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Dia da criança: missão institucional do Exército?

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ESCOLA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DE EMPRESAS

MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

DIA DA CRIANÇA: MISSÃO INSTITUCIONAL DO EXÉRCITO?

Trabalho final apresentado à Escola

Brasileira de Administração Pública e de

Empresas para a obtenção do grau de

Mestre em Administração Pública

CLAUDINEY SILVESTRE ALVES

Rio de Janeiro

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FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS

ESCOLA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DE EMPRESAS

MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

CLAUDINEY SILVESTRE ALVES

DIA DA CRIANÇA: MISSÃO INSTITUCIONAL DO EXÉRCITO?

Rio de Janeiro

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5 “Quem quer que utilize dinheiros públicos terá de justificar seu bom e regular emprego na conformidade

das leis, regulamentos e normas emanadas

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6 AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus pais José Silvestre Alves e Maria Aparecida da Silva Alves, pelo

amor com que me conceberam e educaram, pelas inúmeras horas que velaram meu sono, minha

eterna gratidão.

Agradeço à minha orientadora, Fátima Bayma de Oliveira, pelos conhecimentos

repassados e, principalmente, pela confiança. Meus sinceros agradecimentos pela orientação

firme e objetiva na realização deste trabalho, por sua sensibilidade e presteza nos momentos

críticos.

Agradeço aos amigos do mestrado pela compreensão, apoio e companheirismo em todos

os momentos de nosso curso. Gostaria de registrar o nome de todos: Andrea Bello, Cabingano

Manoel, Jorge, Leandro Galiza, Mário Filho, Dante Casanova, Roberto de Oliveira, Karin Merz,

Arthur Valle, Alessandra Monteiro, Marco Barcelos, Lilian Murillo, Luiz Henrique, Charlye,

Rafaela Quental, Carla Souza, Alexandre Lessa, Virgínio Vieira, Alessandro Liberatori,

Fernando Vasconcellos, Flávia Vastano, Marcel Lima, Renata Ignarra, Rodrigo Mendes, Eric

Ota, Heliomar, Conrado Parreiras, Márcia Ribeiro. Aqueles que por ventura eu tenha esquecido

sintam-se aqui representados com os demais.

Agradeço aos professores que contribuíram com a minha formação: Alketa Peci,

Armando Cunha, Carlos Pereira, Deborah Zouain, Elizabete Ferrarezi, Fernando Guilherme

Tenório, Francisco Gaetani, Henrique Heidtmann Neto, Joaquim Rubens, Luiz Alberto Santos,

Octavio Amorim Neto, Paulo Roberto de Mendonça Motta, Sonia Fleury

Por fim, agradeço a todos aqueles que direta ou indiretamente colaboraram para este

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7 SUMÁRIO

AGRADECIMENTOS ... 6

RESUMO ... 8

ABSTRACT ... 9

CENÁRIO – Narrativa do caso ... 10

NOTA DE ENSINO ... 16

Aplicação do caso ... 16

Fonte de dados ... 17

Objetivos educacionais ... 18

Questões para discussão ... 18

O que aconteceu no caso real ... 19

Análise teórica ... 20

Roteiro para discussão ... 25

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8 RESUMO

O presente Estudo de Caso trata da realização de um evento de cunho social dentro das

instalações de uma unidade militar do Exército. O Evento é referente às comemorações ao dia da

criança que tem ocorrência contumaz. Neste sentido discute-se uma problemática relacionada à

legitimidade de realização deste tipo de atividade ante o dilema: Ações socioculturais x

Segurança Nacional. Desdobra-se ainda, a discussão sobre a possibilidade de o particular realizar

doações diretamente ao quartel bem como o devido processo que se deve promover quanto ao

recolhimento dos recursos recebidos aos cofres públicos. O presente caso pode ser trabalho

dentro do seguinte tema: Gestão Orçamentário-Financeira.

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9 ABSTRACT

This case study deals with the realization of an event of social nature within the premises

of a military unit of the Army. The event is related to the child's day celebrations that have

occurred stubborn. In this sense it is discussed an issue related to the legitimacy of performing

this kind of activity before the dilemma: Actions sociocultural x National Security. Unfolds

further discussion about the possibility of the particular make donations directly to the barracks

and due process should be encouraged regarding the payment of the funds received to the public

coffers. This case can be working in main area: Budget and Financial Management.

