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Revista
Brasileira
de
CIÊNCIAS
DO
ESPORTE
ARTIGO
ORIGINAL
Barreiras
que
influenciaram
a
não
adoc
¸ão
de
atividade
física
por
longevas
Marize
Amorim
Lopes
a,∗,
Rodrigo
de
Rosso
Krug
b,
Albertina
Bonetti
ae
Giovana
Zarpellon
Mazo
caDepartamentodeEducac¸ãoFísica,CentrodeDesportos,UniversidadeFederaldeSantaCatarina,Florianópolis,SC,Brasil
bProgramadePós-Graduac¸ãoemCiênciasMédicas,CentrodeCiênciasdaSaúde,UniversidadeFederaldeSantaCatarina,
Florianópolis,SC,Brasil
cDepartamentodeEducac¸ãoFísica,CentrodeCiênciasdaSaúdeedoEsporte,UniversidadedoEstadodeSantaCatarina,
Florianópolis,SC,Brasil
Recebidoem10deoutubrode2012;aceitoem8demarçode2013 DisponívelnaInternetem14denovembrode2015
PALAVRAS-CHAVE Barreiras;
Atividademotora; Envelhecimento humano;
Idososcom80anos oumais
Resumo Objetivou-seidentificarasbarreirasqueinfluenciamasidosaslongevasanão adota-remapráticadeatividadefísica.Estapesquisadescritivaexploratóriaenvolveu69mulheres longevas,com80anosoumais,participantesdegruposdeconvivênciadeFlorianópolis(SC), distribuídasemcincogruposfocaisativos(n=39)ecincogruposinativosfisicamente(n=30). Osdadosforaminterpretadospelaanálisedeconteúdotemática.Osresultadosapontampara osmotivos,como:ficarviúva,influênciadomeioambiente,papelfamiliar,limitac¸ãofísicapor doenc¸aeamaneiradeserdapessoaidosa.Aslongevasativassalientamaindaqueaforma negativa deenvelhecerpropicia poucasatividades.Assim,observa-sequeesforc¸os ocorram paraquesejamimplantadosprogramasdeexercíciosfísicosparaidosaslongevasdoscentros deconvivênciaparaidososdeFlorianópolis(SC),tantonosgruposcomoemsuasresidências, parapromoverumestilodevidamaisativo.
©2015ColégioBrasileirodeCiênciasdoEsporte.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Todosos direitosreservados.
KEYWORDS Barriers; Motoractivity; Humanaging; Elderlywith80years orolder
Barriers thatinfluence the non-adoptionof physicalactivity practice by oldest old people
Abstract Theaimofthestudywastoidentifythebarriersthatinfluenceoldestoldpeople nottoadoptthepracticeofphysicalactivity.Thisdescriptiveexploratoryresearchinvolved69 olderwomenfromsocialgroupsofFlorianópolis/SC,whichweredistributedinfivefocusgroups
∗Autorparacorrespondência.
E-mail:marize.amorim@ufsc.br(M.A.Lopes).
http://dx.doi.org/10.1016/j.rbce.2015.10.011
active(n=39)andfiveinactive(n=30)focusgroups.Theresultspointtoreasonssuchasbeing widowed,environmentalinfluences,familyrole,physicallimitationsduetoillnessandtheway ofbeingoftheelderly.Theoldestoldactiveenduringstressthatthenegativeagingfosters the realizationoffewactivities.Thus, itisobservedthatefforts occur tobeimplemented exerciseprogramsforolderenduringcommunitycentersfor theelderlyinFlorianópolis/SC, bothingroupsandintheirhomes,topromoteamoreactivelifestyle.
©2015ColégioBrasileirodeCiênciasdoEsporte.PublishedbyElsevierEditoraLtda.Allrights reserved.
PALABRASCLAVE
Barreras;
Actividadmotora; Envejecimiento humano;
Personaslongevasde 80a˜nosomayores
Barrerasqueinfluyenenelhechodequenoseadoptelaprácticadeactividadfísica porpartedepersonaslongevas
Resumen Elobjetivodeesteestudioeraidentificarlasbarrerasqueinfluyenenlaspersonas longevasparaquenoadoptenlaprácticadeactividadfísica.Esteestudioexploratorio descrip-tivoincluyóa69mujereslongevas,con80a˜nosomayores,queparticipabanengrupossociales deFlorianópolis/SC,distribuidasencincogruposfocalesactivos(n = 39)ycincofísicamente inactivos(n = 30).Losdatosseinterpretaronmedianteanálisisdecontenidotemático.Los resultadosapuntanamotivoscomoelhechodeserviudas,lasinfluenciasdelentorno,elpapel familiar, laslimitacionesfísicasdebidoala enfermedadyla maneradeserdelaspersonas mayores. Las longevasactivasa˜nadentambiénque elaspecto negativodelenvejecimiento contribuye aquelleven acabopocas actividadesdiarias. Así, seobservaque losesfuerzos debendirigirseaimplementarprogramasdeejercicioparalosmayoresenloscentros comu-nitariospermanentesparalaterceraedadenFlorianópolis/SC,tantoengruposcomo ensus hogares,parapromoverunestilodevidamásactivo.
