FENÔMENOS DE ENFERMAGEM I DENTI FI CADOS EM CONSULTAS DE PLANEJAMENTO
FAMI LI AR SEGUNDO A I CNP - VERSÃO BETA 2
1Gislaine Eik o Kuahar a Cam iá2 Már cia Bar bier i3 Heim ar de Fát im a Marin4
Sur v ey descr it iv o, ex plor at ór io, r et r ospect iv o r ealizado em um ser v iço de planej am ent o fam iliar , com o obj et iv o de iden t if icar os f en ôm en os de en f er m agem em con su lt as e m apeá- los segu n do a I CNP, v er são Bet a 2 . A colet a dos dados f oi r ealizada em 5 2 pr on t u ár ios, com con su lt as de en f er m agem do per íodo de ou t u br o de 2 0 0 1 a dezem br o de 2 0 0 2 . Par a a r ealização do m apeam en t o cr u zado t odos os f en ôm en os de en f er m ag em id en t if icad os f or am com p ilad os, or g an izad os e com p ar ad os com os t er m os d a I CNP. Dos 5 1 fenôm enos/ diagnóst icos de enfer m agem ident ificados, 46 ( 90,2% ) apr esent ar am concor dância ex at a e par cial com a I CNP. Os f en ôm en os de en f er m agem iden t if icados poder ão au x iliar os en f er m eir os n os cu idados às client es que pr ocur am ser v iços de planej am ent o fam iliar . A I CNP dem onst r ou ser abr angent e, por ém , alguns t er m os pr ecisam ser r ev ist os e ou t r os acr escen t ados, m as, lev an do em con sider ação por se t r at ar de u m a classificação in t er n acion al aplicáv el a div er sos países, o m apeam en t o e o cr u zam en t o de seu s dados for am sat isf at ór ios.
DESCRI TORES: en f er m agem ; classif icação; v ocabu lár io
NURSI NG PHENOMENA I DENTI FI ED I N FAMI LY PLANNI NG VI SI TS W I TH I CNP
-BETA VERSI ON 2
This descr ipt iv e, ex plor at or y , r et r ospect iv e sur v ey , car r ied out at a fam ily planning ser v ice, aim ed t o ident ify nur sing phenom ena dur ing nur sing v isit s accor ding t o t he I CNP, Bet a v er sion 2. Dat a w er e collect ed based on 52 r ecor ds of nur sing v isit s, r ealized fr om Oct ober 2001 t o Decem ber 2002. To conduct t he cr oss-m appin g pr ocess, all iden t if ied n u r sin g ph en ooss-m en a w er e j oin ed, or gan ized an d cooss-m par ed accor din g t o t h e I CNP’s t er m s. Of t h e 5 1 id en t if ied n u r sin g p h en om en a/ d iag n oses, 4 6 ( 9 0 . 2 % ) sh ow ed ex act an d p ar t ial con cor dan ce. Th e iden t if ied n u r sin g ph en om en a can be u sed t o assist n u r ses t o pr ov ide car e f or clien t s in fam ily planning ser vices. The I CNP show ed t o be a com pr ehensive pr ogr am , alt hough som e t er m s need t o be r ev iew ed an d ot h er s en h an ced. How ev er , con sider in g t h at it is an in t er n at ion al classif icat ion applicable t o sev er al count r ies, t he m apping pr ocess and cr oss- r efer ences w er e v er y sat isfact or y .
DESCRI PTORS: n u r sin g; classificat ion ; v ocabu lar y
FENÓMENOS DE ENFERMERÍ A I DENTI FI CADOS EN CONSULTAS DE PLANI FI CACI ÓN
FAMI LI AR SEGÚN LA I CNP, VERSI ÓN BETA 2
Est a in v est igación descr ipt iv a, ex plor at or ia, r et r ospect iv a se llev ó a cabo en u n ser v icio de plan eo fam iliar. El obj et ivo fue ident ificar los fenóm enos de enferm ería en consult as según la I CNP, versión Bet a 2. La r ecolección de dat os se r ealizó en 5 2 h ist or ias clín icas, en con su lt as de en f er m er ía du r an t e el per íodo de oct ubre del 2001 a diciem bre del 2002. Para el m apeo cruzado, t odos los fenóm enos de enferm ería ident ificados fuer on com pilados, or ganizados y com par ados con los t ér m inos de la I CNP. De los 51 fenóm enos/ diagnóst icos de enferm ería ident ificados, 46 ( 90,2% ) present aron concordancia exact a y parcial. Los fenóm enos de enferm ería ident ificados podr án ay udar los enfer m er os par a el cuidado de client es que pr ocur an ser v icios de planificación fam iliar . La I CNP dem ost r ó ser ex t en so, au n qu e algu n os t ér m in os n ecesit an ser r ev isados y / o au m en t ados. Sin em bar go, llev an do en con sider ación qu e se t r at a de u n a clasif icación in t er n acion al aplicable a div er sos países, el m apeo y el cr uce de sus dat os fuer on sat isfact or ios.
DESCRI PTORES: en f er m er ía; clasif icación ; v ocabu lar io
I NTRODUÇÃO
A
i m p o r t â n ci a d e u m a l i n g u a g e m int er nacionalm ent e padr onizada na enfer m agem foi reconhecida desde Florence Night ingale e fort alecida no ano 1989, no Congresso de Seul, onde o Conselho I nternacional de Enferm agem ( CI E) decidiu iniciar um proj et o para a Classificação I nt ernacional da Prát ica em Enferm agem ( CI PE) com o obj etivo de dem onstrar ev idência concr et a sobr e a im por t ant e cont r ibuição d a e n f e r m a g e m p a r a a sa ú d e , d e se n v o l v e n d o linguagem única, capaz de env olv er a enfer m agem m undial ao redor de um a causa com um( 1- 3).A CI PE r epr esent a um m ar co unificador de t odos os sist em as de classificação dos elem ent os da prática de enferm agem disponíveis na área em âm bito int ernacional. No processo de const rução, percebeu-se que, em bora alguns dos sist em as de classificação ex ist ent es j á incor por assem t er m os r elacionados à pr át ica, ainda hav ia a necessidade de ident ificar e i n cl u i r n o v o s t e r m o s a sso ci a d o s a o s cu i d a d o s pr im ár ios e à pr át ica de enfer m agem em ser v iços com u n it ár ios d e saú d e p ar a ser em in ser id os n os sist em as de inform ação em saúde( 4).
