Em 2013, a 1ª conferência ambiental no Rio de Janeiro, com foco na gestão de resíduos sólidos, com ampla participação da comunidade organizada e da comunidade científica; e a implantação do programa Lixo Zero, de conscientização pública para garantir a limpeza do Rio de Janeiro, são exemplos de medidas tomadas para tornar a cidade referência na gestão de resíduos. Ainda em 2013, foi publicado o primeiro Plano Municipal de gestão integrada de resíduos sólidos, elaborado pelas secretarias municipais de meio ambiente e conservação e serviços públicos, e pela empresa municipal de limpeza urbana – COLURB. Este primeiro diagnóstico teve como foco principal a identificação das principais fontes de resíduos sólidos e os respectivos valores gerados na cidade do Rio de Janeiro.
Conhecendo o estado atual e o desenvolvimento da gestão de resíduos, com futuras atualizações deste diagnóstico, será possível implementar medidas cada vez mais eficazes para a gestão de resíduos MOL.
Introdução
Como a adesão ficou aquém do desejado, foi necessário desenvolver uma metodologia para abordar os resultados desse processo e avaliação responsável a partir de um banco de dados criado entre 2010 e 2014. Este produto traz os resultados desse diagnóstico preliminar e traz uma tabela dos principais setores destacando sua importância em termos de geração de resíduos. Assim, cumpre seu objetivo de iniciar um processo contínuo de implementação do diagnóstico de resíduos na cidade do Rio de Janeiro e fornecer acesso a dados para a melhor gestão municipal integrada de resíduos sólidos.
1 O presente estudo abordou o Método de Decaimento de Primeira Ordem (FOD) por Nível 2, ou seja, foram utilizados dados históricos de pelo menos 10 anos sobre disposição de resíduos em aterros municipais e valores padrão do IPCC para outros parâmetros necessários para os cálculos.
Delimitação das Dimensões da Pesquisa
Grandes construtoras, grandes projetos como Metrô Rio, Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro – CDURP, obras licenciadas pelo SMAC (1306 processos) e remoção gratuita da COLURB. No âmbito do universo dos Resíduos Industriais foram identificadas 1.018 indústrias – segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro – FIRJAN. Porém, o início da pesquisa de campo permitiu identificar que algumas indústrias só tinham sede administrativa na cidade do Rio de Janeiro e outras não existiam mais, deixando o universo em questão reduzido a 832 empresas.
Para os resíduos de construção civil (RCC), a cidade do Rio de Janeiro passou por grandes transformações urbanísticas e estruturais, realizadas por grandes construtoras, consideradas como agentes geradores: SIG Engenharia, Odebrecht, OAS, Brookfield, Carvalho Hosken, Calper, MDL, Concal, RJ2, PDG, João Fortes Engenharia e Grupo Merk, além do MetrôRio, Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro – CDURP, operam sob licença do SMAC e do programa de descarte gratuito COMLURB, com um total de 16 agentes.
Metodologia de Estimação
Quando dizemos que CV até 10% pode ser considerado aceitável, queremos dizer que o estimador pode ser considerado satisfatório para as aplicações nesta perspectiva. Quanto menor o CV, melhor será a precisão, mas devemos levar em conta que para obter um CV menor teremos que gastar mais no processo de estimativa. Portanto, é comum definir um limite, que está relacionado aos custos/benefícios. relação do campo de pesquisa. Além disso, considera-se a aplicação da margem do intervalo de confiança, que é apenas mais uma forma de avaliar se a precisão é suficiente ou não.
A margem do intervalo de confiança é expressa em porcentagem do valor central, é igual a k vezes o CV, onde k = 1,65 para o intervalo de confiança de 90%, e k = 1,96 para o intervalo de 95%, valores sorteados da tabela de distribuição normal padronizada. Isto significa que o valor real do Y total está dentro deste intervalo com uma probabilidade de 90% ou 95%, respectivamente. Quanto mais certeza quisermos ter de que o verdadeiro valor de Y está dentro do intervalo de confiança, maior será a margem.
