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A construção de casas

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Academic year: 2017

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A CONSTRUÇÃO DE "CASAS"

Edna Maria Fernandes dos Santos NASCIMENTO1

• RESUMO: Partindo do pressuposto de que constr uir u m texto é operar com os mecanismos da den om in ação e da defin ição, procura-se demonstrar como Rubem Braga funda o micr ouniver so da cr ônica "Casas", p er m itin d o que o "saber" instaur ado pelo produtor passe para o receptor da mensagem. • PALAVRAS-CHAVE: Sentido; den om in ação; definição; ar ticulação; fala;

contexto; texto.

Das rosas pintadas por Elstir, Pioust já dizia que eiam "variedade nova com a qual esse pintor, como um horticultor engenhoso, enriquecera a família das Rosas".

(Bachelard, 1974, p.352)

O ar tigo "Ar ticulações contextuais do discur so" de Edwar d Lopes,

publicado em 1985 em

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Significação e r epublicado em 1993 no seu livr o

A palavra e os dias, inicia-se com o seguinte par ágr afo:

Talvez a r evelação mais espetacular feita pela nar r ativa bíblica do Gê -nesis seja a que está im plícita na idéia que ali se expr im e, de que o ato enunciativo cria toda realidade. Cria no sentido cogn itivo, é claro, não como realidade fora de nós em que nós, seres humanos, nos situamos, mas como realidade dentr o de n ós, situada em nossa mente como u m

simula-1 Professora da Pós-graduação na Faculdade de Ciê ncias e Le tras - UNESP -simula-1 4 8 0 0 -9 0 simula-1 - Araraquara - SP - Brasil.

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cro, uma r epr esentação engendrada pelo poder gen ésico da palavra - "no pr incípio era o Ver bo...". (1993, p.57)

Tendo como fundamentação teórica as concepções de Edward Lopes

desenvolvidas nesse artigo e em outras obras,

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Discurso, texto e significa-ção (1978) e Metáfora (1988), e dois artigos nossos - "Metalinguagem

na-tural e teoria da linguagem" (1990) e "Tradução intr alingual e produção de texto" (1992) - , tentaremos acompanhar a construção do sentido cogniti-vo da palavra casa no microuniverso da crônica de Rubem Braga "Casas"

(anexo).

O discurso funda a sua realidade intr adiscur siva operando com de-nominações que compõem o relato contextualizador. A sua pr in cipal denominação é o titulo que exprime de forma condensada o que se vai tratar. Ao longo do texto, que se constrói como expansão da condensa-ção expressa pela palavra casas, outras denominações colaboram para delinear o suporte tem ático e fundar o relato contextualizador, respon-sável pela produção do texto de referência que é extr adiscur sivo.

Nessa cr ônica, as palavras terreno, casa, edifício, apartam ento e casa-grande são contextualizadores, fundam o texto de r efer ência. Essa

r efer ência, que deve ser comum ao produtor e ao receptor da mensa-gem, per mite que o saber passe de um para outro. A referência se anco-ra no "saber" armazenado que se supõe que qualquer falante de uma língua natur al tem dessas palavras. Esse "saber" comum, invar iante d i-cionarizada, é denominado por Edward Lopes interpretante do código

(1978). No dicionár io, encontramos os seguintes inter pr etantes do códi-go para as citadas palavras que fundam o relato contextualizador:

terreno = ter r a, campo

casa = edifício de um ou poucos andares destinado geralmente à habitação

edifício = constr ução de alvenaria, madeira, e t c, de caráter mais ou

menos permanente, que ocupa certo espaço de ter r eno, é ge-ralmente limitada por paredes e teto, e serve de abr igo, mo-r adia, etc.

apartam ento = r esidência particular, servida por espaços de uso co-m u co-m , eco-m edifícios coco-m diversos andares

casa-grande = 1 . (Bras.) No tempo da colônia ou do Império casa

se-nhorial br asileir a, de engenho de açúcar ou fazenda. 2. (Por extensão) Casa de proprietário de engenho ou fazenda.

