Uniformidade e Diversidade no Ensino da Fsia
Basia: os Cursos de Fsia para
Biologia, Desenho Industrial e Farmaia
UniformityanddiversityontheBasiPhysisteahing thePhysisoursesforBiology,IndustrialDesignandPharmay
L.F.S.Coelho
InstitutodeFsia,UFRJ,Cx. Postal68528, Riode Janeiro, 21945-970,RJ,Brazil
Reebidoem2deoutubro,2001. Aeitoem4demaro,2002.
Oensinouniversitariode Fsia atingeuma amplafaixa dearreiras. Elee tradiionalmente
di-ot^omio: enquantoarreirasnaareatenio-ientareebemumensinouniformizadoemquatro
semestres eomenadeamentoformal baseadonoCalulo, asdas areasbiomediae dainterfae
tenio-humanareebemumensinodiversiadoporarreiraedurandoumoudoissemestres.
Di-versosfatoresalteramestequadro,empartiularoresimentomundialmenteintensodeareasomo
aGenetia,aEologia,aFarmaiaeaInformatia. NoBrasil,temostambematend^eniaentrfuga
noensinouniformizadodaareatenio-ienta. Entreosargumentosparaesse esvaziamento do
ursouniado,respetivamentelevantadospelasunidadesdeorigemdosalunosepelasdeFsia,
est~aoadiversidadedasneessidadesfuturasdosalunoseaheterogeneidadedasuaforma~aoprevia.
Oestudo doresultado naprovadeFsia dosalunos lassiados noVestibular daUFRJparao
perodo 1994-1997 evidenia que a heterogeneidadee enorme para o onjunto de arreiras, mas
queemuitomenorquandofoamosapenasaEngenharia. Portanto,ambasasexplia~oesparaos
problemasdestesursosdeFsia s~aomuitopariais eesteestudodaheterogeneidadesugereque
ausas mais fundamentais est~aoem a~ao: a forma~ao previa dos estudantes, o urrulo
univer-sitario (arga horaria eonteudo das disiplinas)eo vestibulars~aoinadequados. Numasegunda
partedestetrabalho,s~aoapresentadastr^esexperi^eniasnaUFRJdedisiplinasdeFsiaparaareas
n~ao-tenio-ientas: Biologia,DesenhoIndustrialeFarmaia. Emresumo,estasdisiplinast^em
forteonteudofenomenologioequalitativoes~aoapoiadasemexemplosfsiosrelevantesparaada
area. Isso, emgeral, requertantoum perentualdeFsia Moderna superioraousualnosursos
paraasareastenio-ientasquantoaonstanteatualiza~aodessesexemplosusando-sea
Inter-net. Estas experi^enias,aparteseu valorintrnseo, forneemelementospararepensarmos nosso
ensinodeFsiauniversitariabasia.
University Physis teahing reahes a wide range of areers, being traditionally dihotomi. In
short,areersinthetehnial-sientigroupreeiveanuniformCalulus-based4-semesterteahing
while the ones inthebiomedial and tehnial-humaninterfae areas havewith 1-or 2-semester
areer-diversied ourses. Several fators, here analyzed, modify this piture, in partiular the
growthofareassuhasGenetis,Eology,PharmayandComputing,outsidethemoretraditional
tehnial-sientigroupand theentrifugal drive of thisgroup, with areers optingto leave the
uniformteahing. Amongtheausesinvokedforthismigrationfromtheuniedourse,frequently
raised by the students' shools and by the Physis shools, onehas the distint requirementsof
the several professional options and the heterogeneity of the Physis previous knowledge of the
students. Thestudyofthegrades obtainedinthePhysisadmissionexamforUFRJinthe
1994-1997periodshowsthattheheterogeneityisverylarge,whenonsideringallareers,butisshallow
whenfousing onlyonthe Enginneringoptions. Thereby bothemphasisfor theshortomings of
thesePhysisoursesprovideveryinompleteanswersandthisstudysuggeststhatmorebasiauses
are atwork: previousformationof thestudents,theuniverityurriula(amount ofleturehours
and ourseontents) and theentraneseletion proess are inadequate. Ina seondpart of this
workwepresentindetailthreedidatialexperimentsinUFRJfor\non-tehnial-sienti"areas:
Biology, Industrial Designand Pharmay. In short,these ourses have strongphenomenologial
andqualitativeontentsandwidelyusephysialexamplesofinterestforeaharea. Thisgenerally
requiresbothaModernPhysisperentagelargerthantheoneforthethehnial-sienti ourse
andafrequentupdatingoftheseexamplesusingInternet.Theseexperiments,besidestheirintrinsi
I Introdu~ao
"Onde esta a Vida que perdemos
vivendo?/Onde esta a Sabedoria que
perdemos no Conheimento?/Onde esta
o Conheimento que perdemos na
In-forma~ao?"(T.S.Eliot, poeta e PhD em
Filosoa,amerianonaturalizadoingl^es).
O ensino de Ci^enias Basias na universidade
brasileira vem sendo ministrado por pesquisadores
desde a lei 5540 de 1968, a qual implantou o Cilo
Basio(CB).Estetemtr^esobjetivosdenidos porlei:
(a) sanar as dei^enias do ensino do segundo grau,
(b)auxiliaraorienta~aoprossionaldoalunoe()dar
base para asdisiplinasdoCilo Prossionaldourso
esolhido. Duastentativasprevias tinhamoorridona
deadade30,aFFCL/USP eaUDF,masesbarraram
na oposi~ao das ent~ao hamadas esolas
prossionali-zantesen~aoprosperaram[1℄.
No^omputogeral,aimplanta~aodesse ensinohoje
pode ser onsiderada bem suedida: ela permitiu a
revitaliza~ao dosurrulos, ofereendo uma forma~ao
ientamais solida. Comisso, ela permitiu tambem
(a) a organiza~aode gruposde pesquisa basia, ujos
membrosministram osursosientosbasios, e
as-simaarretoua exist^enia de, porexemplo,Institutos
deFsiaomoportedosatuaise(b)tornouaPesquisa
umaparteessenialdaUniversidadebrasileira.
NoasodaFsiaseuaprendizadoeimportantepara
arreiras tenio-ientas (Engenharia, Matematia,
Informatia,Estatstia,Fsia,Qumia,Astronomiae
asCi^eniasdaTerra),biomedias(Mediina,Biologia,
BiomediinaeFarmaia)edainterfaetenio-humana
(Desenho Industrial eArquitetura). Tradiionalmente
haum quadrodiot^omio: enquanto oprimeirogrupo
reebe um ensino uniformizado em quatro semestres,
om enadeamento formal baseado no Calulo, os
ou-trosdoisreebemumensinodiversiadoporarreirae
durandoumoudoissemestres. Suasargashorarias
to-tais est~ao respetivamente nasfaixas 360-480e60-120
horas. Alem da exibilidade administrativa que,
en-treoutrasoisas,permiteoadiamentodaop~ao
pros-sional,oursobasiouniadotambempermitiua
ho-mogeneiza~aodedisiplinasofereidaspor equipes
do-entesque, deadasatras,erammuitoheterog^eneas.
Hadoisenfoquesparaanalisarasdisiplinasdo
Ci-loBasio,averiguandoatequepontoatingem osseus
objetivos,identiandoproblemasepropondosolu~oes
[2℄.
Numprimeiro enfoque, devemosolhar para as
dis-iplinasursadas pelos nossosalunosdebahareladoe
lieniatura de Fsia durante o CB, tanto as nossas
disiplinas quanto as ofereidas por outras unidades.
Este enfoquee muitoimportante pois osanos iniiais
permitemaosalunosqueser~aoosfsiosdofuturose
in-Essas disiplinas oupam metade do tempo
aad^emiodenossosalunosdegradua~aomasasua
im-port^aniaemaiordoqueisto,pois,alemdoseupapel
deart~aodevisitadoIF, onentramquasetodaa
in-forma~aofenomenologiaqueoalunoreebeduranteo
ursoeintroduzemasdiversasteoriasbasiasdaFsia.
Entre assuasfalhas,quedisutimos, estaaquase
ine-xistentedisuss~aodefen^omenosn~aoimediatamente
ex-pliaveis por teorias lassias. Assim, o Magnetismo
e a ondu~ao eletria em meios materiais, o alor
es-peo degases diat^omios e de solidos,a tens~ao
su-perialeaapilaridade,asvibra~oesemsolidoseem
moleulas, aintera~aodaradia~aoeletromagnetia
so-laromgaseseomsolidos,todosestesemuitooutros
pontos, quer estejam explitosnas ementas(omo
al-gunsest~ao)querontidosemqualquerbomlivro-texto,
reebem em geral poua ou nenhuma ^enfase. A ma
forma~aonestasareasertamentediultaaop~ao
pos-teriordoalunopelapesquisaexperimental emFsia.
