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História do Ciberjornalismo em Portugal: Os primeiros vinte e cinco anos

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Academic year: 2023

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Há duas décadas e meia, o centenário do Jornal de Notícias entrou para a história do jornalismo online em Portugal. A abordagem histórica aos primeiros vinte e cinco anos de jornalismo online em Portugal é apresentada no terceiro capítulo.

Jornalismo em crise

Este último o via como um grande novo mercado, um sistema de distribuição e uma forma retoricamente legítima de desviar as demandas do jornalismo público para um enclave no ciberespaço. Esse aspecto é ilustrado por pesquisas que mostram como os jornalistas tendem a se identificar com seus colegas e outros jornalistas, e não com seu empregador ou com a mídia específica para a qual trabalham.

As primeiras experiências

Em segundo lugar, essa aposta mostrava certo temor quanto ao surgimento de um novo sistema. A decadência da publicidade na Internet e a crise das empresas ditas "ponto.com" evidenciaram ainda mais o real problema destes meios de comunicação, cuja sobrevivência continua a depender, na maioria das vezes, das contas dos jornais "mães". deles ". (Sim ali).

Balanço negativo

A ideia de que o jornalismo online só poderia ser um complemento dos jornais prevaleceu durante a primeira década de existência do novo meio. Também para resumir a primeira década do jornalismo online, Salaverría, embora reconheça os avanços, opinou que as empresas de comunicação mostraram pouco interesse em experimentar formas.

Evolução da sociedade de informação

Consumo de média

No primeiro semestre deste ano, mais de 4,7 milhões de utilizadores únicos acederam a sítios com jornais, revistas e informação online, correspondendo a 81,6 por cento dos internautas nacionais (Marktest, 2013g). 78 por cento dos consumidores portugueses já assistiram a conteúdos em streaming várias vezes por semana.

Mercado dos média

Os dados do período de janeiro a novembro de 2012 mostram que, segundo a distribuição dos investimentos publicitários por mídia, a televisão absorveu 74,8% do total. Em termos de peso relativo, a televisão representou quase 80 por cento do investimento publicitário em Portugal em 2017, mais 15,9 pontos percentuais do que em 2003.

Os média nos anos 80

Na segunda metade da década de 1980 e na primeira metade da década de 1990, ocorreram "mudanças profundas" no sistema de mídia em Portugal. De 1987 ao início da década de 1990, os principais grupos mediáticos portugueses consolidaram-se num contexto de crescimento económico e estabilidade política.

Da informatização das redacções à Web

Em Abril do ano seguinte, num seminário intitulado "Portugal na Internet", em Lisboa, foram pela primeira vez apresentados ao público e aos jornalistas. rede no final da década de 1970.

Da implementação à estagnação

Primeira fase: implementação

A 26 de julho de 1995 foi inaugurada a edição online do Jornal de Notícias, tornando-se assim o primeiro diário de informação generalista a atualizar diariamente a informação na sua edição Web. A 29 de dezembro de 1995, data em que completou 131 anos, o Diário de Notícias passou também a disponibilizar a sua edição diária na web.

Segunda fase: expansão

Nessa altura, a equipa online do Público era composta por doze pessoas, para além da participação de uma equipa de engenharia informática da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. O ciberjornal nasceu da iniciativa de Luís Delgado, colunista do DN, João Líbano Monteiro, ex-consultor e empresário, Fernando Maia Cerqueira, jornalista, e António Frutuoso de Melo, empresário. Também diversificou as suas fontes de financiamento através da organização de conferências e seminários e da implementação de uma loja de comércio eletrónico.

Entre os objectivos anunciados desta aposta, que ascendeu a cerca de dois milhões de contos, estava a criação de uma plataforma comum de comércio electrónico e a adaptação dos conteúdos dos centros temáticos de forma a fidelizar o público e rentabilizar os projectos. A 7 de abril, a RTP, a ParaRede e o Banco Central de Investimento anunciaram a concretização de uma parceria, 60 por cento liderada pela televisão estatal, cujo objetivo era o desenvolvimento. Dos cerca de seiscentos títulos regionais (inclusive de natureza religiosa) que se beneficiaram de postagem paga em 1999, a Obercom estimou que apenas 18,5%, ou 95 jornais, tinham edição online.

Terceira fase: depressão

A redacção, nesta altura, manteve-se, apesar de o portal Lusomundo.net ter sido extinto e todo o seu conteúdo estar alojado no SAPO. Segundo o mesmo responsável, a integração não implicaria qualquer alteração na estrutura da Lusomundo.net, redução de quadros ou mesmo mudança de instalações. Em Fevereiro de 2003, a PT Multimédia anunciou a intenção de extinguir a empresa que disponibilizava o website Lusomundo.net.

