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Artigo
Original
Nível
de
dor
no
pós-operatório
imediato
de
artrodese
lombar
após
infiltrac¸ão
epidural
com
sulfato
de
morfina
夽
Carlos
Alexandre
Botelho
do
Amaral
∗,
Tertuliano
Vieira,
Edgar
Taira
Nakagawa,
Eduardo
Aires
Losch
e
Pedro
José
Labronici
Servic¸odeOrtopediaeTraumatologiadoProf.Dr.DonatoD’Ângelo,HospitalSantaTeresa,Petrópolis,RJ,Brasil
informações
sobre
o
artigo
Históricodoartigo:
Recebidoem15dedezembro de2013
Aceitoem24defevereirode2014
On-lineem23dejaneirode2015
Palavras-chave:
Morfina
Analgesiaepidural Dorpós-operatória Artrodese Fusãovertebral
r
e
s
u
m
o
Objetivo:Avaliaronível de dor em pacientestratados cominfusão epiduralde sulfato
demorfinaemDoseúnica,apósprocedimentocirúrgicodeartrodeselombar.
Métodos:Foramsubmetidosàartrodeselombarposterolateralouartrodeselombar
interso-máticaporviaposterior,emum,doisoutrêsníveis,40pacientes,divididos,prospectivos erandomizadosemdoisgruposde20.Noprimeirogrupo(deestudo)foraminfiltradosno espac¸oepidural,atravésdaáreadalaminectomia,2mgdesulfatodemorfinadiluídosem 10mLdesorofisiológico.Osegundogrupo(controle)nãorecebeuanalgesia.Ospacientes foraminterrogadosquantoaoníveldedor,nopréepós-operatório,comousodaescala visualanalógica(EVA).
Resultados:Verificou-sequeospacientesapresentaramumaquedasignificativadadorpela
EVA.Adorentreopréeopós-operatóriodiminuiuemmédia4,7pontos(p=0,0001),oque correspondea53,2%(p=0,0001).
Conclusão:Aplicac¸ãode2mgdesulfatodemorfina,emdoseúnicaepidural,demonstrouser
umaboatécnicanaterapiadadorapóscirurgianacolunalombar.
©2014SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublicadoporElsevierEditora Ltda.Todososdireitosreservados.
Immediate
postoperative
pain
level
from
lumbar
arthrodesis
following
epidural
infiltration
of
morphine
sulfate
Keywords:
Morphine Epiduralanalgesia Postoperativepain
a
b
s
t
r
a
c
t
Objective:Toevaluatethepainlevelinpatientstreatedwithepiduralinfusionofmorphine
sulfateinasingledose,afterasurgicalproceduretoperformlumberarthrodesis.
Methods:Fortypatientsunderwentposterolaterallumbararthrodesisorintersomatic
lum-bararthrodesisviaaposteriorrouteatone,twoorthreelevels.Theywereprospectively
夽
TrabalhodesenvolvidonoServic¸odeOrtopediaeTraumatologiadoProf.Dr.DonatoD’Ângelo,HospitalSantaTeresa,enaFaculdade deMedicinadePetrópolis,Petrópolis,RJ,Brasil.
∗ Autorparacorrespondência.
E-mail:carlosaba@oi.com.br(C.A.B.Amaral).
http://dx.doi.org/10.1016/j.rbo.2014.02.012
Arthrodesis Vertebralfusion
randomizedintotwogroupsof20.Inthefirstgroup(studygroup),2mgofmorphinesulfate dilutedin10mLofphysiologicalserumwasinfiltratedintotheepiduralspace,through thelaminectomyarea.Thesecondgroup(controls)didnotreceiveanalgesia.Thepatients wereaskedabouttheirpainlevelsbeforeandaftertheoperation,usingavisualanalogue scale(VAS).
Results: Itwasfoundthatthepatientspresentedasignificantdiminutionofpainasshown
bytheVAS.Frombeforetoaftertheoperation,itdecreasedbyanaverageof4.7points (p=0.0001),whichcorrespondedto53.2%(p=0.0001).