Alem disso, este primeiro enfoque permiteque, ao
nosposiionarmosomo\usuarios"ounalinguagemde
QualidadeTotalomo\lientes",vejamososmeritose
as falhas das disiplinas de Fsia que ofereemos aos
nossos proprios alunose, apartirdisso, analisemos as
que ofereemosaoutras unidades. No entanto afalta
de distaniamento denosso proprio urrulodiulta
estemetododiretoen~aooseguiremosnestetrabalho.
Nosegundoenfoque,oreverso,podemosdisutiras
disiplinas basias de Fsia ofereidas aos alunos da
Universidade em geral. No aso espeo da UFRJ,
estaremosassimavaliandoumatarefaqueenvolve60%
do nosso orpo doente,outras universidades devendo
apresentar perentuais similares. A possvel inser~ao
dessasdisiplinasemrealidadesmuitodiversas(noaso
daUFRJ,porexemplo,disiplinasdeFsias~ao
oferei-dasparamaisde20op~oesprossionaisdistintas)torna
essa analise bastante difil e, frequentemente, leva a
estereotiposdo que, digamos,engenheiros navais,
far-ma^eutiosindustriais,eologos,ouprogramadores
vi-suaispreisamsaberdeFsia.
Essaanalise usando osegundo enfoque, e a
efetu-adanesteartigo. Elapermiten~aoapenastermos
disi-plinas mais integradas aforma~ao desses prossionais
omo tambem umamaiorompreens~aodasdisiplinas
basiasqueministramos aosnossosproprios alunosde
BahareladoeLiteraturaemFsia. NaUFRJtemosa
hamada evid^enia anedotia dessas falhas no exame
de ingresso na Pos-Gradua~ao em Fsia, quando as
quest~oesdenotamaisbaixas~aoasdeFsiaBasia.
Nestetrabalho,primeiramentedisutimoso
esgota-mentodestemodelo,talvezmaisevidentenatens~ao
en-tre asdisiplinasuniadasdaareatenio-ientae
oresentedetalhamentodasop~oesnovestibularpara
essaarea. NoasodaUFRJ,porexemplo,aGeograa,
aFarmaia,aGeologia,aAtuaria,aQumiaIndustrial
urso uniadomas omoortede disiplinas. Ainda
noasodaUFRJ,aEngenhariaseafastoureentemente
durante alguns semestres voltando apos ter garantido
disiplinas menos entralizadas. Em anexo,
apresen-tamos os resultados na prova de Fsia no Vestibular
daUFRJ(1994-1997),queevideniamadiversidadede
resultadosporarreira.
Na segunda parte analisamos o ensino basio de
Fsia forada areatenio-ienta.
E dada^enfasea
experi^eniadasdisiplinasdefsiaparatr^esursos:
Bi-ologia,DesenhoIndustrialeFarmaia. Emanexo
apre-sentamosasementasdessasdisiplinas. Finalmentes~ao
apresentadasasonlus~oes.
II O esgotamento do modelo
Se eu pudesse esolher entre uma
pre-tensa universidade sem regime de
inter-nato e sem supervis~ao de orientadores, a
qual onederia seus diplomas a toda
pes-soaaprovada em um exame sobre materias
variadssimas,eumauniversidadesem
pro-fessores,semexames,queseontentasseem
fazer oabitar jovens, durante tr^es ou
qua-troanos,antesdesuapartidaparaavida...
eu preferiria sem hesita~ao a universidade
quen~aozessenada aquela queexigisse de
seusestudantesoonheimentode todasas
i^enias existentes.(The Idea of a
Univer-sity,CardealNewman,ograndereformador
da universidade ingl^esa; texto esrito em
1852 e itado em \Conep~oes de
Univer-sidade",DrezeeDebelle,UFC,1983).
OpresentemodelodeFsiaBasiaedeCiloBasio
estaesgotado,empartepeloseupropriosuesso,etem
diuldades em responder a novos desaos. A
Uni-versidade Brasileirahojeemuito diferente do que era
30 anos atras, tendo hoje nuleos de exel^enia em
pesquisa espalhados em todas as areas (em 2000 se
publiaram tantos artigos noBrasil quanto em todaa
deadade70)[3℄. Aqualia~aodoenteemuitomais
elevadaehomog^eneaeainfraestruturadidatia
(om-putadores,laboratoriosebiblioteas),emboraainda
ir-regular,emuitomelhordoqueera. As diuldadesno
gereniamento das disiplinas basias de forma
satis-fatoriaparatodasasunidadesenvolvidass~aoemparte
assoiadas aos desonheimentos mutuos desses
res-entesreursoshumanosemateriais.
Outro problema e o resente detalhamento da
op~aoprossionalnovestibular,oquetornainapliavel
o objetivo de orienta~ao voaional e permite que os
alunos ingressantesem op~oes distintas tenham
rendi-mentos aad^emios muito distintos (ver Anexo A).
Geram-se assimneessidades derevis~aodo Primeiroe
doSegundoGraus tambemmuitodistintas, eisso
pro-duz tens~oesnasdisiplinasuniadas.
Ha outras raz~oes desse esgotamento que
areasdoonheimentofazemaFsias~aomuito
distin-tasdasde30anosatras,quandoalgumasdessasareas
nem existiam, mas faltam meanismos eientes que
as transmitam de uma unidade para outra. A
exis-t^enia de omputadores, alulando ou simulando
re-sultados, tambem alterou essas demandas: um miro
omum hoje supera em muito o poder de alulo do
mais poderoso omputador \main-frame" da IBM de
30anos atras. O quadroda forma~ao neessaria para
ada um dos \lientes" da Fsia tem mudado muito
nasultimas deadas,em parte graasaessa resente
disponibilidade de reursosomputaionaise que
per-mitiuotambemresenteusodedesri~oes
quantitati-vasdefen^omenos.
Ogrupodepross~oestenio-ientas,quepreisa
deuma vis~ao quantitativadaFsia,instrumentalizou
emparteestaneessidadeatravesdousodeprogramas
de omputador que trazem embutida a Fsia, sendo
exemplosdisto na Engenhariao alulo de estruturas
e o projeto de peas no omputador (CAD). As
van-tagenss~ao evidentes, mas hao risode termos
pros-sionaisquesejamessenialmenteusuariosdeprogramas
resentementeomplexos,desenvolvidosporseus
ole-gasdepross~ao. Sementenderemqueestesprogramas
s~ao baseados, omo interpretaros resultados que eles
forneem?
Poroutrolado,pross~oesquepreisavamsodavis~ao
fenomenologia equalitativa, ada vez mais, preisam
dessa vis~ao quantitativa para, por exemplo, realizar
simula~oes omputaionais, alular problemas
inver-sos e fazer analises estatstias. O uso, na deada de
50,dadifra~aoderaios-Xparaentenderaestruturado
DNAfoi um divisorde aguas. Hoje talvez osmaiores
usuariosdeomputadoressejamosgenetiistas
moleu-lares,queosempregamparafazerosequeniamentodo
DNA,enquantoaModelagemMoleulardefarmaose
moleulasorg^aniastrouxe aMe^ania Qu^antia para
oentrodaspesquisasfarma^eutias.
Outramudanaestanodinamismorelativodas
di-versas areas. Por exemplo,um estudo reente da
Na-tionalSieneFoundation(NSF)mostrouquenaultima
deadaoorreramnosEstadosUnidossubstaniais
au-mentos da proura por Mediina, Biologia e
Com-puta~aoetambemsubstaniaisquedasdademandapor
Matematia,FsiaeEngenharia. Issosabemosque
al-teran~ao soonumeromastambem operl aad^emio
dos ingressantes em ada op~ao, exigindo maior ou
menor revis~ao dos oneitos do ensino fundamental.
Aforma~aobasiaem Fsiaontinuaimportante mas
neessita-se de livros-texto ede ursos de Fsia
res-entemente diversiados para permitir tanto esta
re-vis~ao quanto aompreens~ao de fen^omenos, tenias e
metodosfsiosemareasomoaGenetia,a
Meteorolo-gia,aEologiaouaFarmaia.
A disuss~ao do esgotamento do presente modelo
dis-mente n~ao haaindadistaniamentortio, poisoCB
foiresultado, emboaparte, dalutadaomunidadede
Fsia, e a demanda de ensino de Fsia para outras
unidades e responsavel pelo tamanho atual dos
Ins-titutos de Fsia. Em segundo, no mundo todo
uni-versidades s~ao institui~oes onservadoras,e isto n~aoe
diferente no Brasil: os urrulos e as ementas num
ertoinstantereetemgeralmenteosreursoshumanos
e materiais e o estado do onheimento om atrasos
de anos ou mesmo de deadas. Num exemplo deste
onservadorismo,as universidades resistem a
desregu-lamenta~ao parial das pross~oes liberais, autorizada
pelanovaLeideDiretrizeseBases. OensinodeFsia
paraasareasn~ao-tenio-ientaseumbompontode
partidaparadisutir esseesgotamento.