No ano 1996, o CI E publicou a CI PE, versão Alf a, d escr it a em t r ês et ap as: a id en t if icação d e t e r m o s, o a g r u p a m e n t o d e sse s t e r m o s e su a hierarquização dent ro de grupos est abelecidos e que, no final, é visualizado com o pirâm ides de conceit os, onde os term os da base são os m ais específicos e os g er ais são os d e v ér t ice( 5 ). A CI PE, v er são Alf a,
co n si st i u n a o r g a n i za çã o d e t r ê s p i r â m i d e s d e conceit os: fenôm enos, int ervenções e result ados de enfer m agem( 1,6- 7).
Com o car act er íst icas ger ais, est ebeleceu- se que a CI PE deve ser am pla, sim ples, consistente com u m a est r u t u r a con ceit u al, baseada em u m n ú cleo cen t r al, sen sív el às v ar iações cu lt u r ais, cap az d e r eflet ir o sist em a de v alor es da enfer m agem e ser ut ilizável de um a form a com plem ent ar ou int egrada às classificações de doença e saúde desenv olv idas pela Organização Mundial de Saúde( 1).
Desde a publicação da CI PE, versão alfa, o CI E tem recebido com entários e críticas para avaliação e com pr ov ação dessa v er são, t ais com o v alidação m u l t i n a ci o n a l , r e su l t a d o s d a v e r i f i ca çã o d e su a ut ilização no proj et o Telenurse, conduzido por Randi Mortensen na Com unidade Européia e outros proj etos, o q u e co n t r i b u i u p a r a a su a r e f o r m u l a çã o e o desenvolvim ent o da versão Bet a( 8).
No ano 1999, o CI E apresentou a versão Beta d a CI PE, d e m o n st r a n d o q u e o p r o j e t o t e m
característica dinâm ica, suj eito a m udanças contínuas que ocorrem na ciência e na prática de enferm agem . Os f e n ô m e n o s, a s a çõ e s e o s r e su l t a d o s d e e n f e r m a g e m co n t i n u a m co m o co m p o n e n t e s p r i n ci p ai s, m as em u m en f o q u e m u l t i ax i al , p o i s per m it e m ais de um a div isão do t er m o super ior e possibilita com binações de conceitos e diferentes eixos e d i v i sõ e s, p r o p o r ci o n a n d o m a i o r so l i d e z à classificação e ser v indo de base par a div er sificar a expressão dos conceit os( 8).
A versão Beta 2 da CI PE surgiu em seguida, no int uit o de: “ est abelecer um a linguagem com um para descrever a prát ica de enferm agem ; est im ular a i n v e st i g a çã o d e e n f e r m a g e m ; d e scr e v e r o s cu id ad os d e en f er m ag em ao in d iv íd u o, f am ília e com unidade; represent ar conceit os usados nos locais e n a s á r e a s d e e sp e ci a l i d a d e s d a p r á t i ca d e enferm agem ; tornar possível a com paração dos dados de enferm agem ; propiciar dados sobre a prát ica de enferm agem que possam influenciar a educação em enfer m agem e as polít icas de saúde e est im ular a invest igação de enferm agem ”( 9).
No ano 2003, essa versão foi t raduzida com aut orização do CI E, para a língua port uguesa- Brasil pela Drª Heim ar de Fát im a Marin, responsável pelo Nú cl e o d e I n f o r m á t i ca e m En f e r m a g e m d a Un iv er sid ad e Fed er al d e São Pau lo e m em b r o d o gr u po con su lt iv o est r at égico da CI PE, f acilit an do, assim , a divulgação dessa classificação. Vale ressaltar que o program a CI PE publicou a versão 1.0 no ano 2005, trazendo algum as alterações na estrutura e nos com p on en t es. Por t an t o, cad a v er são é m u t áv el e dinâm ica, sendo subm etida à avaliação e revisão para alcançar a contínua m anutenção necessária para um a linguagem viva na prát ica.
Os com ponent es pr incipais da CI PE v er são Bet a 2 são os Fenôm enos de Enfer m agem , as Ações de Enfer m agem e os Result ados de Enfer m agem em um enfoque m ult iax ial. Fenôm enos de Enfer m agem ‘’são asp ect os d e saú d e r el ev an t es à p r át i ca d e En fer m agem ” e “ Diagn óst icos de En fer m agem é o nom e dado por um enferm eiro a um a decisão sobre u m f e n ô m e n o q u e é o f o co d a i n t e r v e n çã o d e En f er m a g em . Um d i a g n ó st i co d e En f er m a g em é co m p o st o p o r co n cei t o s co n t i d o s n o s ei x o s q u e com põem a Classificação dos Fenôm enos”( 10).
A CI PE p er m it e o u so d e v ár ios m od elos t eóricos de enferm agem , sendo um m arco unificador, poden do com bin ar difer en t es eix os e ex pr essan do diversos conceit os da prát ica de enferm agem .
cont inuam avançando. No nosso m eio, o sist em a de classif icação d a Associação Nor t e- Am er ican a d os Diagnósticos em Enferm agem (North Am erican Nursing Diagnosis Association - NANDA) ainda é um dos m ais conhecidos, at é m esm o por t er sido o prim eiro a ser t raduzido para a língua port uguesa.
