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trabalho de conclusão de curso (tcc) - BDM

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Academic year: 2023

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Posteriormente, houve o prolongamento do sistema flúvio-deltaico da Formação Jaicós, que é caracterizado por areias siliciosas. Petrograficamente, os arenitos da Formação Ipu são predominantemente compostos por quartzarenitos, subarcoses e litarenitos, enquanto os quartzarenitos caracterizam a Formação Jaicós.

Figura 21  Microfotografias  de arenitos  com  cimento  carbonático  AF2  –  Planície de Outwash da Formação Ipu...................................
Figura 21 Microfotografias de arenitos com cimento carbonático AF2 – Planície de Outwash da Formação Ipu...................................

Apresentação

Localização e vias de acesso

Objetivos

Revisão bibliográfica

Análise de fácies

Análise petrográfica

A textura foi determinada de acordo com a tabela de Wentworth (1922) para tamanho médio de grão e grau de seleção; foi adotada a tabela de estimativa visual baseada em Longiaru (1987).

Softwares utilizados

Modelo de fácies

Depósitos Sedimentares

Ambiente Glacial

Segundo Miller (1996), dois grandes fatores físicos influenciam diretamente a dinâmica de expansão e recuo das geleiras: 1) o balanço de massa e 2) o regime térmico. Diante disso, o balanço de massa pode ser positivo (quando há mais acúmulo do que ablação) ou negativo (quando há mais ablação do que acúmulo) (MILLER, 1996) (Figura 4).

Figura 3 - Ambientes Glaciais.
Figura 3 - Ambientes Glaciais.

Ambiente Fluvial

De acordo com a tipologia, os canais podem ser classificados com base na carga de sedimentos transportada ou na sua morfologia (Figura 6). A composição do leito mais comum neste tipo de canal é predominantemente arenosa, mas pode haver acumulação suficiente de cascalho e sedimentos de granulação fina para manter a estabilidade do banco (BLUCK, 1971; GUSTAVSON, 1978; FORBES, 1983). São dominados por sedimentos de granulação fina, podendo ser classificados como rios com carga suspensa na classificação de Schumm (1972).

A composição da margem destes canais é principalmente arenosa devido à migração repetida de canais em forma de leito que provavelmente se sobrepõem no lado alternado das barras (RUST; LEGUN, 1983). É bastante comum haver barras no meio do canal como formas de leito menores (dunas e marcas de ondulação) migrando ao longo da face posterior e frontal (BRISTOW, 1987). Mudanças na hierarquia das formas do leito são o resultado de mudanças frequentes na vazão dos rios e na profundidade da água.

Em geral, a planície de inundação representa áreas de baixo relevo, pouca drenagem, com baixo nível de acumulação, dominadas por sedimentos de granulação muito fina.

Figura 6 - Tipos de canais fluviais classificados com base na morfologia.
Figura 6 - Tipos de canais fluviais classificados com base na morfologia.

Arcabouço Estrutural

Aspectos Paleogeográficos

Glaciações

As sequências sedimentares do Grupo Serra Grande estão correlacionadas com as unidades estratigráficas sincrônicas daquelas que ocorrem no continente africano, sendo evidências que comprovam a fusão passada no supercontinente Gondwana e as alterações sofridas neste arranjo ao longo do movimento (SANTOS; CARVALHO, 2009 ). O segundo evento glacial é registrado no Grupo Canindé, em suas formações Pimenteiras, Cabeças e Longá, datadas do Devoniano. Tinha um clima seco e úmido, com temperatura fria nas regiões mais ao norte da América do Sul, enquanto nas regiões mais ao sul o clima seria subpolar e seco.

O Grupo Canindé chegou a ser datado como Ordoviciano-Siluriano, devido à semelhança litológica da Formação Cabeças com o Grupo Serra Grande. O registro do terceiro evento glacial na Bacia do Parnaíba está na Formação Poti de idade Carbonífera, cujos estratos foram depositados sob condições glaciais. A interpretação para um clima temperado a frio, árido a árido, nas condições existentes durante o Mississipiano, é fornecida pelas características da paleoflora (IANNUZZI, 1994).

