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Associação entre prevalência de laqueadura tubária e características sócio-demográficas de mulheres e seus companheiros no Estado de São Paulo, Brasil.

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Academic year: 2017

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Associação entre prevalência de laqueadura

tubária e características sócio-demográficas

de mulheres e seus companheiros no Estado

de São Paulo, Brasil

Asso ciatio n o f p re vale nce o f tub al lig atio n

and so cio d e mo g rap hic characte ristics o f wo me n

and the ir p artne rs in the State o f São Paulo , Brazil

1 Departam en to de Gin ecologia e Obstetrícia, Facu ld ad e d e Ciên cias M éd icas, Un iversid ad e Estad u al d e Cam p in as. C. P. 6181, Cam p in as, SP 13081-970, Brasil. 2 Cen tro de Pesqu isa das Doen ças M atern o-In fan tis d e Cam p in as.

C. P. 6181, Cam p in as, SP 13081-970, Brasil. An ibal Faú n d es 1

Rosely Gom es Costa 2

Karla Sim ôn ia d e Pád u a 2 An tero M arqu es Perd igão 1

Abst ract Brazil h as a h igh p revalen ce of tu bal ligation . Th e h yp oth esis th at it in d icates u n d er-cov er b irt h con t rol effort s sp ecifica lly a d d ressed t o t h e p oorest sect or of Bra z ilia n societ y h a s b een ra ised . Th e p u rp ose of t h is p a p er is t o ev a lu a t e w h et h er t h ere a re d ifferen ces in ra t es of t u b a l liga t ion d ep en d in g on socioecon om ic st a t u s. Da t a w ere ga t h ered from in t erv iew s w it h 1335 w om en 15-49 years of age, of low or low er-m id d le socioecon om ic statu s, carried ou t in 1991 in tw o region s of th e State of São Pau lo. Th e resu lts sh ow ed an ap p aren tly h igh er p revalen ce of tu bal ligation am on g w om en w ith less sch oolin g,, bu t also am on g th ose livin g in better h ou sin g. How ever, after con trollin g for w om en 's age, th ese association s d isap p eared , su ggestin g th at th ey w ere ex p lain ed by low er ed u cat ion al levels an d great er econ om ic resou rces of w om en of old er age, w h ere th e latter factor is m ore h eavily associated w ith a h igh er p revalen ce of tu bal ligation . Th e com p lex it y of t h e a ssocia t ion s b et w een socioecon om ic st a t u s a n d t u b a l liga t ion a re d is-cu ssed , in clu d in g t h e correla t ion s bet w een socioecon om ic st a t u s a n d C-sect ion s, w h ich a re in tu rn closely related to tu bal ligation .

Key words Tu bal Sterilization ; Wom en’s Health ; Ep id em iology; Birth Con trol

Resumo O Brasil tem u m a alta p revalên cia d e laqu ead u ra tu bária. Algu n s setores d a socied ad e acred itam qu e essa alta p revalên cia estaria in d ican d o u m con trole d a n atalid ad e d issim u lad o, qu e visa d im in u ir a fecu n d id ad e n as cam ad as m ais p obres d a p op u lação. O objetivo d este tra-balh o é con tribu ir p ara a com p reen são d as p ossíveis d iferen ças sócio-econ ôm icas qu an to à p rá-tica d a laqu ead u ra. Para este fim , an alisam os u m a base d e d ad os com 1.335 m u lh eres com id a-d e a-d e 15 a 49 an os, obtia-d a en tre m u lh eres a-d e n ível sócio-econ ôm ico m éa-d io-baix o ou baix o, em d u as regiões d o Estad o d e São Pau lo, n o an o d e 1991. Os resu ltad os m ostraram u m a ap aren tem en te tem aior p revalên cia d e laqu ead u ra en tre as tem u lh eres cotem tem en or n ível ed u cacion al e tatem -bém en tre as qu e m oravam em h abitação d e boa qu alid ad e. En tretan to, ao con trolar p or id ad e, essas associações d esap areceram , su gerin d o qu e se d eviam ap en as a m en or escolarid ad e e m aio-res recu rsos d as m u lh eaio-res d e m aior id ad e, sen d o este ú ltim o o fator m ais fortem en te associad o à p revalên cia d e laqu ead u ra. Discu te-se a com p lexid ad e d as relações en tre n ível sócio-econ ôm ico e ligad u ra t u bária, in clu in d o a d iferen ça sócio-econ ôm ica n a p revalên cia d e cesárea, in t im a-m en te ligad a à esterilização fea-m in in a.

