• Nenhum resultado encontrado

• Só vídeo: não é satisfatório, didaticamente, exibir o vídeo sem discuti-lo, sem integrá-lo com o assunto de aula, sem voltar e mostrar alguns momentos mais importantes (SILVA, 2009, p.13).

O vídeo como material didático oferece grandes possibilidades pedagógicas, no entanto o educador precisa estar atento e ter uma boa percepção do que o vídeo oferece para enriquecer o trabalho pedagógico e principalmente analisar criticamente, enfocando os aspectos positivos e negativos que este enquanto recurso pode contribuir para desenvolver um bom trabalho em sala de aula, e conforme Nunes “com a possibilidade de sintetizar a imagem e o som, ele ganha espaço como um importante meio de comunicação e de informação, podendo ainda, propiciar um largo poder de análise bastante apropriado para fins pedagógicos” (NUNES, 2012, p.12).

informativa exclusiva, na qual se almeja transmitir informações que precisam ser ouvidas ou visualizadas e que encontram no audiovisual o melhor meio de veiculação” (SPANHOL;

SPANHOL, 2009, p.02).

As videoaulas podem ser oferecidas em diferentes formatos de linguagem, entre eles:

“aula gravada em estúdio com cenografia customizada, em cenários reais ou locações vinculadas ao conteúdo do curso, documentários, entrevistas, debates, matérias pré-produzidas, etc.” (SPANHOL; SPANHOL, 2009, p.03).

Também podem ser utilizadas de diversas maneiras, em sua grande maioria, apresentam o professor/apresentador abordando conteúdos, na maioria das vezes teóricos, sobre determinado tema, sendo assim, para a produção de uma videoaula, pode ser necessário um investimento elevado, pois são utilizados processos divididos em: pré-produção, gravação, pós- produção e acompanhamento metodológico durante a roteirização. No entanto, as videoaulas precisam apresentar algumas características como: a) duração máxima: em virtude da necessidade de manter a atenção do aluno; b) abordagem com caráter prático: mostrar ao aluno os conteúdos teóricos aplicados de forma prática, explorando situações vivenciadas em empresas ou que se aproximem do cotidiano do aluno; c) recursos audiovisuais: apresentar o conteúdo de forma didática e ao mesmo tempo atrativa, para que as chances do aluno assistir à videoaula até o fim sejam ampliadas.

De acordo com Dallacosta et al. a videoaula, quando bem planejada, consegue “fazer com que os alunos participem ativamente, muitas vezes procurando certo conteúdo que os professores têm dificuldade de encontrar devido às diversidades e acessibilidade de fontes de informações em nossa sociedade” (DALLACOSTA et al., 2004 apud SPANHOL; SPANHOL, p.03). Sendo assim o uso de videoaula como recurso didático, tem potencial para se tornar grande aliado de professores e alunos no processo de aprendizagem, desde que seu uso seja inteligente e planejado.

2 METODOLOGIA

Conforme Lakatos e Marconi “o método é aquilo que é percebido como um conjunto de atividades organizadas em um sistema lógico a fim de alcançar-se um objetivo” (LAKATOS, MARCONI, 1985, p.81). Nesta sessão serão descritos os procedimentos realizados para o alcance do objetivo geral deste relatório partindo da definição do tema “o uso da videoaula como recurso didático” buscou-se fazer uma pesquisa bibliográfica em obras que foram escritas

anteriormente sobre o assunto para entender os aspectos do uso do vídeo como recurso didático no ensino.

Em relação aos objetivos deste estudo, o tipo de pesquisa utilizada é a descritiva, pois conforme Gressler "a pesquisa descritiva descreve, sistematicamente, fatos e características em uma determinada população ou área de interesse" (GRESSLER, 2004) e é a mais indicada para se obter um melhor entendimento das origens e motivos de um determinado fenômeno.

Para Bonat a pesquisa descritiva não tem como objetivo a proposição de soluções, mas sim a descrição de fenômenos. Isso não significa que nessa modalidade de pesquisa não exista interpretação ou aprofundamento e conforme o autor “o objeto é analisado de forma a penetrar em sua natureza, descrevendo todos os seus lados e características” (BONAT, 2009, p.12).