Embora não existam pavimentos ou clastos estriados, a maior parte da Formação Poti pode ter sido depositada sob condições glaciais e periglaciais.

Registro Sedimentar

Sucessão Siluriana

  • Formação Ipu
  • Formação Tianguá
  • Formação Jaicós

Segundo Barrett e Isaacson (1988 apud CARVALHO et al., 2009) a água era fria nas latitudes médias e altas. Essa formação é composta principalmente por espessos pacotes de arenitos finos a grossos, maciços ou estratificados cruzados, às vezes com seixos, além de conglomerados com características glaciais (diamictitos) (CAPUTO et al., 2005). Seu ambiente de sedimentação é definido como glacial proximal e glaciofluvial, além de leques ou frentes deltaicas (VAZ et al., 2007).

É constituído por xistos cinzentos escuros, bioturbados, sideríticos e carbonáticos; arenito feldspático fino a médio cinza claro; e intercalação de siltitos e xistos cinza escuro, bioturbados e micáceos (VAZ et al., 2007). Segundo Caputo (1984), as rochas desta unidade foram depositadas em uma grande variedade de ambientes, desde glaciais proximais a glaciais fluviais, até leques ou frentes deltaicas. Góes e Feijó (1994) definiram uma espessura máxima de 200 metros para esta unidade, além de interpretarem um ambiente de plataforma rasa.

A Formação Jaicós foi definida por Plummer et al. (1948) para arenitos grossos, muito grossos e conglomerados ocorrendo a leste da bacia, mas segundo Caputo (1984) esta formação é caracterizada por arenitos cinza com tons claros, creme ou acastanhados, espessos, contém seixos angulares a subangulares, mal selecionados, quebradiços , maciço ou com sabor cruciforme ou lentilha.

Figura 9 - Carta estratigráfica da Bacia do Parnaíba.
Figura 9 - Carta estratigráfica da Bacia do Parnaíba.

Aspectos Gerais

Camadas tabulares métricas de arenitos grossos com seixos quartzíticos de até 3 cm na base das assembleias. Camadas tabulares métricas de arenitos de granulação grossa com clastos de composição de quartzo na base e ângulos médios côncavos. Subglacial (AF3) Inclinação de acomodação. Tm) Camadas tabulares métricas de tilolitos maciços cinzentos com clastos centimétricos.

Camadas tabulares e lateralmente contínuas de arenito fino com marcações onduladas simétricas e espessura máxima de cerca de 2 metros.

Figura  10  -  Perfil  litoestratigráfico  composto  das  formações  Ipu,  Tianguá  e  Jaicós  na  região  de  Ipueiras, Ceará
Figura 10 - Perfil litoestratigráfico composto das formações Ipu, Tianguá e Jaicós na região de Ipueiras, Ceará

Associações de fácies da Formação Ipu

Fraturas sinsedimentares em centímetros de comprimento e espessura podem ser observadas na fácies At (Fig. 12.E). Esta associação de fácies representa um ambiente deposicional de alta energia que incluía canais entrelaçados formados por fusão. AF3 ocorre na parte superior da Formação Ipu, que compreende uma sequência de até 8 m de espessura (Fig. 13.A) e é composta por duas fácies: acomodação tilil (Tm) (Fig. 13.B) e deformação tilil (Te ).

A fácies Tm é sobreposta ao Te com tilólitos maciços de cor cinza e com clastos angulares de composição predominantemente quartzosa (Figura 13.C), enquanto o Te é composto por tilólitos estriados (Figura 13.D) de coloração cinza e clastos angulares (Figura 13). D). Figura 13.E) com cerca de 25 cm de comprimento e composição variada, incluindo clastos de quartzo e fragmentos de gnaisse (Figura 13.F). Esta associação de fácies representa o ambiente deposicional glacial no qual algumas camadas foram depositadas na base da geleira (Tm), enquanto outras camadas (Te) surgiram do movimento de camadas deformáveis ​​de sedimentos sob geleiras fluindo sobre substratos não consolidados.

