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Revisão dos desenhos de pesquisa relevantes para enfermagem: Parte 1: desenhos de pesquisa quantitativa.

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Academic year: 2017

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REVI SÃO DOS DESENHOS DE PESQUI SA RELEVANTES PARA

ENFERMAGEM. PARTE 1 : DESENHOS DE PESQUI SA QUANTI TATI VA

Valm i D. Sousa1 Mar t h a Dr iessn ack2 I sabel Am élia Cost a Mendes3

Est a sér ie de t r ês ar t igos apr esent a um a br ev e r ev isão dos desenhos de pesquisa r elev ant es par a a enfer m agem . Nest e pr im eir o ar t igo da sér ie são r evist os os desenhos de pesquisa quant it at iva m ais ut ilizados at u alm en t e n as in v est igações dest a ár ea de con h ecim en t o. São apon t ados os t ipos de est r at égia qu e t ais desen h os u t ilizam par a ger ar e r ef in ar con h ecim en t o e são descr it os os desen h os classif icados com o n ão-experim ent ais e ão-experim ent ais. A guisa de conclusão ressalt a- se a im port ância da prát ica baseada em evidência par a a pr ofissão, de m odo que o cuidado de enfer m agem sej a det er m inado por r esult ados de pesquisa sólida e não por pr efer ências clínicas ou por t r adição.

DESCRI TORES: pesquisa; pesquisa em enfer m agem ; análise quant it at iv a; m et odologia, enfer m agem

AN OVERVI EW OF RESEARCH DESI GNS RELEVANT TO

NURSI NG. PART 1: QUANTI TATI VE RESEARCH DESI GNS

This t hree part series of art icles provides a brief overview of relevant research designs in nursing. The fir st ar t icle in t he ser ies pr esent s t he m ost fr equent ly used quant it at iv e r esear ch designs. St r at egies for non-experim ent al and non-experim ent al research designs used t o generat e and refine nursing know ledge are described. I n addit ion, t he im port ance of quant it at ive designs and t he role t hey play in developing evidence- based pract ice ar e discussed. Nur sing car e needs t o be det er m ined by t he r esult s of sound r esear ch r at her t han by clinical pr efer en ces or t r adit ion .

DESCRI PTORS: r esear ch; nur sing r esear ch; quant it at iv e analy sis; m et hodology ; nur sing

REVI SI ÓN DE DI SEÑOS DE I NVESTI GACI ÓN RESALTANTES PARA

ENFERMERÍ A. PARTE 1: DI SEÑOS DE I NVESTI GACI ÓN CUANTI TATI VA

Est a ser ie de t r es ar t ícu los m u est r a u n a br ev e r ev isión de los diseñ os de in v est igación r esalt an t es par a Enfer m er ía. En el pr im er ar t ículo de la ser ie son r ev isados los diseños de inv est igación cuant it at iv a m as ut ilizados en la act ualidad par a las inv est igaciones en est a ár ea del conocim ient o. Son indicados los t ipos de est rat egias que t ales diseños ut ilizan para generar y refinar conocim ient o siendo descrit os los diseños clasificados com o no experim ent ales y experim ent ales. A m odo de conclusión se resalt a sobre la im port ancia de la práct ica basada en evidencia para la profesión, de form a que el cuidado de enferm ería sea det erm inado por result ados de inv est igación sólida y no de acuer do con pr efer encias clínicas o t r adicionales.

DESCRI PTORES: inv est igación; inv est igación en enfer m er ía; análisis cuant it at iv o; m et odología; enfer m er ía

1 Enferm eiro, Professor Assist ent e da Faculdade de Saúde e Serviços Hum anos da Universidade Carolina do Nort e em Charlot t e, Est ados Unidos, e- m ail:

vdsousa@uncc.edu; 2 Enferm eira, Pós dout orando em genét ica clínica na Escola de Enferm agem da Universidade de I owa, Est ados Unidos, e- m ail: m art

ha-driessnack@uiowa.edu; 3 Enferm eira, Professor Titular da Escola de Enferm agem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, Cent ro Colaborador da

(2)