Conclusion: Applicationof2mgofmorphinesulfateinasingleepiduraldosewassownto
beagoodtechniqueforpaintherapyfollowinglumbarspinalsurgery.
©2014SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublishedbyElsevierEditora Ltda.Allrightsreserved.
Introduc¸ão
Apesardosavanc¸osnotratamentodadornopós-operatório, umgrandenúmerodepacientesaindasofreapóscirurgiada colunavertebral.Amaioriadessascirurgiascausadorintensa nopós-operatórioimediatoquepodedurarpelomenostrês dias.1–5Essadorpodeaumentaramorbidadeeaincidênciade
complicac¸ões,comotambémcausarretardodareabilitac¸ão. Alémdisso,adornopós-operatórioéumfatorderisco,uma vezquepodeocasionarodesenvolvimentodassíndromesde dorcrônica.6
Métodos seguros e eficientes são, dessa maneira, man-datórios para analgesia no pós-operatório após cirurgia de artrodese vertebral. O uso de opioides por via parenteral temsidoaprincipalindicac¸ão paraaanalgesiaem pacien-tes que foram submetidos à cirurgia de artrodese lombar por via posterior.7 Analgesia epidural tem sido usada em
alguns procedimentos da coluna lombar, como artrodese vertebral, laminectomia, discectomia, hemilaminectomia e foraminectomia.8–10 Entretanto,aadministrac¸ãodeopioides
porviaintravenosaouintramuscularégeralmentefeitaem dosesquepodemcausarefeitoscolaterais,comodepressão respiratória,náusea,vômito,sedac¸ão,retenc¸ãourinária, pru-ridoeíleoparalítico.7Asoutrascausaspossíveisdadorseriam
oposicionamentodospacientesno peroperatório;otempo prolongadodeanestesia;aincisãocirúrgicaposteriorlonga, quegeradesconfortonodecúbitodorsal nopós-operatório; ograndedescolamentodamusculaturaparavertebral, neces-sárioparaoacessocirúrgico;elongotempodemanutenc¸ão sobreafastadores.7 Comoosaco duralédissecadodurante
esseprocedimento,amorfinapodeserfacilmenteinjetadade maneiraseguranaregiãoepiduralpelo cirurgiãoduranteo procedimentocirúrgico.8,10–16
Esteestudoprospectivo erandomizadoteve como obje-tivocomparar pacientesqueforamsubmetidos àartrodese posteriordacolunalombarcompacientessemtratamentoe comprovaraeficáciadeumadoseúnicadesulfatodemorfina epiduralnopós-operatórioimediato.
Métodos
Entrejunhode2008ejaneirode2010foramavaliados40 paci-entessubmetidosàartrodese lombarintersomáticaporvia
posterior emum,dois outrêsníveis. Esses pacientes,com diagnóstico de doenc¸a degenerativadiscalou estenose do canalvertebrallombar,foramoperadossobanestesiageral, no Hospital Santa Teresa, Petrópolis. Foram obtidos a aprovac¸ãodocomitêdeéticainstitucionaleoconsentimento informado de todos os pacientes. Os critérios de exclusão foram: pacientes com ASA>III, alergia ou intolerância a morfina,gravidez,usodeopioidesprévio,outrasdoresno pré--operatórioquenãonacolunalombarecirurgiasnacoluna lombarprévia.Ogrupo1(deestudo)foisubmetido,após con-clusão do procedimento, a uma infiltrac¸ão epiduralin situ
atravésdaáreadalaminectomiacom2mgdesulfatode mor-fina diluídos em10mL de soro fisiológico 0,9%.O grupo 2 (controle)nãofoisubmetidoainfiltrac¸ão.Emambosos gru-posfoiavaliadooníveldedor24horasantesdoprocedimento cirúrgicoede18a24horasapósacirurgiapormeiodaescala visualanalógica(EVA),queconsisteemuminstrumentode aferic¸ãoeevoluc¸ãodosníveisdedor(tabela1).