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Introdução

O Bra sil tem u m a a lta p reva lên cia d e la q u ea -d u ra tu b ária, o q u e foi con stata-d o p or -d ois estu d o s in d ep en d en tes. Arru d a et a l. (1987) p u b licaram q u e en tre m u lh eres em u n ião con ju -gal com idades en tre 15 e 44 an os a p revalên cia era de 26,9%; o ou tro estu do (Oliveira & Sim ões, 1989) m ostrou taxa d e 29,3% em m u lh eres u n i-das com idades en tre 15 a 54 an os. Um a estim ativa p ara o an o de 1997 ap on tou u m a p revalên -cia d e 36% d e ligad u ra tu b ária en tre m u lh eres d e 15 a 44 an os em u n ião (FNUAP, 1995).

No Estad o d e São Pau lo, a Pesq u isa Nacio-n al p or Am ostra d e Dom icílio (PNAD) d e 1986 in d icou q u e 30,7% d as m u lh eres u n id as, en tre 15 e 54 an os, estavam laqu ead as (Oliveira & Si-m ões, 1989), e a p riSi-m eira avaliação d o Progra-m a d e Assistên cia In tegra l à Sa ú d e d a Mu lh er (PAISM) m o stro u q u e, en tre m u lh eres u n id a s d e n ível sócio-econ ôm ico m éd io-b aixo q u e ti-n h a m d e 15 a 49 a ti-n o s d e id a d e, 25,6% ti-n a á rea m etrop olitan a e 33,6% n o in terior estavam es-terilizad as (Hard y et al., 1995).

Resu ltad os d e ou tros au tores m ostram ain d a q u e a p reva lên cia d a la q u ea d u ra tem a u -m en ta d o n o p a ís. No Esta d o d e Sã o Pa u lo, se-gu n d o Berq u ó (1988), en tre o s a n o s d e 1978 e 1988, esse au m en to foi d e m ais d e 100%. Além d isso, as m u lh eres estão se su b m eten d o à liga-d u ra liga-d a s tro m p a s n u m a iliga-d a liga-d e m a is p reco ce. Um a p esq u isa feita em 1988 n o Estad o d e São Pau lo in d icou q u e m ais d a m etad e d as m u lh e-res referiu ter feito a ciru rgia co m m en o s d e trin ta a n o s d e id a d e (Osis et a l., 1991). Esta s con statações levaram setores da sociedade b ra-sileira, com o o m ovim en to d e m u lh eres, organ iza çõ es organ ã o goverorgan a m eorgan ta is (ONGs), p a rla -m en tares e rep resen tan tes d a Igreja Católica, a d en u n ciar qu e essa alta p revalên cia faria p arte d e u m p rocesso qu e visa lim itar a fecu n d id ad e d a s cla sses so cia is m a is p o b res ( Terra , 1991; Ávila, 1994; Neu m an n , 1994). Assim , a ligad u ra seria u m a form a d e con trole d a n atalid ad e, cu jo alvo p rin cip al seriam os setores m ais caren -tes d a so cied a d e: “(...) é em n om e d a carên cia qu e as propostas con trolistas se expressam e ga-n h am terrega-n o ga-n a sociedade” (Ávila, 1994:18). Há d en ú n cias, in clu sive, d e qu e a esterilização em m a ssa esta ria vo lta d a esp ecifica m en te p a ra a p op u lação n egra, visan d o d im in u ir seu cresci-m en to (Jorn al d e Brasília, 1991; Geled és, 1991). En treta n to, a lgu m a s p esq u isa s co n tra d i-zem essas afirm ações e m ostram q u e o acesso à esterilização cirú rgica era m en or p ara m u lh e-res co m m en o r esco la rid a d e e m en o r ren d a ( Ja n owitz et a l., 1985; Vieira , 1994a ). Em rela -ção às m u lh eres n egras, en con trou -se, n a cid

a-d e a-d e São Pau lo em 1992, q u e, en tre m u lh eres d e 15 a 50 an os u san d o algu m m étod o an ticon -cep cio n a l, u m a p o rcen ta gem sem elh a n te d e b ra n ca s e n egra s esta va esteriliza d a : 22,0% e 20,1% resp ectivam en te (Berqu ó, 1994).

