• Nenhum resultado encontrado

Sistemas de informação integrada

Diante de um novo patamar de qualidade das organizações, é cada vez mais necessária para os gestores, uma visão sistêmica e abrangente da organização, precisam associar informações de várias áreas, visando conhecimento integrado para criarem soluções e idéias que possam contribuir ao alcance dos objetivos estratégicos da organização.

Num passado não tão longínquo, os gestores tinham a dificuldade de unir relatórios mensais, buscar informações do mercado, cruzar dados, analisar estatísticas, conferir, calcular, ajustar, tudo era mais complexo, emanava tempo e esforços de várias pessoas, era uma dependência que quase sempre impedia um resultado palpável, hoje eles estão gozando do poder de acesso instantâneo e inteligente às informações através de sistemas que conseguem integrar a empresa e o meio em que ela se insere, de forma a ter uma visão holística desta.

Os ERP´s surgiram com o principal objetivo de, segundo Turban (2005, p.303) “integrar todos os departamentos e fluxos de informação funcionais de uma empresa em um único sistema de computador que possa atender a todas as necessidades da empresa.

Segundo Moura (2004, p. 189) “O foco principal do ERP é a interligação entre as áreas da empresa, com o objetivo de fornecer uma visão mais ampla dos negócios e de todos os processos utilizados.”

Para Slack (2007, p.266) “Integração significa a ligação, com único sistema, de atividades anteriormente separadas”. E, integrando, há um sincronismo de informações, mais rapidez no atravessamento dessas, e o estoque de informações menores.

O ERP é considerado, segundo Corrêa (2000, p. 342) “o estágio mais avançado dos sistemas tradicionalmente chamados MRP II”, que basicamente visavam apoio somente às áreas de produção.

Os MRP’s evoluíram, agregaram-se novos módulos e deixaram, segundo Corrêa (2000, p. 342), “de atender apenas as necessidades de informações referentes ao cálculo de necessidade de materiais para atender às necessidades de informação para tomada de decisão gerencial sobre outros recursos de manufatura.”

A evolução deu-se da seguinte forma, conforme Ballestero-Alvarez (2001, p.376), “Inicialmente, eles apenas contemplavam a previsão de compras de matéria-prima e a programação da produção (o que se chama MRP); depois se incluiu o planejamento da capacidade de todos os recursos empregados na produção (o denominado MRPII); finalmente, incluíram-se módulos que contemplassem a empresa como um todo (MRPIII ou ERP).”

Conforme Ballestero-Alvarez (2001, p. 422) “O ERP é um sistema computacional formado por diversos módulos que, embora independentes, compartilham uma mesma base de dados, e apresenta, como principal objetivo, oferecer informações para o processo de tomada de decisão.”

Esses sistemas, de acordo com Slack (2007, p.474) “permitem que as decisões e a base de dados de todas as partes da organização sejam integradas, de modo que as conseqüências das decisões de uma parte da organização sejam refletidas nos sistemas de planejamento e controle do restante da organização.”

Figura 10: Integração das informações Fonte: Adaptado SLACK (2007, p.474)

O ERP, conforme com Martins (2006, p. 387) “possibilita à empresa automatizar e integrar a maioria de seus processos de negócio, compartilhar

dados e práticas em toda a empresa e produzir e acessar as informações em tempo real.”

Dados antes fragmentados em várias planilhas e aplicativos, com o advento dos ERP’s são padronizados e integrados; eliminando a repetição de atividades e reentrada de dados; melhorando a comunicação com cliente devido ao rápido acesso de informações sobre produtos, históricos de crédito dos clientes, informações sobre pedidos anteriores; aumentando visibilidade e acuracidade das informações entre outros benefícios.

E, segundo Turban (2005, p.303) “Essa disponibilidade de informações aumenta a produtividade, bem como a satisfação do cliente.”

Para Davenport (2002, p. 18) “É este imenso alcance um dos principais fatores que distinguem os sistemas de gestão empresarial de seus antecessores.”

Os sistemas integrados dão aos gestores, além de informações mais rápidas, a possibilidade de obter detalhes sobre os resultados alcançados, análises de tendências, relatórios de exceções, a possibilidade de pesquisar o porquê dos valores, buscando a confiabilidade de cada dado.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os sistemas de informação integrada estão se tornando parte indispensável das organizações modernas, pois facilitam o acesso e cruzamento de informações em tempo real, bem como históricos versus simulações de cenários prospectivos baseados em parametrização e informações de mercado.

