 0, qu e p ar ticip a d o co ntro le d a p ro liferação d as célu la s p ro státic as e na a ngio g êne se, co m p o ssível p ap el na et io p ato gen ia d a BP H e d o câncer p r o stático ( Ru ijter et al. , 1 9 99 ; Schu lz et al. , 2 0 03 ; Watso n et al. , 2 004 ) . Ou tro asp ecto imp ortante está r elac io nad o ao s d ifere nte s fe nó t ip o s q u e as célu la s mu scu lar es lis as ap r esentam e q u e p arecem d ef inir asp ecto s p ato f isio ló g ico s d as d o ença s p ro stát icas. Algu ns m ar cad o r es m o lecu lar es, co mo a alfa - act ina d e célu las mu scu lar es (α S M A) e a vim ent in a co nf ir m am a d if er enc iação o b ser vad a no estr o ma p ro stático ( Figu r a 2 ) . E ssa o b ser vação co nf irm a q u e a d ifer en ciação d as CM L p o d e r esu ltar na p er d a d o co ntr o le estr o ma l so b r e su a intera ção co m o ep itélio p ro stático , tend o co m o co ns eq u ênc ia a car c ino gê nese ( R es sler and Ro wle y, 2 011 ).

Fig u ra 2 . Ma rca do res f eno t íp ico s da dif erencia çã o celula r . M io f ib r ob lasto s e fib ro b lasto s são p r o lifer at ivo s, enq u ant o as CM L são q u iesce ntes. Dentr e o s p rin cip ais m ar cad o r es d as CM L, enco ntr am - se a calp o nina e a m io sin a d e cad eia p esad a (M HC) ( T u x ho r n et a l. , 200 1 ).

(27)

27 Os fe nó t ip o s d as cé lu las mu scu lar es lisas fo ram d etalhad o s p o r T abo ga et a l. ( 20 08 ) ( Figu ra 2 ), a p ar tir d a análise u ltr aestr u tu r al d estas célu las e m amo str as d e car cino ma p ro stát ico . As C M L são fu s ifo r mes co m p r ese nça d e nú cleo alo ngad o e centra l e cro m atina c o nd ensad a asso ciad a à po r ção mais inter na d o env elo p e nu clear . O fenó tip o atr ó fico é cara cter iz ad o p ela d iminu iç ão d a re lação nú cleo -cito p la sma ( RNP) , ind ica nd o p er d a d e co mp o ne ntes d e co ntr ação . O nú cleo celu lar é co m p acto e o esp aço p er inu clear é m a is lar go nas ár eas d e r et r ação nu clear . A m em b r ana b as al é g er alm ent e ma is f ina d o qu e em célu las no r m ais. O fenó t ip o ativad o co r respo nd e às cé lu las co m u m crescente au m ento d as o r gan elas e nvo lvid as em síntese p r o téica e/o u revelam ext ens iv a inv agin ação d a sup er fíc ie ce lu lar , p o ssu i r esíd uo s d e p laca s d ensas e d eso r gan ização d o cito esq u eleto nas ár eas p er ifér icas. A asso ciação co m o s co mp o nentes f ib r ilar e s d a m atr iz e xtr acelu lar su ger e d esem p en har u m p ap el at ivo n a r eo r ga nização d o estr o m a. O fenó tip o d egener ad o m o str a u m nú cleo co nd ensad o e co lap sad o co m esp aço p er inu clear exp and id o e gr and e red u ção do cito p lasm a. A m em b r ana b as al é q u ase co mp letam ente p er d id a, além d e ap r ese ntar p o u qu íssim as o r gan elas celu lar es ( T ab o ga et al. , 2 008 ) .

As CM L d evem o r ig inar esses fe nó t ip o s d ir etam ente. E ntr et anto , u ma tr an siç ão d a fo rm a at ivad a p ar a a atró fica e, a p ar tir d aí, p ara u m es tad o d ege ner ad o é tam b ém p o ssível. C é lu las d e sd ifere nciad as não p od er iam ser d ist int as d e fib r o b lasto s em ní ve l u ltr ae str u tu r al, no enta nto , es se fenó tip o d eve exist ir ( T ab o ga et al. , 2 008 ).

(28)

28 Fig u ra 3 . Desenho esqu emá t ico d o s fe nó t ipo s da s CM L en co nt ra do s na pró sta ta huma na . As setas ind icam as po ssí veis d ir eçõ es d as mu d anças fe no típ icas, enq u anto as s eta s tr a ceja d as ind icam co nver sõ es ind ir eta s ( Rep ro du zid o d e T abo ga et a l. , 2008 ).

A m o r fo fis io lo g ia d as CM L é r egu lad a p ela ação ho r mo nal, u ma d as e xp licaçõ es p ara a var ia ção f eno típ ica o b servad a. Ho ng et al. ( 2 0 04 ) co nc lu ír am qu e o estr ó geno est imu la o cr escim ento d as célu las e str o m ais d a p ró stata e au m enta o nú m er o d e m ar ca do r es exp r es so s p elas CM L. Além d isso , o s au to r es tam b ém su ger ir am q u e a d ifer enc iação d as CM L se d ar ia em r esp o sta a m ed iad o r es im p o r tante s d o cr esc im ento ce lu lar , co mo o T GFβ. Diante d isso , q u im icam ent e p od e -se p erc eb er q u e ex ist em v ár io s m ar cad o r es q u e p ar ticip am d a var iação f eno típ ica d as CM L e q u e es se co mpo rtamento celu lar d eve e xp licar d iver so s asp ect o s r ela cio nad o s à p ato gên es e d a h ip er p la sia e d o câncer ( Ho ng e t a l. , 200 4; Pee hl and Seller s, 1 99 7 ).

