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Ensaios terapêuticos no tracoma visando a campanha de tratamento em massa.

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Academic year: 2017

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E N SA IO S TERA PÊU TICO S N O T R A C O M A VISA N D O

A C A M PA N H A DE TRA TA M EN TO EM M A S S A *

A d o lfo P e r e ir a A r r u d a * * , R a y m u n d o N . A . N e v e s N e t t o * * * . l o s é R o d r ig u e s d a S i lv a * * * * e I v o F e r r e ir a * * * * *

Uma nova sulfam ida ãe elim inação prolongada, o Ro 4-4393, foi ensaiada na terapêu tica do trciccrna, em 350 escolares ãe zona endêm ica, em com paração ao vso tópico de an tibióticos. D iverso® esquem as de adm inistração foram adotados, desde 20 m g /k g a té 5 0 m g /k g , a in tervalos sem anais, quinzenais, m ensais e em dose única.

Os resultados obtidos com a m aioria dos esquem as foram equiparáveis àque­ les proporcionados pelo uso local ãe an tibióticos. O tem po de controle é ainda in suficiente para conclusões d efin itiva s, e sugere-se o estudo de novos esquemas posclógicos com c Ro 4-4393.

IN T R O D U Ç Ã O

C om o a d v e n to dos b acterio stático s e dos an tibióticos, novos h orizontes se ab riram n a lu ta c o n tra o traco m a. As sulfonam idas, e m p reg ad as a p a rtir de 1938, m o d ificaram d e m an e ira im pressio­ n an te o prognóstico d a doença. A expe­ riência n o rte -am e ric an a em p o p u lação es­ colar d e m o n stro u n o táv e l red u ção da incidência d o traco m a, após in stitu ição do tra ta m e n to p o r sulfas (F o rs te r e M c G ibony, 4 ) . O em p rêg o em te ra p ê u tic a de

antibióticos d e largo espectro, esp ecial­ m ente as tetraciclin as, veio a crescen tar novas esp eran ças ao tra ta m e n to do tr a ­ com a, pois seu uso tópico p are c ia ser m ais eficaz e m elh o r to le ra d o q u e a te ra p ê u tic a sulfam íd ica ( 1 0 ) . B ie tti e P a n n a ra le ( 2 ) o b tiv eram resu ltad o s fav o ráv eis com a penicilina G B e n z a tin a em doses de 2.000 e 2.500 u .p /k g . d e pêso corporal, em in je

ções quinzenais, n u m to ta l d e 5 a 7 ap li­ cações. C onseguiram o d esap arecim en to d as g ran u laçõ es co n ju n tiv ais em 6 7 % dos casos, b em com o a dim inuição considerá­ vel em 18% .

K a m iy a e colab o rad o res ( 7 ) observ a­ ram 70,83% d e cu ra clínica em casos inci pientes, com clorom icetina. M o u tin h o e co lab o rad o res ( 9 ) u tilizaram a aureom ici- n a em p o m ad a oftálm ica a 0,5% e 1,0% com resu ltad o s b em apreciáveis.

A terram ic in a m ostrou-se a ltam en te sa tisfa tó ria n a te ra p ê u tic a do tracom a, conform e experiências d e K a m iy a e cola­ b o rad o res ( 7 ) , c u jo p e rc e n tu a l d e cura atin g iu a cifra d e 60,71% .

N ão o b sta n te o êxito conseguido com os antibióticos, p rin cip alm en te cloranfe- nicol, te rra m ic in a e aureom icina, to rn a ­ ram -se c a d a vez m enos lisonjeiras as pos­ sibilidades do em prêgo com o m edicação sistem ática, em cam p an h as d e tra ta m e n to

* T r a b a l h o a p r e s e n t a d o n o V I C o n g r e s s o P a n - A m e r i c a n o í n t e r i m cie O f t a l m o l o g i a . R iu d o

J a n e i r o , 1*6 a 2 1 d e a g ô s t o d e 1*965. * * M é d i c o d o D . N . E . R u . , R e c i f e , P e r n a m b u c o . * * * M é d i c o d o D . N i E . R ú . , B e l é m , P a r á .

D i r c t o v d o I . N . E . R u . , R i o d e J a n e i r o , G B ., P r o f e s s o r C a t e d r á t i e o d a C l í n i c a d e D o e n ç a s * * * * * T ^ P ^ a i s e I n f c c t u o s a s d a F a c . M e d . d a U . F . R . J . e d a F a c . C i ê n c i a s M é d . d a U .E . G .

(2)

2 08 R ev - S o c . B r a s . M e d . T r o p . V o l. I — N? 4

em m assa, à m ed id a q u e fo ram sendo m e ­ lhor estudados seus efeitos colaterais. São bem conhecidos os perigos q u e oferecem os antibióticos d e largo espectro, q u an d o usados a longo prazo, n a ausên cia d e con­ tro le lab o rato rial.

A tu alm en te os antib ió tico s tê m a p referência com o tra ta m e n to tópico, em suspensão ou p o m ad a oftálm ica, conform e recom endações do grupo d e p erito s em traco m a d a O . M . S .

As novas sulfas d e elim inação len ta v ieram n o v am en te m odificar o p a n o ra m a tera p êu tico do traco m a, pois p e rm ite m a adoção d e esq u em as posológicos práticos, com ad m in istração a in terv alo s m ais lo n ­ gos, o que é b a sta n te a p ro p riad o p a ra c am p an h as d e tra ta m e n to em m assa.

