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Desenvolvimento, partição de assimilados e produção de matéria seca de plantas de soja (Glycine max (L.) merrill) submetidas a quatro doses de metribuzin.

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Academic year: 2017

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(1)

DE SE NV OL VIM EN TO , PA RT IÇ ÃO DE AS SI MIL AD OS E PR OD UÇ ÃO DE MATÉRIA SECA DE PLANTAS DE SOJA

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ME RR IL L) SU BM ET ID AS A QU AT RO DO SE S DE ME TR IB UZ IN P .J . Sil va Neto1

N.F. Lop es , M. A. Ol iva 2 J . F . S i l v a 3

L.R. Ferreira4

1 Engo Ag ro, Pesq ui ador da CE PLA C - CP. 0 8 1

6 8 3 7 0 A l t a m i r a , P A . 2

P r o f . A d j u n t o I V , D e p t o . B i o l o g i a V e-3 g e t a l - U F V - e-3 6 5 7 0 V i ç o s a , M G .

P r o f . T i t u l a r , D e p t o . F i t o t e c n i a- U F V , 36570 Viçosa, MG.

4

P r o f . A s s i s t e n t e I , D e p t o . F i t o t e c n i a UFV - 36570 Viçosa, MG.

RESUMO

O desenvolvimento, a partição e a produção de matéria seca, foram estudados em soja (Glycine Max (L.) Merrill, cv.

'Uberaba'), cul tivadas em condições de campo, sob quatro doses de metribuzin -(0,0; 0,35; 0,70 e 1,05 kg i.a. ha-1).

O metribuzin não reduziu a população e nem alterou significati vamente a razão parte aérea/sist

e

ma radicular. A altura média das plantas aumentou significa-tivamente com o incremento das doses de metribuzin, sendo que as alturas máximas das plantas foram 761, 784, 815 e 812 mm, em ordem cres cente de dose de metribuzin.

As variações das taxas de acúmulo de matéria seca foram nitida mente seqüenciais em todos os tratamentos, ocorrendo mudanças do dreno metabólico preferencial de um órgão para outro, de acordo com as transformações morfológicas das

plantas, ressaltando-se que o metribuzin não alterou esse comporta mento.

Os tratamentos não influencia ram o acumulo de matéria seca das vagens (Wv), no entanto, a partir do inicio da maturação, as plantas -controle apresentaram maiores Wv, provavelmente, devido a maior taxa

assimilatória líquida verificada a partir da floração ple na. A matéria seca acumulada nos pericarpos (Wp) diminuiu, a partir das

sementes completamente desenvolvidos, para todos os tratamentos com exceção de Wp das plantas tratadas com 0,7 kg i.a. ha-1

de metribuzin que, manteve-se estável. Por outro lado, a matéria seca nas sementes (Ws)

aumentou de forma acentuada, desde o seu aparecimento até a colheita final, em todas as doses do herbicida.

(2)

66 PLANTADANINHA

P

SUMMARY

DEVELOPMENT,ASSIMILATEPARTITION AND DRY MATTER PRODUCTIONIN SOYBEAN(GlycineMax(L.)MERRILL) PLANTSTREATEDWITH FOURDOSES OFMETRIBUZIN

Development, assimlate partition and dry matter production in soybean (GIycine Max (L.) Merrill, cv. Uberaba) plants treated with four metribuzin doses (0,0; 0,35; 0,70 and 1,05 kg i.a.ha-1) werestu died in a field

experiment.

Metribuzin did not reduce the stand or altered significantly shoot /root ratio. Plants height average increased as the doses of metribuzin increased; maximum heights were 761, 784, 815 and 812 mm, for increasing metribuzin doses.

Metribuzin did not alter the pattern of sequential dry matter partition in the plants. Metribuzin did not affect dry matter accumulation in pods (Wv); however, from initiation to the end of maturation of seeds the control presented greater Wv values

than treated plants, due to its highest net assimilation rate after blooming. Pericarp dry matter (Wp) was decreased from full development se eds to final harvest for all treat ments, except for Wp of plantstrea ted with 0,7 i.a.ha-l that was maintained

practically. Constant on the other hand, seed dry matter increased accentuately, from formation to last harvest, for all doses employ ed.

