• Nenhum resultado encontrado

A SEPARAÇÃO JUDICIAL E OS PRINCÍPIOS ... - Univali

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2023

Share "A SEPARAÇÃO JUDICIAL E OS PRINCÍPIOS ... - Univali"

Copied!
60
0
0

Texto

6.515/77 (lei do divórcio) e as principais alterações trazidas pelo Código Civil de 2002 no que diz respeito à dissolução do casamento e seus efeitos. PALAVRAS-CHAVE: divórcio, princípios constitucionais, igualdade, dignidade humana, direitos pessoais, Código Civil de 2002, lei do divórcio.

O PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA

A Constituição Federal de 1988 foi a primeira constituição brasileira a afirmar expressamente que a proteção do princípio da dignidade humana é um dos. Nesse sentido, visando fortalecer o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana7, o legislador introduziu os direitos da personalidade no atual Código Civil.

O PRINCÍPIO DA IGUALDADE

O princípio da igualdade jurídica entre os cônjuges

Esse princípio está consagrado no parágrafo 5º do artigo 226 da Constituição Federal de 1988, que estabelece que “os direitos e deveres relativos à convivência conjugal serão exercidos igualmente por homens e mulheres”. O referido artigo é, portanto, mais um instrumento que reforça a necessidade de reformulação do Código Civil de 1916 no que diz respeito ao direito de família e à Lei 6.515/77, a fim de promover os ajustes necessários à Constituição Federal de 1988, o que só ocorreu em 2002. com a publicação do atual Código Civil. Por outro lado, o referido artigo reproduziu integralmente o artigo 19 da Lei 6.515/77, que no artigo 54 revogou expressamente o artigo 320 do Código Civil de 1916 e se referia ao pagamento de alimentos pelo cônjuge que deu origem ao divórcio da mesa e da cama. quando o outro consorte precisar.

Isto porque, nos termos do artigo revogado do Código de 1916, somente o homem poderia estar sujeito a tal obrigação quando a mulher realmente necessitasse, constituindo assim mais uma violação ao princípio da igualdade, o que, como demonstrado. , já estava presente nas constituições anteriores. 320 do CC13 (isto de facto de acordo com o art. 233, IV14), deixa claro que o dever de aposentar-se ou de ajudar o outro cônjuge pode recair tanto sobre o marido como sobre a mulher: se em princípio o dever de prestar alimentos recai sobre ao cônjuge masculino15 (partindo do pressuposto de que é seu dever o sustento da família, conforme estabelece o artigo 233, IV, do CC), a condenação do art.

O DIREITO DA PERSONALIDADE

Ora, nos casos em que “os cônjuges não possam ou não saibam assinar, é lícito que outrem o faça a seu pedido”, nos termos do § 3º do artigo 34 da Lei 6.515/77 e § 1º de 1.120. Código de Processo Civil. 22 Nos termos do artigo 1.120 do Código de Processo Civil (requerimento assinado por ambos os cônjuges) e parágrafo 1º do artigo 34 da Lei 6.515/77 (assinado também pelo advogado das partes ou por advogado escolhido de comum acordo). Por outro lado, o parágrafo 2º do artigo 17 da Lei 6.515/77 estabelece que “nos demais casos, caberá à mulher decidir se mantém o nome de casada”.

Essa modalidade de separação judicial pode ser solicitada quando um dos cônjuges comete uma das infrações mencionadas no capítulo 5 da lei 6.515/77 contra o outro, ou seja. Assim, para atualizar o parágrafo 1º do artigo 5º da Lei 6.515/77 de acordo com o novo marco constitucional, a Lei nº. Por fim, quanto ao uso do nome do marido pela esposa, o parágrafo 1º do artigo 17 da Lei nº 6.515/77 determina que ela deverá usar o nome de solteira nos casos em que o pedido desse tipo de separação partir dela.

Essa modalidade de separação judicial está prevista no parágrafo 1º do artigo 1.572 do atual Código Civil, cuja redação é basicamente a mesma da legislação anterior após as alterações introduzidas na Lei nº. A mudança mais importante em relação a esse tipo de separação foi o afastamento da “sanção de capacidade jurídica” prevista no parágrafo 3º do artigo 5º da Lei 6.515/77, que era atribuída ao cônjuge requerente. Nesse sentido, o antigo prazo introduzido no parágrafo 2º do artigo 5º da Lei 6.515/77, que era de cinco anos, foi reduzido para dois anos na codificação atual.

A EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 09/77

A LEI 6.515/77

Espécies de separação

  • A separação consensual
  • A separação litigiosa
  • A separação litigiosa como sanção
  • A separação litigiosa como falência
  • A separação litigiosa como remédio

Existem duas modalidades de separação judicial, a prevista no artigo 4º da Lei 6.515/77, que é a separação judicial consensual e consiste em acordo ou “consentimento mútuo”. Ressalte-se que a redação do referido artigo 4º da Lei 6.515/77 é a mesma do revogado artigo 318 do Código Civil de 1916, com a única substituição do termo. Nessas condições, o referido pedido deverá atender aos requisitos previstos no artigo 1.121 do Código de Processo Civil conforme artigo 34 da Lei 6.515/77.

Assim, com a nova redação dada na letra maiúscula do artigo 5º da Lei 6.515/77, o legislador objetivou ampliar os motivos para exigir esse tipo de separação por entender que existem outros delitos tão graves quanto os elencados no trecho revogado. 317. do Código Civil de 1916. Assim, o artigo 18 da Lei 6.515/77 afirma que “se a mulher vencer a ação judicial de separação (art. 5º caput), poderá a qualquer tempo renunciar ao direito de uso do nome do marido”. Desta forma, pode-se notar que o regime de bens mais afetado neste caso é o da comunidade universal de bens, uma vez que o referido dispositivo impede a comunicação desses bens após o casamento, quando é requerida a separação judicial nos termos do disposto nos parágrafos 1º e 2º. do artigo 5º da Lei 6.515/77.

Para a guarda dos filhos menores deverá ser respeitado o disposto no artigo 11 da Lei 6.515/77, ou seja, que “os filhos ficarão em poder do cônjuge em cuja companhia estiveram durante o período de ruptura da vida comum”. . .

Da reconciliação dos cônjuges

41, que entrou no ordenamento jurídico com praticamente a mesma redação do artigo 323 do revogado Código Civil de 1916. O Código Civil que hoje vigora é a Lei nº. estava datada de 1º de janeiro de 1916, pois esta tornou-se completamente obsoleta após a promulgação da Constituição Federal de 1988. No que diz respeito à Lei nº. “Dissolução do casamento”, mais especificamente, o capítulo X, que se encontra no subtítulo I (Do casamento), do título I (Do direito pessoal), do livro IV (Direito da família), a partir do artigo 1571 e terminando no artigo 1582.

Refira-se que, no caso deste curso de Direito, a revogação foi parcial, pois apenas foram revogadas as disposições relativas ao direito material, mantendo-se assim válidas as relativas à parte processual.

O PROJETO DO ATUAL CÓDIGO CIVIL

Isso está previsto na letra maiúscula do artigo 1.572 do Código Civil de 2002 e a principal diferença em relação à Lei 6.515/77 foi a supressão do termo “conduta desonrosa”, que inclui apenas a prática de “qualquer ato que constitua ofensa grave, mantenha". dos deveres do casamento e tornar insuportável a convivência" na letra maiúscula do referido artigo. Note-se, assim, que o legislador de 2002 inseriu no atual Código Civil uma nova obrigação matrimonial, que consta do inciso V do referido artigo, que não existia na legislação anterior, com o objetivo de desta forma reafirmar o princípio da dignidade humana (SILVA, 2004 a). A redução desse prazo também foi resultado da inclusão no ordenamento jurídico do parágrafo 6º do artigo 226 da Constituição de 1988, que foi reafirmado no parágrafo 2º do artigo 1.580 do atual Código Civil e que possibilitou o divórcio direto após dois anos. tem. de separação de facto, devidamente comprovada.

