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Palavras-chave: Reformulação da educação superior, universidades públicas, formação profissional em Serviço Social

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Academic year: 2023

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O texto tem como objetivo analisar os impasses e desafios para a formação profissional em Serviço Social em tempos de reformulação do ensino superior brasileiro, especialmente em relação à desqualificação do trabalho docente e à formação profissional nas universidades federais, no contexto do Programa de Apoio à Reestruturação e Planos de Expansão das Universidades Federais/REUNI. A reformulação do ensino superior levada a cabo pelo governo Lula da Silva insere-se num processo mais amplo de reorganização do Estado brasileiro, caracterizado pela diluição sistemática das fronteiras entre o público e o privado, a partir da materialização da ideia de não-estatal. operado publicamente através de parcerias público-privadas. Esse processo passou pelo governo FHC, quando a educação foi incluída no setor de atividades não exclusivas do Estado, e se aprofundou no governo Lula da Silva, por mais uma fase da reforma neoliberal do ensino superior ( Neves, 2004 e Neves e Siqueira, 2006).

Nesse sentido, o empreendimento de ensino superior que começou com o governo Collor-Itamar, ganhando nova racionalidade com o governo FHC, se aprofundará no governo Lula da Silva por meio de um duplo mecanismo: a ampliação do número de cursos privados e a privatização. instituições públicas internas. Uma das referências mais importantes nesse processo de certificação em larga escala é o Programa REUNI lançado pelo MEC em 2007 como parte do Plano de Desenvolvimento da Educação/PDE, que reflete o conceito do atual governo para o desenvolvimento, expansão e avaliação da educação dos cidadãos. alta brasileira. que será discutido abaixo. O programa REUNI foi lançado pelo governo Lula da Silva por meio de Decreto Presidencial (6.096/07) e tem os seguintes objetivos: aumentar a taxa de conclusão dos cursos universitários para 90%; aumentar o número de alunos formados em universidades federais; aumentar o número de alunos por professor em cada turma universitária; diversificar as modalidades de cursos universitários, através da flexibilização dos currículos, da criação de cursos e/ou ciclos de curta duração (básicos e profissionais) e do ensino a distância, incentivando a criação de um novo sistema de títulos e estimulando a mobilidade dos estudantes entre os cursos instituições.

Para avaliar a viabilidade do financiamento que o governo prometeu para cada universidade federal que adere ao programa REUNI, é importante saber como foi composta a dotação orçamentária para a educação no governo Lula da Silva. REUNI e banco de professores correspondente: novas ofensivas da contrarreforma do ensino superior brasileiro no governo Lula da Silva. Em seguida, analisa os possíveis efeitos da contrarreforma do ensino superior sobre a formação profissional em serviço social, problematizando as consequências do processo em curso sobre a qualidade do ensino e o perfil profissional preconizado pelas Diretrizes Curriculares da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa. . em Serviço Social (ABEPSS).

A EXPANSÃO DOS CURSOS DE SERVIÇO SOCIAL EM TEMPOS DE CONTRA-REFORMA NO ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO.

A EXPANSÃO DOS CURSOS DE SERVIÇO SOCIAL EM TEMPOS DE CONTRA- REFORMA DO ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO

DESENVOLVIMENTO

No contexto do ensino superior, há grande abertura para o capital privado formar parcerias e explorar a produção universitária (LIMA, 2007). A contra-reforma do ensino superior surge no novo projecto burguês de convívio sob um discurso “humanizador” e “democratizante” em que a expansão quantitativa parece um simples pretexto para o aprofundamento da exploração capitalista, uma vez que esta expansão do acesso se dá através da expansão no número de cursos e instituições de ensino superior/instituições de ensino superior privadas e na privatização interna de instituições de ensino superior públicas. Considerando esses dados, fica claro que embora a UNIRIO seja uma universidade pequena, está implementando uma contra-reforma do ensino superior.

O trabalho aqui apresentado tem como objetivo analisar o processo de formação profissional em Serviço Social, com o objetivo de compreender a realidade do ensino superior brasileiro e o processo de mercantilização desse nível de ensino a partir da década de 1990, no qual, num contexto global, reformulação das políticas sociais. O trabalho constitui a mesa coordenada Reformulação do ensino superior brasileiro: gargalos e desafios para a formação profissional em Serviço Social, foi liderada pela professora Larissa Dahmer Pereira e é resultado do grupo de estudos de Iniciação Científica, realizado durante os anos de 2008 e 2009/01. . A proposta é apresentar o papel do ensino superior na sociedade capitalista, os elementos centrais do processo de mercantilização do ensino superior e suas consequências no processo de formação profissional em Serviço Social, especialmente no Brasil. 2004) as políticas públicas de natureza social são estrategicamente importantes para o Estado capitalista.

A seguir, abordaremos como se apresenta o discurso ideológico de democratização do acesso ao ensino superior no Censo da Educação Superior 2007 (INEP/MEC, 2009). 2 A ENSINO SUPERIOR NO CAPITALISMO, A ESPECIFICIDADE BRASILEIRA E A EXPANSÃO DOS CURSOS DE SERVIÇO SOCIAL ATRAVÉS DO SETOR PRIVADO. Nesse sentido, observamos que a mercantilização do ensino superior brasileiro se caracteriza pela necessidade de inserção dos países periféricos na economia mundial por meio da privatização interna das universidades públicas e da abertura para a criação de novas instituições de ensino superior (IES) privadas como elemento ideológico constitutivo do projeto neoliberal, que reduz a responsabilidade do Estado em relação às políticas sociais e possibilita a criação de novos espaços mercantilizados (Lima, 2007).

Todo esse processo começou durante o governo Collor, aprofundou-se durante os dois governos de Fernando Henrique Cardoso e continuou durante o governo Lula da Silva, promovendo uma reformulação do ensino superior no país, no sentido da comercialização deste nível de ensino. O Censo da Educação Superior 2007 (INEP/MEC, 2009) permite visualizar a sustentabilidade das políticas de expansão do ensino superior por meio do setor privado. O número de instituições de ensino superior privadas é alarmante, demonstrando como as políticas de ensino superior continuam a reforçar a lógica comercial.

Pereira (2008) aborda o processo de crescimento do setor privado na abertura de novos cursos de Serviço Social. Este autor mostra que a partir de 1964, os empresários do ensino superior se interessaram pela abertura de cursos de Serviço Social, criando 61,3% dos cursos de Serviço Social nesse período e provocando um declínio na participação do Estado (22,6%) e das instituições confessionais (16,1%). Esses dados confirmam o alarmante processo de expansão e comercialização dos cursos de Serviço Social no Brasil.

Vale a pena notar que isto faz parte de um processo muito mais amplo que envolve o ensino superior brasileiro como um todo, através do infame impulso do Estado para expandir o setor privado, conforme discutido. Em síntese, o papel fundamental do ensino superior no capitalismo é proporcionar a formação de intelectuais cooperativos, acríticos da ordem do capital, para a propagação ideológica do capital, além de ser mais um campo de exploração que, por sua vez, contribui para o processo de acumulação capitalista.

Tabela 1- Cursos Lato sensu CCBS
Tabela 1- Cursos Lato sensu CCBS

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Tabela 1 - Cursos de Serviço Social distribuídos segundo período de autorização e natureza  jurídica
Tabela 1- Cursos Lato sensu CCBS
Tabela 3- Curso Lato sensu CLA
Tabela 4- Novos cursos
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Referências

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