III O ensino basio de Fsia fora
da area tenio-ienta
E suiente para um psiohistoriador,
omo tal, saber sua Bioestatstia e sua
Neuroqumia eletromatematia. Alguns
n~ao sabem mais nada e est~ao redeniados
apenas a serem tenios estatstios. Mas
um Orador deve ser apaz de disutir o
Plano semMatematia. Sen~ao oPlano em
si mesmo, pelo menos a sua losoa e os
seus objetivos. (Segunda Funda~ao, Isaa
Asimov,1950)
Haduasformasusuaisdeenararasdisiplinaspara
estasarreiras. A primeiraeresumir aritiamente os
quatrosemestresdosursosformais,tenio-ientos,
tentando manter todo o formalismo, o que os torna
inviaveis e inuteis. A segunda e ter apenas uma
re-vis~ao do Segundo Grau, oque n~ao atende as
neessi-dades dessas areas. Para evitar este dilema, tanto o
onteudoomo a organiza~aodestes ursos devem ser
repensados.
O onteudo fenomenologio qualitativo n~ao
es-tavatradiionalmentepresentenostextosuniversitarios
europeus ou amerianos, pois, omo ja tinha sido
visto no Ensino Fundamental, podia posteriormente
ser estudado a partir das ferramentas do Calulo
e om linguagem mais quantitativa e formal. A
situa~aobrasileiraevisivelmentedistinta: n~aoapenaso
onteudofenomenologioqualitativofalhanoPrimeiro
e no Segundo Grau omo falham mesmo formalismos
elementares omo a
Algebra, aAritmetia, a
Geome-tria,aLeitura eaEsrita. OEnsino Fundamental de
bomnvel,razoavelmenteuniversalnaEuropa
Oiden-tal enaAmeriadoNorte,aquioorreapenas em
ins-titui~oesdeelite.
Na ultima deada, no hamado Primeiro Mundo,
estasendodesenfatizadaadisuss~aoformaleinludaa
fenomenologiaqualitativa. Isso,emparte,orresponde
FsiaedaMatematiaparaelitesprossionaisque
de-senvolvem programasdeomputador. Poroutro lado,
orresponde tambem a dramatia queda na proura
pelasCi^enias ExataseTenologias. Essasmudanas
impliam em que agora orramos o riso de
impor-tar disiplinas qualitativas omo antes importavamos
asformais.
Estas disiplinaspara asarreirashamadas\n~
ao-ientas" trazem uma li~ao para as arreiras de
Ci^enias Exatas e Tenologias: a estrutura formal
e fundamental, mas n~ao e tudo. Essa estrutura
for-mal n~ao e ompreendida quando (a) o aluno tem
fa-lhas serias na forma~ao fundamental e(b) quando os
exemplos n~ao s~ao motivadores. Os ursos de quatro
semestrespermitem odesenvolvimentoformal -essae
asuadiferena emrela~aoaosprimeiros-masexigem
uma vis~aolaradasdei^eniaspreviasdosalunos
as-simomodousopresenteefuturodesseonheimento.
Infelizmente,aestruturaatualdaFsia Basiaparaa
Engenharia adquiriu uma vis~ao estereotipada das
ne-essidades desta, que afasta aquest~ao de qual
onhe-imento fsio erealmente neessario. Estavis~ao
im-pedeadesri~aoqualitativadefen^omenosedisute
re-lutantementefen^omenosn~ao-lassiosomoo
ferromag-netismo,aondu~aoeletriaemmetaisouosassoiados
atermodin^amiadegasesmoleulares.
Oensinonasareas\n~ao-tenio-ientas"deveser
fortemente voltado para a disuss~ao de fen^omenos e
de situa~oes onde aFsiaerelevante para ada area,
ainda mais que nas Ci^enias Exatas e Tenologias:
ha menos tempo e ha menos hane de que um
on-eito seja eluidado numa disiplina posterior. Issoe
mais profundo que esolhas de exemplos atualizados,
asproprias areasdaFsiaequemudam. Enquantoa
FsiadeSuperfies(apilaridadeetens~aosuperial)
e aNulear (deaimentos radioativose radioprote~ao)
s~aomaisimportantesparaumalunodeBiologiaquede
Engenharia;ertamente oreversooorreomoensino
daMe^aniaedoEletromagnetismo.
Como exemplo de ursos ja existentes na UFRJ e
que tentam esapardesta armadilha, temos osursos
para BiologiaeDesenho Industrial. Ourso deFsia
para Farmaiafoireformulado,apedido daFauldade
deFarmaia,epassoude2semestrespara1om^enfase
emaplia~oesdeespetrosopia,atualmenteestudadas
sem nenhum pre-requisito de Fsia. A partir da
ex-peri^eniadoautorquejaministrouseisvezesaprimeira
disiplina(Biologia),seisvezesasegunda(Desenho
In-dustrial)einovezesatereira(Farmaia),s~ao
disu-tidosnestetrabalhoasementaseoslivros-textoviaveis
nestestr^esursos.
A. Fsia para Biologia
Aquest~aoentraldestase~aoe\Oqueumbiologo
preisasaberdeFsia?",eelaprourarespond^e-la
trabalhodeumbiologohoje?"ou\Oquehamamosde
Fsia?". Devido aimensid~ao e ao dinamismo dessas
duas i^enias,quaisquerrespostasaessastr^es
pergun-tas,inlusiveasques~aodadasnestetextoounasaulas
desteurso,ser~aosempreprovisoriasepariais,nos
di-versossentidosda palavra. Nasrefer^enias[4-7℄
apre-sentamosalgunslivros-textosparaestadisiplina,om
brevesomentarios.
Para alguns o trabalho do biologo e a aventurosa
oleta de espeimenseseu estudo posterior, omo
nu-merososbiologoszerameaindafazem. Umdosmuitos
exemplos, mas talvez o mais relevante para a
Biolo-gia, e afamosa viagem de Charles Darwin durante a
qual visitou oRe^onavo baiano, oRio de Janeiro, o
pampa argentino,aTerradoFogo,asilhasGalapagos
e a Oeania. No diario de sua viagem, \Viagem de
um naturalista ao redor do mundo", s~ao desritas
es-sas atividades de oleta assim omo abarbarie da
es-ravid~aonoBrasileoextermniosistematiodosndios
naArgentina,queertamenteimpressionariamDarwin
mesmoquen~aotivesseos23anosinompletosomque
omeouaviagem. Darwinoletouamostrasgeologias
e biologiasnessa viagem quedurou quase tr^esanos e
depois,umpouoomosseusonheimentosde
Geolo-giaeBiologiaemuitoomasuaapaidadeobserva~ao
eanalise,lhefoipossvelpropora\TeoriadaEvolu~ao"
em seulivro\Aorigem dasespeies".
Certamente,aindaeessenial aum ientista, hoje
em dia, ter essas qualidades - oletar dados da forma
mais ompletapossvel, seleionarosfatos
experimen-tais relevantes entre muitos outros e om eles propor
modelos- masa situa~aomudou muitono quese
ref-ere aoapoioprestadopor outrasi^enias. Darwinn~ao
tinhameiosdesaberaidadedesuasamostras,desaber
omo setransmitiamas araterstiashereditarias ou
desaberseastaxasdemuta~oeseramompatveisom
adiversidadedeespeies. As outrasi^eniasdaepoa,
inlusiveaFsia,pouoopodiamajudar,oque
erta-mente diultouaproposi~aodaTeoriadaEvolu~ao.
Situa~oesassimforamadavezmenosomuns,om
aBiologiaadquirindoindepend^eniadentrodaFilosoa
Natural (Darwin eranaturalista)eresendo
fantasti-amente. Para isto a Biologia usou os seus proprios
metodos e, resentemente, as tenias e os oneitos
de outras i^enias, sendo inumeros os exemplos deste
resimento interligado. Temos, assim, a desoberta
da exist^enia do gene e o seu estudo pelas Genetias
MendelianaeMoleular,oqueenvolveousointensoda
Estatstia,daFsiaedaQumia. TemosaEologia
neessitando daMatematiapara asequa~oes
diferen-iaisdeLotka-Volterra,queregemostamanhosdas
po-pula~oesedesrevemomos~aoafetadaspelasondi~oes
externas. Finalmente, temos a Biologia Experimental
emgeral,omousointensodeaparelhosetenias
ex-perimentais originados na Fsia, na Engenharia e na
Qumia.
nessas areas integradoras { a Genetia, a Eologia, a
Bioqumia e a Biofsia { mas tambem oorreu nas
numerosasareasespeas,omoaBot^ania,a
Zoolo-giaeaMirobiologia. Emsuma,parasaberaresposta
aquest~ao\OqueumbiologopreisasaberdeFsia?",
epreisolembrardesta diversidade.