Figura  12  –  Depósitos  da  Formação  Ipu  -  AF1  (Canal  fluvial  entrelaçado).  A)  Vista  geral  do  afloramento  em  corte  de  estrada;  B)  Fácies  Arenito  com  estratificação  cruzada  acanalada  (destaque  para  as  bases  de  canais  rasos);
Figura 12 – Depósitos da Formação Ipu - AF1 (Canal fluvial entrelaçado). A) Vista geral do afloramento em corte de estrada; B) Fácies Arenito com estratificação cruzada acanalada (destaque para as bases de canais rasos);

Associações de fácies da Formação Tianguá

As rochas sedimentares (pelite) apresentam borda irregular e incluem alguns pequenos grãos de quartzo. Formas oblatas e alongadas de grãos de quartzo conectados por contatos retos (seta amarela) e, subordinadamente, pontilhados (seta azul) e D) fragmento de rocha sedimentar (Fs). Os grãos de quartzo ocorrem na forma monocristalina com extinção ondulada e policristalina com forte extinção ondulada, que apresentam.

Entre alguns grãos de quartzo é possível notar a presença de contatos triplos (Figura 21.D), denunciando crescimento excessivo de quartzo (Figura 21.E). Contato triplo (Ct) entre grãos de quartzo. Plagioclásio com geminação polissintética; E) Grãos de quartzo com bordas irregulares e crescimento excessivo de quartzo (Sq); F) Grânulos de microclina (Mc). Dentre as características de dissolução destacam-se a dissolução parcial de grãos de quartzo e fragmentos de rochas metamórficas (quartzitos), bem como a dissolução ou substituição parcial de grãos de plagioclásio por cimento carbonático, corrosão das bordas dos grãos de quartzo (monocristalinos e policristalinos), supercrescimento de sílica (mostrado em contatos triplos) e filmes de argila ao redor dos grãos estão presentes nesta associação.

A passagem do líquido que precipita o cimento carbonático contribui para a deformação das bordas de alguns grãos de quartzo. Entre os grãos de quartzo existem bolsões de grãos de quartzo com granulometria variando de 0,3 a 0,5 mm (Figura 25.D). Nos arenitos fluviais da Formação Ipu há presença significativa de argila infiltrada ao redor de grãos grossos de quartzo.

Figura  15  -  Depósitos  da  Formação  Tianguá  -  AF4.  A)  Arenito  com  estrutura  em  Dump    e  dropstone  de  composição  quartzosa  (elipse  preta);  B)  Fácies  Pelitos  laminados  com  dropstones  (círculos amarelos)
Figura 15 - Depósitos da Formação Tianguá - AF4. A) Arenito com estrutura em Dump e dropstone de composição quartzosa (elipse preta); B) Fácies Pelitos laminados com dropstones (círculos amarelos)

Associações de fácies da Formação Ipu

Arenitos da AF1 - Canal Fluvial Entrelaçado

Feições Diagenéticas de AF1

Arenitos da AF2 - Outwash Plain

Feições Diagenéticas de AF2

Dentre as características diagenéticas inerentes ao AF2 destacam-se: compactação mecânica, infiltração mecânica (Figura 23.A), faturamento de grãos de quartzo, cimentação carbonática, cimentação sílica e geração de pseudomatriz (Figura 23.B). Os grãos de quartzo monocristalino e policristalino possuem tamanho médio de partícula de 0,5 a 0,2 mm de diâmetro, apresentam formato esférico baixo, formato anédrico, subangular a subcircular e têmpera ondulada (Figura 24.B). Os grãos de quartzo têm formato predominantemente monocristalino, tamanho de grão fino (> 0,2 mm), formato esférico moderado, formato subangular a subcircular e têmpera ondulada.

Os constituintes diagenéticos constituem cerca de 1% da estrutura e incluem cimento de quartzo e óxido/hidróxido de ferro. Os componentes diagenéticos representam menos de 1% da estrutura e incluem cimento de quartzo e, em menor proporção, óxido-hidróxido de ferro e matriz. As características diagenéticas do AF6 incluem: crescimento excessivo evidenciado pelo contato triplo entre os grãos de quartzo indicados (Fig. 27.C), pseudomatriz e porosidade secundária.