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10 CENÁRIO – Narrativa do caso

Criciúma, Santa Catarina, 13 de setembro de 2010. Poucos dias depois das festividades em comemoração ao 7 de setembro, o Comandante do 171º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), Coronel Trautman, pediu para chamar o Fiscal Administrativo da unidade, Capitão Siqueira Campos. Minutos depois, o capitão se

apresentou: “Pois não, Coronel!”.

“Precisamos preparar as festividades para a semana da criança”, disse o Coronel. E prosseguiu:

O prefeito acaba de me ligar solicitando nosso apoio novamente. Nós realizamos esse evento nas instalações desde 1993, e ele já foi incorporado ao calendário local. Como você é novo aqui, estou avisando com antecedência para que você mantenha o padrão de excelência do evento. No ano passado, contratamos uma empresa para colocação de brinquedos para diversão das crianças. A empresa contratada ficou responsável pela montagem de tobogã, piscina de bolinhas, cama elástica e castelo inflável. Lembro que você precisa treinar os soldados para fazer a segurança da criançada. Não queremos que elas se percam no

interior do quartel. Nós também distribuímos o “kit bocão”, com escova e creme

dental, para realização de atividades com nossos dentistas sobre higiene bucal. Siqueira Campos, outra coisa que deve anotar é o lanche que as crianças receberão. No ano passado, faltou cachorro-quente, porque os soldados comeram um bocado. Você precisa organizar isso. Para este ano, queremos oferecer sorvete, realizar uma apresentação com músicos locais e uma animação com palhaços. Você tem bastante trabalho a fazer, mas, no final, compensa, pelo prestígio que o quartel e o Exército ganham junto à sociedade.

O Capitão ouviu atentamente, tomando notas de vez em quando, e começou a pensar em como fazer e, principalmente, qual o custo do evento. Ao final da

explanação, o Coronel perguntou ao “capita” se ele tinha alguma dúvida. “Não,

Senhor!”, respondeu. “Missão dada é missão cumprida”, disse o Coronel, e

acrescentou: “Mas vou lhe ajudar”. Nesse momento, entregou ao Capitão Siqueira

Campos uma lista de empresários locais. Fez-se um instante de silêncio. Pedindo

licença para se retirar, o Capitão foi alertado sobre uma última informação: “Este é meu último ano de comando, ‘capita’. Não estrague o bom trabalho que vem sendo feito antes de sua chegada”.

Na mente do Coronel Trautman, permanecia a informação de que o Capitão havia servido em uma Inspetoria de Contabilidade (unidade de controle interno do Exército), e haviam lhe alertado de que ele era extremamente apegado aos regulamentos, inflexível às predileções político-sociais de seus comandantes. Ao

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que eu vou me desdobrar para fazer suas vontades e caprichos, está muito enganado. Bem que me avisaram de que ele é político e faz de tudo para concorrer ao

generalato”.

Faltava menos de um mês para o evento...

Na manhã seguinte, na habitual reunião de oficiais após a formatura, em meio a diversos assuntos do cotidiano militar, o Tenente Pinga-Fogo, que tinha sido responsável pela organização do evento das crianças nos dois anos anteriores, pediu a palavra:

Coronel Trautman, o que vamos fazer este ano? No último evento, o dinheiro quase não deu. Para este ano, recebi a informação de que o número de crianças quase dobrou. Como vamos dar lanche e brinquedos para todos? E mais, os empresários foram relutantes em nos repassar dinheiro. O Senhor Otávio Correa alegou que já pagava impostos demais para ainda ter que entregar dinheiro vivo para os “milicos”!

Respondendo à indagação do Tenente, o Coronel Trautman disse, em tom

desafiador: “Vai depender da desenvoltura do Capitão Siqueira Campos. Já passei uma lista de empresários para ele ir pedir o dinheiro que for necessário. Só depende dele”.

O Capitão Siqueira Campos não se sentia muito confortável. Via-se impelido a realizar algo que, em seu entendimento, não parecia adequado. E via, na forma como sua responsabilidade fora exposta ante seus pares, uma busca de legitimação por parte seu superior.