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contextuali-zador - , Rubem Braga trabalha a construção de um "saber" compartilhado pelo narrador/ leitor do discurso de "Casas" - os relatos contextualizados. Esse trabalho consiste em falar da realidade que fundou com as deno-m inações já enudeno-meradas anter ior deno-mente. Falar dessa realidade fundada é operar com o procedimento metalingüístico corolário da denomina-ção: a expansão, cuja expr essão lin güística é a definição. A definição intr adiscur siva, inter pr etante do contexto, segundo Edward Lopes (1978), é responsável pelo relato descr itivo. Como essa descr ição não é da ordem do "saber" par tilhado, extradiscursivo, ou seja, o acordo sígn i-co registrado no dicionár io, mas da ordem de um novo "saber" que va i ser revelado pelo texto, ela instaura o texto figur ativo. O relato descr iti-vo é composto de enunciados de estado e do fazer que definem as de-nominações do pr imeir o texto: o texto de r efer ência.

Encontramos na cr ônica as respectivas definições, expressas por enunciados de estado, para as já enumeradas denom inações:

terreno = ter r eninho, algum lugar longe

casa = uma constr ução com jabuticabeir a

sonho, sossego, infância túmulo

coisa agarrada no chão chão

casa-grande = muitas léguas de distância, grande casa branca

cer-cada de mangueiras gordas

Os predicados do fazer definem casa, edifício e apartam ento:

casa = se plantar no chão ancorar

edifício = vagar

apartam ento = pular

O relato descr itivo, ar ticulado com o relato contextualizador que criou o texto de referência, per mite a constr ução dos diferentes inter -pretantes do texto figur ativo da cr ônica "Casas":

terreno = sem constr ução, terra que pode ser cultivada

casa = constr ução com pouco espaço de terra

apartam ento = constr ução sem nehum espaço de terra edifício = constr ução com espaço de terra comum casa-grande = constr ução com grande espaço de terra

Percebemos que o relato descr itivo estabelece, para essas denomin ações, defidenominições idenomintr adiscur sivas que têm como gêdenominer o próximo o ter

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mo

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construção, mesmo que seja pela sua ausên cia; é o caso de terreno. A difer ença específica das definições, que individua cada

denomina-ção, é responsável pelo efeito de sentido. Os diferentes tipos de casa

são constr uídos a partir da ausência/ pr esença do sema terra.

Considerando a ausência/ pr esença do sema terra, temos três tipos de casa que o texto figur ativo constrói:

1. terreno = projeto de casa, casa vir tual

2. casa

= constr ução com espaço de ter r a casa-grande

3. edifício

- constr ução sem espaço de terra apartamento

Os predicados do fazer r eiter am os designa ta de casa constr uídos pelo texto figur ativo. As denominações casa e conseqüentem ente casa-grande, que têm o sema terra, são predicadas pelos verbos ancorar, plantar, tecendo a isotopia da volta à terra, à cidade natal, à infância, ao

sonho, às origens; as denominações edifício, apartam ento, que não

con-têm o sema terra, são predicadas pelos verbos vagar, pular, e ligam-se à isotopia de não terra, do ar, por tanto, do afastamento das or igens.

Chegou a hora de perguntar: o que esse relato descr itivo, que pro-duz o texto figur ativo, cujo operador é a definição, diz? Segundo Edward Lopes, é necessár io buscar o contexto histórico de ocorrência desse sen-tido descr itivo, contexto esse que compõe o relato, ou melhor o co-relato inter pr etativo do texto figur ativo; a significação histór ica, homologada em outros discursos, por tanto, heterodiscursiva, que instr ui o texto nar-r ativo. Edwanar-rd Lopes (1993, p.67) ilustnar-ra sua afinar-rmação:

por exemplo, logo após entrar n u m cinema a meio da exibição vemos na tela o fotograma de uma m oça chorando, não podemos saber, no pr im eir o momento, já que não vimos as cenas anter ior es, o que é que sign ifica de

fato

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esse pr anto, se tristeza (= a m oça r ecebeu, na cena anterior, a notícia da mor te do noivo na guerra), alegria (= o marido odiado e tir ânico acabou

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Reinterpretando as definições produzidas pelo relato descr itivo, produtor do texto figur ativo, como um saber no modo do parecer, o relato in -terpretativo produz o texto narrativo como um saber ao modo do ser:

O texto figur ativo funciona como um discurso-objeto a ser inter pr e-tado; por sua vez, o relato inter pr etativo produz o texto nar r ativo, que funciona como metadiscurso interprétante: a fala da fala do relato des-cr itivo. Para melhor intelecção do que tentamos dizer, reproduzimos o esquema sobre as ar ticulações contextuais do discurso, de Edwar d Lo-pes (1993, p.69):

O discurso "Casas" compõe-se de um relato contextualizador que

opera com as denom inações

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terreno, casa, edifício, apartam ento, casa-grande. A par tir desse relato, fundam-se os relatos contextualizados,

que são respectivamente de duas ordens: 1 . definição - expressa o sen-tido e o saber manifestados (relato descr itivo, produtor do texto figur a-tivo); 2. interpretação - expressa o sentido e o saber imanentes (relato

inter pr etativo, produtor do texto narrativo).

