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Ajuste macroeconômico na economia brasileira

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Academic year: 2017

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(1)

Ajuste Macroeconômico  

na Economia Brasileira 

Fundação Getúlio Vargas 

11º Fórum de Economia 

 

 

 

 

 

 

Ministro Guido Mantega 

(2)

Por que fazer ajustes macroeconômicos? 

1.

Desequilíbrios causados por longo período de 

crise; 

2.

DesaNvação da políNca anNcíclica; 

3.

Transição para novo ciclo de crescimento. 

 

 

     Ajustes diferem com orientação econômica   

 

(3)

Taxa de juros (Selic/BC), taxa de câmbio, resultado primário (acumulado 12 m, % PIB) 

 

 

Ajuste Macroeconômico de 2011‐2014 

PolíNca AnNcíclica

  

(4)

Reagimos à crise com políNcas anNcíclicas 

(5)

Fonte:   Ministério da Fazenda  Elaboração:   Ministério da Fazenda 

PolíNca industrial 

• Reintegra  • PSI/BNDES  • INOVARAUTO 

• Compras 

Governamentais  • Defesa de mercado   

Agenda Tributária 

• Desoneração da Folha  Ampliada para a  indústria 

• Simples Nacional 

• Fim da "Guerra dos 

Portos"(Res. 13/2012)  • Desonerações de IPI  • IOF Crédito 

 

PolíNca Agrícola 

• Plano Safra ampliado 

PolíNca industrial  

• Reintegra  • PSI/BNDES  • Inova Empresa  • Debentures 

Incen]vadas   

Agenda Tributária 

• Desoneração da Folha  Ampliada para Serviços,  Comércio e Construção  Civil 

• Desoneração Cesta  Básica 

• Desonerações de IPI  • IOF zero para 

infraestrutura 

• Proposta de Reforma  do ICMS enviada ao  Congresso 

PolíNca Agrícola 

• Plano Safra ampliado  • Programa de 

Construção de  Armazens  • Ampliação de 

inves]mentos para  inovação e ABC 

PolíNca industrial  

• Reintegra  • PSI/BNDES 

• Plataformas do 

Conhecimento 

• Pacote de incen]vo ao  mercado de capitais   

Agenda Tributária 

• Desoneração da Folha  Ampliada para 

Transportes e  Comunicação 

• Ampliação do Simples 

Nacional   

PolíNca Agrícola 

• Plano Safra ampliado 

• Ampliação do  Programa de  Construção de 

Armazens para o Setor  de Etanol 

• Moderfrota 

Reagimos à crise com políNcas anNcíclicas 

PolíNca industrial  

• Reintegra  • PSI/BNDES   

Agenda Tributária 

• Desoneração da Folha  • Simples Nacional   

PolíNca Agrícola 

• Plano Safra ampliado 

(6)

Visão alternaNva: Principais Discordâncias 

1.

Câmbio: aumento das reservas, IOF sobre 

excesso de capital, 

swap

 do BC. 

2.

Juros: redução do juro real, juro diferenciado 

para invesNmento (PSI) e agricultura. 

3.

Atuação dos Bancos Públicos: mais crédito, 

menos juros e mais concorrência. 

4.

Redução de tributos e compras 

governamentais. 

5.

PolíNcas Industrial e Agrícola: conteúdo local, 

Plano Safra, preços mínimos. 

(7)

Taxas médias de crescimento anual, em % 

 

 

Crescimento do PIB e do  

emprego durante a crise (2008‐2013) 

(8)

% dos desempregados há mais de 12 meses   

 

 

Duração do desemprego (2008‐2013) 

(9)

 

PIB do G‐20 durante a crise – 2008‐2014 

PIB trimestral, em índice, base 100 = dezembro de 2007 

 

 

(10)

10 

Crescimento do PIB:  

crise e recuperação

 

Produto Interno Bruto, variação percentual anual

 

 

Fonte: IBGE  Elaboração: Ministério da Fazenda    * Projeções. 

‐0,3 

‐1,0 

1,0 

3,0 

5,0 

7,0 

Crise 

Crise 

Recuperação 

global 

Média: 4,0% a.a. 

