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Comportamentos de jovens no trânsito: um inquérito entre acadêmicos de enfermagem

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Academic year: 2017

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Com port am ent os de j ovens no t rânsit o: um inquérit o ent re acadêm icos de enferm agem1

Yout hs' behaviors in t he t raffic: a survey am ong academ ics of nursing

Conduct as de j uvent udes en el t ránsit o: un est udio ent re académ icos de enferm ería

Ywys Everly Pereira de Oliveira Lim aI, Carolline Alves PereiraI I, Cláudia Cam ila Rodrigues de MeloI I,

Suzann Delayne de Souza TonháI I, Valéria Rodrigues C. OliveiraI I I,

Fábia Maria Oliveira PinhoI V, Lícia Maria Oliveira PinhoV

1Pesquisa do Program a de I niciação Científica da Universidade Católica de Goiás ( BI C/ UCG) no período 08/ 2006 a 07/ 2007, vinculado ao proj et o “ Com portam ent os de risco para acident es de t rânsit o: um est udo entre j ovens universit ários” .

IGraduanda de Enferm agem da UCG e bolsist a de I niciação Científica BI C/ UCG, Em ail: ywysenferm agem @yahoo.com .br I IGraduandas de Fisioterapia da UCG e bolsist as de I niciação Científica BI C/ UCG,

I I I Fisiot erapeut a. Mest re, Docente e Coordenadora do curso de Fisioterapia do Depart am ent o de Enferm agem , Fisiot erapia da UCG. Em ail:

vrco@terra.com .br

I VMédica Dout ora, Docent e do Depart am ent o de Medicina da UCG. Em ail: fábia@ucg.br

VEnferm eira Mestre, Docente do Depart am ent o de Enferm agem , Fisioterapia e Nut rição da UCG, Goiânia-GO. Em ail: licia@ucg.br RESUMO

Os acidentes de trânsito ( AT) const it uem - se em im portant e problem a de saúde pública pela elevada m orbi- m ortalidade e por ocasionarem altos custos sociais e econôm icos. Realizou- se, portanto, um estudo epidem iológico e t ransversal em Goiânia, Goiás, em 2006, que teve por obj etivo verificar a freqüência de com port am entos de risco que pudessem cont ribuir para a ocorrência e gravidade de AT entre j ovens universitários. A am ostra const ou de 310 acadêm icos do curso de Enferm agem da Universidade Cat ólica de Goiás, com m ediana de idade de 20 anos, predom inant em ent e do gênero fem inino, cor branca e de classe social m édia. Cerca de 80% dos alunos relataram hábito de dirigir. Dest es, 52.2% dirigem sem habilit ação. Apenas 73.2% responderam que sem pre ut ilizam cint o de segurança com o condut ores. Aproxim adam ent e 37% relat aram envolvim ento em acidentes de trânsito. Falta de atenção ( 69% ) , desrespeito à sinalização ( 27.8% ) e excesso de velocidade ( 27% ) foram os fat ores que cont ribuíram para ocorrência ou gravidade do acident e. Um significat ivo percent ual de part icipant es dirige na cont ram ão, faz ult rapassagem proibida e ult rapassa o lim it e de velocidade. Ressalt a- se que o levantam ento das caract erísticas com port am entais no trânsito entre indivíduos j ovens possibilita a criação e aprim oram ento de est rat égias que podem reduzir a ocorrência, gravidade e conseqüências dest e t ipo de acident e.

Descrit ores: Acidentes de trânsito; Assunção de riscos; Estudos epidem iológicos; Estudantes de enferm agem .

