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Analisando os indicadores da dimensão saúde em conjunto, nota-se que os percentuais de privação foram abaixo de 10% (Figura 14) para todos os territórios.

Figura 14- Percentual de privações obtidas a partir da dimensão saúde por Territórios de Identidade da Bahia em 2010.

Fonte: elaboração própria, a partir dos resultados gerados pelo software Stata (STATA, 2011), baseado nos microdados do IBGE (Censo 2010).

Figura 15-Percentual de domicílios sem acesso à energia elétrica por Territórios de Identidade da Bahia em 2010.

Fonte: elaboração própria, a partir dos resultados gerados pelo software Stata (STATA, 2011), baseado nos microdados do IBGE (Censo 2010).

A água representa um elemento fundamental para a humanidade. Mesmo assim, nota- se que, na atualidade, muitas pessoas ainda não têm acesso adequado a esse bem. Na Bahia, uma parcela de pessoas, correspondente a mais de 14% não têm abastecimento adequado da água. Dentre os territórios, os que apresentaram maiores percentuais foram: Sertão Produtivo (24,65%) e Vitória da Conquista (23,95%), localizados no semiárido baiano. Ressalte-se que as privações estão distribuídas por todos os territórios, até mesmo naqueles que não estão inseridos no semiárido (Figura 16).

0,2 0,72

1,04

2,43 2,73

2,84 3,34

3,44 3,52

3,57 3,96

4,26 4,47

4,6 4,64

4,76 5,25

5,44 5,7 5,71

7,2 7,39

7,89 8,4

8,93 9,32

9,44

Metropolitana de Salvador Portal do Sertão Recôncavo Litoral Norte e Agreste Baiano Piemonte Norte do Itapicuru Irecê Piemonte da Diamantina Itaparica Vale do Jiquiriça Costa do Descobrimento Extremo Sul Vitória da Conquista Litoral Sul Sertão Produtivo Médio Rio de Contas Médio Sudoeste da Bahia Chapada Diamantina Bacia do Rio Grande Sisal Bacia do Rio Corrente Bacia do Jacuípe Semiárido Nordeste II Velho Chico Piemonte do Paraguaçu Sertão do São Francisco Baixo Sul Bacia do Paramirim

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Figura 16 - Percentual de domicílios que obtiveram abastecimento de água inadequado por Territórios de Identidade da Bahia em 2010.

Fonte: elaboração própria, a partir dos resultados gerados pelo software Stata (STATA, 2011), baseado nos microdados do IBGE (Censo 2010).

A condição de saneamento foi verificada pela existência ou não de banheiros de uso particular nos domicílios ou esgotamento sanitário adequado. Nesta condição, verificou-se que na Bahia a questão do saneamento é bem crítica, mais de 37% da população ainda não possuem saneamento básico, sendo este um fator fundamental para o bem-estar das pessoas como também para pensar em qualidade de vida, em ambiente saudável e sem riscos à saúde. Nesse indicador, o território Metropolitana de Salvador apresentou os menores percentuais (12,87%), enquanto que Bacia do Rio Grande apresentou maior percentual de privação (64,61%), o que

2,4

12,13 12,21 12,76

13,1 13,91

16,07 16,69 16,74 17,14 17,19 17,89

18,05 18,85

19,26 19,44

20,06 20,49

20,75 20,85

21,95 22,14

23,33 23,38 23,49 23,95

24,65

Metropolitana de Salvador Irecê Litoral Sul Médio Sudoeste da Bahia Médio Rio de Contas Litoral Norte e Agreste Baiano Piemonte do Paraguaçu Bacia do Jacuípe Piemonte da Diamantina Itaparica Recôncavo Portal do Sertão Semiárido Nordeste II Piemonte Norte do Itapicuru Sertão do São Francisco Costa do Descobrimento Sisal Bacia do Rio Grande Extremo Sul Chapada Diamantina Velho Chico Baixo Sul Bacia do Paramirim Vale do Jiquiriça Bacia do Rio Corrente Vitória da Conquista Sertão Produtivo

0 5 10 15 20 25 30

evidencia a necessidade de uma análise mais profunda para este assunto, uma vez que os percentuais de privação se mostraram preocupantes para a Bahia e seus territórios (Figura 17).

Figura 17 - Percentual de domicílios com saneamento inadequado por Territórios de Identidade da Bahia em 2010.

Fonte: elaboração própria, a partir dos resultados gerados pelo software Stata (STATA, 2011), baseado nos microdados do IBGE (Censo 2010).

Quanto ao indicador material de paredes externas, que considerou como privação ausência de parede de alvenaria com ou sem revestimento ou madeira apropriada para construção, observou-se que apenas 4,59% dos domicílios na Bahia são privados. Ressalte-se que os territórios Baixo Sul e Piemonte Norte do Itapicuru apresentaram as maiores privações, 12,50% e 11,71% respectivamente. Por outro lado, o território Metropolitana de Salvador apresentou-se menos privado, comparativamente aos demais (Figura 18).