1 .2 A Hip erp la sia Pro stá tica B en ig n a (B P H)

A BP H rep r esen ta u m a d a s d o enças p r o státicas ma is fr eq ü entes e m ho me ns, acentu a nd o -se d e fo r ma marcante co m a id ad e . Os sinto mas ir r itat ivo s inicia is d o trato u r inár io in fer io r ( LUT S) fo r tem ente r elac io nad o s à g êne se d a hip erp las ia p r o státic a, p o ss ive lm ente est ejam asso ciad o s ao alar gam ento b enig no d a p r ó stata e su a co nseq ü ente o b stru ção , r esu lta nd o em alt er açõ es sign if ic at ivas d as at ivid ad es co tid ia nas re lat ivas ao ato d e u r inar , b em co mo mo d ifica nd o fu nçõ es asso ciad as à esp er mato gê nes e e o u tr as fu nçõ e s p ro stát icas ligad as à ejacu la ção ( Fib b i et al. , 201 0 ; Sau sville and Nas lu nd , 2 0 10 ; Wu et al. , 201 2 ) . Clinica me nte, a hip er p las ia é r ep o rtad a em 8 % d o s ho me ns co m id ad e e ntr e 4 0 e 5 0 ano s, avançand o p ara 90 % d o s ho me ns co m id ad es entr e 6 0 e 8 0 ano s ( Alh as an et a l. , 2 0 08 ). Mo nto r si e M er cad ant e ( 2 01 3 ) r elatam a imp o rtância d a L UT S no d iagnó st ico d a h ip er p la sia. Fo i e st imad o , qu e a incid ênc ia d e L UT S d e mo d er ad a a severa é d e 3 0 a 4 0 % em ho m ens acim a d o s 50 ano s d e id ad e, além d o q u e tem se

(29)

29 co nf ir m ad o qu e a inc id ência e p r eva lênc ia d e L UT S au men ta linear ment e co m a id ad e . Dian te d isso , L UT S est ão asso ciad o s não so mente co m a redu ção d a ass istê ncia m éd ica r ela cio nad a à q u alid ad e d e vid a em ho me ns na ter ce ir a id ad e, mas tam b ém co m o au mento do s cu sto s d e ass istê nc ia d e p reven ção d as d o enças p r o státicas necessár io s p ar a s e r em ev itad as m aio r es co mp licaçõ es ( Djava n et a l. , 2 005 ; 2010 ; Kap oo r , 2 01 2 ; Sau sville and Na slu nd , 201 0 ) ;

A BP H é u m a d o ença q u e se d ef ine p elo au m ento ir r egu lar d o nú m er o d e célu la s e p ela m u d ança arq u itetu r al qu e esse au mento p ro vo ca. M u ito s r egistr o s d a liter atu ra af ir m am q u e a hip erp las ia é u ma do ença d e car át er in flam ató rio , mesmo q u e su a et io p atoge nia aind a se m ant e nha o b scu r a ( Schau er and Ro w le y, 2 0 1 1 ). Histo lo g icam ente, a BP H é car acter izad a p o r u ma p ro gress iva h ip er p la sia d as c élu la s s ecr eto ras ( ep iteliais) e /o u estro mais q u e cir cu nd am a u r etr a, co m excess ivo cr escim ento no d u lar lo calizad o no s p o nto s o nd e o s d u cto s ejacu lató r io s s e inser em na r egião d e tr ans ição p ro stática o u zo na p er iu r etr al. E m relação às célu las, as a lter açõ es in clu em m ud anças nas célu las b asais, au me nto d e mas sa estr o m al ( em p ar t icu lar, o au mento d as célu la s mu scu lar es lisas) , d epó sito d e eleme nto s d e matr iz ( r em od elação d as fib ras d e co lág eno , po r exem p lo ) , p erd a d a elastic id ad e tecid u al, au mento d e inf iltr ad o mo no nu clear ao redo r d o s du cto s secr et o r es, h ip er tr o fia d e ácino s e au m en to d e co rpo s am iláceo s ( d ege ner ação h ialí nica) e calc if ic açõ es n as r eg iõ es lu m inais ( Unter gasser et al. , 2 005 ). Tu x ho r n et al. r elatar am a imp o r tânc ia d e se estu d ar o estr o m a r eativo ( Tu xho r n et al. , 2 0 0 1 ; 2 00 2) , car acter izad o p ela s m o d if icação no estad o d e d ifer e nc iação d as cé lu las m u scu lare s lisa s em r esp o sta ao co mpo r tam ento ep itelial mo d ificad o e co m r efle xo na r elaç ão estr o m a- ep ité lio . Além d is so , as mu d anç as f eno típ icas o b ser vad as entr e as célu las mu s cu lar es lisa s, p rincip a is r esp o nsá veis p ela m anu tenção d a mo r fo fis io lo g ia p r o stática, têm r evelad o ind ício s imp o rtantes n a co mp r eensão d o s mecan ism o s b io qu ím ico s asso ciad o s à p ato gê nese d a BP H ( Schau er and Ro wle y, 2 0 11 ).