ABSTRACT

The t raffic accident s are an im port ant problem of public healt h because of t he high m orbi- m ort alit y and for t hey cause high social and econom ical cost s. Was realized, therefore, an epidem ic and t raverse st udy in Goiânia, Goiás, in 2006, which had for obj ect ive t o verify t he frequency of risk behaviors t hat could cont ribut e t o t he occurrence and gravity of t raffic accidents am ong yout hs universit y. The sam ple was com posed by 310 academ ic of t he nursing course of t he Universidade Cat ólica de Goiás, with m edian of age of 20 years, predom inant ly of the fem inine gender, white color and of the m iddle society. About 80% of the st udents told habit of driving. Of these, 52.2% drive without driver's license. 73.2% only answered t hat always use safety belt as drivers. Approxim ately 37% told involvem ent in traffic accidents. Lack of att ention ( 69% ) , disrespect to the signaling ( 27.8% ) and excess of speed ( 27% ) were fact ors t hat contribut ed t o occurrence or gravit y of t he accident. A significant percentile of part icipant s drives in t he count er hand, do forbidden surpassing and surpass the speed lim it. I t is point ed out t hat t he behavior charact erist ics survey in t he t raffic am ong young individuals m akes possible t he creat ion and upgrading of st rat egies t hat can reduce t he occurrence, gravit y and consequences of t his accident t ype.

Descript ors: Traffic accident s; Risk- taking; Epidem iologic studies; Nursing students.

RESUMEN

Los accidentes de t ránsit o son un problem a im port ant e de salud pública debido al elevada m orbi- m ortalidad y porque ellos causan altos costos sociales y económ icos. Realizo- se, por consiguient e, una el estudio epidem ia y transversal en Goiânia, Goiás, en 2006, que t enía com o obj et ivo verificar la frecuencia de com portam ientos de riesgo que pudiesen contribuir para a la ocurrencia y gravedad de accidentes de tránsito entre j óvenes universitarios. La m uestra consto de 310 académ icos del curso de enferm ería del Universidade Católica de Goiás, con m ediana de edad de 20 años, predom inant em ente del género fem enino, color blanca y de la clase social m edia. Cerca de 80% de los estudiantes relataran hábit o de dirigir. De éstos, 52.2% dirigen sin la licencia para dirigir. 73.2% responderán que siem pre usan cint o de seguridad com o chóferes. Aproxim adam ente 37% relataran envolvim iento en accidentes de t ránsito. Falt e de atención ( 69% ) , desacato a la señalización ( 27.8% ) y exceso de velocidad ( 27% ) fueron factores que cont ribuyeron para la ocurrencia o gravedad del accidente. Un significante percentil de participant es dirige en la dirección contraria, hace ultra pasaj e prohibida y ult rapasa el lím ite de velocidad. Resalta- se que lo levantam iento de las característ icas de com portam ientos en el t ránsito entre individuos j óvenes posible la creación y perfeccionam iento de estrat egias que pueden reducir la ocurrencia, gravedad y consecuencias de este tipo del accident e.

(2)

I N TRODUÇÃO

O trânsito j á se apresentava com o um sério problem a social na década de 60, época em que a industrialização no Brasil se acelerou associada às profundas t ransform ações socioeconôm icas, pelo intenso m ovim ento do cam po para as cidades e, pela rápida e não planej ada urbanização. Esta rápida urbanização e a concom itante m otorização nos países em desenvolvim ento contribuíram para o crescim ento dos acident es de trânsito ( AT) e isso não foi seguido por engenharia apropriada de estradas e por program as de sensibilização, educação, prevenção de

riscos e repressão das infrações( 1).

Os AT passaram a ser um a causa im port ant e de

m orbi- m ort alidade na população brasileira em

conseqüência do aum ento expressivo do núm ero de veículos circulantes e da alta freqüência de com portam entos inadequados aliados a um a vigilância ineficiente e as péssim as condições das vias públicas( 2).

De acordo com a Classificação I nternacional de Doenças, os AT são incluídos em um agrupam ento de causas de m ortes não nat urais, as denom inadas causas ext ernas. Especificam ente, os AT são os segundos m aiores responsáveis pela perda de anos potenciais de vida, sendo superados, atualm ente,

apenas pelos hom icídios( 2).

A segurança no trânsit o é um problem a atual, sério e m undial, absolut am ent e urgent e no Brasil e no Estado de Goiás.