Ao chegar a sua casa, pôs-se a estudar os regulamentos, para avaliar a possibilidade de pedir dinheiro à sociedade. Não queria fugir da responsabilidade, mas sabia que não podia cumpri-la a qualquer custo, sem respeito aos preceitos legais e regulamentares. Estudou até de madrugada, relembrando seus tempos de Cadete da Academia Militar das Agulhas Negras, quando os estudos noite afora, somados à sua conduta exemplar, lhe renderam a primeira colocação, com vários prêmios.

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O Coronel Trautman, percebendo a perspicácia do seu fiscal administrativo, refutou suas colocações. Como quem guarda as melhores cartas na manga para o momento certo, o Coronel informou:

Você não tomou conhecimento do parecer da Secretaria de Economia e Finanças, que autoriza a solicitação de recursos às empresas? E mais: desde 1993, nunca utilizamos recursos dos cofres públicos para a realização desses eventos. Até porque não haveria como usar recursos do Tesouro, pois o evento exige aplicação imediata do dinheiro. Se esperássemos os prazos da realização

da despesa, como você quer, o evento se chamaria “Festa de Natal”, e não “Dia

da Criança”!.

Siqueira Campos ouviu atentamente o Coronel e respondeu que verificaria o assunto com mais cuidado, diante dos esclarecimentos recebidos. Pediu licença e saiu pensando:

Ainda que haja autorização para pedir dinheiro, não é possível sua utilização sem o respeito às fases e estágios dos gastos públicos: licitação ou dispensa, empenho, liquidação e pagamento. Ainda que o Coronel argumente que a

realização do evento “Dia da Criança” encontra guarida no seio das ações

públicas levadas a cabo pelo 171º GAC, existem questões não respondidas: Como conceber que uma unidade gestora julgue relevante a realização de determinado evento e não disponha de recursos específicos para tal? E mais: a situação de um quartel dispondo de seus oficiais e praças para arrecadação de dinheiro junto a particulares, com fim de realizar evento de interesse da própria unidade, não é algo que colide com a própria imagem do Exército?

Meia hora depois, o Coronel Trautman, muito pensativo sobre as últimas ocorrências, mandou chamar o Subcomandante, Tenente-coronel Oblivion. Em uma longa conversa, refletiu sobre o evento Dia da Criança. De certa forma, o Capitão tinha razão: se considerado de interesse da Força Terrestre, deveria ter sido custeado pelos recursos públicos e executado dentro do orçamento anual, e não a partir de doações recebidas das empresas de Criciúma, doações, aliás, que sempre haviam sido operadas fora da gestão orçamentária da unidade. O diálogo entre os dois foi o seguinte:

Oblivion: “O Capitão Siqueira Campos me procurou mais cedo, para pedir

orientação sobre esta situação. Tivemos uma longa conversa e, ao final, ele indagou sobre a necessidade de recolher o dinheiro recebido mediante depósito na conta única do Tesouro Nacional. Aquele procedimento que se faz com a GRU [Guia de

Recolhimento da União]”.

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13 “Pois é”, continuou Oblivion, “o Siqueira Campos conhece o procedimento, pois era uma das suas responsabilidades na Inspetoria de Contabilidade”.

“Mas como realizar a despesa, então?”, indagou Trautman. “Você sabe que não

recebemos crédito orçamentário para esse tipo de atividade. Mesmo que pedíssemos! Com o constante corte de despesas imputado ao Exército, não seríamos atendidos nunca. E como fazer com as crianças que, a cada ano, esperam ter ao menos um momento de atenção? A cidade já espera de nós esse evento, as escolas se programam, as famílias aguardam o atendimento médico-odontológico de nossos profissionais de saúde. Seria um grande impacto negativo para unidade e para o

Exército”.

“Perfeitamente, Comandante”, assentiu Oblivion, “mas é preciso ter em conta,

também, que uma ação fora dos ditames legais pode ter efeitos negativos. Ela pode prejudicar a sua carreira. Digo isso, pois o Capitão Siqueira Campos me apresentou

este documento contendo alguns mandamentos legais que devem ser respeitados”.

Nesse momento, o Tenente Coronel Oblivion apresentou uma separata ao Comandante, com o seguinte teor:

Senhor Comandante, venho por meio deste ofício apresentar a fundamentação legal que deve ser apreciada antes de dar prosseguimento à atividade de levantamento de dinheiro junto aos empresários, a saber:

Constituição Federal/88

Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.