Metodologia
estatística
Aanálisedescritivaapresentou,sobformadetabela,osdados observados,expressospelafrequência(n),pelopercentual(%) para dadoscategóricos,pelamédia± desviopadrãoepela medianaparadadosnuméricos.
Aanáliseestatísticafoicompostapelosseguintesmétodos:
• paraverificarseexistediferenc¸asignificativanasvariáveis numéricasentreosdoisgrupos(deestudoecontrole),foi usadootestetdeStudentparaamostrasindependentesou
Tabela1–Descritivageraldasvariáveisnuméricas basais
Variável Grupodeestudo
(n=20)
Grupocontrole (n=20)
Sexofemininon(%) 12(60,0%) 11(55,0%)
Sexomasculinon(%) 8(40,0%) 9(45,0%)
Hérniadediscon(%) 10(50,0%) 11(55,0%)
Estenosecanalvertebraln(%) 10(50,0%) 9(45%)
Idade(anos) 52,1±11,2 51,1±13,7
Tabela2–Variáveisbasaissegundoogrupo
Variável Estudo(n=20) Controle(n=20) pvalora
Sexofemininon(%) 12(60%) 11(55%) 0,74 Patologiadehérnia
dediscon(%)
10(50%) 11(55%) 0,75
Idade(anos) 52,1±11,2 51,1±13,7 0,79
Apatologiadehérniadediscofoicomparadacomestenosedocanal vertebral(artrose).
Fonte:HospitalSantaTeresa,Petrópolis/RJ. a Níveldescritivodoteste2oudeMann-Whitney.
odeMann-Whitney(nãoparamétrico);eparacomparac¸ão dedadoscategóricos(qualitativos)foiaplicadootestede qui-quadrado(2);
• para analisar a variac¸ão na escala de dor no pré e pós-operatório foi usado o teste dos postos sinalizados deWilcoxon(nãoparamétrico).
Foram usados métodos não paramétricos, pois algu-mas variáveis (escala de dor e deltas) não apresentaram distribuic¸ão normal (distribuic¸ão gaussiana), por causa da dispersão dos dados e da rejeic¸ão da hipótese de nor-malidadesegundootestedeKolmogorov-Smirnov.Ocritério dedeterminac¸ãodesignificânciaadotadofoionívelde5%. Aanáliseestatísticafoiprocessadapelosoftwareestatístico SAS®Systemversão6.11(SASInstitute,Inc.,Cary,North Caro-lina,EUA).
Resultados
Oprimeiroobjetivofoiverificaraexistênciadeumadiferenc¸a significativanasvariáveisbasaisentreosgrupos:deestudoe controle.
Atabela2forneceafrequência(n)eopercentual(%)do
sexoeda patologia,amédia± desviopadrãodaidade eo correspondenteníveldescritivo(pvalor)dotesteestatístico. Aanáliseestatísticafoicompostapelotestede2paradados
categóricos(sexo epatologia)epelotestetdeStudentpara amostrasindependentes(idade).
Observou-se que não existiu diferenc¸a significativa, no nívelde5%,nasvariáveisbasaisentreosdoisgrupos.
Osegundoobjetivofoiverificaraexistênciadevariac¸ão sig-nificativanaescaladedornopós-operatório.Astabelas3e 4fornecemamédia,odesviopadrão(DP),amedianadaescala
Tabela3–Escaladedornopréenopós-operatóriono grupodeestudo(n=20)
Variável Média DP Mediana pvalora
Escaladedornopré(pontos) 8,8 0,9 9 Escaladedornopós(pontos) 4,1 1,4 4
Deltaabsoluto(pontos) –4,7 1,6 –4 0,0001 Deltarelativo(%) –53,2 15,6 –50,0 0,0001
DP,desviopadrão.
