COMPORTAMENTO DE CULTIVARES DE PEPINO (Cucumis sativus L.) EM DUAS ÉPOCAS DE SEMEADURA. *
M . E . S . P . D e m a t t ê * * S. Simão***
RESUMO
O d e s e n v o l v i m e n t o e a produção de fru-tos para consumo in natura dos cultiva¬
Dissertação de Mestrado de Maria Es¬ meralda Soares Payão D e m a t t ê , a p r e s e n t a d a à E.S.A. "Luiz de Q u e i r o z " , U S P, e m 1 9 7 8 . Os autores a g r a d e -cem ao Consel ho Nacional de Desenvolvimento Científi¬ co e Tecnológico (CNPq) e ã Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) pela c o n c e s -são de recu rsos , e ao Sr.Armando B o n a t o , pela competên¬ cia e zelo c o m que executou os trabalhos de condução da cultura .
Departamento de Fitotecnia da Faculdade de Ciências A g r á r i a s e Veterinárias do Campus de Jaboticabal da U N E S P , Jaboticabal , SP.
res de pepino 'Marketer IAC2205', ' P a -lomar IAC-3050', 'Santee IAC-2441', 'Ver¬ de Paulistano IAC-1386' e 'Aodai 1-4321' foram estudados em duas épocas de semea¬ d u r a , 5 de maio e 5 de d e z e m b r o , em Cam¬ p i n a s , SP. Para todos os c u l t i v a r e s , as plantas semeadas em dezembro c r e s c e
-ram mais e d e s e n v o l v e r a m - s e com maior rapidez que as plantas semeadas em m a i o ; e n t r e t a n t o , as produções das plantas se¬ meadas em maio foram maiores e a q u a l i dade de seus frutos foi superior. T a n -to para as plantas semeadas em maio co¬ mo para as semeadas em d e z e m b r o ,
'Santee' a p r e s e n t o u produções baixas e f r u -tos de má q u a l i d a d e . 'Aodai' foi o cul¬ tivar mais produtivo e seus frutos foram os de melhor q u a l i d a d e . As p r o d u -ções dos demais cultivares foram e q u i v a ¬ lentes. 'Verde Paulistano' apresentou a produção mais tardia. 0 c o m p o r t a m e n t o de 'Marketer' foi pouco afetado pelas va¬ riações a m b i e n t a i s . As maiores p r o d u -ções de todos os c u l t i v a r e s , nas duas é p o ç a s , foram o b t i d a s entre a terceira e a penúltima c o l h e i t a s . Foram e n c o n t r a -das correlações positivas entre a produ¬ ção de cada colheita e a produção total, entre a produção total e a produção co¬ m e r c i á v e l , entre o número de frutos e seu p e s o , entre produção e a altura da planta e entre produção e número de ra¬ mos laterais da p l a n t a . A relação e n
-tre produções comerciável e total e o pe¬ so médio dos frutos diminuíram no final do ciclo das plantas.
INTRODUÇÃO
-sivo valor econômico e muitos problemas relacionados com a sua produção a i n d a não foram s o l u c i o n a d o s .
Um dos problemas que os produtores de pepino e n -frentam é a o c o r r ê n c i a , em p r o p o r ç ã o variável segundo a época de s e m e a d u r a , de frutos não c o m e r c i á v e i s , danifica dos ou deformados por d o e n ç a s e pragas , principa 1 mente nas últimas c o l h e i t a s , quando as plantas já estão em d e c H nio. Na fase de c o l h e i t a , e v i d e n t e m e n t e , não devem ser feitas pulverizações com produtos cujos resíduos repre -sentam perigo para o c o n s u m i d o r ; os i n s e t i c i d a s , comumen^ te, sao os produtos mais t ó x i c o s .
De acordo com SRIVASTAVA et a 1i í ( 1 9 7 2 ) , a produ -ção da planta é resultado da intera-ção entre certo núme-ro de c a r a c t e r í s t i c a s por ela a p r e s e n t a d a s , bem como da
interação entre essa planta e o a m b i e n t e .
