• Nenhum resultado encontrado

Discriminação de raças primitivas de Pupunha (Bactris Gasipaes) na Amazônia brasileira por meio de marcadores moleculares (RAPDs).

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Discriminação de raças primitivas de Pupunha (Bactris Gasipaes) na Amazônia brasileira por meio de marcadores moleculares (RAPDs)."

Copied!
7
0
0

Texto

(1)

DISCRIMINAÇÃO DE RAÇAS PRIMITIVAS DE PUPUNHA  (zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBABactris gasipaes) NA AMAZÔNIA BRASILEIRA POR MEIO DE 

MARCADORES MOLECULARES (RAPDS)1 

Nelcimar R.  S O U S A2

, Doriane P. RODRIGUES3

, Charles R.  C L E M E N T4 Eduardo O. NAGAO3

, Spartaco ASTOLFI­FILHO3 

RESUMOzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA ­ A pupunha (zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBABactris gasipaes Kunth, Palmae) foi domesticada por seu fruto pelos  primeiros povos da Amazônia Ocidental, possuindo um complexo de raças primitivas (landraces)  parcialmente caracterizado e mapeado morfologicamente. Ao longo dos Rios Amazonas e Solimões,  no Brasil, foram propostas três raças primitivas [Pará (Rio Amazonas), Solimões (baixo e médio  Rio Solimões), Putumayo (alto Rio Solimões)], com indicações de que a raça Solimões poderia ser  artefato de análise morfométrica. Marcadores RAPDs foram usados para avaliar a hipótese de três  raças. Extraiu­se DNA de 30 plantas de cada raça mantida no BAG de Pupunha em Manaus, AM,  Brasil. Na amplificação por PCR, 8 primers geraram 80 marcadores, cujas similaridades de Jaccard  foram estimadas para agrupamento das plantas com UPGMA. O dendrograma conteve 2 grandes  grupos que juntaram­se a uma similaridade de 0,535: o grupo da raça Pará conteve 26 plantas dessa  raça, 5 da Putumayo e 1 da Solimões; o grupo do Rio Solimões conteve 29 plantas da raça Solimões,  19 da Putumayo e 1 da Pará. A estrutura do segundo grupo sugere que existe apenas uma raça ao  longo do Rio Solimões, pois as plantas amostradas são misturadas em sub­grupos sem ordem  aparente. A análise genética não apoia a hipótese de três raças e sugere que a raça Putumayo estende­ se ao longo do Rio Solimões até Amazônia central. Será necessário juntar dados genéticos com  morfológicos para avaliar esta nova hipótese com mais precisão. 

Palavras­chave: variabilidade genética, biogeografia, ethnobotânica, análise genética 

Discrimination of Pejibaye (Bactris gasipaes) Landraces in Brazilian Amazonia using Molecular Markers (RAPDs) 

ABSTRACT ­ The pejibaye (Bactris gasipaes Kunth, Palmae) was domesticated for it fruits by the 

first peoples of western Amazonia. Consequently it exhibits a landrace complex that has been partially characterized morphologically and mapped. Along the Amazonas and Solimões Rivers, in  Brazil, three landraces have been proposed [Pará (Amazonas River), Solimões (lower and middle 

Solimões River), Putumayo (upper Solimões River)], with indications that the Solimões landrace  could be an artifact of the morphometric analysis. RAPD markers were used to evaluate the three  landrace hypothesis. DNA was extracted from 30 plants of each landrace maintained in the Pejibaye  germplasm bank, Manaus, AM, Brazil. During PCR amplification, 8 primers generated 80 markers, 

Jaccard similarities were estimated, the plants were grouped with UPGMA. The dendrogram contained 2 large groups that joined at a similarity of 0.535: the group of the Pará landrace contained  26 plants of this race, 5 of the Putumayo and 1 of the Solimões; the group of the Solimões River 

contained 29 plants of the Solimões race, 19 of the Putumayo and 1 of the Pará. The structure of  the second group suggested that there is only one landrace along the Solimões River, since the plants 

were mixed in sub­groups without apparent order. This marker­based genetic analysis did not support the three landrace hypothesis and suggests that the Putumayo landrace extends along the  Solimões River to central Amazonia. Genetic and morphological data must now be used to evaluate 

this new hypothesis. 