Para encontrar artigos que tratam do tema foram realizadas buscas nas plataformas Google Acadêmico, Scielo, Portal Domínio Público, Biblioteca Digital de teses e Dissertações de faculdades e no Youtube. As combinações para a busca foram: Vídeo como recurso didático;

Vídeo nas escolas; Vídeo e o ensino; Videoaulas.

Deste modo, a pesquisa irá permitir a reunião de literatura sobre o tema do estudo. A abordagem utilizada neste estudo será a qualitativa, pois conforme Bonat ela “permite um estudo da natureza, do alcance e das interpretações possíveis para o objeto estudado, não se prende, apenas, na análise de dados, pois ela busca a essência da teoria ou do fenômeno”

(BONAT, 2009).

3 CRITÉRIOS PARA ANÁLISE DE VIDEOAULAS

Gomes propõe critérios para análise de vídeos educativos com objetivo de auxiliar professores na seleção ou produção desses materiais. Para tanto, o autor elenca uma lista extensa de itens organizados em cinco categorias (APÊNDICE A) considerados como fundamentais para uma boa análise de audiovisuais didáticos (GOMES, 2008, p.486).

Pode-se perceber que a análise de um produto audiovisual não é tarefa das mais simples, ao contrário, além de tomar tempo, ela requer do professor uma gama de conhecimentos teóricos e práticos, que inclui noções da linguagem audiovisual, de estética e atualização teórica em seu campo de saber, além de clareza dos propósitos pedagógicos para o uso do material. No entanto as cinco categorias propostas por Gomes tentam sistematizar uma avaliação que, “de

forma muitas vezes mais intuitiva que técnica, já é feita pelos professores, num exercício de tentativa e erro” (GOMES, 2008, p.489).

Entretanto, destaca que “o professor não precisa analisar item a item em suas análises, deixando a critério de cada um a escolha dos itens e a atribuição de pesos e escalas às categorias, caso necessário” (GOMES, 2008 apud SOUZA, BORGES; BARRO, 2020, p.984).

Gomes ressalta que embora revestida de conceitos técnicos, a avaliação de um audiovisual didático é subjetiva e está relacionada “aos conhecimentos do avaliador sobre as cinco categorias propostas, com o seu gosto pessoal, sua experiência no uso de audiovisuais didáticos e com os objetivos educacionais que pretende alcançar com o uso do material”

(GOMES, 2008 apud SOUZA, BORGES; BARRO, 2020, p.984).

Barrére também propõe critérios de avaliação de videoaulas com objetivo de auxiliar professores a realizarem uma avaliação prévia das disponíveis na internet, para serem utilizadas em suas disciplinas ou recomendadas aos seus alunos. Para tanto, o autor “estabelece dois aspectos subdivididos em itens que correspondem aos critérios de avaliação: aspectos técnicos e aspectos pedagógicos” (BARRÉRE, 2014 apud SOUZA, BORGES; BARRO, 2020, p.985):

• Aspectos técnicos: acessibilidade; forma de disponibilização; formato do conteúdo;

qualidade do áudio; qualidade do vídeo; narração; organização; e tempo de duração;

• Aspectos pedagógicos: abordagem; adequação ao conteúdo; apresenta sugestões de atividades; atualização; conhecimentos prévios; contextualização; delimitação do conteúdo;

linguagem; objetivos claros; público-alvo; referências; e suficiência.

Considerando que não existe um modelo a ser seguido para a avaliação de videoaulas, Barrére recomenda que o avaliador selecione os itens para formar seus critérios de avaliação conforme sua necessidade e entendimento. Contudo o autor ressalta que “a avaliação de vídeos traz características não inerentes à profissão do professor” (BARRÉRE, 2014 apud SOUZA, BORGES; BARRO, 2020, p.985).

4 SUGESTÕES PARA ELABORAÇÃO DE VIDEOLAULAS

Com base em tudo que foi abordado no referencial teórico este artigo busca explanar sobre o uso da videoaula como recurso didático, porém antes de concluir considera pertinente apresentar sugestões para docentes e discentes que elaboram e\ou assistem as mesmas, bem como para quem deseja, futuramente elaborar sua própria videoaula:

• É fundamental compreender o que é uma videoaula, pois trata-se da explanação de um conteúdo didático ou de treinamento por meio de um vídeo onde um professor/apresentador passa seu conhecimento e pode contar com outros conteúdos, como apresentação de animações, gráficos, enquetes, áudios, outros vídeo e muito mais. Para isso, é preciso saber como editar os vídeos e incluir esses outros materiais.

