Catalogar os parâmetros de qualidade da água do rio Uberabinha e as vazões nos anos seguintes à implantação do PREMEND;. Categorizar a eficiência do tratamento de efluentes verificando os impactos na qualidade da água do Rio Uberabinha;
Segurança Hídrica
A segurança hídrica prevê o equilíbrio entre a oferta e a demanda de água, bem como as contingências decorrentes da vulnerabilidade a eventos climáticos extremos e deve ser o pilar fundamental no planejamento da oferta e uso de água em um país. A grande diversidade climática e a expansão territorial do Brasil impõem desafios à formação de indicadores de segurança hídrica que, ao mesmo tempo, reflitam essas diferenças e permitam fácil compreensão e aplicação por parte das políticas governamentais relacionadas à infraestrutura e gestão hídrica (ANA, 2019).
A evolução histórica dos recursos hídricos e dos efluentes
O primeiro registro de saneamento no Brasil ocorreu em 1561, quando o fundador da cidade do Rio de Janeiro, Estácio de Sá, ordenou a escavação do primeiro poço para abastecimento do Rio de Janeiro (DIAZ; NUNES, 2020). Entrou em vigor em 22 de fevereiro do mesmo ano e estabeleceu as Diretrizes Nacionais de Saneamento Básico no Brasil, recentemente alterada pela Lei nº., foi responsável por estabelecer padrões de referência para a regulamentação dos serviços públicos de saneamento básico.
Histórico normativo brasileiro, mineiro e uberlandense sobre os recursos hídricos
Dispõe sobre a classificação das massas de água e as orientações ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece condições e normas para a descarga de águas residuais. A Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH-MG nº 01, dispõe sobre a classificação dos corpos d'água e as diretrizes ambientais para seu enquadramento e condições e padrões para o lançamento de águas residuais.
Impacto ambiental e a responsabilidade socioambiental
Dessa forma, o tema da responsabilidade socioambiental pelos impactos ao meio ambiente também tem seu foco, pois está inserido no contexto normativo. O modelo de desenvolvimento assumiu o aumento da desigualdade na distribuição de bens e serviços, com forte impacto nas condições de vida da população e no meio ambiente.
O tratamento dos efluentes
No entanto, o cenário do país se agrava quando se observa que a maioria das Estações de Tratamento de Esgoto - ETE do país apresenta algumas patologias (problemas relacionados à concepção e projeto, estrutura, operação, etc.) comprometendo seu desempenho (ROLLEMBERG et al , 2020). Os medicamentos são uma fonte de poluição da água e as principais fontes de introdução de medicamentos no meio ambiente são provenientes de atividades humanas, principalmente por meio de efluentes de estações de tratamento de esgoto, nas quais.
A História do PREMEND
Assim, consagrou-se a importância do pré-tratamento das águas residuais não domésticas, cabendo ao DMAE a responsabilidade pelo tratamento final das águas residuais. Em 1999, foi lançado o programa de despoluição do Rio Uberabinha com a canalização dos córregos e a construção de escoadouros nas duas margens, eliminando o lançamento de esgoto das galerias.
Diagnóstico das características fundamentais do PREMEND
Antes do marco do tratamento de esgoto, todo o efluente era direcionado para galerias instaladas nas principais vias e lançado diretamente no Rio Uberabinha. Ainda nesse cenário, foram diagnosticados os elementos conjunturais que ocasionaram a criação do PREMEND, no contexto geográfico do Município de Uberlândia, revisando quando o sistema de tratamento de esgoto foi implantado e os obstáculos encontrados.
A função do PREMEND uberlandense
Inicialmente foi realizada uma análise documental com o objetivo de levantar o referencial teórico e situacional para a criação do PREMEND e sua aplicação no município de Uberlândia. Adicionalmente, examinou-se a função do PREMEND no contexto do quadro legislativo relativo à promoção da segurança hídrica, segundo a dimensão ecossistémica e na perspetiva do indicador relacionado com a qualidade adequada da água.
