• Nenhum resultado encontrado

Espaço Não-Escolar: Programa Mais Educação

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2023

Share "Espaço Não-Escolar: Programa Mais Educação"

Copied!
9
0
0

Texto

(1)

ANAIS DA IX MOSTRA CIENTÍFICA DO CESUCA – NOV./2015 ISSN – 2317-5915

F A C U L D A D E I N E D I – C E S U C A

Rua Silvério Manoel da Silva, 160 – Bairro Colinas – Cep.: 94940-243 | Cachoeirinha – RS | Tel/Fax. (51) 33961000 | e-mail:

cesuca@cesuca.edu.br

http://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac

Espaço Não-Escolar: Programa Mais Educação

Bruna Röding Malta1 Cristiane Lumertz Klein Domingues2

Resumo: O presente artigo tem como objetivo expor análises referentes à educação em espaços não-escolares, com base na educação em tempo integral, destacando o Programa Mais Educação, assunto que tem sido discutido atualmente, por se tratar de um grande desfio da educação escolar brasileira que contempla diversos espaços para que ocorra o ensino, sendo um tema que reflete para a formação humana dos indivíduos. Para tanto a pesquisa teve como problema de estudo: mostrar como funciona o Mais Educação e perceber se ele ajuda no desenvolvimento das crianças, refletindo isso em sala de aula e possibilitando crescimento quanto ao rendimento escolar? Teve como objetivos: descrever a rotina do trabalho no Mais Educação; entender como funciona essa rotina; elencar as atividades realizadas e discutir a importância de partir o trabalho das dificuldades reais do aluno. Sendo que os resultados dessa pesquisa apontam conclusões interessantes, quando mostra que as atividades propostas pelo programa auxiliam o aluno no desenvolvimento, o que favorece seu crescimento escolar.

Palavras-chave: Espaços não-escolares; Educação em tempo integral;

Programa Mais Educação.

Abstract: This article aims to expose analysis on education in non-school spaces, based on full-time education, highlighting the More Education Program, an issue that is currently being discussed, because it is a great of school education Brazilian that includes various spaces for the occurrence teaching, being a theme reflecting on human formation of individuals. For this research was to study the problem show how the More Education and see if it helps the development of children, reflecting this in the classroom and allowing growth as the academic achievement? We aimed to: describe the work routine in the More Education; understand how this routine; list the activities and discuss the importance of starting the work of the real difficulties of the student.

Moreover, the results of this research point out interesting conclusions, when he shows that the activities proposed by the program assist students in the development, which favors their academic growth.

Keywords: Non-school spaces; Full-time education: Further Education Program.

1 Aluna do curso de Pedagogia do Cesuca- Faculdade Inedi. Email: brunaroding@hotmail.com.

2 Professora do curso de Pedagogia do Cesuca- Faculdade Inedi. Email: cristianedomingues@fapa.com.br.

(2)

ANAIS DA IX MOSTRA CIENTÍFICA DO CESUCA – NOV./2015 ISSN – 2317-5915

F A C U L D A D E I N E D I – C E S U C A

Rua Silvério Manoel da Silva, 160 – Bairro Colinas – Cep.: 94940-243 | Cachoeirinha – RS | Tel/Fax. (51) 33961000 | e-mail:

cesuca@cesuca.edu.br

http://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac

1. INTRODUÇÃO

O presente texto deseja entender como funciona os espaços não escolares, especificamente o programa mais educação do governo federal, que promove a educação integral e foi criado em 2008.

A educação em tempo integral caracteriza-se por contemplar uma ampliação da jornada escolar, tanto nas escolas privadas como nas escolas públicas. Com base nos trabalhos desenvolvidos no Programa Mais Educação, criado pelo governo federal, com práticas pedagógicas como o ensino de artes, esportes, meio ambiente entre outros, que possam ser realizados no contra turno escolar, é nesta perspectiva que o programa desenvolve atividades sócio-educativas, podendo resgatar práticas pedagógicas, a fim de colaborar para uma educação de qualidade.

A construção deste artigo utilizou-se da pesquisa de campo, para a compreensão dos fatos, de modo a analisar e refletir os fenômenos observados, com o auxílio de técnicas como entrevistas e observações para a tabulação dos dados obtidos.

Contudo, educação em espaço não-escolares não reflete apenas na formação dos indivíduos para um exercício de cidadania, mas para contribuir com as práticas escolares.