12,87 18,37

23,81

32,08 32,92

38,52 40,42

42,14 42,86

45,09 45,87

46,22 46,35 46,36 46,6 46,68

47,2 47,79

49,33 50,73

50,99 52,41

56,23 56,67

59,31 62,69

64,61

Metropolitana de Salvador Médio Sudoeste da Bahia Itaparica Litoral Sul Médio Rio de Contas Extremo Sul Recôncavo Sertão Produtivo Costa do Descobrimento Bacia do Jacuípe Sertão do São Francisco Bacia do Paramirim Portal do Sertão Vitória da Conquista Litoral Norte e Agreste Baiano Sisal Baixo Sul Piemonte Norte do Itapicuru Semiárido Nordeste II Piemonte do Paraguaçu Vale do Jiquiriça Piemonte da Diamantina Chapada Diamantina Velho Chico Bacia do Rio Corrente Irecê Bacia do Rio Grande

0 10 20 30 40 50 60 70

Figura 18 - Percentual de domicílios com privações no indicador material de paredes externas por Territórios de Identidade da Bahia em 2010.

Fonte: elaboração própria, a partir dos resultados gerados pelo software Stata (STATA, 2011), baseado nos microdados do IBGE (Censo 2010).

Com relação à coleta de lixo, que se mostrou deficiente na Bahia (26,03%), chama a atenção as disparidades entre o rural e o urbano. Para o rural baiano, 80,31% dos domicílios apresentaram coleta de lixo inadequada, enquanto que para o urbano esse percentual alcançou apenas 5,0%. Em efeito, na zona rural, esse tipo de serviço público não é observado com frequência, devido à sua difícil operacionalização, entretanto, entende-se que o indivíduo está privado, pois são serviços importantes que podem impactar na saúde das pessoas e no meio ambiente. Os territórios que se apresentaram maiores privações nesse indicador foram Bacia do Paramirim (59,93%) e Velho Chico (52,19%). Vale ressaltar que, para esses territórios, a

1,2 2,09

2,89 3,13

3,46 3,5

4,09 4,15 4,41

4,5 4,75 4,76 5,01 5,01

5,52 5,52 5,57 5,7

6,16 6,33

6,89 7,94

9,8

11,38 11,62

11,71 12,5

Metropolitana de Salvador Portal do Sertão Irecê Vitória da Conquista Semiárido Nordeste II Itaparica Bacia do Paramirim Médio Rio de Contas Sertão Produtivo Médio Sudoeste da Bahia Vale do Jiquiriça Sertão do São Francisco Recôncavo Chapada Diamantina Extremo Sul Bacia do Rio Grande Sisal Bacia do Jacuípe Costa do Descobrimento Litoral Norte e Agreste Baiano Litoral Sul Bacia do Rio Corrente Piemonte da Diamantina Piemonte do Paraguaçu Velho Chico Piemonte Norte do Itapicuru Baixo Sul

0 2 4 6 8 10 12 14

população rural supera a urbana. Em contrapartida, o território Metropolitana de Salvador apresentou o menor percentual (4,98%) (Figura 19).

Figura 19 - Percentual de domicílios com coleta de lixo inadequada por Territórios de Identidade da Bahia em 2010.

Fonte: elaboração própria, a partir dos resultados gerados pelo software Stata (STATA, 2011), baseado nos microdados do IBGE (Censo 2010).

No que se refere aos ativos rádio, televisão, geladeira, moto, automóvel, telefone fixo e celular, foram considerados privados os indivíduos que não possuem acesso a pelo menos dois desses bens ou que não possuem automóvel. Ainda, o território Baixo Sul foi o mais privado com 12,16%, sendo o dobro do observado para a Bahia (6,08%) e o menos privado foi o

4,98

13,15 18,56

19,39 19,48 20,42 20,6

28,07 28,95

29,7 32,26 32,28 32,45 32,62 33,13

33,45 36,15 36,19 36,89

38,81 44,47

46,63 47,23

48,52 51,13

52,19

59,93

Metropolitana de Salvador Costa do Descobrimento Litoral Sul Extremo Sul Médio Sudoeste da Bahia Médio Rio de Contas Portal do Sertão Piemonte da Diamantina Recôncavo Itaparica Piemonte Norte do Itapicuru Bacia do Rio Grande Litoral Norte e Agreste Baiano Irecê Piemonte do Paraguaçu Vitória da Conquista Sertão do São Francisco Bacia do Jacuípe Vale do Jiquiriça Baixo Sul Sertão Produtivo Semiárido Nordeste II Chapada Diamantina Sisal Bacia do Rio Corrente Velho Chico Bacia do Paramirim

0 10 20 30 40 50 60 70

Metropolitana de Salvador com 1,12% (Figura 20). Esse resultado está atrelado a capacidade monetária das famílias, sendo observado os maiores PIBs per capita no território Metropolitana de Salvador.