A forma do PREMEND
Caso o utente não cumpra o aviso, o DMAE aplica o fator de carga poluente K1, consoante o ramo de atividade, à fatura dos serviços de água e águas residuais. Se o utilizador não se regularizar no prazo de 12 meses, é imposto um acréscimo de 50% do fator de carga poluente. Caso o usuário não siga as instruções, o fator de carga poluente K1 é alterado de acordo com a Tabela 1 do Anexo I;.
Caso o usuário não apresente o Projeto Técnico de Adequação no prazo de 12 meses, será aplicado um acréscimo de 20% ao fator de carga poluente.
Modelos internacionais
É importante ressaltar que a cidade de Uberlândia é abastecida por três sistemas que produzem água a partir de nascentes pertencentes à mesma bacia hidrográfica. Com relação à captação de água bruta, o sistema Sucupira possui vazão de 1,8 m³/s enquanto o sistema Bom Jardim possui 2,0 m³/s. A adutora de água bruta, com 4,5 km de extensão, será responsável pelo transporte da água da bacia hidrográfica da represa Capim Branco até a ETA.
A imagem 2 traz a imagem do ponto de captação de água do sistema de margens capim, seguida da imagem 3 ilustrando a ETE Uberabinha e o mapa 1 mostrando a área de estudo.
Diagnóstico temporal de adesões das empresas uberlandenses ao PREMEND, dos
Coleta de dados da qualidade da água do Rio Uberabinha a montante e jusante do
Entendeu-se que a qualidade da água é o principal indicador da segurança hídrica no ecossistema, conforme enfatiza o PNSH. Para medir a qualidade da água (condições e padrões), foram utilizados os limites dos parâmetros adotados pela legislação estadual, previstos na consulta normativa conjunta COPAM/CERH-MG nº. 01 de 5 de maio de 2008, tendo em vista a classificação do rio Uberabinha na classe 2 de água doce, nomenclatura para água doce sem enquadramento aprovado. Assim, em relação à qualidade da água, foram coletados dados referentes aos parâmetros descritos na Tabela 4, que permitiram o diagnóstico da qualidade da água do Rio Uberabinha por meio do IQA.
Segundo o Water Quality Portal (ANA, c2022), o índice de qualidade da água (IQA) foi criado em 1970 nos Estados Unidos pela National Sanitation Foundation e a partir de 1975 passou a ser utilizado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo ( CETESB), e adotado nas décadas seguintes por outros estados brasileiros, sendo hoje o principal índice de qualidade da água utilizado no país.
Avaliação da qualidade da água do Rio Uberabinha e a eficiência do tratamento
NBR 9800: Critérios para o lançamento de efluentes líquidos industriais na rede pública de esgotos. I - elaborar e assinar o "Convênio de recebimento de resíduos líquidos não domésticos" (CREND) a ser celebrado com o usuário especial; IV - Emitir “Relatório de Análise de Efluentes Líquidos” e Instruções Técnicas para elaboração de “Projeto Técnico” para adequação e/ou automonitoramento do sistema de efluentes líquidos da empresa;
VI - realizar auditoria e vistoria técnica para aceitar a implantação do “Projeto Técnico” para adequação e/ou automonitoramento do sistema de esgotamento sanitário da instalação; III - a elaboração de “Projeto Técnico” para adequação do sistema de esgotamento sanitário do estabelecimento, caso sejam constatadas irregularidades no sistema de esgotamento sanitário durante a vistoria do DMAE; IV - realizar o automonitoramento do sistema de águas residuais líquidas da instalação, de acordo com as instruções técnicas do DMAE;
Após a implantação do “Projeto Técnico” para adequação do sistema de efluentes líquidos do empreendimento, o DMAE realizará auditoria técnica/fiscalização para aceitação das instalações implantadas. Parâmetros e limites para lançamento de efluentes não domésticos na rede pública de esgotos.