Um a d as p r incip ais d iscu ssõ es co m r elação às d o enç as p r o stática s e nvo lve a p o ssíve l re lação entre BP H e o câncer p ro stát ico . Um a r evis ão fe it a p o r Alcar az et al. ( 2 00 9 ) ab or do u qu e mais d a m etad e d a p op u laç ão m as cu lin a co m id ad e acima d o s 5 0 ano s ap r ese nta ev id ênc ia histo ló gica d a p r esen ça d e BP H, e nq u anto o câncer p r o stático está entr e o s m ais co mu ns câ ncer es q u e

(30)

30 af etam ho me ns, d e aco rd o co m d ado s r egistr ad o s rece nt em ent e. A co mp reensão d a et io lo gia d as co nd içõ es d e ambo s é cr u cia l na te nt at iva d e r edu zir a crescente mo r b im o r talid ad e no m u nd o . E vid ências cien tíf icas fo r am id ent if icad as q u e afir m am e xist ir algu ns asp ecto s as so ciad o s entr e a BP H e o cânc er . Dad o s ava liad o s atu alm ente co nf irm am o p ap el d o s a nd r ó geno s no d esenvo lvim e nto d e amb as as co nd içõ es p ato ló gicas. T o d avia, a inf lamação é p o ss ive lm ente o fato r majo ritár io d a p ato gênese p r o stát ica, co mu m às d u as d o enças. Além d is so , p esqu isas su ger e m q u e a sí nd r o m e metab ó lica te m d esemp enh ad o u m p ap el imp o rtante no d esenvo lvime nto d a BPH e d o câncer , e nq u anto u m nú m ero cr escente d e fato res gen ét ico s tem s id o im p licad o nas af ecçõ es p r o státicas ( Wu et al. , 2 012 ; Xia et a l. , 20 1 2 ; Yap and E mb erto n, 2 01 0) .

É imp o rtante s alient ar q u e a BPH e o câncer ap r ese nt am s im ilar id ad es em d iver so s a sp ecto s, no enta nto , anato m icam ente a BP H af eta p rin cip alm ent e a zo na d e tr a nsição p ro stática q u e o cu p a ap enas 5 % a 1 0 % d o vo lu m e to tal d o ó rgão , enq u anto o câ ncer é ma is freq ü ente e b astante r e str ito à r egião p er ifér ica, q u e o cu p a entr e 7 0 % e 9 0 % d o vo lu m e d a glâ nd u la. A sp ecto s ep id emio ló g ico s t amb ém são seme lh ante s, no entanto as evid ê ncia s ap o ntam q u e u ma d o ença não pod eria ger ar a o u tr a ( Alcar az, 2 00 8 ; Yap et al, 2 01 0 ; Xia et al, 20 1 2 ; Wu et al, 2012 ).

Bo stwic k et a l. ( 1 9 9 2) reve lar am a lgu m as p ar ticu lar id ad es d a BP H e d o cânc er d e p r ó stata ( PCA) , co mo m o strado na F igu r a 3 . E m bo r a am b as as d o enças ap r ese ntem cr es cente au m ento na inc id ênc ia e p r evalê ncia em id ad es m ais a van çad as, não há ev id ências d e r elação cau s al entr e ela s. E stu d o s em p ró statas n ecr o p siad as p er m itir am a co mp r eensão d o cr escim ento d a p revalê ncia d a BP H a p ar tir d a d écad a d e 4 0 no s ho men s. J á o câncer p ro stático o co r re d e fato cerca d e 20 ano s mais tard e ( Bo stw ick et al. , 1 9 92 ).

(31)

31 Fig ura 4 . Preva lência id a de- específ ica da BPH e do PCA em pró st a ta s hu ma na s necro psia da s . S ão ap r esentad o s o s p er ce ntu ais d e ó r gão s afetad o s p o r clas ses d e id ad e (d ado s d e Bo stwick e t al. , 19 9 2 ).

1 .2 .1 Pa p el do s a nd ró g eno s p ro stá tico s d iid ro testo stero na e testo stero na

Dihid r o testo ster o na (D HT ) é c er ca d e 5 a 1 0 vezes m a is p o tente q u e a testo ster o n a e d e semp e nha im p o r tante p apel na p r o gr es são d a BP H, med iand o ef eito s a nd r o gê nico s na hip er p las ia. Na p ró stata, ao co ntrár io d o p lasm a, o s ní veis d e D HT são alto s e maio res qu e o s d a testo ster o na. Além d is so , o s ní veis d e DHT intr ap r o stático e levam - se co m o ava nço d a id ad e do s ho m ens, em d etrim ento d e u m d eclí n io na cir c u lação d a testo stero na, su ger ind o , p o r tanto , seu p ap el ex acer b ad o na BP H ( Djav an et al. , 2 0 10 ).

A testo st ero na é co n ver tid a em DHT em r eaç ão catalisad a p elas iso enzim as 5 - alf a r ed u tase ( 5 AR) 1 e 2 . A enz ima d o tip o 2 é enco ntr ad a p red o m inanteme nt e na p r ó stata e em o u tro s tecid o s ge nitais. A d o tip o 1 tem d istr ib u ição mais amp la, send o enco ntr ado na p ele, no fígad o e tam b ém n a p ró stata. T ecid o s co m ele vad as co nc entr a çõ es d essas enz imas, co m o o tecid o p ro stático , são , p or tanto , o s p rincip a is sítio s d e co n ver são d a testo stero na e m

Classes de idades

(%)

(32)

32 D HT. Deco rr e q u e est a co n ver são am p lific a o s efe ito s d a te sto ster o n a cir cu lant e, em fu nção d a fo r m ação lo cal d e u m and r ó geno ma is p o tente. Dad o o p ap el centr a l d a DHT co m o o mais po tente and r ó ge no , ho m en s co m d eficiên cia d a 5 AR t ip o 2 tem p ró stat as p eq u enas e r u d im entar es e não d esenvo lvem BP H q u and o ad u lto s ( Cu nha et al. , 2 004 ; Dja van et al. , 2 0 10 ).