A u t i l i za çã o d e o u t r o s v o ca b u l á r i o s e t erm inologias de enferm agem , com o a Classificação d a s I n t e r v e n çõ e s d e En f e r m a g e m ( Nu r si n g I nt er vent ion Classificat ion – NI C) , Classificação dos Re su l t a d o s d e En f e r m a g e m ( Nu r si n g Ou t co m e s Classificat ion – NOC) , Classificação dos Cuidados de Saúde Dom iciliar ( Hom e Healt h Care Classificat ion -HHCC) , Sist em a Om aha, ent r e out r os, m obilizar am e n f e r m e i r a s d e t o d o o m u n d o a o d e sa f i o d e u n i v e r sa l i za r a su a l i n g u a g e m e e v i d e n ci a r o s elem ent os de sua prát ica, result ando em aprovação da propost a para o desenvolvim ent o de um Sist em a d e Cl a ssi f i ca çã o I n t e r n a ci o n a l d a Pr á t i ca d e Enfer m agem - CI PE ( I nt er nat ional Classificat ion for Nursing Pract ice - I CNP)( 11- 12).
O desenvolvim ent o e m anut enção da CI PE é um proj et o a longo prazo, liderado e facilit ado pelo Co n se l h o I n t e r n a ci o n a l d e En f e r m e i r o s - CI E ( I nt er nat ional Council of Nur ses - I CN) , que cont a com a part icipação de especialist as de vários países para atualização e m elhoria de sua estrutura, visando m aior e m ais específica aplicabilidade.
Co n si d e r a n d o a i m p o r t â n ci a d e u m a classificação para descrever e docum ent ar a prát ica de enferm agem em planej am ent o fam iliar, volt ou- se este trabalho para os fenôm enos de enferm agem sob a ótica da CI PE, versão Beta 2, no intuito de identificar o s f e n ô m e n o s d o cu m e n t a d o s n a á r e a d e planej am ent o fam iliar e a capacidade da CI PE par a d o cu m e n t a çã o n e sse se t o r. Esp e r a - se co m i sso cont ribuir para o fort alecim ent o do conhecim ent o na á r e a , e v i d e n ci a n d o a e x e q ü i b i l i d a d e d o u so d e t erm inologia padronizada na prát ica diária.
OBJETI VOS
I dent ificar os fenôm enos de enferm agem em consult as de um serviço de planej am ent o fam iliar e m apeá- los, segundo a Classificação I nternacional para a Prát ica de Enferm agem ( CI PE) , versão Bet a 2.
MÉTODOS
O estudo é um survey descritivo, exploratório, ret rospect ivo, realizado no Serviço de Planej am ent o
Fam iliar da Unifesp/ EPM, localizado na cidade de São Pau lo. A f on t e d e in f or m ação f oi o p r ot ocolo d a consult a de enfer m agem( 13), or ganizado segundo os
Padrões Funcionais de Saúde( 14), inst it uído no serviço
de planej am ento fam iliar da Unifesp, desde 1999, m as com algum as m odificações do m odelo inicial. Par a est e est udo, for am selecionados os pr ont uár ios de m ulheres com idade igual ou superior a 20 anos, que foram subm etidas à prim eira consulta de enferm agem e a consult as subseqüent es.
A co l e t a d o s d a d o s f o i r e a l i za d a e m 5 2 pront uários que obedeceram aos crit érios de inclusão da am ost r a, cuj as consult as de enfer m agem for am e x e cu t a d a s n o p e r ío d o d e o u t u b r o d e 2 0 0 1 a d e ze m b r o d e 2 0 0 2 , a p ó s a u t o r i za çã o d o s r e sp o n sá v e i s p e l o se r v i ço , b e m co m o a p ó s a aprovação do proj et o de pesquisa pela Com issão de Ét ica da Universidade.
Par a a r ealização do m apeam ent o cr uzado, todos os fenôm enos de enferm agem identificados nos p r o n t u á r i o s se l e ci o n a d o s f o r a m co m p i l a d o s e or ganizados. Os t er m os ut ilizados por enfer m eir os p a r a d e scr e v e r f e n ô m e n o s/ d i a g n ó st i co s d e enfer m agem for am com par ados com os t er m os da CI PE, ou sej a, os d ad os n ão p ad r on izad os f or am m a p e a d o s e m u m a l i n g u a g e m p a d r o n i za d a . Fo i realizada a análise de concordância, porém , adaptada, o n d e , se o t e r m o e n co n t r a d o co r r e sp o n d e sse exat am ent e com o t erm o do sist em a de classificação t eria concordância exat a, apresent ando sinônim os e conceit os sim ilares, t eria concordância parcial e caso não apresentasse nenhum a sem elhança entre o term o en con t r ado e o sist em a de classif icação n ão t er ia nenhum a concordância( 15). Para fins de apresent ação
de result ado da análise, decidiu- se unir concordância ex at a e par cial, um a v ez que o conceit o do t er m o t em o m esm o significado, além disso, foi subm et ido à o p i n i ã o d e d u a s e sp e ci a l i st a s d a á r e a d e p l a n e j a m e n t o f a m i l i a r p a r a v e r i f i ca r a cor r espon dên cia en t r e os t er m os en con t r ados n os p r o n t u á r i o s e a CI PE. Qu a n t o a o s f e n ô m e n o s/ diagnóst icos de enfer m agem encont r ados, decidiu-se d i scu t i r, n est e t r ab al h o, ap en as aq u el es co m percent uais com 40% , ou m ais, por serem os m ais r epr esent at iv os.
