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XXVI Congresso de Iniciação Científica

A dimensão conceitual da informação no contexto da Lei de Acesso à Informação (Lei 12.527/2011)

João Carlos Gardini Santos, José Augusto Chaves Guima rães (O), Marília, Faculdade de Filosofia e Ciências, Biblioteconomia, jcgardini@gmail.com e Bolsista de Iniciação Científica FAPESP.

Palavras -chave: Informação, Lei de Acesso à Informação, Análise de conteúdo.

Introdução

A informação ocupa papel determinante na Ciência da Informação na medida em que integra o contexto de seu objeto de estudo (BORKO, 1968)1. Definida por Le Coadic (1996)2 como um conhecimento inscrito, gravado em um dado suporte e que comporta um elemento de sentido, um significado transmitido a um ser consciente por meio de uma mensagem registrada, a informação, nesse domínio de conhecimento, integra um processo comunicativo que pressupõe um fluxo helicoidal de criação, organização e uso (GUIMARÃES, 2008)3. Ampliando esse objeto de estudo, Fernandes (1996)4 acrescenta um elemento dinâmico, referindo-se a uma gestão institucional dos saberes enquanto um conjunto de procedimentos ou ações exercidos por instituições como bibliotecas, arquivos, centros de documentação etc. “sobre o fluxo de saber produzido pela sociedade e seus reflexos sobre esta última” (FERNANDES, 1995, p. 29) de tal maneira que o trabalho realizado por essas instituições produz informação, a qual tem a finalidade de religar conhecimentos que porventura tenham sido separados. No entanto, a conceituação de informação assume natureza complexa e diversificada. Em tempos atuais, a informação passou a ser objeto de tutela jurídica, em especial no que tange ao direito inerente ao cidadão de acessá-la, na medida em que integra um dos direitos fundamentais constitucionalmente previstos. Nesse contexto, especial destaque merece a Lei de Acesso à informação - LAI (Lei 12.527/2011)5.

Objetivos

Objetiva-se analisar como se apresenta, conceitualmente, a informação no âmbito da LAI, buscando analisar seus elementos constitutivos e, posteriormente, compará-los com o que preconiza a literatura especializada da Ciência da Informação.

Material e Métodos

Realizou-se revisão de literatura sobre o conceito de informação na Ciência da Informação, no intuito de identificar traços descritivos que a caracterizam. Em seguida, procedeu-se à análise de conteúdo (BARDIN, 2008)6 do texto da LAI, igualmente identificando seus elementos conceituais e comparando-os com a literatura analisada.

Resultados e Discussão

Um análise comparativa da literatura da Ciência da Informação acerca do aspecto conceitual da

informação revela, como natureza, um conjunto de estruturas com significação simbólica e socialmente decodificáveis (SMIT; BARRETO, 2002)7, que se insere em um âmbito institucional (FERNANDES, 1996) com o objetivo de propiciar a transmissão de conhecimentos em um processo comunicacional (LE COADIC, 1996; GUIMARÃES, 2008), gerar novo conhecimento, possibilitar um uso futuro (SMIT;

BARRETO, 2002), gerenciar saberes já existentes (FERNANDES, 1996) e servir de testemunho de uma atividade (no arquivo) e subsidiar a pesquisa e o lazer (na biblioteca) (GUIMARÃES, 2008). Para tanto, essa informação necessita ser registrada em um suporte (LE COADIC, 1996), e ser estocada – para garantir permanência no tempo e portabilidade no espaço (SMIT; BARRETO, 2002) – e socializada (GUIMARÃES, 2008). Nesse contexto, insere-se em um fluxo helicoidal contínuo, composto pelos macroprocessos de geração, organização e uso da informação, gerando, como produto, a denominada

“informação documentária” (índices, catálogos, resumos, etc.) (GUIMARÃES, 2008).

Conclusões

Os resultados parciais da pesquisa revelam que o registro, a institucionalização e o tratamento constituem elementos fundamentais à informação para que ela possa ser apropriada e preservada pela sociedade e para que seu acesso possa c onstituir um efetivo direito do cidadão. Em continuidade, será analisado como a informação é concebida no âmbito da LAI e em que medidas tais aspectos se apresentam no referido dispositivo legal.

1 BORKO, H. Information Science: what is it? American Documentation, v. 19, n. 1, p. 3-5, jan. 1968.

2 LE COADIC, Y-F. A ciência da inf ormação. Tradução de Maria Yêda F. S. de Filgueiras. Brasília: Briquet de Lemos/Livros, 1996.

3 GUIMARÃES, J. A. C. Ciência da Informação, Arquivologia e Biblioteconomia:

em busca do necessário diálogo entre o universo teórico e os fazeres profissionais.

In: FUJITA, M. S. L. (Org.); GUIMIARÃES, J. A. C. (Org.). Ensino e Pesquisa em B iblioteconomia no B rasil: a emergência de um novo olhar. São P aulo: Cultura Acadêmica, 2008, p. 33-44.

4 FERNANDES, G. C. O objeto de estudo da ciência da informação. Inf ormare, Rio de Janeiro, v.1, n.1, p.25-30, jan./jun. 1995.

5 BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 12.527 de 18 de novembro de 2011.

Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5º, no inciso II do

§ 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal; altera a Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990; revoga a Lei no 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e dá outras providências.

Diário Of icial da União, P oder Executivo, Brasília, DF, 18 nov. 2011 – edição extra. Disponível em: <http://w ww.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011 - 2014/2011/lei/l12527.htm>. Acesso em: 30 jul. 2015.

6 BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2008.

7 SMIT, J. W.; BARRETO, A. A. Ciência da informação: base conceitual para a formação do profissional. In: VALENTIM, M.L. (Org.). Formação do prof issional da inf ormação. São P aulo: P olis, 2002. cap. 1, p. 9-23.

Referências

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