(11)

Massa salarial: mercado 

consumidor em expansão

 

Massa salarial, variação acumulada em 12 meses, em % 

Fonte: IBGE  Elaboração: Ministério da Fazenda  * Acumulado em 12 meses até abril de 2014 (úlNmo dado da PME)  ** Massa Salarial Real Habitual de Todos os Trabalhos a preços de abril/14  *** Rendimento Média Real Habitual (Trabalho Principal) 

4,0 

3,2 

3,6 

2,9 

3,7 

2,7 

4,1 

1,9 

2,3 

5,6 

4,9 

7,5 

4,0 

7,5 

4,8 

6,2 

2,6 

2,8 

2006 

2007 

2008 

2009 

2010 

2011 

2012 

2013  2014* 

Massa Salarial** 

(12)

12 

12 

Problemas do 1º semestre de 2014 

!

Lenta recuperação da economia mundial e 

turbulência provocada pelo FED. 

!

Forte seca no Brasil. 

!

Pressão inflacionária: custos de energia, alimentos e 

Copa. 

!

Restrição do crédito: juros altos e medidas 

macroprudenciais. 

!

 Menos dias úteis: feriados e Copa do Mundo. 

!

 Problemas de confiança. 

(13)

2º semestre será melhor 

!

Normalização financeira e cambial. 

!

Inflação em queda. 

!

 Diminuição do compulsório e distensão 

macroprudencial. 

!

 Expansão da indústria extraNva. 

!

 Não há recessão nem estagnação. 

!

 Economia vai crescer mais no segundo do que no 

primeiro semestre. 

(14)

14 

14 

Economia brasileira está sólida no 2º 

semestre de 2014 

!

Mercado consumidor em expansão. 

!

Reservas elevadas. 

!

IED forte. 

!

Dívida externa pequena. 

!

Bolsa subindo há vários meses. 

!

Câmbio estável. 

!

Emprego conNnua aumentando. 

!

Economia está mais sólida que em 2008. 

(15)

 

Solidez: elevadas reservas internacionais 

Em US$ bilhões 

Fonte: Banco Central do Brasil  Elaboração: Ministério da Fazenda  * Até 10 de setembro de 2014. 

0,1  0,1  0,0  4,8 

8,8  1,8  8,3  20,8  28,3  24,9 

50  100  150  200  250  300  350  400 

1995  1996  1997  1998  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007  2008  2009  2010  2011  2012  2013  2014* 

Reservas internacionais 

(16)

16 

Solidez:  

atraNvidade para o invesNmento externo 

Inves]mento estrangeiro direto, em US$ bilhões 

Fonte: Banco Central do Brasil  Elaboração: Ministério da Fazenda  * Acumulado em 12 meses até julho de 2014. 

10 

20 

30 

40 

50 

60 

(17)

Fundamentos sólidos:  

inflação sob controle 

IPCA, em % a.a. 

Fonte: IBGE  e Banco Central do Brasil  Elaboração: Ministério da Fazenda    * Projeção FOCUS em 5/9/2014 

‐1,0    4,0    9,0    14,0    19,0    24,0  

1995  1996  1997  1998  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007  2008  2009  2010  2011  2012  2013 2014* 

Média: 

 5,9% a.a 

 

Média:  

9,2% a.a 

(18)

18 

Trajetória da dívida pública 

Dívida Líquida do Setor Público e Dívida Bruta do Governo Geral, em % do PIB 

Fonte:  Banco Central do Brasil, Ministério da Fazenda  e FMI  Elaboração: Ministério da Fazenda    * Projeções.  **Dados anteriores a 2002 incluem Petrobras e Eletrobras. 

56,4  58,0  57,4 

60,9 

53,4  54,2 

58,8 

56,8  57,7 

66,7 

70,8 

79,4 

74,6 

70,7  69,3 

67,0 

65,2  63,5 

66,8 

65,0  64,7 

68,2 

66,3 

(19)
(20)

20 

20 

Ajuste Macroeconômico para 2015: 

Estratégia gradualista 

Tripé macroeconômico: 

!

PolíNca Fiscal: 

 AUMENTO GRADUAL DO PRIMÁRIO. 

Redução de despesas, recuperação de receita. Meta de 2,0 

a 2,5% do PIB em 2015. 

!

PolíNca Monetária: 

AUTONOMIA operacional do 

Banco Central. Convergência gradual para o CENTRO DA 

META. PolíNca monetária mais flexível (COMPULSÓRIO, 

MACROPRUDENCIAL etc.). 