No Brasil, ocorrem cerca de 350 m il AT anuais com vítim as, dos quais resultam , em m édia, m ais de

33 m il m ortes e cerca de 400 m il feridos( 3). O índice

brasileiro de m ortalidade de 14 m ortos por 10 m il veículos, referente ao ano de 2005, é m uito elevado, se com parado com os apresentados por países desenvolvidos com o o Japão ( 1.3) , Alem anha ( 1.4) ,

Estados Unidos ( 1.9) e França ( 2.3)( 4). At ualm ent e, o

Brasil part icipa com apenas 3.3% do núm ero de veículos da frota m undial, porém é responsável por aproxim adam ent e 10% dos acident es com vít im a

fatal, registrados em todo o m undo( 3).

No Estado de Goiás, em 2005, o índice de m ortes no trânsito foi de 70 m ortes para cada 100 m il habitantes, valor superior à m édia nacional, que foi de 22 m ortes para cada 100 m il habitantes. Os AT fizeram 3.963 vítim as fatais no Estado em 2005, sendo que destas, 519 foram na capital, Goiânia. Goiânia foi um a das capit ais com m aior índice de vítim as fatais por AT em 2005, aproxim adam ente 43 vítim as fatais para cada 100 m il habitantes. Com parat ivam ent e, Port o Velho, São Paulo e Curit iba apresent aram os índices bem inferiores, 24.1, 13.2 e 5.2 vítim as fatais para cada 100 m il habitantes,

respectivam ente( 4).

Esse expressivo núm ero de acidentes representa significativo im pacto na econom ia do país, não só

pelos altos custos com atendim ento e internação das vítim as, com o tam bém por ser responsável pela m orte de expressiva parcela da população econom icam ente ativa. Além disso, a prem aturidade e, em geral, o m odo repentino com o essas m ort es ocorrem geram enorm e sofrim ento e transtornos

psicossociais às fam ílias envolvidas( 5).

Alguns fatores têm sido destacados na literatura científica com o det erm inantes da origem e da gravidade dos AT. Dentre esses, são freqüentem ente citados a idade, o gênero, as condições socioeconôm icas, o desrespeito à legislação de trânsito — especialm ente o abuso de velocidade e o consum o de bebidas alcoólicas previam ente à direção de veículos aut om ot ores — associados, em geral, a

um a inadequada fiscalização do trânsito( 5). Vale

destacar que estudos apontam que as principais vítim as dos AT são j ovens, especialm ente entre 20 e

29 anos de idade( 2).

Em bora as m edidas de prevenção de AT m ais eficazes sej am aquelas voltadas às m odificações do m eio am biente, incluindo a indústria autom obilística e legislação eficiente, não se pode, com as atuais taxas de m orbi- m ortalidade por AT, prescindir de m edidas que visem , tam bém , m odificações positivas nos

com portam entos dos indivíduos( 6).

Ao se conhecer m elhor a prevalência de certos com portam entos que aum entam os riscos de desenvolvim ento de AT, torna- se possível intervir e m udar det erm inadas condutas, gerando im pacto posit ivo no quadro de saúde da j uventude e reduzindo este tipo de m orte, geralm ente evitável e prem atura( 7).

O presente estudo teve por obj etivo verificar a freqüência de com port am entos de risco que podem contribuir para a ocorrência e gravidade de acident es de trânsito entre j ovens universitários do curso de Enferm agem da Universidade Cat ólica de Goiás.

CASUÍ STI CA E MÉTODOS

(3)

O instrum ento para a coleta de dados foi um questionário, auto- respondido, de form a anônim a, com pergunt as abordando questões relacionadas às características dem ográficas gerais e sócio-econôm icas da população, ao com portam ento de risco para a ocorrência e gravidade dos acidentes de trânsito, bem com o envolvim ento prévio com este tipo de acidente. O questionário foi elaborado t endo com o parâm etro o desenvolvido pelo “ Centers for Disease Control and Prevention” ( CDC) e aplicado na pesquisa “ Yout h Risk Behavior Survey” nos EUA. No present e est udo foram utilizadas apenas as questões referentes a com portam entos no trânsito, acrescidas de outras questões form uladas pelos pesquisadores, pertinentes a epidem iologia e a fatores de risco para a ocorrência de acidentes, adapt ados para a realidade brasileira.