1 .2 .2 A terap ia med ica men to sa

Os antago nista s do adr eno r r ecep to r tip o alf a 1 (ou α -b loq u eado r es o u b lo qu eado res alfa- ad r enér g ico s) s ão imp o rtantes no tratam e nto d a BP H. Um m elho r e ntend im ento no fu ncio nam ento d o s r ecep to res p ara o ho r mô nio ad r enér gico qu e está envo lvid o na d o enç a p r o stática tem levad o ao au mento d o u so d o s α -b lo qu eado r es no tr atam e nto , su b stitu ind o a c iru r gia d e r em o ção p ro stática p o r fár m aco ter ap ia. Os α -b lo quead o res avaliad o s ap r esent am e feito s im ilar so b r e a hip er p las ia p r o stática, melho r and o o s s into mas em ap ro xim ad ame nt e 3 5 % d o s caso s no s q u ais a r azão m áxim a d e f lu xo u rinár io p asso u d e 1 ,8 p ara 2 ,5 mL/s. D ian te d iss o , co nclu i- se q u e o s α - b loq u eado r es têm ef icácia co m p ar ável na m elho ria do s sinto m as d a do ença p r o státic a ( Djava n et a l. , 2 010 ).

O p r incip al ho r m ô nio a nd r ó ge no c ircu lant e, a t esto ster o na, é co nv er t id o em d iid r o testo stero na ( DHT ) atr avés d a ação d a enzim a 5 - alfa r ed u tase ( 5 α R) . Além d e s er ne ce ss ár io p ar a o cr esc imento e o fu ncio name nto no r ma is d a p ró stata, a D HT tam b ém se enco ntr a en vo lvid a no d ese nvo lvime nto d a BP H e n a inic iaç ão e pr o gressão d o cânc er p rostát ico . Do is inib id o r es d e 5 α R, a f ina ster id a e a d u tasterid a, têm s id o estud ad as extens ivament e em tr iagens clí nica s d e p acie ntes co m BP H. F in aste r id a é u m inib id o r d a 5 α R tip o 2 , e nq u anto a d u taster id a é u m in ib id o r dup lo d a 5α R, inib ind o amb as as iso enzim as. O s co m po sto s r elacio n ad o s têm se mo strad o inib id o r es sér ico s d o D HT, em bo r a a du taster id a seja ma is ef iciente. E m gr a nd e es ca la, tr iag ens clí nica s em ho me ns co m sinto m as d e BPH, inib id o r es d e 5 AR red u zem o vo lu me p r o stático , melho r am o s sinto m as, r ed u zem o s r is co s d e r ete nção u rin ár ia agu d a e aju d am no d ecréscimo d a ap lic aç ão d e cir u r gias r elac io nad as à BP H. E ss es med icamento s ab aixam o s ní veis sér ico s d e antíg eno p ro stático

(33)

33 esp ecí f ico (PS A) em ap r o xim ad ame nte 5 0 % em 6 meses, as s im co m o r edu zem o vo lu m e p ro stático em 2 5 % em 2 a no s d e trat am ento . O s inib id o r es d a e nzim a 5 AR tamb ém ap rese ntam cap acid ad e d e redu zir o s r isco s r elat ivo s ao cânc er d e p ró stata co mo b enefí cio secu nd ário d a r esp o sta ao tr atam ento p ar a a BP H ( Djavan et al. , 20 10 ; T angu a y et al. , 2 00 9) .

1 .3 O cân cer d e p ró sta ta (PCA )

Segu nd o o INCA (2 014 ) , 6 8 .80 0 no vo s caso s d e câ ncer d e p ró stata ser ão d ia gno st icad o s no Br as il em 2 0 14 e 13 .12 9 m or tes cau sad as p o r esta d o ença aco nteceram em 2 011 . E ste câncer é a s egu nd a neo p las ia ma is fr eq ü ente em ho m ens, atrá s so m ent e d o câncer d e p ele não - me lano m a. O cânc er d e p ró stata tem inú m er as car acter íst icas p ecu liar es. Um a d elas é a d ep end ência d e and r ó geno s. Ind ivíd u o s pr é - ad o lesce ntes castr ad o s ( eu nu co s,

ca stra ti) nu nca d esenvo lveram PC A.

O PCA co ns ist e -s e em u m crescente p r oblem a d e saú d e pú b lica no mu nd o o cid ent al, além d e ser u m do s líd er es d e aco metim ento em ho m ens d e id ad e a vançad a, cu ja incid ênc ia au men ta p r incip alme nt e na sep tu agés ima d écad a d a v id a. Acr ed ita- s e q u e, em p ar te, o au m ento d a in cid ência seja cau sad o p elo e nve lhec imen to d a p op u lação . No entanto , co m o acréscimo d as estatí st icas , tem- se ver if icad o qu e, p o ssive lm ente, a não d etecção p r eve nt iva d o antí geno esp ecí f ico d a p ró stata (PSA) , co m po ster io r tr atame nto ef icaz, t em co ntr ib u íd o p ar a o avanço d e caso s no m und o (Schu lz et a l. , 2 0 03 ).