I NTRODUÇÃO

O

desenho de pesquisa é o ar cabouço ou guia ut ilizado par a o planej am ent o, im plem ent ação e análise do est udo( 1- 2). É um plano para responder a pergunt a ou hipót ese da pesquisa. Tipos diferent es d e p e r g u n t a s o u h i p ó t e s e s d e m a n d a m t i p o s d i f er en t es d e d esen h o d e p esq u i sa . Po r t a n t o , é i m p o r t a n t e t er u m a p r ep a r a çã o e en t en d i m en t o a b r a n g en t e d o s d i f er en t es t i p o s d e d esen h o d e p esq u isa d isp on ív eis. Desen h os d e p esq u isa são g e r a l m e n t e c l a s s i f i c a d o s c o m o q u a l i t a t i v o s o u quant it at ivos. Ent ret ant o, est á se t ornando cada vez m a i s c o m u m p e s q u i s a d o r e s c o m b i n a r e m o u m ist u r ar em desen h os m ú lt iplos qu an t it at iv os e/ ou qualit at ivos no m esm o est udo( 3- 4).

D e se n h o s d e p e sq u i sa q u a n t i t a t i v o s ger alm ent e r eflet em um a filosofia det er m inist a que está baseada no paradigm a ou escola de pensam ento pós- posit iv ist a. Pós- posit iv ist as ex am inam causa, e com o difer ent es causas int er agem e/ ou influenciam r esu l t ad os. O p ar ad i g m a p ós- p osi t i v i st a ad ot a a f ilosof ia de qu e a r ealidade pode ser descober t a; en t r et an t o, apen as im per f eit am en t e e n u m sen so pr obabilíst ico. A abor dagem é t ipicam ent e dedut iv a – onde a m aioria das idéias ou conceitos é reduzida a variáveis e as relações ent re elas são t est adas( 1,3). O conhecim ent o que result a é baseado em observação, m ed ição e in t er p r et ação cu id ad osas d a r ealid ad e obj et iv a.

O d e s e n h o d e p e s q u i s a q u a l i t a t i v a , a o cont r ár io, é baseado no par adigm a nat ur alíst ico. A a b o r d a g e m d o e s t u d o é i n d u t i v a , a o i n v é s d e d e d u t i v a , e co m e ça co m a su p o si çã o d e q u e a r ealidade é su bj et iv a, n ão obj et iv a, e qu e podem ex i st i r m ú l t i p l a s r ea l i d a d es a o i n v és d e a p en a s u m a( 1 , 3 ). Ge r a l m e n t e o d e s e n h o q u a l i t a t i v o s e apr esent a com o a pr im eir a opção quando se sabe p ou co a r esp eit o d e u m d et er m in ad o f en ôm en o, ex per iên cia ou con ceit o. Um a pesqu isa qu alit at iv a dedica- se m ais a aspect os qualit at ivos da realidade, o u s e j a , o l h a p r i o r i t a r i a m e n t e p a r a e l e s , s e m desprezar os aspect os t am bém quant it at ivos( 5). Um a v ez que conceit os e/ ou t em as são ident ificados ou ag r u p ad os n u m a t eor ia, eles p od em ser t est ad os u s a n d o a b o r d a g e m o u d e s e n h o q u a n t i t a t i v o . Pesquisa quant it at iva envolve a análise dos núm er os para a obt enção da respost a à pergunt a ou hipót ese da pesqu isa, en qu an t o qu e a pesqu isa qu alit at iv a env olv e a an álise das palav r as.

DESEN H OS RELEVAN TES DE PESQUI SA

QUANTI TATI VA

A p esq u i sa q u an t i t at i v a ad ot a est r at ég i a sist em át ica, obj et iva e rigorosa para gerar e refinar o co n h e ci m e n t o( 1 , 3 , 6 ). Ne st e d e se n h o , u t i l i za - se inicialm ent e r aciocín io d ed u t iv o e g en er alização. O raciocínio dedutivo é o processo em que o pesquisador com eça com um a t eoria ou arcabouço est abelecido, onde conceitos j á foram reduzidos a variáveis, e então colet a evidência para avaliar ou t est ar se a t eoria é confir m ada( 1). Gener alização é a ex t ensão na qual con clu sões d esen v olv id as a p ar t ir d as ev id ên cias coletadas de um a am ostra podem ser estendidas para um a população m aior( 1).

