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Academic year: 2023

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XXXI Congresso de Iniciação Científica

Elementos do Direito Internacional Penal atual no caso Eichmann, segundo a ótica de Hannah Arendt.

Aluno: Beatriz Bragança Baraldi. Campus UNESP Marília, Faculdade de Filosofia e Ciências, Relações Internacionais. Email: biabbaraldi@gmail.com. Com bolsa PIBIC/Reitoria 2018/2019.

Orientador: Paulo Ribeiro Rodrigues da Cunha. Campus UNESP Marília, Faculdade de Filosofia e Ciências, Departamento de Ciências Políticas e Econômicas.

Palavras Chave: caso Eichmann, Direito Internacional Penal, Hannah Arendt.

Introdução

Este trabalho apresenta as circunstâncias do caso Eichmann - explicitado na obra de Hannah Arendt “Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal” - pelo viés do Direito Internacional Penal, disciplina que desenvolveu autonomia ao longo de todo século XX através da jurisprudência referente aos crimes internacionais mais sérios - genocídios, crimes contra a humanidade, crimes de guerra e crimes de agressão - e a questão da responsabilidade penal individual para os mesmos.

Objetivo

Em primeiro lugar, o objetivo da pesquisa é apresentar os fundamentos do Direito Internacional Penal de forma a assinalar como seus elementos atuais aplicam-se ao indivíduo enquanto sujeito internacional de direitos e deveres, dando-lhe também responsabilidade penal diante da atuação em crimes que vulneram a paz e a segurança da Humanidade. Em segundo lugar, visa apresentar as especificidades do julgamento de Adolf Eichmann em 1961, pela Corte de Jerusalém, devido a sua participação na

‘Solução Final’ planejada pelo Regime Nazista durante a Segunda Guerra. O objetivo final do trabalho é trazer à contemporaneidade a jurisprudência do julgamento de Adolf Eichmann que dialoga e prenuncia os aspectos amadurecidos do Direito Internacional Penal, especificamente após a criação do Tribunal Penal Internacional, verificando também a legalidade do caso Eichmann no contexto da Corte de Jerusalém.

Material e Métodos

A pesquisa realiza-se por meio de revisão bibliográfica da matéria de Direito Internacional Penal, a partir das categorias de crimes internacionais do Estatuto de Roma e das fontes primárias disponibilizadas pelo TPI. A análise do julgamento de Eichmann se baseia na obra

“Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal”, escrito por Hannah Arendt, que acompanhou o julgamento do mesmo e ofereceu dados contextualizados do caso, permitindo uma análise das circunstâncias que determinam a legalidade, a justiça e a legitimidade do julgamento realizado em Israel.

Os demais elementos contextuais serão apresentados com base em outras leituras feitas para esta pesquisa, como obras de apoio

Resultados e Discussão

Adolf Eichmann representa, nos limites da personalidade individual, um novo perfil de criminoso que para ser julgado precisa ir além do padrão tradicional de responsabilidade criminal, como faz o TPI. As considerações feitas por Arendt no caso anteciparam alguns dos elementos discutidos pelo Tribunal Penal Internacional, relevantes para o contexto das burocracias modernas.

Conclusões

No contexto em que crimes podem ocorrer novamente, o caso Eichmann interpõe o maior desafio que a história moderna já enfrentou acerca do mal: o massacre burocrático. O Tribunal Penal Internacional pode ser uma ferramenta para os julgamentos dos crimes internacionais ocorridos em nosso século, e pode, através das experiências anteriores a ele, aprender e contornar limites e desafios enfrentados pelo Direito para lidar com os crimes cometidos sem intencionalidade e sem distúrbio da consciência, inclusive, como forma de diminuir as divergências causadas pelas diferentes vertentes de Direito Penal que influenciaram a construção do Estatuto de Roma.

Agradecimentos

À PIBIC, pela Bolsa oferecida para a realização deste projeto de pesquisa. Ao meu professor orientador, pelo apoio e paciência. A Deus, por nos ter dado capacidade intelectual.

____________________

Marchuk, IRYNA. The Fundamental Concept of Crime in International Criminal Law. Copenhagen: Springer, 2013.

Jankov, FERNANDA F. O princípio da universalidade da jurisdição no Direito Internacional Penal. Teses UFPR.

Curitiba, 2015.

Rome Statute. International Criminal Court Publishing. Hague, 2011.

ARENDT, Hannah. Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal. São Paulo, Companhia das Letrinhas, 1999. 1ª edição, 1963.

Referências

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