A a lta p reva lên cia d e la q u ea d u ra tu b á ria im p lica vá rio s p ro b lem a s, co m o já fo i a m p la -m en te d iscu tid o p elos estu d iosos d o a ssu n to. Prim eiram en te, é con seq ü ên cia d a falta d e in -fo rm a çã o e a cesso d a s m u lh eres a o s m éto d o s an ticon cep cion ais reversíveis (Pin otti & Faú n -d es, 1982; Fa ú n -d es et a l., 1986; Pin o tti et a l., 1986; Berqu ó, 1987; Serru ya, 1993; Sem p reviva, 1994); acarreta os im p asses d o arrep en d im en -to p ó s-esteriliza çã o cirú rgica (Pin o tti et a l., 1986; Ba h a m o n d es et a l., 1992; Berq u ó , 1993; Vieira, 1994b; Hardy et al., 1996) e con tribu i p a-ra au m en tar o n ú m ero de cesáreas desn ecessá-rias, realizad as som en te p ara se fazer a laqu ea-d u ra (Fa ú n ea-d es et a l., 1986; Arru ea-d a et a l., 1987; Barros et al., 1991; Berqu ó, 1993; Faú n des & Ce-catti, 1993; Hard y et al., 1993; Vieira, 1994b ).

As d en ú n cia s e a co n sta ta çã o d o s p ro b le -m as relativos à laqu eadu ra resu ltara-m n a in sta-lação de Com issões Parlam en tares de In qu érito (CPIs), a p artir d e 1991, n as Assem b léias Legis-lativas d o Rio d e Jan eiro, Goiás e Pern am b u co, n a Câm ara Mun icip al de Salvador e n o Con gres-so Nacion al. Essas CPIs, ap esar de ap resen tarem con clusões diversas, con cordaram em que a im -p lem en tação d e u m a -p olítica clara e efetiva d e saú de rep rodu tiva é u m a p rioridade n o p aís. Os resu ltados ap resen tados p ela CPI do Con gresso Nacion al resu ltaram n a elab oração d e u m p rojeto de lei qu e au torizava a rede p ú blica de saú -d e a realizar, gratu itam en te, ciru rgias -d e esteri-lização fem in in a e m ascu lin a (Correa, 1993).

En tretan to, ap ós esse p rojeto ter tram itad o d u ran te q u atro an os p elo Con gresso e ter sid o a p rova d o, a lei d e p la n eja m en to fa m ilia r teve u m ca p ítu lo veta d o p elo Presid en te d a Rep ú b lica Fern an d o Hen riqu e Card oso. Esse cap ítu -lo au torizava a red e p ú b lica d e saú d e a realizar d e graça as ciru rgias d e esterilização volu n tária (va secto m ia e liga d u ra tu b á ria ) em h o m en s e m u lh eres com m ais d e 25 an os d e id ad e e com , p elo m en o s, d o is filh o s vivo s (Freita s, 1996). Ap esa r d e p osteriorm en te o Presid en te ter re-con siderado seu veto, o fato m ostra qu e a qu estão da esterilização n o Brasil é com p lexa e con -troversa (Veja, 1996; Rod rigu es, 1996).

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ar-te d e cam p an h a eleitoral d e can d id atos a car-gos eletivos.

O o b jetivo d este tra b a lh o é estu d a r p o ssí-veis d iferen ça s só cio -d em o grá fica s q u a n to à p rática d a laq u ead u ra, com o in tu ito d e in ves-tiga r se existem d eterm in a d o s gru p o s d en tro d a a m o stra estu d a d a q u e fo ra m su b m etid o s p referen cia lm en te a este p ro ced im en to. Pa ra isso, fo i a n a lisa d a u m a b a se d e d a d o s o b tid a en tre m u lh eres d e n ível sócio-econ ôm ico m é-d io-b aixo ou b aixo, em é-d u as regiões é-d o Estaé-d o d e São Pau lo, n o an o d e 1991.

Sujeit os e mét odos

Em 1988, foi avaliad o o Program a d e Assistên -cia In tegral à Saú de da Mu lh er (PAISM) n o Esta-do de São Pau lo e, n o an o de 1991, foi feita u m a reavaliação em du as regiões: n a área m etrop oli-tan a (Pen ha de Fran ça) e n o in terior (Cam pin as).

Este trab alh o se refere à segu n d a avaliação, q u an d o foram en trevistad as, em seu s d om icí-lio s, 1.335 m u lh eres co m id a d es en tre 15-49 an os, u tilizan d o-se u m qu estion ário estru tu ra-d o e p ré-testa ra-d o. Ma io res ra-d eta lh es a cerca ra-d a m eto d o lo gia d a p esq u isa p o d em ser o b tid o s em Pin otti et al. (1990) e Perd igão (1996).