A etio lo gia d o câncer d e p r ó stata é insu f icie ntem ente e ntend id a, u m a ve z q u e existem vár io s fato r es p r esent es na car cino gêne se p r o stát ica. Fato r es g enét ico s, asp ecto s r e lacio nad o s a háb it o s d e nu tr ição , r ela çõ es co m vír u s, id ad e, d entr e o u tro s ( Schu lz et a l. , 2 003 ; Ru ijter et a l. , 1 999 ) , car acter izam a d o ença co m asp ecto s mu lt if ato r iais. Atu alme nt e, u m cresc ente nú m er o d e d iagnó st ico s d e PCA é d etectad o atr avé s d a elev aç ão sér ic a d o s ní ve is d e a ntí ge no esp ecí f ico p ro stát ico ( PSA) . Antes d a in vest igaç ão r o tine ir a d o PSA, m u ito s caso s er am id e nt if icad o s p ela s into m ato lo gia c lí nica o u p elo exam e d igit al d o r eto (DRE ) co nhec id o sim p lesme nt e co m o to qu e r etal. Os caso s

(34)

34 d iagno st ic ad o s d e cânc er , co m caract er íst icas esp ecí f icas d a neo p las ia m align a d o ó rgão , co mo , p or exemp lo , a m etást as e, o s ní v eis d e PSA as su mem v alo r es b em m aio r es q u e 1 0 ng/m L. Co n tr aria nd o estes d ad o s, mu ito s ca so s atu ais são d etectad o s atr av és d e va lo r es lo calizad o s e ntr e 2 , 5 -1 0 ng/m L e co m co nf ir m ação h isto p ato ló gica d a m o r fo lo gia po r b ió p sia ( Sc hu lz et a l. , 2 0 03 ) . Os tu mo r es na p r ó stata ap r esentam u m m icro amb iente q u e in clu em m od if icaçõ e s nas célu las e str o mais ( f ib r ob lasto s, m io f ib r o b lasto s, célu las m u scu lare s lisas, ner vo s, vaso s s a n gu íneo s), nas cé lu las ep ite liais e n a p er sistênc ia d e cé lu las mo no nu c lear es e p o limo rfo nu cle ar es (PM Ns) p resent es n a inf lamação ( Fr anco et al. , 2011 ). Dia nte d e taman ha co m p lex id ad e m o r fo fis io ló g ica, e xistem d iver so s achad o s na lit er atu ra q u e bu scam co mp reend er o s meca nism o s ce lu lar es e mo le cu lare s q u e exp licam a car cino gênese p r o stática. Ep id em io lo gicame nt e, o s ho m ens d e id ad es a vançad as temem p e la d eterm inação do d iag nó st ico d e d o enças p r o stát icas, p rin cip alm ente em fu nção d a ne ce ss id ad e do toq u e r etal p ar a a nato m icam ent e m elho r d escr e ver o vo lu m e d a glând ula e, em fu nção d isso , asp ecto s r elacio n ad o s ao gr au d e instr u ção , nac io na lid ad e e natu r alid ad e, háb ito s, d entr e o u tro s, são im p o r tantes no d ese nvo lv im ento do cânc er ( Palap attu et al. , 2 00 9 ; Gr ivas et al. , 2 012 ; Br awle y, 2 01 2) .

O PCA aco mete p r edo mina ntem ente ho me ns id o so s, razão p ela q u al s e atrib u i cr esc imento lento . E ntr eta nto , têm sid o enco ntr ad o s caso s em ind ivíd uo s jo vens. E m u m ca so p ar ticu lar , u m ind iv íd uo d e 34 ano s fo i d iagno st ic ad o co m cânc er d e p r ó stata me tas tát ico , cu jo s sinto mas assem elhar am- se ao lin fo ma ( A hn et a l. , 1 99 7) , p ro vave lm ente d ev id o a o u tra car act er íst ica co mu m d este tip o d e tu mo r qu e é a m etastat iz ação p ara o s linfo no d o s e p ara medu la ó ssea. O b lo qu eio ou a p r ivação and r o gê nic a fa ze m p ar te do tr atame nto do câncer ava nçad o, se nd o u tilizad as d r o gas q u e b lo qu eiam a sí ntese d e testo ster o na, su a co nver são em d iid r o testo ster o na o u su a inter ação co m o recep to r d e and r ó geno s.

Ou tr a car acter í stic a p ecu liar d o cânc er d e p ró stata é a co mu m r eco r r ênc ia ap ó s p r ivaç ão and r o gê nica na fo rm a d o câncer d e p ró stata r esis tente à castr ação . O r ecep to r d e and r ó geno p ar ece ter p ap el fu nd ament al n est a p r o gress ão , po r ap resentar m u taçõ es, amp lif icaçõ es o u ativação ind ep end e nt e d e liga nt es, to d as co m c o ntr ib u ição p r o váve l p ar a a

(35)

35 so b r evivência d as cé lu las ep iteliais em b aixa s co nce ntr açõ es d e a nd r ó geno s cir cu lant es (Fe ld ma n a nd Feld ma n, 2 00 1 ; Sharm a et a l. , 2013 ) .

Além d estes m ecanismo s b asead o s no recep to r d e and ró geno , têm s id o r epo r tad as vár ia s fo r mas d e alt er açõ es cr o mo ssô m icas, inclu ind o a cr o mop lexia ( Baca et al. , 2013 ; To mlin s et al. , 20 07 ) , co ntr ib u ind o p ar a a in ic iaç ão , cr escim ento /p ro gr essão tu mo r al, metást as e e ind ep end ênc ia ho r mo nal.

Po r mu ito temp o tem sid o po stu lado ex ist ir u ma r elação í nt ima e ntr e o estr o m a e o ep itélio p r o stático s, tanto d u r ante o d ese nvo lv im ento q u anto n a p ro gr es são tu mo r al ( Cu nha et a l. , 2 004 ) . E ste co n ceito fo i b em exp lo r ad o po r p esqu isad o res inter essad o s na p r o teína p s2 0 , exp ress a p o r célu la s mu scu lar es lisas e co m cap acid ad e d e r egu lar o cresc ime nto d e cé lu las ep itelia is ( d etalham e nto a segu ir ).

Ou tro asp ecto im p o r tante é a p r o gressão t u mo r al, q u e fo i d escr it a co m o u m p ro cesso co ntí nu o d e d esestru tu ração d a o r gan iz ação ep itelia l p o r Glea so n ( 19 77 ) e q u e car acter iz a p ar te d o siste ma d e c lassif icação d a p ro gr es são tu mo r al. A F igu r a 4 mo stra algu ns asp ecto s histo ló gico s d a o r ga nização p ro stática no PCA.