Fonte:HospitalSantaTeresa,Petrópolis/RJ. a TestedospostossinalizadosdeWilcoxon.
Tabela4–Escaladedornopréenopós-operatório nogrupocontrole(n=20)
Variável Média DP Mediana pvalora
Escaladedornopré(pontos) 9,3 0,7 9 Escaladedornopós(pontos) 6,6 1,2 7
Deltaabsoluto(pontos) –2,7 0,9 –2,8 0,0001 Deltarelativo(%) –28,8 9,7 –29,7 0,0001
DP,desviopadrão.
Fonte:HospitalSantaTeresa,Petrópolis/RJ. a TestedospostossinalizadosdeWilcoxon.
dedornopréepós-operatório,ocorrespondentedelta abso-luto(pontos)erelativo(%)eoníveldescritivo(pvalor)doteste deWilcoxon,separadamentenogrupodeestudo(infiltrac¸ão
insitucomsulfatodemorfina)enogrupocontrole, respecti-vamente.
O delta absoluto da escala de dor no pré e no pós--tratamentofoidadopelafórmula:
Delta(pontos)=(dornopós–dornopré ).
Odeltarelativodaescaladedornopréenopós-operatório foidadopelafórmula:
Delta(%)=(dornopós–dornopré)/dornopré ×100.
Verificou-sequeexistiuumaquedasignificativanaescala dedorpós-operatória,emmédiade4,7pontos(p=0,0001),o quecorrespondea53,2%(p=0,0001)nogrupodeestudo.
Observou-sequeexistiuumaquedasignificativanaescala dedornopós-operatório,emmédiade2,7pontos(p=0,0001), oquecorrespondea28,8%(p=0,0001)nogrupocontrole.
O terceiroobjetivofoi verificaraexistência dediferenc¸a significativanaescaladedorenosrespectivosdeltas(absoluto erelativo)entreosgruposdeestudoecontrole.
Atabela5forneceamédia,odesviopadrão(DP),a
medi-anadaescaladedor,osrespectivosdeltas(absolutoerelativo) segundo ogrupo(deestudoecontrole)eocorrespondente níveldescritivo(pvalor)dotestedeMann-Whitney.
Verificou-se que o grupo de estudo apresentou escala de dor no pós-operatório (p=0,0001), no delta absoluto (p=0,0001)enorelativo(p=0,0001)significativamentemaior doqueogrupocontrole(aquedarelativaéde aproximada-menteodobro).
Nãofoiverificadadiferenc¸asignificativa,nonívelde5%,na escaladedornopré-operatórioentreosdoisgrupos(p=0,086).
Discussão
Aanalgesiaperoperatóriapermaneceumgrandedesafiopara oscirurgiõesquetratampacientesqueforamsubmetidosa cirurgias complexas da coluna vertebral.17 Desde a
desco-bertadereceptoresdeopioidesnamedulaem1970,muitos estudostêmprovadoaeficáciadamorfinaepidural.18–20Nas
Tabela5–Escaladedorerespectivosdeltassegundoosgrupos
Variável Estudo(n=20) Controle(n=20) pvalora
Média ± DP Mediana Média ± DP Mediana
Escaladedornopré(pontos) 8,8 ± 0,9 9 9,3 ± 0,7 9 0,086 Escaladedornopós(pontos) 4,1 ± 1,4 4 6,6 ± 1,2 7 0,0001 Deltaabsoluto(pontos) –4,7 ± 1,6 –4,0 –2,7 ± 0,90 –2,8 0,0001 Deltarelativo(%) –53,2 ± 15,6 –50 –28,8 ± 9,7 –29,7 0,0001
DP,desviopadrão.
Fonte:HospitalSantaTeresa,Petrópolis/RJ. a NíveldescritivodotestedeMann-Whitney.