O uso d e suifas v em já sendo a d o ­ ta d o no D . N . E . R u., em tra b a lh o s de cam po no traco m a, h á b a s ta n te tem p o F o ram já u sad as as sulfad iazin a e as asso­ ciações de 3 sulfas, em doses d iárias de 0,04 a 0,05 g /k g de pêso corporal, por períodos d e 20 dias, rep etid o s após 10 dias de descanso ( 3 )

T a is esquem as são co n tu d o im p ra ti­ cáveis em gran d es grupos d e população, so bretudo n a zona ru ral. M ais re c e n te ­ m en te (1 9 6 2 e 1 9 6 3 ), o D . N . E . R u . em pregou em P e rn am b u c o d u as d as c h a­ m ad as sulfas d e e ’im inação le n ta : sulfa- m etoxipiridazina e sulfam etoxipirim idina. A ssociadas à te ra p ê u tic a local com p o ­ m a d a d e tetraciclin a, p ro p o rcio n aram re ­ sultados b a sta n te satisfatórios, co n firm an ­ do p o rta n to o tra b a lh o p ioneiro d e B ietti e colaboradores ( 1 ) com a p rim eira, em a d m in istração a in terv alo s sem an ais e quinzenais.

O R o 4-4393, q u im io teráp ico d a série da sulfadiazina, rece n te m e n te sin tetizad o por F . H o ffm an n -L a R o ch e & Cie., p a ­ rece a p re se n ta r v a n tag en s especiais p a ra a tera p êu tica em m assa do traco m a, pois é caracterizad o por u m a elim in ação ex­ tre m am e n te lenta, p e rm an ecen d o no organism o em níveis tera p êu tico s por tem p o b a sta n te superior ao d as o u tras sulfas m odernas; seu p eríodo d e m eia- elim inação é de 100 a 200 horas, p o rta n to 3 a 6 vêzes m ais prolo n g ad o que o das o u tra s sulfas “re ta rd ” a té en tã o ensaiadas. P o r o u tro lado, sua absorção p elo o rg a­ nism o é ráp id a, slcan çan d o -se c o n c en tra ­ ções tera p êu tica s no p lasm a 2 a 4 horas

após a ad m in istra ç ã o d e dose o ral ade­ q uada.

O R o 4-4393 te m sido u sad o no tra ­ ta m e n to d e d iv ersas infecções sensíveis, a p re se n ta n d o especial in terêsse os ensaios conduzidos n a te ra p ê u tic a d a lepra, da blastom icose su l-am erican a e do tracom a; os estu d o s em lep ra e blastom icose de­ m o n strara m a to x icid ad e extrem am ente red u z id a do R o 4-4393, m esm o quando ad m in istra d o em tícse e le v a d a p o r longos períodos. D e n tre os ensaios no tracom a, p a rtic u la rm e n te im p o rta n tes p a ra nós, d estacam -se os tra b a lh o s d e T ittarelli

( 1 1 ) , G andolfi ( 5 ) , M ilan o ( 8 ) .

T itta re lli ( 1 1 ) tra to u 80 escolares p o rta d o res d e T r II , a d m in istra n d o o qui­ m io teráp ico em doses d e 20 m g /k g , um a vez p o r sem ana, a té a c u ra clínica. Aos 80 d ias d e tra ta m e n to , c êrca d e 5 0 % dos pa­ cien tes e sta v a m cu rad o s e, ao final de 4 m eses, to d o s os casos fo ram considerados curados, com d esap a re cim e n to com pleto

das p ap ilas e folículos.

G an d o lfi ( 5 ) observ o u 160, casos, di­ vidindo-os em dois gru p o s: u m tra ta d o ex­ clu siv am en te p o r doses sem an ais d e Ro 4-4393, o segundo p e la su lfa e aplicação local d e antibiótico. O tra ta m e n to foi m an­ tid o p o r 3 m eses e 2 m eses ap ó s o seu tér­ m ino os resu ltad o s m o strara m 82% de cu ra no p rim eiro g ru p o e 8 6 % no segundo.

M ila n o ( 8 ) a d m in istro u o R o 4-4393 a 48 escolares com tra c o m a no segundo es­ tád io ; 23 casos fo ram tra ta d o s com 20 mg kg d e pêso c a d a d ez d ias e os outros 25 p acien tes rec e b e ra m a m esm a dose a in­ te rv a lo s de doze dias, d u ra n te u m período de trê s m eses. T rê s m eses após o início d o tra ta m e n to , 17 p acien tes do prim eiro g rupo e 18 do segundo e sta v a m curados. Ao final do sexto m ês, as p ercen tag en s de c u ra fo ram d e 8 2 ,6 % e 8 4 % , respectiva­ m en te p a ra os dois grupos.

E m n en h u m dos ensaios acim a m en­ cionados foi o b se rv a d o q u a lq u e r efeito tó­ xico do novo m ed icam en to ou reação de h ipersensibilidade.

(3)

Julho - A g ô s t o , 1967 R ev - S o c . B r a s . M e d . T ro p . 269

de principal a escolha d e u m esq u em a te ra ­ pêutico sim ples, com doses red u zid as d o quim ioterápico, esq u em a ap lic áv e l às p re ­ cárias condições sa n itá rias d as zonas e n ­ dêm icas de tra c o m a do nosso país.

M A T E R IA L E M É T O D O S

A p esquisa foi le v a d a a efeito em populações escolares, n ão só p e la m aio r facilidade de controle, com o tam b é m p o r constituir a m o stra bem re p re se n ta tiv a da população. A escolha d e escolares é p a r­ ticularm en te a d e q u ad a ao estu d o do tr a ­ coma, doença d e foco fam iliar p o r exce­ lência, e q u e incide p red o m in a n te m e n te nos grupos etário s m ais jovens, o n d e se encontra largo p e rc e n tu a l d e form as evo­ lutivas ( T r I, I I e I I I ) .

