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Influência da produção do fator inibidor da migração de macrófagos (MIF) na evolução da infecção por Schistosoma mansoni em camundongos

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Academic year: 2017

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RESUMO

TÍTULO: influência da produção do fator inibidor da migração de macrófagos (MIF) na evolução da infecção por Schistosoma mansoni em camundongos

NÚMERO DE PÁGINAS: 163

PALAVRAS-CHAVE: Schistosoma mansoni, macrophage migration inhibitory

factor-MIF,

granuloma.

BANCA EXAMINADORA: Dra. Deborah A. Negrão-Corrêa- UFMG Dra. Elida Mara Leite Rabelo-UFMG

Dr. Ricardo Toshio Fujiwara-UFMG

DATA DA DEFESA: 30 de abril de 2009

INÍCIO DO CURSO: 2007

TÉRMINO DO CURSO: 2009

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A esquistossomose é uma doença crônica e debilitante que afeta mais de 200

milhões de pessoas em todo o mundo. A morbidade resultante da infecção por

Schistosoma mansoni é predominantemente causada por reação do hospedeiro contra os

antígenos dos ovos do parasito que são liberados no sistema porta e que ficam

parcialmente retidos no fígado e intestino, desencadeando uma inflamação

granulomatosa que pode evoluir para casos graves de fibrose hepática e hipertensão

portal. A evolução da forma grave da esquistossomose é multi-fatorial e ainda não

esclarecida, porém, estudos experimentais indicam que a indução e modulação da

resposta imunológica durante a formação do granuloma é determinante no processo. A

citocina MIF, macrophage migration inhibitory factor, é produzida por uma grande

variedade de células e tecidos e desempenha um papel importante na indução do

processo inflamatório, atuando na atração e ativação de linfócitos, macrófagos e

eosinófilos, células essenciais na formação do granuloma esquistossomótico. Apesar de

ter sido constatado que células presentes no granuloma esquistossomótico produzem e

secretam MIF na esquistossomose, seu papel na evolução da doença ainda não é

conhecido. Desta forma, este trabalho teve como objetivo analisar a participação desta

citocina na evolução da esquistossomose murina através da análise comparativa da

infecção por S. mansoni em camundongos Balb/c geneticamente deficientes na

produção de MIF (MIF-/-) e seus respectivos controles Balb/c não deficientes (WT).

Camundongos de ambos os grupos experimentais foram infectados subcutaneamente,

25 cercárias/animal de S. mansoni da linhagem LE, e acompanhados durante 14

semanas sendo anotados os eventuais casos de óbito em cada grupo experimental.

Animais de cada grupo experimental também foram necropsiados durante a fase aguda

(8 semanas) e fase crônica (14 semanas) da infecção por S. mansoni para quantificação

da carga parasitária e número de ovos do parasito retidos nos tecidos ou eliminados nas

fezes. Paralelamente, foram analisados parâmetros imunológicos, como resposta

humoral e produção local de citocinas, e histopatológicos, como infiltração celular e

deposição de colágeno no fígado e intestino dos animais necropsiados. A taxa de

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camundongos MIF-/-em comparação com os camundongos não deficientes. A avaliação

parasitológica demonstrou que o número de vermes e a deposição de ovos no fígado e

no intestino dos animais experimentalmente infectados de ambos os grupos

experimentais foi estatisticamente semelhante, tanto na fase aguda como na fase crônica

da infecção. A análise das alterações imunológicas induzidas pela infecção por S.

mansoni revelou diferenças importantes na resposta de camundongos MIF-/-. Apesar de

apresentar níveis semelhantes de citocinas pró-inflamatórias (TNF- α e IL-17) e

modulatórias (IL-10), estes animais apresentaram uma produção reduzida de citocinas

do perfil Th2, especialmente IL-4, e aumento de IFN- γ no fígado em resposta à

infecção pelo parasito. Paralelamente, camundongos MIF -/- infectados por S. mansoni

apresentaram menor indução de IgE sérica e o granuloma formado ao redor do ovo do

parasito foi menor e apresentava menor infiltração de eosinófilos e macrófagos. A

avaliação da deposição de colágeno no granuloma esquistossomótico, tanto na análise

histopatológica como na quantificação de hidroxiprolina no fígado, indica uma

quantidade diminuída de colágeno nos camundongos MIF-/- em relação aos animais WT,

especialmente na fase crônica da esquistossomose. Finalmente, foi possível quantificar

um aumento significativo dos níveis séricos de ALT e AST em camundongos durante a

fase crônica da infecção, sendo que o aumento de ALT foi significativamente maior em

camundongos MIF-/-, sugerindo maior lesão hepática nestes animais. Em conjunto, os

dados apresentados indicam que MIF participa do recrutamento de eosinófilos e

macrófagos e da indução da resposta do tipo 2 durante a formação do granuloma

esquistossomótico, e que a formação adequada do granuloma é importante na proteção

do hospedeiro contra possíveis lesões hepáticas induzidas por antígenos do ovo do

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