Key­words: genetic variability, biogeography, ethnobotany, genetic analysis 

1

 Apoio do Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil — PP/G7 — Projetos FINEP nº 0930/95 (Embrapa Amazônia Ocidental) e 0869/95 (INPA) 

2

 Embrapa Amazônia Ocidental, Cx. Postal 319, 69011­970 Manaus, AM, Brasil  3

 Instituto de Ciências Biológicas, Universidade do Amazonas, 69077­000 Manaus, AM, Brasil  4

(2)

INTRODUÇÃO zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA A pupunhazyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA (Bactris gasipaes

Kunth,  P a l m a e ) é  a m p l a m e n t e  d i s t r i b u í d a nos  t r ó p i c o s  ú m i d o s  americanos (Mora Urpí et ai, 1997),  e possui ampla diversidade genética  nas suas populações cultivadas devido  a estas estarem em diferentes estágios  de  d o m e s t i c a ç ã o e em diferentes  a m b i e n t e s .  C o m o  c o n s e q ü ê n c i a ,  possui um  c o m p l e x o de  r a ç a s  p r i m i t i v a s  q u e foi  p a r c i a l m e n t e  caracterizado morfologicamente e  mapeado (Mora Urpí & Clement,  1988). Estas raças foram criadas pelos  p r i m e i r o s povos da Amazônia ao  l o n g o de  m i l h a r e s de anos de  d o m e s t i c a ç ã o  p a r t i n d o de  b a s e s  genéticas diferentes ocorrendo em  ambientes diferentes, com o resultado  que cada raça possui características  morfológicas, químicas e produtivas  próprias (Mora Urpí et ai, 1997).  T e o r i c a m e n t e , cada raça possui  características genéticas diferentes. 

Ao longo dos Rios Amazonas e  Solimões, no Brasil, foram propostas  três raças  p r i m i t i v a s de pupunha  (Mora Urpí & Clement, 1988): Pará  (Rio Amazonas), Solimões (baixo e  médio Rio Solimões) e Putumayo (alto  Rio  S o l i m õ e s ) (Fig. 1), com  i n d i c a ç õ e s que a raça  S o l i m õ e s  p o d e r i a ser artefato da  a n á l i s e  m o r f o m é t r i c a  ( C l e m e n t , 1986).  Portanto, é importante descobrir se as  raças propostas com base em análises  morfométricas sào geneticamente  confirmadas e se a análise genética  poderá resolver as dúvidas observadas  na análise morfométrica. 

A caracterização morfométrica,  com base numa lista  m í n i m a de  descritores para uso in situ e ex situ (Clement, 1986), permitiu a  classificação das raças amazônicas de  pupunha (Mora Urpí & Clement, 1988).  As raças foram identificadas como  ' m i c r o c a r p a ' ,  ' m e s o c a r p a ' e  'macrocarpa' com base no tamanho dos  frutos e assumiu­se que o tamanho  reflete o grau de domesticação da raça.  A raça Pará (microcarpa), localizada ao  longo do Rio Amazonas (Brasil), possui  frutos pequenos, oleosos e fibrosos, e  muitos frutos por cacho. A raça  Solimões (mesocarpa), localizada ao  longo do baixo e médio Rio Solimões  (Brasil), possui frutos e cachos  intermediários, e é uma das melhores  para consumo direto porque sua textura  é agradável e contém razoáveis níveis de  caroteno e óleo, o que parece contribuir  para seu sabor agradável. A raça  Putumayo (macrocarpa), localizada ao  longo do alto Rio Solimões (Brasil) e  áreas adjacentes na Colômbia e Peru,  possui frutos grandes, com muito amido  e poucos frutos/cacho. Esta raça está  começando a fornecer matéria­prima  para o novo agronegócio de farinha para  consumo humano, tanto na Amazônia  ocidental como no Acre. 

(3)

Ill)"  5 0 ·  4 0 · 

· 1Π ·  1 0 · ­zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

/ P azyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA J  1 .• • • "B e l 

c= ­

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA ~ / P a J  1 .• • • "

B e l zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

{'"·-'.