(36)

36 Fig ura 5. Aspect o s da o rg a niza çã o g la ndula r co rrespo ndent es a o s diferente s g ra us de Glea so n . Na p ró stata no r mal ( A), o b ser va - se a exist ênc ia d e ácino s d es en vo lvid o s e o rganização em fe ixes d as célu las mu scu lar es lisas. No G leaso n 1 ( B) , no ta- s e a p ro p agação d e estru tu ras gland u lar es p eq u enas, ao lad o d aqu elas d e asp ecto no rm al. No Gle aso n 2 ( C), exist e ap ar ente d esd ifer enc iação d as célu las ep itelia is, q u e são p red o m inant em ent e ach atad as, e d as célu las m u scu lar es lisa s ad jace ntes. No Glea so n 3 ( D) , existe u ma p red o m inân cia d e estr u tu r as ep ite liais d iminu ta s e co m célu las p o u co d ifer enc iad a s. No Gleas o n 4 ( E ) , a estru tu ra gland u lar é p r atic am ent e p erd id a, co m algu ma in filtr ação estro m al. No Gle aso n 5 ( F), há p red o m inân cia d e cé lu las tu m o rais ind if er enciad as, s em o r gan ização gland u lar e q u e p er m eiam o s co m po ne ntes estr o mais. SM C= célu las mu scu alr es lisas (R ep ro du zid o d e Tabo ga et a l, 2 008 ).

(37)

37

1 .4 A fa mília WAP

A p ro teína p s2 0 (WA P-typ e fou r-d isu lfid e co re do ma in 1 ; p s20 - p ro teína d o estr o ma p ro stático , 20 kDa) , fo i id e nt ific ad a em 198 7 co mo u m co mp o ne nte d o mesênq u ima u r o genita l d e rato cap az d e in ib ir o cresc ime nto d e célu las NBT - II d e car cino ma d e b ex iga in vitro ( Ro wle y e T ind a ll, 1 9 87 ) . E m exp er im ento s sem elhant es, fo i id e nt if icad o q u e o s m esmo s co m p o nent es in ib ir am o cr escim ento d a linhagem celu lar (PC3 ) d er iv ad a d e carc ino m a p ro stático ( Ro wle y et a l. , 1 995 ) . A p s2 0 e co ntém u m d o mínio WAP ( p r o teína acíd ic a d o so ro e u m nú cleo co m 4 ligaçõ es d issu lfeto entre 8 r esíd uo s d e cisteí na ( Bo u char d et al. , 200 6) .

As p ro teína s WAP m a is estu d ad as são a ela fin e ant ileu co p ro tein as e – d o is inib id o r es d e ser ina p r o teases co m ativid ad e a nt im icro b iana e a nt iinf lam ató r ia. A lém d est as, p o d em ser inc lu íd as a ano sm ina 1 , ep p in e WFDC2 , além d a WFD C1 /p s2 0 . M u ito s do s gene s q u e co d ific am a s p r o teínas WAP estão agr u p ado s no cr o m o sso m o 2 0, exceto o WFD C1 , qu e se lo caliza no cro mo sso mo 1 6. O mo d elo fu ncio nal d a famí lia WA P é, p o r tanto , atu ar co mo inib id o r d e ser ina -p ro teases, já co nhecid o p ara o u tro s membr o s d esta m esma fam ília ( Bo u char d et al. , 200 6 ; Lar s en et a l. , 2 0 00 ; Watso n et al. , 2 00 4) . A aná lise imu no histo q u ím ica r eve lo u qu e a p s2 0 é enco ntr ad a lar g am ent e no tec id o mu scu lar liso d e vár io s tecid o s, tend o co mo po ssí veis alvo s o s fato res d e cr escim ento , d e regu lação e d e r em o d elação d a m atr iz e xtr acelu lar e d a p ro gress ão d e car cino mas, atu and o , inclu s ive, co m o po ssíve l su p r esso r tu m or al ( L arsen et al. , 2 0 00 ; Lar se n et a l. , 1 99 8 ; Watso n et al. , 2 00 4) .

O ge ne WFDC1 , q u e cod if ica a p s2 0 , enco ntra - se m ap ead o , co mo a nter io r ment e citad o , no cr o mo sso mo 16 ( 16q2 4 ) , cu ja re gião d o ge no m a é asso ciad a a u m nú m er o d e có p ias ano r mais, p erd a d e heter o zigo sid ad e e asso ciação co m o câncer p ro stát ico ( E lo et al. , 19 97 ), assim co mo em ou tro s tip o s tu m o r ais, inclu ind o o cânc er d e p u lmão e c ar cino ma h ep ato celu lar ( Lar s en et al. , 2 000 ) . Utiliza nd o - se ar r anjo d e hib r id iz ação co m p ar ativa d e alt a r eso lu ção , r ecent eme nte fo i id entif icad o u m nú mero d e tu mo r es p ro stático s co m d ele ção do lo cu s qu e co ntém o WFDC1 ( Lar s en et al. , 20 0 0) .

(38)

38 Fig ura 6. Lo ca liza çã o e mo tif do g ene W FDC1 . O ge ne W FDC 1 lo caliz a- se no cro mo sso mo 16 e ap rese nt a u m mo tif d e 5 0 amino ácid o s qu e estab ele cem 4 p o ntes d issu lfeto entr e o s 8 r esíd uo s d e cisteí na. ( Bo u char d , 2 00 6) .