Os ensaios foram realizad o s em 350 crianças, selecionadas n a c id ad e d e B elém (P a rá ) e nas localidades d e P a ra tib e , P aulista, São L o u ren ço d a M a ta , U sina T iúm a e T a q u a ritin g a do N o rte (zo n a rural de P e rn a m b u c o ). A seleção dos p a ­ cientes foi feita dc m odo a o b te r mos- tragem hom ogênea q u a n to ao estád io do tracom a, idade, condições econôm ica e social, focos fam iliares, infecções conco­ m itantes, etc. Os d o en tes foram divididos em 8 grupos, 6 dos q uais receb eram o R o 4-4393 segundo d iferen tes equem as, dois p erm an ecen d o com o grupos-contrôle, tratad o s com aplicações locais d e p o m ad a de antibiótico. O R o 4 -4393 foi ad m i­ nistrado p o r via oral, exceção feita a um dos grupos.

Se bem que o R o 4-4393 n ão p areça ap resen tar os in convenientes d e toxici­ dade dos prim eiros sulfam ídicos, evitou-se a sua a d m in istração a pessoas com com ­ p rom etim ento d eclarad o d a s funções re ­ nal ou h ep ática, assim com o a p acientes hipersensíveis a sulfas.

A posologia e esquem as d e ad m in is­ tração ad o tad o s estão reg istrad o s no Q uadro I.

O co n tro le de cura, feito se m p re que possível a in terv aio s m ensais, baseou-se em exam e com lâm p a d a d e fen d a p o rtá til (B ausch L o m b ) ou lu p a d e B erger, m a ­ terial sem iotécnico disponível nos se rv i­ ços; foi a d o ta d o em lin h as gerais o c ri­ tério d e c u ra p reco n izad o p ela com issão

de peritos d e tra c o m a d a O rganização M u n d ia l d e S aúde.

Os casos foram considerados com o: a ) In a lte ra d o s — q u an d o n ão h a ­ v ia q u a lq u e r sinal d e m elhora, ou q u a n d o tais sinais eram m uito

incipientes;

b ) P o u co m elhorados — ausência d e m odificações q u a n to à form a, e regressão q u a n to à in tensidade d a s lesões o b jetiv as, ta is com o fo- lículos e panos;

c ) M u ito m elh o rad o s — evolução d a form a inicial ( T r I e I I ) p a ra a fase d e cicatrização, eviden­ cian d o a p ro x im id ad e d a cu ra do processo;

d ) P a rc ia lm e n te cu rad o s — doentes que, a p e sa r d e te re m atingido o g rau IV , a p re se n ta m ain d a al­ guns elem en to s objetivos, tais com o p ap ü as, infiltração cornea- na, etc.;

e ) C urad o s — cicatrização to ta l ou regressão to ta l d as lesões o b jeti­ vas, sem

reliquat

cicatricial.

R E S U L T A D O S

Os resu lta d o s acham -se com putados nos Q uadros I I a X

(4)

2 10 R e v . S o c . B r a s . M e d . T r c v . V o l. I — N? 4

Quadro I

RO 4 -4 3 9 3 MO TRACOMA s ESQUEMAS TERAPÊUTICOS ( v i a o r a l )

GRUPO (MG/KG)DOSES ENTRE AS DOSESINTERVALO DURAÇÃO D0 TRATAMENTO NTJMER0 DE CASOS CONTROLADOS

A 20 7 d i a s 4 x 7 ’ d i a s 41

B 25 7 d i a s 4

x

7 d i a s 51

C * 20 7 d i a s 4 * 7 d i a s 37

D 25 15 d i a s 4

x

J5 d i a s 45

E 20 30 d i a s 3 x 30 d i a s 38

P 50 - d o s e ú n i c a 50

G pom ada de o x i t e t r a c i c l i n a ** 33

H pom ada de c l o r t e t r a c i c l i n a *♦ 55

* v i a i n t r a m u s c u l a r

* • 2 v ê z e s ao d i a , p o r 45 a 60 d i a s

N o Q u ad ro I I I estão referid o s os re ­ su ltad o s do tra ta m e n to d e 51 d o en tes (G ru p o B ) , tra ta d o s pelo R o 4-4393, m e­ d ian te uso oral d e doses ú n icas sem an ais d e 25 m g /k g d e pêso corporal, d u ra n te 4 sem anas. N o fim do tra ta m e n to , ap en as 5,9% d e p a c ie n te s ap resen taram -se m uito m elhorados, sem q u a lq u e r caso d e cu ra a registrar. Aos 30 dias após a conclusão do tra tam e n to , vam o s e n c o n trar 27 ,5 % d e d oentes m u ito m elh o rad o s e 7,8% de p acientes p a rc ialm en te curados.

A pós 60 dias, tiv e m o s u m au m en to dos casos p a rc ialm en te cu rad o s p a ra 2 3,5% , en q u an to que foram reg istrad o s os prim eiros resu ltad o s d e cu ra clínica, com u m p e rc e n tu a l de 2,0. C om o p ro s ­ seguim ento das inspeções subseq ü en tes fom os reg istrar aos 90 dias após a con­ clusão do tra ta m e n to , cêrca de 4 5 ,1 % de cura, restan d o ain d a 15,7% d e p acien tes em a d ia n tad o estad o d e cicatrização.