KEYWORDS: metribuzin, biomass, morphology, soybeans.

teis, através do manejo do ambiente e do melhoramento genético ou do uso de reguladores químicos, constitui, poten-cialmente, uma maneira de se aumentar a produtividade agrícola. Várias caracterís-ticas ligadas a produtividade são afetadas diretamente em razã o da competição da cultura e das plan tas daninhas pelos fatores do ambiente, além dos prejuízos as prá ticas culturais, incluindo colheita (7).

As características morfológicas são muito alte radas pela competição entre a cul tura e as plantas daninhas, e muitas delas implicam diretamente na perda da produção de soja. Nesta cultura, a competição altera, entre outras, a altura da planta (1), o número de ramos por planta (10), o numero de folhas (4) e o número de vagens por planta (2, 9, 10). Para diminuir esses efeitos da competição na cultura desde o início do seu cic lo vegetativo, fase em que a soja torna-se mais sensível, o controle químico das invasoras é realizado em larga escala. Entretanto, a resposta da soja aos herbicidas varia bastante, dependendo não somente das condições edafoclimáticas, mas também da dose do herbicida e do cultivar utilizados.

O presente experimento foi conduzido com a finalidade de estudar o desenvolvimento, a partição de assimilados e a produção de matéria seca de plantas de soja (Glycine Max (L.) Merrill, cv. 'Uberaba) submetidas a quatro doses de metribuzin.

MATERIAL E MÉTODOS

INTRODUÇÃO

A mudança da partiçao da

assi-milados em benefício das partes

ú-O experimento foi conduzido em

condiçoes de campo, em Viçosa

-MG,

(3)

V O L . 9 - 8 6 / 9 1 - N 9 s 1 / 2 67

o solo classificado como Podzólico Vermelho -Amarelo, com fertilidade média, textura argilosa e 2,9% de matéria orgânica. A soja, cultivar 'Uberaba', foi semeada e,

em pré-emergência, o herbicida metribuzin aplicado, nas doses de 0,0; 0,35; 0,70 e 1,05 kg i.a.ha-1. As condições do experimento

foram descritas por Silva Neto et al. (.14, 15).

As coletas do material vegetal foram realizadas a intervalos regulares de 14 dias, durante todo o ciclo da cultura, sendo também realizada uma avaliação do estádio de desenvolvimento da soja, segundo a escala de Fehr e Caviness (3). Ao todo foram realizadas 10 coletas, sendo a primeira efetuada 14 dias apos a emergência das plântulas.

Em cada coleta, na área útil, as plantas eram cortadas rente ao solo e o sistema radicular, extrai do em blocos de terra. 0 peso da matéria fresca, tanto da parte aérea quanto das raízes, eram toma dos no próprio local. De cada subparcela foram tomadas amostras constituídas de nove plantas sepa-radas em partes (raiz, caule, folha, vagens e sementes). A seguir, o material vegetal era secado em estufa de ventilação forçada, à temperatura de 75°C. A altura das plantas, medida do nível do solo ata a sua extremidade superior, e o núme ro de folhas, de vagens e de sementes foram determina das em cada coleta. A área foliar em cada coleta foi determinada, utilizando-se um medidor de área portátil, marca LI-COR, modelo LI-3000.

Os dados primários obtidos foram submetidos ã análise de vari ância. Foi feita também uma analise de regresso curvilineoa das médias de peso da matéria seca acumulada nas raízes (Wr), caule (Wc) e

folhas (Wf), em função do tempo, com o emprego de polinô mios ortogonais. Procurou -se che gar ao polinômio que melhor se ajustasse aos dados pri mários (12), estimado, desse modo, diaria mente a matari a se ca acumulada de cada parte da planta. Os dados de matari a seca acu -mulada nas vagens (Wv) foram ajustados,

atr avés de curvas logíst icas de crescimento (12 ) , por um pro grama Literativo para minimizar a variância residual. A equação empregada foi Wv = Wm(1 + Ba-Ct),sendo Wm a estimativa

assintótica do crescimento máximo das vagens; B e C, constantes de ajustamento; e t, o tempo, em dias.