O questionário foi aplicado em sala de aula aos estudantes de Enferm agem após autorização do professor responsável. Antes da aplicação do questionário, foi realizada pelos pesquisadores do estudo, um a breve elucidação sobre a im portância e os obj et ivos do t rabalho, enfat izando o anonim at o e o sigilo, conform e a port aria 196/ 96 do Conselho

Nacional de Saúde( 8), e a necessidade da veracidade

das respostas.

O proj eto foi devidam ente analisado e aprovado pelo Com itê de Ética da Universidade Católica de Goiás ( COEP/ UCG Nº 155/ 2004, na data de 03/ 11/ 2004) . Foram incluídos no estudo os alunos que aceitaram , de form a verbal e escrita, o Consentim ento livre e esclarecido.

A base de dados foi const ruída em planilha de Excel ( program a Office versão 2000) . Os dados obtidos foram processados estatisticam ente e analisados com o auxílio dos program as de software Graphpad I nstat versão 3.0. Os dados foram expressos em % .

RESULTADOS

Um total de 310 alunos respondeu o questionário, correspondendo a 47.7% da população pesquisada. As perdas decorreram por ausência no dia da aplicação do quest ionário e por recusa. Entre os alunos que responderam , a idade variou de 16 a 52 anos, com m ediana de 20 anos. Trinta ( 9.7% ) est udant es eram do sexo m asculino e 280 ( 90.3% ) do sexo fem inino.

Quanto à cor, 53.6% ( 165) dos alunos participantes do estudo se consideram brancos, 35.4% ( 109) pardos e 7.8% ( 24) pret os. Em relação ao período do curso, 28.2% ( 87) estavam m atriculados no prim eiro período, 25.9% ( 80) no segundo, 5.8% ( 18) no t erceiro, 2.9% ( 9) no quart o, 8.4% ( 26) no quinto, 19.7% ( 61) no sexto e 9.1% ( 28) no sétim o quando o questionário foi aplicado. Quanto ao grau de instrução dos seus progenitores, 24.8% ( 75) dos pais e 20.3% ( 62) das m ães possuíam o 1° grau com pleto, 42.6% ( 129) dos pais e 46.4% ( 142) das m ães possuíam o 2º grau com pleto e 32.7% dos pais ( 99) e 33.3% ( 102) das m ães possuíam curso universitário ou pós- graduação.

Em relação à renda m ensal da fam ília dos acadêm icos, 1.3% ( 4) relataram que a renda m ensal fam iliar é inferior a um salário m ínim o ( R$ 320,00) , 13.9% ( 41) disseram que a renda oscila entre um e dois salários, 35.8% ( 106) entre dois e três, 22.6% ( 67) entre três e quatro e 26.4% ( 78) entre quatro ou m ais salários m ínim os. Duzentos e vinte e sete ( 73.7% ) alunos não trabalham e 201 ( 65% ) possuem plano de saúde.

No que tange ao núm ero de veículos na fam ília, 20.3% ( 63) relataram não possuir nenhum carro, 53.2% ( 165) relataram ter apenas um carro, 21% ( 65) dois carros e 5.5% ( 17) disseram possuir três ou m ais carros. Cento e oitenta estudantes ( 58.1% ) relat aram que o m eio de t ransport e m ais utilizado pelos m esm os é o carro, sendo que dest es, 37.1% ( 115) utilizam o veículo na condição de passageiro e 21% ( 65) na condição de m ot orist a ( Tabela 1) .

Tabela 1 : Meios de transporte m ais utilizados entre acadêm icos do curso de Enferm agem da Universidade Cat ólica de Goiás. Goiânia, 2006.

Meio de t ransport e* N %

Carro/ condut or 65 21

Carro/ passageiro 115 37.1

Ônibus 226 72.9

Motocicleta/ bicicleta 34 11

* Perm it idas m últiplas respost as, se dois ou m ais m eios t ransport e fossem igualm ent e ut ilizados.