• 1 0· Λ

V. Ϊ f \ j 

/ ί ο · · 

Β ϋ ·  5 0 °  Ι Π » / 

Figura 1. Distribuição geográfica das raças Pará, Solimões c Putumayo de pupunhazyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA (Bactris gasipaes) na Amazônia brasileira. As populações amostradas foram: Pará ­ Belém (Bel: 5 acessos; 

12 plantas), Manaus (Mao: 4 ac; 7 pl), Rio Preto de Eva (RPE: 6 ac; 14 pl); Solimões ­ Coari  (Coa: 1 ac; 1 pl), Fonte Boa (FBo: 8 ac; 15 pl), Jutaí (Jut: 2 ac; 5 pl), Tefé (Tef: 4 ac; 9 pl);  Putumayo ­ Amaturã (Ama: 2 ac; 5 pl), Benjamin Constant (BCo: 2 ac; 5 pl), Leticia, Colom­ bia (Let: 2 ac; 4 pl), Santo Antonio do Içá (SAI: 1 ac; 2 pl), São Paulo de Olivença (SPO: 1 ac;  2 pl), Tabatinga (Tab: 6 ac; 12 pl). 

Esta sobreposição sugeriu que existe  muita introgressão entre estas raças (que  é uma suposição lógica devido a sua  distribuição linear ao longo destes rios)  ou que a raça Solimões é um artefato da  análise morfomética (já que a análise  discriminante testou uma hipótese de  existência do complexo de raças na  Amazônia e não apenas ao longo do  Solimões/Amazonas). A segunda  possível dúvida merece atenção  específica porque a hipótese testada com  a análise discriminante foi baseada nas  impressões visuais de um grupo de 

pessoas (MorazyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Urpí & Clement, 1988),  em lugar de estar baseada numa análise 

estatística exploratória. Estas dúvidas  sobre a raça Solimões podem ser 

resolvidas por meio de análises  moleculares. 

(4)

Putumayo) com base na caracterização 

molecular por RAPDs. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

MATERIAL Ε  MÉTODOS  N a  A m a z ô n i a  b r a s i l e i r a , o  Instituto Nacional de Pesquisas da  Amazônia mantém o Banco Ativo de  Germoplasma de Pupunha (BR 174,  km  3 8 ,  M a n a u s ,  A M , Brasil), em  c o l a b o r a ç ã o com a  E m b r a p a  R e c u r s o s  G e n é t i c o s e  E m b r a p a  Amazônia Ocidental. O BAG contém  450 acessos coletados de populações  cultivadas e 5 de silvestres. Utilizou­ se 91 plantas de três raças, sendo 30  de  c a d a  u m a das  r a ç a s Pará (+1  planta desta raça, que foi usada em  t o d o s os  g é i s ) ,  S o l i m õ e s e  P u t u m a y o .  A s  p l a n t a s  f o r a m  s e l e c i o n a d a s  p a r a  r e p r e s e n t a r a  d i s t r i b u i ç ã o  b r a s i l e i r a da  r a ç a  Putumayo, a maioria da distribuição  da raça Solimões (a parte oriental é  mal representada no BAG­Pupunha  e  n ã o foi  i n c l u í d a ) , e a  p a r t e  ocidental e oriental da raça Pará (a  parte central é mal representada no  BAG­Pupunha, e não foi incluída).  A Figura 1 apresenta as populações  amostradas e o número de acessos  e plantas em cada. 

E x t r a i u ­ s e o  D N A  c o m o  DNAsy Plant Mini­kit da Quiagen,  utilizando­se 100 mg do meristema  apical de um estipe lateral, como 

praticado por ClementzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA et al. (1997)  na extração de enzimas, obtendo­se 

em média(±desvio padrão) 72±30  n g  d e  D N A / m l  ( m í n i m o 16;  m á x i m o 140  n g / m l ) . Os  R A P D s  foram obtidos conforme Williams 

et al.  ( 1 9 9 0 ) : as  r e a ç õ e s  d e  amplificação para volume final de  3 0 :1  c o n t i n h a m 3  m l  d e  D N A  genômico (5 ng/ml), 3 ml de dNTP  (2,5  m M ) , 4,2 ml de  M g C l2 (25  m M ) , 7 ml do "primer" (10 ng/ml), 

1,5 U de enzima "Taq  p o l i m e r a s e "  (CENBIOT/RS) e 3 ml de Tampão  10X (Tris­HCl 200  m M  p H = 8 , 6 ;  KC1 500 mM). As amostras foram  a m p l i f i c a d a s em  t e r m o c i c l a d o r  (Perkin Elmer 9600)  p r o g r a m a d o  para 1 etapa de 2 min a  9 42

C , 40  ciclos de 1 min a  9 2 ­ C , 1 min a  3 6e

C e 2 min a 72Q

C, mais 1 etapa  d e 3  m i n a  7 2S

C .  O s  p r i m e r s  utilizados foram da Operon Tech­ nologies (Tab. 1). Os RAPDs fo­ ram separados em gel de agarose  ( 1 , 5 % ) ,  v i s u a l i z a d o s  p o r  f l u o r e s c ê n c i a  c o m  b r o m e t o  d e  etidio e fotografados para posterior  interpretação. 

