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O xenodiagnostico e os critérios para avaliar o nivel de parasitemia do paciente chagásico crônico.

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Academic year: 2017

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M e w ã s a d a S o c ie d a d e B r a s i le i r a d e M e d i c i n a T r o p ic a l 2 4 ( 1 ) : 3 7 -4 2 , j a n - m a r , 1 9 9 1

O X E N O D IA G N O STIC O E OS CRITÉRIOS PA RA AVALIA R O NIVEL

DE PA RASITEM IA DO PACIENTE CHAGÁSICO CRÔNICO

E lis a b e t h B r o n f e n e N e ls o n J u n q u e ir a A lv a r e n g a

A s e n s i b i l i d a d e d o x e n o d i a g n ó s t i c o e s u a r e l a ç ã o c o m a p a r a s i t e m i a d a f a s e c r ô n i c a d a d o e n ç a d e C h a g a s f o i v e r i f i c a d a e m 1 0 4 p a c i e n t e s c r ô n i c o s . A s n i n f a s d a s e s p é c i e s d e t r i a t o m i n e o s , s i m u l t a n e a m e n t e u t i l i z a d a s n o s x e n o d i a g n ó s t i c o s d e s t e s p a c i e n t e s , d i v i d i d o s e m d o i s g r u p o s , f o r a m e x a m i n a d a s d e m a n e i r a s d i f e r e n t e s . O s í n d i c e s d e p o s i t i v i d a d e t o t a i s o b t i d o s n o s d o i s g r u p o s ( 4 0 , 0 % e 4 2 , 4 % ) e o s p e r c e n t u a i s d e p o s i t i v i d a d e p o r p a c i e n t e s u g e r e m u m a r e a v a l i a ç ã o d o q u e s e d e n o m i n a a " q u a n t i f i c a ç ã o d a p a r a s i t e m i a d o p a c i e n t e c h a g á s i c o c r ô n i c o , c o n s i d e r a n d o a m e t o d o l o g i a d e e x a m e d o x e n o d i a g n ó s t i c o .

Palavras-chaves: P a r a s i t e m i a . D o e n ç a d e

O xenodiagnóstico, junto com a hemocultura, apesar de ser o exame de certeza parasitológica para os indivíduos parasitados pelo T r y p a n o s o m a c r u z i ,

apresenta baixa sensibilidade para a fase crônica da doença de Chagas. Esta sensibilidade tem sido expli­ cada, principalmente, pela parasitemia escassa e irre­ gular que caracteriza esta fase.

O presente trabalho teve como objetivo reava­ liar a sensibilidade do xenodiagnóstico através dos índices de positividade obtidos com a utilização de dois recursos metodológicos para o seu exame e a relação deles com o que se denomina a “ quantificação da parasitemia do paciente chagásico crônico” .

M ATERIAL E MÉTODOS

Foram utilizados dois grupos de pacientes, procedentes do Estado de Minas Gerais, de maneira não simultânea. O Grupo I, com 45 pacientes, perten­ cia a casuística do Laboratório de Biologia de Triatomineos e Epidemiologia da Doença de Chagas do Centro de Pesquisas “ René Rachou”, sendo 21 homens e 24 mulheres, com duas reações sorológicas concordantes para o T r y p a n o s o m a c r u z i . O Grupo II,

com 59 pacientes, sendo 49 homens e 10 mulheres, triados por sorologia anti-7! c r u z i entre candidatos a

doadores de sangue1. A faixa etária dos dois grupos compreendeu pacientes de 19 a 59 anos de idade.

O Grupo I foi submetido a um xenodiagnóstico com 90 insetos: 30 ninfas de 3° estádio de P a n s t r o n g y l u s

Centro de Pesquisas René Rachou FIOCRUZ, Belo Hori­ zonte, MG.

Endereço para correspondência: Dra. Elisabeth Bronfen. Centro de Pesquisas Rerié Rachou FIOCRUZ. CP: 1743, 30190 Belo Horizonte, MG.

Recebido para publicação em 05/09/90.

C h a g a s . F a s e c r ô n i c a . X e n o d i a g n ó s t i c o .

m e g i s t u s , T r i a t o m a i n f e s t a n s e R h o d n i u s n e g le c t u s .