A Fsia estuda os sistemas mais simples
exis-tentes na Natureza, aos quais onsegueapliar
mode-losqualitativosequantitativos,introduzindo oneitos
omo \partula", \onda", \massa" e\arga eletria"
eproura matematizar esteproessode analise,oque
lhepermitefazer previs~oesquantitativas. Oequilbrio
entreosoneitoseasformulaseessenial,eissopode
servistoemqualquerareadaFsia. Porexemplo,
nu-merosos fen^omenos na Fsia s~ao ondulatorios, omo
osom, aluz ou avibra~ao de uma membrana, o que
tornaneessario sabero quee uma ondaeestudar as
araterstias que a denem, mas n~ao e t~ao
impor-tante assim saberasformulas dasveloidades das
on-das em ada aso, a n~ao ser que tenhamos um
pro-blema espeo. O usoda Matematiapermeia todo
este urso,sendo ertamente para muitos alunos uma
diuldade, pois a Fsia usa mais a linguagem e o
raionio matematios que outras i^enias naturais,
omo a Qumia e a Biologia. No entanto, o uso da
Matematiareeteamaiorsimpliidadedosobjetosde
estudodaFsia eaexist^eniadeumpequeno numero
deleis basias, que podem sertodas esritasem meia
folhadepapel.
A desri~ao e a ompreens~ao qualitativas dos
fen^omenosfsios nunadeveriamserobsureidaspor
modelosquantitativos, masissoe, infelizmente, muito
omum no ensino de segundo grau.
E este mau uso
daMatematiaquelevaaimagemdaFsia omoum
grandeonjuntodeformulas. AFsiausaalinguagem
matematia, mas,aposestabeleeralgunspouos
on-eitose ter modelos qualitativossimples. Se isson~ao
tiver aonteido, de nada adiantara resolver muitos
problemasdequedalivre,de forma~aode imagens,de
aloroudeiruitoseletrios. Ditoisso,oabuso
even-tual da Matematian~ao nos deve egar quanto a sua
import^aniaessenialnaFsiaequantoapossibilidade
deseuusoemproblemasbiologios.
Osproblemasfsiosdaatenua~aodaluzapos
atra-vessarumobjeto,daemiss~ao deradia~aoporum
ma-terial radioativo e de arga ou desarga de um
a-paitors~ao matematiamente similares aos problemas
biologios do resimento de uma popula~ao ou da
inser~aodematerialgenetioemumaelula,todos
en-volvendoooneitodeexponenialeodederivada. A
onvers~ao de unidades, o uso de esalas logartmias
emgraoseanota~aoexponenialdenumerosmuito
grandesoumuitopequenoss~aooutrostantosexemplos
destasanalogias. As aplia~oesdaFsianaBiologiae
nassuasareaslimtrofes,omoaBioqumia,aBiofsia
de satelites para o sensoreamento remoto de
eossis-temas terrestres. Como essasaplia~oes abrangem as
mais diversas areas da Fsia, neste urso forneemos
uma vis~ao panor^amia, a qualseraum pouo omo a
referida nas frasesnais do diario de viagem de
Dar-win. Sera neessario parar um pouo em ada lugar,
aproveitandoomelhorpossvelotempoetentando
evi-tarorisodasuperialidade...
B. Fsia para Desenho Industrial
QuandooDepartamentodeDesenhoIndustrial(DI)
soliitou a ria~ao desta disiplina, ele desejava que
ela obrisseasareas: Me^ania, Austia, Termologia,
Eletriidade e
Otia. Depois de varias reuni~oes om
osprofessoresresponsaveispela oordena~aodasduas
espeialidadesdeDI-ProjetodeProduto(PP)e
Pro-grama~ao Visual (PV) -, ou laro que os requisitos
deadaespeialidadeerammuitodistintos. Enquanto
aprimeiraespeialidade (PP)seinteressavapor todas
as areas aima e exigia o maiornumero de exemplos
pratiosemqueobjetosteriamdisutidoseu
funiona-mento, para a area de Programa~ao Visual apenas a
Otiaerafundamental.
Assim sendo,a disiplina\Fsia" rev^easdiversas
areasda Fsia vistas no Segundo grau e introduz
al-gumasoutras. As areasrevistas s~aoaMe^ania,
sub-divididaemme^aniadepartulasedeorposrgidos,
Austia, Termodin^amia e Me^ania dos uidos, e o
Eletromagnetismo, por sua vez dividido em
eletrii-dade, magnetismo e otia. Os temas adiionais s~ao
aspropriedadesme^anias, termias,eletriase otias
dos diversos materiais e as propriedades de partula
da luz. Assim,porexemplo, oefeito Joule eessenial
para disutiras araterstiasde umaluminariaou a
parteexternadequalqueraparelhoeletrio,que
nees-sita ser apropriada adissipa~ao do alor nele gerado.
Damesmamaneira,semfalarumpouoematomon~ao
epossvelfalarsobreaspropriedadesdosdiversostipos
del^ampadas(apenaspode-sefalardainandesente,e
emespeialn~aosepodefalardelaser).
Umtemaquetambemaparentasermuitoambiioso
num urso de 4 horas semanais, \Danos ausados em
solidospela luzsolar epor outrasradia~oes",ede
in-teresseimediatopela degrada~aosofrida porqualquer
plastio,inlusivetintas,oupapelquandoexpostoaluz
solar. Nesse aso, o relevante eque os alunossaibam
quearadia~aoUVquebraasmoleulasealteraassuas
araterstiasomoreetorasdeluzvisvel.
Agera~aoeadissipa~aodoalornoorpohumanoe
aspropriedadestermiasdosmateriaiss~aotemas
essen-iais para entender desde a esolha de materiais para
onstruir moveis e a dissipa~ao do alor gerado por
efeito Joule (um retroprojetoreumexemploextremo,
onde uma l^ampada gera 800 W) ate o efeito estufa.
Em outro exemplo ligando alor, eletromagnetismo e
deopera~aodeveserompreendidopoiselerevoluiona
todooprojetodeobjetosparausoemozinhas.
NoursodeDI,osestudantesdisutembastanteos
usos de plastios e de papel, inluindo os problemas
de reilagem. Em partiular,aprendem queouso do
isopor deveser evitado, por ser feito de CFC, o qual
pareeseroprinipal ausadordo\buraonaamada
de oz^onio". Embora a ompreens~ao deste fen^omeno
ainda seja preliminar, pois a alta atmosfera onde se
loaliza o oz^onio apenas agora esta sendo estudada,
a disuss~ao deste assunto na disiplina Fsia n~ao e
desabida,empartiularumavis~aorapidadopapeldo
oz^onionaaltaatmosferapara bloqueararadia~aoUV
e do porqu^e de N
2 e O
2
serem transparentes para a
radia~aoUV.
A me^ania dos uidos pode tambem pareer um
temainteiramentedesloadomaseimportanteem
vir-tude de aerodin^amia dos meios de transporte, omo
arrosetrens,em quevariosestudantesrealizam
pro-jetos. Alguns destestemas(propriedadesdaatmosfera
omo absorvedor da luz solar epropriedadestermias
doorpohumano)est~aorazoavelmentebemexpliados
nolivro\Fsiaparai^eniasbiologiasebiomedias",
deOkuno,CaldaseChow[5℄.
Elaroquealgunsdosestudantesv~aoestar
envolvi-dos em projetos de me^ania (por exemplo, um
ar-rinhoporta-malaemaeroportosouuma adeirade
ro-das auto-elevavel) e eles t^em que entender oneitos
omo torque, momento angular e trabalho, mas julgo
quen~aodurantemetadedourso,omoseriaseofosse
mantidaapropor~aoatual das4FsiasBasias.
Quantoaolivro-texto,n~aoexisteumidealparaesse
urso. Umpossvel e oFsia Moderna, de Williams,
Metalfe, Trinklein e Leer, dedois volumes [8℄. Esse
livroapresentaosfen^omenosfsiossemseprenderem
demasia a formulas e sendo razoavelmente ompleto.
Noentanto,mesmosendoomelhor,eumpouoextenso
elhefaltamexemplosmaismodernosde aplia~oesda
fsia.
Livrosdesegundograupodemserusados,tendoboa
parte doonteudodadisiplina. Emgeralpossuemos
defeitosde exesso de formulas, defalta deaplia~oes
realistas da fsia e de n~ao obrir toda a materia da
disiplina. Mesmo assim, se utilizados de forma
om-plementaranotasdeaula,podemseruteis.