RESULTADOS E DI SCUSSÃO
e d s o c i t s ó n g a i d / s o n e m ô n e f / s a m e l b o r P s o i r á u t n o r p s o n s o d a r t n o c n e m e g a m r e f n
E TermosdaCIPE
e d ú a s e d l e v í n o r a v e l e a r a p o t n e m a t r o p m o C )
1 Comportamentodebuscadasaúde
r a il i m a f o t n e m a j e n a l P
- Planejamentofamiilar
s a m a m s a d e m a x e -o t u A
- Auto-inspeçãodasmamas
s e r a l u g e r s o i c í c r e x E
- Exercíciofreqüente
a d a r e tl a e d ú a s a d o ã ç n e t u n a m a r a p o c s i R )
2 Riscoparacomportamentodebuscadasaúdeausente
a r a p s o r i e c n a n if s o s r u c e r e d a tl a
F Finançasinsuifcientes
r a il i m a f o t n e m a j e n a l p e d o ç i v r e s o r a t n e ü q e r f
- Planejamentofamiilar
o d a t i e c e r o v it p e c a r t n o c o d o t é m o r a r p m o c
- Usodecontracepitvo
a d a r e tl a e d ú a s a d o ã ç n e t u n a M )
3 Comportamentodebuscadasaúdeausente
s a m a m s a d e m a x e -o t u a
- Auto-inspeçãodasmamas
o d a c o v o r p o t r o b a
- Interrupçãodagravidez
o v it p e c a r t n o c o d o t é m e d o s u
- Usodecontracepitvo
o m s i g a b a t
- Tabagismo
s a g o r d e d o s u
- Usodedrogas
s o d a r e tl a e d a d il a u x e s e d s e õ r d a P )
4 Interaçãosexualatlerada/prejudicada
o m s a g r o e d a i c n ê s u a
- Prazerausente/relaçãosexualprejudicada
a i n u e r a p s i d
- Dispareunia
o d a c i d u j e r p o n o s / o n o s o d o ã r d a p o d o i b r ú t s i D )
5 Sonoperturbado/prejudicado
a i n ô s n i
- Insônia
a g i d a f
- Fadiga
o n o s o d o ã ç p u r r e t n i
- Sonointerrompido
) o ( a o d a n o i c a l e r o t n e m i c e h n o c e d a tl a f / o t n e m i c e h n o c e d t i c if é D )
6 Conhecimentodeifciente/ausente
s a m a m s a d e m a x e -o t u a
- Auto-inspeçãodasmamas
o v it p e c a r t n o c o d o t é m
- Usodecontracepitvo
o ã ç a u r t s n e m
- Menstruação
l a r o p r o c e n e i g i h
- Autocuidado:higiene
r e z a l e d a i c n ê s u a / r e z a l e d t i c if é D )
7 Aitvidadedelazerdeifciente/ausente
e d a d e i s n A )
8 Ansiedade
o i r é t a m il c / ) s o n a 5 3 e d a m i c a ( e d a d I )
9 Envelhecimentofeminino
l a u t i r i p s e r a t s e -m e b o d o t n e m u a o a r a p l a i c n e t o P ) 0
1 Aumentodobem-estarespiritual
o c it u ê p a r e t e m i g e r o d z a c if e e l o r t n o C ) 1
1 Gerenciamentodoregimeterapêuitcoefeitvo
o ã ç a p it s n o C ) 2
1 Consitpação
s e t i n i g a v o v l u v / e s a í d i d n a c /l a n i g a v o t n e m i r r o c / a d a r e tl a l a n i g a v o ã ç a n i m il E ) 3
1 Evuillvmain/vaaçgãinoavaginalatlerada/secreçãovagina/lcandidíasei/nfecçãona
l a r o p r o c m e g a m i a d o i b r ú t s i D ) 4
1 Imagemcorporalperturbada/prejudicada
o ã s n e t r e p i H ) 5
1 Hipertensão
s e d a d i s s e c e n s a e u q o d r o i a m o ã t s e g n i : a d a r e tl a o ã ç i r t u N ) 6 1 e d a d i s e b o / o s e p e r b o s / s i a r o p r o
c Nutriçãoatleradai/ngestãodeailmentosexcessiva/sobrepeso/obesidade
o d a r e tl a r a il i m a f o s s e c o r P ) 7
1 Processofamiilaratlerado
s i a r o p r o c s e d a d i s s e c e n s a e u q o d r o n e m o ã t s e g n i : a d a r e tl a o ã ç i r t u N ) 8
1 Nutriçãoatleradai/ngestãodeailmentosinsuifciente
l a u d i v i d n i o ã ç u l o s e r e d s e z a c if e n i s a i g é t a r t s E ) 9
1 Estratégiasdeildarcomosproblemasinefeitva
a m it s e -o t u a a n o i b r ú t s i D ) 0
2 Auto-esitmaperturbada
) l a n o i c a u t i s ( a m it s e -o t u a a x i a B ) 1
2 Baixaauto-esitma
s o r i e c r a p s o l p it l ú m / o ã ç c e f n i a r a p o c s i R ) 2
2 Riscoparainfecção/promiscuidade
s e z i r a V ) 3
2 Funçãovascularprejudicada
e t n e s u a o ã ç a u r t s n e m / a i é r r o n e m a /l a u r t s n e m o s a r t A ) 4
2 Menstruaçãoausente
o c it u ê p a r e t e m i g e r o d z a c if e n i e l o r t n o C ) 5
2 Gerenciamentodoregimeterapêuitcoinefeitvo
a r b u r a l u c á m / o i p ó r t c e / e t i c i v r e C ) 6
2 Membranamucosaatlerada
a i r ú s i d / s o d a r e tl a a i r á n i r u o ã ç a n i m il e e d s e õ r d a P ) 7
2 Eilminaçãourináriaatlerada
a d i b e c r e p o ã ç a p it s n o C ) 8
2 Consitpação
o d e M ) 9
2 Medo
a ç n a r e p s e s e D ) 0
3 Desesperança
a d a c i d u j e r p a c i s í f e d a d il i b o M ) 1
3 Mobiildadeprejudicada
e l e p e d s e õ s e l/ s a r u d a s s a / a d a c i d u j e r p e l e p a d e d a d i r g e t n I ) 2
3 Tegumentoatlerado
o ã ç a u r t s n e m / a d a u r t s n e M ) 3
3 Menstruação