• É essencial que se entenda do tema a ser abordado e ser capacitado no assunto a ser discutido. Por se tratar de um ambiente de relacionamento rápido, qualquer coisa minimamente errada pode virar uma bola de neve da qual se perderá o controle.

• Deve haver o planejamento do conteúdo antes de iniciar uma videoaula, e se ter em mente o que deseja transmitir com ela. Início, meio e fim são tópicos necessários em qualquer contexto, mas em uma videoaula se tornam ainda mais importantes.

• É fundamental se ter didática, por definição, didática significa a arte de transmitir conhecimentos, ser uma pessoa com didática é possuir a capacidade de ensinar com coerência tudo o que está se propondo.

• É indispensável se treinar a aula antes de transformá-la em vídeo e não esquecer de adequar a linguagem de acordo com o público que se quer atingir, o uso do humor é recomendado para ensinar, mas sempre equilibrando com o conteúdo e sem parecer forçado.

• Selecione o equipamento adequado, pois nem a pessoa com a melhor didática do mundo consegue bons resultados com um vídeo de baixa qualidade audiovisual. Para uma mensagem ser bem interpretada, é necessário que ela seja recebida da maneira adequada e é aqui que entram os equipamentos para a captação de som e vídeo na hora de criar uma videoaula. Para o aluno se manter na vídeo aula, ele precisa receber bem mais do que um conteúdo de qualidade, ele precisa de uma boa imagem do que está sendo apresentado e claro um bom áudio, então lembre-se de dar atenção ao seu equipamento.

• Tenha um diferencial e fique de olho no que a concorrência está fazendo, analise o que está dando certo ou não, por isso coloque na ponta do lápis tudo o que você será capaz de fazer melhor que seus concorrentes, ou alguma novidade que possa integrar as suas vídeos aulas.

Lembre-se que animações, Screencasts ou até mesmo uma caracterização podem deixar a videoaula ainda mais atrativa.

Lembrando que o Portal Klickeducação pode constituir-se em um bom auxiliar do professor/apresentador em sua prática, pois encontram-se textos abordando assuntos afins que ou trazem curiosidades, ou permitem aprofundamentos teóricos importantes, ou, ainda, versam sobre conteúdos disciplinares aplicáveis em sala de aula. Apresenta possibilidades de criação

de aulas interativas, encaminhamentos de produção de texto argumentativo, sugestões de aulas e videoaulas, que permitem atividades interdisciplinares, análise de textos literários de autores contemporâneos e de textos integrais de autores que já caíram no domínio público (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2008).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com certeza o ano de 2020 reservou muitos desafios para a educação, entretanto, a continuidade da aprendizagem não pode depender exclusivamente dos esforços individuais dos professores, é necessário engajamento de toda a rede de ensino e das unidades federativas para que o ensino seja garantido aos estudantes. Também é preciso oferecer formação aos profissionais, pois com a nova realidade ensino, tecnologia e trabalho a distância vão se tornar mais presentes e vão se tornar uma necessidade.

O uso de novas tecnologias na educação não se sustenta se a base do sistema escolar não estiver muito bem consolidada: a formação dos professores. Ela precisa estar sempre alinhada a práticas criativas, empreendedoras e inovadoras, pois só um professor mediador de conhecimento poderá fazer uso integral e inteligente de qualquer ferramenta digital. Afinal, a tecnologia deve ser encarada apenas como um meio pelo qual se potencializa e se experimenta o aprendizado. Por isso, a intenção pedagógica do educador é o que faz toda a diferença.

A tecnologia faz parte da realidade na qual vivemos e por meio da internet, que pode ser acessada em aparelhos celulares, computadores, notebooks e tablets estamos conectados a tudo e a todos. A era da informação e da tecnologia mudou completamente o cenário da educação e é possível que os educadores ampliem a relação ensino-aprendizagem, fazendo uso de recursos que diminuam as barreiras físicas e do tempo, indo além da sala de aula convencional, como no casos dos ambientes virtuais e sites colaborativos.

A partir da incorporação das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação as possibilidades de disseminação do conhecimento aumentaram de forma exponencial. A introdução do vídeo previamente gravado e com linguagem audiovisual adequada permitiram não só mostrar a imagem do professor, como também exemplificar conteúdos com riqueza de detalhes e informações promovendo assim, uma maior compreensão do aluno sobre os conteúdos das aulas.