O Grupo II, a um xenodiagnóstico com 120 insetos:' 40 ninfas de 3° estádio de P . m e g i s t u s e T . i n f e s t a n s e

40 de 1,° estádio de D i p e t a l o g a s t e r m a x i m u s .

Após a realização de cada xenodiagnóstico, verificava-se o número de ninfas engorgitadas e o daquelas que não haviam sugado, sendo estas des­ prezadas. As caixas contendo os triatomineos ali­ mentados eram mantidas em insetário climatizado a 27 ± 1 ,°C e 70,0% de umidade até o momento do exa­ me. As ninfas dos dois grupos dê xenodiagnósticos, en­ contradas mortas e endurecidas no dia do exame, não foram examinadas.

A dissecção das ninfas dos xenodiagnósticos do Grupo I era feita com a retirada de todo o tubo digestivo de cada inseto, que era acrescido de 5 microlitros de solução salina tamponada (PBS) e esmagado entre lâmina e lamínula.

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B r o n fe n E , A h a r e n g a N J . O x e n o d ia g n ó s ti c o e o s c rité rio s p a r a a v a li a r o n ív e l d e p a r a s i t e m i a d o p a c i e n t e c h a g á s ic o c rô n ic o . R e v i s t a d a S o c i e d a d e B r a s i le i r a d e M e d i c i n a T r o p ic a l 2 4 : 3 7 -4 2 , j a n - m a r , 1 9 9 1

A esta semeadura do material intestinal do triatomí- neo, coletado e processado assepticamente, denomi­ namos de xenocultura^. As xenoculturas eram in­ cubadas a 28°C em estufa BOD-FANEM e exami­ nadas após 20 dias.

N a análise estatística dos dados foi utilizado o teste qui-quadrado, considerando o nível de signifi- cância para p < 0,05.

RESULTADOS

A Tabela 1 mostra o número de insetos das três espécies utilizadas e examinadas nos dois grupos de xenodiagnósticos. O T . i n f e s t a n s foi a espécie com o

maior número de ninfas que sugaram, nos dois grupos. A menor mortalidade observada foi do R . n e g le c t u s , n o Grupo I e, para o T i n f e s ta n s , no II. Estas duas

espécies foram a de maior chance numérica de serem examinadas.

T a b e l a 1 C a p a c i d a d e a l i m e n t a r e m o r t a l i d a d e d a s e s p é c i e s d e t r i a t o m i n e o s s i m u l t a n e a m e n t e u t i l i z a d a s n o s x e n o d i a g ­ n ó s t i c o s d o s p a c i e n t e s c h a g á s i c o s c r ô n i c o s d o s G r u p o s I e I I .

N.° de ninfas

E spécie do Aplicadas Sugaram (%) Mortas (%) Examinadas (%)

triatomíneo I II I II I II I II

P . m e g i s t u s 1350 2360 1221

(90,4)

1545 (65,5)

93 (7,6)

165 ( 10,7)

1128 (83,5)

1380 (58,5)

T . i n f e s t a n s 1350 2360 1312

(97,2)

2157 (91,4)

99 (7,5)

67 (3,1)

1213 (98,9)

209 0 (88,6)

R . n e g l e c t u s 1350 - 1286

(95,3)

- 58

(4,5)

- 1228

(91,0)

-D . m a x i m u s - 2360 - 1326

(56,2)

- 166

(12,5)

- 1160

(49,2)

Total 4050 7080 3819

(94,3)

5028 (71,0)

250 (6,5)

398 (7,9)

3569 (88,1)

4630 (65,4)

Dos 45 pacientes do Grupo 1,18 (40,0%) foram parasitologicamente comprovados e, 25 (42,4%) dos 59 pacientes do Grupo II. As Tabelas 2 e 3 mostram a positividade destes pacientes, agrupados pelo número de espécies e o total de ninfas e “ pools” positivos.