©2015ColégioBrasileirodeCiênciasdoEsporte.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Todoslos derechosreservados.
Introduc
¸ão
A expectativa de vida vem aumentando e ocasiona uma transformac¸ãodoenvelhecimentopopulacionalmundial.A populac¸ão com 80 anos ou mais, ‘‘idosos longevos’’, é a quemaisvemcrescendonomundo.Existem cercadetrês milhõesdepessoaslongevasnoBrasileem SantaCatarina (SC)80.737,maisdesetemilemFlorianópolis(IBGE,2010). Essa transformac¸ão do envelhecimento populacional mundial traz consequências profundas no aspecto psi-cossocial, espiritual, cultural e político-econômico da humanidade, representa para as sociedades o desafio de aumentar asoportunidades paraas pessoas longevas com o intuito de maximizar suas capacidades participativas (Chodzko-Zajkoetal.,2009).
Comoavanc¸odaidadeaspessoaslongevasapresentam perdasprogressivasnosaspectosbiopsicossociais,taiscomo aperdadas aptidões funcionaisdoorganismo, diminuic¸ão dascapacidadesfísicasedeníveissociais,queinfluenciam na diminuic¸ão dapráticadeatividades físicas(AF).A ina-tividade física age como acelerador do declínio humano, ocasiona maior incapacidade funcional, perda de quali-dade devida,aumentodonúmerodedoenc¸as, obesidade emortalidade,entreoutrasconsequências(Chodzko-Zajko etal.,2009; Hirvensaloe Lintunen,2011;VonBonsdorffe Rantanen,2011).
Ainatividadefísicaatingeapopulac¸ãoidosabrasileira. Esse grupo etário tem o menor nível de atividade física
se comparado a outros (Brasil, 2011). Em Florianópolis (SC), a inatividade física também é evidente, pois estu-dos epidemiológicos constaram que 74,3% dos idosos não faziamAFnotempodelazer(Benedettietal.,2004)eque 42,1%dosidosossãoinativosfisicamente(Courseuiletal., 2011).
Diantedainatividadefísicaesuasconsequências,alguns estudossobreasbarreiraseosfacilitadoresparaaprática deAFregularesforamfeitos,porém comadolescentes(14 a17anos)(Santosetal.,2010;Santosetal.,2009),adultos (18a59anos)(Pinheiroetal.,2010)eidososmaisjovens(60 a79anos)(Cassouetal.,2011;Gobbietal.,2008).Assim, observa-seacarênciadeestudosvoltadosparaatemática dasbarreirasque influenciama nãoadoc¸ãodapráticade AFpelapopulac¸ãodeidososlongevos,vistoqueesses estu-dosforam feitos com idososjovens e, geralmente, ativos fisicamente.
com o seu calendário etário (Hirvensalo e Lintunen, 2011).
Dessemodo,compreendereconhecerosfatores/motivos queimpedemosidososlongevosdepraticarem AFé rele-vante,devido à carência de estudos com essa populac¸ão etemáticaeparaestimularpropostasdeintervenc¸õespor meiodepráticasregularesdeAFvoltadasparaapromoc¸ão doenvelhecimentoativo(OMS,2005),direcionadasparaas necessidades e condic¸ões desses idosos, apesar da idade avanc¸ada. Assim,este estudotevecomoobjetivo identifi-caras barreirasque influenciam asidosaslongevas a não adotaremapráticadeAF.
Materiais
e
métodos
Esta pesquisa qualiquantitativa descritivaexploratória foi aprovadanoComitêdeÉticaEnvolvendoSeresHumanosda UniversidadedoEstadodeSantaCatarina(Udesc)ecumpriu todososprincípioséticosdaResoluc¸ão196/96doConselho NacionaldeSaúde.
Aescolhadosparticipantesdoestudoocorreudeforma intencional com os seguintes critérios de inclusão: ser mulher,ter80oumaisanos,participardosgrupos de con-vivênciaparaidososdeFlorianópolis(SC),teravaliac¸ãodo níveldeAF(ativoeinativofisicamente)eaceitarparticipar dapesquisa. Aescolha pelosexo femininona pesquisa se deupelamaiorquantidadedemulheresquefrequentamos gruposdeconvivênciaparaidososnomunicípio.