r a s e P ) 4
3 Pesar
s e d a d i s s e c e n s a e u q o d r o i a m o ã t s e g n i a r a p o c s i r : a d a r e tl a o ã ç i r t u N ) 5 3 s i a r o p r o
c Riscopara/nutriçãoatleradai/ngestãodeailmentosexcessiva
a i c n ê l o i v a r a p o c s i R ) 6
3 Riscoparaviolência
l a u x e s o ã ç n u f s i D ) 7
3 Funçãosexualinadequada/prejudicada
e n e i g i h e d a tl a f / a i r á c e r p e n e i g i h / e n e i g i h -o h n a b : o d a d i u c o t u a o n t i c if é D ) 8
3 Autocuidado:higienedeifciente/higieneausente/higieneprejudicada
l a n i g a v o v l u v o d i r u r P ) 9
3 Pruridodavulva/vagina
o ç r o f s e e d a i r á n i r u a i c n ê n it n o c n i / o ã s s e r p r o p a i c n ê n it n o c n I ) 0
4 Inconitnênciaurinária/inconitnênciadeesforço
a d a r e tl a o ã ç e t o r P ) 1
4 Sistemaimunológicocompromeitdo
s e t n a t i c a p a c n i r a il i m a f o ã ç u l o s e r e d s e z a c if e n i s a i g é t a r t s E ) 2
4 Estratégiasdeildarcomosproblemasinefeitva
l a u t i r i p s e a it s ú g n A ) 3
4 Angúsitaespiritual
r o D ) 4
4 Dor
o n i r e t u e m u l o v o d o t n e m u A ) 5
4 Aumentodoútero
s i a r o p r o c s e d a d i s s e c e n s a e u q o d r o n e m o ã t s e g n i : a d a r e tl a o ã ç a t a r d i H ) 6
4 Hidrataçãoatlerada/ingestãode lfuidosdeifciente
diagn óst icos de en fer m agem . Desses, 4 6 ( 9 0 , 2 % ) a p r e se n t a r a m co n co r d â n ci a e x a t a e p a r ci a l d e m o n st r a n d o a a b r a n g ê n ci a d a CI PE p a r a docum ent ação ( Tabela 1) . Vale lem brar que, m esm o
ut ilizando o pr ot ocolo de consult a de enfer m agem , com opções de diagn óst icos list ados ao lado par a ser em escolh idos, obser v ou - se qu e v ár ios t er m os foram regist rados em linguagem nat ural/ local.
A opção por unir concordância exata e parcial foi para verificar quais os term os que um a linguagem p a d r o n i za d a co m o a CI PE p o d e r i a co b r i r u m a linguagem nat ural/ local, ut ilizada em um serviço de planej am ent o fam iliar em consult as de enferm agem , t en do com o pr in cipal obj et iv o a con cor dân cia dos co n ce i t o s e n v o l v i d o s e n ã o n e ce ssa r i a m e n t e a com par ação palav r a- a- palav r a.
Qu a n t o a o s f e n ô m e n o s/ d i a g n ó st i co s d e enferm agem com freqüência igual ou m aior que 40% e n co n t r a m - se n a Ta b e l a 2 e se r ã o d i scu t i d o s post er ior m ent e.
Tabela 2 – Dist r ibuição dos pr oblem as/ fenôm enos/ diagnósticos de enferm agem registrados em consultas de enferm agem de m ulheres atendidas em um serviço de planej am ent o fam iliar. São Paulo, SP, 2002 ( n= 52)
/ s o n e m ô n e F / s a m e l b o r P
m e g a m r e f n E e d s o c i t s ó n g a i D
a i c n ê ü q e r F
n %
e d ú a s e d l e v í n o r a v e l e a r a p o t n e m a t r o p m o C .
1 45 86,5
e d a i c n ê s u a / a d a r e tl a e d ú a s a d o ã ç n e t u n a m a r a p o c s i R . 2
o p m e t e d a i c n ê s u a / s o r i e c n a n if s o s r u c e
r 34 65,4
a d a r e tl a e d ú a s a d o ã ç n e t u n a M .
3 27 51,9
e d a i c n ê s u a / s o d a r e tl a e d a d il a u x e s e d s e õ r d a P . 4
a i n u e r a p s i d / o m s a g r o e d a i c n ê s u a / o d i b
il 23 44,2
a i n ô s n i / o d a c i d u j e r p o n o s / o n o s o d o ã r d a p o n o i b r ú t s i D .
5 23 44,2
e d a tl a f / o t n e m i c e h n o c e d t i c if é D . 6
o ã ç a m r o f n i s e d / o t n e m i c e h n o
c 22 42,3
r e z a l e d a i c n ê s u a / r e z a l e d t i c if é D .
7 21 40,4
Com port am ent o para elevar o nível de saúde
O d i a g n ó st i co d e e n f e r m a g e m co m p o r t a m e n t o p a r a e l e v a r o n ív e l d e sa ú d e a p r e se n t o u f r e q ü ê n ci a d e 8 6 , 5 % ( Ta b e l a 2 ) , lem brando que deverá ser especificado. Neste estudo, ele est á r elacionado ao t em a planej am ent o fam iliar de um a for m a isolada e em associação com out r as at iv idades, com o au t o- ex am e das m am as, ex am e cé r v i co - u t e r i n o ( Pa p a n i co l a o u ) e p r o g r a m a d e ex er cícios r egular es. Causou sur pr esa o fat o desse d i a g n ó st i co n ã o e st a r p r e se n t e e m 1 0 0 % d o s pr ont uár ios pesquisados, t endo em v ist a que é um diagnóst ico de bem - est ar e a procura da client e pelo ser v iço de planej am ent o fam iliar j á dem onst r a seu interesse em busca da prom oção da sua saúde. Talvez isso tenha ocorrido por esquecim ento do registro desse diagnóst ico nos pront uários das m ulheres.