Para tanto a pesquisa teve como problema de estudo: mostrar como funciona o Mais Educação e perceber se ele ajuda no desenvolvimento das crianças, refletindo isso em sala de aula e possibilitando crescimento quanto ao rendimento escolar? Teve como objetivos:

descrever a rotina do trabalho no Mais Educação; entender como funciona essa rotina;

elencar as atividades realizadas e discutir a importância de partir o trabalho das dificuldades reais do aluno.

Percebe-se que este campo de atuação, considerado espaços não-escolares é necessário para a formação dos indivíduos que queremos formar, isto deve ficar bem claro, uma vez que a educação, as aprendizagens e o conhecimento ocorrem em diversos espaços.

Sendo que os resultados dessa pesquisa apontam conclusões interessantes, quando mostra que as atividades propostas pelo programa auxiliam o aluno no desenvolvimento, o que favorece seu crescimento escolar.

2. EDUCAÇÃO EM ESPAÇO NÃO-ESCOLAR: TRAJETÓRIA E CONCEITO O respectivo texto traz as mudanças ocorridas na educação mundial e a trajetória do termo educação em espaço não-escolar. A cidadania surge como resultado de um processo histórico, onde as leis resultam deste exercício, com isto algumas luzes foram dirigidas a educação.

Até a década de 80, a educação em espaço não-escolar não era um campo importante no Brasil, até então a atenção era voltada a educação formal, desenvolvida em

(3)

ANAIS DA IX MOSTRA CIENTÍFICA DO CESUCA – NOV./2015 ISSN – 2317-5915

F A C U L D A D E I N E D I – C E S U C A

Rua Silvério Manoel da Silva, 160 – Bairro Colinas – Cep.: 94940-243 | Cachoeirinha – RS | Tel/Fax. (51) 33961000 | e-mail:

cesuca@cesuca.edu.br

http://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac

instituições escolares. Porém, esta luz sobre a educação em espaço não-escolar tinha uma ideia de extensão da educação formal. Pois segundo Gohn:

Na maioria das vezes, entretanto, tratavam-se de programas ou campanhas de alfabetização de adultos cujos objetivos transcendiam a mera aquisição da compreensão da leitura e da escrita e se inscreviam no universo da participação sociopolítica das camadas populares, objetivando integrá-las no contexto urbano- industrial (GOHN, 2011, p.99).

O mesmo autor diz que na década de 90 a educação em espaço não-escolar com as mudanças na economia, sociedade e mercado de trabalho começou a ter uma valorização dos processos de aprendizagem e as questões de valores culturais dos indivíduos.

O termo educação em espaço não-escolar era um campo novo de atuação, que buscava também tratar da aprendizagem dentro dos movimentos sociais, pois para a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN, 1996), a educação em espaço não- escolar valoriza o processo formativo, seja na vida familiar, no trabalho ou até mesmo na convivência humana e visa também a necessidade e importância da formação de educadores para a atuação nestes espaços não-escolares.

Contudo observa-se a necessidade deste novo campo de atuação não apenas para os indivíduos como para a sociedade, até porque é um campo que articula propostas e renova formas e maneiras de como essa sociedade influência, seja individualmente ou coletivamente. Gohn explana que:

Para nós, a educação não formal tem campo próprio, tem intencionalidades, seu eixo deve ser formar para a cidadania e emancipação social dos indivíduos.

Sabemos que a escola também tem intencionalidades, sendo assim como deve também cuidar de formar para a cidadania, tendo como uma das tarefas principais desenvolver a capacidade de aprender pleno domínio da leitura, da escrita [...] GOHN, 2011, p.33).

Refletindo sobre a educação em espaço não-escolar, nota-se que ela tem o intuito de colaborar com a educação regular, porém com objetivos e perspectivas sociais intensas.

Outro fator, que se deve considerar quando se fala em educação em espaços não-escolares é o potencial e o direito que o indivíduo tem de desenvolver, sendo a educação uma grande forma de desenvolver este potencial. Araújo contribui afirmando que:

[...] levar ao cotidiano das escolas reflexões sobre a ética, os valores e seus fundamentos. Trata-se de gerar ações, reflexões e discussões sobre o significado desses valores e a sua importância para o desenvolvimento dos seres humanos e suas relações com o mundo (ARAÚJO, 2007, p.72).

