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XXV Jogos Olímpicos Barcelona (Espanha)

No documento Jogos Olímpicos (páginas 54-64)

O interesse em sediar os Jogos de 1992 foi um dos maiores de toda a história do olimpismo. Sete cidades candidatas gastaram milhões de dólares nos preparativos preliminares. Para alegria dos catalães, Barcelona foi escolhida. Antigas edificações foram demolidas, surgindo à beira-mar ousado projeto arquite­ tônico. Alguns países, livres do domínio soviético, retornaram ao movimento olímpico defendendo as próprias cores. Os Jogos de Barcelona foram os de maior desenvolvimento tecnológico. Próxima ao porto, do alto de uma coluna, a estátua de Cristóvão Colombo a tudo assistiu. Ela aponta para o mar, reprodu­ zindo o gesto que o navegador fizera quando, em 1492, fora recebido pelos reis de Espanha. Mostrava aos

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA GINÁSTICA OLÍMPICA 123

soberanos que naquela direção havia novas terras. Ao sediar os XXV Jogos Olímpicos, Barcelona pôde comemorar, em grande estilo, os 500 anos do descobrimento da América (Godoy, 1996).

Não haveria nenhum boicote. Melhor. Enfim, o COI se curvaria à inevitabilidade do profissiona­ lismo, justa e brilhantemente representado pela presença do Dream Team, o mágico elenco do Basquetebol dos Estados Unidos.

O momento mais empolgante da celebração foi a teatralização da lenda de Hércules, o inventor dos Jogos, segundo a mitologia grega, e o mais emocionante quando o astro internacional do Arco e Flecha, Antonio Rebollo, acendeu uma seta na chama sagrada levada por Juan Antonio San Epifania, o Epi, ídolo do Basquetebol de Barcelona, que apontou para o alto e lançou a haste com graciosa pontaria na direção da pira olímpica, situada em uma marquise. Milimetricamente, a seta de Rebollo cruzou o centro do gás que escapava da pira, incendiando a emoção da platéia.

Apesar do esfacelamento da União Soviética, 12 das suas ex-nações se aliaram num time batizado de Equipe Unificada, a soma de Armênia, Azerbaijão, Belarus, Cazaquistão, Geórgia, Moldava, Quirguistão, Rússia, Tadjiquistão, Turcomenistão, Ucrânia e Uzbequistão. Mesmo numa época terrível para seus atletas, sem bandeira nem hino, obviamente desconcertados pela instabilidade política e econô­ mica de seus países e pela falta de uma coordenação de suas atividades, os rapazes e as moças da Equipe Unificada brilharam em Barcelona: 112 medalhas. Os Estados Unidos se localizaram razoavelmente atrás, 108 medalhas. Somadas as forças da parte Ocidental e da Oriental, a Alemanha ficou na terceira posição: 82 (Lancellotti, 1996).

Na competição de Ginástica por equipe em Barcelona, a Equipe Unificada levou o ouro, ficando a China com a prata e o Japão com o bronze.

Como já ocorrera com a União Soviética em Seul, em Barcelona, foi a Equipe Unificada a dominadora absoluta da Ginástica para os rapazes. Brilhou principalmente o bielo-russo Vitaly Scherbo, que arrebataria um total de seis ouros. Scherbo venceu a disputa do título individual com 59,025, ficando Grigori Misutin em segundo com 58,925 e Valeri Belenki em terceiro, com 58,625.

Vitaly Scherbo, além do título por equipe e individual, ganhou o ouro também nas argolas, paralelas, salto sobre o cavalo e cavalo com arções, ficando o ouro do solo com o chinês Li Xiaoshung e a barra com o desconhecido americano Trent Dimas.

Marco Antonio Monteiro, representante brasileiro nos ]O de Barcelona, em

1992. Integrante da seleção brasileira em oito

CM, (1985 a 1996) e atual vice-presidente da

122

Professor Publio, comentarista da TV Globo, acompanhado do Professor Carlos Rezende, idealizador do FEGIN de Ouro Preto, em Minas Gerais.

NESTOR SOARES PUBLIO

Delegados do Brasil no Congresso da FIG em Seul: Carlos Rezende (Diretor da CBG), Mário Pardini e Nestor Publio (Presidente e Vice da CBG).