Umaareamuitoimportasnteparaestudantesde
De-senhoIndustrialeoestudodossentidoshumanos,
par-tiularmenteaaudi~aoeavis~ao. Esseestudoeessenial
n~ao sopara asaplia~oes ergon^omiasde umproduto
novo (omo uma abine telef^onia ou uma luminaria)
masparaaPrograma~aoVisual,ondeaTeoriadaCore
uma informa~aobasia. Umlivrolassioparatermos
umaintrodu~aoaestestopioseodeGoldstein [9℄.
C. Fsia para a Farmaia
ram ementa id^entia adourso para Biologia, listada
abaixo. Noentantojulgamosquedevehaveruma^enfase
maiornaFsiapor trasdasteniasespetrosopias,
poisauniapossibilidadedeompatarumursoet^e-lo
realmentevoltadoparaarealidadedeadaarea.
Cresentemente a Farmaia se aproxima da
GenetiaMoleular,omtodasassuastenias
experi-mentaisbaseadasnaFsia,edaQumiaTeoria,om
aDin^amiaMoleulardefarmaoseoaluloqu^antio
de estruturas moleulares. A Qumia Teoria e em
grande parte indistinguveldaFsia At^omia e
Mole-ular.
Alemda bibliograausadanoursodeFsia para
Biologia [4-7℄, um livro importante e o
\Fundamen-tos de analise instrumental", de O.A. Ohlweiler [10℄.
Nele,aposumaintrodu~aomuitosuintaaFsia
Mo-derna, e feita uma desri~ao das diversas tenias
es-petrosopias nelabaseadas. Uma analise reente do
ensino de Fsia para Farmaia e dada na refer^enia
[11℄.
IV Conlus~oes
A popaeaproadenossadidatiahade
investigar isto, amaneirapela qual os que
ensinamensinemmenoseosqueaprendem
aprendam mais... (Didatia Magna, J.A.
Comenius, 1650, traduzido porN.F.
Abu-Merhy,EditoraRio,1978)
O omentarioaima e olema do livropioneiro da
i^eniadaDidatia,\DidatiaMagna". Elefoiesrito
porComeniusqueviveu350anosatrasnumaepoat~ao
onturbadapor guerrasque era de umtero da
po-pula~aoalem~amorreueateasuaesolanaHolandafoi
inendiadapouoapossuamorte. Afrasepodepareer
trivialmaseentralaosnossosproblemashoje: temos
queensinaradavezmenoshoras,omosalunos
apren-dendoadavezmais. Emprimeirolugar,omo
profes-sores universitarios, devemosinsistir em queadeis~ao
deesolhadetalhadadapross~aosejafeitaaposursar
alguns semestres. Infelizmente, a maioria das esolas
prefere oreverso, op~oes ada vez mais detalhadas no
vestibular, levandoauma heterogeneidade grande
en-tre os alunos e inviabilizando parte dos objetivos do
CB tenio-iento. Emsegundolugar,agrande
ex-pans~ao numeria do Primeiro e do Segundo Grau foi
aompanhadadeumaquedanaqualidadedaforma~ao,
evidenteemmedidasquev~aodonaionalENEMao
in-ternaionalPISA.
Assim sendo, os outros dois objetivos da Fsia
Basia-darabaseneessariaparaasdisiplinasdos
di-versosilosprossionaisesanarasdei^eniasprevias
- s~ao ada vez mais importantes. Esses objetivos
s~ao entrais para as disiplinas fora da area t
enio-Emresumo,ent~ao, oensinodeFsiaaessasareas
n~ao-tenio-ientas nos fornee boas india~oes de
omo poderemos ensina-la de forma mais abrangente.
Isto melhorara n~ao apenas o ensino ofereido a essas
areaseaareatenio-ienta,oqueeumadasfun~oes
prinipais de um Instituto ou Departamento
univer-sitario de Fsia, omo melhorara a propria forma~ao
dosfuturosfsios. Issoertamenteedifil,aindamais
pela press~aoparadiminui~aodaargahorariamas,no
espritodafrasedeComenius,aei^eniadeuma
dis-iplinan~aopodesermedidaporquantooprofessor
en-sinoumassimporquantooalunoaprendeu.
V Agradeimentos
AgradeooapoionaneirodaFunda~aoUniversitaria
Jose Bonifaio (FUJB) e da Coordena~ao de
Aper-feioamento de Pessoal do Ensino Superior (CAPES)
etambem aleitura uidadosa e assugest~oes de Fabio
Zappa.
Refer^enias
[1℄ M.L.A.Favero,Auniversidade brasileiraembusade
suaidentidade, Editora Vozes, 1977. Emboraexistam
numerosos livros om a historia da universidade no
Brasil estee um livro lassio: ompatoe om uma
boarevis~aobibliograa.
[2℄ R. Beihner, L. Bernold, E. Burniston, P. Dail, R.
Felder, J. Gastineau, M. Gjertsen e J. Risley, \Case
studyofthe physis omponentof anintegrated
ur-riulum",Am.J.Phys.67(1999)S16-S24.
[3℄ L.F.S. Coelho, \A produ~ao ienta no Brasil nos
ultimos30anos:desigualdaderegional,diversidade
ins-tituionaleompara~oesinternaionais",submetido a
publia~ao(2001).
[4℄ N.C.HilyardeH.C.Biggin, Physisfor applied
biolo-gists,EdwardArnold,1977.Estelivrotem223paginas,
ebastanteonisomastemnumerososexemplosde
in-teressebiologio.Usaumaordemquaseonsensualde
topios,omeandoomMe^ania dePartula e
On-das,passando paraa FsiaModerna, a Eletriidade,
a
Optia, aTermodin^amia,as propriedadestermias
e me^aniasde materiais, e o uso e os uidados om
radia~oesionizantes.Omaiorobstauloaoseuusoea
inexist^eniadetradu~aoparaoportugu^es.
[5℄ E.Okuno,I.L.CaldaseC.Chow,Fsiaparai^enias
biologias e biomedias, Harper & Row do Brasil,
1982. Este livro obre a maior parte da ementa de
um urso para Biologia (ou Farmaia), sendo um
texto possvel. Ele e planejado para um urso de 2
semestres na USP, que engloba estudantes de
Biolo-gia e de Mediina. O seu tamanho (490 paginas),
a sua ordena~ao de topios, o seu abuso eventual
de formulas e o seu uso quase exlusivo de
livro esta desatualizado (faltam RMN, EEG, ECG e
lasers,porexemplo),sendoaonselhavelomplement
a-lo om a refer^enia 4. Os que usarem este livro
de-ver~ao faz^e-lo fora da ordem usual que ele apresenta
(porexemplo,introduzindoadualidadepartula-onda
nasprimeiras paginas). Nemostopiosdolivroser~ao
todos vistos no urso, nem toda a ementa do urso
estamenionadanolivro.Esselivrodeverser
omple-mentado pelo aderno de aula de ada um e
eventu-aisapostilaselistasdeexerioqueser~aodistribudas
(exemplos representativos dessas listas est~ao nas
paginas http://omnis.if.ufrj.br/ oelho/farmaia.html
e http://omnis.if.ufrj.br/ oelho/biologia.html ). O
oneito deforaevistonoguia deestudos1.2 (pag.
406a408),eosoneitos deenergiaedetrabalhono
aptulo9,ondetambemevistaaonserva~aode
en-ergia(pag. 82a96).(Olivron~aoontemositens 1.1,
1.2,e1.3doprograma.)Ooneitodeondasevistono
aptulo14(pag.206a219),osomnoaptulo15(pag.
222a235)e asondas\luminosas" (eletromagnetias)
nase~ao1.3 (pag. 2e 3). Asteorias daaudi~ao e da
vis~aohumanas,ujabasesforampropostasemdois
tra-balhoslassiosdeHelmholtz,n~aos~aomenionadas.O
tem3.1 do programaorresponde as se~oes 1.4 e1.5
(pag.3, 4e 5) e nase~ao4.5 (pag. 33 a38); a
estru-tura dosatomos e vistanoaptulo4(pag. 28 a33);
as radia~oes s~aovistasnase~ao1.7 (pag. 8,9e 10)e
nos aptulos 5, 6 e 3 (pag. 41 a 46, 49 a 53 e 21 a
26).(Infelizmentesodisutearadia~aogama,quando
a esmagadora maioria das aplia~oes de radia~ao em
Biologia usamemissores beta.)A eletriidade e vista
noaptulo,21(pag. 354a366);aotia,nosap
itulos
17e18(pag. 251a286);atemperatura,nase~ao10.3
(pag. 102 a 106); o alor no aptulo 11 (pag. 115 a
122); e a press~ao e ahidroestatia, nas se~oes 19.2 a
19.6 (pag. 292 a 303). A din^amia de uidos e vista
nasse~oes 20.1a20.5 e20.7.1(317a334e340a342)
mas estranhamente n~ao e usada para disutir o v^oo
de animais (Guia2, pag. 421a 431). A disuss~ao da
emiss~ao edaabsor~aode luzpor atomose moleulas
(item4doprograma),queefundamentalparaaanalise
daomposi~aodeamostras,n~aoestanesselivro,assim
omo a instrumenta~ao eletria (item 6), sendo uma
boarefer^eniaolivroFundamentos deAnalise
Instru-mental, refer^enia8.Partiularmente,olivro n~ao
dis-ute instrumentose tenias fundamentais para a
Bi-ologiaomosensorestermioseentrfugas,ouomoo
usoeasmedidasderadiprote~aoparaemissores-beta.