Lei 4.320/64

Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao princípio de unidade de tesouraria, vedada qualquer fragmentação para criação de caixas especiais.

Em suma, era questionada a legalidade de o quartel receber verbas da comunidade para realizar eventos de cunho social, inclusive o fato de utilizar o pessoal da organização militar, bem como disponibilizar os meios necessários à consecução do evento.

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Mas, sobre a possibilidade de realizar o evento, isso está fora de questão. Se não

fosse possível, o escalão superior já teria proibido”.

“Sobre a realização do evento”, disse o Tenente-coronel, “consultei o Major Dutch, da 6ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças, e ele asseverou que é possível, sim. Ele me enviou o seguinte normativo, baseando-se no mesmo art. 142 da Constituição, que, no seu § 1º, dispõe que uma lei complementar estabelecerá as normas gerais a serem adotadas na organização, no preparo e no emprego das Forças Armadas. Essa lei é a Lei Complementar n. 97, de 9 de julho de 1999”. Oblivion leu para o Comandante:

Art. 16. Cabe às Forças Armadas, como atribuição subsidiária geral, cooperar com o desenvolvimento nacional e a defesa civil, na forma determinada pelo Presidente da República.

Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, integra as referidas ações de caráter geral a participação em campanhas institucionais de utilidade pública ou de interesse social.

Trautman: “Perfeito! Além disso, o simples fato de trazer jovens para realizarem atividades no interior da organização militar, sem sombra de dúvidas, tem o condão de despertar a noção de patriotismo e de cidadania. Nesse sentido, não se pode dizer que foge à razoabilidade a adoção dessas ações. Ademais, a integração das Forças Armadas com a comunidade é demasiadamente salutar, mormente nas cidades em que a presença do Estado pouco se faz sentir. Etapa resolvida. Mas ainda estamos em

um impasse quanto ao uso dos recursos”.

“Certamente, Comandante!”, respondeu Oblivion. E, buscando uma nova

informação em suas anotações: “O Siqueira Campos questiona a legitimidade da

organização militar de se valer desses recursos para a realização de seus eventos. Menciona que a busca de patrocínio com a iniciativa privada poderia afrontar o princípio da moralidade, mormente o Código de Ética do Servidor Público [Decreto n. 1.171, de 22 de junho de 1994]. Defende que esse normativo veda ao servidor público

‘pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira,

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captação de recursos para a realização de evento em que toda a comunidade seria

beneficiada”.

Esfregando a mão no queixo, bastante pensativo, mas não resignado, o Coronel

Trautman emendou: “Obrigado pelas informações, Oblivion. Agora a decisão é minha.

Volte aqui amanhã pela manhã, junto com o Capitão Siqueira Campos. Você está

dispensado. Pode retornar às suas atividades”.

Na manhã seguinte, conforme estabelecido pelo Comandante, se apresentaram o Tenente-coronel Oblivion e o Capitão Siqueira Campos. O Coronel Trautman

recebeu-os já dizendo: “Vamos dar continuidade aos procedimentos relativos ao Dia da

Criança. Essa é a minha decisão”.

Oblivion e Capitão Siqueira se entreolharam, surpresos com a decisão. Depois de uma pequena pausa, o Coronel Trautman, alisando seu bigode, num claro esforço para aceitar as ponderações de seus oficiais, disse, titubeante: “Em todo caso, para esclarecer essa história, precisamos urgentemente contatar a Assessoria Especial e falar com o Coronel Braddock. Ele saberá dizer como devemos proceder neste caso. Eles saberão nos informar como realizar o evento sem pôr em risco a lisura e as boas

práticas administrativas”.

Oblivion: “Certo, Comandante. Vou providenciar a viatura para que possamos todos ir a Florianópolis saber o que deve ser feito”.

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16 NOTA DE ENSINO

Resumo do caso

Uma unidade militar do Exército se prepara para realizar, uma vez mais, um importante evento de integração com a comunidade, que vem realizando há quase 20 anos: a comemoração do Dia da Criança. Mas, ao receber a incumbência de organizá-lo, o Capitão Siqueira Campos tem dúvidas sobre a legitimidade desse tipo de ação dentro de um quartel e sobre a maneira adequada de financiá-la. Como realizar o evento sem cometer irregularidades nem ferir a missão institucional do Exército?