Duzentos e quarenta e nove ( 80.3% ) alunos relataram ter hábito de dirigir. Vale ressaltar que destes, 119 ( 47.8% ) possuíam a Carteira Nacional de Habilitação ( CNH) e 130 não possuíam tal docum ento, ou sej a, 52.2% dos alunos têm o hábito de dirigir sem habilitação. Dos 130 que dirigem sem

habilitação, 11 ( 36.7% ) são do sexo m asculino e 119 ( 42.5% ) são do sexo fem inino. Dos 130 entrevistados que dirigem sem CNH, 5.4% j á se envolveram em AT na cat egoria de condut or.

(4)

aprenderam com d 16 anos de idade, sendo o principal responsável pelo ensino da direção do autom óvel o instrutor com 40.5% ( 85) , seguido do pai com 34.6% ( 73) .

Cento e treze alunos ( 36.8% ) disseram que não tem hábito de ingerir bebida alcoólica, 171 ( 55.7% ) ingerem apenas em fest as e outros eventos e 23 ( 7.5% ) todos os finais de sem ana. A ingestão de bebida alcoólica previam ente à condução de veículo autom otor foi relatada por apenas 8.7% ( 20) dos j ovens. Em cont rapart ida, 43.5% ( 120) dos j ovens

relataram j á ter sido passageiros em veículo cuj o condut or havia ingerido bebida alcoólica.

Quanto ao uso do cinto de segurança, apenas 73.2% ( 175) dos j ovens universitários utilizaram sem pre est e equipam ent o na condição de condut ores. Cham a a at enção, no entant o, o fat o de ser baixa a freqüência de usuários desse equipam ento de segurança quando o transporte ocorre com o passageiro do banco traseiro do carro. ( Tabela 2)

Tabela 2: Caract eríst icas e com port am ent os de risco no t rânsit o dos acadêm icos do curso de Enferm agem da Universidade Cat ólica de Goiás. Goiânia, 2006.

Caract eríst icas / com port am ent os N %

Possui habilitação para dirigir carro 119 38.8

Aprendeu a dirigir com d 16 anos 90 31.1

I ngestão de bebida alcoólica e direção de veículo* 20 8.7

Passageiro de veículo com condutor que ingeriu bebida alcoólica* 120 43.5

Com o condut or usa cint o de segurança sem pre* * 175 73.2

Com o passageiro do banco dianteiro, usa cinto de segurança sem pre* * 183 60.4

Com o passageiro do banco traseiro, usa cinto de segurança sem pre* * 41 13.6

Part icipação em “ racha” 15 6.2

Já brigou no t rânsit o 24 10

Já foi m ult ado 32 14

Já subornou policial de t rânsit o 17 7.2

Envolvim ent o em acident e de trânsit o 90 36.7

* nos últim os 30 dias

* * % calculado excluindo os que não dirigem veículo ou que não são passageiros de carros

Já em relação ao relato de participação em disputa autom obilística em via pública ( racha) , apenas 1.2% ( 3) dos j ovens relataram participar na condição de m otorista, e 5% ( 12) relataram part icipar na condição de passageiros. Novent a ( 36.7) estudantes do t otal de entrevistados relataram envolvim ento em acidentes de trânsito, sendo 27 ( 12.2% ) na condição de condutor e 63 ( 24.5% ) na condição de passageiro. (Tabela 2)

Quanto ao núm ero de vezes em que os estudantes se envolveram em acidentes de trânsito, com o condutor, 66.7% disseram ter se envolvido um a única vez e 33.3% duas vezes. Aproxim adam ente 48% dos entrevistados acham que o código reduz o núm ero de AT.

Os principais fatores que contribuíram para ocorrência ou gravidade do acident e de trânsito segundo a percepção dos estudantes estão relatados na Tabela 3.