[6℄ R.K.Hobbie, \IntermediatePhysis for Mediineand
Biology", Springer (1997, tereira edi~ao). Livro que
exige onheimento de Calulo, mas quedetalha
bas-tante as aplia~oes de Fsia em Mediina (a maior
exe~ao e a Tomograa de Resson^ania Magnetia
Nulear, o que pode ser atribudo a novidade dessa
tenia). Infelizmente, as aplia~oes em Biologia
ga-nhambemmenos^enfase.
[7℄ J.B. Marion e W.F. Hornyak, \General Physis with
Biosiene Essays", Krieger (1985, segunda edi~ao).
Ele ontem numerosos textos biomedios. Esses
tex-tosreentementeforamtraduzidosporM.A.F.Gomes
e E.J.R. Parteli em artigo daRBEF 23 (2001) 10, o
[8℄ J.E. Williams, H.C. Metalfe, R. Trinklein e F.E.
Leer, Fsia Moderna, dois volumes, Renes (1970).
Esse livroapresentaos fen^omenosfsios semse
pren-der em demasia a formulas e sendo razoavelmente
ompleto. Por exemplo, fala um pouo da teoria da
sensa~aodeor edaromatiidade,temas geralmente
ignoradosemlivrosdeFsiaBasia.Noentanto,eum
pouoextensoe lhefaltamexemplos deaplia~oes da
FsiaModerna.
[9℄ E.B. Goldstein, Sensation and Pereption, sexta
edi~ao,Wadswort,2001.Exelenteintrodu~aoaFsia,
aQumiaeaFisiologiadossentidosexternos,
partiu-larmentedavis~aoedaaudi~ao.
Eotextopadr~aopara
essaintrodu~aoaCi^eniadossentidosedaperep~ao.
[10℄ O.A. Ohlweiler, Fundamentos de analise
instrumen-tal,LivrosTenioseCientosEd.(1981).Exelente
ompila~aodeteniasespetrosopias,feitaaposdar
umarevis~aodeEletr^oniaedeFsiaModerna.
[11℄ Corinne A. Manogue, Philip J. Siemens, Janet Tate,
Kerry Browne, Margaret L. Niess e AdamJ. Wolfer,
\Thepre-pharmaymajor: Asurveyofphysis
require-ments",Am.J.Phys.69(2001)978-990.
VI Anexos
A. A desigualdade das arreiras e o
vestibular
Abaixos~ao apresentadosdados da provade Fsia
do vestibular da UFRJ, paraos anos de 1994 a1997.
Nastabelasabaixo,ogrupo1dovestibularorresponde
aareabiomedia,ogrupo2atenio-ienta(exeto
Geograa)eogrupo3eformado,essenialmente,pelo
DesenhoIndustrialepela Arquitetura,aareat
enio-humana. Estes tr^es grupos fazem a mesma prova de
Fsia no vestibular(referida omo a provado dia 3),
enquanto as areas humanas e soiais, que inluem a
Pedagogia,fazemoutraprovabem maisqualitativa.
O urso de Pedagogia, marado om*, esta
men-ionado omo exemplo das diuldades da integra~ao
na area do ensino de Ci^enias, pois oseu resultadoe
dos piores dessa tabela. Os perentuais da tereira e
da quarta olunas s~ao alulados em rela~aoao total,
dado na segunda oluna. Estes perentuais indiam
o numero de alunos que ter~ao diuldades medias ou
pequenas, respetivamente,para aompanharas
disi-plinas de Fsia. Op~oes prossionais onde estes
per-entuaiss~aobaixosindiammaioresdei^eniasasanar
vindas da Fsia do segundo grau. As op~oes
pros-sionais est~ao agrupadas por entro e, dentro de ada
entro, em ordemderesente do perentualde alunos
que obteve nota igual ou maior que tr^es na provade
Fsia. Osalunos dosursos maradosem italio n~ao
t^emdisiplinasofereidaspeloIF,emborahajapontos
Esses dados mostram que ha uma grande
diversi-dadeaad^emianosalunosqueatualmenteursam
dis-iplinasdeFsia,quandoseusaumindiadorsimples
ediretoomooresultadodoalunoqueentranaUFRJ
na prova de Fsia do vestibular (ver tabelas abaixo)
. Ha evidentemente mudanas de ano a ano, om as
notas aindo de 94 a 96 e subindo em 97, mas este
fen^omenooorresimultaneamente emtodasasop~oes.
A esolha dos indiadores do melhor resultado (nota
maior ou igual a 5) e do resultado medio (notas
en-tre 3e5) n~ao quer dizer,em hipotesealguma, queos
alunos foradestes gruposn~ao ter~ao hane esim que;
provavelmente, ter~ao que realizarum esforo maior e
neessitar~ao ser mais diretamente apoiados nas
disi-plinas queursarem.
Ha uma enorme diversidade quanto a base previa
em Fsia de nossos alunos da area tenologia (CT),
agravadapormudananovestibulardaEngenhariaque
na ultima deada exige esolha detalhada. Esta
mu-dana n~ao justia, no entanto,ndies de reprova~ao
altos naEngenhariapois,emboraoperentualde
me-lhores alunos em Fsia tenha ado (os que tiveram
nota5novestibular)manteve-seumalaramaioriade
alunos om notas mediase boas (nota 3), exeto nas
op~oes Naval e Metalurgia. No aso da Engenharia
Qumia,omrendimentosnovestibularabaixodestas
duasop~oes,aunidadetomouaprovid^eniadereduzir
onumero de vagase abriro urso de Qumia
Indus-trial,sendoprevisvelumamelhora.
Haumadiversidademaiordosnossosalunosdaarea
de Ci^enias Exatas e da Terra (CCMN) tanto dentro
deop~oesespeasquantoomparando-seresultados
medios de op~oes distintas. Os resultados medios no
vestibular dos alunos do CCMN s~ao laramente
infe-riores aos do CT. Enquanto entra os que se dirigem
as op~oes do Instituto de Matematia (exeto a
Li-eniaturaNoturna) aindasemantemuma maioriade
alunosommedioebomrendimento,oquadroe
difer-enteparaasoutrastr^esunidades. Existemerade5a
20% deingressantes omnotaigualoumaiorque 5,0
enquanto o numero de ingressantes om notas medias
ouboasvariade10a50%.
Estastabelasest~aoem
http://omnis.if.ufrj.br/ oelho/atalogo.html,
tendosidopartedeumestudosobreoestadodoensino
deFsia naUFRJ.
Tabela I
ResultadosdaprovadeFsiadovestibularparaandidatoslassiadosnoanode1994:
Numerototaldelassiados,numerosomnotas3e5,mediaedesvio-padr~aodasnotas.
Curso Total Comnota3 Comnota5 Media Desviopadr~ao
grupos1+2+3 3.093 2.320(75%) 1.220(39%) 4,30 1,951
Arquitetura (CLA) 234 192(82,0%) 52(22,2%) 4,05 1,252
DesenhoIndustrial(CLA) 98 57(58,1%) 22(22,4%) 3,92 1,256
Mediina(CCS) 192 192(100%) 187(97,4%) 6,94 1,151
Odontologia(CCS) 80 80(100%) 67(83,8%) 5,78 1,011
Mirobiologia(CCS) 34 31(91,2%) 7(20,6%) 4,24 1,383
Farmaia(CCS) 141 113(80,1%) 29(20,6%) 3,85 1,124
Nutri~ao(CCS) 71 52(73,2%) 6(8,5%) 3,55 1,240
Biologia(CCS) 157 114(72,6%) 24(15,3%) 3,71 1,253
Biologia-Modalidademedia(CCS) 28 17(60,7%) 10(35,7%) 3,76 1,763
Engenharia(CT) 546 542(99,3%) 419(76,7%) 5,91 1,445
EngenhariaQumia(CT) 237 228(96,2%) 141(59,5%) 5,36 1,463
Matematia(CCMN) 251 228(90,8%) 149(59,4%) 5,17 1,696
Meteorologia(CCMN) 28 14(50%) 4(14,3%) 3,04 1,796
Qumia(CCMN) 89 53(59,6%) 13(14,6%) 3,25 1,392
Geologia(CCMN) 49 19(38,8%) 4(8,2%) 2,74 1,146
Astronomia (CCMN) 26 9(34,6%) 4(15,4%) 2,81 1,373
Fsia(CCMN) 151 46(30,4%) 26(17,2%) 3,62 1,677
Tabela II
ResultadosdaprovadeFsiadovestibularparaandidatoslassiadosnoanode1995:
Numerototaldelassiados,numerosomnotas3e5,mediaedesvio-padr~aodasnotas.