A Tabela 4 mostra a positividade por espécie de triatomíneo utilizada nos dois grupos de xenodiag­ nósticos. No Grupo I, o P . m e g i s t u s positivou 10

pacientes (22,2%); o T . i n f e s ta n s , 1 2 (26,7%) e, o R . n e g le c tu s , 5 pacientes (11,1%). No Grupo II, o P . m e g i s t u s e o T. i n f e s t a n s positivaram 15 pacientes

(25,4%) e, o D . m a x i m u s , 13 (22,0%).

Não houve diferença estatisticamente signifi­ cativa entre a positividade das diferentes espécies de triatomineos, na comprovação parasitológica dos 45 pacientes do Grupo I e dos 59 pacientes do Grupo II.

A Tabela 5 mostra a contribuição da xenocul- tura para a positividade de seis pacientes do Grupo II.

DISCUSSÃO

Os percentuais de positividade obtidos neste trabalho sugerem a utilização de mais de uma espécie

de triatomíneo no xenodiagnóstico para a fase crônica da doença de Chagas, como foi mostrado na Tabela 4. Se os xenodiagnósticos dos dois grupos tivessem sido realizados só com o P . m e g i s t u s , 18 pacientes posi­

tivos seriam considerados negativos (8 do Grupo I + 10 do Grupo II). Se só com o T . i n f e s ta n s , 16 (6 do

Grupo I + 10 do Grupo II) e, se só com o R . n e g l e c t u s

ouoZ). m a x i m u s , 25 (13 doGrupoI + 12doGrupoII).

Freitas1^ sugeria que a utilização de um maior número de ninfas por xenodiagnóstico aumentaria a chance de alguma delas se infectar. Entretanto, no presente trabalho, observou-se que o R . n e g le c t u s ,

com 1.228 ninfas examinadas (Tabela 1), não foi a espécie com maior positividade nos 45 xenodiagnós­ ticos do Grupo I e o D . m a x i m u s , com 1.160 ninfas

examinadas, a espécie com menor índice de positivi­ dade nos 59 xenodiagnósticos do Grupo II.

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B ro r rfe n E , A l v a r e n g a N J . O x e n o d ia g n ó s ti c o e o s c r ité r io s p a r a a v a li a r o n iv e l d e p a r a s i t e m i a d o p a c i e n t e c h a g á s ic o c rô n ic o . R e v i s t a d a S o c i e d a d e B r a s i le i r a d e M e d i c i n a T r o p ic a l 2 4 : 3 7 -4 2 , ja n - m a r , 1 9 9 1

T a b e l a 2 - R e s u l t a d o d a c o m p r o v a ç ã o p a r a s i t o l ó g i c a d e 1 8 p a c i e n t e s c h a g á s i c o s c r ô n i c o s e n t r e 4 5 s u b m e t i d o s a o x e n o d i a g n ó s t i c o ( G r u p o I ) a g r u p a d o s p e l o n ú m e r o d e n i n f a s p o s i t i v a s p o r e s p é c i e d e t r i a t o m í n e o .

N.° de espécies de triatomineos

positivas

Pacientes (sex o - idade)

N ? de ninfas positivas/espécie/total de examinadas ( % de positivas)

P . m e g i s t u s T . i n f e s t a n s R . n e g l e c t u s Subtotal

L FT S (M -20) 2 2 /2 8 (78,6) 18/29 (62,0) 9/27 (33,3) 4 9 /8 4 (58,3)

3 W PS (M -26) 5 /2 8 (17,8) 8 /2 7 (29,6) 2 /2 6 (7,7) 15/81 (18,5)

IK (F -50) 6 /3 0 (20,0) 3 /3 0 (1 0 ,0 ) 1 /30 (3,3) 1 0 /9 0 (1 1 ,1 )

Subtotal 3 3 /8 6 (38,4) 2 9 /8 6 (33,7) 12/83 (14,4) 7 4 /2 5 5 (29,0)

JTM (M -33) 3 /1 8 (16,7) 2 /3 0 (6,7) 0 /2 9 ( 0 ) 5 /7 7 (6,5)

2 JCS (M -30) 3 /1 6 (18,7) 0 /1 7 (0) 1/28 (3,6) 4/61 (6,5)

M M RF (F -40) 2 /2 7 (7,4) 2 /2 6 (7,7) 0 /2 7 (0) 4 /8 0 (5,0)