Associação entre a qualidade da água do Rio Uberabinha e a taxa anual de adesões
Diagnóstico temporal de adesões das empresas uberlandenses ao PREMEND, dos
A Tabela 5 ilustra cronologicamente os anos desde a implantação do PREMEND, com o número de novas empresas que assinaram o contrato de recebimento de esgoto não doméstico com o DMAE, a vazão média de esgoto tratado por ano, o número de empresas que foram notificadas para cumprir o PREMEND (os valores são aproximados) e valores arrecadados de multas em decorrência de autos de infração e tarifas acrescidas dos coeficientes de carga poluidora K1 e K2. Em 2014, foi o ano com maior número de adesões ao PREMEND, mas por outro lado, foi o ano com maior arrecadação de Tarifa K e multas, com aumento de 20,1% em relação a 2013, o que mostra que o descumprimento da norma foi um fator significativo para o aumento do valor arrecadado do PREMEND. Por outro lado, é possível imaginar que os valores de arrecadação decorrentes da tarifa K aplicada em decorrência do PREMEND tenham sofrido uma variação nos primeiros anos de sua criação, mostrando que embora novas empresas surgissem ano após ano, grande parte, de uma forma ou de outra, não cumpre a legislação.
Os valores oscilam fortemente nos primeiros anos de implantação do programa, tendo como marco o ano de 2013, com a arrecadação de R.
Avaliação da eficiência do tratamento dos efluentes
Com relação aos demais parâmetros físico-químicos apresentados na Tabela 7, referentes a óleos e gorduras, no período analisado, a maior parte do período apresentou valores abaixo de 10 mg/L no efluente tratado, com poucas alterações de valor, seja avaliado em o mês chuvoso ou seco, ficando assim dentro do limite padrão até 50 mg/L, com exceção do mês de fevereiro de 2015, marcado com valores acima do limite e inconsistência do parâmetro tratado. efluente apresentar 59 mg/L maior que o efluente bruto de 52 mg/L. Na primeira metade do período avaliado, fevereiro apresentou os melhores resultados e na outra metade, setembro dominou, com exceção de fevereiro de 2005, cujos valores de efluente tratado se mantiveram em 194 mg/L, bem acima do limite de 100 mg /EU. Uma discrepância também foi detectada em fevereiro de 2015, onde o resultado do efluente bruto (14,6mg/L) foi inferior ao parâmetro do efluente tratado (33,5mg/L).
Os níveis de concentração de nitrogênio amoniacal apresentaram diminuição após o tratamento, mas mesmo assim permaneceram bem acima do limite de 20 mg/L previsto na norma, variando entre 30, 40 e 50 mg/L, chegando a 70 mg/L em fevereiro de 2018.
Avaliação da qualidade da água do Rio Uberabinha
A vazão e a carga poluente de efluentes líquidos a serem lançados na rede coletora pública de esgoto estão condicionadas à capacidade do sistema público de esgotamento sanitário. Para a implantação ou modificação de instalações voltadas à adequação de efluentes líquidos, o usuário deverá submeter ao DMAE, para análise e posterior aprovação, o “Projeto Técnico” de adequação do sistema de efluentes líquidos da empresa. O usuário especial iniciará as modificações nas instalações para cumprimento do disposto neste Decreto, somente após aprovação pelo DMAE do “Projeto Técnico” para adequação do sistema de efluentes líquidos da empresa.
A vazão máxima de efluente líquido a ser lançada na rede pública de esgoto não deve ultrapassar 1,5 (uma vez e meia) a vazão média estabelecida. O lançamento de efluentes líquidos da instituição na rede pública de esgoto está condicionado à existência de sistema de efluentes líquidos da instituição que garanta as condições e critérios estabelecidos neste Decreto, previamente aprovado pelo DMAE. O lançamento de efluentes líquidos não domésticos na rede pública de esgoto deve ser feito através de uma única ligação predial.