Curso Total Comnota3 Comnota5 Media Desviopadr~ao
grupos 1+2+3 2.998 1.592(53%) 646(21,5%) 3,77 2,100
Arquitetura (CLA) 240 95(39,6%) 21(8,8%) 2,76 1,443
DesenhoIndustrialProg.Visual(CLA) 50 30(60,0%) 1(2,0%) 2,97 1,023
DesenhoIndustrialProj. Prod. (CLA) 50 13(26,0%) 1(2,0%) 2,30 0,853
Mediina(CCS) 192 190(99,0%) 151(78,6%) 5,92 1,297
Odontologia(CCS) 80 79(98,8%) 44(55,0%) 5,07 1,245
Mirobiologia(CCS) 35 14(40,0%) 2(5,7%) 2,65 1,196
Farmaia(CCS) 144 53(36,8%) 11(7,6%) 2,77 1,306
Nutri~ao(CCS) 72 9(12,5%) 1(1,4%) 1,87 0,906
Biologia-Diurno(CCS) 120 50(41,7%) 7(5,8%) 2,73 1,154
Biologia-Lieniatura. Noturna(CCS) 40 2(5,0%) 0(0,0%) 1,57 0,559
Biologia-Modalidademedia(CCS) 30 16(53,3%) 1(3,3%) 2,87 1,204
EngenhariaCivil(CT) 120 100(83,3%) 32(16,7%) 4,12 1,192
EngenhariaEletr^onia(CT) 80 78(97,5%) 59(73,8%) 6,03 1,669
EngenhariaEletrotenia(CT) 60 54(90,0%) 22(36,7%) 4,29 1,219
EngenhariaMe^ania(CT) 100 98(98,0%) 49(49,0%) 5,01 1,292
EngenhariaMetalurgia(CT) 50 36(72,0%) 7(14,0%) 3,67 1,176
EngenhariaNaval(CT) 70 52(74,3%) 11(15,7%) 3,72 1,386
EngenhariaProdu~ao(CT) 80 80(100%) 61(76,3%) 5,65 1,346
TotaldaEsoladeEngenharia 560 498(88,9%) 241(43,0%) 4,70
EngenhariaQumia(CT) 240 145(60,4%) 49(20,4%) 3,50 1,608
MatematiaAtuaria(CCMN) 20 16(80,0%) 5(25,0%) 3,84 1,489
MatematiaEstatstia(CCMN) 20 14(70,0%) 3(15,0%) 3,56 1,157
MatematiaInformatia(CCMN) 120 107(89,2%) 63(52,5%) 4,98 1586
MatematiaLien. Noturna(CCMN) 60 18(30,0%) 1(1,7%) 2,26 0,955
MatematiaCursoDiurno(CCMN) 60 38(63,3%) 8(13,3%) 3,34 1,351
Meteorologia(CCMN) 21 2(9,5%) 0(0,0%) 1,85 0,687
QumiaLien. Noturna(CCMN) 40 4(10,0%) 0(0,0%) 1,65 0,640
QumiaCursoDiurno(CCMN) 50 17(34,0%) 5(10,0%) 2,49 1,488
Geologia(CCMN) 50 8(16,0%) 1(2,0%) 1,88 1,124
Astronomia(CCMN) 15 5(33,3%) 1(6,7%) 2,45 1,526
Fsia CursoDiurno(CCMN) 120 56(46,7%) 14(11,7%) 2,94 1,429
FsiaLien.Noturna(CCMN) 40 11(27,5%) 1(2,5%) 2,41 1,059
Tabela III
ResultadosdaprovadeFsiadovestibularparaandidatoslassiadosnoanode1996:
numerototaldelassiados,numerosomnotas3e5,mediaedesvio-padr~aodasnotas.
Curso Total Comnota3 Comnota5 Media Desviopadr~ao
grupos1+2+3 3.088 1464(47,4%) 594(19,2%) 2,90 2,052
Arquitetura(CLA) 240 72(30,0%) 17(7,1%) 2,33 1,431
DesenhoIndustrialProg.Visual(CLA) 50 24(48,0%) 4(8,0%) 2,97 1,304
DesenhoIndustrialProj. Prod. (CLA) 50 15(30,0%) 3(6,0%) 2,39 1,502
Mediina (CCS) 192 191(99,5%) 165(85,9%) 6,15 1,240
Odontologia(CCS) 80 73(91,3%) 39(48,8%) 4,89 1,661
Mirobiologia(CCS) 35 8(22,9%) 1(2,9%) 2,14 1,261
Farmaia(CCS) 144 42(29,2%) 7(4,9%) 2,29 1,277
Nutri~ao(CCS) 72 13(18,1%) 2(2,8%) 2,05 1,060
Biologia-Diurno(CCS) 120 47(39,12%) 10(8,3%) 2,66 1,426
Biologia-Lieniatura. Noturna(CCS) 40 1(2,5%) 1(2,5%) 0,81 0,919
Biologia-Modalidademedia (CCS) 30 10(33,3%) 2(6,7%) 2,46 1,570
EngenhariaCivil(CT) 120 95(79,2%) 32(16,7%) 4,00 1,432
EngenhariaEletr^onia(CT) 80 79(98,8%) 57(71,3%) 5,78 1,536
EngenhariaEletrotenia(CT) 60 50(83,3%) 23(38,3%) 4,26 1,403
EngenhariaMe^ania(CT) 100 91(91,0%) 36(36,0%) 4,47 1,430
EngenhariaMetalurgia(CT) 50 27(54,0%) 3(6,0%) 3,07 1,229
EngenhariaNaval(CT) 70 43(61,4%) 7(10,0%) 3,23 1,243
EngenhariaProdu~ao(CT) 80 80(100,0%) 66(82,5%) 5,93 1,196
TotaldaEsoladeEngenharia 560 465(83,0%) 224(40%) 4,46
EngenhariaQumia(CT) 230 123(53,5%) 34(14,8%) 3,17 1,621
MatematiaAtuaria(CCMN) 20 14(70,0%) 3(15,0%) 3,66 1,446
MatematiaEstatstia(CCMN) 20 15(75,0%) 1(5,0%) 3,54 0,615
MatematiaInformatia(CCMN) 120 108(90,0%) 59(49,2%) 4,96 1592
MatematiaLien. Noturna(CCMN) 60 20(33,3%) 3(5,0%) 2,49 1,386
MatematiaCursoDiurno(CCMN) 60 34(56,7%) 4(6,7%) 3,14 1,272
Meteorologia(CCMN) 13 0(0,0%) 0(0,0%) 1,24 0,784
QumiaLien. Noturna(CCMN) 40 6(15,0%) 1(2,5%) 1,60 1,121
QumiaCursoDiurno(CCMN) 50 9(18,0%) 2(4,0%) 1,71 1,214
Geologia(CCMN) 33 3(9,1%) 0(0,0%) 1,38 0,851
Astronomia(CCMN) 15 1(6,7%) 0(0,0%) 1,91 0,880
FsiaCursoDiurno(CCMN) 120 22(18,3%) 6(5,0%) 2,01 1,557
FsiaLien.Noturna(CCMN) 40 5(12,5%) 1(2,5%) 1,53 1,229
Tabela IV
ResultadosdaprovadeFsiadovestibularparaandidatoslassiadosnoanode1997:
Numerototaldelassiados,numerosomnotas3e5,mediaedesvio-padr~aodasnotas.