A CI PE denom ina com por t am ent o de busca da saúde com o um fenôm eno de enfer m agem , que pert ence ao eixo foco da prát ica de enferm agem e é
d e f i n i d o co m o “ u m t i p o d e a u t o cu i d a d o co m car act er íst icas específicas: m aneir a pr ev isív el par a ident ificar, ut ilizar, gerenciar e assegurar recursos de cu id ad os à saú d e, ex p ect at iv as r elacion ad as com m odos aceit áv eis par a solicit ar e obt er assist ência dos out ros”( 10).
Alg u n s au t or es d ef in em esse d iag n óst ico com o o “ estado em que o indivíduo com saúde estável busca, ativam ente, cam inhos para alterar seus hábitos e/ ou seu am bien t e v isan do at in gir u m n ív el m ais elevado”( 14,16- 17).
A prom oção da saúde deve ser vista com o a m ot ivação para aum ent ar o bem - est ar e desenvolver o pot encial de saúde e a prevenção, evit ar doenças, detectá- las precocem ente ou m anter o funcionam ento i d e a l , q u a n d o a m o l é st i a e st i v e r p r e se n t e . É im p or t an t e lem b r ar q u e os en f er m eir os p ossu em im p or t an t e r esp on sab ilid ad e e op or t u n id ad e p ar a aj udar as m ulheres a com preenderem os fat ores de risco, m ot ivando- as a adot arem est ilos de vida que previnam a doença( 18).
No que se r efer e ao planej am ent o fam iliar, a l g u n s e st u d o s r e a l i za d o s n e ssa á r e a t a m b é m dem onst raram a presença desse diagnóst ico, pois a cliente expressa desej o de procurar inform ações para a prom oção de sua saúde( 13,19).
Risco para m anut enção da saúde alt erada
Quant o ao diagnóst ico de enferm agem risco p a r a m a n u t e n çã o d a sa ú d e a l t e r a d a ( 6 5 , 4 % ) , apresent ou significado sim ilar: “ Risco para ausência de com port am ent o de busca da saúde”. Risco para, f a z p a r t e d o e i x o p r o b a b i l i d a d e , a u se n t e , e i x o j ulgam ento e com portam ento de busca da saúde, que t em o significado cont rário de m anut enção da saúde a l t er a d a , i n t eg r a n t e d o ei x o f o co d a p r á t i ca d e enferm agem . Em bora não tenha sido encontrado esse t erm o na CI PE, o diagnóst ico est rut urado apresent a o m esm o significado.
A e sca sse z d e r e cu r so s f i n a n ce i r o s e a ausência de tem po foram fatores relacionados a esse diagnóstico, tendo em vista que nos prontuários havia registro de algum as clientes que não teriam condições de adquirir o m étodo anticoncepcional, crem e vaginal, an t i- h ip er t en siv os, en t r e ou t r os, caso esses n ão fossem oferecidos grat uit am ent e pelo serviço.
A falt a de t em po foi apon t ada com o fat or im pedit ivo para a não realização do aut o- exam e das m am as m ensalm ent e.
Manut enção da saúde alt erada
Co m o j á d e scr i t o , o d i a g n ó st i co d e enferm agem m anut enção da saúde alt erada ( 51,9% ) é o cont rário de com port am ent o de busca da saúde, p o r t a n t o , n a CI PE f o i e n co n t r a d o co m o com por t am ent o de busca da saúde ausent e, nesse caso, foi at r ibuído em r azão da não r ealização do a u t o - e x a m e d a s m a m a s, n ã o r e a l i za çã o d o Papanicolaou, uso de subst âncias pr ej udiciais com o álcool, t abaco e drogas, prát ica de abort o int encional e o não uso do cont racept ivo.
Nesse caso, v ale salien t ar qu e as clien t es sabiam com o realizar o aut o- exam e das m am as e a im port ância do Papanicolaou, m as não o faziam por vergonha, ausência de preocupação por acreditar que não iria acontecer nada consigo e falta de com preensão do com panheiro de se privar de relações sexuais para a colet a de m at erial cérvico- ut erino.
Padr ões de sex ualidade alt er ados
O diagn óst ico de en f er m agem padr ões de sexualidade alt erados foi encont rado em 44,2% dos p r on t u ár ios, com r eg ist r o d e au sên cia d a lib id o, ausência de orgasm o e/ ou dispareunia.
O m edo da gestação tam bém pode influenciar, pois a sexualidade não se restringe apenas à genitália e ao f u n cion am en t o d o or g an ism o, m as en g lob a co m p o n e n t e s d o p si co l ó g i co , e m o ci o n a l , so ci a l , cult ural e espirit ual.
É denom inado por alguns com o padrões de se x u a l i d a d e i n e f i ca ze s, se n d o d e f i n i d o co m o “ ex pr essões de pr eocupação quant o à sua pr ópr ia sexualidade”( 16). Esse diagnóst ico é definido t am bém
“ com o o estado em que o indivíduo apresenta ou está em risco de apresent ar m udança na saúde sexual. A saúde sexual é a int egração dos aspect os som át icos, em ocionais, int elect uais e sociais do ser sexual, de f o r m a e n r i q u e ce d o r a e f o r t a l e ce d o r a d a personalidade, da com unicação e do am or”( 17).
Para com paração com a CI PE, o diagnóst ico m a i s a d e q u a d o f o i i n t e r a çã o se x u a l a l t e r a d a , pr ej udicada ou inefet iv a. A int er ação sex ual é um fenôm eno de enferm agem , do eixo foco da prát ica, que é definido com o um tipo de ação interdependente, co m a s se g u i n t e s ca r a ct e r íst i ca s: e x p r e ssã o
com port am ent al de desej os sexuais, valores, at it udes e at ividades ent re indivíduos. Alt erado, prej udicado, ou inefet ivo, fazem part e do eixo j ulgam ent o, sendo o prim eiro, definido com o “ a afirm ação de que algum a coisa m udou, m odificou ou foi aj ust ada”, o segundo, “ a afirm ação de que o fenôm eno de enferm agem está enfraquecido ou danificado” e o t erceiro, “ a negação d e q u e o r e su l t a d o d e se j a d o é p r o d u zi d o poder osam ent e e com sucesso”( 10). Com o pode ser
n ot ado, os sign if icados são sem elh an t es en t r e os t erm os encont rados e a CI PE.