Segundo WHI TAKER S DAVIS ( 1 9 6 2 ) , as Cucuvbiíaceac requerem grande intensidade de luz solar e longo período de temperaturas elevadas durante seu c i c l o , não suportar^ do g e a d a s ; são plantas que se d e s e n v o l v e m melhor em épocas s e c a s , p o i s , nos períodos ú m i d o s , são mais suscetí -veis a d o e n ç a s . A f l o r a ç ã o , de acordo com TERRA (1966), pode ser a f e t a d a por umidade excessiva e as folhas podem ser danificadas por ventos f o r t e s .
KNOTT (1966) e FILGUEIRA (1972) c o n s i d e r a m o pep_i_ no uma hortaliça de clima t r o p i c a l , exigente em t e m p e r a -turas elevadas e sem resistência ao frio. Trabalhos de M I L T H O R P E (1959) e FbLSTER (1972
* a , b) d e m o n s t r a m que as temperaturas do ar ou solo mais adequados para o desen -v o l -v i m e n t o de pepino estão c o m p r e e n d i d a s entre 24°C e 3 2 ° C ; a temperatura mínima para d e s e n v o l v i m e n t o das plân tulas é de 16°C.
primeira flor f e m i n i n a .
A temperatura a m b i e n t e influi também na intensida_ de de ataque de m o s a i c o de pepino. DORSET ( 1 9 7 5 ) recomenda que o pepino seja c u l t i v a d o e m temperaturas d i u r -nas e notur-nas m a i o r e s que 2 1° C para evitar ataque inteni so de CMV ("cucumber m o s a i c v i r u s " ) .
Os trabalhos de ALEX ( 1 9 5 7 ) e A M A R A L e t alii (1963) d e m o n s t r a m que o p e p i n o , para produzir frutos e m quantj^ dades s a t i s f a t ó r i a s , n e c e s s i t a da presença de insetos po l i n i z a d o r e s , sendo o principal deles a a b e l h a (Apis mellifera L . ) . A a b e l h a tem m e l h o r e s condições para a t i v i -dade na faixa de temperatura c o m p r e e n d i d a entre 3 1 , 5° C e 3 6 , 5° C (Heran, 1 9 5 2 , c i t a d o por R I B B A N D S , 1953) e p o d e m trabalhar livremente a p e n a s e m temperaturas superiores a 1 3°C (WHITEHEAD, 195*0.
Segundo FILGUEIRA ( 1 9 7 2 ) , na m a i o r i a das regiões b r a s i l e i r a s , o pepino é semeado entre os meses de a g o s t o e a b r i l , para que as plantas se d e s e n v o l v a m e m c o n d i ç õ e s c l i m á t i c a s a d e q u a d a s .
Diversos p e s q u i s a d o r e s têm e s t u d a d o a c o r r e l a ç ã o entre a produção de Cucurbitaoeae e o u t r a s caracterfstj_ cas a p r e s e n t a d a s pelas p l a n t a s .
A s s i m , A B D E L - A L et alii ( 1 9 7 3 ) e n c o n t r a r a m c o r r e i a ção positiva entra a produção em peso por planta e o nu mero de frutos por planta em Cuourbita maxima; as p l a n -tas de ramos mais c o m p r i d o s foram as mais p r o d u t i v a s .
NIGMANOVA ( 1 9 6 3 ) , e s t u d a n d o aboboreira do tipo " v e -getable m a r r o w " , verificou q u e , em cultivares de ramos mais longos, o número de f r u t o s , o peso médio dos frutos e a produção total foram m a i o r e s .
laterais p r i m á r i a s , c o m o número de dias a t é o a p a r e c i -mento da primeira flor feminina e c o m o peso dos f r u t o s . A h e r d a b i1i d a d e e s t i m a d a e o ganho genético i n d i c a r a m q u e o peso do f r u t o , a produção e a taxa do sexo das flores podem ser a u m e n t a d o s por s e l e ç ã o .
T H A M B U R A J ( 1 9 7 3 ) verificou que o peso e o compri -m e n t o dos frutos de Luffa aoutangula fora-m positiva-mente c o r r e l a c i o n a d o s c o m a p r o d u ç ã o . T r a b a l h a n d o c o m p e p i n o , CARLSSON (1962) e n c o n t r o u clara c o r r e l a ç ã o entre o peso médio do fruto e seu c o m p r i m e n t o .