A p e sq u i sa q u a n t i t a t i v a f r e q u e n t e m e n t e q u a n t i f i ca r el a çõ es en t r e v a r i á v ei s – a v a r i á v el in depen den t e ou p r ed it iv a e a v ar iáv el depen den t e ou result ado. De form a geral, desenhos de pesquisa q u a n t i t a t i v a sã o cl a ssi f i ca d o s t a n t o co m o n ã o -ex p er i m en t ai s q u an t o -ex p er i m en t ai s ( Tab el a 1 ) . D e se n h o s n ã o e x p e r i m e n t a i s sã o u sa d o s p a r a descr ev er, difer enciar ou ex am inar associações, ao inv és de pr ocur ar r elações dir et as ent r e v ar iáv eis, grupos ou sit uações. Não exist em t arefas aleat órias, grupos cont role, ou m anipulação de variáveis, j á que esse m odelo utiliza apenas a observação. Os desenhos n ão - ex p er i m en t ai s m ai s co m u n s são o s est u d o s descr it iv os e cor r elacion ais.

Desen h os n ão- ex p er im en t ais t am b ém são classificados de acordo com o m om ent o de colet a de dados no t em po, t r an sv er sal ou lon git u din al, ou de acordo com a época da experiência ou evento estudado, r e t r o s p e c t i v o o u p r o sp e ct i v o( 1 , 7 ). Nu m e st u d o t ransversal, as variáveis são ident ificadas num pont o n o t e m p o e a s r e l a çõ e s e n t r e a s m e sm a s sã o det erm inadas. Num est udo longit udinal os dados são coletados em diferentes pontos no tem po. Num estudo ret rospect ivo um event o ou fenôm eno ident ificado no presente é conectado a fatores ou variáveis no passado. Num est udo pr ospect iv o, ou est udo coort e, fat ores e v ar iáv eis pot en ciais iden t if icadas n o pr esen t e são conect adas a result ados possíveis no fut uro.

D ES EN H O S D E P ES Q U I S A N Ã O

EXPERI MENTAI S

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grupos de com paração. O pesquisador observa o que o co r r e n a t u r a l m e n t e se m i n t e r f e r i r d e m a n e i r a alg u m a. Ex ist em m u it as r azões p ar a r ealizar u m est udo não ex per im ent al. Pr im eir o, um núm er o de características ou variáveis não estão suj eitas, ou não sã o r e ce p t i v a s, à m a n i p u l a çã o e x p e r i m e n t a l o u r an d o m i zação . Al ém d i sso , p o r q u est õ es ét i cas, alg u m as v ar iáv eis n ão p od em ou n ão d ev em ser m a n i p u l a d a s. Em a l g u n s ca so s, v a r i á v e i s i n d ep en d en t es j á aco n t ecer am e n ão é p o ssív el qualquer cont role sobre elas.

Desenhos não experim ent ais podem parecer experim ent os som ent e pós- t est e. Ent ret ant o, exist e um a designação nat ur al par a a condição ou gr upo sendo estudado, ao contrário da designação aleatória, e a intervenção ou condição ( X) é algo que acontece nat uralm ent e, não sendo im post a ou m anipulada. Os m ét odos m ais com uns ut ilizados em desenhos não ex per im ent ais env olv em pesquisas ex plor at ór ias e/ ou quest ionár ios. Desenhos não ex per im ent ais são t i p i cam en t e cl assi f i cad o s t an t o co m o d e scr i t i v o s quant o cor r elacionais ( Tabela 1) .