Para definic¸ão do nível de AF das idosas foi aplicado o Questionário Internacional de AF (IPAQ), forma longa, semana normal,adaptado para idosos(Mazo e Benedetti, 2010).Osgruposfocaisforamconstituídospelasidosasque aceitaramparticiparvoluntariamentedosencontros.Asdo GrupoFocalAtivo(GFA)apresentaram150minutossemanais deAFnodomínioquatrodoIPAQ(AF,recreac¸ãoelazer)e participaramdeprogramasdeAFregulares.JáasdoGrupo FocalInativo(GFI)obtiveramapontuac¸ãozeronasomados quatrosdomíniosdoIPAQ.
Assim,participaramdoestudo69mulhereslongevasde 10 grupos focais, 39 de cinco GFA (média de idade de 82,51±2,90 anos) e 30 de cinco GFI (86,07±4,70 anos). Essesgruposfocaisabrangeramtodasasregiões sanitárias deFlorianópolis (Sul,Leste, Norte,Centro e Continente), conformeatabela1.
Osinstrumentos usados para acoleta dedados foram: ficha diagnóstica com questões sobre as características
sociodemográficasecondic¸õesdesaúdedasidosas,oIPAQ paraverificaroníveldeAFeatécnicadegrupofocal(GF) paraevidenciarasbarreirasparaapráticadeAFpercebidas pelasidosaslongevas.
A coleta de dados iniciou com o acesso ao cadastro dosgruposdeconvivênciaparaidosos(enderec¸oecontato dos coordenadores) fornecidos pela Prefeitura Municipal deFlorianópolis.Posteriormente,foi feitocontatocomos coordenadores,paraesclarecê-lossobreapesquisaeo agen-damentodavisita.Aetapa seguintefoiconvidar osidosos longevos e esclarecer os objetivos da pesquisa. Todos os participantesassinaramoTermodeConsentimentoLivree Esclarecido.Após,foiaplicada,em formadeentrevista,a fichadiagnósticaeoIPAQ,cujosresultadosserviramcomo critériosdedefinic¸ãodosparticipantesdoestudo.
As participantes selecionadas foram contatas por tele-fone, convidadaspara participardo estudoe esclarecidas sobreatécnicadeGF.Após,forammarcadosdata,horário elocalparaosencontrosdeacordocomaproximidadede moradia das pessoas longevas. Foi feita uma capacitac¸ão com os pesquisadores sobre a aplicac¸ão da técnica de GF.
Para a análise dos dados transcreveu-se o áudio das entrevistas,queposteriormenteforaminseridasnosoftware ATLASeforaminterpretadaspelaanálisedeconteúdo temá-tica,oquepermitiucodificarasunidadesdesignificadosdas falastranscritas,agrupadasemcategoriase subcategorias deanálise(fig.1).
Resultados
e
discussão
Observa-se,nafigura1,quedosdepoimentosdasidosas lon-gevas (GFA,Grupo Focal Ativo; GFI, Grupo Focal Inativo) surgiramcincocategoriasdeanálisesobreasbarreiraspara aadoc¸ãoàpráticadaAF.Ascategoriasforamasmesmaspara ambososgruposdeidosas,apenasasidosasativas destaca-ramumasubcategoria,‘‘atitudespositivasperanteaprática de AF’’,apartir dacategoria ‘‘maneira deser dapessoa longeva’’. As categorias e subcategoria serão descritas e discutidasabaixo.
Relac¸ãonegativacomapráticadeAF
OdesinteressepelaAFfoiumadasbarreirasbem significa-tivasdestacadasnosgruposfocais:‘‘[...]têmpessoas que
Tabela1 Composic¸ãodosparticipantesdoestudo
Região N◦
deGC
N◦delongevos
cadastrados
N◦delongevos
entrevistados
N◦de
longevasinativas fisicamente
N◦delongevas
ativas fisicamente
N◦delongevasque
participaramdosgruposfocais
M F GFI GFA
Centro 31 168 6 96 52 50 6 9
Leste 9 45 5 32 12 25 4 7
Sul 18 86 8 60 41 27 6 9
Norte 16 75 5 51 24 32 8 7
Cont. 28 119 4 84 44 44 6 7
Total 102 493 28 323 173 178 30 39
Cont.,continente;GC,GrupodeConvivênciaparaidosos;N◦,número;M,masculino;F,feminino;GFA,Grupofocalativo;GFI,Grupo
Barreiras que influenciam a não adoção a prática de AF
GFA
Relação negativa com a prática
de AF (48)
GFI
Relação negativa com a prática
de AF (58)
Limitação físicas por doença
(22)
Limitação físicas por doença
(34)
Maneira de ser da pessoa longeva (26)
Maneira de ser da pessoa longeva (24)
Papel familiar (11)
Papel familiar (14)
Influência do meio ambiente
(14)
Influência do meio ambiente
(9) Atitudes positivas
perante a prática de AF
(17)
Figura1 Barreirasqueinfluenciamanãoadoc¸ãoapráticadeAFdasidosaslongevasativaseinativasfisicamente. GFA,GrupoFocalAtivo;GFI,GrupoFocalInativo.