Subtotal 8/61 (13,1) 4 /7 3 (5,5) 1 /8 4 ( 1 ,2 ) 1 3/218 ( 6 , 0 )

A M C C (F -48) 1/23 (4,3) 0 /2 5 (0) 0 /2 3 (0) 1/71 (1,4)

1 OVL (M 35) 1/22 (4,5) 0 /2 9 (0) 0 /2 7 (0) 1/78 (1,3)

JD O (M -38) 1/28 (3,6) 0 /2 5 (0) 0 /2 0 (0) 1/73 (1,4)

M A S (M -36) 3 /2 3 (13,0) 0 /3 0 ( 0 ) 0 /3 0 (0) 3/83 (3,6)

Subtotal 6 /9 6 (6,2) 0 /1 0 9 (0) 0 /1 0 0 (0) 6/305 (2,0)

JF G (M -39) 0 /2 0 (0) 1/23 (4,3) 0 /2 5 (0) 1/68 (1,5)

1 IPS (M -31) 0 /3 0 ( 0 ) 2 /3 0 (6,7) 0 /3 0 ( 0 ) 2 /9 0 (2,2)

PM S (M -30) 0 /2 8 (0) 1/25 (4,0) 0 /2 3 (0) 1 /7 6 (1 ,3 )

IM M (F -49) 0 /3 0 (0) 1/29 (3,4) 0 /2 6 (0) 1/85 (1,2)

BM M (M -39) 0 /3 0 (0) 1/25 (4,0) 0 /2 0 ( 0 ) 1/75 (1,3)

LB (M -35) 0 /3 0 (0) 2 /3 0 (6,7) 0 /2 8 (0) 2 /8 8 (2,3)

C SP (M -35) 0 /2 3 (0) 1/28 (3,6) 0 /3 0 ( 0 ) 1/81 (1,2)

Subtotal 0 /191 (0) 9 /1 9 0 (4,7) 0 /1 8 2 (0) 9/5 6 3 (1,6)

1 E F S (M -28) 0 /3 0 ( 0 ) 0 /2 9 (0) 3 /3 0 (1 0 ,0 ) 3 /8 9 (3,4)

Subtotal 0 /3 0 (0) 0 /2 9 (0) 3 /3 0 (1 0 ,0 ) 3 /8 9 (3,4)

Total 4 7 /4 6 4 (10,1) 4 2 /4 8 7 (8,6) 16/479 (3,3) 1 0 5 /1 4 3 0 (7 ,3 )

caracteriza a fase crônica da doença de Chagas^? O xenodiagnóstico positivo na fase crônica da doença de Chagas é considerado um indicador que revelaria parasitemias baixas, intermediárias e altas5 6 7 12. A quantificação desta parasitemia é aferida através do número de xenodiagnósticos posi­ tivos por paciente, do número de ninfas positivas por xenodiagnóstico, do número de caixas positivas por xenodiagnóstico por paciente ou do número de “pools” positivos por xenodiagnóstico.

No Grupo I, os 3 pacientes positivos com as três espécies apresentaram 11,1%, 18,5% e 58,3% de positividade; os 3, com duas espécies, 5,0% e 6,5%, e, aqueles 12, positivos com apenas uma espécie, de 1,2% a 3,6% de positividade. No Grupo II, 6 pacientes positivos com três espécies apresentaram 50,0% a 100% de positividade; 6 pacientes positivos com duas espécies, 25,0% a 44,4% e, 13 positivos com uma das espécies, uma positividade de 11,1% a 25,0%. Portanto os maiores percentuais de positivi­ dade por paciente foram obtidos quando as ninfas foram examinadas em “pool” e não quando exami­ nadas individualmente. Se estes percentuais podem

estar refletindo a eficiência entre duas metodologias, elas sugerem uma avaliação da parasitemia do pa­ ciente chagásico crônico. Considerando os grupos de pacientes positivos com 3, 2 ou uma espécie, ob­ servou-se percentuais muito diferentes. Eles podem ou não estarem aferindo parasitemias altas, intermediá­ rios ou baixas ou indicando que podemos obter maiores índices de positividade, usando recurso me­ todológico que os aumenta, por apresentar, inclusive, maior eficiência4.