O efeito de sentido da cr ônica "Casas" é o resultado da transforma-ção de u m significado, par tilhado por uma comunidade, pelas ar ticula-ções contextuais de tr ês textos: o texto de r efer ência, o texto figur ativo e o texto nar r ativo.

A cr ônica, ao narrar o afastamento do homem da ter r a, figur ativiza-do por diferentes tipos de casas, constrói u m "saber" intr adiscur sivo para casa, que encontra r essonância neste fragmento do texto de

Ba-chelard (1974, p.373):

As casas não estão mais na natureza. As r elações da moradia com o esp aço se tor nam fict ícias. Tudo é m áquina e a vida íntima foge por todos os lados. "As ruas são como tubos onde são aspirados os homens."

Casa da cr ônica n ão é apartamento, edifício, n ão é cultur a; é n at u

-reza, ch ão, é in fân cia, sonho, figur ativizados pela denominação/ defini-ção de casa-grande; é a volta às origens, à m ãe terra.

Alfa, Sã o Paulo , 4 4 :2 9 9 -3 0 7 ,2 0 0 0 303

Textos contextualizados em

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Casas

Texto figur ativo Relato descr itivo Modo do parecer

"Descrever tipos de casas'

Texto nar r ativo Relato in ter p r etativo Modo do ser

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DISCURSO

RELATO CONTEXTUALIZADOR

DENOMINAÇÃO

RELATOS CONTEXTUALIZADOS

Relato descritivo (Co) relato interpretativo

DEFINIÇÃO INTERPRETAÇÃO

Funda a realidade de que o discurso vai falar, compondo

o "texto de referência"

Fala da realidade Fala da fala do relato fundada, definindo-a descritivo, interpretando-o

em termos de em termos de

Sentido manifestado,

conotação figurativa, objeto da Semântica Discursiva

Saber Sentido Saber manifestado imanente, imanente,

ao modo do denotação ao modo parecer temático- do ser

programática,

asserção objeto da veridicção discursiva Semântica narrativa

Narrativa

compondo o "texto figurativo", que é um

discurso-objeto a interpretar

compondo o "texto narrativo", metadiscurso

interprétante

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abonado no dicionár io, altera defin ições de d en om in ações, instaur ando um m icr ouniver so cogn it ivo. Se o pr odutor de um texto não soubesse operar as ar ticulações discur sivas, cer tamente não ser iam criados novos textos: todos os textos ser iam ester eótipos. O enunciador , u t ilizan -do os tr ês mecanismos discur sivos fundamentais, a d en om in ação, a d efin ição e a in ter pr etação, metamorfoseia "um saber com um ", não o r epete, mas cr ia "outro saber". Nesse sentido, todo texto não é r ep et i-ção, mas um tr abalho sobre "o saber com um ", porque o enunciador não é aquele que apenas se apr opr ia de u m sistema de r elações já dadas, ele as constr ói.

NASCIMENTO, E. M. F. dos S. Build in g "Casas".

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Alfa (São Paulo), v.44, p.299-307, 2000.

• ABSTRACT: Presupposing that building a text is to deal with mechanisms of designation and definition, one can try to demonstrate how Rubem Braga sets the microuniverse of his chronicle "Casas", allowing the "knovriedge" established by the producer to go straight to the receiver of the message. • KEYWORDS: Sense; denomination; definition; articulation; speech; context;

text.

Re fe rê n cias biblio gráficas

BACHELARD, G. A poética do espaço. São Paulo: Ab r il Cultur al, 1974. p.389-457. (Os pensadores).

BRAGA, R. Casas. In : . A borboleta amarela. Rio de Janeir o: Record, 1979. p.21-3.

LOPES, E. Discurso, texto e significação. Uma teoria do inter pr étante. São Pau-lo: Cultr ix, Secretaria da Cultur a, 1978.