Palavras-chave: Administração Pública; Conta Única do Tesouro; Doações privadas para o setor público, Ação Cívico-social por instituição militar.

Aplicação do caso

Roesch (2007, p. 1-4) esclarece que os casos para ensino foram concebidos a mais de 100 anos na Universidade de Harvard nos Estados Unidos. A autora apresenta ainda que, uma vantagem é possibilidade de aprendizagem sobre resolução de problemas e tomada de decisões sem os riscos. De fato os riscos inerentes aos fatos concretos - uma decisão errada, por exemplo - podem comprometer a organização e/ou seus usuários e colaboradores tanto em aspectos financeiros quanto sociais. Evidentemente que não se deseja correr riscos desnecessários, modo que o exercício de análise com casos que congreguem os elementos necessários de uma realidade vivida por alguém ou instituição vem ao encontro da segurança almejada.

Neste sentido, de caso de ensino – cabe destacar que hoje é um dos produtos

finais possíveis nos mestrados profissionais –, segundo Roesch (2007 p. 4), possibilita

o resgate da experiência profissional relatando situações reais com uma construção baseada em pesquisas efetuadas nas organizações;

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A Administração Pública, assim como as demais áreas sociais, encontram-se em constante evolução doutrinária e tecnológica, e, nesse sentido, a sedimentação e o aprimoramento daqueles conhecimentos já consagrados, bem como a absorção das novas idéias e tendências, faz parte do constante e imperioso aprendizado que é exigido de todos os profissionais envolvidos na gestão de recursos públicos.

A compreensão de complexos procedimentos técnicos, em constante mutação devido ao grande volume de normas legais que são publicadas diariamente, pelos diversos agentes governamentais, faz parte do principal desafio a ser enfrentado, diuturnamente, por todo aquele que lida rotineira ou esporadicamente com bens, direitos e obrigações públicas.

Assim sendo, a Secretaria de Economia e Finanças (SEF), ciente de que a

efetiva capacitação e o exaustivo treinamento dos recursos humanos é a melhor maneira para se evitar impropriedades e/ou irregularidades administrativas, elaborou uma lista de assuntos e procedimentos que deverão, constantemente, ser objeto de simpósios e/ou instruções para todos os agentes da administração.

Para elaboração da presente lista, a SEF levou em consideração aqueles assuntos que, num primeiro momento, foram julgados mais importantes pelos seguintes motivos:

(...)

- é extremamente importante para o Exército que todos os seus quadros estejam capacitados a agir como elementos avançados do controle interno.

As palestras disponibilizadas por esta Secretaria constituem uma base mínima de conhecimentos que devem ser ministrados objetivando o preparo dos agentes da administração. (grifos meu)

Face ao exposto e, notadamente a minha experiência profissional de mais de 15 anos perpassando diversas lidas administrativas e acompanhando as demandas dos sistemas de controle interno e externo, vislumbrei a construção deste caso de ensino que perpassa situações que podem ocorrer em mais de 500 organizações militares do EB espalhados pelo país.

Subsidiariamente, o caso também pode ser utilizado em cursos de gestão pública, em aulas que discutam um ou mais dos seguintes temas:

• Captação de recursos diretamente por instituição pública mediante doações. Desafios na aplicação diante das determinações legais;

• Gestão social: os desafios nas parcerias público-privadas e organizações da sociedade civil;

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18 Fonte de dados

As informações foram coletadas do processo jurisdicional do Tribunal de Contas

da União através do Acórdão Nº 2198/2007 – TCU – Plenário e seus anexos. Como s

procedimentos realizados pelas instancias da corte de contas são bastante detalhados os documentos citados serviram como uma fonte rica e adequada a construção do caso. A experiência individual deste autor foi fundamental para constituir os elementos relacionais entre os personagens da narrativa. Modo que a vivência profissional ao atuar como Encarregado do Setor Financeiro em uma organização militar constitui importante fonte de dados.

Objetivos educacionais

Espera-se que a leitura, análise e discussão do caso ajudem o aluno a:

• Reconhecer e problemas, equacionar soluções, pensar estrategicamente,

introduzir modificações, atuar preventivamente, transferir e generalizar conhecimentos e exercer, em diferentes graus de complexidade, o processo da tomada de decisão;

• Desenvolver capacidade para elaborar, implementar e consolidar projetos

institucionais no setor público.

