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Sistemas para planejamento, programação e controle da produção

A função da administração da produção é implementar processos que transformam um bem tangível em um outro com maior utilidade.

A produção, segundo SLACK (2007, p.32) “é responsável por satisfazer às solicitações de consumidores por meio da produção e entrega de produtos e serviços.”

E, para que alcancem esse objetivo, é necessário planejamento e controle, que segundo SLACK (2007, p.54) “é a atividade de decidir sobre o melhor emprego dos recursos de produção, assegurando, assim, a execução do que foi previsto.”

A área de produção é ampla, sua estrutura normalmente gerencia: Sistema de PPCP (Planejamento, programação e controle da produção); Fluxo de materiais; Relacionamento com fornecedores; Qualidade; Estruturação

organizacional; Força de trabalho, produtos e projetos; Medidas de desempenho e os Sistemas de informações que dão apoio.

Figura 7: Função da produção x informação / tecnologia Fonte: adaptado SLACK (2007, p.56)

De acordo com Martins (2006, p. 213) “O sistema de PPCP é uma área de decisão da manufatura, cujo objetivo corresponde tanto ao planejamento como ao controle dos recursos do processo produtivo a fim de gerar bens e serviços.”

Segundo SLACK (2007, p.314) o propósito do planejamento e do controle é

“garantir que os processos da produção ocorram eficaz e eficientemente e que produzam produtos e serviços conforme requeridos pelos consumidores.”

E ainda, conforme Martins (2006, p. 213) “O PPCP também é um sistema de transformação de informações, pois recebe informações sobre estoques existentes, vendas previstas, linha de produtos, modo de produzir, capacidade produtiva.” E tem a missão de configurar essas informações às ordens de produção.

Para SLACK (2007, p.255) “Dentro da configuração do sistema físico, todavia, o que é importante é a forma como a informação move-se, é modificada,

Função informação /tecnologia:

Fornecimento de sistemas para

projeto, planejamento e controle, e melhoria Função da

Produção operações:

Entendimento das necessidades de

sistema e infra- estrutura.

é manipulada e apresentada, de modo a poder ser utilizada no gerenciamento de uma organização.”

Os chamados Management Information Systems (MIS) ou Sistemas Gerenciais (SIG) dão esse suporte aos gestores de produção, especialmente em atividades de planejamento e controle, mas também estão relacionados com gerenciamento de estoque, o ritmo e a programação de atividades, a previsão de demanda, o processamento de pedidos, o gerenciamento de qualidade e muitas outras atividades, são sistemas informativos, monitoram e disseminam informações.

De acordo com Turban (2005, p. 271) “O processo de planejamento que integra produção, compra e controle de estoque de itens interdependentes é chamado de planejamento de necessidade de material (MRP – Material Requirements Planning).

O MRP é um sistema que auxilia as organizações a fazerem o planejamento das necessidades de materiais.

Conforme Moura (2004, p. 94) “o conceito de MRP é obter o material certo, no ponto certo, no momento certo.”

Ele oferece em seu processamento, segundo Ballestero-Alvarez (2001, p.376) “uma série de relatórios que se destinam ao planejamento da produção e dos estoques, bem como determina as épocas mais apropriadas para as requisições de compra de materiais.”

Para Rago (2003, p. 285) eles, “facilitam os cálculos e decisões acerca da seleção das melhores alternativas de produção” e ainda Rago (2003, p. 285) menciona que “Existem diferentes alternativas de gestão da produção com o objetivo final de controlar e dirigir o processo para atingir altos níveis de desempenho e competitividade.”

Para Corrêa (1996, p. 104) “Os objetivos principais dos sistemas de cálculo de necessidades são permitir o cumprimento dos prazos de entrega dos pedidos com mínima formação de estoques, planejando as compras e a produção de itens componentes para que ocorram apenas nos momentos e nas quantidades necessárias, nem mais, nem menos, nem antes, nem depois.”

E para SLACK (2007, p.408) “O estoque é usualmente gerenciado por meio de sistemas de informação computadorizados sofisticados, que têm algumas funções: de maneira mais importante, a atualização dos registros de estoque, a

geração de pedidos, a geração de relatórios de status de estoque e a previsão de demanda.”

O MRP expandiu para MRP II, pois as empresas sentiram a necessidade de integrar a necessidades de materiais com outras áreas da empresa, pois um planejamento mais complexo também envolve outros recursos, como dinheiro e mão-de-obra.

Conforme SLACK (2007, p.476) “Os sistemas MRP II são um desenvolvimento do MRP I que integra muitos processos relacionados ao MRP, embora situado também em outras áreas funcionais que não a manufatura.”

O Sistema MRP II é um sistema integrado de planejamento e programação da produção, que mesmo que alguns fornecedores de softwares diversifiquem os módulos em especialização e número, alguns deles estão presentes na maioria dos pacotes: Módulo de planejamento mestre;Módulo de calculo de necessidades de materiais; Módulo de cálculo de necessidade de capacidade e Módulo de controle de produção.

Para Slack (2007, p.450) “O MRP II permite que as empresas avaliem as implicações da futura demanda nas áreas financeira e de engenharia da empresa, assim como analisem as implicações quanto à necessidade de materiais.”

O MRP II, de acordo com Turban (2005, p. 272) “acrescenta funcionalidade a um MRP comum. Ele integra as atividades de produção, controle de estoque, compra, financiamento e mão-de-obra de uma empresa.”

Figura 8: Esquema de funcionamento de um MRP II Fonte: Martins (2006, p.355)

Analisando figura acima, é possível entender o funcionamento de um sistema MRPII. Segundo Martins (2006, p.355) “a partir do plano mestre, dos estoques de materiais, dos estoques de componentes dependentes, da lista de materiais, das restrições de mão-de-obra, da disponibilidade de equipamentos e a partir dos lead times, gera as necessidades de compras, ou, até mesmo, as ordens de compras, para itens fornecidos por terceiros, e para os itens de fabricação própria gera as ordens de produção.”

Restrições - Equipamentos e

instalações

MRP II BOM Estrutura analítica

Produto

Mudanças de eng.

Estoques - Parte e componentes

Necessidades de produção

Estoque de produtos acabados

Lead times Pedidos de

Compra

Ordens de fabricação Restrições –

Mão-de-Obra

Plano mestre Projeção da

demanda

Variações econômicas

externas

Novas tecnologias

Fornecedores Fábrica

O funcionamento do MRP II é visto de forma mais simplificada, conforme figura 09

Figura 9: Funcionamento do MRP II Fonte: Martins (2006, p. 366)

Sumarizando, conforme Rago (2003, p. 72), o MRP II “calcula os níveis de produção e estoque usando as previsões de vendas”

Esses sistemas permitem, segundo Rezende (2001, p. 199) “o acompanhamento diário de resultados, tabulando dados de todas as áreas funcionais da empresa para depois exibi-los de forma gráfica e simplificada.”

De acordo com Stair (2002, p. 291), “O agendamento da produção é vital para todo o processo de produção. As informações geradas por esta aplicação são usadas em várias etapas da produção e fabricação, entre as quais, citam-se controle de estoque, planejamento da mão-de-obra, entrega do produto e programas de manutenção.”

Conforme Ballestero-Alvarez (2001, p. 363) “Cabe, portanto, à Administração da Produção buscar, definir e aplicar as ferramentas, instrumentos, métodos e alternativas que lhe proporcionem respostas para as perguntas: como, quando, quanto, com o que produzir? Os sistemas de produção existem, juntamente, para auxiliar os executivos dessa área no processo de tomada de decisão.”

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