Os grãos de areia finos a médios, de granulometria moderada, arredondados a subcirculares, moderadamente esféricos, confirmam uma distância de vários quilómetros da área de origem (Figura 19.A).

Figura  23  -  Microfotografias  de  arenitos  de  AF2  –  Planície  de  Outwash  da  Formação  Ipu
Figura 23 - Microfotografias de arenitos de AF2 – Planície de Outwash da Formação Ipu

Matriz Arenosa de AF3 - Subglacial

Feições Diagenéticas de AF3

Arenitos da AF5 - Frente Deltaica - Shoreface Superior

Feições Diagenéticas de AF5

As características diagenéticas do AF5 são limitadas à presença de cimento pseudomatriz, cimento de sílica, poros secundários e corrosão nas bordas dos grãos.

Arenitos da AF6 - Planície Braided Distal

Feições Diagenéticas de AF6

As principais fases diagenéticas observadas nos depósitos da sucessão Siluriana no extremo leste da bacia do Parnaíba estão relacionadas às fases eodiagenética e mesodiagenética referentes à classificação de Schimidt e McDonald (1979). Moraes e De Ros, ao estudarem a influência da infiltração mecânica de argilas em reservatórios fluviais da Formação Sergi, na bacia do Recôncavo, observaram o fato de que, embora o processo de infiltração mecânica seja mais eficaz em sedimentos aluviais grossos de climas secos, também ocorre em outros ambientes em escala e eficiência mais limitadas. As características fácies e estratigráficas da sucessão sedimentar da margem leste da bacia do Parnaíba, região de Ipueiras (CE), identificaram seis associações de fácies: AF1, AF2 e AF3 estão relacionadas a um sistema flúvio-glacial, enquanto AF4 está relacionada a um sistema glacial. -Ambiente marinho, AF5 está associado a um ambiente delta frontal - shoreface e AF6 está associado a um ambiente trançado distal simples.

A mudança marcante na área fonte pode ser sugerida pela substituição de feldspatos e areias líticas das Formações Ipu por areias predominantemente quartzosas da Formação Jaicós. Contudo, as mudanças na posição geográfica dos continentes culminaram em uma mudança climática que expôs a bacia do Parnaíba a uma era glacial. Os aspectos texturais e composicionais dos arenitos e diamictitos indicam uma mudança marcante na região fonte da sequência estudada, sugerida pela substituição de feldspatos e areias líticas da Formação Ipu por areias predominantemente quartzosas da Formação Jaicós.

Desenvolvimento de um sistema lacustre permiano seco, parte superior da Formação Pedra de Fogo, margem oeste da Bacia do Parnaíba. Características dos impactos das argilas de infiltração mecânica em reservatórios fluviais da bacia do Recôncavo, Nordeste do Brasil. Estudo faciológico em afloramentos e analogia com depósitos fluviais na Bacia do Parnaíba, NE do Brasil.

Figura 28 - Proposta de reconstituição paleoambiental para a Formação Ipu:  A) AF1 - Canal fluvial  entrelaçado;  (B)  AF2  -  Planície  de  Lavagem  (Outwash  Plain)  e  AF3  -  Subglacial;  Formação  Tianguá:  C)  AF4  -  Glacio-marinho  e  Formação  Jai
Figura 28 - Proposta de reconstituição paleoambiental para a Formação Ipu: A) AF1 - Canal fluvial entrelaçado; (B) AF2 - Planície de Lavagem (Outwash Plain) e AF3 - Subglacial; Formação Tianguá: C) AF4 - Glacio-marinho e Formação Jai

Imagem

Figura 1 - Mapa de localização da área de estudo com destaque para a localização da seção estudada
Figura 2 - Relação entre fácies, ambientes deposicionais e sistemas.
Figura 3 - Ambientes Glaciais.
Figura 4 - Balanço de massa em geleira de vale.
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Referências

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b Não aceitou porque, para a filha, era a possibilidade de resgatar Joaquim Soares da Cunha, o pai morto há muitos anos para a sociedade, e reintegrá-lo ao seio da família; entretanto,