O Q uadro IV refere os resu ltad o s obtidos no G ru p o C. tra ta d o p o r via in­ tra m u sc u lar com doses d e 20 m g /k g da pêso p o r sem ana, d u ra n te 4 sem anas. Os p acien tes a p re se n ta v a m an te s do t r a t a ­ m en to tra c o m a g rau I I (3 9 c aso s) ou g rau I I I (1 5 caso s). U m m ês após o fim d a te ra p ê u tic a 2 casos e sta v a m já

350 c a s o s

co n sid erav elm en te m elhorados; o controle d e 2 m eses m o stro u 12 casos m elh o rad o s e 1 curado, e a av aliação no q u in to m ês após o tra ta m e n to classificou 15 casos com o cu rad o s (4 0 ,5 % ) e os re sta n te s 22

(5 9 ,5 % ) b a sta n te m elhorados.

O Q u ad ro V reg istra o resu lta d o ob­ tid o em 45 tracom & tosos tra ta d o s com o R o 4-4393, em doses de 25 m g /k g de pêso co rp o ral cad a 15 dias, d u ra n te 4 q u in zen as (G ru p o D ) . N o fim do 1? m ês de tra ta m e n to , tiv em o s a re g istra r a p e ­ n as 11,1% d e d o en tes pouco m elhorados, en q u an to que 8 8 ,9 % co n serv aram -se sem m odificação. N o fim do tra ta m e n to já se v erificaram 17,8% d e traco m ato so s bem m elhorados. Aos 30 d ias m ais, surg iram 6,7 % d e casos p a rc ia lm e n te cu rad o s e 3 1 ,1 % de m u ito m elhorados. N o final do p eríodo de observação, ou seja, 60 dias após a conclusão do tra ta m e n to , tivem os a re g istra r 3 1 ,1 % d e d o en tes cu rad o s cli­ n icam en te e m ais 28 ,9 % d e form as m u ito m elh o rad as.

(5)

íulho . A gôsto, 1967 R e v . S o c . B r a s . M e d . T ro p . 211

Q uadro I I

T r a ta m e n to do tra c o m a com o Ro 4 -4 3 9 3

*

G rupo A

P a c i e n t e s t r a t a d o s com 20 m g /k g em d o e e s sem an a i s d u r a n te 4 sem an as

p o r v i a o r a l

A sp ec to s C l í n i c o s

R e s u . t a d o s r e g i s t r a d o s A n te s do

t r a t a m e n t o

1 mês a p ó s o t r a t a m e n to

2 m eses a p ó s o tr a t a m e n to

5 m eses após o tr a ta m e n to

C aso s

%

C aso s

%

C asoe

%

C aso s *

T r I I 25 4 7 ,2 1 2 ,0 0 0 _

T r I I - I I I 0 - 29 5 8 ,0 27 6 0 ,0 0

-T r I I I 28 5 2 ,8 16 3 2 ,0 16 3 5 ,6 0

-T r I I I - I V 0 - 4 8 ,0 2 4 , 4 20 4 8 ,6

T r IV 0 - 0 - 0 - 21 5 1 ,4

T o ta l 53 100

%

50 100

$

45 í o o £ 41 100

%

Q uadro I I I

T ra ta m e n to do tra e o m a com o Ro 4 -4 3 9 3 « Grupo B

P a c ie n te s t r a t a d o s com 25 m g/kg em d o s e s s e m a n a is , d u r a n te 4 bem an as,

p o r v i a o r a l

A sp ecto s c l í n i c o s dos

R e s u l t a d o s r e g i s t r a i 0 s

No fim do

tr a ta m e n to 1 mês ap ó s o t r a ta m e n to o t r a t i2 mes< ss ap ó s unento

3 m eses após o tr a ta m e n to D oentes E xam inados

NO * 56 N*

%

%

Sem m o d ific a ç ã o 29 5 6 ,9 13 2 5 ,5 7 1 3 ,7 5 9 ,8

Pouco m e lh o ra d o s 19 3 7 ,2 20 3 9 ,2 21 4 1 ,2 15 2 9 ,4

M uito m e lh o ra d o s 3 5 ,9 14 2 7 ,5 10 1 9 ,6 8 1 5 ,7

P a rc ia lm e n te c u ra d o s Curados

0 •* 4 7 ,8 12 2 3 ,5 0 —

(6)

212 R ev - S o c . B r a s . M e d . T ro p . V o l. I — N*

Q uadro IV

T ra ta m e n to do tra c o m a com o Ho 4 -4 3 9 3

t

Grupo C

P a c ie n te s t r a t a d o s com 20 m g/kg em d o aa n se m a n a is d u r a n te 4 aem an aa, p o r v i a i n t r a m u s c u l a r

À sp e c to s c l í n i c o s

R e e u :L t a d 0 8 I e g i s t r a d o s

A n to s do

tr a tà r e e n to 1 m$s ap 6 s o tr a ta m e n to 2 m eses a p 6 s o o tr a ta m e n to

5 meeos ap<5s 0 tr a ta m e n to

C asos 2 C asos

$

C asos * C asos 2

T r I I 39 7 2 ,2 4 8 ,3 1 3 ,0 0

T r I I - I I I 0 - 37 7 7 ,0 19 5 7 ,5 0

-T r I I I 15 2 7 ,8 5 1 0 ,6 12 3 6 ,5 0

-T r I I I - I V 0 - 2 4 ,1 0 22 5 9 ,5

T r IV • - 0 - 1 3 ,0 15 4 0 ,5

T o ta l 54 100

%

40 100

$

33 100

%

37 100

i

Q uadro V

T ra ta m e n to do tra c o m a oom o Ro <£-4393 » Grupo D

P a c ie n te s t r a t a d o s com 25 m g/kg a i n t e r v a l o s q u i n z e n a i s , d u r a n te 4 q u in z e n a s

p o r v i a o r a l

A sp e c to s c l í n i c o s dos

D oentes ex am in ad o s

R e s u 1 t a d o s r e g i s t r a d o s

1® m8s de tr a ta m e n to

Fim do

t r a ta m e n to 1 mês ap ó s o tr a ta m e n to

2 m eses ap ó s o tr a ta m e n to

*£ N*

*

%

Sem m o d ific a ç ã o 40 8 8 ,9 25 5 5 ,5 13 2 8 ,9 4 8 ,9 Pouco m e lh o ra d o s 5 1 1 ,1 12 2 6 ,7 15 3 3 ,3 14 3 1 ,1