As duas  p r i m e i r a s e  ú l t i m a s  fileiras (plantas) em cada gel foram  d e s c a r t a d a s em função da  b a i x a  qualidade fotográfica nas  b o r d a s ,  sendo considerada na análise 27  p l a n t a s da  r a ç a  P a r á ,  3 0 da  S o l i m õ e s e  2 4  d a  P u t u m a y o .  B a n d a s foram  c o d i f i c a d a s como  presente ou ausente. As similaridades  de Jaccard foram estimadas da matriz  binaria; a matriz de similaridades foi  usada para gerar um dendrograma com  base em UPGMA (Rolf, 1990). 

(5)

razoável confiança (56 foram  descartados por pouca resolução).  Destes 80  m a r c a d o r e s , 71 foram  polimórficos no conjunto das plantas,  mas cada raça apresentou um número  diferente e menor que este (Tab. 1). 

O dendrograma conteve 2 grandes  grupos que se juntaram a uma  similaridade de 0,535 (Fig. 2). O grupo  da raça Pará conteve 26 plantas dessa  raça, 5 da Putumayo e 1 da Solimões.  O grupo do Rio Solimões conteve 29  plantas da raça Solimões, 19 da  Putumayo e 1 da Pará. 

Detectou­se quatro possíveis  problemas com esta análise: (1) a  maior similaridade entre indivíduos  dentro dos grupos foi de 0,85, na raça  Pará, que é mais distante do que 

esperadozyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA a priori; se esperava que  i n d i v í d u o s de um  m e s m o acesso 

(oriundos da mesma matriz) teriam  s i m i l a r i d a d e s > 0,90; (2) a 

similaridade entre grupos foi muito  pequena (0,535), que é uma distância  esperada entre espécies e não entre  raças dentro de uma espécie; (3) a  presença de plantas estranhas em cada  grupo, ou seja, que estavam fora do  grupo esperado, o que poderia ser erro  de plantio, de coleta da amostra ou de  m a n i p u l a ç ã o da  a m o s t r a no  laboratório; cada planta estranha ao  seu grupo precisará ser reanalisada  futuramente para determinar se foi  erro ou realmente é membro de outro  g r u p o ; (4)  i n d i v í d u o s do  m e s m o  acesso encontrados em dois ou mais  subgrupos, quando se esperava que  estes  i n d i v í d u o s  f o r m a r i a m os  subgrupos; esta situação foi observada  em Elaeis oleifera também, embora  em menor freqüência (E. Barcelos,  Embrapa, com. pess.). 

O grupo da raça Pará apresentou 

TabelazyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 1. Número de marcadores (RAPDs) úteis obtidos de cada primer (Operon) usado nas 

três raças de pupunha (Bactris gasipaes) e número de marcadores polimórficos em cada raça. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

N ° N° P o l i m ó r f i c o s

P r i m e r M a r c a d o r e s T o t a l P a r á S o l i m õ e s P u t u m a y o

O P A - 0 1 5 5 5 3 5

O P A - 0 4 1 0 8 7 8 8

O P A - 0 5 15 12 11 12 12

O P A - 0 8 13 13 11 13 1 2

O P A - 0 9 1 1 10 9 9 9

O P A - 1 8 12 12 11 9 10

O P A - 2 0 9 9 9 9 8

O P A V - 1 5 5 2 2 1 2

(6)

S imilaridade de Jaccard

0,50 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Morfo­raças  Pará  Solimões  Putumayo 

0,60 0,70 0,80

­ ­C 

0,90

Pa.Mao.019.8  Pa.Mao.019.9  Pa.RPE.034.4  Pa.Bol.059.3  Pa.RPE.037.2  Pa.RPE.259.7  Pa.Mao.269.2  Pa.Mao.297.9  P a . R P E . 0 3 7 J  Pa.Mao.270.6  Pa.Mao.270.2  Pu.Tab.048.9  Pa.Bcl.059.5  1 _  P a . B c l . 0 5 9 . 2 