Ou seja, de certa forma, o intervalo de confiança e o CV do estimador correspondem ao mesmo conceito de precisão da estimativa. O intervalo de confiança fornece informações mais completas, pois leva implicitamente em consideração a relação custo/benefício do estimador. O caso mais simples de utilização de uma técnica de amostragem é a seleção por “amostragem simples sem reposição”, em que as unidades elementares são selecionadas por um mecanismo de sorteio que atribui a mesma probabilidade de seleção a todas as unidades elementares, excluindo de cada etapa de sorteio as unidades elementares selecionadas. estão nas etapas anteriores.
O Censo é uma espécie de plano amostral pelo qual é levantado todo o universo proposto. Identificou-se também que a correlação entre a produção histórica de resíduos de cada setor, segundo SOARES (2011) e COLURB (2012) - conforme agregação estabelecida por estes autores - e o Produto Interno Bruto (PIB) municipal por habitante (PIB , 2014) permite estimar as quantidades de resíduos que serão produzidas nos próximos anos.
Opção de Abordagem
Diagnóstico Preliminar de Resíduos da Cidade do Rio de Janeiro
- Resíduos de Comunidades
- Resíduos e Efluentes Líquidos Industriais
- Resíduos de Construção Civil – RCC
- Resíduos de Reciclagem
- Resíduos de Serviços de Saúde – RSS
- Resíduos Domésticos e Públicos
- Efluentes Domésticos e Públicos
- Resíduos Domésticos e Públicos
- Resíduos de Grandes Geradores
A Figura 3 mostra a resposta da comunidade quanto ao descarte regular e irregular de acordo com a destinação dos resíduos. Assim, se transferirmos esse percentual para o somatório estimado, obtemos um valor de 253,66 t/dia de resíduos descartados inadequadamente – com desvio padrão também proporcional, 14,71 t/dia. Embora a COMLURB informe ao IBGE que coleta 95% dos resíduos gerados nas comunidades abrangidas pelo setor de resíduos domiciliares e públicos, optou-se por utilizar o valor dos resíduos descartados inadequadamente como contribuição do setor para o diagnóstico.
Conforme explicado a seguir, o valor terminal estimado dos resíduos sólidos industriais na cidade do Rio de Janeiro foi de 413,5 mil toneladas/ano, ou 1.133 toneladas/dia. No caso dos Receptores, os que responderam – recebendo 8.205,2 toneladas/dia – correspondem a 90% do material gerado na cidade do Rio de Janeiro, segundo a Associação dos Aterros de Resíduos da Construção Civil do Estado do Rio de Janeiro (ASSAERJ). ). Neste trabalho, o termo Reciclagem é utilizado com uma abordagem que inclui a separação, coleta, segregação e destinação de resíduos para grandes atacadistas da cidade do Rio de Janeiro, incluindo em algumas etapas desse fluxo a participação de catadores de materiais. reciclável.
O estudo apontou ainda que nos 30 bairros analisados, a coleta seletiva em dezembro representou toneladas) do total de resíduos domiciliares coletados. Com base nos questionários utilizados foi possível estimar a quantidade de 124,7 t/dia de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) provenientes de Unidades Geradoras. Também foram considerados os dados referentes à coleta de resíduos de serviços de saúde da COLURB no período de 2005 a 2011, onde a instituição era responsável pela sua coleta, transporte e disposição final.
Não foram considerados comércios de rua e restaurantes, mesmo com produção de resíduos superior a 120 litros por dia. A Tabela 22 apresenta dados obtidos de 3 grupos empresariais proprietários de 16 shopping centers, cujo detalhamento pode ser encontrado no Relatório 5 do diagnóstico preliminar de resíduos sólidos na cidade do Rio de Janeiro. Portanto, a produção total estimada de resíduos dos shopping centers é de 133,2 t/dia com desvio padrão de 32,2 t/dia.
As Tabelas 24 e 25 mostram, portanto, respectivamente, apenas a geração de resíduos no Copacabana Palace e a taxa média de ocupação dos hotéis da cidade.