O diário refere que os prejuízos acumulados pelos serviços Lusomundo.net e TSF Online, até então disponibilizados gratuitamente na Internet, ascendem a "cerca de um milhão de euros". A principal responsabilidade advém da própria composição e objetivos do grupo, que inclui a Lusomundo.net/TSF-Online: holding Lusomundo Media e a Portugal Telecom são hoje o mais poderoso conglomerado empresarial na área dos media e telecomunicações, que as comunicações online são uma expressão, pois apostando na nova economia e neste tipo de divulgação de informação assumiram responsabilidades que não podem deitar fora com a facilidade com que dela se querem livrar. um grupo de especialistas e o projeto que construíram”. Esses dados confirmaram uma tendência geral: o jornalismo online era uma atividade sedentária, “desktop”, com poucas viagens ao exterior.

A crise de 2008

O Público caiu uma posição face ao mês passado para o 6.º lugar do ranking, mas foi o site de informação geral com melhor desempenho, com 5,6 milhões de visitas, embora também tenha caído em termos de pageviews, que se mantiveram inalterados nos 24,9. milhão. Entre os semanários, o portal Expresso assumiu a liderança no 18.º lugar com 2,5 milhões de visitas, seguido do Sol, que colocou a sua performance nos 1,4 milhões de visitas. O Jornal de Negócios liderou a informação económica em 20.º lugar com 2,2 milhões de visitas.

Na televisão, a RTP lidera em 14.º lugar com 3 milhões de acessos, seguida da SIC Online em 16.º lugar com 2,7 milhões. A TSF liderou os sites de rádio, com 1,1 milhões de visitas, seguida da RFM, Rádio Renascença e Rádio Comercial (58.º). No primeiro semestre de 2015, a Impresa, a Media Capital e a Cofina reduziram os gastos com recursos humanos em 2,3 milhões de euros, um decréscimo de 3,5 por cento nesta rubrica.

Investimentos a contracorrente

A intenção é desenvolver os temas do jornal de sábado durante a semana no site» (citado por Machado, 2006: p. 8). Os jogos das ligas portuguesa, espanhola, inglesa e italiana, explicou Miguel Martins, editor multimédia do semanário, seriam atualizados “ao vivo”, com golos, cartões amarelos, substituições e várias estatísticas visíveis na infografia, serviço da Agence France Imprensa. A direção do jornal prometeu uma equipe de uma dezena de pessoas para atualizar continuamente o conteúdo.

A edição Kindle do jornal foi a que mais artigos teve na edição impressa: todos os artigos publicados na primeira secção (Destaque, Portugal, Mundo, Economia, Local Lisboa e Local Porto, Desporto, Espaço Público e Última Página) e também os artigos da o suplemento diário P2 (Opinião, Temas e Cultura). O jornal alertou que enquanto a funcionalidade "Text-to-Speech" - em que uma voz feminina ou masculina lê o texto em voz alta - estava disponível - por ser destinada a conteúdos em inglês, seu uso com textos em outros idiomas. pode causar erros de pronúncia. A tarefa do gestor seria “estreitar laços” com os leitores do jornal e encontrar novos seguidores do jornal nessas redes.

Os utilizadores que acedessem ao site mobile do jornal, bem como ao Jornal de Notícias e à TSF, encontrariam a nova versão otimizada para telemóveis, smartphones e tablets. Já no final do ano, o Diário de Notícias anunciou um novo editorial visando uma “explosão multimédia” do jornal nas diferentes plataformas.

Introdução

Quando de repente a gente começa a falar em mass market, tem gente que fica com muito medo porque vai canibalizar o negócio. Outros, com uma visão um pouco mais ampla, pensam que se existe um mercado massivo, então existe um negócio” (José Vítor Malheiros citado por Pereira, 2010).

Evolução dos modelos de negócio

Apesar das maravilhas que a Internet tem possibilitado (fazendo o leitor pular para a página do anunciante com um clique), a maioria dos anunciantes não colheu o entusiasmo que se esperava do meio. Na Cofina, “qualquer movimento que conduza a um utilizador pagante” não foi considerado em nenhum dos títulos com presença na internet da holding, então encabeçada por Paulo Fernandes, que já havia apontado a complementaridade entre conteúdos online e impressos. Posteriormente, os conteúdos passaram a ser acessíveis em sua maioria, com exceção dos colunistas, e a área permaneceu fechada.

Apesar de Portugal não liderar a apresentação de um modelo de negócio para conteúdos de media digital, Paulo Fernandes defendeu uma posição comum para as empresas portuguesas do setor. O responsável da Impresa, por seu lado, defendeu na mesma ocasião que o futuro dos meios de comunicação na era digital passa pelos conteúdos pagos. O conteúdo editorial é o ativo mais importante da mídia, e nas novas plataformas também terá que monetizá-lo”, comentou Rolando Oliveira, diretor da Controlinveste (Meios & Publicidade.

Novas áreas de negócio

Amor e ódio pela publicidade online”, Diário de Notícias, 13 de março,

Jornais vendem cerca de 23 mil exemplares a menos”, Meios & Publicidade, 15 de janeiro,

Cobrar ou não pelos conteúdos online', Meios & Publicidade, 12 de junho,

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Gráfico 1 – Utilizadores da Internet em Portugal

Referências

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