Pa.RPE.259.9  Pa.Bcl.060.2  Pa.Bcl. 060.1  Pu.SPO.049.1  Pa.Mao.269.5  Pa.Bcl.049.4  Pa.Bcl.050.5  Pa.Bcl.049.1  Pa.Bcl.050.3  Pa.Bcl.055.2  ­  ­ P a . B c l . 0 5 0 . 3  —  P u . A m a . 0 5 2 . 4 

P a . B c l . 0 4 9 . 2  P u . S P O . 0 4 9 . 4  Pa.RPE,281.4  Pu.Tab.002.8  S o . T c f . 0 9 8 . 3  P a . R P E 2 8 1 . 9  S o . T c f .044.3  S o . T cf .046.2  S o . F B o . 0 6 8 . 1  So.Jut.071.2  S o . F B o . 0 7 9 . 9  S o . F B o . 0 7 4 . 3  S o . T c f .076.6  S o J u t . 0 6 8 . 8  Pti.Tab.006.9  Pu.Tab.007.9  S o . F B o . 0 8 1 . 5  S o . T c f .07 6.7  S o . F B o . 0 8 1 . 3  P u . B C o . 0 1 6 . 6  So.Jut.071.3  S o . F B o . 0 7 8 .  Pu.Tab.006.!  Pu.Tab.007,5  S o . F B o . 0 8 l . "  Pu.BCo.016.1  Pu.Lct.017.S 

Pu.Lct.015.3  P u . B C o . 0 2 6 . ?  Pu.Tab.002.7  Pu.Tab.006.1 

S o . F B o . 0 7 4 . 4  S o . F B o . 0 7 7 . 6  Pa.RPF..036.2  S o . F B o . 0 7 5 . 3  S o . F B o . 0 6 8 . 9  So.Coa.220.1  P u . B C o . 0 1 6 . 2 

ι — 

0,50 0,60 0,70 0,80

Similaridade de Jaccard

0,90 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

l

γ 

Ε 

Figura 2. Dendrograma das relações entre plantas de pupunhazyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA (Bactris gasipaes) com base na  similaridade de Jaccard estimado da matriz binaria de 80 marcadores RAPDs. Chave: 

(7)

6 subgrupos e um indivíduo. Os dois  primeiros subgrupos (do topo da Fig.  2) representaram Amazônia central, o  terceiro representou Amazônia orien­ tal, com duas plantas estranhas ao  grupo, e os outros 3 contiveram pares  de plantas com uma própria do grupo  e uma estranha ao grupo. O grande  número de plantas estranhas neste  grupo (19%) pode ser devido aos  possíveis erros apontados acima, ou ao  fato que já houve muito introdução de  germoplasma do alto Rio Solimões  (raça Putumayo, especialmente) em  Belém e  M a n a u s  ( M o r a Urpí &  C l e m e n t , 1988), o que  p o d e r i a  influenciar as similaridades. 

O  g r u p o do Rio  S o l i m õ e s  a p r e s e n t o u 8  s u b g r u p o s e um  i n d i v í d u o . O  p r i m e i r o  s u b g r u p o  r e p r e s e n t o u a  r a ç a  S o l i m õ e s , os  próximos três subgrupos misturaram  as raças Solimões e  P u t u m a y o , o  quinto representou a raça Putumayo,  os próximos dois misturaram as raças  Solimões e Putumayo, o penúltimo  representou a raça Solimões (com uma  estranha), e o último subgrupo juntou  uma planta do extremo oriental da raça  Solimões com uma da raça Putumayo.  A ausência de uma estrutura que  diferencie a raça Solimões da raça  Putumayo sugere que existe apenas  uma raça ao longo do Rio Solimões. 

Conclui­se que a análise genética  não apoia a hipótese de três raças. Em  lugar disto, a análise sugere que a raça  Putumayo estende­se ao longo do Rio  Solimões até Amazônia Central. A raça  Pará é apoiada por esta análise, embora 

ainda seja necessário determinar seu  limite ocidental. Desta forma, será  necessário juntar dados genéticos com  morfológicos para avaliar esta nova 

hipótese com mais precisão. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Bibliografia citada 

Clement,  C R . 1986.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Descriptores mínimos para el pejibaye (Bactris gasipaes H.B.K.)

y sus implicaciones filogenéticas. Tese de  m e s t r a d o ,  E s c u e l a de  B i o l o g i a ,  Universidade de Costa Rica, San José,  Costa Rica. 216p. 