Os d ad os foram in form atizad os e su b m eti-d os a an álise estatística u tilizan eti-d o-se o Statis

-tical Pack age for Social Scien ces for Person al

Com pu ter (SPSS-PC).

Este trab alh o estu d a a associação en tre es-terilização cirú rgica fem in in a e características sóciodem ográficas das usuárias e de seus com p a n h eiro s, q u a is seja m : esco la rid a d e d a m u -lh er, esco la rid a d e d o m a rid o / co m p a n h eiro, id a d e d a m u lh er, esta d o m a rita l, n ú m ero d e gra vid ezes, n ú m ero d e filh o s vivo s e tip o d e m orad ia. O tip o d e m orad ia foi classificad o p e-las en trevistad oras em u m a d as segu in tes cate-gorias: favela, cortiço, b arraco (fora d a favela), h a b ita çã o m éd ia (ca sa d e a lven a ria ) e h a b ita -ção b oa (com acab am en to fin o). Na an álise d os d ad os (Tab elas 5 e 6), o tip o d e m orad ia foi d i-cotom izad o em b oa (qu e in clu i h ab itação b oa) e m en os q u e b oa (q u e in clu i h ab itação m éd ia, b arraco, cortiço e favela).

As d iferen ças en tre os gru p os foram avalia-d as com o teste avalia-d e Qu i-Qu aavalia-d raavalia-d o (Arm itage & Berry, 1987) e som en te os valores sign ificativos d e p (<0,05) são m ostrad os n as tab elas.

Resultados

En con trou -se u m a relação in versa en tre a p or-cen tagem de m ulheres laqueadas e sua escolaridade e a de seu s m aridos/ com p an h eiros: qu an -to m en or a escolarid ad e, m aior a p orcen tagem d e m u lh eres laq u ead as. A p rop orção foi m aior en tre as casadas e m uito pequen a en tre as soltei-ras. Houve m aior porcen tagem en tre viúvas e se-p aradas que en tre m ulheres am asiadas. En tre as que m oravam em habitação boa, a proporção de laq u ead as foi sign ificativam en te m aior d o q u e en tre a s q u e resid ia m em h a b ita çã o m éd ia o u em cortiço. As m aiores d iferen ças foram ob ser-vadas en tre m ulheres de m en or e m aior idade, e com m en or e m aior n úm ero de filhos. As m ulhe-res sem filh os e m en oulhe-res q u e 25 an os têm p re-valên cia d e 2,5%, en qu an to as com u m ou d ois filh os, ou 25 a 34 an os, têm p revalên cia d ez ve-zes m aior. A p revalên cia sobe ain da, e até ap ro-xim a d a m e n t e 50%, n a s m u lh e re s co m cin co ou m ais filh os e id ad e acim a d e 34 an os (Tab e-la 1).

Tab e la 1

Po rce ntag e m d e mulhe re s d e 15 a 49 ano s, q ue e stavam laq ue ad as, se g und o variáve is só cio -d e mo g ráficas se le cio nad as.