Questões para discussão

1. Capacidade de analisar problemas e de questionar decisões tomadas

• Descreva a finalidade institucional do Exército Brasileiro.

• Discuta a realização de um evento dessa natureza é condizente com essa finalidade. Apresentar fundamentação.

• Discuta se a atuação do Exército Brasileiro nas ACISO e sobre o seu amparo

legal. Apresentar fundamentação.

• Discuta sobre a possibilidade de captação de recursos diretamente por

instituição pública mediante doações.

2. Capacidade de apresentar soluções alternativas

• Identifique os desafios para aplicação diante das determinações legais.

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5. Habilidade de desenvolver argumentos e comunicar ideias em grupo

(objetivo a ser atingido pela interação dos alunos durante a discussão do caso.)

6. capacidade de ouvir e de aceitar o ponto de vista de outros

(objetivo a ser atingido pela interação dos alunos durante a discussão do caso.)

7. Habilidade de analisar e comentar a literatura, com base nas evidências apresentadas no caso ou em outras situações vividas pelos participantes da discussão;

Como organizar e como gerenciar recursos financeiros doados por terceiros, visando o atendimento da legislação vigente?

Quais são as principais dificuldades para organizar e gerenciar a atividade do Dia da Criança e outros eventos dentro das ACISO?

O que aconteceu no caso real

É interessante que, na aplicação do caso, o professor mencione que a narrativa trata de uma situação real, que foi objeto de reclamação apresentada à Ouvidoria do Tribunal de Contas da União, dando conta de possíveis irregularidades perpetradas pelo Comando do 28º Grupo de Artilharia de Campanha, localizado na cidade de Criciúma-SC. Se achar oportuno, poderá apresentar e/ou comentar o acórdão que decidiu sobre a representação:

ACÓRDÃO Nº 2198/2007 - TCU - PLENÁRIO (...)

VISTOS, relatados e discutidos estes autos em que foi apresentada reclamação junto à Ouvidoria desta Corte de Contas sobre possíveis irregularidades perpetradas no âmbito do 28º Grupo de Artilharia de Campanha do Comando do Exército.

ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em sessão Plenária, ante as razões expostas pelo Relator, em:

9.1. com fulcro no art. 237, inciso VI e parágrafo único, do Regimento Interno/TCU, conhecer da matéria tratada nestes autos como Representação formulada pela unidade técnica, para, no mérito, considerá-la parcialmente procedente;

9.2. com fundamento no art. 250, inciso II, do Regimento Interno/TCU, determinar aos gestores responsáveis pelo 28º Grupo de Artilharia de

Campanha que, doravante, observem a necessidade, consoante o disposto no

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20 recebidos a título de doação, dando-lhes, por conseguinte, tratamento público; (grifo meu)

(...)

Note-se que o acórdão coincide com a opinião de Siqueira Campos, ao apontar necessidade de recolhimento aos cofres públicos das doações recebidas pela unidade militar.

Análise teórica

A narrativa do caso trata de possíveis irregularidades perpetradas especificamente pelo Comando do 171º GAC, mas as situações apresentadas podem ocorrer em outras organizações públicas que venham a receber recursos de doação. Desse modo, a situação observada no caso é aplicável a muitas outras instituições públicas.

Conforme destacado no texto do caso, fica evidente o questionamento sobre a legalidade de o quartel ter recebido verbas da comunidade para realizar eventos de cunho social, tendo, para tanto, utilizado pessoal daquela organização militar, bem como disponibilizado os meios necessários à consecução do evento.

Respondendo à indagação da legalidade, é necessário destacar que, na administração pública, só é possível realizar aquilo que está previsto em lei. Segundo Meirelles (2003):

Na Administração Pública não há liberdade nem vontade pessoal. Enquanto na administração particular é lícito fazer tudo que a lei não proíbe, na Administração Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza. A lei para o particular significa “pode fazer assim”; para o administrador público “deve fazer assim” (MEIRELLES, 2003, p. 85).

Nesse sentido, o § 1º do art. 142 da Constituição Federal dispõe que lei complementar estabelecerá as normas gerais a serem adotadas na organização, no preparo e no emprego das Forças Armadas. Foi a Lei Complementar n. 97, de 9 de julho de 1999, que veio regulamentar a matéria.