Desenhos descr it iv os

Est u d o s d escr i t i v o s o u ex p l o r at ó r i o s são usados quando pouco é sabido sobre um fenôm eno em part icular( 1,8). O pesquisador observa, descreve e docu m en t a v ár ios aspect os do f en ôm en o. Não h á m anipulação de v ar iáv eis ou pr ocur a pela causa e e f e i t o r e l a ci o n a d o s a o f e n ô m e n o . D e se n h o s d e scr i t i v o s d e scr e v e m o q u e e x i st e d e f a t o , det erm inam a freqüência em que est e fat o ocorre e cat eg or i za a i n f or m ação. Pesq u i sad or es col ocam qu est ões de pesqu isa n ív el I( 2 , 9 - 1 0 ) ( Tabela 1 ) . Os r esult ados for necem a base de conhecim ent o par a hipóteses que direcionam estudos subsequentes tanto co r r e l a ci o n a i s, q u a se - e x p e r i m e n t a i s co m o experim entais. Os dois tipos de desenhos quantitativo d e scr i t i v o s m a i s co m u n s sã o : c a s o - c o n t r o l e e com p ar at iv o.

Es t u d o s Ca s o - c o n t r o l e. En v o l v e m u m a descr ição de casos com e sem u m a ex posição ou c o n d i ç ã o p r é - e x i s t e n t e . Os c a s o s , s u j e i t o s o u unidades de est udo podem ser um indiv íduo, um a fam ília ou um grupo. Est udos caso- cont role são m ais f act ív eis qu e ex per im en t os em qu e o r esu lt ado é raro ou leva anos para se desenvolver. Est e desenho t am bém é conhecido com o r elat o de caso ou est udo d e caso.

Es t u d o s Co m p a r a t i v o s. Ta m b é m sã o cham ados de est udos ex post fact o ou com par at iv os cau sai s. Est es est u d os d escr ev em d if er en ças n as v ar iáv eis que ocor r em nat ur alm ent e ent r e dois ou m a i s ca so s, su j e i t o s o u u n i d a d e s d e e st u d o . Pesquisador es que usam um desenho com par at iv o norm alm ent e colocam hipót eses sobre as diferenças nas variáveis entre duas ou m ais unidades. A principal d i f e r e n ça e n t r e e st a a b o r d a g e m e a q u a se -ex per im ent al é a falt a de cont r ole do pesquisador sobr e as v ar iáveis.

Desenhos cor r elacionais

En v o l v e m a i n v e st i g a çã o si st e m á t i ca d a n a t u r e za d a s r e l a çõ e s o u a sso ci a çõ e s e n t r e a s v ar iáv eis, ao inv és de r elações dir et as de causa e efeit o. Os desenhos cor r elacionais são t ipicam ent e t r ansver sais( 1,8). Est es desenhos são ut ilizados par a ex am inar se m udanças em um a ou m ais v ar iáv eis e st ã o r e l a ci o n a d a s a m u d a n ça s e m o u t r a ( s) variável( eis) . Este efeito é definido com o covariância. Desen h o s co r r el aci o n ai s an al i sam d i r eção , g r au , m agnit ude e for ça das r elações ou associações. Os r esult ados desses est udos for necem os m eios par a gerar hipót eses a serem t est adas em est udos quase-experim ent ais e quase-experim ent ais. Pesquisadores podem colocar questões de nível I ou I I( 2,9- 10) ( Tabela 1) . Três dos desenhos cor r elacionais m ais com uns incluem : d e s c r i t i v o , p r e d i t i v o e m o d e l o d e t e s t e d e cor r elação( 1,8).

Desenhos Cor r elacionais Descr it iv os. Est udos cor r elacionais descr it iv os descr ev em v ar iáv eis e as relações que ocorrem naturalm ente entre as m esm as. Desen h os Cor r elacion ais Pr edit iv os. Est udos correlacionais predit ivos prevêem a variância de um a ou m ais variáveis baseado na variância de out ra( s) v a r i á v e l ( e i s) . Assi m co m o co m o s m o d e l o s e x p e r i m e n t a i s, a s v a r i á v e i s d o e st u d o sã o cl assi f i cad as co m o i n d ep en d en t es (p r e d i t i v a s) e dependent es ( result ado) . No ent ant o, est as variáveis não são m anipuladas, m as ocorrem nat uralm ent e.