ignoramaexistênciadessasatividades[...]nãose interes-sam,vãovernovela[...]outrastêmreceiodeousaresair darotina[...] têmmedodefazerginástica [...]’’(GFA3). Éimportantedestacarqueodesconhecimentodas ativida-despodecontribuirparaessaacomodac¸ãoeatémesmose acharemincapazesdefazê-las.
SegundorelatóriodoVigitelde2010,somente17,3%da populac¸ãobrasileiracom65anosoumaispraticaAFnolazer (Brasil,2011).Essefatopodeestarrelacionadocomo desco-nhecimentodosbenefíciosdaAFeomedododesconhecido, como enfatizaram aslongevas. A nãoadoc¸ão àsAF é um fatoconstatadocomoavanc¸ardaidade.Existe,portanto, aprobabilidadedeaspessoaslongevasseremmenosativas (HirvensaloeLintunen,2011).
Outro aspectopara nãoadoc¸ão é o nãogostar de pra-ticar AF. Quando não se tem prazer e interesse pela AF, essa influenciarádiretamente na participac¸ão. Possibilitar atividades que satisfac¸am o interesse da pessoa longeva favorecerádiretamenteoquererparticipar:‘‘[...]tem pes-soasquenãogostamdecaminhar,gostamdeficaremcasa. Euachoqueissovaidecadaum’’(GFA2);‘‘[...]nãogosto defazerAF’’(GFI6).Fazeratividadesprazerosasequelhes deem satisfac¸ãodeve serincentivado, poiscontribui para um envelhecimento saudável. Na percepc¸ão das longevas inativas,comoavanc¸ardaidadesuasatividadesvãose limi-tando:‘‘[...]comidadeéassim,atéos87anoseuandava perfeitamentesozinha,iaaobanco,paraondeeufossenão querianinguém,masdepoisdos90anos[...]’’(GFI7);‘‘[...] comquase100anosnãodámaisparafazernada,sópara passear’’(GFI8).
A diminuic¸ão ou perda da capacidade funcional leva àincapacidade funcional,muitas vezes,consequênciasdo processodeenvelhecimentoedadiminuic¸ãodapráticade AF,quepodelevara perdasimportantesna condic¸ão car-diovascular,forc¸amusculare noequilíbrio.Nessesentido, temsidoenfatizadaapráticadeAFcomoestratégiade pre-venir asperdas noscomponentesdacapacidade funcional (VonBonsdorffeRantanen,2011).Àmedidaqueosíndices deesperanc¸adevidacrescem,hátendênciadeaumentoda
incapacidadefuncionaldapopulac¸ãoidosa,naqual27,2%de idososde75anosoumaistêmgraveslimitac¸õesfuncionais (IBGE,2010).
Talvez o fato de não gostar esteja vinculado a nunca teremadquiridohábitosdepraticarAFnolazer:‘‘[...]não setinhahoradelazernonossotempo.Eradocolégiopara casa.Depoisfaziaoservic¸odacasa’’(GFI3).Guralnicketal.
(2003)citam que asbarreiras para a práticade AF estão
vinculadasaoshábitoseàspreferências.Emidosos,é cres-cente o número dos que não participam de nenhum tipo deAFeaparticipac¸ãoem programasdeAFémuitobaixa (Chodzko-Zajkoetal.,2009).
Éimportanteconsiderartambémqueodesconhecimento dosefeitos benéficosdaAFdesestimulaaslongevas inati-vasdeadotaremessapráticae,consequentemente,desistir delas.Dentreessas:faltadeinteresseedeacesso;atitudes ecrenc¸assobreAF;inexistênciadeapoiosociale caracte-rísticasambientais(Courseuiletal.,2011).Osdepoimentos reforc¸am esse fato: ‘‘[...] Gosto dahidroginástica, já fiz umas15maisoumenos.Foitempoperdido’’(GFI6);‘‘[...] agentequeriacaminhar,fazerginástica,masnãoconsegue, porqueospésnãoajudam,acoisanãovaiadiante,agente nãosentemelhoria’’(GFI7).