% (n) p

Escolaridade

Ne nhuma 42,0 81 0,00001

1a– 4asé rie 0,0 454 5a– 8asé rie 19,0 484 9 ano s o u mais 15,7 273

Est ado marit al

So lte ira 0,8 391 0,00001

Amasiad a 23,1 169

Se p arad a/ Viúva 29,3 99

Casad a 37,0 635

Escolaridade do marido/ companheiro

Ne nhuma 39,1 46 0,0317

1a– 4asé rie 38,8 340 5a– 8asé rie 30,6 301 9 ano s o u mais 31,0 168

N úmero de filhos vivos

Ne nhum 2,5 40 0,00000

1 – 2 22,3 534

3 – 4 51,8 284

5 o u mais 47,6 82

Idade da mulher

15 – 24 2,5 487 0,00001

25 – 34 22,3 412

35 o u mais 51,2 395

Tipo de moradia

Fave la/ Co rtiço / Barraco 22,4 201 0,0106

Mé d ia 20,2 598

Bo a 28,7 487

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Qu an d o se estu d aram som en te as m u lh eres q u e u savam algu m m étod o an ticon cep cion al, ob servou -se tam b ém q u e, q u an to m en or a es-colarid ad e, m aior a p orcen tagem d e m u lh eres laq u ead as. Essa m esm a relação in versa foi ob -servad a n o q u e d iz resp eito à escolarid ad e d os m arid os/ com p an h eiros, n o en tan to a p orcen tagem foi m u ito m en or n os gru p os cu jos com -p an h eiros n ão tin h am n en h u m a escolarid ad e. En co n tro u -se u m a rela çã o d ireta en tre a p o r-cen tagem d e m u lh eres laqu ead as e n ú m ero d e filh o s vivo s e id a d e d a m u lh er: q u a n to m a is id ad e e m aior n ú m ero d e filh os vivos, m aior a p orcen tagem d e m u lh eres laqu ead as. Tam b ém m an teve-se a associação d e estad o m arital e ti-p o d e m orad ia com ti-p roti-p orção d e m u lh eres la-q u ea d a s. Ch a m a a a ten çã o, en treta n to, la-q u e a m ais alta p orcen tagem estava en tre as sep ara-d as e viú vas, b em com o en tre as qu e m oravam em resid ên cia b oa (Tab ela 2).

A m aior p orcen tagem d e m u lh eres laq u ea-d as m an teve-se sign ificativam en te m aior en tre as m u lh eres com o tip o d e m orad ia qu alificad a

com o b oa (casa d e alven aria), q u an d o con tro-lad as p elas variáveis: escolarid ad e d a m u lh er e d o m arid o/ com p an h eiro, estad o m arital e n ú -m e ro d e filh o s vivo s. A p o rce n ta ge -m e n tre a s qu e m oravam em h ab itação b oa só n ão foi sig-n ifica tiva m esig-n te m a io r esig-n tre a s a m a sia d a s e, p rin cip a lm en te, en tre a q u ela s cu jo s co m p a -n h eiros ti-n h am escolarid ad e até a q u arta série p rim á ria . En treta n to, q u a n d o esta a sso cia çã o en tre tip o d e h ab itação e p rop orção d e m u lh e-res la q u ea d a s foi con trola d a p or id a d e, já n ã o se en co n tra ra m d iferen ça s sign ifica tiva s em n en h u m gru p o d e id ad e (Tab ela 3).

As o b ser va çõ es se rep etira m a o se fa zer a m esm a a n á lise a p en a s en tre a s m u lh eres q u e usavam algum m étodo an ticon cepcion al. Qu an -d o a associação en tre tip o -d e h ab itação e p ro-p o rçã o d e m u lh eres la q u ea d a s fo i co n tro la d a p or idade, já n ão se en con traram diferen ças em n en h u m gru p o d e id ad e (Tab ela 4).

A a sso cia çã o en tre a p o rcen ta gem d e m u lh eres laqu ead as e o grau d e escolarid ad e m an -teve-se sign ifica tiva a p ó s ser co n tro la d a p elo tip o d e m o ra d ia e esco la rid a d e d o m a rid o / co m p a n h eiro. En q u a n to p a ra a s m u lh eres a lgu m a vez ca sa d a s (in clu in d o viú va s e sep a ra d as) a m aior p rop orção sign ificativa d e ligad u -ras m an teve-se en tre aqu elas com m en or escolarid ad e, o in verso foi ob servad o en tre as m u -lh eres am asiad as, ap esar d e n ão atin gir sign ifi-cação estatística. Essa relação op osta à ob ser-va d a n o gru p o to ta l ta m b ém fo i en co n tra d a , com sign ifica çã o esta tística , n o gru p o d e m u -lh eres com três ou m ais fi-lh os vivos (Tab ela 5). En tre a s m u lh eres q u e u sa va m a lgu m m é-tod o an ticon cep cion al, tam b ém m an teve-se a rela çã o in versa e sign ifica tiva en tre a p ro p o rção d e laq u ead as e escolarid ad e, q u an d o con -trolad as p elo tip o d e m orad ia, escolarid ad e d o m arid o/ com p an h eiro e estad o m arital, sen d o q u e a relação in versa en tre as am asiad as d esa-p a rece q u a se q u e to ta lm en te. Aesa-p esa r d e ter p erm an ecid o a m aior p orcen tagem d e laq u ea-d as en tre as m u lh eres com m aior escolariea-d aea-d e n o gru p o com três filh os vivos ou m ais, a d ife-ren ça foi m en or e n ão sign ificativa (Tab ela 6).

Da m esm a form a, em tod as as an álises an -terio res, a p ó s co n tro la r p o r id a d e d a m u lh er, d esap areceu a associação en tre escolarid ad e e p rop orção d e laqu ead u ra.