Clement, C.R.; Aradhya, M.K.; Manshardt,  R.M. 1997. Allozyme variation in spine­ less pejibaye (Bactris gasipaes Palmae).  Economic Botany, 51 (2): 149­157. 

F e r r e i r a ,  Μ . Ε . ;  G r a t t a p a g l i a , D.  1 9 9 6 .  Introdução ao uso de marcadores moleculares em análise genética. Embrapa­C EN A RG EN, Brasília. 220p. 

Mora Urpí, J.; Clement,  C R . 1988. Races and  populations of peach palm found in the  A m a z o n  b a s i n . In:  C l e m e n t ,  C . R . ;  Coradin, L. (Eds.). Final report (revised): peach palm (Bactris gasipaes H.B.K.) germplasm bank. U.S. A.I.D. project re­ port. Instituto Nacional de Pesquisas da  Amazon ia/Centro Nacional de Recursos  Genéticos, Manaus, Amazonas, pp. 78­94. 

Mora Urpí, J.; Weber,  J . C ; Clement,  C R .  1997. Peach palm.  B a c t r i s  g a s i p a e s  Kunth. Promoting the conservation and  use of underutilized and neglected crops.  20. Institute of Plant Genetics and Crop  Plant Research ­ IPK, Gatersleben/Inter­ national Plant Genetic Resources Institute  ­ IPGRI, Rome. 83p. 

Rolf, F.J. 1990. NTSYS-pc - Numerical tax-onomy and multivariate analysis system, ver. 1.6. Exeter Software, Setauket, NY. 

Williams, J.G.K.; Kubelik, A.R.; Livak, K.J.;  Rafalski, J.A.; Tingey, S.V. 1990. DNA  polymorphisms amplified by arbitrary  p r i m e r s  a r e useful  g e n e t i c  m a r k e r s .  Nucleic Acid Research, 18:6531 ­6535. 

Imagem

Figura 1. Distribuição geográfica das raças Pará, Solimões c Putumayo de pupunha zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA  (Bactris  gasipaes) na Amazônia brasileira. As populações amostradas foram: Pará ­ Belém (Bel: 5 acessos;  12 plantas), M
Figura 2. Dendrograma das relações entre plantas de pupunha zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA  (Bactris gasipaes) com base na  similaridade de Jaccard estimado da matriz binaria de 80 marcadores RAPDs. Chave: 

Referências

Documentos relacionados

Percentages of emerged, dead, dormant, and germinated but not emerged (GNE) seeds; emergence speed index (ESI); and mean emergence time (MET) of Bactris gasipaes seeds from fruits

performed in tissues of the tegument and endosperm of seeds of the palm tree Bactris gasipaes (peach palm) showing presence of terpenoids (A), phenolic compounds (B), tannins

Distribution of wild populations (var. gasipaes ) of peach palm ( Bactris gasipaes ), and Core Collection samples within the Peach palm Active Germplasm Bank maintained at

Η γραμμή bus βρίσκεται σε απόσταση 100m από της γεννήτριες και από αυτήν συνδέονται οι αυτόματοι διακόπτες ισχύος ATS οι οποίοι έχουν την δυνατότητα να κλείσουν αυτόματα ανάλογα με τις

However, studies on insect growth and development at several combinations of temperature and photoperiod have also produced a patchwork of examples with nearly as Convergent

O objetivo do trabalho é elaborar e caracterizar uma farinha, obtida a partir de uma variedade de pupunha regional e, em seguida levantar dados de equilíbrio de adsorção de umidade,

Todavia, e apesar de só agora expressamente consagrado, e no seguimento da doutrina Alemã, a jurisprudência do Supremo Tribunal Administrativo tem vindo a adotar este princípio

O objetivo do trabalho é elaborar e caracterizar uma farinha, obtida a partir de uma variedade de pupunha regional e, em seguida levantar dados de equilíbrio de adsorção de umidade,

Figura 3 – Dendrograma baseado nas Distâncias de Nei (1972) entre as três raças da Amazônia e uma da América central de pupunha cultivada ( Bactris gasipaes var. gasipaes )

A adubação potássica, por sua vez, é importante principalmente em lavouras consorciadas com braquiária; isso acontece porque o potássio é reciclado pela forrageira e