As taxas de produç ão de matéria seca das partes foram obtidas, empregando -se a derivada da equação ajustada ao peso da matéri a se ca do órgão vegetal, em rel ação ao tempo (11, 12).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O metribuzin não causou redução no

"stand" durante os estádios de

desenvolvimento da cultura (Qua dro 1). As plantas cultivadas sob as maiores doses de metribuzin apresentaram altura média superior as das plantas-controle, principal mente a partir do estádio R2 (Qua dro 1). As alturas máximas foram de 761; 784; 815 e 812 mm, em ordem crescente de doses de metr ibuzin. Esses valores ocorreram no es tádio R6 (para as

doses 0,0; 0,70 e 1,05 kg i.a.ha-1 do

produto) e no está dio R5 (para a dose

(4)

68 PLANTADANINHA Q u a d r o 1 . "S t a n d", a l t u r a d e p l a n t a s ( H ) , í n d i c e d e á r e a s f o l i a r ( L ) , n

(5)

69 V O L . 9 - 8 6 / 9 1 - N o s 1 / 2

são con trários aos obt ido s por Gossett et al. (5) , que , traba lhando com solo de 0,7 a 1% de mat éria orgânica , por centage m três vez es mai s baixa que a do sol o do prese nte ex perimen to, ver ificaram, que, tanto em semen tes gra ndes quant o em pequena s, a altura de plant as e o "stand"

final for am reduzidos apa rtir da dos e de 0,84 kg i.a.ha 'Tr abal han do, em casa de veg etação,com soj a, Maia (6) mos trou que o peso fresc o e o número; de fol has aumentaram com o acréscimo do teor de mat éria orgân ica no sol o, enq uanto o gra u de fitotoxicidad e ao metribuzi n decresceu . A mai or toler ância da soj a ao met ribuzin, qua ndo se elevo u o teor de mat éria orgân ica do solo, pod e ser explicado pel a mai or adsorção, men or atividad e e men or mob ilidade do pro -duto.

Os tratame ntos não pro porciona ram diferença s signi ficat ivas pa ra os compo -nentes da produ ção , ou seja, númer o méd io de fol has , vagen s e semen tes por área, vag ens por planta e semen tes por vag em (Quadro 1).

Houve diferença s signi ficat ivas no peso da mat éria seca do caule, da folha, da parte aér ea e da plant a toda (Quad ro 2). Já a razão ent re a parte aér ea e o sistema radicul ar (PA/PR) não houve di -ferença signi ficat iva ent re os tratamen tos, sendo obs ervad o ligeiro acrésci mo nesta razão em vir tude do aumen to das dos es do her bicida.

As var iações na taxa de acú mu lo de mat éria seca nas raízes, caules, fol has e vag ens de plant as de soj a submet idas as doses distintas de met ribuzin est ão repre sen ta das , gra ficamen te, na Figur a I. Verifica-se que hou ve mud anças no dreno met abólico prefe renci al de um órgão para o outro, em virtude das

transformações morfológicas das plantas, A partição preferencial de assimilados foi seqüencial em todos os tratamentos. Primeiramente, as folhas foram os drenos metabólicos preferenciais ate, aproximadamente, o estádio V6, em que houve mudança do dreno preferen cial para o caule. As raízes acumularam matéria seca até 112 dias após a emergência, sendo as taxas máximas observadas em torno do es-tádio V10. A partir do inicio de formação da

vagem (estádio R2), o dreno metabólico prefrencial mudou para essa parte da planta ate a maturação, de uma forma bem mais acentuada e definitiva.

Comparando as taxas de acúmulo de matéria seca em cada órgão, observa-se que os valores foram maiores nas plantas submetidas às doses de 0,35; 0,70 e 1,05 kg i.a. ha-1 de metribuzin, em relação às

plantas-controle. Nota -se também que cada parte da planta apresentou valor máximo

em determinado estádio de

desenvolvimento. A taxa de acúmulo de matéria seca do caule evidenciou que esse órgão foi o principal contribuinte de Wt

duran te os estádios vegetativos. Fatos semelhantes foram relatados por Mel ges (8) e Scott e Batchelor (13)

As taxas máximas de acúmulo de matéria seca nas vagens (Wv) foram 7,8;

9,6; 8,0 e 9,2 g.m-2.dia-1,em ord em crescente de dose de metribuzin. Esses valores ocorreram aos 105 dias após a emergência, para as plantas tratadas com o herbicida, e sete dias após, para as plantas-controle; mostrando que o metribuzin antecipou Wv máximo em uma semana.

