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Academic year: 2023

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XXXI Congresso de Iniciação Científica

“E quando o namoro chega ao fim?”: um estudo sobre a experiência do término do namoro na atualidade.

Larissa Rodrigues de Freitas, UNESP FCL - Assis, Psicologia, lafreitass14@gmail.com - Bolsa de Iniciação Científica; Thassia Souza Emidio, UNESP FCL - Assis, Departamento de Psicologia Clínica, thassia.emidio@unesp.br

Palavras Chave: namoro, separação amorosa, contemporaneidade

Introdução

O presente trabalho teve como enfoque os estudos em Psicanálise das Configurações Vinculares e demais reflexões acerca das relações amorosas no contexto contemporâneo. Dessa forma, buscou-se reconhecer as mudanças que permearam o âmbito afetivo ao longo do tempo e compreender os aspectos de um vínculo amoroso na atualidade, pois em tempos em que se privilegia o prazer individual e instantâneo, lidar com o outro pode se apresentar como um sacrifício. Com isso, pôde-se avaliar com profundidade os aspectos que atravessam o término do namoro neste panorama, perpassando pelo trabalho de luto, os saldos desta experiência e a influência dos ideais contemporâneos em todo este processo.

Objetivo

Buscou-se refletir sobre a experiência do término do namoro e as ressonâncias desta separação na vida dos jovens no cenário contemporâneo.

Material e Métodos

A presente pesquisa pautou-se em um levantamento bibliográfico acerca do tema e na entrevista semiestruturada como instrumento de coleta de dados. A amostra da pesquisa foi composta por 6 jovens universitários, sendo 3 homens e 3 mulheres, de idade entre 18 e 21 anos, que já haviam passado pela experiência do término de namoro. Depois, foi feita uma articulação do material teórico aos discursos dos participantes para se chegar aos resultados da pesquisa.

Resultados e Discussão

A respeito dos participantes da pesquisa, cabe pontuar que todos haviam passado por pelo menos 2 namoros ao longo da adolescência e a média de duração destes relacionamentos era de 14 meses.

Sobre a escolha do namoro, observou-se que esta se deu por razões semelhantes entre os respondentes, sendo movida pelo sentimento de paixão, por necessidade de refúgio, ou para superar antigas relações. A respeito das alternativas ao namoro, todos os jovens já haviam passado pela

experiência do “ficar”, além disso, foi pontuado que as relações casuais apresentam benefícios, mas não oferecem o mesmo amparo de um namoro.

Sobre este último ponto, com base nas teorias de Eiguer (1985) e Freud (1914) pôde se observar que na maior parte dos relacionamentos o parceiro era visto como substituto de uma carência inconsciente, de modo que a capacidade de reconhecer a alteridade apresentava-se como uma grande dificuldade para esses jovens. Em relação ao término do namoro, por sua vez, com base nos estudos de Freud (1917[1915]) e Caruso (1986), compreendeu-se que o trabalho de luto pode ser acompanhado de diversas reações, que no caso dos entrevistados compreendiam desde alterações do sono e apetite, até tentativas de automutilação para lidar com a dor. Por outro lado, o apoio de pessoas próximas, as próprias relações casuais e o enfoque nos estudos apareceram como aspectos positivos neste momento. Por fim, observou-se que, quando bem vivenciado, o luto pode proporcionar crescimento pessoal e ajudar o sujeito a lidar melhor com futuras relações.

Conclusões

Em uma sociedade pautada na promessa constante de satisfação individual, compreendeu-se que há uma grande dificuldade entre os jovens de se dedicar a uma relação a dois, o que acaba por intensificar a iminência da separação amorosa.

Assim, observa-se um crescente receio de se envolver amorosamente em dias atuais, como forma de afastar tanto os sacrifícios que um namoro envolve, como o sofrimento pela perda do parceiro.

Agradecimentos

À FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo)

____________________

1 Caruso, Igor A. A separação dos amantes: uma fenomenologia da morte. São Paulo: Diadorim: Cortez, 1986.

2 Eiguer, A. A organização fantasmática da família. In: Um divã para a família. Porto Alegre: Artes Médicas,1985.

³ Freud, Sigmund. (1914). Sobre o narcisismo: uma introdução. Edição standard brasileira das obras completas de Sigmund

⁴ Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1974. Vol. 14.

Freud, Sigmund. (1917[1915]). Luto e melancolia. Edição standard brasileira das obras completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro:

Imago, 1974. Vol. 14.

Referências

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