M uito m e lh o ra d o s 0 - 8 1 7 ,8 14 3 1 ,1 13 2 8 ,9

P a r c ia lm e n te c tira d o s 0 - 0 - 3 6 ,7 0

-C urados 0 - 0 - 0 - 14 3 1 ,1

(7)

J u lh o - A g ô s t o , 19G7 R e v . S o c . B r á s . M e d . T rop 213

Q u a d ro VI

T ra ta m e n to do tra c o m a com o Ro 4 -4 3 9 3 : G rupo E

P a c l e n t e a t r a t a d o s com 20 m g /k g em d o s e a m e n s a is d u r a n te 3 m e s e s , p o r v i a o r a l

A s p e c to s c l í n i c o s

R e s ix 1 t a d o s r e g i s t I a d o 8

A n te s do t r a t a m e n to

1 mês a p ó s o t r a t a m e n to

2 m eses a p ó s o tr a t a m e n to

5 m eses a p ó s o tr a ta m e n to

C asos

$

C aso s

$

C aso s

*

C aso s *

T r I I 39 7 3 ,6 2 4 ,2 1 2 ,9 0

-T r I I - I I I 0 - 14 2 9 ,1 16 3 8 ,2 0

-T r I I I 14 2 6 ,4 30 6 2 ,5 23 5 6 ,0 0

-T r I I I - I V 0 - 2 4 , 2 0 - 20 5 2 ,7

T r IV 0 - 0 - 1 2 ,9 18 4 7 ,3

T o t a l 53 100

%

48 100 £ 41 100 # 38 100 #

Q uadro V II

T ra ta m e n to do tra c o m a com o Ro 4 -4 3 9 3 t G rupo F P a c i e n t e s t r a t a d o s com 30 n ig /k g , em d o s e ú n i c a , p o r v i a o r a l

R e s u 1 t a d o s r 5 g i s t r a d o s

1 mês a p ó s a 2 m eses a p ó s 3 m eses a p ó s 4 m eses apóü m e d ic a ç ã o a m e d ic a ç ã o a m e d ic a ç ã o a m e d ic a ç ã o

No

£ Na

%

%

p

Sem m o d if ic a ç ã o 36 7 2 ,0 24 4 8 ,0 10 2 0 ,0 8 1 6 ,0

P o u co m e lh o ra d o s 11 2 2 ,0 19 3 8 ,0 20 4 0 ,0 20 4 0 ,0

l í u i t o m e lh o ra d o s 2 4 , 0 5 1 0 ,0 12 2 4 ,0 13 2 6 ,0

P a r c ia l m e n to c u r a d o s 0 - 0 - 3 6 ,0 0

-C u ra d o s 0 - 1 2 ,0 5 1 0 ,0 9 1 8 ,0

T o t a l 49* 9 8 ,0 49* 9 8 ,0 50 1 0 0 ,0 50 1 0 0 ,0

(8)

2 14 R e v . S o c . B r a s . M e d . T rop . V o l. I — N ° 4

Q uadro VI I I

T ra ta m e n to Ao tra c o m a com o x i t e t r a c i c l i n a : Grupo G

P a c lo n te s t r a t a d o s com pomada o f t á l m i c a c o m e r c ia l, d u as a p l i c a ç õ e s l o c a i s d i á r i a s d u r a n te 45 d i a s

R o e u 1 t a d 0 8 1 e g i s t r ei d o s A sp e o to s c l í n i c o s A n tes do

tr a ta m e n to

1 mês ap d s o tr a ta m e n to

2 meeos ap<5s o tr a ta m e n to

5 m eses ap ó s o tr a ta m e n to

- C asos C asos

*

C asos

f

C asos

Tr I I 26 4 9 ,0 0 — 0 0

-T r I I - I I I 0 - 12 2 4 ,0 3 7 ,3 0

-; T r I I I 27 5 1 ,0 33 6 6 ,0 31 7 5 ,6 0

-T r I I I - I V 0 - 5 1 0 ,0 2 4 ,9 16 4 8 ,5

T r IV 0 - 0 - 5 1 2 ,2 17 5 1 ,5

T o ta l 53 100

i

50 100 jJ 41 100

$

33 100

$

Quadro IX

T ra ta ia a n to do trac o m a com c l o r t e t r a c i c l i n a : Grupo H

P a c ie n te s t r a t a d o s com pomada o f tá lm ic a c o m e r c ia l, duas a p lic a ç õ e s lo o a i s d i á r i a s d u ra n te 60 d ia s

A sp ecto s c l í n i c o s dos d o e n te s exam inados

í e s u 1 t a d o s R e g i s t r a d o s l 9 m8s de

tra ta m e n to 2* mês de tra ta m e n to 1® m is ’ap<4s o tr a ta m e n to 2 m eses a p á s o tra ta m e n to

rr» /J N®

$

N*

i

$

Sem m o d ific a ç ã o 51 9 2 ,7 21 3 8 ,2 5 9 ,1 4 7 ,3

' Pouco m elhorados 3 5 ,5 23 4 1 ,8 22 4 0 ,0 23 4 1 ,8

Ih iito m elhorados 1 1 ,6 6 1 0 ,9 9 1 6 ,4 9 1 6 ,4

P a ro ia lm e n te cu ra d o s 0 - 5 9 .1 11 2 0 ,0 0 «*»