Tabela 3 : Fatores que cont ribuíram para ocorrência ou gravidade do acident e de trânsito segundo a percepção dos acadêm icos do curso de Enferm agem da Universidade Cat ólica de Goiás. Goiânia, 2006.

Fat ores envolvidos N ( % ) *

Falta de at enção 80 69.0

Desrespeito à sinalização 32 27.8

Excesso de velocidade 31 27.0

Mot orist a alcoolizado 18 15.7

Falta de sinalização 15 13.0

Sono ao dirigir 13 11.3

Não uso de cinto de segurança 9 7.9

Problem as m ecânicos do veículo 7 6.0

Uso de celular ao dirigir 6 5.3

Culpa de out rem 11 9.7

Outros 7 6.2

(5)

As características e os com portam ent os de risco para acident es de trânsito relatados pelos alunos de

enferm agem estão expressos na Tabela 4.

Tabela 4: Com port am ent os de risco no t rânsit o entre acadêm icos do curso de Enferm agem da Universidade Católica de Goiás que dirigem regularm ente autom óveis. Goiânia, 2006.

Com port am ent os N %

Não ingeriu bebida alcoólica antes de dirigir 211 91.3

Sem pre usa seta de sinalização 188 81.4

Nunca dirigiu na cont ram ão 161 69.4

Nunca faz ultrapassagem proibida 138 59.2

Nunca faz conversão ilegal 122 53.3

Sem pre respeita faixa de pedestre 125 53.0

Nunca fala ao celular quando dirige 104 45.4

Sem pre respeit a sem áforo 102 42.5

Sem pre respeita o lim ite de velocidade 89 38.7

DI SCUSSÃO

A população do estudo foi com posta por universitários j ovens, com m ediana de 20 anos, predom inantem ente da cor branca, de poder aquisitivo de classe m édia, onde 1/ 3 dos progenitores possuem escolaridade de nível superior e que cerca de 50% das fam ílias possuem apenas um carro. Estas caract erísticas eram esperadas j á que a am ostra est udada foi de estudantes pertencentes a um a universidade privada. Observou- se t am bém que a m aioria da população analisada era do gênero fem inino e que não t rabalhava. Achados não surpreendent es, pois o curso de Enferm agem além de exigir período integral é um curso que possui sua

identidade histórica baseada na figura fem inina( 9- 10).

Um ponto a ser destacado é que estudos que utilizam questionários com o instrum ento de pesquisa

apresent am lim itações( 5- 7). Um a delas é que o

indivíduo pode se recusar a responder o questionário por ser um a pesquisa de carát er volunt ário, levando consequent em ent e, a m enores t axas de adesão. Apesar de o presente estudo não ter tido um a expressiva adesão, as respostas obtidas podem ser consideradas confiáveis porque a pesquisa assegurou, ao part icipant e, anonim at o e carát er confidencial das respostas.

Em relação ao m eio de transporte, grande part e dos ent revistados respondeu que ut iliza ônibus ou carro com o passageiro. Este resultado é coerente, pois a m aioria pertence a fam ílias que possuem som ent e um carro, que provavelm ent e é ut ilizado pelos pais.

Quanto à posse de habilitação para a condução de veículo autom otor, o que foi encontrado é preocupant e. Cerca de 52% dos alunos que tem o hábit o de dirigir, o fazem sem habilit ação, sendo que destes, 43% são est udantes fem ininas e 37% estudantes do gênero m asculino. Esses achados contradizem pesquisa realizada no sul do país que observou, avaliando o com port am ent o de m ot oristas j ovens, que os hom ens se arriscam a dirigir sem

carteiras de habilitação com um a freqüência

consideravelm ente m aior que as m ulheres( 2). Out ros

estudos dest acam que, independent e do gênero, esse péssim o hábito de dirigir sem habilitação é considerado um im portant e fat or de risco para a

ocorrência e gravidade de acidentes de trânsito( 11- 13).