A baixa densidade de flagelados implica uma grande dificuldade de visualização do parasita no intestino do triatomíneo. Como já foi demonstra­ do3 13 14, existem flutuações na positividade do triatomíneo infectado, especialmente visíveis através do exame pela compressão abdominal em diferentes dias após a infecção2. Considerando os níveis de adesão entre o T . c r u z i e o epitélio intestinal do

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B r o n fe n E , A l v a r e n g a N J . O x e n o d ia g n ó s ti c o e o s c r ité r io s p a r a a v a li a r o n ív e l d e p a r a s i t e m i a d o p a c i e n t e c h a g á s ic o c rô n ic o . R e v i s t a d a S o c ie d a d e B r a s i le i r a d e M e d i c i n a T r o p ic a l 2 4 : 3 7 - 4 2 , j a n - m a r , 1 9 9 1

T a b e l a 3 - R e s u l t a d o d a c o m p r o v a ç ã o p a r a s i t o l ó g i c a d e 2 5 p a c i e n t e s c h a g á s i c o s c r ô n i c o s e n t r e 5 9 i n d i v í d u o s e x a m i n a d o s ( G r u p o I I ) a g r u p a d o s p e l o n ú m e r o d e “p o o l s " p o s i t i v o s p o r e s p é c i e d e t r i a t o m í n e o ( e x a m i n a d o s a o m i c r o s c ó p i o e a p ó s x e n o c u l t u r a ) .

N.° de espécies de triatomíneos

positivas

Pacientes (sexo - idade)

N.° de “ pools” positivos/espécie/total de examinados (% de positivos)*

P . m e g i s t u s T . i n f e s t a n s D . m a x i m u s Subtotal

N H R (F -30) 2 /2 (100) 4 /4 (100) 2 /2 (100) 8/8 (100)

3 JA F (M -26) 3/3 (100) 2 /3 (66,7) 1/1 (100) 6 /7 (8 5 ,7 )

JJS (M -37) 3/3 (100) 2 /4 (50,0) 2 /2 (100) 7 /9 (77,8)

G M S (M -28) 1/3 (33,3) 2 /4 (50,0) 1/1 (100) 4 /8 (50,0)

D L (M -24) 1 /2 (5 0 ,0 ) 3/3 (100) 1/1 (100) 5 /6 (83,3)

R TL (F -42) 2 /2 ( 1 0 0 ) 1/3 (33,3) 3/3 (100) 6 /8 (75,0)

Subtotal 12/15 (80,0) 14/21 (66,7) 1 0 /1 0 (1 0 0 ) 3 6 /4 6 (78,3)

E G B (M -49) 0 /3 (0) 2 /4 (50,0) 2 /2 (100) 4 /9 (44,4)

2 LFJ (F -19) 0 /3 (0) 1/3 (33,3) 1/2 (50,0) 2 /8 (25,0)

LRM (F -28) 1/2 (50,0) 1/4 (25,0) 0/1 (0) 2 /7 (2 8 ,6 )

JSM (M -42) 1/3 (33,3) 0 ,4 (0) 1/1 (100) 2 /8 (25,0)

D B (M -50) 1/1 (100) 1/4 (25,0) 0 /2 (0) 2 /7 (28,6)

JLB (M -47) 1/2 (50,0) 0 /4 (0) 1/1 (100) 2/7 (28,6)

Subtotal 4 /1 4 (28,6) 5 /2 3 (21,7) 5,9 (55,5) 14/46 (30,4)

L A T (M -24) 1/2 (50,0) 0 /4 (0) 0 /2 (0) 1/8 (1 2 ,5 )

1 RPS (M -46) 1/3 (33,3) 0 /4 (0) 0/1 (0) 1/8 (12,5)

JBV (M -25) 2 /3 (66,7) 0 /4 (0) 0/1 (0) 2 /8 (2 5 ,0 )

D S R (M -3 3 ) 2 /3 (66,7) 0 /4 (0) 0 /1 (0) 2 /8 (2 5 ,0 )

JC N (M -29) 1/3 (33,3) 0 /4 (0) 0/1 (0) 1/8 (12,5)

Subtotal 7 /1 4 (50,0) 0 /2 0 (0) 0 /6 (0) 7 /4 0 (17,5)