. Ar ticulações contextuais do discur so. Sign ificação. Revista Brasilei-ra de Semiótica (São Paulo), v.5, p.54-71,1985.

. Metáfora. Da retórica à sem iótica. São Paulo: At u a l, 1988.

. Ar ticulações contextuais do discur so. In : . A palavra e os dias. Campinas: Editor a UNESP, Ed. Unicamp, 1993. p.89-96.

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NASCIMENTO, E. M. F. S. Metalinguagem natur al e teoria da linguagem .

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Alfa {São Paulo), v.35, p.17-30,1990.

. Tr adução in tr alin gual e pr odução de texto. Alfa (São Paulo), v.36, p.57-69,1992.

Bibliografia consultada

JAKOBSON, R. II metalinguaggio come problema lin gu ist ico. In : . Lo svilu-ppo delia semiótica. Roma: Studi Bom piani, 1978. p.23-45.

. Lin gü íst ica e p oética. In : . Lingüística e comunicação. São Pau-lo: Cultr ix, 1969. p.79-119.

REY-DEBOVE, J. Le métalangage: étude lin guistique du discours sur le langa-ge. Paris: Le Robert, 1978.

ANEXO

CASAS

Os amigos mais pobres apenas pensam em comprar um ter r eninho a pr estações, em algum lugar longe, mas sim pático; e pensam, apenas. Os mais ricos querem construir ou comprar uma casa. Não sei por que me convidam a ir ver o terreno, ou a casa que pretendem reformar. Vou sempre. Tenho a con sciên cia de que eles estão vivendo um momento grave; mesmo quando falam com decisão - "vou derrubar isto, fazer uma puxada aqui" - sinto que estão intimamente hesitantes. É como se eles mesmos estivessem se plantando no chão, depois de vagar por muitos edifícios. Olham em volta, vagamente desconfiados. Para não fi-car o tempo todo calado, per gunto ao acaso:

- E aqui, o que vão plantar?

O amigo não chega a dizer nada, mas sua mulher responde logo, como se naquele instante mesmo estivesse pensando nisso, responde com pr ecipitação, como se quisesse impedir que, uma vez levantada a questão, alguém pudesse admitir uma resposta difer ente:

- Jabuticaba.

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feia, estér il, em um clima impróprio. E acode logo, como se estivesse re-gando carinhosamente com sua palavra a planta sem viço:

- Você sabe que aqui per to, no outro canto do bairro, tem uma casa que tem jabuticabeiras?

Explica que ela também pensou que não desse jabuticabeir a por aqui. Pois dá, e muito bem. A questão é manter a terra sempre fresca. Um fio de águ a ali perto, e a jabuticabeir a cr escer á em gr aça e beleza e seu tronco e seus galhos se cobrirão de frutas escuras e gostosas. Tenho vontade de fazer uma per gunta cr uel, mas justificável, sobre uma possí-vel escassez de águ a. Mas não quero judiar da jovem senhora. Sei que ela está sonhando em plantar aqui uma jabuticabeir a de sua infância. Sei, porque eu mesmo plantaria um cajueiro ou um imenso pé de fr uta-pão. Seu sonho é a jabuticabeir a de Minas; talvez seja essa a pr imeir a imagem que lhe tenha ocorrido diante da palavra "casa": uma constr u-ção com jabuticabeir as.

Meus amigos estão ancorando. Alguns só no com eço da velhice conseguem realizar esse antigo sonho. Um desses me disse, com me-lancolia, que fazendo sua casa tin ha às vezes a estranha impr essão de que estava fazendo seu túmulo. "Estou fazendo uma casa para viver ne-la, mas pr incipalmente a casa onde vou morrer; você p«nsa bem, uma casa é uma coisa agarrada no chão, uma coisa que se afunda no chão. É o chão, o sossego que estou procurando. Mas estou alegre por causa de meu filho menor. Esse não cr escer á, como os outros, pulando de um apartamento para outr o. Terá uma infância de casa, de árvore, de pedr a, de á gu a s, de bichos, de chão, uma infância com cacarejar de galinhas. Eu... eu quero plantar uma mangueira aqui, perto da janela de meu quarto. Pena que o terreno não dê para plantar mais mangueir as..."

Ele falava e eu r evia, a muitos anos e muitas léguas de distân cia, a casa-grande em que ele foi menino, a casa em que seu pai mor r eu, uma grande casa branca de mangueiras gordas.

Referências

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