Considerando estes pensamentos pode-se perceber que a educação em espaço não- escolar passa por diversas situações para a construção do saber dos indivíduos pessoalmente e profissionalmente, seja através do simples exercício de cidadania ou por qualificação do trabalho.

(4)

ANAIS DA IX MOSTRA CIENTÍFICA DO CESUCA – NOV./2015 ISSN – 2317-5915

F A C U L D A D E I N E D I – C E S U C A

Rua Silvério Manoel da Silva, 160 – Bairro Colinas – Cep.: 94940-243 | Cachoeirinha – RS | Tel/Fax. (51) 33961000 | e-mail:

cesuca@cesuca.edu.br

http://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac 3. PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO

O Programa Mais Educação, conforme Brasil foi: “Instituído pela Portaria Interministerial nº 17/2007 e regulamentado pelo Decreto 7.083/10, constitui-se como estratégia do Ministério da Educação para induzir a ampliação da jornada escolar e a organização curricular na perspectiva da Educação Integral”. (BRASIL, 2014, s/p). Sendo assim, escolas públicas municipais e estaduais que aderem ao programa, desenvolvem atividades referentes aos macrocampos do saber, dentre estas atividades ou oficinas encontram-se: dança, capoeira, teatro, atletismo, fotografia, rádio, jornal, entre outras. Esta ampliação da jornada escolar é decorrente dos índices da educação básica, Fernandes, colabora ao dizer que:

A proposta de se implantar uma política de Educação Integral partiu da análise dos baixos índices da educação básica. Surgiu, pois, da necessidade de melhorar a qualidade da educação, reduzindo o fracasso escolar e proporcionando às crianças e jovens novas possibilidades de se desenvolverem. (FERNANDES, s/a, p.2).

O programa mais educação considera como seu objetivo essencial a diminuição das desigualdades educacionais através da jornada escolar, ou educação em tempo integral, contemplando a formação escolar, portanto, é um desafio para a educação brasileira, levando em consideração as características de cada região e suas realidades sociais, contudo a mudança para uma educação de que se deseja com qualidade é necessária.

4. METODOLOGIA DA PESQUISA

A seguinte pesquisa de campo tem cunho qualitativo, que costuma ser direcionada, e seu interesse e foco é amplo, pois procura entender de maneira específica o Programa Mais Educação, sendo este um espaço não escolar a fim de poder observar como este acontece a partir das descrições feitas e suas interpretações. Sendo assim, Fuzzi afirma que:

A pesquisa de campo procede à observação de fatos e fenômenos exatamente como ocorrem no real, à coleta de dados referentes aos mesmos e, finalmente, à análise e interpretação desses dados, com base numa fundamentação teórica consistente, objetivando compreender e explicar o problema pesquisado.

(FUZZI, 2012, s/p).

Observar e entender esses novos formatos de espaços torna-se importante e necessário para os indivíduos em geral. Gohn contribui dizendo que:

Articular a educação, em seu sentido mais amplo, com os processos de formação dos indivíduos como cidadãos, ou articular a escola com a comunidade educativa de um território, é um sonho, uma utopia, mas também uma urgência e uma demanda da sociedade atual. (GOHN, 2010, p.15).

(5)

ANAIS DA IX MOSTRA CIENTÍFICA DO CESUCA – NOV./2015 ISSN – 2317-5915

F A C U L D A D E I N E D I – C E S U C A

Rua Silvério Manoel da Silva, 160 – Bairro Colinas – Cep.: 94940-243 | Cachoeirinha – RS | Tel/Fax. (51) 33961000 | e-mail:

cesuca@cesuca.edu.br

http://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac

As técnicas utilizadas ao decorrer do trabalho foram através de entrevista, com perguntas referentes ao programa, para a coordenadora do projeto, e observação nos espaços onde ocorre o projeto. Segundo Gil: “[...] pode-se definir entrevista como a técnica em que o investigador se apresenta frente ao investigado e lhe formula perguntas, com o objetivo de obtenção dos dados que interessam à investigação” (GIL, 2008, s/p). O tempo para o desenvolvimento do trabalho foi três entrevistas com duração de 1h30.

5. ANÁLISE DE DADOS

A escola observada encontra-se num bairro carente, de Cachoeirinha/RS. Quanto ao contexto social é uma comunidade pobre, segundo a coordenadora, e a escola localiza-se no entorno de bastante violência, drogas e pobreza.