Limitac¸õesfísicaspordoenc¸as
Asaúde,dentreoutrosfatores,tambéminfluencia dire-tamentenainatividade física,poisoidosoquerelatauma saúderuimprovavelmenteirápraticarAFemmenor quanti-dadesecomparadocomoidosoquetemumamelhorsaúde autopercebida(Souza e Vendrusculo, 2010; Bumanetal., 2010;Nascimentoetal.,2010;Gobbietal.,2008).Cassou etal.(2011)apontamqueapresenc¸adedoenc¸ascrônicas elimitac¸õesfuncionaissãoumabarreiraparaapráticade AFdeidosos.Apresenc¸adedoenc¸asémuitocomumnessa faixaetária,naqualsomente15%dosidososlongevosnão apresentamnenhumadoenc¸a,percentuaisbemmenoresse comparadoscomos22,6%daspessoas de60anosoumais quenãotêmdoenc¸as(IBGE,2010).
Osproblemasdesaúdetambémforamapontadospelas longevasativascomoumabarreiraparaapráticadeAF. Con-tudo, isso não impede que continuem praticando, apesar dasdificuldadesencontradas.Asdoenc¸asapontadasforam: pressão alta; tumores; câncer; perda de visão; acidente vascularcerebral (AVC)e problemacardíaco:‘‘[...]tenho problemasquesãobemgrandesem minhavida,porcausa demeus problemasdesaúde[...]eutenhodificuldadede concentrac¸ãoporcausadeumAVCquejátive,tivedoistipos decâncer, tambémsou diabética, masnão arredoo pé’’ (GFA1).Apersistênciaestámuitopresentenavidadas lon-gevasativas,mesmocomoscomprometimentosdesaúde, nãogostamdeseausentardaspráticasdeAFoudosgrupos deconvivência de que participam. Alegam que só faltam emúltimacircunstância:‘‘[...]sófaltoàdanc¸a principal-menteseeuestiverdoente,porque,docontrário,euvoude qualquermaneira,fac¸achuvaoufac¸asol,euvoudanc¸ar’’ (GFA5).
Outrofatoimportanteadestacarsãoasdoresexistentes nocotidianodas longevas.A dorconstante dificulta a AF. Salientaramasdoresnaspernas,nobrac¸o enacoluna,as dormências,osproblemasdecirculac¸ãoeasquedas cons-tantes: ‘‘[...] tenho dores, às vezes, quando deito, sou obrigadasegurarobrac¸ocomaminhamãoetrazê-lo[...] meuDeus,sótomandoremédiopassaador[...]seeunão tivesseessesproblemaseupoderiaprosperar’(GFI7).Lees
etal. (2005)citam que asbarreiras para aprática deAF
estão vinculadas as dores e limitac¸ões funcionais. Estudo feitoporLacerda,GodyleBachion(2005)comidosos goia-noscorroboramesteestudo,poisdos40investigados62,5% apresentamdorcrônica,predominantementenacoluna dor-sal(48%)enosmembrosinferiores(24%).
Damesmaforma,omedodecairimpedemuitasvezesas pessoaslongevasdeparticiparemdasAF(Leesetal.,2005). Oreceiodeandarsozinho,porquepodeprovocarquedas, édestacadoemváriosmomentosdoestudo:‘‘[...]osmeus médicosaconselhamanãoandarsozinha,mesmoquecom bengala,porquetenhoosteoporose’’ (GFI7);‘‘[...] ébom andar,masagentetemmedodecair’’(GFI10).Asquedas devemserevitadaspelasconsequênciasquetrazemparao idoso,masaquedaéalgoquesefazpresentenocotidiano dapessoalongeva: ‘‘[...] quebreio pécaindodaescada. Eunãosintoaquelepé,porissonãotenhofirmeza’’(GFI7); ‘‘[...]cadatomboeraumafratura,soutodacheiadecoisa quebrada’’(GFI8).
Aquedaaconteceemdecorrênciadaperdatotaldo equi-líbriopostural,podeestarrelacionadaàinsuficiênciasúbita dos mecanismos neurais e osteoarticulares envolvidos na manutenc¸ãodapostura,ouseja,osurgimentodedoenc¸as
queocasionemlimitac¸õesfísicas.NoestudodeCassouetal. (2011)foiverificadoqueumadasprincipaisbarreiraspara apráticadeAFrelatadasporessapopulac¸ãomaisvelhaéo fatodeteremlesõesoumuitaslimitac¸õesfísicas.Oriscode quedaaumentadeacordocomaidade.Aproximadamente 28%a35%daspessoascommaisde65anossofremquedas acadaano.Essaproporc¸ãoaumentapara32%a42%paraas pessoascommaisde70anos(OMS,2010).