O fat o de cerca de 1/ 3 de a população analisada ter aprendido a dirigir antes da idade m ínim a legal ( 18 anos de idade) reflet e insuficiente conscientização quanto aos riscos de se t er um m enor no volant e, incluindo, na m aioria das vezes, a anuência dos pais nesse tipo de com portam ento de risco. Segundo estudos, os adolescentes de classe social m édia e alta aprendem a dirigir precocem ent e, com idades variando de oito a treze anos, t endo geralm ent e os m em bros da fam ília com o seus inst rut ores e, est e elem ent o, pode ser considerado tam bém um fator de risco para acidente de trânsito( 12,14- 15).

Apesar de apenas 9% dos acadêm icos t er relatado ingestão de bebida alcoólica previam ente à condução de veículo aut om ot or, m ais de 40% relataram j á ter sido passageiros em veículo cuj o condutor havia ingerido bebida alcoólica, ou sej a, estavam cientes do risco que corriam . Há um a evidente associação entre o uso do álcool e a presença de vítim as fatais nos acidentes de trânsito. Essa associação é observada principalm ente na população j ovem , abaixo de 21 anos de idade e, na m aioria dos países, independent e do grau de

desenvolvim ento( 16- 19). Estudo recent e aponta que

dentre 2.360 vítim as fatais por acident es de trânsit o avaliadas no Estado de São Paulo, 47% tinham álcool

no sangue ( alcoolem ia) no m om ent o do acident e( 18).

(6)

com resultados de outras pesquisas da literatura, que dem onstram que o envolvim ento prévio em AT não é um fator que reduz a ocorrência de futuros acidentes( 20).

Quanto ao uso do cinto de segurança, apenas 73.2% dos j ovens universitários utilizaram sem pre este equipam ento na condição de condutores, ou sej a, ainda 1/ 4 da população est udada não o ut ilizam com freqüência. Porém , é inquiet ant e o baixo índice encontrado quando se considera o uso freqüent e do cinto no banco traseiro do veículo, apenas 13.6% . Esta baixa proporção pode ser explicada pelo fato de a m aioria dos carros brasileiros ainda contar com cintos traseiros abdom inais, que m uitas vezes ficam cam uflados sob o banco do autom óvel, além da baixa fiscalização sobre seu uso. Vale lem brar que os percentuais apresent ados nesta pesquisa em relação ao uso de cinto de segurança em todas as posições do veículo, especialm ent e com o condut or, são assustadoram ente m enores que os de out ros

estudos, que estão ent re 80 e 90%( 5,20). Est as

observações sugerem que, talvez, as inúm eras cam panhas educativas realizadas pelos órgãos com petent es possam não estar atingindo os j ovens da faixa etária estudada. A carência de fiscalização no trânsito tam bém contribui para este tipo de infração.

Quanto à percepção dos j ovens em relação aos fatores que cont ribuíram para a ocorrência ou gravidade do acidente de trânsito, eles relatam com o principais a falta de atenção ( 69% ) , desrespeito à sinalização (28% ) , excesso de velocidade ( 27% ) e

m otorist a alcoolizado ( 16% ) . O est udo de Andrade( 5)

e colaboradores corrobora com esses achados e acrescenta que a influência exercida nos j ovens por seu grupo social, im aturidade em ocional característica da idade, falta de habilidade com a direção e uso de álcool podem desencadear excesso de velocidade, m anobras arriscadas e ilegais e falt a do uso de equipam ento de proteção.

Vale ressaltar que m edidas de estím ulo à direção defensiva, aum ento da fiscalização, im plant ação de m ecanism os de redução da velocidade dos veículos e m elhoria da sinalização do trânsito poderiam , provavelm ente, surtir algum efeito na redução desses eventos entre os j ovens estudados.

Apesar dos estudantes reconhecerem que o desrespeito à sinalização foi um dos principais fatores que contribuíram na ocorrência do AT, um a considerável parcela dos acadêm icos dirige na contram ão, faz ultrapassagem proibida e conversão ilegal e não respeita a faixa de pedestre ou sem áforo. Em bora o excesso de velocidade sej a considerado pelos entrevistados o terceiro m aior responsável pelos AT, m ais de 60% da am ostra est udada cita que ultrapassa o lim ite de velocidade.