Desse normativo, vale destacar o preconizado em seu art. 16:

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21 Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, integra as referidas ações de

caráter geral a participação em campanhas institucionais de utilidade

pública ou de interesse social. (grifo nosso).

Logo, a participação das Forças Armadas em campanhas institucionais de utilidade pública ou de interesse social é possível. Corrobora o exposto o relato do Ministro do Tribunal de Contas da União, Marcos Bemquerer Costa:

Elemento de integração nacional, os militares realizam atividades por diversas vezes esquecidas por aqueles que vivem em grandes centros urbanos, onde as facilidades são colocadas ao alcance de quase toda a coletividade. Não se pode olvidar, contudo, que o Brasil é um país de dimensões continentais e que, por muitas vezes, a presença do Estado somente é sentida pelas atividades

desenvolvidas anonimamente pelos militares. (Acórdão n. 2.198/2007 – TCU –

Plenário).

Nesse contexto, temos as ACISO desenvolvidas pelas três Armas. A título de exemplo, vale citar o baile da terceira idade, em continuidade às ACISO da Marinha do Brasil, inseridas no contexto da Operação Atlântico II, que realizou um grande baile direcionado às pessoas da terceira idade, no Centro de Convivência do Idoso, em Marataízes. O evento contou com a apresentação da Banda de Música da Marinha do Brasil e também com o Coral da Terceira Idade, o que proporcionou, para cerca de cem idosos, uma agradável tarde, repleta de muita música e dança de salão.

A definição do que vem a ser utilidade pública ou interesse social não é tarefa fácil, uma vez que se trata de conceito jurídico indeterminado. De acordo com Carvalho

Filho (2005, p. 41), “conceitos jurídicos indeterminados são termos ou expressões

contidos em normas jurídicas, que, por não terem exatidão em seu sentido, permitem que o intérprete ou o aplicador possam atribuir certo significado, mutável em função da valoração que se proceda diante dos pressupostos da norma. É o que sucede com

expressões do tipo ‘ordem pública’, ‘bons costumes’, ‘interesse público’, ‘segurança nacional’ e outras do gênero. Em palavras diversas, referidos conceitos são aqueles cujo âmbito se apresenta em medida apreciável incerto, encerrando apenas uma

definição ambígua dos pressupostos a que o legislador conecta certo efeito de direito.”

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permitido fazer o que a lei determina. Segundo o Ministro Bemquerer: “A solução para

esses casos passa necessariamente pela observância dos princípios da

proporcionalidade e da razoabilidade”.

Resta verificar, assim, se as atividades empreendidas pelo 171º Grupo de Artilharia de Campanha encaixam-se, segundo os princípios acima descritos, nos conceitos de utilidade pública ou de interesse social.

O fato de trazer jovens para realizarem atividades no interior da organização militar tem o condão de despertar a noção de patriotismo e de cidadania. Nesse sentido, não se pode dizer que foge à razoabilidade a adoção dessas ações. Ademais, a integração das Forças Armadas com a comunidade é demasiadamente salutar, mormente nas cidades em que a presença do Estado pouco se faz sentir. Logo, a realização da referida atividade harmoniza-se com o papel do 171º GAC.

Outro ponto a se discutir refere-se ao tipo de tratamento que deve ser dado aos recursos captados na comunidade, bem como discutir a possibilidade de a organização militar dispor de meios materiais e humanos e se há legitimidade em se valer desses recursos para a realização de seus eventos.

A busca de patrocínio com a iniciativa privada poderia afrontar o princípio da moralidade, mormente o Código de Ética do Servidor Público, que veda ao servidor

público “pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para

influenciar outro servidor para o mesmo fim.” Todavia, não houve qualquer infração ao dispositivo ora transcrito. Vale esclarecer que a vedação contida no Código de Ética refere-se a benefícios que venham a ser revertidos ao servidor, à sua família ou qualquer outra pessoa. No caso, os recursos seriam para realização de evento em que a comunidade seria beneficiada.

Quanto à legalidade de recebimento de doações, o Manual Técnico do Orçamento (MTO), elaborado pelo Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão

(MPOG), apresenta, entre as fontes orçamentárias previstas, “doações de pessoas ou

instituições privadas nacionais”. Assim, fica clara a possibilidade de pessoas físicas e

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Quanto ao tratamento que deve ser dado aos recursos captados, todavia, foi bem observado pelo Capitão Siqueira Campos o princípio de unidade de Tesouraria. A esse respeito, vale transcrever o art. 56 da Lei n. 4.320/1964:

Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao princípio de unidade de tesouraria, vedada qualquer fragmentação para criação de caixas especiais.