Depois de Seul, a Competição I passou a ser considerada somente como uma qualificação (seleção) para participação na Competição II e III, devendo as notas saírem novamente de zero, e não com a média da Competição I, como acontecia anteriormente.

1992

XXV Jogos Olímpicos - Barcelona (Espanha)

O interesse em sediar os Jogos de 1992 foi um dos maiores de toda a história do olimpismo. Sete cidades candidatas gastaram milhões de dólares nos preparativos preliminares. Para alegria dos catalães, Barcelona foi escolhida. Antigas edificações foram demolidas, surgindo à beira-mar ousado projeto arquite­ tônico. Alguns países, livres do domínio soviético, retornaram ao movimento olímpico defendendo as próprias cores. Os Jogos de Barcelona foram os de maior desenvolvimento tecnológico. Próxima ao porto, do alto de uma coluna, a estátua de Cristóvão Colombo a tudo assistiu. Ela aponta para o mar, reprodu­ zindo o gesto que o navegador fizera quando, em 1492, fora recebido pelos reis de Espanha. Mostrava aos

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soberanos que naquela direção havia novas terras. Ao sediar os XXV Jogos Olímpicos, Barcelona pôde comemorar, em grande estilo, os 500 anos do descobrimento da América (Godoy, 1996).

Não haveria nenhum boicote. Melhor. Enfim, o COI se curvaria à inevitabilidade do profissiona­ lismo, justa e brilhantemente representado pela presença do Dream Team, o mágico elenco do Basquetebol dos Estados Unidos.

O momento mais empolgante da celebração foi a teatralização da lenda de Hércules, o inventor dos Jogos, segundo a mitologia grega, e o mais emocionante quando o astro internacional do Arco e Flecha, Antonio Rebollo, acendeu uma seta na chama sagrada levada por Juan Antonio San Epifania, o Epi, ídolo do Basquetebol de Barcelona, que apontou para o alto e lançou a haste com graciosa pontaria na direção da pira olímpica, situada em uma marquise. Milimetricamente, a seta de Rebollo cruzou o centro do gás que escapava da pira, incendiando a emoção da platéia.

Apesar do esfacelamento da União Soviética, 12 das suas ex-nações se aliaram num time batizado de Equipe Unificada, a soma de Armênia, Azerbaijão, Belarus, Cazaquistão, Geórgia, Moldava, Quirguistão, Rússia, Tadjiquistão, Turcomenistão, Ucrânia e Uzbequistão. Mesmo numa época terrível para seus atletas, sem bandeira nem hino, obviamente desconcertados pela instabilidade política e econô­ mica de seus países e pela falta de uma coordenação de suas atividades, os rapazes e as moças da Equipe Unificada brilharam em Barcelona: 112 medalhas. Os Estados Unidos se localizaram razoavelmente atrás, 108 medalhas. Somadas as forças da parte Ocidental e da Oriental, a Alemanha ficou na terceira posição: 82 (Lancellotti, 1996).

Na competição de Ginástica por equipe em Barcelona, a Equipe Unificada levou o ouro, ficando a China com a prata e o Japão com o bronze.

Como já ocorrera com a União Soviética em Seul, em Barcelona, foi a Equipe Unificada a dominadora absoluta da Ginástica para os rapazes. Brilhou principalmente o bielo-russo Vitaly Scherbo, que arrebataria um total de seis ouros. Scherbo venceu a disputa do título individual com 59,025, ficando Grigori Misutin em segundo com 58,925 e Valeri Belenki em terceiro, com 58,625.

Vitaly Scherbo, além do título por equipe e individual, ganhou o ouro também nas argolas, paralelas, salto sobre o cavalo e cavalo com arções, ficando o ouro do solo com o chinês Li Xiaoshung e a barra com o desconhecido americano Trent Dimas.

Marco Antonio Monteiro, representante brasileiro nos ]O de Barcelona, em

1992. Integrante da seleção brasileira em oito

CM, (1985 a 1996) e atual vice-presidente da

No documento Jogos Olímpicos (páginas 54-64)

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