O’Neill et al.8 observaram umareduc¸ão significativa da
solicitac¸ão de analgésico adicional empacientes que tive-ramprocedimentosnacolunalombarapós1mgdemorfina epidural. Entretanto, os autores advertem em relac¸ão aos efeitoscolaterais. Blaclocket al.12 estudaramcinco
pacien-tesquesofreramcirurgialombarereceberam1mgepidural de morfina, em comparac¸ão com o grupo controle. Ape-sar de os autores observarem uma analgesia superior no grupo de estudo nas primeiras 24 horas, eles relataram efeito rebote com dor intensa efoi necessário tratamento comopioides entredois ecincodiasno pós-operatório.Os autores concluem que a dor pode ter sido desencadeada pelamovimentac¸ãoprecocedopacienteoupelareduc¸ãoda produc¸ão de endorfinas. France et al.13 usaram uma dose
médiade morfinaporvia epiduralde 0,91mg(variac¸ão de 0,4-1,2mg).Ospacientestiveramumagrandeanalgesia nas primeiras24horasapósacirurgia,comdiminuic¸ão significa-tivadeanalgésicos,quandocomparadoscomogrupoplacebo. Relataramtambémefeitoreboteapósosegundodiade tra-tamento.Urbanetal.15 analisaramousodeduasdosesde
morfinade0,7e1,4mgcomparadocomogrupocontrole,que nãorecebeu infiltrac¸ãoepidural. Ambosos grupos tiveram analgesiasuperiorquandocomparadosaogrupocontrole.Os autoresconcluemqueosmelhoresresultadosforamobtidos nospacientestratadoscomaltasdosesdemorfina(1,4mg).
Techanivate et al.16 conduziram um estudo
prospec-tivo, randomizado, com placebo controlado, que envolveu 40pacientes,submetidosàlaminectomialombareafusão. Observaramumadiminuic¸ãosignificativadador,deacordo compontuac¸ãodaEVA,por48horasapósacirurgianogrupo tratadocommorfinaquandocomparadocomogrupoplacebo. Wuetal.24demonstraramquebaixasdoses(1mg)de
mor-finaporviaepiduralforamsuficientesparaocontroledador apóscirurgiadedescompressãoefusãoposteriordesegmento curto da coluna. Os autores observaram que doses baixas resultavamemmenosefeitoscolaterais,quandocomparadas cominjec¸ãointravenosadeanalgesiacontroladapelopaciente oucominjec¸ãodemeperidina.
Nossoestudodemonstrouqueos doisgruposnão apre-sentaramdiferenc¸asignificativa(p=0,086)emrelac¸ãoàdor nopré-operatório,deacordocomapontuac¸ãodaEVA.Isso significaqueospacientesdeambososgrupostiveramuma intensidadededorparecida.Entretanto,nogrupodeestudo, apósotratamentocomaplicac¸ãode2mgdesulfatodemorfina naregiãoperidural,depoisdotérminodoprocedimento cirúr-gico,verificou-se umaquedasignificativanador, deacordo comaEVA.Adorentreopréeopós-operatóriodiminuiuem
média4,7pontos(p=0,0001),oquecorrespondea53,2%(p= 0,0001)nogrupodeestudo.Segundoosresultados demons-trados, os doisgrupos apresentaramqueda significativade dorapóstratamento,porémdeformadiferenciada,ouseja,o grupotratadocomsulfatodemorfinamostrouumamelhoria substancialemrelac¸ãoaogruponãotratado.
Oaspectopositivodesteestudofoidemonstraraeficáciado usodosulfatodemorfina,administradoemdoseúnica,para reduzirsignificativamenteadornopós-operatórioimediato. Acreditamos queoaspectonegativofoi afaltade acompa-nhamento da evoluc¸ão da dor edos efeitos colateraisque porventuraocorressem.
Conclusão
Aaplicac¸ãode2mgdesulfatodemorfina,emdoseúnicacom infiltrac¸ãoepiduraldemonstrouserumaboatécnicana tera-piadadorapósartrodeseposteriordacolunalombar,oque resultouemgrandesatisfac¸ãodospacientes.
Conflitos
de
interesse
Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.
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