O recolhimento dos recursos arrecadados visa permitir a atuação dos controles social, interno e externo. Uma vez recolhidos aos cofres públicos, a natureza dos recursos transmuda-se para pública. Nesse sentido, somente podem ser utilizados quando respeitadas as normas atinentes à licitação (Leis n. 8.666/1993 e n. 10.520/2000) e às despesas públicas (Lei n. 4.320/1964). Dessa forma, toda doação feita ao 171º GAC deve ser recolhida aos cofres públicos, merecendo, por conseguinte, o mesmo tratamento dos demais recursos públicos.

Roteiro para discussão

O presente caso pode ser aplicado de maneiras distintas, conforme a disponibilidade de tempo e número de participantes da turma. Apresentamos uma forma de condução das atividades que pode ser adaptada conforme a necessidade.

Recomenda-se que os alunos tenham lido o caso previamente à seção em que ele será aplicado. Caso isso não seja possível, recomenda-se reservar um tempo não inferior a 20 minutos, para a leitura.

Etapa 1 5 minutos

Para a aplicação do caso em sala de aula, recomenda-se a divisão da sala em grupos de discussão com 4 a 6 integrantes. Uma vez formados os grupos, o professor enunciará a tarefa:

“Vocês fazem parte da Assessoria Especial em Florianópolis e receberam a visita do Coronel Trautman e sua delegação. A tarefa agora é discutir as possibilidade e entregar uma (ou mais de uma, se possível) solução para o caso.”

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Etapa 2 20 minutos

Cada grupo, então, exercendo o papel de Assessoria Especial, deverá buscar posicionar-se em relação à tarefa. As questões de estudo sugeridas nestas Notas de Ensino podem servir de apoio à discussão e podem ser entregues aos grupos a critério do professor.

Etapa 3 20 minutos

Durante o debate, o professor poderá, caso julgue conveniente, apoiar os grupos, introduzindo questões adicionais para orientar o rumo das discussões, sem, contudo, intervir diretamente. Seguem alguns exemplos de questões que poderão ser utilizadas.

Etapa 4 20 minutos

Após o debate, sugere-se que cada grupo exponha rapidamente à sala as conclusões a que chegou. O professor fará comentários, apontando falhas nas propostas, indicando as boas ideias. Nesta fase, também se sugere que o professor apresente à turma o desfecho do caso real, relatado nestas Notas de Ensino.

Outras possibilidades

Uma possibilidade adicional (caso não tenha surgido na discussão do caso) seria mencionar outra forma factível de utilização direta dos recursos pela unidade militar, explorada pelo Ministro Marcos Bemquerer Costa, em seu relatório:

Alternativamente, vislumbro a possibilidade de a iniciativa privada gerir, diretamente ou com apoio da organização militar, os recursos de doação. Nesse sentido, os patrocinadores poderiam depositar as suas contribuições em conta-corrente específica [de uma empresa ou associação, por exemplo] que seria utilizada para fazer frente às despesas do evento. Assim, uma vez que a origem e a gestão dos recursos seriam de natureza particular, não se teria a necessidade de recolhê-los aos cofres públicos, tampouco de lhes dar tratamento público.

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25 REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de 5 de outubro de 1988.

______. Decreto-lei n. 200, de 25 de fevereiro de 1967. Dispõe sobre a organização da Administração Federal, estabelece diretrizes para a Reforma

Administrativa e dá outras providências. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del0200.htm>. Acesso em: 12 set. 2013.

______. Lei n. 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos

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______. Decreto n. 1.171, de 22 de junho de 1994. Aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d1171.htm>. Acesso em: 20 abr. 2013.

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______. Tomada de contas: TC-017.645/2006-0 Disponível em:

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______. Acórdão n. 2198/2007 – TCU – Plenário. Disponível em:

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2010.

CARVALHO FILHO, J. S. Manual de direito administrativo. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2005.

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MEIRELLES, H. L. Direito administrativo brasileiro. 29. ed. São Paulo: Malheiros, 2003.

ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Como escrever casos para o ensino de administração. São Paulo. Ed. Atlas 2007.

Referências

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