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NO MUNDO DA LINGUAGEM:

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Academic year: 2023

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Camila Höfling - chofling@uol.com.br Carlos Piovezani - cpiovezani@hotmail.com Cristine Gorski Severo - crisgorski@gmail.com. Gladis Almeida - gladis.mba@gmail.com Irene Castañeda - irene@power.ufscar.br Jorge Valentim - superprofessor@uol.com.br.

Introdução 1

Para tal, as universidades têm desenhado programas de ensino que se articulam em torno de eixos disciplinares centrais específicos, abertos a outras disciplinas. No entanto, não basta simplesmente reunir várias disciplinas em um único ensino para produzir conhecimento interdisciplinar.

Percurso histórico

Porém, é no século XIX que se dá a separação entre as “ciências do espírito” e as “ciências da natureza”. Essa crescente fragmentação do conhecimento só se tornou uma hiperespecialização disciplinar em meados do século XX.

Uma tentativa de precisar os conceitos

Constata-se que os quatorze artigos do “I Brief Transdisciplinar” conceituam a prática, ampliam as fronteiras disciplinares, postulam a compreensão global do sujeito social e a aquisição do conhecimento, posicionam-se contra qualquer tipo de preconceito relacionado a diferentes formas de conhecimento, enfim, postulam uma idealização da educação transdisciplinar. Cerca de onze anos após a redação da “Carta Transdisciplinar”, a “Mensagem de Vila Velha-Vitória” em seu preâmbulo aponta para o principal obstáculo à transformação do sistema de ensino em uma prática transdisciplinar: os mal-entendidos.

A Interdisciplinaridade e Primeiro Passo

Obviamente vista como prática dialógica, a interdisciplinaridade constitui uma figura ideal de comunicação intersubjetiva dentro da academia. Por funcionar na interface de vários saberes, a interdisciplinaridade forma um terceiro, um entrelugar, onde há circulação de saberes.

Introdução

A concepção de linguagem aqui apresentada ganha novos matizes e especificidades ao longo da obra de Bakhtin (décadas de 1930-70) quando ele tematiza literária, política e epistemologicamente a relação entre a expressão da linguagem e os sujeitos. Essa tensão que permeia não apenas o processo de constituição dos sujeitos, mas também a concepção de linguagem e a relação entre mundo, linguagem e sujeito está fortemente presente nos escritos de Bakhtin e seu Círculo, nos conceitos por exemplo de sentido e tema, signo e signo, Linguística e Translinguística, monologia e dialogismo, estética e ética do poder, sindicalismo plural, entre outros.

Concepção de língua: estrutura e devir

Sobre o contexto / situação social de interação verbal

Os juízos valorativos e as avaliações dos sujeitos sociais e do meio social materializam-se na entonação, que é "o fator verbal de maior sensibilidade, elasticidade e liberdade" (1926:8). Nesse caso, tempo e espaço não formam categorias estanques, homogêneas ou anteriores e externas ao fenômeno discursivo, mas trata-se de uma multiplicidade de tempos e espaços se materializando.

Tema e significação

No caso do estudo dos sistemas linguísticos, a linguagem produz uma espécie de compreensão passiva, como no caso dos filólogos. Por outro lado, a compreensão ativa e responsiva implica que os sujeitos forneçam respostas (contrapalavras) aos enunciados que os questionam, dialogando com o tema e não com o sentido da linguagem.

Relações dialógicas

Em relação a (i), esse tipo de dialogismo inclui a ideia do destinatário, pois ao escrever seu texto, o autor leva em consideração – do seu ponto de vista – a percepção (fundo perceptivo) de seu interlocutor-leitor (suas crenças, preconceitos, ideias, entre outros), antecipa suas reações, o que, por sua vez, afeta a escolha dos dispositivos estilísticos, do gênero discursivo ou do uso de uma dada entonação expressiva. . De fato, há relações entre sujeitos responsivos cujas avaliações e apreciações se materializam em um enunciado linguístico e cujos enunciados são produzidos levando em consideração o background avaliativo dos interlocutores, muitas vezes antecipando suas reações responsivas. Deve-se notar que os destinatários do que é dito podem ser participantes concretos e diretos da comunicação verbal ou algum grupo de pessoas, especialistas, campo ideológico, população, oponentes, colegas, autoridade ou alguém não especificado.