Porém, não se deve apenas introduzir tecnologias, ou mesmo apresentar vídeos nas

para difusão do conteúdo. Ao construir um vídeo com objetivos pedagógicos, se faz necessário conhecer os processos de produção para que seja possível efetivar todas as vantagens que este recurso audiovisual oferece ao processo de ensino-aprendizagem. Nesse novo desafio, é importante ter-se sempre em mente que vídeos educacionais para compartilhamento são poderosas ferramentas de aprendizagem e divulgação de conhecimento, por isso é estratégico

o uso de bom senso nas escolhas e formatos dos vídeos.

Deste modo, conclui-se que a videoaula pode ser um recurso didático de extrema importância para a aprendizagem, desde que seja usada com inteligência, planejamento e parcimônia, pois em uma sociedade como a que vivemos, em que os celulares com acesso à internet se tornaram objetos extremamente populares, e as inovações tecnológicas são quase que diárias, é impossível que uma instituição escolar sobreviva fazendo um bom trabalho sem que se atualize tecnologicamente.

Sendo assim, as instituições de ensino não devem enxergar a tecnologia como um rival na disputa pela atenção dos alunos, mas sim como uma aliada na construção do saber no ambiente de ensino. Para isso, cabe às escolas o desenvolvimento de um ambiente propício para a utilização da tecnologia, em especial a videoaula, e cabe aos professores a atualização dos seus métodos de ensino, para que a tecnologia seja acrescentada como um recurso didático às práticas pedagógicas, e assim, o conteúdo teórico seja apresentado pelos professores/apresentadores de forma a ser aplicado na prática pelos alunos/telespectadores.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini; MORAN, José Manuel (Org.). Integração das Tecnologias na Educação: salto para o Futuro. Brasília: Posigraf, 2005.

BARRÉRE, Eduardo. Videoaulas: aspectos técnicos, pedagógicos, aplicações e bricolagem.

Anais da 3ª Jornada de Atualização em Informática na Educação. Dourados, Brasil, 2014.

Acessado em 25 de novembro de 2020. Disponível em: https://www.br- ie.org/pub/index.php/pie/article/view/3154

BETETTO, Joelma Ribeiro. O uso do vídeo como recurso pedagógico: conceitos, questões e possibilidades no contexto escolar. Trabalho de Conclusão de Curso, Curso de Pedagogia, Universidade Estadual de Londrina, londrina, 2011.

BONAT, Débora. Metodologia da pesquisa. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2009.

BOZZETTO, Simone Carla. A utilização de recursos tecnológicos na educação infantil.

Revista de Pedagogia, ano 3, n. 6, Notas de Pesquisa, 2003.

BRANDÃO, Inêz de Deus Neiva. MELLO, Márcia Cristina de Oliveira. Recursos didáticos no ensino de Geografia: Tematizações e possibilidades de uso nas práticas pedagógicas.

Revista Geografia e Pesquisa. Ourinhos, v. 7, nº 2, p. 81-97. 2013.

CAMPOS, Bruno Veríssimo; SARDE NETO, Emílio. O uso de vídeo como recurso didático no ensino de geografia. Meu Artigo Brasil escola, 2019. Acessado em 28 de outubro de 2020.

Disponível em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/geografia/o-uso-video-como- recurso-didatico-no-ensino-geografia.htm

DEMO, Pedro. Tecnofilia & Tecnofobia. B. Téc. Senac: a R. Educ. Prof., Rio de Janeiro, v.

35, n.1, jan./abr. 2009. Acessado em 20 de novembro de 2020. Disponível em:

https://www.bts.senac.br/bts/article/view/251/233

FILATRO, A. Design Instrucional na Prática. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2008.

FILHO, João G. Gestalt do Objeto: sistema de leitura visual da forma. 8ed. São Paulo:

Escrituras Editora, 2009.

GOMES, L. F. Vídeos didáticos: uma proposta de critérios para análise. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos 2008, 89, 477. Acessado em 25 de novembro de 2020. Disponível em:

http://www.rbep.inep.gov.br/ojs3/index.php/rbep/article/view/3710

GRESSLER, Lori Alice. Introdução à pesquisa: projetos e relatórios. 2ª ed. rev. atual. São Paulo: Loyola, 2004.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1985.