Ou tr as p esqu isas têm mo str ad o qu e a exp ressão d e p s2 0 é s ignif ica ntem ente var iáv el em câncer d e p ró stata. M cAlha n y e co lab o r ado r es ( M cAlha n y et al. , 2 003 ) mo str ar am q u e a p ro gr essão d o câncer p ro stático é car act er izad a p ela p er d a d a exp r essão n o estr o m a d a p s20 co m eventu al o u o cas io na l gan ho d a exp r essão d a p s20 no ep itélio p ro stático , su ger ind o , p o r tanto , u m a p ro gr essão d e u m fenó tip o tu mo ral d o ep itélio m ais agr ess ivo , além d a tr ans ição ep ité lio -m esênq u ima o bser vad a. E ssa car a cter ís tica d a p s2 0 a tr an sfo r ma em u m p o tenc ia l m ar cad o r b io ló gico d a d eter mina ção d a p ro gr es são e do d ese nvo lv im ento d a d o ença. T u xho rn e co lab o r ado r es ( T u xho r n et al. , 2 002 ) fizeram u m e stu d o co m im p lantes xeno gr áf ico s d o cânc er d e p ró stata e r ev elar am q u e a p s20 tam b ém co ntrib u i na a ngio gênese e tu mo r igê nese, a lém d e atu ar na est ab ilização d a matriz extra celu lar e d a n eo vascu lar ização tu mo r al ( an gio gê nese) , po ssiv elme nte as so ciad a a su a fu nção d e in ib id o r d e p ro tease, as sim co mo tam b ém d eve est ar as so ciad a à m ud ança d a int eração célu la -m atr iz, r esu lta nd o em crescent e m igração celu lar .

Watso n e co lab o rad or es (2 0 04 ) d esenvo lver am u ma an álise m o lecu lar d o ge ne WF DC1 em 21 p acie nte s co m câncer d e p ró stata e u tiliz ar am 5

(39)

39 linh age ns celu lar e s d ifer ente s d e câ ncer p ro stático , no intu ito d e in vest igar m u taçõ es r elacio n ad as ao d esenvo lvim e nto neo p lá sico e alter açõ es n a e xp r essão gê nica. Os au to res co nc lu em q u e as m u taçõ es invest igad as n ão se co r relac io nam co m o câncer, q u e a exp r es são d o ge ne WFD C1 tem r elação e xp o nenc ial co m o co nteú do d e m ú scu lo liso p r esent e nas amo str as e d eter m inad o p or h isto lo g ia. Co nclu ír am tam b ém q u e tam anho amo str al fo i in su f icie nte p ar a d eter m inar co r r elação e ntr e a exp ressão d e W FD C1 e o PCA, emb o ra ap ar ecesse red u zid a. A lém d isto , o s au to r es d escr evem a existên cia d e u m transcr ito em algu m as d as am o stra s, c u jo seqü enciame nto d emo nstr o u não p o ssu ir a r egião co d ificad a p elo éxo n 3 . Se tr ad u zid o , este RNA m p r od u zir ia u ma d eleção d e 28 amino ác id o s na p ro teína final.

Fig ura 7 . Esquema ilust ra t ivo d a s va ria n tes d e sp licing do g en e W FDC1 . O sp licin g alter nat ivo ger and o um tr anscrito co m o éxo n 3 d elet ad o

fo i d e scr ito p o r Watso n et a l. ( 2 0 0 4), cu ja p r o teína exp r es sa ter ia 2 8 amino ácid o s a me no s.

(40)

40

1 .5 I n fla ma ção , B PH e exp ressã o do g en e WFDC1

Ap ó s atingir a id ad e adu lta, a p ró stata se inser e nu m a fase d e m anu tenção , cu ja o co rr ência d a p rolifer ação d as cé lu las p r o státicas d iar iame nt e se d á nu ma r azão d e 1 a 2%, co ntr ab a lanc ead a p o r u m a razão sem elha nt e d e mo r te p ro gr amad a ou ap opto se. A p er d a d esse eq u ilíb r io d eve tamb ém co ntr ib u ir p ara a BP H. Algu ns estu do s têm d esta cad o qu e po ssí veis alt er açõ es no s d ifer en tes est ágio s d o cr escime nto pr o stático co ntr ib u em p ar a a etio p ato gênese d a BP H. Algu mas p esq uisa s in vitro d ão supo rte ao p ap el centr a l d a inf lam ação na gênese d a hip er plas ia. O s nó du lo s estr o mais d e BP H ap r esentam inf iltr ad o s d e lin fó cito s B, linfó c ito s T e m acr ó fago s. E ss as célu la s s e acu mu lam em vo lta d o s d u cto s ep ite liais e int er r o mp em a secreção lu mina l ( B ir b ac h et a l. , 201 1 ).

A sina lização entr e as cé lu las b asais d o ep itélio lu m inal, na re no vação d as cé lu las lu minais e m anu te nção d a ativ id ad e secr e to ra, é med iad a p o r a nd r ó geno s. As célu las b asa is são co n sid er ad as as célu las -tr o n co d o ep itélio p ro stático . Dia nt e d is so , alt er açõ es no s m eca nismo s d e co ntr o le ho rm o na l, o u s imp le sm en te algu ma ind u ção micr o b iana ou p ro gr amação ge nét ica, a lter a essencialm ente o co mpo r tamento ce lu lar p r o stático , ger and o a d e fes a im ed iat a atra vé s d a inf lam ação . A secr eção d e p ep tíd eo s p ass a a ser mo d if icad a, fato res d e cr escim en to co mo o T GFβ, u m po lip ep t íd eo m u ltifu ncio na l r egu lad o r d a p ro lifer ação celu lar e d a d ifer enc iação , é mo d if icad a, ass im co mo vár ias via s inf lam ató r ias p as sam a ser at ivad as, co mo a via d a ciclo x ig ena se 2 ( COX- 2 ) , m ed iad o r es qu ím ico s (co mo 6 , 8 , 1 0 , IL-1 7 , T NFα , p ro stag land inas) s ão p ro d u zid o s, r esu lta nd o em u m m icr o am b ient e alt ame nt e r eat ivo e car ac ter íst ico d a BPH ( Birb ach et al. , 2 01 1 ; M cAlha n y et al. , 2 0 03 ; Schau er et al. , 2 008 ; Schau er and Ro wle y, 2 01 1 ; Tu x ho r n et al. , 2 00 1 ; Tu x ho r n et al. , 200 2 ; Unter gas ser et al. , 2 0 05 ) .