M A (M -33) 0 /2 (0) 1/3 (33,3) 0 /2 (0) 1/7 (1 4 ,3 )

1 OJV (M -53) 0 /3 (0) 1/3 (33,3) 0 /3 (0) 1 /9 (1 1 ,1 )

LPS (M -38) 0 /3 (0) 1/3 (33,3) 0/1 (0) 1/7 (14,3)

JC A (M -53) 0 /2 (0) 1/4 (25,0) 0/1 (0) 1/7 (14,3)

W G (M -43) 0 /2 (0) 2/3 (66,7) 0 /3 (0) 2/8 (25,0)

Subtotal 0 /1 2 ( 0 ) 6 /1 6 (3 7 ,5 ) 0 /1 0 (0) 6 /3 8 (15,8)

M P D (F -31) 0 /3 (0) 0 /4 (0) 2 /3 (66,7) 2 /1 0 (20,0)

1 M CC (M -20) 0 /2 (0) 0 /3 (0) 1/3 (33,3) 1/8 (1 2 ,5 )

_ JL (M -46) 0 /2 (0) 0 /3 (0) 1/3 (33,3) 1/8 (12,5)

Subtotal 0 /7 (0) 0 /1 0 (0) 4 /9 (44,4) 4 /2 6 (15,4)

Total 2 3 /6 2 (37,0) 2 5 /9 0 (2 7 ,8 ) 19 /4 4 (43,2) 6 7 /1 9 6 (34,2)

* Cada “ pool” continha 10 conteúdos intestinais/espécie de triatomíneò.

T a b e l a 4 - P o s i t i v i d á d e d o s x e n o d i a g n ó s t i c o s p o r e s p é c i e d e t r i a t o m í n e o o b t i d a n o t o t a l d o s d o i s g r u p o s ( I e l I ) d e p a c i e n t e s c h a g á s i c o s c r ô n i c o s e e n t r e o s i n d i v í d u o s p o s i t i v o s p o r g r u p o s .

N.° de pacientes positivos/ % de positividáde na

/total de estudados amostra positiva

(% positivos) por grupo

E spécie de triatomíneo

Grupo I n = 45

Grupo II n = 59

Grupo I n = 18

Grupo II n = 25

P . m e g i s t u s 10 (2 2 ,2 ) 15 (2 5 ,4 ) 55,5 60,0

T. i n f e s t a n s 12 (2 6 ,7 ) 15 (25,4) 66,7 60,0

R . n e g l e c t u s 5 (1 1 ,1 ) N R 27,3 N R

D . m a x i m u s NR* 13 (22,0) N R 52,0

(5)

B m n f e n E , A J v a re n g a N J . O x e n o d ia g n ó s ti c o e o s c r ité r io s p a r a a v a l i a r o n i v e l d e p a r a s i t e m i a d o p a c i e n t e c h a g à s ic o c rô n ic o . M e v is ta d a S o c ie d a d e B r a s i le i r a d e M e d i c i n a T r o p ic a l 2 4 : 3 7 -4 2 , j a n - m a r , 1 9 9 1

T a b e l a 5C o n t r i b u i ç ã o d a x e n o c u l t u r a p a r a a p o s i t i v i d a d e d e “p o o l s " d o P. megistus ( P . m . ) , T. infestans ( T . i . )

e D . maximus ( D . m . ) n e g a t i v o s n o e x a m e a o m i c r o s c ó p i o d o s x e n o d i a g n ó s t i c o s d e s e i s p a c i e n t e s d o G r u p o I I .