LUPTON, Ellen; PHILLIPS, Jennifer C. Novos Fundamentos do Design. São Paulo: Cosac Naify, 2008.

MENEZES, Lilian. O vídeo nos processos de ensino e aprendizagem. Curso de produção de vídeo PACC / UAB / UFABC, 2008. Acessado em 25 de outubro de 2020. Disponível em:

http://proec.ufabc.edu.br/uab/prodvideo/TEXTO%204%20VIDEO%20E%20ENSINO.pdf MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Guia de tecnologias educacionais. Secretaria de Educação Básica, Brasília, 2008. Acessado em 22 de outubro de 2020. Disponível em:

http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Avalmat/guia_de_tecnologias_educacionais.pdf MORAN, José Manuel. A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. In:

Tecnologia educacional. Editora Papirus. Campinas, SP. 2009. p. 101-111.

MORAN, José Manuel. O Vídeo na Sala de Aula. Acessado em 01 de novembro de 2020.

Disponível em: http://www.eca.usp.br/prof/moran/site/textos/desafios_pessoais/vidsal.pdf NUNES, Sônia Maria Serrão. O vídeo na sala de aula: um olhar sobre essa ação pedagógica.

Monografia, Curso de Especialização em Mídias na educação, Universidade Federal do Amapá, Macapá, 2012.

SANCHO, Juana Maria. PARA UMA TECNOLOGIA EDUCACIONAL. Porto Alegre:

Artmed, 1998.

SANTORO, Luiz Fernando. A imagem nas mãos: o vídeo popular no Brasil. São Paulo:

Summus, 1989.

SCHNEIDER, Catiúcia Klug; CAETANO, Lélia; RIBEIRO, Luis Otoni Meireles. Análise de vídeos educacionais no Youtube: caracteres e legibilidade. CINTED-UFRGS. Novas Tecnologias na Educação. V. 10 Nº 1, julho, 2012.

SILVA, Janete Borges. O vídeo como recurso didático. Monografia Programa de Formação Continuada em Mídias na Educação, Universidade Federal do Rio Grande, Chuí, Rio Grande do Sul, 2009.

SILVA, Marco. Sala de aula interativa: educação, comunicação, mídia clássica. 5ªed. São Paulo: Edições Loyola, 2010.

SOUZA, T.; BORGES, F. A.; BARRO, M. R. Características das Videoaulas mais Populares dos Canais de Química do YouTube Edu. ISSN 1984-6835, Revista Virtual de Química, 2020, volume 12, nº4, 981-992. Data de publicação na Web: 7 de Julho de 2020. Acessado em 30 de outubro de 2020. Disponível em: http://static.sites.sbq.org.br/rvq.sbq.org.br/pdf/v12n4a06.pdf SPANHOL, Greicy Kelli; SPANHOL, Fernando José. Processo de Produção de Vídeo-Aula.

Santa Catarina: [s.n.], 2009. Acessado em 10 de dezembro de 2020. Disponível em:

http://www.seer.ufrgs.br/renote/article/download/13903/7812

APÊNDICE A - Categorias para análise de audiovisuais didáticos

CATEGORIA Conteúdos: qualidade científica; exatidão e apropriação; atualização; clareza; contextualização;

pertinência; suficiência da quantidade da informação; conhecimentos prévios exigidos do aluno para acompanhar o material; adequação da linguagem ao público-alvo; adequação do conteúdo ao público- alvo; e referências (autores consultados).

CATEGORIA Aspectos técnico-estéticos: A) LINGUAGENS-

•Tratamento Formal da Imagem- uso dos planos, escala, angulação, composição, movimentos de câmera, iluminação, cores, truques; uso do espaço dentro e fora do campo de visão; figuras de retórica utilizadas; valor narrativo, semântico e estético de cada elemento da imagem(cor, iluminação, espaço, proporção, volume, angulação, etc.), seu valor denotativo e conotativo, valor narrativo, semântico e estético dos elementos pertencentes ao código dos gestos; o efeito simbólico ou evocativo de cada um dos recursos visuais; tamanho dos elementos gráficos: fotos, legendas, etc.; qualidade técnica e estética dos elementos visuais; imagens de estúdio e externas, estáticas e dinâmicas, geradas por computador, de arquivo; presença de imagens estáticas, desenhos, mapas, gráficos; riqueza visual advinda da variedade; ambientação e decoração; vestuário e adereços.