A escola tem uma sala específica para o programa mais educação, que é dotada de materiais especialmente para o projeto. Referente à decoração e distribuição do espaço, esta possui um ventilador de parede, iluminação adequada, um amplo armário para o armazenamento dos materiais, prateleiras para que os alunos possam guardar seus materiais do turno inverso e as paredes são coloridas, fazendo assim um ambiente agradável e alegre.

Quanto à forma de organização, o programa funciona sempre no turno inverso ao da aula, ou seja, alunos que estudam no turno regular na parte da manhã participam das oficinas a tarde e alunos que frequentam o turno regular da tarde participam no turno da manhã. O número total de alunos são cento e cinco, sendo assim são divididos em quatro turma A, B, C e D. A faixa etária dos alunos varia dos seis anos até os dezesseis anos. Em relação a amplitude e segurança a escola possui um guarda que se encontra na escola de

segunda-feira a sexta-feira das 08:00 às 17:30.

Referente aos professores e sua formação, são cinco professores que realizam atividades diversas, mas cada um na sua área, as oficinas ofertadas são capoeira, esporte, recreação, letramento, informática e tae-kwon-do.

As formações dos professores variam desde o ensino médio completo ao ensino superior completo, mas cada um com experiências e formação na sua área, ou seja, o professor de informática tem curso referente a informática a professora de letramento cursa pedagogia o professor de tae-kwon-do tem autorização da confederação de tae-kwon-do para dar aulas, a de capoeira é habilitada para dar aulas, e a professora que ensina esporte é graduada. Sendo assim profissionais capacitados para ensinar nas oficinas.

Outros profissionais que o mais educação abrange: a equipe diretiva, diretora, supervisora e orientadora sempre estão interligadas ao que acontece no mais educação, afinal este é um projeto que ocorre dentro do contexto escolar e é um dever de todos estar a par dos fatos que ocorrem, ou seja se ocorre algum acidente com um aluno do mais e

(6)

ANAIS DA IX MOSTRA CIENTÍFICA DO CESUCA – NOV./2015 ISSN – 2317-5915

F A C U L D A D E I N E D I – C E S U C A

Rua Silvério Manoel da Silva, 160 – Bairro Colinas – Cep.: 94940-243 | Cachoeirinha – RS | Tel/Fax. (51) 33961000 | e-mail:

cesuca@cesuca.edu.br

http://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac

educação e a coordenadora do projeto não encontra-se na escola no dia, a equipe diretiva tem o dever de se responsabilizar e tomar as providencias necessárias, para com este aluno.

Outros funcionários que integram o programa são: cozinheiras, no total duas e pessoal de serviços gerais cinco. Mas, para que haja uma organização especial, o projeto conta com uma coordenadora específica para o programa, esta coordenadora possui formação em pedagogia, com pós-graduação em orientação e supervisão escolar, que sempre está se atualizando, fazendo cursos de especialização de três em três anos voltados

para a área da educação e experiência profissional de oito anos.

A interação dos professores e alunos ocorre durante as oficinas com dinâmicas elaboradas pelos professores, brincadeiras diversas, danças, contação de histórias, gincanas, entre outras. Entretanto, percebe-se um carinho especial, tanto por parte do professor, quanto do aluno.

Percebeu-se uma relação de coleguismo entre professores e coordenação do programa mais educação, existe uma união de ambas as partes, e também de toda a equipe diretiva e funcionários da escola, pois demonstram a necessidade deste trabalho em equipe para que haja um propósito e um trabalho com qualidade.

Por parte da coordenação nota-se um empenho em ter sempre um trabalho em equipe, e para que isso ocorra observou-se a preocupação de que os profissionais do Mais Educação estejam motivados, sendo assim são feitas reuniões trimestrais para que estes possam discutir e refletir o que está ocorrendo e o que pode ser melhorado, a coordenação sempre visa agradar a todos e contemplar o trabalho de todos.

As relações entre os próprios professores do projeto, verificou-se um trabalho de perfeita harmonia, onde um sempre ajuda o outro, um exemplo disto é que em dias de chuva os professores dividem a sala se possível, ou quando um quer utilizar o mesmo espaço que o outro eles entram em acordo, os professores trabalham juntos em projetos como quando ocorrem torneios de futebol um fica responsável pela organização do espaço e o outro pelos prêmios. Então, se entende que a relação entre ambos é baseada em cooperação, trabalho em equipe e dinamismo.