Pacientes NHR JAF RTL EGB LFJ LPS

Espécie do triaiomíneo P. m T.i D. m P. 171 T.i D. m P. m T. i D. m P. m T. i D. m P. m T.i D. m P. m T.! D. m

N. total de "pools" examinados-

espécie de triaiomíneo 2 3 2 2 1

N: de “pools" positivos/espécie de triaiomíneo no exame ao microscópio 2! 2 (100%) 314 (75%) 212 (100%) 213 (66,7%) 113 (33,3%) 111 (100%) 212 (100%) 0/3 (0%) 313 (100%) Oß (0%) 1J4 (25,0%) m (100%) m (0%) m (33,3%) 0/2 (0%) 013 (0%) M (0%) 0/1 (0%)

total de “pools" positivos no exame ao microscópio

7/8 (87,5%) 4/7 (57,1%) 5/8 (62,5%) 3/9 (33,3%) 1/8 (12,5%) 0/7 (0%)

N. de "pools'" positivos/espécie de triaiomíneo após xenocultura

- 1/1 - 1/1 1/2 - - 1/3 - 0/3 1/3 - 0/3 0/2 1/2 0/3 1/3 o;i

N: total de "pools" positivos após

xenocultura m (100%) 6/7 (85,7%) 6/8 (75,0%) 4/9 (44,4%) Z' 8 (25,0%) 1/7 (14,3%)

N? total de “pools” positivos espécie de triaiomíneo

2/2 (100%)

4/4 (100%)

2 1 2

(100%) 3/3 (100%) 2/3 (66,7%) 1/1 (100%) 2/2 (100%) 1/3 (33,3%) 3/3 (100%) 0/3 (0%) 2/4 (50,0%) 2/2 (100%) 0/3 (0%) Í/3 (33,3%) 1/2 (50,0%) 0/3 (0% ) 1/3 (33.3%) 0/1 (0%)

influência é interpretada como susceptibilidades di­ ferentes interespécies ou individuais dentro de uma mesma espécie11.

A xenocultura, amplificando em meio LIT, as interações triatomíneo-T! c r u z i de baixa densidade de

flagelados negativos ao exame microscópico conven­ cional, mostrou também um outro aspecto a ser considerado na quantificação da parasitemia do pa­ ciente chagàsico crônico.

As Tabelas 3 e 5 mostraram como seis, dos 25 pacientes positivos do Grupo II, aumentaram suas positividades após a xenocultura. O paciente NHR, sem mais um “ pool” positivo, mostraria 87,5% de positividade (7tubos positivos em 8 examinados ao microscópio) (Tabela 5) e não 100% (8/8) (Tabela 3). O paciente JA F teria mostrado uma positividade de 57,1% (4/7) e não 85,7% (6/7); RTL, 62,5% (5/8); EGB, 33,3%; LFJ, 12,5% e o paciente LPS não teria sido parasitologicamente comprovado e sua positivi­ dade não teria sido 14,3% (1/7).

Os resultados do presente trabalho sugerem fortemente que se reavalie o conceito de “ quantifica­ ção de parasitemia do paciente chagàsico crônico” uma vez ter-se demonstrado que modificações na metodologia de exame do xenodiagnóstico alteram seus índices de positividade individual.

S U M M A R Y

X e n o d i a g n o s i s s e n s i b i l i t y a n d i t s r e l a t i o n t o C h a g a s ’ d i s e a s e c h r o n i c p h a s e p a r a s i t e m i a w a s v e r i f i e d i n 1 0 4 p a t i e n t s . T h e n y m p h s o f t h e t r i a t o m i n e s p e c i e s , s i ­ m u l t a n e o u s l y u t i l i z e d i n t h e x e n o d i a g n o s i s o f t h e s e p a t i e n t s , d i v i d e d i n t o t w o g r u p o s , w e r e e x a m i n e d i n d i f f e r e n t w a y s . T h e p o s i t i v i t y r a t e s a c h i e v e d i n t h e t w o g r o u p s ( 4 0 , 0 % a n d

4 2 , 4 % ) a n d t h e i n d i v i d u a l p o s i t i v i t y r a t e s s u g g e s t a r e a v a -l i a t i o n in w h a t i s c a -l -l e d “ q u a n t i f i c a t i o n o f t h e c h r o n i c c h a g a s i c p a t i e n t p a r a s i t e m i a ”, c o n s i d e r i n g t h e m e t h o d o ­ l o g y u s e d in t h e x e n o d i a g n o s i s e x a m i n a t i o n s .

Key-words: P a r a s i t e m i a . C h a g a s ’ d i s e a s e . C h r o n i c p h a s e . X e n o d i a g n o s i s .

R E F E R Ê N C IA S B IB LIO G R Á FIC A S

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Referências

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