Conclusões
Apesar de haver um grande número de “não respostas” aos questionários aplicados na pesquisa primária, foi possível estimar a geração total de resíduos através da soma dos estimadores totais da Tabela 26. Em seguida, conforme descrito na metodologia, o desvio padrão do estimador total para então compartilhar com o avaliador e encontrar o CV total, conforme mostrado na última linha da tabela. Como o CV total do diagnóstico atingiu 2,17%, o que pode ser considerado ótimo, é possível utilizar um intervalo de confiança de 90% para todos os setores, conforme “Metodologia de Avaliação”.
Os valores limites do intervalo de confiança de 90% correspondem ao resultado do cálculo do estimador Total ± 1,65 vezes o DP Estimado, o que é considerado de boa precisão, quando a margem do intervalo de confiança é inferior a 10% do estimador. total, conforme mostra a Tabela 27. Num segundo grupo estão a Indústria e os Grandes Geradores de Energia (GG), com 5,8% e 2,7% respectivamente - o que pode ser devido ao elevado número de “não respostas”. Quanto à margem do intervalo, calculada multiplicando-se o fator relacionado ao intervalo de confiança utilizado (1,65) pelo CV, a das comunidades é de 9,57% do estimador total, o que pode ser considerado um bom resultado tornar-se
Relativamente às emissões de gases responsáveis pelo aquecimento global, dos setores analisados, os resíduos domésticos e públicos são os mais relevantes - dada a participação de uma fração orgânica de cerca de 50% - e foram, por isso, motivo da realização de um teste laboratorial. de macromoléculas (proteínas, carboidratos e lipídios) que potencialmente geram metano. Vale ressaltar que as emissões relacionadas à logística de gestão de resíduos são consideradas na seção “Transporte” do inventário de GEE da cidade (ROVERE et al., 2013). Como é necessário aumentar o número de questionários respondidos nas próximas edições do Diagnóstico de Resíduos do Município do Rio de Janeiro, para melhorar a qualidade em todos os setores, propõe-se divulgar amplamente este primeiro trabalho e enfatizar sua importância como ferramenta de planeamento, fundamental para identificar os setores mais representativos, os tipos de resíduos produzidos e as ações necessárias para os reduzir e/ou promover a sua utilização, que depende da participação direta das entidades representativas dos setores para permitir o acesso aos dados.
Pela novidade da pesquisa, surge a necessidade de criação de instrumentos normativos (acordos, decretos, resoluções, etc.) que tornem obrigatória a disponibilização de informações sobre dados de produção, transporte e destinação de resíduos e efluentes de diversas fontes. Esta investigação representa um primeiro passo para revelar o estado actual dos resíduos no concelho e definir linhas de acção, relevantes para a mitigação e redução dos gases com efeito de estufa, de acordo com os objectivos definidos pela Câmara Municipal, procurando um maior impacto social, ambiental e económico. benefícios para uma cidade com maior resiliência.
Necessidades para a Atualização do Diagnóstico
Análise das diferentes tecnologias de tratamento e disposição final de resíduos sólidos urbanos no Brasil, Europa, EUA e Japão Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade Federal de Pernambuco, Grupo de Resíduos Sólidos, UFPE, 186 pp., 2013. Gestão de Resíduos Resíduos Sólidos Urbanos com ênfase na proteção de corpos hídricos: Prevenção, geração e tratamento de lixiviados de aterros sanitários.
Caracterizações Gravimétricas e Bacteriológicas dos Resíduos Sólidos Urbanos do Município do Rio de Janeiro – Relatório Anual 2012. Comunicação pessoal baseada na análise gravimétrica dos resíduos sólidos urbanos coletados pela COMLURB para o Município do Rio de Janeiro – 2012, Paulo Jardim, em Coleta Domiciliar, Lixo Público e entulho. Empresas credenciadas pela Comlurb para destinação de resíduos sólidos extraordinários, resíduos biológicos e resíduos sólidos inertes.
Resíduos Sólidos: Estudos de Caracterização e Tratamento de Lixiviados de Aterros Sanitários para Condições Brasileiras. Diretoria de Desenvolvimento Econômico Estratégico, Prefeitura do Rio de Janeiro Disponível em:
Altera a Resolução nº. 307 do Conama, de 5 de julho de 2002, incluindo o amianto na classe de resíduos perigosos. Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PMGIRS do Município do Rio de Janeiro – agosto de 2012 a agosto de 2016.