Mudanças linguísticas e discursivas

De início, voltando à Seção 1.1, cabe destacar que a relação entre realidade e linguagem é complexa e envolve uma gama de fatores inter-relacionados. Nesta passagem, Bakhtin/Vološinov refere-se fortemente à visão marxista da realidade social. Após esta apresentação e uma discussão geral da ideia de mudança/evolução de Bakhtin/Voloshinov, especialmente em conexão com a fase intelectual sociológica dos anos, continuamos com uma reflexão mais específica sobre a noção de heterogeneidade, por exemplo,

Língua, discurso e sujeitos

Entretanto, tal singularidade não significa que os enunciados (ou consciências) não sejam caracterizados por enunciados estrangeiros; o que ocorre é que, na medida em que os enunciados são utilizados por um determinado sujeito – com certa intenção discursiva e horizonte ideológico, em determinada situação social e com a presença de um receptor – eles se caracterizam pela expressividade do sujeito. Repetimos, porém, que as características de individualidade e elaboração estilística só são possíveis se considerarmos um dado discurso em relação a outros discursos sobre o mesmo objeto. É nessa relação entre autoria e resposta aos enunciados que os questionam que ocorrem os processos de variação e mudanças linguístico-discursivas.

A Trajetória da Identidade

Hall chama a atenção para o fato de que os discursos sobre o nascimento do sujeito moderno e a descentralização do sujeito pós-moderno escondem nuances que precisam ser investigadas. Relativamente à noção de sujeito social, a dualidade da identidade é marcada nas referências ao espaço "interior", autónomo e auto-suficiente, em relação ao espaço. A autoidentidade, como a semelhança, está relacionada à persistência do sujeito no tempo, mas sua forma é determinada pela questão de quem eu sou.

A Linguagem, a Alteridade e a Ética

O discurso é o acontecimento da linguagem no nível da manifestação, e é o "discurso como acontecimento" que interessa a Ricoeur, pois é no caso do discurso que a linguagem tem uma referência. Ricoeur chama a atenção para o fato de que a renovação do discurso se centra na palavra e em seu caráter polissêmico. A mensagem e o meio: na escrita há fixação no sentido do discurso, não no acontecimento do discurso; fixação de

Mensagem e meio: na escrita há a fixação da significação  do  discurso,  não  do  evento  do  discurso;  a  fixação  do

É nesse sentido que a distância entre o autor e o leitor imediato, garantida pela escrita, é fundamental para o controle da exteriorização deliberada do discurso. Por outro lado, a metáfora traduz semanticamente o símbolo em discurso e representa sua superfície linguística, evocando seu poder de relacionar a superfície semântica à superfície pré-semântica da experiência humana. Concordância no sentido da referência e discordância no sentido da transformação da linguagem, da inscrição direta do discurso in littera (RICOEUR, 1995:41).

Alteridade e a Ética

Engajar-se no "ser" e corrigir ações com o objetivo de transformar o "ser em ser" são atividades de identidade. Marcar-se como promessa como ser humano passível de imputação moral e responsabilizar-se. Portanto, o terceiro deve se reconhecer como "eu" e cumprir a promessa de seu ipse identitário.

Bakhtin e seu Círculo

Incorporação da palavra alheia e compreensão

Acredita-se que a relação entre os conceitos de linguagem, mundo e sujeito, já discutidos neste livro, juntamente com as ideias de incorporação da palavra do outro e do diálogo socrático, apresentadas a seguir, possibilitam reconsiderar a relação entre política e ética em um contexto de globalização e fragmentação característico da modernidade. Essas duas formas estão ligadas (a) às formas como os sujeitos assimilam, digerem e transformam as palavras que circulam em suas próprias palavras e (b) ao processo de funcionamento das ideologias e, por extensão, às formas de produção de subjetividades. Essas formas de "assimilação" da palavra estrangeira estão ligadas aos modos de produção e circulação dos discursos (e das ideologias) e, por extensão, aos procedimentos de controle e distribuição desses discursos, às formas de produção das verdades (e do excluído) e aos modos de constituição dos sujeitos inscritos em grupos dialógicos de linguagem, contextos sociais, relações sociais, contextos sociais, relações sociais, etc.

Diálogos socráticos e dialogismo

Portanto, acredita-se que sua constituição contribua para pensar as formas de assimilação/recepção da palavra do outro. Esse dialogismo enfoca a relação que os sujeitos estabelecem com a verdade: mais do que a submissão às ideias. Se avaliarmos essas características do diálogo socrático e as formas de recepção da palavra do outro a partir de uma perspectiva política, fica claro que os diálogos entre culturas, sujeitos, línguas, grupos sociais, etc.

A dimensão pública e esfera social

Portanto, no contexto antigo, a liberdade estava relacionada à igualdade que estava presente em uma esfera sem governo e governada. O apagamento da dimensão política da esfera pública está vinculado ao surgimento e consolidação da sociedade de massas baseada no consumo de tudo o que é mercantilizado, inclusive a cultura. Nesse caso, a indústria do entretenimento, empenhada em satisfazer uma “fome de coisas” e acomodando-se na ordem da necessidade, e não da política, possibilita o diagnóstico de que “os processos vitais da sociedade de.