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DESENHOS EXPERI MENTAI S

Desenhos experim ent ais norm alm ent e usam designação aleat ór ia, m anipulação de um a v ar iáv el i n d e p e n d e n t e e co n t r o l e s r íg i d o s( 1 , 8 , 1 1 ). Est a s características perm item m aior confiança nas relações de causa e efeit o. Designação aleat ór ia significa que cada sujeito teve chances iguais de ser designado tanto para o grupo controle com o para o grupo experim ental e seu uso busca elim inar viés sistem ático. Am ost ragem aleat ória significa que cada sujeito teve chances iguais de ser selecionado de um grupo m aior para participar do est udo, frequent em ent e usada em pesquisas para facilit ar gener alização. A designação aleat ór ia par a condições diferentes distingue um verdadeiro desenho ex p er i m en t a l ; p a r a ser cl a ssi f i ca d o co m o t a l , é necessário que haja random ização, um grupo controle e m anipulação de um a variável para exam inar causa dir et a ou r elação pr edit iv a ent r e v ar iáv eis. Quando qualquer dest es requisit os não é at endido, o m odelo deixa de ser experim ent al v er dadeir o e passa a ser classificado com o quase- experim ent al. Pesquisadores geralm ente colocam questões de pesquisa nível I I I (2,9-10) (Tabela 1).

Desenhos v er dadeir am ent e ex per im ent ais

Desen h os v er d ad eir am en t e ex p er im en t ais exam inam causa e efeit o de relações ent re variáveis independent es (pr edit ivas) e dependent es ( result ado) sob condições alt am ent e cont roladas. O m ais sim ples de t odos os desenhos experim ent ais é o pós- t est es g r u p o co n t r o l e . Ou t r o s d e se n h o s e x p e r i m e n t a i s verdadeiros incluem os desenhos som ent e pós- t est e com gr u po con t r ole, pr é- t est e/ pós- t est e com gr u po cont r ole, quat r o gr upos de Solom on e delineam ent o cr uzado ( cr oss- ov er )( 1,8,11).

D e s e n h o s o m e n t e p ó s - t e s t e c o m g r u p o cont r ole. Nos est udos som ent e pós- t est e com grupo cont role, os suj eit os são designados aleat oriam ent e ( R) t ant o para o grupo cont role com o para o grupo ex per im ent al. Os gr upos não são pr é- t est ados. Um grupo é exposto ao tratam ento ( X) ou a um a série de t rat am ent os ( X1, X2) , e ent ão am bos os grupos são pós- t est ados ( O) .

con t r ole, ou ex per im en t o clássico, os su j eit os são designados aleat or iam ent e ( R) t ant o par a o gr upo cont role com o para o grupo experim ent al. Am bos os grupos são pré- t est ados ( O) . O grupo experim ent al é exposto ao tratam ento ( X) ou diferentes tratam entos ( X1, X2) , e ent ão am bos são pós- t est ados ( O) .

R X O

R O

D e s e n h o p r é - t e s t e / p ó s - t e s t e c o m g r u p o cont r ole. Num est udo pré- t est e/ pós- t est e com grupo

R O X O

R O O

Desenho de quat ro grupos de Solom on. Num est udo de quat ro grupos de Solom on os suj eit os são designados aleat or iam ent e ( R) par a um ou quat r o g r u p o s d i f er en t es. D o i s d esses g r u p o s sã o p r é-t esé-t ados ( O) e dois não são. Apenas um pré- é-t esé-t ado e um não pr é- t est ado são ex post os ao t r at am ent o ( X) . Todos os grupos são pós- t est ados ( O) .

R O X O

R O O

R X O

R O

Desenho delineam ent o cr uzado ( cr oss- ov er ) . No d e se n h o d e l i n e a m e n t o cr u za d o , o u con t r ab alan cead o, sw i t ch o v e r, ou d e r ot ação, os suj eit os são expost os a dois t rat am ent os, um sendo t r a t a m e n t o e x p e r i m e n t a l ( XE) , e o o u t r o u m tratam ento de controle ou referência ( XC) . Os suj eitos são d esig n ad os aleat or iam en t e p ar a u m d os d ois grupos. Um grupo recebe o t rat am ent o experim ent al p r i m e i r o e o o u t r o g r u p o r e ce b e o t r a t a m e n t o experim ent al em seguida. Depois de um período de t em po, suficient e par a per m it ir que qualquer efeit o do t r at am ent o se desfaça ( W) , os t r at am ent os são t r o ca d o s. D e se n h o s d e d e l i n e a m e n t o cr u za d o env olv em div er sos t r at am ent os.