O grupo todo demonstra gostar do trabalho em equipe, percebem a necessidade de seminários e reuniões para que possam assim buscar mais ferramentas para um

desenvolvimento eficiente e eficaz das aulas.

Em se tratar de conflitos ocorridos em aulas os professores são flexíveis, mas quando há a necessidade dos pais ou responsáveis dos alunos comparecerem na escola já é um pouco complicado, pois esta não é uma comunidade muito presente, entretanto, os conflitos sempre são mediados da melhor maneira possível.

O trabalho desenvolvido com alunos com necessidades especiais, ocorre juntamente com os demais alunos, por exemplo, há um aluno cadeirante e este participa normalmente

(7)

ANAIS DA IX MOSTRA CIENTÍFICA DO CESUCA – NOV./2015 ISSN – 2317-5915

F A C U L D A D E I N E D I – C E S U C A

Rua Silvério Manoel da Silva, 160 – Bairro Colinas – Cep.: 94940-243 | Cachoeirinha – RS | Tel/Fax. (51) 33961000 | e-mail:

cesuca@cesuca.edu.br

http://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac

das aulas de capoeira, tae-kwon-do, dança e as demais oficinas, mas os professores procuram trabalhar também atividades que possam contribuir cada vez mais para este aluno. Os alunos com déficit de atenção e outros podem também utilizar o SAE, que é a sala de atendimento especial, onde os alunos fazem aulas de reforço e atendimentos que a orientação vai ver se este aluno não necessita de uma psicóloga ou fonoaudióloga, para melhorar o rendimento escolar deste aluno.

Cada professor do Mais Educação tem um caderno para planejar suas oficinas, no fim de cada trimestre quando ocorre a reunião do grupo a coordenadora verifica algumas das atividades proposta, a lista de materiais que o monitor pode precisar, quando quer desenvolver uma atividade específica, como foi o caso observado, da confecção da bandeira do Brasil, que foi preciso TNT e isopor para a confecção da bandeira na oficina de recreação.

Quando os professores precisam de materiais diversificados como o material citado acima, ou como foi no caso do torneio, que os professores solicitaram medalhas e troféu a equipe diretiva sempre está à disposição para contribuir com estes recursos, mas sempre solicitando com antecedência para que assim possam se organizar.

Nota-se que além de serem oficinas direcionadas, os professores do Mais Educação têm que cumprir um papel similar como o do professor do turno inverso, pois cada professor é responsável por entregar no final de cada mês quatro cadernos de chamada, referente as quatro turmas A, B, C e D. Nos cadernos de chamada o professor tem que prestar conta da frequência, quantidade de alunos, total de aulas realizadas no mês, descrever o que foi realizado cada dia de aula, recursos e espaços utilizados.

No período de três em três meses é feita uma reunião onde cada professor irá fazer o parecer descritivos de cada aluno, descrevendo assim o rendimento do aluno, se este participa das aulas, se o aluno respeita o funcionamento da turma, se está sendo educado com os professores, colegas e funcionários, se está frequentando, para que no final do trimestre os pais ou responsáveis recebam junto com o boletim do turno regular o parecer do turno inverso.

Os alunos que estudam a tarde chegam para as atividades no Mais Educação as 9h15. Após os professores recebem os alunos no portão para irem juntos ao refeitório, onde os alunos fazem o lanche referente ao café da manhã. Em seguida, aproximadamente às 9h30 os alunos são direcionados cada turma com um professor, exemplo na segunda ocorre a oficina de capoeira e informática, então a professora de capoeira fica com a turma A e o professor de informática com a turma B.

Quando chega o horário das 11h, as duas turmas A e B são levadas ao refeitório para o almoço, depois do almoço que se encerra as 11h20, o professor que estava com a turma A fica com a turma B e o professor que estava com a B fica com a turma A, até o horário das 12h30, após as turmas são liberadas para brincar no pátio, e os professores tem trinta minutos de intervalo.