Curados 0

(9)

j u lh o - A g ô s t o , 1967 R e v . S o c . B r o s . M e d . T ro p . 215

Q uadro X

T ratam en to do tracom a com o Ro 4-4393 »

R o au ltad o s g e r a i s do ííltim o c o n tr f tla

G r u p o Seguim ento R 0

I n a lte r a d o s

u 1 t a d 0 M elhorados

s e m Curados

A (20 n g /k g /sem an a) 5 m eses _ 4 8 ,5 51 ,5

B (2<? a g /k g /se m a n a ) 3 m eses 3 9 ,2 15 ,7 4 5 ,1 C (2 0 m g /k g /s o n a n a )* 5 rneeos - 5 9 ,5 4 0 ,5

D (2 5 ra g /k g /q u in z e n a ) 2 nos es 4 0 ,0 2 8 ,9 31,1

E (2 0 m g/kg/m Ss) 5 n e se s - 5 2 ,7 4 7 ,3

F (50 m g/kg, 1 d o se) 4 m eses 5 6 ,0 2 6 ,0 18 ,0

G ( O x i t e t r a c i c l i n a ) 5 moses ■ — 4 8 ,5 51 ,5

H ( c l o r t e t r a c i c l i n a ) 2 m eses 4 9 ,1 1 6 ,4 34 ,5

* Ünico grupo tr a ta d o por v ia p a r e n to r a l (I.M .)

ap re se n ta v a m m elh o ra 1 m ês após o t r a ­ tam en to , o n d e se o b serv aram 2 casos b as­ ta n te m elhorados. N o co n tro le do segundo m ês, h a v ia 1 caso c u ra d o e, 5 m eses após o fim d a tera p êu tica , 18 casos ( 4 7 ,3 % ) e sta v a m c u rad o s e 20 (5 2 ,7 % ) m e lh o ra ­ dos.

Q u ad ro V I I : P a c ie n tes tra ta d o s corr R o 4-4393, com u m a única dose de 50 m g /k g d e pêso corp o ral (G ru p o F ) . N a d a h o u v e a reg istra r d e cu ra clínica 30 d ias após a m edicação. A os 60 dias após a m ed icação tiv em o s 2 ,0 % de cura clínica e 10,0% d e p acien tes m u ito m e­ lhorados. T rê s m eses após, en co n tram o s

10,0% d e c u ra e 2 4 ,0 % de casos m u ito m elhorados, além d e 6 ,0 % d e fo rm as p a r­ c ia lm e n te cu rad as. N o fin al d a o b s e rv a ­ ção, ou se ja 4 m eses após, tiv em o s 18,0% d e p a c ie n te s clin icam en te curados.

Os Q u ad ro s V I I I e I X contêm os resu ltad o s o b tid o s nos G ru p o s G e H , t r a ­ ta d o s p o r p o m ad a o ftálm ica d e oxitetra- ciclina e clo rtetraciclin a, resp e c tiv a m e n te, p a ra efeito d e co m p aração com a te ra p ê u ­ tic a p elo R o 4-4393. A p o m a d a d e oxite- traciclin a foi a d m in istra d a d u ra n te 45 dias, em d u a s aplicações locais d iárias (G ru ­ p o G ) , e p ro p o rcio n o u os seguintes resu l­ ta d o s: 5 casos b a s ta n te m elh o rad o s 1 m ês apóa o tra ta m e n to ; 5 casos curados

e 2 m elh o rad o s no segundo controle (2 m e se s); 17 casos cu rad o s ( 5 1 ,5 % ) e 16 m elh o rad o s (4 8 ,5 % ) ao fim de 5 m eses após o tra ta m e n to . A p o m ad a de clo rtetraciclin a foi u sa d a no G ru p o H , em d u a s aplicações d iárias d u ra n te 2 m e­ ses. C om 1 m ês d e tra ta m e n to tivem os a p en as 1,8% d e casos m u ito m elhorados. N o

m ês d e tra ta m e n to passam os a ter 9 ,1 % d e casos p a rc ialm en te cu rad o s. T rin ta d ias após a conclusão do tra ta ­ m en to reg istram o s 14,5% d e p acientes curad o s e m ais 20 ,0 % p arcialm en te c u ra ­ dos. N o final d a observação, ou seja 2 m eses após a conclusão do tra tam e n to , tiv em o s a p resen ça d e 3 4 ,5 % de doen­ te s cu rad o s e 18,0% b em m elhorados.

F in a lm en te , no Q u ad ro X estão reu ­ nidos em c o n ju n to os resu ltad o s d e todos os g rupos tra tad o s, ta n to p elo R o 4-4393 nos d iversos esq u em as com o pelas po­ m ad a s d e antibióticos, d e acôrdo com o ú ltim o co n tro le efetuado. P od em o s veri­ ficar q u e os índices d e c u ra p a ra o R o

4-4393 são pelo m enos sem elh an tes à q u e ­ les p ro p o rcio n ad o s pelo tra ta m e n to local com o x itetraciclin a e clortetraciclina.

(10)

2 16 R e v . S o c . B r a s . M e d . T ro p . V o l. I — N ? 4

n a q u e le s p a c ie n te s q u e re c e b e ra m d o se d e 50 m g /k g d e pêso.

DIS C U S S Ã O E C O N C L U S Õ E S

O uso d as sulfas de ação p ro ­ longada p a re c e o ferecer v a n ta g e m sôbre o em prêgo d e antib ió tico s sistêm icos ou locais. S ôbre os prim eiros, te m a v an tag em d a m enor to x icid ad e e m en o r in te rfe rê n ­ cia com a flora n o rm al d o organism o; q u a n to às p o m ad a s e suspensões oculares d e antibióticos, seu uso n a p rá tic a nem sem pre é o b serv ad o com rigor, especial­ m en te no q u e se refere às c a m p a n h a s de tra ta m e n to em m assa do traco m a.

