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4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.4. Visitantes - Tabelas de contingência

Tabela 41 – Visitante – Grau de expectativa da visita a Tiradentes EXPECTATIVA EM RELAÇÃO À VISITA À TIRADENTES Frequência %

Muito satisfeito 90 48,9

Satisfeito 88 47,8

Decepcionado 2 01,1

Não sabe / NR 4 02,2

Total 184 100,0

Tabela 42 – Visitante – Origem x Onde se hospedou

ONDE SE HOSPEDOU ESTADO DE ORIGEM

Dentro da APA Fora da APA Não hospedou na cidade

Total

MG 4 48 28 80

RJ 0 22 14 36

SP 0 30 6 36

ES 2 2 4 8

Outro 0 22 2 24

Total 6 124 54 184

Tabela 43 – Visitante – Origem x Conhecer a Serra de São José

VOCÊ CONHECE A SERRA DE SÃO JOSÉ?

ESTADO DE ORIGEM

Sim Não

Total

MG 20 60 80

RJ 6 30 36

SP 4 32 36

ES 0 8 8

Outro 4 20 24

Total 34 150 184

O sudeste ainda é o principal responsável pela emissão de turistas (tabela 44), e o que leva a este deslocamento é sem duvida a história e cultura de Tiradentes, sendo estes os principais atrativos turísticos da cidade. Mas é importante que haja investimentos em outros atrativos na região.

A Serra de São José, como atrativo natural, pode e deve ser mais utilizada, principalmente para a prática do ecoturismo, turismo de aventura e de observação, gerando condições para que o turismo se torne sustentável e que possa trazer benefícios para Tiradentes e para a APA. É necessário que o conselho gestor da

APA proponha políticas públicas para a prática do turismo sustentável na Serra de São José.

Tabela 44 – Visitante – Origem x Motivação da Viagem

MOTIVAÇÃO DA VIAGEM ESTADO DE ORIGEM

Natureza História e cultura Gastronomia Outro

Total

MG 6 64 4 6 80

RJ 2 24 2 8 36

SP 4 26 0 6 36

ES 0 8 0 0 8

Outro 2 22 0 0 24

Total 14 144 6 20 184

A tabela 45 mostra que a preocupação dos visitantes em preservar a natureza está praticamente em todas as faixas de renda, e que não jogar lixo e divulgar os recursos naturais são importantes para quem visita a cidade e a Serra. Outro item que aparece foi o de orientação aos visitantes, e que também apareceu na resposta dada pelos moradores, sendo necessário, portanto, que o conselho gestor, em conjunto com a comunidade, crie locais para que visitantes possam ter mais informações da Serra e da APA.

Tabela 45 – Visitante – Cuidados relativos ao turismo em uma APA x Renda

RENDA FAMILIAR CUIDADOS RELATIVOS

AO TURISMO EM UMA

APA Até

600,00 601,00 a

1200,00 1201,00 a

1800,00 1801,00 a

2400,00 Acima de

2400,00 NÃO SABE / NR

Total

Cuidado com queimadas 0 0 0 2 4 0 6

Cuidar da água 0 0 0 0 2 0 2

Dar orientações para os

turistas 0 0 0 0 2 0 2

Divulgar os recursos

naturais aos visitantes 0 0 0 2 14 0 16

Educação ambiental 0 2 0 0 0 0 2

Evitar o trânsito de

veículos 0 0 0 0 2 0 2

Implantar coleta seletiva

do lixo 0 0 0 0 4 0 4

Limitar visitação 0 2 0 0 6 0 8

Manter a cidade limpa 0 0 0 0 2 0 2

Não jogar lixo 2 0 2 0 16 0 20

Não respondeu 0 2 2 8 8 0 20

Não retirar nada 0 0 0 0 2 2 4

Observar sem agredir a

natureza 0 0 0 0 2 0 2

Orientar visitantes 0 0 4 8 10 0 22

Preservar a natureza 2 2 6 12 38 10 70

Reduzir a poluição 0 0 0 2 0 0 2

Total 4 8 14 34 112 12 184

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tiradentes é uma cidade de interesse turístico e tem sido justamente esta atividade que tem transformado totalmente seu sistema de vida, o que tem causado muitas preocupações, pois as atividades ali desenvolvidas muitas vezes agridem ao meio ambiente. Não se desenvolve turismo sem que haja participação de todos.

É importante manter a qualidade de uma área preservada e de interesse histórico, seja através de sua paisagem, fauna ou flora, pois assim é possível conservar as características de forma e outros aspectos que vêm mantendo, ao longo do tempo, um relacionamento sustentado por interesses comuns. A preservação da natureza é de responsabilidade de todos.