Figura 20 - Percentual de domicílios com privações no indicador ativos por Territórios de Identidade da Bahia em 2010.

Fonte: elaboração própria, a partir dos resultados gerados pelo software Stata (STATA, 2011), baseado nos microdados do IBGE (Censo 2010).

Quando as variáveis que compõem a dimensão padrão de vida são observadas em conjunto, nota-se que a situação se revela bastante crítica para os indicadores saneamento e coleta de lixo (Figura 21), indicadores importantes que afetam bastante a qualidade de vida.

1,12 2,59

3,36

5,16 6,3

6,42 6,42 6,44

7,09 7,46

7,66 7,68 7,87

8,15 8,41

8,6 8,66

8,82 9,27

9,99 10,08

10,44 10,76

10,98 11,43

11,91 12,16

Metropolitana de Salvador Portal do Sertão Recôncavo Sertão Produtivo Costa do Descobrimento Vitória da Conquista Itaparica Extremo Sul Litoral Norte e Agreste Baiano Litoral Sul Médio Rio de Contas Irecê Bacia do Jacuípe Médio Sudoeste da Bahia Piemonte Norte do Itapicuru Vale do Jiquiriça Bacia do Rio Grande Sisal Piemonte da Diamantina Semiárido Nordeste II Piemonte do Paraguaçu Bacia do Rio Corrente Sertão do São Francisco Bacia do Paramirim Chapada Diamantina Velho Chico Baixo Sul

0 2 4 6 8 10 12 14

Figura 21-Percentual de privações obtidas a partir da dimensão padrão de vida por Territórios de Identidade da Bahia, em 2010. Fonte: elaboração ppria, a partir dos resultados gerados pelosoftwareStata (STATA, 2011), baseado nos microdados do IBGE (Censo 2010).

O Quadro 2 sintetiza as informações referentes as privações dos territórios, mostrando os que apresentam maiores e menores privações por indicadores. Nesse contexto, observa-se que o Baixo Sul apresentou maiores privações em quatro dos indicadores analisados (mortalidade infantil, eletricidade, material de parede, e ativos). Em contrapartida, o Território de Identidade Metropolitana de Salvador se destacou por apresentar menor nível de privação na maioria dos indicadores, sendo que este território se distingue dos demais pela concentração da produção e da riqueza. Também, encontra-se nesse território a capital do estado, Salvador, responsável pelo fornecimento de serviços governamentais a outras regiões do estado, o que favorece para o seu mercado interno, consequentemente, influencia na apropriação e internalização da renda que, de certo modo, contribui para o desenvolvimento de suas atividades internas (CODES, 2005).

Quadro 2 - Resumo do maior e menor nível de privações por Territórios de Identidade do estado da Bahia, 2010.

Indicadores Maior nível de privação Menor nível de privação Anos de escolaridade

Semiárido do Nordeste II, Bacia do Jacuípe e Bacia do Paramirim.

Metropolitana de Salvador.

Frequência de crianças à escola

Litoral Sul, Metropolitana de Salvador e Extremo Sul.

Bacia do Rio Corrente e Piemonte Norte do Itapicuru.

Mortalidade infantil

Médio Sudoeste da Bahia, Baixo Sul e Velho Chico.

Vale do Jiquiriçá.

Capacidade monetária de se alimentar

Litoral Norte e Agreste Baiano e Metropolitana de Salvador.

Sertão Produtivo

Eletricidade

Bacia do Paramirim e Baixo Sul.

Metropolitana de Salvador.

Abastecimento da água

Sertão Produtivo e Vitória da Conquista

Metropolitana de Salvador.

Saneamento Bacia do Rio Grande e Irecê.

Metropolitana de Salvador.

Material de parede externas

Baixo Sul e Piemonte Norte do Itapicuru.

Metropolitana de Salvador e Portal do Sertão.

Coleta de lixo Bacia do Paramirim e Velho Chico.

Metropolitana de Salvador.

Ativos Baixo Sul e Velho Chico. Metropolitana de Salvador.

Fonte: elaboração própria, a partir dos resultados gerados pelo software Stata (STATA, 2011), baseado nos microdados do IBGE (Censo 2010).

A análise por indicadores torna-se necessária para identificar estratégias e territórios que requerem maior atenção do poder público. Entretanto, deve-se ter cautela ao analisar essas informações, pois é interessante observar a percentagem de privações e os dados em conjunto.

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