Dessemodo,aadoc¸ãoeaparticipac¸ãodepessoas longe-vasem programasdeAFnemsempreéumadecisãofácil, devido à desmotivac¸ão causada por alguma patologia ou alterac¸ão fisiológica (Hoefelmann et al., 2011). Assim, é importanteenecessáriomotivá-lasparaparticipar,mesmo com limitac¸ões físicas próprias doprocesso de envelheci-mento(VonBonsdorffeRantanen,2011).
Maneiradeserdapessoalongeva
Asexperiênciasvividasinfluenciamnasatitudesdiáriasdas longevas.Amaneiradeseredeviverinterferediretamente na compreensãodoenvelhecimentoativo.Relataram que: ‘‘[...]sãopessoasamargas,vivemsóreclamando[...]éuma pessoademauhumor,triste,nãoquerconvivercomoutras pessoas’’(GFA1);‘‘[...]estãodemalcomavida’’(GFA4).A formadevereencararomundoquearodeiafoioutra bar-reirapercebidapelaslongevasativasparanãoparticipac¸ão empráticasdeAF,comoseverificanosdepoimentos:‘‘[...] são acomodadas,elasdizem que já trabalharambastante [...]amaioriaépreguic¸osa’’(GFA1).
Poroutrolado,percebe-sequeaslongevasinativastêm apercepc¸ãodeque poderiampraticarAF,masapreguic¸a as impede. Consideram-se malandras, enferrujadas, com dificuldade de achar disposic¸ão: ‘‘[...] eu sou malandra, asfilhasbrigamcomigo’’(GFI7);‘‘[...]é,eutambémsou malandra,émuitoruimsairdecasasozinha’’(GFI6).Lees etal.(2005)verificaramqueainércia(passividade,tédioe preguic¸a)foiasegundabarreira maisencontradaentreos idososnãopraticantesdeexercíciofísico.
As barreiras evidenciadas pelas longevas incidem nas razões ou nas desculpas declaradas que representam um fatornegativoemseuprocessodetomadadedecisãoparaa práticadeAFepodemincidirnarealidadeobjetivaou sub-jetiva(Meureretal.,2011).Amaneiradeseredeinteragir dapessoalongeva com omeioem que viveinterferirána maneiradeprocessaroseuenvelhecimento(Neri,2007).
AtitudespositivasperanteapráticadeAF
Usar mecanismo de defesa para os novos desafios é algo inerenteatodoserhumano,assimcomousaraidadepara deixardefazerAF.Comosepodeconstatarnodepoimento: ‘‘[...]omeuesposoestáfazendoAFcomigoeme acompa-nha,masfazerAFéumsacrifício.Aindahádiasemqueele diz:nósnãovamoshojeeeudigovamossim![...]sedeixar eleassisteatelevisãoatardetoda.Tenhodeinsistirquase sempre’’(GFA5).
pessoas longevas se acomodam ao ponto de que, mesmo sendoincentivadasporpessoas amigas,nãosaemdecasa: ‘‘[...]mesmocomoincentivo,aspessoassãoacomodadas’’ (GFA5).Algunsdepoimentosapontamafaltadeincentivo, masmesmoemseusrelatosdestacamquemuitasvezes igno-ram o estímulo recebido: ‘‘[...] dizem que não vão, não gostam, não tem quem as incentiveou quando têm, não queremsairdecasa’’(GFA2).
Anegatividadeimperantenoserhumanocontribuiparaa nãoadoc¸ãoemgruposdeAFoudeconvívio,poisoidosode umamaneirageralusao‘‘não’’paraescapardesituac¸ões queo levema ousare sairdomeioem quevive: ‘‘[...]é queaspessoas trabalhamdiretamentecomapalavranão, apalavranãoénegativa.Vocêmeconvidouparaviraquie tambémminhaamigapelotelefone[...]minhaamigadisse: eusóvousevocêfor,sevocênãoforeunãovou[...]eu jáaprendimuito comessa palavranão’’ (GFA3).As atitu-desnegativasestãomaispresentesnasmulheresdoquenos homensidosos(Wilcoxetal.,2002).