Tab e la 2

Po rce ntag e m d e mulhe re s d e 15 a 49 ano s, laq ue ad as, e ntre as q ue usavam alg um mé to d o antico nce p cio nal, se g und o variáve is só cio -d e mo g ráficas se le cio nad as.

% (n) p

Escolaridade

Ne nhuma 63,3 49 0,0000

1a– 4asé rie 44,1 315 5a– 8asé rie 32,7 281 9 ano s o u mais 29,3 147

Est ado marit al

So lte ira 3,8 78 0,0000

Amasiad a 33,3 117

Se p arad a/ viúva 55,6 52

Casad a 43,0 547

Escolaridade do marido/ companheiro

Ne nhuma 15,8 101 0,0000

1a– 4asé rie 50,7 270 5a– 8asé rie 36,8 250 9 ano s o u mais 35,6 146

N úmero de filhos vivos

Ne nhum 10,0 10 0,0000

1 – 2 28,6 119

3 – 4 63,6 231

5 o u mais 62,9 62

Idade

15 – 24 7,0 172 0,0000

25 – 34 29,0 318

35 o u mais 66,4 304

Tipo de moradia

Fave la/ Co rtiço / Barraco 39,5 114 0,01

Mé d ia 33,5 361

Bo a 44,6 314

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Discussão

Se tivéssem os aceitad o a an álise in icial, tería -m o s p o d id o co n clu ir q u e h á u -m a ten d ên cia a au m en tar a p revalên cia d a laq u ead u ra tu b ária qu an to m en or o n ível d e escolarid ad e d as m u -lh eres. Este resu ltad o estaria a favor d a h ip óte-se d e h a ver u m a p referên cia p o r esteriliza r a s m u lh eres d e m en o r n ível só cio -eco n ô m ico, o q u e co n tra ria o s resu lta d o s d e o u tro s a u to res ( Jan owitz et al., 1985; Vieira, 1994a).

O co n tra ste d esse resu lta d o co m a m a io r p revalên cia d e esterilização en tre as m u lh eres co m h a b ita çã o b o a , q u e esta ria a ssin a la n d o u m a associação n o sen tid o in verso, coloca em d ú vid a essa con clu são in icial.

Em face d esses resu ltad os con flitan tes, foi lógico su sp eitar a in flu ên cia d e p ossíveis variá-veis con fu n d id oras, cu ja associação com esco-larid ad e e tip o d e h ab itação d as m u lh eres fos-se em fos-sen tid os op ostos.

Daí a n ecessid ad e d e con trolar p or tod as as ou tras variáveis estu d ad as p or m eio d e estrati-ficação. Esta an álise p erm itiu com p rovar q u e, tan to a associação en tre escolarid ad e e laqu ea-d u ra, qu an to a associação en tre tip o ea-d e h ab itação e esterilizaitação p assaram a n ão existir qu an

-d o con trola-d as p or i-d a-d e -d a m u lh er, o qu e veio a con firm ar a su sp eita in icial.

A exp licação p ara isso p od e ser a m u d an ça n o n ível d e ed u cação d a m u lh er b rasileira n as ú ltim as d écad as, d e tal form a q u e a an tiga ge-ração, corresp on d en te às m u lh eres com m aior id ad e, tem m en or escolarid ad e q u e as m u lh e-res m ais n ovas. Com o a id ad e é a variável m ais fo r t e m e n t e co rre la cio n a d a co m p re va lê n cia d e ligad u ra tu b ária, este fator d e con fu são exp lica a a exp a re n t e e fa lsa co rre la çã o e n co n t ra d a in icia lm e n te e n tre e sco la rid a d e e la q u e a -d u ra .

O o p o sto a co n tece q u a n to à rela çã o en tre liga d u ra e tip o d e h a b ita çã o. Na m ed id a em q u e a s p esso a s vã o co n stru in d o seu p a trim ô -n io a o lo -n go d a vid a , é co m p ree-n sível q u e, qu an to m aior a idade, m ais p rovável é a m u lh er ter u m a m orad ia d e m elh or qu alid ad e, p articu -larm en te d en tro d e u m a am ostra q u e, d esd e o in ício, exclu iu classe m éd ia alta e alta.

De ssa fo rm a , o gru p o co m h a b it a çã o b o a t in h a u m a m a io r p ro p o rçã o d e m u lh e re s d e m a io r id a d e, o q u e e xp lica a m a io r p re va lê n -cia d e ligad u ra n este gru p o, con firm an d o q u e ta m b ém essa a sso cia çã o era a p en a s a p a ren te e n ão verd ad eira.