R O XE O W XC O

R O XC O W XE O

Desenhos quase- ex per im ent ais

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am eaças às validades t ant o int erna com o ext erna, o que pode dim inuir confiança e causar generalização d o s r e su l t a d o s d o e st u d o . Os d e se n h o s q u a se -experim entais m ais utilizados são: pré- t est e/ pós- t est e com gr upo cont r ole não equiv alent e, sér ie t em por al i n t er r o m p i d a co m g r u p o co n t r o l e, sér i e t em p o r a l int errom pida com um grupo e cont rabalanceado( 1,8,10). D e s e n h o p r é - t e s t e / p ó s - t e s t e c o m g r u p o cont r ole não equiv alent e. Est e desenho é sim ilar em m uit as m aneiras ao m odelo pré- t est e/ pós- t est e com grupo cont role excet o que nest e m odelo os suj eit os não são designados aleat oriam ent e ( NR) aos grupos. Am bos os grupos são pré- testados ( O) e pós- testados ( O) . En t r et an t o, som en t e o gr u po ex per im en t al é expost o ao t rat am ent o ( X) .

Tabela 1 - Modelos Pesquisa Quant it at iva

R

N O X O

R

N O O

Desen h o sér ie t em p or al in t er r om p id a com grupo cont role. Neste desenho os grupos são m edidos ou t est ados r epet idam en t e n a m esm a v ar iáv el ao longo do t em po. Novam ent e, não exist e designação aleat ór ia ( NR) aos gr upos. O gr upo ex per im ent al é ex post o ao t r at am ent o ( X) em algum m om ent o na sér ie enquant o o gr upo cont r ole não é ex post o ao t r at am ent o.

R

N O O O X O O O

R

N O O O O O O

Desenho série t em poral int errom pida com um gr u po. Nest e desenho, o pesquisador m ede apenas um gr upo r epet idam ent e, t ant o ant es com o depois da exposição ao t rat am ent o ( X) .

R

N O O O X O O O

D e s e n h o Co n t r a b a l a n c e a d o. O d e se n h o cont rabalanceado é sim ilar ao delineam ent o cruzado e x ce t o q u e o s su j e i t o s n ã o sã o d e si g n a d o s aleatoriam ente ( NR) para os diferentes grupos. Todos os gr upos são ex post os a t odos os t r at am ent os. O m odelo m ais com um é o quadrado latino, onde quatro t rat am ent os diferent es são aplicados a quat ro grupos ou indiv íduos nat ur alm ent e r eunidos. Cada um dos gr upos ou indiv íduos é pós- t est ado depois de cada tratam ento. O núm ero de tratam entos e grupos deve ser igual. O quadrado lat ino é m ost rado abaixo

R

N X1 O X2 O X3 O X4 O R

N X2 O X4 O X1 O X3 O R

N X3 O X1 O X4 O X2 O R

N X4 O X3 O X2 O X1 O

s o l e d o

M NíveisdePerguntasdaPesquisa

l a t n e m ir e p x e -o ã N

•Desciritvo •NívelI–Desciritvopornatureza o n e m ô n e f o d o ti e p s e r a o d i b a s é o c u o P -, ê u q o , m e u q m e u l c n i s a v it ir c s e d s e õ t s e u Q -? o t n a u q , s o t n a u q , e d n o , o d n a u q ? X e d s a c it s ír e t c a r a c s a o ã s s i a u Q : o l p m e x E

-•Correlacionais •NívelII–Exploratóiroouexpilcaitvopornatureza e t n e t s i x e o t n e m i c e h n o c m e o d a e s a B -s e õ ç a l e r e õ p o r P -s a v it a c il p x e u o s a ir ó t a r o l p x e s e õ t s e u Q -? o m o c e ê u q r o p m e u l c n i o ã t s e … s e r o t a f s o o m o C : o l p m e x E -? X a s o d a n o i c a l e r l a t n e m ir e p x E