Nest e co ntexto d e infecção e inf lam ação , mais r ece nt em ent e fo i d emo nstr ad o qu e a exp ressão d o ge ne WF DC1 se d á em lin fó cito s CD4 e q u e seu s ní veis e stão r elacio nad o s co m a su scep t ib ilid ad e à inf ecç ão p elo HIV ( Alvar ez et al. , 2 00 8 ; Alvarez et al. , 2 0 1 1 ) . Os au to r es d emo nstr ar am e xist ir u ma v ar iação intr í nseca na e xp r es são d e W FDC1 em lin fó cito s CD4 p o sit ivo s

(41)

41 e qu e a sub pop u lação co m p s20 alta ap rese nta ma io r inf ect ivid ad e, qu e fo i b lo qu ead a po r ant ico r p o s co ntr a a p ro teína.

1 .6 Sp licin g, sp licing a ltern a tivo e fa to res d e sp licin g

E m bo r a a tr anscr ição seja o fato r pr imár io na exp r essão gênica, o u tro s e vento s estão en vo lvid o s na ma nifestaçã o fina l d e u m gene. Dentr e ele s, o p ro cessam e nto d o tr anscr ito p rim ár io , qu e inclu i a r emo ção do s í ntr o ns ( segm ento s d o gene q u e são remo vid o s e, p o rtanto , au sente s d o mRNA) . I ntr í nseco a est e p r o cesso está o sp licing alter nativo , no q u al d ifere ntes co mb inaçõ es d o s éxo n s são enco ntr ad as no mRNA e q u e, fu nd am enta lm ente, fo r m am p ro teína s d if ere ntes ( F igu r a 6 ). O m eca nismo d e sp licin g resu lta nu ma amp liaç ão d o rep ertór io d as p ro teínas e xp r essas p o r u m d eterm inad o g eno ma ( Brau nschwe ig et al. , 2 01 3 ; Lic at alo si and Dar n ell, 2 01 0 ; Nilsen and Gr ave le y, 2 01 0) .

E m bo r a seja co n hec id o qu e d ifere ntes var iant es d e sp licin g d e mu ito s g ene s são e xp r es sa s em d ifer entes tecid o s, ao lo ngo d o d esen vo lvim ento e no cânc er , o s mecan ism o s q u e selecio nam as d if er e ntes fo r m as d e sp licin g em cad a situ ação são p ou co co nhec id o s.

(42)

42 Fig u ra 8 . Esquema d emo n st ra ndo a remo çã o do s int ro ns n o sp licing e a po ssibilida de de sp licing a lt ernat ivo ( Font e: e n. w ik ip ed ia. o r g/w iki/ Alter nat ive sp licin g) .

E m p ar ticu lar, as a lter açõ es n as var iante s d e sp licin g e o s co mp le xo s m o lecu lar es envo lvid o s na m aq u inar ia d e sp licin g têm sid o p ar ticu lar ment e inter es sa ntes no cân cer, p ela p o ssib ilid ad e d e co nst itu ír em -s e em alvo s terap êu tico s (Bo no m i et al. , 20 1 3 ; Ve nab les, 2 0 04 ) . E mbo ra exista t end ênc ia d e se c lassif icar o s fato r es d e sp licin g em d o is t ip o s p rincip a is, S R ( serin

e-a rg in in e- rich ) e hnRNP ( h etero g en ou s nu clee-a r rib o nu cleop ro tein ), co m

fu nçõ e s anta gô nicas em p r o mo ver o u silenc iar o sp licin g , r esp ectivam ent e ( Bo no mi et al. , 2 0 13 ) , a r egu la ção ind ivid u al o u co n ju nta d o s ge nes q u e so fr em sp licin g em d eterm inad o tip o celu lar em d eter minad a co nd ição aind a n ão fo i esc lar ec id a.

Referências

Documentos relacionados

The film containing the highest concentration of depigmented jambu’s extract and macela’s essential oil obtained an anesthesia time of 83.6 (±28.5) min longer when compared with

(grifos nossos). b) Em observância ao princípio da impessoalidade, a Administração não pode atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, vez que é

Este trabalho buscou, através de pesquisa de campo, estudar o efeito de diferentes alternativas de adubações de cobertura, quanto ao tipo de adubo e época de

No entanto, maiores lucros com publicidade e um crescimento no uso da plataforma em smartphones e tablets não serão suficientes para o mercado se a maior rede social do mundo

devidamente assinadas, não sendo aceito, em hipótese alguma, inscrições após o Congresso Técnico; b) os atestados médicos dos alunos participantes; c) uma lista geral

Na relação entre o tempo de maturação e as doenças causadoras da insuficiência renal crônica, foi encontrado que os pacientes diabéticos obtiveram maior média de 45,8 dias

O objetivo desta pesquisa consistiu na avaliação de linhagens de milho obtidas de populações oriundas de cruzamentos de linhagens elites com as populações originais, para avaliar