Tab e la 3

Po rce ntag e m d e mulhe re s laq ue ad as d e 15 a 49 ano s, se g und o tip o d e mo rad ia e variáve is só cio -d e mo g ráficas se le cio nad as.

Variáveis Tipo de moradia

Bo a Re g ular/ Ruim p

% (n) % (n)

Escolaridade

até 4asé rie 43,0 158 26,5 385 0,001 5asé rie o u mais 20,0 360 14,9 422 0,08

0,001*

Estado marital

Amasiad a 33,3 36 20,1 134 N.S.

Alg uma ve z casad a 41,3 310 29,8 457 0,002 0,001*

Escolaridade do marido/ companheiro

até 4asé rie 18,8 288 19,9 498 N.S.

5asé rie o u mais 37,2 223 22,3 274 0,001 0,03*

N úmero de filhos vivos

1 – 2 31,3 211 16,6 319 0,0001

3 o u mais 61,3 119 45,9 246 0,01

0,0000*

Idade

15 – 24 1,7 178 2,9 307 N.S.

25 – 34 23,0 148 20,4 285 N.S.

35 o u mais 53,4 193 45,8 216 N.S.

0,21*

* Q ui-Q uad rad o re sumo Mante l-Hae nsze l.

(6)

Tab e la 4

Po rce ntag e m d e mulhe re s laq ue ad as d e 15 a 49 ano s, e ntre aq ue las q ue usavam alg um mé to d o antico nce p cio nal, se g und o tip o d e mo rad ia e variáve is só cio -d e mo g ráficas se le cio nad as.

Variáveis Tipo de moradia

Bo a Re g ular/ Ruim p

% (n) % (n)

Escolaridade

até 4asé rie 57,1 119 42,1 242 0,01

5asé rie o u mais 38,1 189 27,2 232 0,02 0,001*

Estado marital

Amasiad a 44,4 27 30,3 89 N.S.

Alg uma ve z casad a 52,2 245 39,4 345 0,003 0,002*

Escolaridade do marido/ companheiro

até 4asé rie 41,5 130 41,4 239 N.S.

5asé rie o u mais 48,0 173 28,8 215 0,0001 0,005*

N úmero de filhos vivos

1 – 2 39,5 167 22,1 240 0,001

3 o u mais 73,0 180 58,9 192 0,02

0,0000*

Idade

15 – 24 5,6 54 7,7 117 N.S.

25 – 34 31,5 108 28,4 204 N.S.

35 o u mais 70,1 147 64,3 154 N.S.

0,37*

* Q ui-Q uad rad o re sumo Mante l-Hae nsze l.

(n) To tal d e caso s so b re o s q uais fo i calculad a a p o rce ntag e m. N.S. = Não sig nificativo .

Tab e la 5

Po rce ntag e m d e mulhe re s d e 15 a 49 ano s laq ue ad as, se g und o e sco larid ad e d a mulhe r e alg umas variáve is só cio -d e mo g ráficas se le cio nad as.

Variáveis Escolaridade

Até 4asé rie 5asé rie o u mais p

% (n) % (n)

Tipo de moradia

Bo a 43,0 158 20,0 360 0,0000

Me no s q ue b o a 26,5 385 14,9 422 0,0000 0,0000*

Est ado marit al

Amasiad a 21,0 105 26,2 65 N.S.

Alg uma ve z casad a 38,1 383 30,2 388 0,0240 0,0725*

Escolaridade do marido/ companheiro

até 4asé rie 33,3 348 8,4 442 0,0000 5asé rie o u mais 29,8 161 28,2 340 N.S.

0,0000*

N úmero de filhos vivos

1 – 2 22,9 218 21,8 316 N.S.

3 o u mais 46,7 255 60,6 109 0,0208

0,2*

Idade

15 – 24 5,6 108 1,6 380 0,0296

25 – 29 23,0 178 19,7 259 N.S.

35 o u mais 47,5 259 52,3 149 N.S.

0,7873 *

* Q ui-Q uad rad o re sumo Mante l-Hae nsze l.

(7)

Teríam os q u e con clu ir, p ortan to, q u e, d en -tro d as lim itações d a am ostra, a q u al n ão p re-ten d e ser rep resen tativa d a p op u lação d o Esta-d o Esta-d e Sã o Pa u lo, co n firm o u -se a a u sên cia Esta-d e u m a associação real en tre con dições sócio-eco-n ôm icas e p revalêsócio-eco-n cia d e ligad u ra tu b ária.