(8)

ANAIS DA IX MOSTRA CIENTÍFICA DO CESUCA – NOV./2015 ISSN – 2317-5915

F A C U L D A D E I N E D I – C E S U C A

Rua Silvério Manoel da Silva, 160 – Bairro Colinas – Cep.: 94940-243 | Cachoeirinha – RS | Tel/Fax. (51) 33961000 | e-mail:

cesuca@cesuca.edu.br

http://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac

No horário das 13:00h, os alunos que estudam pela manhã vão até a sala do Mais Educação, ou seja alunos das turmas C e D, para que os professores separem as turmas para desenvolver as atividades propostas, esses alunos também almoçam na escola quando ás 11h20. A coordenadora vai às salas das turmas da manhã e chama os alunos que são do Mais Educação para almoçar.

Os professores das turmas C e D realizam as atividades com cada turma até às 14h15, após os alunos das turmas C e D vão com os professores até o refeitório para o lanche da tarde, ao termino do lanche os professores trocam de turma, quem estava com a turma C fica com a turma D e quem estava com a D passa a dar aula para a turma C. Então, quando chega às 15h30 os alunos são liberados para ir embora, exceto aqueles alunos que os pais vem buscar, estes ficam na escola até os pais ou responsáveis chegarem.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A educação em geral é um dos problemas que se destaca atualmente, as discussões em torno da educação não vêm de agora, pois devido ao fracasso escolar, o analfabetismo e reprovações, discutiu-se sobre a implementação da educação integral.

Em se falando de educação integral, surge o Programa Mais Educação em 2008, que tem como um dos objetivos a redução dos índices citados acima.

Com isso o programa incentiva a maior participação dos alunos, para que possam estar entendendo e vivenciando, e não para que este seja algo suplementar durante a jornada escolar. Que as questões pedagógicas e atividades sejam então para trabalhar a dificuldade real do aluno. Pode-se concluir que as atividades propostas pelo Mais Educação estão focadas nas necessidades do aluno, a fim de ajudá-lo a sanar suas reais dificuldades, e desse modo contribuem também com seu rendimento escolar.

Também se observou a necessidade de reuniões entre os professores, para que ocorra a troca de informações e experiências, e que a finalidade desta educação seja proteger este aluno, sendo assim fazendo com que este seja preparado para estar participando no mundo e exercendo a cidadania.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARAÚJO. Ulisses F. Ética e cidadania: construindo valores na escola e na sociedade / Secretaria de Educação Básica, Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.

Brasília: Ministério da Educação; Secretaria de Educação Básica, 2007. Disponível em:

<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Etica/liv_etic_cidad.pdf>. Acesso em: 04 out.

2015 às 16h11min.

(9)

ANAIS DA IX MOSTRA CIENTÍFICA DO CESUCA – NOV./2015 ISSN – 2317-5915

F A C U L D A D E I N E D I – C E S U C A

Rua Silvério Manoel da Silva, 160 – Bairro Colinas – Cep.: 94940-243 | Cachoeirinha – RS | Tel/Fax. (51) 33961000 | e-mail:

cesuca@cesuca.edu.br

http://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac BRASIL. Ministério da Educação. 2014. Disponível em:

<http://portal.mec.gov.br/programa-mais-educacao>. Acesso em: 04 out. 2015 às 16h30min.

FERNANDES. Fernanda Oliveira. Educação em tempo integral: novos desafios para a educação no Brasil. Disponível em:

<http://funedi.edu.br/revista/files/numero3/n3%201semestre2012/7educacaoemtempointeg ral.pdf>. Acesso em: 04 out. 2015 às 16h45min.

GIL, Antonio Carlos. Entrevista. In:______. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed.

São Paulo: Atlas, 2008. Disponível em:<

https://ayanrafael.files.wordpress.com/2011/08/gila-c-mc3a9todos-e-tc3a9cnicas-de- pesquisa-social.pdf>. Acesso em: 04 out. 2015 às 19h22min.

FUZZI, Ludmila pena. O que é pesquisa de campo? 2012. Disponível em:

<http://profludfuzzimetodologia.blogspot.com.br/2010/03/o-que-e-pesquisa-de- campo.html>. Acesso em: 29 set. 2015.

GOHN, Maria da Glória. Educação não formal e o educador social: atuação no desenvolvimento de projetos sociais. São Paulo: Cortez, 2010.

GOHN, Maria da Glória. Educação não formal e cultura política: impactos sobre o associativo do terceiro setor. São Paulo: Cortez, 2011.

Referências

Documentos relacionados

51 33961000 | e-mail: cesuca@cesuca.edu.br http://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac Working Paper Aspectos da rotulagem de bebidas com alto teor de açúcar: uma análise sob o