A redação do artigo 1.577 do atual Código Civil era praticamente a mesma do revogado artigo 46 da Lei 6.515/77, apenas com a supressão da expressão “nas condições em que foi estabelecido”. Contudo, esta é mais uma importante alteração introduzida no ordenamento jurídico através do parágrafo 2º do artigo 1.639 do atual Código Civil, que permite:

AS PRINCÍPAIS ALTERAÇÕES TRAZIDAS PELO CÓDIGO CIVIL ATUAL

A separação litigiosa como sanção

Por outro lado, listou de forma exemplar nos incisos do artigo 1.573 as possíveis causas que poderiam levar à impossibilidade de continuidade da vida em comum. Nota-se, portanto, que o legislador de 2002 chegou à consideração de que a “conduta desonrosa” é também um “ato que implica violação grave das obrigações conjugais”, pois desta forma consistiu num excesso da legislação perante a existência de ambos em o caso principal do artigo 5º da Lei 6.515/77. Consequentemente, a regra também foi alterada nos casos em que ambos os cônjuges são considerados culpados nesta modalidade de separação judicial, principalmente porque a forma como foi prescrita no parágrafo 1º do artigo 10 da lei 6.515/77 violou expressamente o princípio constitucional da igualdade dos cônjuges. desde que, nestes casos, a guarda dos filhos menores caiba à mãe.

Isso porque, de acordo com o capítulo do artigo 17 da lei 6.515/77, a mulher volta automaticamente ao uso do nome de solteira nos casos em que for considerada culpada, enquanto de acordo com o artigo 1.578 do Código Penal em vigor para tal mulher. ocorrer a perda, o cônjuge inocente deverá solicitar expressamente e, desde que a perda do nome não resulte para o cônjuge culpado (i). Trata-se também de uma reafirmação do princípio da igualdade dos cônjuges definido na Carta de 1988 trazida pelo legislador ordinário de 2004, uma vez que de acordo com o n.º 1 do artigo 1565.º do atual Código Civil, “cada cônjuge se quiser. , pode adicionar ao sobrenome do outro."

A separação litigiosa como falência

Por último, à semelhança do que acontece no caso do divórcio como sanção referida no ponto anterior, a guarda dos filhos menores deixará de ser necessariamente “do cônjuge em cuja companhia se encontravam no momento da interrupção da sua vida conjunta”. , conforme previsto no artigo 11 da Lei 6.515/77, o que está ocorrendo atualmente, também nos termos do caput do referido artigo 1.584 do atual Código Civil, onde o juiz decide quem tem as melhores condições para a tutela, sempre visando proteger os interesses da criança e reafirmar os direitos pessoais.

A separação litigiosa como remédio

A separação consensual

Da reconciliação dos cônjuges

Conforme afirmado nos capítulos anteriores, nota-se que as mudanças mais importantes no que diz respeito à divisão judicial ocorreram com a chegada da emenda nº. 09/77, que foi regulamentada pela lei nº. 6.515/77; e a Constituição Federal de 1988, que trouxe para o ordenamento jurídico brasileiro princípios e direitos não admitidos por esta Lei e pelo Código Civil de 1916, criando assim a necessidade de adequação da legislação ordinária, surgida com a publicação do atual Código Civil . . Por outro lado, a Constituição Federal de 1988, que é a mais importante no que diz respeito aos princípios da igualdade, da dignidade da pessoa humana, dos direitos da personalidade e trouxe pela primeira vez o princípio da igualdade jurídica dos sócios em direitos e obrigações. Assim, nota-se que dentre os princípios acima elencados, o da dignidade humana é o mais importante, pois insultar qualquer um dos demais também significa violar a dignidade do ser humano, que é justamente o princípio da dignidade humana. destinado a proteger.

Dessa forma, tornou-se necessária a reforma completa do Código Civil de 1916 e de toda a parte material da Lei 6.515/77, pois o legislador ordinário viu-se obrigado a fazer os ajustes necessários aos novos modelos estabelecidos pela Carta Magna de 1988, que só ocorreu em 2002 com a publicação do Código Civil vigente. Diante de todo o exposto, pode-se concluir que os novos institutos do divórcio no Código Civil de 2002 englobam claramente os princípios da dignidade da pessoa humana, da igualdade, da igualdade jurídica dos cônjuges e dos direitos pessoais que foram trazidos para o ordenamento jurídico brasileiro. promulgação da Constituição Federal de 1988.

Referências

Documentos relacionados

Bertero, Vasconcelos e Binder (2003) desenvolveram uma pesquisa da produção cientifica no campo da administração e gestão estratégica entre os anos de 1991 e