N ossa ex p erim en tação com o R o 4-4393, d e ação “u ltra p ro lo n g ad a ”, veio com p ro v ar os tra b a lh o s d e o u tro s au to res com o m esm o q uim ioterápico, d em o n s­ tra n d o ser o p ro d u to u m recurso eficaz, d e toxicidade p rà tic a m e n te n ula, e b a s­ ta n te p rático p a ra tra b a lh o d e cam po em zonas d e baixo índice d e ed u cação sanitária.

Os índices d e c u ra q u e obtivem os, ta n to p a ra o R o 4-4393 com o p a ra o t r a ­ ta m e n to p a d rã o com p o m ad a d e a n tib ió ­ tico, foram inferiores aos re la ta d o s n a

literatu ra. H á que co n siderar, contudo, os seguintes fato s: a ) o te m p o d e controle é ain d a insuficiente p a ra av aliação final pois, no consenso geral do s estudiosos, os m elhores índices são ob serv ad o s a p a r t i ; do sexto m ês após o térm in o d o tr a ta ­ m ento; b ) n o caso do R o 4-4393, fize­ m os uso d e posologia e tem p o d e ad m i­ n istração inferiores aos ad o tad o s p o r ou­ tro s autores. N ovos esq u em as estão já p rogram ad o s pelo I . N . E . R u . , com doses m ais elev ad as e tra ta m e n to m ais p ro lo n ­ gado; c ) q u a n to aos grupos tra ta d o s poc antibióticos, é v á lid a ta m b é m a p rim e ira consideração feita acim a. A lém disso, é possível que nossas recom en d açõ es p a ra aplicação d a p o m ad a d u a s vêzes ao dia, p o r período in in terru p to d e 45 a 60 dias, não te n h a m sido seguidas à risca p o r todos 09 pacientes; consideram os êsse fato com o deficiência p ró p ria ao m éto d o te ­ rapêutico, no que se refere ao tra ta m e n to em m assa, sendo p o rta n to m ais u m argu­ m en to em fav o r do uso sistêm ico d e sulfas m odernas; d ) h á fato res im po n d eráv eis que p odem in flu ir nos resu ltad o s d a te r a ­

p ê u tic a do tra c o m a : raç a do vírus, estad o im u n itário , re a tiv id a d e co n stitu cio n al e o u tro s fatô res a m b ie n ta is.

C onvém sa lie n ta r q u e o uso d e d o sei b aixas de R o 4-4393, e p eríodos r e la ti­ v a m e n te cu rto s d e tra ta m e n to , ad o tad o s n a m aio ria d o s nossos esq u em as (e m con­ trap o sição aos tra b a lh o s d e o u tro s p esq u i­ sa d o re s) foi b asead o no fato d e ser o R o 4-4393 a su lfam id a d e elim in ação m ais p ro lo n g ad a q u e conhecem os. P o rta n to , se o u tra s sulfam idas, c u ja ad m in istra ç ã o é h a b itu a lm e n te feita a in terv alo s d e 24 h o ­ ras e em doses d u a s vêzes su p erio res às d o R o 4-4393, fo ram eficazes no tra c o m a e m ad m in istra ç ã o sem anal, justifica-se p len a m en te o uso d e doses red u z id as do nôvo quim ioterápico, a in terv alo s su p e­ riores a u m a sem ana. É possível q u e e n ­ saios p o sterio res v e n h a m d e m o n stra r a p o ssibilidade d e te ra p ê u tic a eficaz c o n 2 ou 3 doses a d e q u ad a s d e R o 4-4393, a d m in istra d a s a in terv alo s m ensais; não fica ta m b é m a fa sta d a a h ip ó tese d e o b ­ term o s índices d e c u ra ap reciáv eis após u m a ú n ica dose, m ais elev ad a, do quim io­ terá p ic o em q u estão .

C oncluindo, a cred itam o s te r dem o n s­ tra d o os seguintes fato s:

1 — O R o 4-4393, ad m in istra d o em doses d e 20 m g /k g de pêso, a in terv alo s sem anais, d u ra n te 4 sem anas, é pelo m enos tã o eficaz q u a n to a ap licação tó p ic a d iária d e tetrac iclin as p o r p eríodos de 45 a 60 dias, n as condições do p re se n te ensaio.

2 — O R o 4-4393 re p re se n ta recurso d e g ran d e u tilid a d e n as ca m ­ p a n h a s d e tra ta m e n to em m assa d o traco m a, g raças à su a b aix a to x icid ad e o facilid ad e d e ad m i­ n istraç ã o (v ia oral, in terv alo s sem an ais o u m a io re s).

3 — N ã o nos é possível in d icar o índice d e c u ra m áx im o o btido com o R o 4-4393 o u com os a n ti­

bióticos, em v ista do te m p o ain d a red u zid o d e controle.

4 — Os d ad o s a té ag o ra o btidos su­ gerem a ex ten são do p ro g ra m a de e stu d o s com o R o 4-4393 n a te ra p ê u tic a do traco m a, u tiliz a n ­

(11)

J u lh o - A g ô s t o , 19 6 7 R e v . S o c . B r a s . M e d . T ro p . 217

SUMMARY

A new long-acting sulfam ide, Ro 4-4393, has been assayed in th e tre a tm e n t of 350 trachom citous chilãren frorn endem ic areas, in com parison to th e local use of a n tibiotic o in tm en ts. D ifferen t schem es of adm in istration w ere adopted, posology ranging betw een 20 to 50 m g /k g body w eigh t, in weekly, fo rtn ig h tly and m o n th ly in tervals, an d as a single dose. The results óbtained w ith m ost of the th erapeu tic schedules w ere a t leasi com parable to those given by topical an ti-biotics. The period of control is still too sh ort for d efin ite conclusions, and the

authors suggest th e stu d y of new groups trea ted w ith Ro 4-4393.