A Mosarte passou pela experiência no desenvolvimento interno de um ERP, onde encontrou dificuldade e concretizar o projeto, e viu na compra de um sistema pronto, a oportunidade de obter melhores práticas de gestão, já que os fornecedores aprimoram continuamente seus produtos baseados em experiência de projetos em outras empresas.

Este trabalho proporcionou, através da observação participante de forma aberta, um conhecimento profundo da área de PPCP Mosarte, mapeando processo e identificando necessidades de informação e possíveis oportunidades de melhorias.

Com a participação nas apresentações dos sistemas, entendeu-se a variabilidade destes, seus mecanismos e compartilhamentos de dados estruturados que promovem um ecossistema de negócios que auxilia as empresas a aumentar a produtividade.

Foi possível perceber a importância do comprometimento das equipes e direção da empresa na escolha e implantação do sistema, pois o sistema pode trazer as melhores práticas de mercado, mas se os dados informados não forem formatados, parâmetros não dimensionados, o sistema não trará posições fidedignas, que possam dar suporte ao processo decisório.

Buscando a continuidade do projeto, sugere-se a construção de um plano para moldar o sistema de acordo com a necessidade da Mosarte, identificando, planejando, formatando dados e parâmetros, de modo a alcançar diferencial competitivo através da transformação de dados em informação e informação em conhecimento.

6 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ARAÚJO, Luis César G. de. Organização & Métodos: integrando comportamento, estrutura, estratégia e tecnologia 3ª. Edição. São Paulo:

Pearson Makron Books, 1992.

BARROS NETO, João Pinheiro de. Teorias de administração: Curso compacto: manual para estudantes & gerentes profissionais. 1ª Edição. Rio de Janeiro:Qualitymark, 2001

BALLESTERO-ALVAREZ, Marília Esmeralda. Administração da Qualidade e da Produtividade: Abordagens do processo administrativo. 1ª Edição. São Paulo:Atlas, 2001

BOAR, Bernard. Tecnologia da Informação: A arte do planejamento estratégico. 2ª Edição. São Paulo: Berkeley, 2002

BRITO, Rodrigo G.F.A. Planejamento, Programação e Controle da Produção.

2ª Edição. São Paulo: Imam, 2000

CARR, Nicholas G. TI já não importa. Harvard Business Review Brasil, maio 2003

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 6ª.

Edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000.

CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: Dando asas ao espírito empreendedor. 1ª. Edição. São Paulo: Saraiva, 2005.

CORRÊA, Henrique L.; GIANESI, Irineu G.N. Just in Time, MRP II e OPT. 2ª.

Edição. São Paulo: Atlas, 1996.

CORRÊA, Henrique L; CAON, Mauro; GIANESI; Irineu G.N. Planejamento, Programação e Controle da Produção: MRP II/ERP: Conceito, uso e implantação. 3ª Edição. São Paulo: Atlas, 2000

CRUZ, Tadeu, Sistemas organização e métodos. 2 ed. São Paulo 1998.

DAVENPORT, Thomas H. Ecologia da Informação. 6ª. Edição. São Paulo:

Futura, 1998.

DAVENPORT, Thomas H. Reengenharia de Processos. 2ª. Edição. Rio de Janeiro: Campus, 1994.

DAVENPORT, Thomas H. Missão Crítica: Obtendo vantagem competitica com os sistemas de gestão empresarial. 1ª Edição: Porto Alegre: Bookman, 2002.

HAMPTON, David R. Administração Contemporânea: teoria, prática e casos.

3ª. Edição. São Paulo: Atlas, 1983.

JAMIL, George Leal. Repensando a TI na Empresa Moderna 1ª. Edição. Rio de Janeiro: Axcel, 2001.

LAUDON Kenneth C.; Jane P. Laudon. Sistemas de informação gerenciais : administrando a empresa digital. 5ª Edição. São Paulo: Pearson, 2004

LACOMBE, Heilborn. Administração: princípios e tendências. São Paulo: Saraiva, 2003.

MANÃS, Antonio Vico. Administração de Sistemas de Informação. 5a. Edição.

São Paulo: Atlas, 2000.

MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Introdução à administração. 5a. Edição.

São Paulo: Érica, 2004.

MARTINS, Petrônio G.;LAUGENI, Fernando Piero. Administração da Produção.

2a. Edição. São Paulo: Saraiva, 2006.

MOURA, Cassia E. de. Gestão de Estoque. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2004.

MCGEE, James; PRUSAK, Laurence. Gerenciamento Estratégico da Informação. 12ª Edição . Rio de Janeiro: Campus, 1994

Documentos relacionados