Dist úrbio no padrão do sono
O distúrbio no padrão do sono foi observado em 44,2% dos registros analisados, e é definido com o sendo “ a interrupção da duração e qualidade do sono, ca u sa n d o d e sco n f o r t o o u i n t e r f e r ê n ci a co m a s at ividades da vida desej adas”( 14) ou com o padrão de
son o p er t u r b ad o, q u e é “ o d i st ú r b i o com t em p o lim itado na quantidade ou qualidade do sono”( 16). Para
o referencial em est udo, o sono é um fenôm eno de enferm agem , definido com o “ um t ipo de rest auração com caract eríst icas específicas: dim inuição recorrent e da at ividade corporal, m arcada por redução do nível de consciência, não desper t ado, acom panhado por inconsciência, m etabolism o dim inuído, postura im óvel, dim inuição da atividade, sensibilidade dim inuída, m as pront am ent e reversível a est ím ulos ext ernos”( 10).
Com o a CI PE é m u lt iax ial em su a f or m a, perm it e a flexibilidade da nom enclat ura, podendo- se r ealizar acr éscim os e m odificações. Dessa m aneir a, é possív el ut ilizar com o sono per t ur bado, alt er ado, sono prej udicado e/ ou sono int errom pido, de acordo com a conveniência.
No clim at ério, é im port ant e salient ar que a m ulher poderá apresent ar dist úrbios no sono, devido à s a l t e r a çõ e s h o r m o n a i s, ca u sa n d o si n t o m a s v asom ot or es. No q u e se r ef er e à an t icon cep ção, m u lh er es qu e apr esen t am alt er ações n o son o n ão p od er ão u t ilizar o m ét od o d a t em p er at u r a b asal corporal, devido ao aum ent o no índice de falha.
Déficit de conhecim ent o
in f or m ação ap r en d id a ou h ab ilid ad es, cog n ição e reconhecim ent o da inform ação( 10).
Acr e d i t a - se q u e m u i t a s m u l h e r e s n ã o realizam o exam e de Papanicolaou e/ ou aut o- exam e das m am as por não saber em a im por t ância de t ais p r o ced i m en t o s e n ão u t i l i zam co n t r acep t i v o s o u ut ilizam incorret am ent e por falt a de inform ação.
Al é m d i sso , d i v e r sa s cl i e n t e s p o ssu e m dificuldades para aprender o que lhes é t ransm it ido, port ant o, t orna- se im prescindível que as inform ações oferecidas aos usuários de serviços de planej am ent o fam iliar não sej am incom pletas nem im parciais e que su as dú v idas e an seios sej am san ados da m elh or m aneir a possív el.
Por esse m otivo, no Serviço de Planej am ento Fam iliar da Unifesp/ EPM, os grupos são realizados com a m et odologia par t icipat iv a de ensino, pr om ov endo a t roca de experiências e inform ações, facilit ando a i n t e r a çã o e n t r e se u s m e m b r o s e a e q u i p e e a id en t if icação d e seu s in t er esses, p ossib ilit an d o a reflexão e obtenção do conhecim ento necessário para a escolha livre e conscient e dos cont racept ivos, após a decisão de ev it ar ou espaçar a gr av idez, sen do t am bém u t ilizados r ecu r sos v isu ais com o m odelos an at ôm icos, álbu m ser iado e os pr ópr ios m ét odos ant iconcepcionais.
Vale salient ar que, som ent e o conhecim ent o não é suficient e para proporcionar com port am ent os sau d áv eis, a m u lh er d ev e ser con v en cid a d e q u e possui algum cont role sobre sua vida e que hábit os saudáveis represent am invest im ent o confiável( 18).
Déficit de lazer
Ou t r o d i a g n ó st i co d e e n f e r m a g e m en con t r ado foi déficit de lazer, com per cen t u al de 4 0 , 4 % . Os r e g i st r o s d e m o n st r a r a m q u e m u i t a s m u l h e r e s n ã o a p r e se n t a m a t i v i d a d e s d e l a ze r, indicador im port ant e que cont ribui para a qualidade de vida da população. Talvez, em razão de sobrecarga d e t r a b a l h o , i n ú m e r a s e x i g ê n ci a s d o co t i d i a n o ,
recursos financeiros insuficientes, falta de criatividade, depr essão e/ ou out r as pat ologias t enham r esult ado nesse diagnóst ico.
Atividades de lazer “é um tipo de autocuidado: atividades de diversão com características específicas: realizar j ogos e at ividades recreat ivas” ( 10).
Nã o f o r a m o b se r v a d o s e st u d o s so b r e a in f lu ên cia das at iv idades de lazer e o n ú m er o de relações sexuais, ou, se esse últ im o, t am bém , seria um a m aneira de liberar energias e o est resse.
CONCLUSÃO
Os fenôm enos/ diagnóst icos de enfer m agem m ais pr ev alent es for am : com por t am ent o de busca da saúde ( 86, 5% ) , sobr et udo no que se r efer e ao planej am ent o fam iliar; risco para com port am ent o de saú de au sen t e ( 6 5 , 4 % ) em r azão da au sên cia de r e cu r so s f i n a n ce i r o s p a r a a q u i si çã o d o m é t o d o ant iconcepcional; com port am ent o de busca da saúde a u se n t e ( 5 1 , 9 % ) p e l a n ã o a d o çã o d e h á b i t o s saudáveis, com o a não realização de auto- exam e das m am as e ex am e de Papanicolaou, m esm o sabendo d e su a i m p o r t â n ci a ; i n t e r a çã o se x u a l a l t e r a d a / pr ej udicada ( 44, 2% ) ; sono per t ur bado/ pr ej udicado ( 4 4 , 2 % ) e m r a zã o d e a l t e r a çõ e s o r g â n i ca s, preocupações e conhecim ent o deficient e ( 42,3% ) em relação ao m étodo contraceptivo escolhido e à prática d e a u t o - e x a m e d a s m a m a s, d e m o n st r a n d o a im port ância de ações prevent ivas nessa área.