B I B L I O G R A F I A

1 . B I E T T I G . & L A N Z I E R I , M .: — R e v . I n t . T r a c h . 3 4 : 2 7 0 , 1 9 5 7 .

2 . B I E T T I , G . & P A N N A R A L E , M .: — R e v . I n t . T r a c h . 3 2 ; 3 5 4 , 1 9 5 5 .

3 . C O M B A T E À S E N D E M I A S R U R A I S N O B R A S I L — R e l a t ó r i o s d o s g r u p o s d e t r a b a lh o , R io — G b . , 1 9 6 0 .

4 . F O R S T E R , W .G . & M c G I B O N Y , J . R . — A m . J . O p h t h . 2 7 : 1 1 0 7 , 1 9 4 4 .

5 . G A N D O L F I , A . : — B o l l . O c u l. 4 3 : 4 9 3 , 1 9 6 4 .

6 . I . N . E . R u . — S u g e s t õ e s p a r a e n s a i o t e ­ r a p ê u t i c o a o t r a c o m a c o m a s u lf a o r t o -d i m e t o x i n a ( R o 4 - 4 3 9 3 )

7 . K A M I Y A & C O L S . — A m . J . O p h t h . 4 2 : 2 6 9 , 1 9 5 6 .

8 , M I L A N O , C .. — B o l l . O c u l. 4 3 : 4 9 9 , 1 9 6 4 .

9 . M O U T I N H O , J . — R e v . I n t . T r a c h . 26: 2 2 3 , 1 9 4 9 .

1 0 . T H Y G E S O N , P . : — in R iv e r s , T . M . “ V ir a l a n d R i c k e t t s i a l I n f e c t i o n s o f M a n ” , L i p p i n c o t t , 1 9 5 2 .

(12)

218 R e v . S o c . B r a s . M e d . T rop . V o l. I - N M

V I I I C O N G R E S S O I N T E R N A C I O N A L D E M E D I C I N A T R O P I C A L E M A L Á R IA

S e r á r e a liz a d o d e 7 a 15 d e s e t e m b r o d e 1 9 6 8 e m T e h e r a n ( I r a n ) o V I I I C o n g r e s s o I n t e r n a c i o n a l d e M e d ic in a T r o p i c a l e M a ­ l á r i a q u e c o n t a r á c o m o s e g u i n t e C o m it ê E x e c u t iv o I n t e r n a c i o n a l :

P r e s i d e n t e :

J . H . S a l e n ( I r a n ) V i c e - P r e s i d e n t e s :

D iv is ã o A : M e d ic in a T r o p ic a l — B . G . M a e g r a i t h ( U . K . )

D iv is ã o B : M a lá r ia — A . G a b a l d o n ( V e ­ n e z u e l a )

S e c r e t á r io :

M . K . A f r id i ( P a q u i s t ã o ) T e s o u r e i r o :

J . C . E d o z ie n ( N i g é r i a ) M e m b r o s :

J . R o d r ig u e s d a S i l v a ( B r a s i l ) D . J . D a v i s ( U . S . A . )

S e c r e t á r io G e r a l : M . H . M o f id i E n d e r ê ç o :

P . O . B o x 1 3 1 0 T e h e r a n — I r a n

N . B . — I n s c r i ç õ e s p a r a t e m a s liv r e s a t é 31 d e m a i o d e 1 9 6 8 .

C O L É G IO I N T E R N A C I O N A L D E M E D I C I N A T R O P I C A L

O P r o f e s s o r T . A . L a m b o ( I b a d a n ) f o i e l e i t o P r e s i d e n t e d o “ I n t e r n a t i o n a l C o lle -g e o f T r o p ic a l M e d i c i n e ” , e o s P r o f e s s o r e s R . N . C h a u d h u r i ( C a l c u t á ) e H a r r y M o s t ( N o v a I o r q u e ) s ã o v i c e - p r e s i d e n t e s p a r a 1 9 6 7 . O s o u t r o s m e m b r o s d o C o n s e lh o p a ­ r a 1967 s ã o : P r o f s . R . H . B l a c k ( S y d n e y , A u s t r á l i a ) , A . B o n e b a k k e r ( H o l a n t í a ) , L u -d o l f F i s c h e r ( T u b i n g e n ) , T . H a r i n a s u t a ( B a n g k o k ) , B . H . K e a n ( C o r n e l l ) , O . K r a n e n d o n k ( A m s t e r d a m ) , P . E . C . M a n s o n B a h r ( T u l a n e ) , B . C . M a e g r a i t h ( L iv e r p o o l ) , G . L . M o n e k o s s o / L a g o s ) , M . S e n -k a lé ( D a -k a r ) , A . W . W o o d r u f f ( L o n d r e s ) , e D r s . A . G a b a l d o n ( C a r a c a s ) , J . W . K i -b u k a m u s c o k e ( U g a n d a ) , G . A . M y e r s ( P r o v o s t I . C . T . M . ) , H . P . O j ia m b o ( K e -n y a ) e M . V . S h e e h a -n ( D r o g h e d a , I r ­ l a n d a ) .

O C o n s e lh o d e c id iu p r o m o v e r o p r im e ir o C o n g r e s s o I n t e r n a c i o n a l d o C o lé g io n o f i m d e 1 9 6 7 . O s d e t a l h e s d o r e f e r i d o c o n g r e s ­

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