•Tratamento Formal do Texto Verbal- qualidades linguísticas do texto verbal oral; qualidades linguísticas do texto verbal escrito; figuras de retórica utilizadas; uso de linguagem envolvente (por exemplo:

imperativo, segunda pessoa, etc.); diálogos; registro: científico, acadêmico, formal, coloquial, poético, legal, técnico; efeito simbólico ou evocativo dos recursos verbais utilizados tipo de letras usado no texto verbal escrito; funções do texto oral (conceitos e ideias, emoções, sentimentos ou ambos).

•Música e Efeitos Sonoros- tipo de música; função da música; expressividade, clareza, e identidade dos sons; integração do som com as imagens; presença ou ausência de efeitos sonoros e, quando presentes, a função; qualidade técnica e estética do som ambiente, das vinhetas e do/da áudio/locução, sincronia do som com os demais elementos.

•Interações- tipo de interações entre imagem-imagem, imagem-palavra, imagem-música, imagem- efeitos sonoros, música-efeitos sonoros, interações de reforço, de comparação e de antítese; interações semanticamente mais criativas e significativas do ponto de vista artístico, entre elementos visuais e sonoros; inclusão de elementos para destacar elementos importantes, montagem do ponto de vista narrativo, semântico e estético; ritmo e fatores que o condicionam duração das tomadas, movimentos dos personagens, movimentos das câmeras, ritmo musical; o ritmo em função do assunto.

B) ROTEIRO- plano da obra; argumento; vídeos didáticos: uma proposta de critérios para análise;

personagens: estereótipos, reais ou ficcionais, objetos animados, realista, tratamento dramático ou humorístico; ambiente; duração do vídeo adequada e suficiente; permite atividades complementares no mesmo horário de aula.

•Eixos Estruturais- presença de índice ou sumário; presença de apêndices; sequência e estruturação corretas; originalidade; presença de tópico de revisão; tipos de interatividade previstos.

C) ESTRUTURA NARRATIVA- Clássica: motivação-exposição inicial, desenvolvimento, recapitulação- reforço; final do programa incita à busca, polêmica ou pesquisa; há predominância de discurso verbal, linear, lógico, analítico ou da dimensão intuitiva, afetiva, da imaginação e da sensibilidade; gênero e estilo adequados ao tema e ao público-alvo; nível de formalidade/informalidade das relações entre os personagens; função do vídeo é clara: informar, motivar, ilustrar, sensibilizar, fixas conteúdos, facilitar a compreensão, aplicar conteúdos em situações variadas, reforçar conteúdos; valorização da exposição, da discussão, da crítica ou da prática/aplicação.

D) FORMATO- entrevista; reportagem; documentário; situações-problema; outro.

E) PRODUÇÃO- ritmo da apresentação em relação ao conteúdo e ao público-alvo; variedade das apresentações; identidade com os alunos; montagem como recurso estético para estabelecer conexões criativas ou de impacto visual entre os planos.

CATEGORIA Proposta pedagógica: aplicações práticas do conteúdo; objetivos claros: informar, motivar, sensibilizar, exemplificar, etc.; que mudança de comportamento, de atitude ou de habilidade ele pressupõe; interdisciplinaridade; sugestões de atividades; motivações para leituras mais amplas;

recapitulações e sínteses; criação de situações de aprendizagem é facilitada; exemplificações, esquemas e gráficos; alertas quanto a erros frequentes; duração em relação ao tempo de aula disponível; ideologias subjacentes aos conteúdos e personagens; crenças sobre ensino-aprendizagem e sobre os papéis do professor, do aluno e do próprio material audiovisual e seu uso.

CATEGORIA Material de acompanhamento: Presença de dados de identificação na caixa da fita ou do DVD, com as seguintes informações: título, autor ou autores, nome do estúdio de gravação, autor do roteiro, autor do conteúdo, data e local da produção, público a que se destina e duração. Presença de Guia do Material Didático, com sugestões de uso do material e de atividades complementares.

CATEGORIA Público a que se destina: público é claramente definido e identificável; previsão de conhecimento prévio do público-alvo é atendida; proposta pedagógica adequada ao público-alvo; linguagem adequada ao público-alvo; formato adequado ao público-alvo.

Fonte:adaptado pelas autoras de GOMES, 2008.

Documentos relacionados