Os valores máximos da matéria seca das raízes (Wr) foram 56,6; 55,0; 55,8 e 56,6 g.m-2, para as doses de 0,0; 0,35; 0,70

(6)

respec-70 PLANTA DANINHA Q u a d r o 2 . P e s o d a

mat éri a se c a

d e r aí zes , caul es, f ol has, per i car po,

s e

mentes, vage ns, parte aérea e planta

t o da , e m g.c m- 2 e r a zã o

(7)

V O L . 9 - 8 6 / 9 1 - N o s 1 / 2 71

tiva mente, obtidos aos 112 dias após a emer gência (Figura 2). Observa-se que as raízes apresenta ram acúmulo de matéria seca durante todo o estádio de desenvol-vimento vegetativo ate, aproximadamente, o inicio de formação da semente (estádio R5), quando Wr começou a decrescer lentamente até a colheita. Verifica-se, também, que praticamente não houve diferenças entre os tratamentos durante todos os estádios de desenvol vimento da cultura.

Os va lores má ximo s da ma téri a seca da s fo lha s (Wf) foram 88,2;

95,6; 96 ,2 e 101,4 g. m -2, em ordem

cresc ent e de dose de metribuzi n, obtidos aos 91 dias após a eme rgê ncia (Fi gur a 3). Não houve diferenças ent re os tratame ntos até o est ádi o V6, aprox imadamen te, a par -tir de então, os val ore s de Wf das plant as tratada s com met ribuz in ultrapass aram os val ores das plant as -control e, essal tando-se que a mai or dotando-se tando-sempre apretando-sentou mai ores val ore s de Wf em relação aos de

mai s tratame ntos. Verific a-se també m que em todas as doses , a par tir do inicio de forma ção da se men te (estádio R5), os

val ores de Wf decrescer am

(8)

72 PLANTA DANINHA

P Os val ores máx imo s de mat éria seca

acumu lada nos cau les (We) alcan çados aos 105 dias após a eme rgê ncia foram 170,4; 184,3; 184 ,5; e 194,5 g.m-2, em

ordem crescen te de dos e de met ribuzin (Figu ra 4). Verifica -se que a tendênc ia de Wc foi semelhante à de Wf, sendo

observa do que as plantas sub met idas às doses mai ores do her bic ida apre sen taram sempr e val ore s mai ores de Wc, quand o compa radas com as plant as-control e. Nota-se, també m, a ocorrênci a de mai s ou me nos 14 dias de interva lo ent re os val ores máx imo s de Wf e Wc, indicando

que du rante det ermin ado tempo os cau les foram os dreno s preferenci ais de assimil ados, da mes ma forma que as vag ens o foram posteriorme nte, de for ma definitiva e ace ntuada.

No acúmulo de matéria seca das vagens (Wv) (Figura 5), praticamen te no

houve diferença entre os valores de Wv em

todos os tratamen tos, verificando-se que, do estádio R2 até R5, os valores das

plantas-controle foram pouco superiores aos demais tratamentos. Entre os estádios R5 e R7

houve incremento em Wv, e as plantas

submeti das às doses de 0,35 e 1,05 kg i.a ha-1 de metribuzin apresentaram maiores

valores de Wv em relação as demais doses.

A partir do estádio R7, o maior valor acumulado de Wv das plantas-controle deve-se, pro vavelmente, à maior taxa assimila tória liquida (EA) verificada nestas plantas, a partir do estádio R2, em relação

(9)

VOL. 9 - 86/91 - Nos 1/2

A evolução dos valores médios da matéria seca das vagens (Wv) e de suas partes encontra-se representada na Figura 6. Nota-se que não houve diferenças significativas entre os tratamentos. A maté ria seca acumulada nas vagens (Wv) e nas sementes (Ws) aumentou até a coleta

final, em todos os trata mentos, indicando, provavelmente, que essas partes continuaram rece bendo assimilados de outros órgãos da planta. Observa-se, também, que a matéria seca acumulada no pericarpo (Wp) diminuiu do estádio R6 até

R7, nas plantas submetidas as doses 0,0; 0,35 e 1,05 kg i.a.ha-1 de metribuzin,

continuando praticamente estável na do

-se de 0,70, enquanto Ws aumentou de forma acentuada desde o seu apa recimento até a colheita, mostrando que durante este período o pericarpo mobili zou assimilados para o aumento de Ws. O aumento de Ws em relação aos

outros órgãos mostra que, a partir do inicio da formação da semente (estádio R5), Ws é o dreno metabólico preferencial.

(10)

-74 PLANTA DANINHA P

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