Este com port am ento infrator e de alto risco para AT verificado nos j ovens deste estudo corrobora com as observações de out ras pesquisas ant eriorm ent e publicadas, citando que os j ovens tendem a assum ir com portam entos de risco à saúde e que são as principais vítim as de AT( 5,14- 15).

A alta incidência de vítim as j ovens em AT, em diversas sociedades, vem sendo relacionada à falta de experiência na condução e de conhecim ento dos veículos ( geralm ente veículos em prestados) , além das características próprias da j uventude, com o a im aturidade, im pulsividade, sentim ento de onipotência, a busca de em oções, a necessidade de aut o- afirm ação perant e o grupo de colegas e

tendência de superestim ar suas capacidades( 15).

Com o agravant e, os j ovens, geralm ent e, consom em m ais bebidas alcoólicas e drogas do que os adultos, bem com o t endem a exceder m ais os lim ites de velocidade e a desrespeitar outras norm as de segurança no trânsito, o que, sabidam ent e, aum ent a as chances de ocorrências de acidentes( 11,15).

Alguns est udos apont am que o com port am ent o da população fem inina no trânsito é m ais adequado

que o da m asculina( 2,20). Ent ret ant o, os resultados

desta pesquisa m ostraram que a população analisada, que foi predom inant em ent e fem inina, tam bém apresentou com portam entos de risco inadequados. Estudo recentem ente publicado

corrobora com este relevante resultado( 13).

Ressalta- se que apesar dos suj eitos da pesquisa ser acadêm icos de Enferm agem e est arem frequentem ente em contato com vítim as de AT, observando de perto os t ranstornos bio- psico- sociais e econôm icos gerados por esse tipo de acident e, diversos e freqüentes com portam ent os de risco para ocorrência e gravidade de AT foram observados ent re esses j ovens. Espera- se que esta reflexão com conseqüent es m udanças de com portam ento ainda possa ocorrer nos próxim os anos de graduação e com o am adurecim ento da personalidade destes j ovens universit ários.

CON CLUSÃO

O aum ento da frota de veículos tem sido m undial, m as, em geral, o sistem a viário e o planej am ent o urbano não acom panharam este crescim ento. Sendo assim , os acidentes de trânsito se tornaram um a das principais causas de m ortalidade no âm bito m undial, e no Brasil o trânsito é considerado um dos piores e m ais perigosos do m undo.

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indivíduos j ovens, que representa a população freqüentem ente envolvida em AT, possibilita a criação e aprim oram ento de estratégias que podem reduzir a ocorrência, gravidade e conseqüências deste tipo de acidente. Ressalta- se que o conhecim ento das peculiaridades de cada população é fundam ental para que as estratégias de prevenção possam t er im pact o m ais efet ivo.

O planej am ento de trânsito necessita de m elhoria na engenharia de t ráfego, aliada à fiscalização eficiente e, essa, à educação e ao cum prim ento da lei, sobretudo no que diz respeito à punição dos m otorist as infrat ores.

Deste m odo, a im plem entação de consistentes program as de educação no trânsito, que im plica um a nova noção de cidadania, se faz urgent e. É t am bém im prescindível um controle da propaganda, tanto daquela que associa velocidade à vitalidade e à saúde quanto da que associa ingestão de bebidas alcoólicas à liberdade e ao prazer. Um fato que favorece a redução dos com portam entos de risco é a idade. Mudar o com portam ent o do j ovem é m ais fácil do que o do adulto, visto que aqueles têm m enos vícios no trânsito do que estes. Contudo, a m udança cultural, será um processo que dem andará um t em po considerável.

Em nível m ais abrangent e, a solução do problem a de trânsito requer, sobretudo, a im plem entação de políticas públicas que enfatizem o aspecto social, com destaque para um transporte coletivo decente e eficiente, que invistam na organização do sistem a viário com a construção de obras de engenharia de vias de trânsito rápido e que reduzam im postos de quem não com et e infrações no trânsito.

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Artigo recebido em 28.11.07.

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