A CI PE dem onst r ou ser abr angent e, pois a m aioria dos fenôm enos de enferm agem ident ificados em p r on t u ár ios ap r esen t ou con cor d ân cia ex at a e parcial. É evident e que alguns t erm os precisam ser r ev ist os e out r os acr escent ados, m as, lev ando em co n si d er ação p o r se t r at ar d e u m a cl assi f i cação i n t e r n a ci o n a l a p l i cá v e l a d i v e r so s p a íse s, o m apeam ent o e o cr uzam ent o de seus dados for am sat isfat ór ios.
REFERÊNCI AS BI BLI OGRÁFI CAS
1. I nt ernat ional Council of Nurses ( I CN) . I nt roducing I CN’s I n t er n at ion al Classificat ion for n u r sin g pr act ice ( I CNP) : a unifying fram ework. I nt Nurs Rev 1996; 43( 6) : 169- 70. 2. Joel LA. From NANDA t o I CNP ( edit orial) . Am J Nurs 1998; 9 8 : ( 7 ) : 7 .
3. Nóbrega MML, Gut iérrez MGR. Sist em as de classificação em en f er m agem : av an ços e per spect iv as. I n : Gar cia TR, Nóbr ega MML, or ganizador as. Sist em as de classificação da prática de enferm agem : um trabalho coletivo. João Pessoa (PB): Associação Brasileira de Enferm agem ; I déia; 2000. p.19- 27.
4 . Gar cia TR, Nób r eg a MML, Sou sa MCM. Valid ação d as definições de t erm os ident ificados no proj et o CI PESC para o eix o f oco d a p r át ica d e en f er m ag em d a CI PE. Rev Br as Enferm agem . 2002 j aneiro/ fevereiro; 55( 1) : 52- 63. 5 . Ni el sen GH, Mo r t en sen RA. Th e a r ch i t ect u r e f o r a n I nt er nat ional Classificat ion for nur sing pr act ice ( I CNP) . I nt Nur s Rev 1996; 43( 6) : 175- 82.
7 . Hen r y SB, Elf r in k V, Mcn eil B, War r en J. Th e I CNP’s relevance in t he US. I nt Nurs Rev 1998; 45( 5) : 153- 8. 8. I nt ernat ional Council of Nurses ( I CN) . Act ualización: nueva versión bet a de la CI PE. Act ualización de la CI PE. Genebra I CN; 1 9 9 8 .
9 . I n t er n at ion al Cou n cil of Nu r ses ( I CN) . I CNP Bet a 2 -I n t er n at i o n al Cl assi f i cat i o n f o r n u r si n g p r act i ce ( -I CNP) [ hom epage on t he I nt er net ] . Geneva: I CN; 2002 [ updat ed 2 0 0 2 ; cit ed 2 0 0 2 Apr 1 7 ] . Av ailable f r om : h t t p: / / icn . ch / icnpupdat e.ht m l
1 0 . I n t e r n a t i o n a l Co u n ci l o f Nu r se s ( I CN) . CI PE -Classificação I nt er nacional par a a Pr át ica de Enfer m agem Bet a 2. Conselho I nt er nacional de Enfer m agem . São Paulo ( SP) : CENFOBS; 2 0 0 3 .
11. Marin HF. Vocabulários em enferm agem : at ualizações e as novas iniciat ivas m undiais. Rev Paul Enferm agem 2000; 1 9 ( 1 ) : 3 4 - 4 2 .
12. Nóbr ega MML, Gut iér r ez MGR. Equiv alência sem ânt ica da classificação de fenôm en os de en fer m agem da CI PE -Versão Alfa. João Pessoa ( PB) : I déia; 2000.
13. Cam iá GEK, Barbieri M. Planej am ent o Fam iliar. I n: Barros SMO, Mar i n HF, Ab r ão ACFV. En f er m ag em Ob st ét r i ca e Gin ecológica: Gu ia par a a pr át ica assist en cial. São Pau lo ( SP) : Roca; 2 0 0 2 . p. 2 1 - 5 2
14. Gordon M. Manual of nursing diagnosis ( 1997- 1998) . St . Louis: Mosby Year Book; 1997.
15. Zielst orff RD, Cim ino C, Barnet t OG, Hassan L, Blewet t DR. Rep r esen t at ion of n u r sin g t er m in olog y in t h e UMLS Met at hesaur us: a pilot st udy. Pr oceedings of t he Sixt eent h Annual Sym posium in Com put er Applicat ion in Medical Care. New Yor k : McGraw - Hill; 1992. p.392- 6.
1 6 . No r t h Am e r i ca n Nu r si n g D i a g n o si s Asso ci a t i o n ( NAND A) . D i a g n ó st i co s d e e n f e r m a g e m d a NAND A: definições e classificação: 2 0 0 1 - 2 0 0 2 . Por t o Alegr e ( RS) : Ar t m ed; 2 0 0 2 .
17. Carpenit o LJ. Manual de diagnóst icos de enferm agem . 9ª ed. Port o Alegre ( RS) : Art m ed; 2003.
1 8 . Si n cl a i r BP. Pr o m o çã o e p r e v e n çã o d a sa ú d e . I n : Lowderm ilk DL, Perry SE, Bobak I M. O cuidado em Enferm agem Mat erna. 5ª ed. Port o Alegre ( RS) : Art m ed; 2002. p. 57- 79. 1 9 . Cam i á GEK, Mar i n HF, Bar b i er i M. D i ag n ó st i co s d e e n f e r m a g e m e m m u l h e r e s q u e f r e q ü e n t a m se r v i ço d e p lan ej am en t o f am iliar. Rev Lat in o- am En f er m ag em 2 0 0 1 m ar ço; 9( 2) : 26- 34.