A importância do turismo para Tiradentes enquanto atividade econômica é inquestionável, apesar dos desdobramentos socioeconômicos, culturais e naturais que podem ser prejudiciais, se não houver planejamento e envolvimento de todos no processo, pois a cidade está crescendo de forma desordenada e sem planejamento o que pode colocar em risco o patrimônio histórico e ambiental do município.

O propósito principal deste trabalho foi de analisar a percepção e o envolvimento da comunidade e visitantes no processo de desenvolvimento turístico e ambiental e de identificar os principais cuidados relativos a turismo em área de proteção ambiental, o que foi atingido. Identificamos que tanto comunidade, quanto os visitantes se mostraram bastante conscientes sobre a importância de preservação da APA da Serra de São Jose e da necessidade de ter mais conhecimento sobre o assunto. É necessário que o poder público invista mais em infraestrutura, sinalização e informação sobre a APA.

Todos os dados coletados mostram que não houve envolvimento da comunidade em ações destinadas à APA de São José, sendo estas medidas tomadas até então sem o conhecimento da população residente. Mas a atual gestão tem a intenção de reverter este quadro e pretende aumentar a participação da comunidade, aumentando o número de participantes no conselho gestor.

O resultado mostra também o grande potencial ainda não explorado, como por exemplo, o turismo de aventura, turismo pedagógico, turismo de estudos e intercâmbio, turismo de observação e o ecoturismo, pois a maioria dos moradores tem conhecimento da Serra e de que é uma Área de Proteção Ambiental, estando cientes de que é importante preservar para que gerações futuras possam utilizar, gerando com isso mais emprego e renda. Mas para isso será necessário desenvolver ações de educação ambiental, de sensibilização e de preservação do patrimônio histórico ambiental para o município.

O potencial a ser explorado da Serra de São José para prática do ecoturismo se acentua quando a maioria dos visitantes afirma não conhecer a Serra e suas expectativas em relação à cidade são satisfatórias, o que facilita a criação de novos atrativos para ser utilizado e dentro das diretrizes do Programa Nacional de Turismo e da Estrada Real, criando com isso pacotes que envolvam de forma responsável a APA da Serra de São José.

Outro fator relevante foi que tanto moradores quanto turistas entendem que é preciso preservar a Serra de São José, que é necessário ter mais informações sobre a APA da Serra de São José para que haja desenvolvimento e envolvimento em ações que contribuam para a preservação da APA.

Esta dissertação mostra que a cidade deve investir mais em informações que divulgem seus atrativos e os benefícios que podem trazer. Os dados mostram que

visitantes e moradores não têm conhecimento do atrativo natural e que precisam de informações sobre o que é um atrativo natural e uma APA. O envolvimento da comunidade pode aumentar o potencial turístico da cidade e da região. Promover ações que contribuam para o conhecimento do patrimônio natural, artístico e cultural.

Propor ações que envolvam a prática do ecoturismo, a criação de visitas guiadas dentro da APA e a criação de locais para informação sobre turismo em áreas de preservação, com controle de visitas é importante, já que os gastos na cidade são superiores aos da média do turismo nacional.

O programa de regionalização do governo federal e o projeto da Estrada Real, na percepção da comunidade e de visitantes, contribuíram para o aumento do fluxo turístico da região (Oliveira, 2007), através de ações que estimulam e incentivam a criação de novos roteiros turísticos e eventos que contribuam para o aumento do fluxo de turistas.

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ANEXO A

Decreto nº. 21.308, de 19 de maio de 1981.

Define como de proteção especial, para preservação de mananciais e do patrimônio histórico e paisagístico, área de terreno situado na Serra São José, nos Municípios de Tiradentes, Prados, São João del Rei e Coronel Xavier Chaves.

(Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais"' - 20/05/1981) (Retificação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" - 04/06/1981)

O Governador do Estado de Minas Gerais, no uso de atribuição que lhe confere o artigo 76, item X, da Constituição do Estado, e tendo em vista o disposto no artigo 14 da Lei Federal nº. 6.766, de 19 de dezembro de 1979, decreta:

Art. 1º - Fica definida como de proteção especial, para fins de preservação de mananciais e do patrimônio histórico e paisagístico, área de terreno, situado na Serra São José, nos Municípios de Tiradentes, Prados, São João del Rei e Coronel Xavier Chaves, com a seguinte descrição perimétrica: partindo do cruzamento da estrada da Fazenda do Retiro, no Município de Coronel Xavier Chaves, com a rodovia que liga a BR-383, ao Município de Prados, a linha perimétrica segue por aquela rodovia até a ponte sobre o Córrego do Caroço ou Boa Vista; daí, sobe pelo leito do Córrego do Caroço ou Boa Vista, até a sua mais alta cabeceira, onde encontra o caminho que liga o Bairro Pinheiro Chagas às minerações existentes nas encostas orientais da Serra São José; daí, segue por aquele caminho, até encontrar a mais alta vertente do Córrego Palmital; daí, desce pelo leito do Córrego Palmital, até sua confluência com o Córrego do Gritador; daí, sobe pelo Córrego do Gritador, numa distância aproximada de 1.000m; daí, segue na direção do colo existente no divisor de águas do Córrego do Gritador e Córrego Cachabrá, até atingir a vertente mais oriental do Córrego Cachabrá; daí, desce pelo talvegue daquela vertente, até o leito principal do Córrego Cachabrá; daí, desce pelo Córrego Cachabrá até sua confluência com o Córrego do Engenho; daí, desce pelo Córrego do Engenho, até encontrar o Córrego Pau de Angu; daí, sobe pelo Córrego Pau de Angu e, após, pelo seu primeiro tributário da margem esquerda, até atingir o ponto mais alto de sua nascente mais meridional; daí, segue em direção ao divisor de águas do mencionado tributário com o Córrego Santo Antônio pelo colo mais setentrional existente no referido divisor, até atingir a nascente mais oriental do Córrego Santo Antônio; daí, desce pelo Córrego Santo Antônio, até sua confluência com o Córrego Pacu, dentro do perímetro urbano da Cidade de Tiradentes; daí, sobe pelo Córrego Pacu, até a sua menor eqüidistância com a estrada que liga a Cidade de Tiradentes a Distrito de Santa Cruz de Minas;

daí, segue por aquela estrada, até atingir o ponto de cruzamento com a linha de alta tensão existente entre os Municípios de São João del Rei e Coronel Xavier Chaves;

daí, pela linha de alta tensão, em direção Norte, até atingir o ponto que atravessa o caminho que liga a Colônia do Marçal à Estância da Água Santa; daí, segue por aquele caminho, até o Córrego da Água Santa; daí, desce pelo Córrego da Água

Santa, até encontrar o Córrego das Pedras; daí, pelo córrego das Pedras, sobe até atingir o ponto mais alto de sua nascente mais oriental; daí, na direção Leste e em linha reta, atravessa o espigão divisor dos Municípios de Coronel Xavier Chaves e Prados, até atingir o maior afluente da margem esquerda do Córrego do Riacho, de onde desce até a confluência com o Córrego do Riacho; daí, sobe pelo Córrego do Riacho, até atingir a sede da Fazenda do Retiro; daí, segue pela estada que liga a Fazenda do Retiro à Fazenda do Retiro Velho, até atingir o cruzamento daquela estrada com a estrada que liga Prados à Rodovia BR-383, ponto inicial desta descrição.

Art. 2º - Ficam declaradas de preservação permanente as florestas e demais formas de vegetação natural da área definida no artigo anterior.

Art. 3º - Os projetos de parcelamento do solo urbano, na área definida por este Decreto, serão submetidos, antes de aprovados pelo respectivo Município onde se localizar o parcelamento, à prévia anuência do Estado, nos termos do artigo 13, inciso I, da Lei Federal nº. 6.766, de 19 de dezembro de 1979, e do artigo 2º, inciso II, do Decreto nº. 20.791, de 8 de setembro de 1980.

Art. 4º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação e revoga as disposições em contrário.

Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 19 de maio de 1981.

Francelino Pereira do Santos - Governador do Estado

ANEXO B

Decreto nº. 30.934, de 16 de fevereiro de 1990.

Declara como de proteção ambiental área de terreno situado na Serra São José, nos Municípios de Tiradentes, Prados, Coronel Xavier Chaves e São João del Rei.

(Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais"' - 17/02/1990)

O Governador do Estado de Minas Gerais, no uso de atribuição que lhe confere o artigo 90, inciso VII, da Constituição do Estado, e tendo em vista o disposto nas Leis Federais nº. 6.902, de 27 de abril de 1981, e 6.938, de 31 de agosto de 1981, e nº. Decreto Federal nº. 88.351, de 1º de junho de 1983,

DECRETA:

Art. 1º - Fica declarado, sob a denominação de APA São José, como de proteção ambiental, para fins de preservação do patrimônio histórico, paisagístico e da cultura regional, proteção e preservação dos mananciais, cobertura vegetal (cerrado e áreas remanescentes de Mata Atlântica) e da fauna silvestre, área de terreno situado na Serra São José, nos Municípios de Tiradentes, Prados, Coronel Xavier Chaves e São João del Rei, com a seguinte descrição perimétrica: partindo do cruzamento da estrada da Fazenda do Retiro, no Município de Coronel Xavier Chaves, com a rodovia que liga a BR-383 ao Município de Prados, a linha perimétrica segue por aquela rodovia, até a ponte sobre o Córrego do Caroço ou Boa Vista; daí, sobe pelo leito do Córrego do Caroço ou Boa Vista, até a sua mais alta cabeceira, onde encontra o caminho que liga o Bairro Pinheiro Chagas às minerações existentes nas encostas orientais da Serra São José; daí, segue por aquele caminho, até encontrar a mais alta vertente do Córrego Palmital; daí, desce pelo leito do Córrego Palmital, até sua confluência com o Córrego do Gritador; daí, sobe pelo Córrego do Gritador numa distância aproximada de 1.000,00m; daí, segue na direção do colo existente no divisor de águas do Córrego do Gritador e Córrego Cachabrá, até atingir a vertente mais oriental do Córrego Cachabrá; daí, desce pelo talvegue daquela vertente, até o leito principal do Córrego Cachabrá; daí , desce pelo Córrego Cachabrá, até sua confluência com o Córrego do Engenho; daí, desce pelo Córrego do Engenho, até encontrar o Córrego Pau de Angu; daí, sobe pelo Córrego Pau de Angu e, após, pelo seu primeiro tributário da margem esquerda, até atingir o ponto mais alto de sua nascente mais meridional; daí, segue em direção ao divisor de águas do mencionado tributário com o Córrego Santo Antônio pelo colo mais setentrional existente no referido divisor, até atingir a nascente mais oriental do Córrego Santo Antônio; daí, desce pelo Córrego Santo Antônio, até sua confluência com o Córrego Pacu, dentro do perímetro urbano da Cidade de Tiradentes; daí, sobe pelo Córrego Pacu, até a sua menor eqüidistância com a estrada que liga a Cidade de Tiradentes ao Distrito de Santa Cruz de Minas; daí, segue por aquela estrada, até atingir o ponto de cruzamento com a linha de alta tensão existente entre os

Municípios de São João del Rei e Coronel Xavier Chaves; daí, segue pela linha de alta tensão, em direção Norte, até atingir o ponto que atravessa o caminho que liga a Colônia do Marçal à Estância da Água Santa; daí, segue por aquele caminho, até o Córrego da Água Santa; daí, desce pelo Córrego da Água Santa, até encontrar o Córrego das Pedras; daí, pelo Córrego das Pedras, sobe até atingir o ponto mais alto de sua nascente mais oriental; daí, na direção Leste e em linha reta, atravessa o espigão divisor dos Municípios de Coronel Xavier Chaves e Prados, até atingir o maior afluente da margem esquerda do Córrego do Riacho, de onde desce até sua confluência com o Córrego do Riacho; daí, sob pelo Córrego do Riacho até atingir a sede da Fazenda do Retiro; daí, segue pela estrada que liga a Fazenda do Retiro à Fazenda do Retiro Velho, até atingir o cruzamento daquela estrada com a estrada que liga Prados à Rodovia BR-383, ponto inicial desta descrição.

Art. 2º - Na implantação e funcionamento da APA São José serão adotadas, entre outras, as seguintes medidas:

I - zoneamento através de resolução do Conselho Estadual de Política Ambiental e da Fundação Estadual do Meio Ambiente, em estreita articulação com os órgãos envolvidos que indicarão as atividades a serem encorajadas em cada zona, bem como as que deverão ser limitadas, restringidas ou proibidas, de acordo com a legislação aplicável;

II - utilização dos instrumentos legais e dos incentivos financeiros governamentais, para assegurar a proteção da zona de vida silvestre, dos recursos naturais, o uso racional do solo e outras medidas referentes à salvaguarda desse patrimônio;

III - aplicação de medidas legais destinadas a impedir ou evitar o exercício de atividades causadoras de sensível degradação da qualidade ambiental;

IV - divulgação das medidas previstas neste Decreto, objetivando o esclarecimento da comunidade local sobre a APA e suas finalidades.

Art. 3º - Na APA São José ficam proibidas ou restringidas:

I - a implantação e funcionamento de indústrias potencialmente poluidores capazes de afetar mananciais de água, o solo e o ar;

II - a realização de obras de terraplanagem e a abertura de canais, quando importarem em alteração das condições ecológicas locais, principalmente da Zona de Vida Silvestre, onde a biota será protegida com maior vigor;

III - o exercício de atividades capazes de provocar erosão das terras ou assoreamento das coleções hídricas;

IV - o uso de biocidas, substâncias organocloradas ou mercuriais, quando indiscriminado ou em desacordo com as normas ou recomendações técnicas oficiais;

V - o exercício de atividades que ameaçam extinguir as espécies raras da biota regional, principalmente os remanescentes de Mata Atlântica e mananciais da região.

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