Ap a ren tem en te, essa ‘p referên cia’ p ela es-terilização d efin itiva ocorre em tod as as cam a-d as sociais sem a-d iferen ças en tre elas. Acrea-d ita-m os, en tretan to, q u e a associação en tre p reva-lên cia d e ligad u ra e n ível sócio-econ ôm ico seja ain d a m ais com p licad a.

De u m lad o, sab e-se, p or d iversos estu d os, q u e existe u m a estreita correlação en tre cesá-rea e n ível só cio -eco n ô m ico, e q u e, q u a n to m aiores os recu rsos econ ôm icos, m ais elevad o é o ín d ice d e cesárea (Rattn er, 1996). Tam b ém sab em os q u e h á u m a gran d e associação en tre cesárea e laq u ead u ra, q u e é realizad a d u ran te o p arto cirú rgico em 70% a 80% d os casos (Bar-ros et al., 1991; Faú n d es & Cecatti, 1991).

Assim sen do, dever-se-ia esp erar um a m aior p revalên cia d e ligad u ra en tre as m u lh eres com m elh o r n ível eco n ô m ico. A n ã o -co n firm a çã o d essa a sso cia çã o em n o sso s resu lta d o s n ã o d esca rta q u e ela exista , visto q u e n ã o in clu í-m os n a aí-m ostra os gru p os d e í-m elh or n ível

eco-n ôm ico, q u e é oeco-n d e se ob serva o m aior íeco-n d ice d e p arto p or cesárea.

Por ou tro lad o, q u an to m aior o n ível sócio-econ ôm ico, m aior é a in form ação e o acesso a m étod os altern ativos d e an ticon cep ção, o q u e levaria, teoricam en te, a m en or u so e a u so m ais ta rd io d e la q u ea d u ra en tre a s m u lh eres co m m aior escolarid ad e.

Tod a esta argu m en tação su gere qu e a asso-ciação en tre n ível sócio-econ ôm ico e ligad u ra tu b ária é b astan te com p lexa e n ão p od eríam os p reten d er resolvê-la p or m eio d e u m a p esq u i-sa d e a lca n ce re la tiva m e n te lim ita d o co m o a d e scrit a n e st e t ra b a lh o. Alé m d isso, a p re va lê n cia d e liga d u ra e st á co n t in u a m e n t e m u -d a n -d o, co m a u m en to p ro gressivo -d o s va lo res ab solu tos, assim com o n a d istrib u ição p or id a-d e a-d as m u lh eres laq u eaa-d as. Por tu a-d o isso, ju l-gam os qu e este é u m assu n to qu e deverá con ti-n u ar seti-n do do iti-n teresse de p esqu isadores ti-n esta área, p articu larm en te p elas im p licações p olíti-cas d este p rob lem a. En tretan to, q u alq u er p qu isa d irigid a esp ecificam en te a resp on d er estas qu estões correrá o risco d e ch egar a con clu -sões equ ivocad as se n ão con sid erar cu id ad osa-m en te tod os os d iversos fatores d iscu tid os aci-m a.

Tab e la 6

Po rce ntag e m d e mulhe re s d e 15 a 49 ano s laq ue ad as, e ntre as q ue usavam alg um mé to d o antico nce p cio nal, se g und o e sco larid ad e d a mulhe r e alg umas variáve is só cio -d e mo g ráficas se le cio nad as.

Variáveis Escolaridade

Até 4asé rie 5asé rie o u mais p

% (n) % (n)

Tipo de moradia

Bo a 56,7 120 37,3 193 0,0012

Re g ular/ Ruim 42,1 242 27,2 232 0,0008 0,0000*

Estado marital

Amasiad a 32,8 67 34,0 50 N.S.

Alg uma ve z casad a 50,3 290 38,1 307 0,003 0,0080*

Escolaridade do marido/ companheiro

até 4asé rie 52,5 221 24,7 150 0,0000 5asé rie o u mais 39,3 122 35,0 274 N.S.

0,0000*

N úmero de filhos vivos

1 – 2 30,9 162 27,2 254 N.S.

3 o u mais 61,7 193 67,3 98 N.S.

0,9381*

Idade

15 – 24 12,8 47 4,8 125 N.S.

25 – 29 31,3 131 27,3 187 N.S.

35 o u mais 66,1 186 67,2 116 N.S.

0,4380*

* Q ui-Q uad rad o re sumo Mante l-Hae nsze l.

(8)

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Referências

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