Curso Total Comnota3 Comnota5 Media Desviopadr~ao
grupos1+2+3 2963 2048(69,2%) 1144(38,6%) 4,20 2,100
grupo1(biomedio: CCS) 1.317 744(56,5%) 380(28,8%) 3,67 2,264
grupo2(tenio-iento: CT+CCMN) 1.254 1055(84,1%) 677(54,0%) 4,99 1,990
grupo3(tenio-humano: CLA) 392 249(63,5%) 87(22,2%) 3,49 1,758
Arquitetura(CLA) 240 168(70,0%) 58(24,2%) 3,78 1,602
DesenhoIndustrialProg.Visual(CLA) 50 43(86,0%) 21(42,0%) 4,57 1,289
DesenhoIndustrialProj.Prod. (CLA) 50 35(70,0%) 8(16,0%) 3,56 1,3523
Mediina (CCS)
Odontologia(CCS) 80 80(100,0%) 75(93,8%) 6,46 1,060
Mirobiologia(CCS) 35 30(85,7%) 15(42,9%) 4,24 1,596
Farmaia(CCS) 144 97(67,4%) 25(17,4%) 3,44 1,425
Nutri~ao(CCS) 72 40(55,5%) 2(2,8%) 2,92 1,014
Biologia-Diurno(CCS) 120 86(71,7%) 29(24,2%) 3,80 1,471
Biologia-Lieniatura. Noturna(CCS) 40 7(17,5%) 0(0,0%) 1,86 1,118
Biologia-Modalidademedia(CCS) 30 23(76,7%) 5(16,7%) 3,85 1,516
EngenhariaCivil(CT) 120 119(99,2%) 93(77,5%) 5,81 1,275
EngenhariaEletr^onia(CT) 80 80(100,0%) 78(97,5%) 7,26 1,159
EngenhariaEletrotenia(CT) 60 60(100,0%) 54(90,0%) 6,14 0,883
EngenhariaMe^ania(CT) 100 99(99,0%) 91(91,0%) 6,24 1,204
EngenhariaMetalurgia(CT) 50 50(100,0%) 30(60,0%) 5,20 1,189
EngenhariaNaval(CT) 70 64(91,4%) 29(41,4%) 4,60 1,333
EngenhariaProdu~ao(CT) 80 80(100%) 80(100%) 7,37 0,924
TotaldaEsoladeEngenharia 560 552(98,6%) 455(81,2%) 6,15
EngenhariaQumia(CT) 230 164(71,3%) 61(26,5%) 3,84 1,653
MatematiaAtuaria(CCMN) 20 19(95,0%) 8(40,0%) 4,70 1,027
MatematiaEstatstia(CCMN) 20 19(95,0%) 8(40,0%) 4,39 1,060
MatematiaInformatia(CCMN) 120 119(99,2%) 101(84,2%) 5,95 1,349
MatematiaLien. Noturna(CCMN) 60 32(53,3%) 5(8,3%) 3,02 1,362
MatematiaCursoDiurno(CCMN) 60 54(90,0%) 20(33,3%) 4,54 1,364
Meteorologia(CCMN) 9 1(11,1%) 0(0,0%) 2,29 0,884
QumiaLien. Noturna(CCMN) 24 6(25,0%) 0(0,0%) 1,89 1,097
QumiaCursoDiurno(CCMN) 37 15(40,5%) 5(13,5%) 2,78 1,801
Geologia(CCMN) 14 6(42,9%) 2(14,3%) 2,88 2,005
Astronomia(CCMN) 20 16(80,0%) 7(35,0%) 4,16 1,873
FsiaCursoDiurno(CCMN) 67 43(64,2%) 18(26,9%) 3,85 2,042
FsiaLien.Noturna(CCMN) 13 9(69,2%) 0(0,0%) 3,01 0,846
VII Fsia Apliada para Desenho Industrial
Programa
1)OrigensdaFsia. RelaionamentodaFsiaomoutrasi^eniaseomastenias.
2) Me^ania de partula. Coneitos de massa, fora, veloidade, aelera~ao, veloidade angular, momento
angular, torque,estabilidade,atrito,energia,trabalhoemomentodeineria. Equilbriodeumorpo.
3)Me^ania dosuidos. Coneitosdedensidade, press~aoevisosidade. Regimesdeuxo deumuido.
Movi-mento harm^onio. Ondasme^aniasesonoras.
4)Som. Meanismodeaudi~ao. Intensidadeefrequ^enia. Me^aniademovimentosamorteidoseoisolamento
austio.
5) Luz. Fontes luminosas. Intensidade,omprimento de ondaefrequ^enia. Meanismosdavis~ao diurna eda
noturna. Reex~ao erefra~ao. Fosfores^eniae uores^enia. Materiais bons emaus reetores. Lentes. Maquina
fotograa. Dist^ania mnima paraa vis~ao. Fen^omenos ondulatoriosda luz: difra~ao (emredes, na pupilae em
lmes) einterfer^enia. Tamanhomnimodeumobjetovisvel. Holograa. Fibrasotias.
6) Eletriidade. Corrente eletriaevoltagem. Lei de Ohm. Efeito Joule. Magnetismo. Eletrom~as. Materiais
isolantes,ondutoresesuperondutores.
7)Calor. Produ~aoedissipa~ao. Temperaturaealorespeo. Propriedadestermiasdosmateriais. Medi~ao
datemperatura.
8)
Atomos emoleulas. Solidos. Radia~oes. Danosausadosem solidospela luz solare poroutras radia~oes.
Metodosfsiosdealtera~aodesuperfies.
Ementa
Origens daFsia. Me^aniade partulae deorporgido. Me^ania dosuidos. Movimentos osilatoriose
ondas. Som: produ~aoereep~ao. Luz: produ~aoereep~ao. Reex~ao erefra~ao. Meanismos davis~ao. Lentes.
Fen^omenosondulatoriosdaluz. Propriedadesotias demateriais. Eletriidadeemagnetismo. Correnteepotenial
eletrios. Propriedadeseletriasdemateriais. Calor: produ~aoepropaga~ao. Temperaturaepropriedadestermias
demateriais.
Atomosemoleulas. Solidos. Radia~oes. Laser.
VIII Fsia para Ci^enias Biologias (Farmaia e Biologia)
Programa Analtio
1)Movimento: desri~aoeausas
1.1)Umpouodematematia: ooneito dederivada
1.2)Posi~ao,veloidade,aelera~aoemomentolinear
1.3)Foras,trabalho,pot^eniaeenergia
1.4)Movimentoirular: entrfugas,sateliteseespetr^ometrosdemassa
1.5)Leisdeonserva~ao: energia,momentolinearemomento angular
2)Movimentososilatorioseondas
2.1)Movimentoharm^oniosimples
2.2)Energiadevibra~ao
2.3)Ondas
3)
Atomos,moleulas,nuleoseradia~oes
3.1)Espetrodeemiss~aodeatomos;experi^eniasqueindiamn~aoseraluzumaondanemoseletronspartulas
3.2)OmodelodeBohrparaoatomodehidrog^enio;oeletronomoonda
3.3)A estruturaemamadasdosatomos
3.4)Liga~oesentreatomoseestruturamoleular
3.5)Radia~oesalfa,beta,gamaeX
3.6)Umpouomaisdematematia: resimentoedeaimentoexponeniais,asequa~oesdeLotka-Volterra
3.7)Radioatividadeedeaimentoradioativo;data~aousandoraiosgama
3.8)Atividade,doseedoseequivalente
3.9)Radiobiologiaeradioprote~ao
4) Emiss~aoeabsor~aodeluzporatomosemoleulas
4.1)Fontesdeluz
4.2)LeideBeer-Lambertparaaabsor~aodeluz
4.3)Rota~aomoleular
4.4)Vibra~aomoleular
4.5)Transi~oeseletr^oniasemmoleulas
4.6)Moleulasatmosferias,luzevidanaTerra
4.7)RaiosXedetermina~aodaomposi~aoqumiadeamostras
5) Eletriidade
5.1)Correnteevoltagem
5.2)Elementosusadosemiruitos
5.3)Exemplosdeiruitos
5.4)Propriedadeseletriaspassivasdeax^oniosemembranaselulares
6) Instrumenta~ao
6.1)Medidasdeorrentesedevoltagens
6.2)Medidastermias
6.3)Amplia~aoeltragemdosvaloresmedidos
6.4)Visualiza~aodasgrandezasmedidas
7) Luz,lentesemirosopios
7.1)Reex~aoerefra~ao
7.2)Forma~aodeimagensporsuperfieselentes
7.3)Forma~aodeimagensnoolhohumano
7.4)Interfer^eniadeluz
7.5)Difra~ao;tamanho mnimodeumobjetovisvel
7.6)Mirosopiosotioseeletr^onios
7.7)Luzpolarizada
8) Calor,temperaturaesuperfies
8.1)Temperatura,aloremovimentomoleular
8.2)Calorespeo
8.3)Caloreslatentesdefus~aoedeevapora~ao
8.4)Transmiss~aodealor:ondu~ao,onve~aoeradia~ao
8.5)Produ~aoedissipa~aodealornoorpohumano
9) Propriedadesme^aniasdesuperfies,desolidosedelquidos
9.1)Energiasuperial etens~aosuperial
9.2) ^
Angulodeontatoemolhabilidade
9.3)Capilaridade
9.4)Hidroestatia,press~aoeempuxo
9.5)Tra~ao,alongamentoemoduloselastios
9.6)Energiaelastiaarmazenada