O sujeito e a vita activa

Ação e discurso estão intimamente relacionados, pois sem o discurso a ação perderia tanto seu caráter de revelação quanto o sujeito que a revela. Note-se que esta biografia, que tem um certo caráter de fechamento e conclusão, é realizada pelos outros. 45 O trabalho, considerado por Arendt como um modo de vida antipolítico, refere-se à “atividade na qual o homem não convive com o mundo nem com os outros: ele está sozinho com seu corpo diante da pura necessidade de se manter vivo.

A liberdade

A liberdade está associada à ação – a capacidade de iniciar – regulada nem pela vontade nem pelo intelecto; submete-se a princípios externos e gerais; tais princípios seriam honra, amor à igualdade, medo, desconfiança. A vida humana se insere em uma rede de processos naturais e históricos; tais processos tendem a se automatizar e é dentro desses processos que ocorre a ação humana. Segundo Arendt (1972), coube ao liberalismo retirar a ideia de liberdade da esfera política ao priorizar a preservação da vida, a subordinação da ação às necessidades.

O pensamento

A lei da não contradição interna impede que as pessoas se tornem inimigas e oponentes de si mesmas. Uma vez que o diálogo é, portanto, uma característica tanto do funcionamento do pensamento quanto do mundo da aparência, segue-se que ambos têm a diferença e a alteridade como condição de existência. No mundo público trata-se da pluralidade, do encontro com os outros; na esfera espiritual é uma dualidade em estar só, e esta “dualidade é talvez a indicação mais convincente de que os homens existem essencialmente47 no plural” (ARENDT, 1995:139).

Bakhtin e Hannah Arendt em diálogo 48

Ela se aplica plenamente na palavra, e essa palavra entra no tecido dialógico da vida humana, no simpósio universal. Nos escritos de Arendt, nota-se que os indivíduos são responsáveis ​​pelo que mostram, de si mesmos, por meio das palavras e de suas ações, no espaço público, das relações. Cabe ressaltar que, para o filósofo russo, as relações dialógicas são relações de sentido – e de valores – entre enunciados.

Michel Foucault

O indivíduo moderno

  • O indivíduo objetivado

Trata-se de anotar, classificar, conduzir a produção de conhecimento a partir do olhar para o sujeito como objeto. Pode-se exemplificar com o processo de exame hospitalar (observação regular dos pacientes com as respectivas anotações) como o que possibilitou o surgimento da ciência médica; ou com exames escolares (testes diários) que marcaram o início da ciência educacional. O que se opõe ao poder normatizador e gerencial do Estado aproxima-se da prática de si, estudada por Foucault em relação ao modo de vida atual, sobretudo na Antiguidade Tardia.

Foucault, Hannah Arendt e Bakhtin em diálogo

Em ambos os casos, a partir da relação do indivíduo consigo mesmo, trata-se de analisar, avaliar e questionar as normas, regras e formas de individualização historicamente constituídas, que levam à produção de mudanças no mundo das aparências. Essa divergência entre os filósofos se baseia em uma distinção na concepção de política: para Arendt, a possibilidade de novidade e mudança está ligada à dimensão público-política configurada a partir da liberdade de expressão e ação em um espaço de visibilidade e pluralidade, e essa prática política oferece resistência à massificação do comportamento ao valorizar a dimensão para a desvantagem e configurar o diálogo político para configurar as necessidades básicas da busca e do diálogo político. Trata-se de pensar uma outra dimensão do poder que inclui modos de ser, verdades, comportamentos, saberes, discursos, etc.

A trajetória

No século XIX foi decretado que apenas o "conhecimento prático" daria uma contribuição significativa para o desenvolvimento, a ordem e o "progresso" de uma sociedade. Todos os estudos, há muito considerados participantes do grupo de humanidades, iniciaram uma marcha rumo ao "saber prático", rumo ao cientificismo. Mas como falar em “conhecimento prático”, dentro do universo acadêmico, sem falar em “conhecimento teórico”.

Intelectual, a cultura e a dimensão histórica

Há um lembrete, ao longo da história, de que o intelectual, por sua natureza inquieta e inconformista, sempre buscou problematizar temas que o libertassem da subjugação e formas de legitimar seu papel na estrutura social. É uma disciplina acadêmica que se opõe à alta cultura e às elites governantes, refletindo sua herança marxista. Como resultado, a cultura é dividida e fragmentada em diferentes aspectos que “se condenam mutuamente e são incompletos sem o outro, mesmo que sejam em aspectos muito diferentes” (SARTRE, 1964: 340).

Os intelectuais e os escritores

Referências

Documentos relacionados

Para a criação do Mundo Virtual foram usadas as ferramentas Cosmo Worlds e o Bloco de Notas, para uma melhor descrição ver o item “2.4 Ferramentas da Geração do Mundo