!

PolíNca Cambial: 

câmbio flutuante. Intervenções do 

(21)

Ajuste Macroeconômico para 2015: 

Estratégia gradualista  

PolíNcas de Desenvolvimento 

Reforma Tributária  

!

ICMS , PIS/COFINS  

!

Simplificações 

 

Desonerações  

!

Folha de Pagamentos, REINTEGRA, InvesNmentos  

(22)

22 

22 

Ajuste Macroeconômico para 2015: 

Estratégia gradualista  

PolíNcas de Desenvolvimento 

PolíNca Industrial 

Conteúdo Local, Compras Governamentais 

!

PSI – BNDES 

!

INOVAR EMPRESA 

!

INOVAR AUTO 

PolíNca Agrícola  

!

PLANO SAFRA 

(23)

23 

23 

Ajuste Macroeconômico para 2015: 

Estratégia gradualista  

PolíNcas de Desenvolvimento 

 

!

PAC 

!

Programa de Concessão de Infraestrutura  

!

Minha Casa, Minha Vida 3 

!

Amplo programa de educação  

       Prouni, Fies, Ciência sem Fronteiras e 

       PRONATEC 

(24)

24 

ObjeNvo maior da políNca econômica é gerar 

empregos, diminuir desigualdades e aumentar a renda 

PIB per capita, em US$ de 2013

 

 

Fonte: Ipeadata  Elaboração: Ministério da Fazenda   

Crescimento 

com equidade 

Crescimento com 

desigualdade 

11,45  0,53  0,46  0,48  0,5  0,52  0,54  0,56  0,58  0,6  0,62  0,64  0,66 

1950  1952  1954  1956  1958  1960  1962  1964  1966  1968  1970  1972  1974  1976  1978  1980  1982  1984  1986  1988  1990  1992  1994  1996  1998  2000  2002  2004  2006  2008  2010  2012 

(25)

ObjeNvo maior da políNca econômica é gerar 

empregos, diminuir desigualdades e 

aumentar a renda 

PIB per capita, em US$ de 2013

 

 

(26)

26 

26 

Ajuste Macroeconômico AlternaNvo:  

Tratamento de Choque 

!

PolíNca Monetária: 

INDEPENDÊNCIA do Banco 

Central. ANngir o centro da meta mais rapidamente. 

Instrumento: taxas de juros mais elevadas. Variante: 

AUMENTAR A META DE INFLAÇÃO PARA ACOMODAR 

ELEVAÇÃO DE PREÇOS ADMINISTRADOS. 

!

PolíNca Fiscal: 

Ajuste fiscal mais rápido. Corte drásNco 

de gastos, inclusive educação, invesNmentos ou programas 

sociais. Parte do superávit maior para pagar mais juros. 

Corte de R$ 100 bilhões. 2% do PIB. 

!

PolíNca Cambial: 

Câmbio tende a se valorizar. Redução 

do superávit comercial. 

(27)

Ajuste Macroeconômico AlternaNvo a 

parNr de 2015: Estratégia Neoliberal 

DESMONTE DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO  

!

“DESMAME da indústria”. Eliminação da políNca industrial. 

!

Reversão das desonerações e exNnção dos subsídios (PSI).  

!

Retração dos Bancos Públicos e desmonte do BNDES. 

!

Aumentar a compeNção externa para a indústria. 

!

Desmonte das políNcas de componente nacional na 

indústria naval, INOVAR EMPRESA e INOVAR AUTO. 

!

Redução do Plano SAFRA e do subsídio agrícola. 

(28)

28 

28 

Ajuste Macroeconômico AlternaNvo a 

parNr de 2015: Estratégia Neoliberal 

RESULTADOS 

!

Forte redução do crescimento. 

!

Aumento do desemprego e redução do salário real. 

!

Desmonte da políNca de salário mínimo. 

!

Desindustrialização: produtores viram importadores. 

!

Financeirização. 

!

Encolhimento do invesNmento público e privado. 

!

Tarifaço com elevação da meta leva a inflação maior. 

(29)

Ajuste Macroeconômico  

na Economia Brasileira 

Fundação Getúlio Vargas 

11º Fórum de Economia 

 

 

 

 

 

 

Ministro Guido Mantega 

Referências

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