•Expeirmentalverdaderio •NívelIII-PrediitvoporNatureza

•Quase-expeirmental -Requerconsiderávelconhecimentoprévio s a v it i d e r p s a ir o e t u o s e s e t ó p i h a t s e T -a a r a p m a t n o p a s a v it i d e r p s e õ t s e u Q -Y e r b o s X e d o ti e f e e a s u a c u o e d a d i v it e f e é Y o d n a u q X m e a ç n a d u m e t s i x E : o l p m e x E -? o d a l u p i n a m

SELEÇÃO D E D ESEN H OS D E PESQUI SA

QUANTI TATI VA

A seleção d e u m d esen h o d e p esq u isa é baseada n a per gu n t a ou h ipót ese de pesqu isa ou hipót ese e nos fenom enos em est udo. Um desenho verdadeiram ent e experim ent al é considerado o m ais robust o ou rigoroso com relação ao est abelecim ent o de efeitos causais e validade int erna. Validade interna é o cont role de fat ores dent ro do est udo que podem in f lu en ciar os r esu lt ados, além da in t er v en ção ou t r a t a m e n t o e x p e r i m e n t a l . Um d e se n h o n ã o experim ental é geralm ente o m ais fraco neste sentido. No ent ant o, isso não equivale a dizer que desenhos não experim ent ais são fracos de m aneira geral. Eles são fracos apenas no que diz respeito à avaliação de r elações de causa e efeit o e o est abelecim ent o de validade int erna. Na verdade, a form a m ais sim ples d e d e se n h o n ã o e x p e r i m e n t a l , a p e sq u i sa q u e acont ece um a única vez e que consist e em apenas um a observação ( O) , é um a das form as m ais com uns de pesquisa e para algum as pergunt as de pesquisa, e sp e ci a l m e n t e a s d e scr i t i v a s, e st e m o d e l o é claram ent e o m ais robust o e m ais apropriado.

CONCLUSÃO

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desafiar a pr át ica at ual de enfer m agem com nov as i d é i a s . A p r á t i c a d e e n f e r m a g e m b a s e a d a e m e v i d ê n ci a v e m d a i d é i a d e q u e o cu i d a d o q u e pr ovem os é det er m inado por pesquisa sólida e não por t r adição ou pr efer ência clínica. Ent ender com o se l e ci o n a r o m e l h o r d e se n h o p a r a r e sp o n d e r a quest ão da pesquisa ou t est ar a hipót ese é o prim eiro p a s s o p a r a c o n d u z i r p e s q u i s a d e i m p a c t o s i g n i f i c a t i v o . A p e s q u i s a t a m b é m a u x i l i a enfer m eir os( as) na m aneir a com o eles ( as) lêem e cr it icam ar t igos de pesquisa or iginais. A pr át ica de enferm agem quase nunca m uda baseada em apenas u m est u d o. É o acu m u lo d e r esu lt ad os d e v ár ios est udos, geralm ent e usando diferent es desenhos de p esq u isa q u e f or n ecem ev id ên cia su f icien t e p ar a m u d ar.

Neste prim eiro artigo da série, apresentam os um a introdução e um a revisão dos diferentes desenhos d e p e sq u i sa q u a n t i t a t i v a , i n cl u i n d o d e scr i t i v a , co r r el aci o n al , ex p er i m en t al v er d ad ei r a e q u ase-experim ent al. Cada desenho oferece um a abordagem ou p lan o ú n ico p ar a r esp on d er u m a p er g u n t a d e pesquisa de enferm agem . No próxim o artigo, desenhos d e p e sq u i sa q u a l i t a t i v a se r ã o a p r e se n t a d o s e discutidos, fornecendo aos enferm eiros(as) ainda m ais opções de desenhos. Finalm ent e, no t erceiro art igo, se r á a p r e se n t a d a a co m b i n a çã o o u m i st u r a d e desenhos dent ro de um est udo. Ao final dest a série, enferm eiros( as) t erão um a revisão dos desenhos de pesquisas relevant es para pesquisa de enferm agem e serão capazes de selecionar um desenho apropriado com o arcabouço ou guia para um estudo em potencial.

REFERÊNCI AS BI BLI OGRÁFI CAS

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