A discriminac¸ão por idade e a fragilidade sentida e observadafavorecesubstancialmentecomportamentosque gerambarreirasparapraticaremAF(Mazoetal.,2009).A atitude pessoal negativa com relac¸ão ao envelhecimento ativo contribui para um comportamento desfavorável à participac¸ãoefetivanaAF(Neri,2007).Aacomodac¸ão ver-balizadapelasparticipantesdapesquisadeve-seaofatodo gostardeficaremcasa,oquefavoreceoisolamentodessas pessoas:‘‘[...]muitaspessoasnãogostamdesairdecasa, dizem queficammaisà vontade, deitamno sofá,quando queremtomamcafé.Masmesmoassimeubatalhoporela, sóqueriràmissa’’(GFA3);‘‘[...]tempessoaquegosta sem-predeestarsozinha’’(GFA1);‘‘[...]minhavizinhadeporta, fazseismesesqueeunãoavejo.Avelhiceéodesprezo,a pessoaaoenvelhecerédesprezada’’(GFA2).
Pensar sobreasuaprópriavelhiceéalgoindesejávele quesetraduzporpensamentosquenoschocame, rapida-mentesãodissipados,poistrazemconsigoumsentimentode desesperanc¸a, conformidade, passividade. Partindo dessa compreensão parece que as pessoas vivem as suas vidas como se a finitude não sefizesse presente, é como viver semenvelhecer(Mazoetal.,2009).Essavisãoreportapara ospreconceitosexistentes,nosquaisosidosossão encara-doscomoumpesoparanossasociedade,sãorotuladoscomo incapazes,inúteiseesclerosados(Neri,2007).Assim, mui-tasvezesessesestigmasficamincorporadosesetraduzem emcomportamentospresenciadosemnossocotidiano.Essa imagem negativa do idoso perante a sociedade influencia aparticipac¸ãodapessoalongeva,refletiria nainatividade físicadapopulac¸ãomaisvelha.Com issoacrenc¸apopular dequecomoprocessodeenvelhecimentodeve-sediminuir aintensidadeequantidadedeAFinfluencianaadoc¸ãodesse comportamento(VonBonsdorffeRantanen,2011).
Osresultadosressaltaramaindacomobarreiraaprópria maneirade serdas pessoas longevas.Aidentificac¸ão des-sasbarreiras,napercepc¸ãodaslongevasativaseinativas, sugerenovasmetasaseremtrac¸adasparaatingiressegrupo etário.
Papeldafamília
Afamília,segundoosdepoimentosdaslongevas,tem con-tribuídopara alimitac¸ão deenvelhecimento ativo,pois a
superprotec¸ãopeloexcessodecuidadolimitamas ativida-deseosdeslocamentos:‘‘[...]eunãofac¸oporqueelasnão me deixammais pegaro ônibus, eusaioao portão, onde équemãevai? Eutenhodeandarumpouquinho,elasme prendem’’(GFI6);‘‘[...]eunãofac¸omaisnada,depoisque leveiumtomboaminhafilhanãomedeixafazermaisnada, atéparatomarbanho,elaéquemedá,temmedodeque eucaianobanheiro’’(GFI10).Essa segregac¸ão social pro-gressivafavoreceumavidamaisimprodutivaemuitasvezes penosaparaaspessoaslongevas.Aslongevasinativasse sen-temaindacompotencialegostariamdecontinuarafazer asatividadesocupacionais.Essa superprotec¸ãodafamília, o incentivo negativo dos médicos, cuidadores e parentes contribuiparaosedentarismodessegrupoetário.
Os afazeres diários também contribuem para a não adoc¸ãodeAF:‘‘[...]tenhoumacomadrequenãosainem para passear, ainda faz comida para os filhos e noras’’ (GFA2);‘‘[...] muitas têmmarido, àsvezes é ciumento e nãodeixa sair’’ (GFA3).Damesma formaaperdado côn-jugetambéminterferenacontinuidadedeparticipac¸ãonos grupos: ‘‘[...] agora que meu maridomorreu, fiqueipara baixo’’(GFI10).
Corroborando o estudo, Aartsen et al. (2002), ao acompanharporseisanos2.076pessoasresidentesem Ams-terdam/Holanda(55a85anos)eaoavaliaraparticipac¸ão ematividadescomoservic¸osreligiosos,associac¸õesde bair-ros,organizac¸õesde ajuda,cursos educacionais, esportes eatividadesdelazer,constataramqueháumasignificativa diminuic¸ão daparticipac¸ão dos idososnas atividades com opassardosanos.Estudos deAslanetal.(2008)feitosna Turquiacomidosos(n=350)com65anosoumaisreforc¸am osachados,evidenciamquecomoavanc¸ardaidadeanão adoc¸ãodeAFestáassociadaaosexo,àpresenc¸adedoenc¸a crônicaeaoaumentodoíndicedemassacorporal.
Nomesmo entendimento,Cardoso etal.(2008) encon-traraminfluêncianegativa dasperdasinterpessoaisparaa desistência e a participac¸ão de idosos em programas de AF,em atividades feitasforade casaeespecialmentenas mulheres.
Influênciadomeioambiente
OlocalparasepraticarAFéimportanteparaaparticipac¸ão daspessoaslongevas.Assim,investirem locaisadequados favoreceriauma maior adoc¸ão e permanência na prática regulardeAF.Tantoosativoscomoosinativosevidenciam ausênciadeespac¸osadequados.Destacamqueumlocalmais central ou perto da residência facilitaria a participac¸ão: ‘‘[...] ali no centro deveria ter as AF, ou mais perto da casa’’ (GFA5).Isso podeser explicado pela literatura, na qualsedestacamosaspectosambientais,comoinseguranc¸a, ausênciadeespac¸osadequados,falta deiluminac¸ão, den-treoutros,comobarreirasparaapráticadeAF(Courseuil etal.,2011).
barreirasclimáticastambémforamcitadaspelaslongevase foramevidenciadastambémnoestudodeEirasetal.(2010). Aindaforam enfatizados nosGF como barreiras paraa continuidadedapráticadeAF:o horário,afalta de com-panhia de uma amiga, os exercícios inadequados para as pessoas longevas. Corroborando, Guralnick et al. (2003) citamqueasbarreirasparaapráticadeAFsão preferencial-menteasatividadeseoimpactoafetivo.Complementando,
Cassouet al. (2011) acrescentam: o apoio social, a falta
de companhia para se exercitar, o tipo de AF oferecida, aacessibilidadeao localdepráticae oconhecimentodas facilidadesedasaulas.Essasbarreirastambémforam iden-tificadasduranteosGF: ‘‘[...]a gentenãoacompanha, é meiopuxado,sefossemaisdevagareufazia[...]acelerao corac¸ão[...]elesdãoessetipode atividadedeabaixar e levantar,eunãopossofazer[...]aúltimavezqueo profes-sorveio,todosficaramabanandoasmãos’’(GFI10);‘‘[...] euparticiparia,sónãopossodeitarnochão,empéeufac¸o tudo’’(GFI7);‘‘[...]fiqueisozinha,comaminhaamigaeu faziacaminhadaeginástica’’(GFI9).
OIBGE(2010),pormeiodosindicadoressociaise demo-gráficos divulgados anualmente, alerta que a estrutura etáriadoBrasilestámudandoequeogrupodeidososéo contingentepopulacionalexpressivoemtermosabsolutose decrescenteimportânciarelativananossasociedade. Por-tanto,decorre umasériedenovasexigênciase demandas emtermosdepolíticaspúblicas desaúdeeinserc¸ãoativa dosidososnavidasocial.
Conclusão
Ao se revelarem as barreiras para não adoc¸ão da AF observam-seosseguintes motivos:relac¸ãonegativacoma práticadeatividadefísica(ficarviúva,atividades ocupacio-nais);limitac¸ãofísicapordoenc¸a(dores,limitac¸õesfísicas, quedas);maneiradeserdapessoalongeva(aspessoasserem amargas,mal humoradas, tristes, ruins, antissociais, aco-modadas, entre outras), papel familiar (superprotec¸ão e faltadeestímulo),ainfluênciadomeioambiente (incenti-vosnegativosfamiliares,faltadevivênciacomrelac¸ãoàAF, inadequac¸ãodetransporte,locaiseafaltadeseguranc¸a).
Asbarreirasevidenciadaspelasidosaslongevasativase inativas possibilitaram em vários momentos da discussão observarque o desconhecimento sobre a práticade AF e delazerfavorece ignorar,termedo, nãogostar enãoter interesseempraticá-la,damesmaformaqueopapel super-protetor da família e a perda do cônjuge favorecem na opiniãodasinativasnãopraticaremAF.
Aslongevasativassalientamquemesmotendo compro-metimentos de saúdeisso não asimpede de praticar AF. Percebemaindaqueaformanegativadeenvelhecerdesuas companheiraslongevasastornamaissedentárias,peloseu isolamentoe medodeousar, e propiciapoucas atividades diárias.
Sendoassim,observa-sequeesforc¸osocorramparaque sejamimplantados programasdeexercícios físicosparaas idosas longevas, cadastradas nos centros de convivência paraidososdeFlorianópolis,tantonosgruposcomoemsuas residências,a fim deatender a populac¸ão de idosasmais longevas,nasdiferentesregiões,equepromovamumestilo devidamaisativo.
Conflitos
de
interesse
Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.
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