RAMALHO ( 1 9 7 3 ) c o n s t a t o u q u e , no cultivar de pepj^ no 'Aodai', o número de flores f e m i n i n a s a p r e s e n t a cor-relações genotípicas positivas com o numero de f r u t o s , e negativas c o m o p e s o , c o m p r i m e n t o e p o r c e n t a g e m de p e g a -mento dos f r u t o s . Nos f r u t o s , maior compri-mento foi po sitivamente c o r r e l a c i o n a d o com maior peso. Houve também correlação positiva entre maior produção total e maior produção c o m e r c i á v e l . A o c o r r ê n c i a de flores femininas a haste central foi n e g a t i v a m e n t e c o r r e l a c i o n a d a c o m pe g a m e n t o , n ú m e r o , c o m p r i m e n t o , peso e produção de f r u t o s , o que está de acordo com a teoria proposta por TIEDJENS
(1928 b ) .
Este trabalho foi realizado e m C a m p i n a s , S P , com o o b j e t i v o de comparar o d e s e n v o l v i m e n t o e a produção de frutos para consumo in natura de cinco cultivares de p £ pino e m duas épocas de s e m e a d u r a , maio e dezembro de 1970.
MATERIAL E MÉTODOS
Caracterização do local do e x p e r i m e n t o
classificado texturalmente como argiloso e com densidade global de 0,90 g/cm^. A análise química de amostras re-tiradas desse solo revelou nível médio de fertilidade , traços de alumínio e pH 5 , 5 - 0 terreno é ligeiramente inclinado e bastante ensolarado.
As temperaturas m é d i a s , máximas e mínimas mensais, as precipitações pluviais totais mensais e a i n s o l a ç ã o t o
tal mensal registradas no local, durante a condução do e x p e r i m e n t o , encontram-se na Tabela 1.
Informações sobre os cultivares estudados
Foi comparado o comportamento dos seguintes culti vares de pepino:
- 'Marketer I A C- 2 2 0 5 ', introduzido na Seção de Horta 1iças de Frutos do Instituto A g r o n ô m i c o de C a m p i n a s , em 1 7 / 5 / 1 9 5 * * , procedente da firma W. Atlee Burpee C o . , P h i l a d e l p h i a , P a . , U.S.A.; as plantas apresentam ramos que a t i n g e m 2 m ou mais de comprimento e seus f r u t o s , no ponto de c o n s u m o , medem aproximadamente 17 cm de c p m p r i -m e n t o ;
- 'Palomar I A C- 3 0 5 0 ' , introduzido na Seção de Hor taliças de Frutos do Instituto Agronômico de Campinas em 2 1 / 3 / 1 9 6 0 , procedente da firma Ferry-Morse Seed Co., De-troit, M i c h i g a n , e Mountain V i e w , C a l i f o r n i a , U.S.A.; as plantas apresentam ramos de 1,80 m de comprimento e fru-tos de coloração v e r d e - e s c u r o , com comprimento médio de
1 8 cm e diâmetro transversal médio de h cm; a polpa dos
' S a n t e e I A C 2 4 4 1 ' , i n t r o d u z i d o na S e ç i o de H o r -t a l i ç a s de F r u -t o s do I n s -t i -t u -t o A g r o n ô m i c o de C a m p i n a s em 2 2 / 9 / 1 9 5 5 , p r o c e d e n t e da f i r m a L a w r e n c e R o b i n s o n & S o n s , M o d e s t o , C a l i f o r n i a , U . S . A . ; a p r e s e n t a ramos que a t i n g e m a t é 1 , 6 0 m de c o m p r i m e n t o e f r u t o s com a p a r ê n c i a s e m e
-l h a n t e a o s de ' M a r k e t e r1
, com a p r o x i m a d a m e n t e 16 cm de c o m p r i m e n t o ;
' V e r d e P a u l i s t a n o I A C 1 3 8 6 ' , i n t r o d u z i d o na S e -ç ã o de H o r t a l i -ç a s de F r u t o s do I n s t i t u t o A g r o n ô m i c o de C a m p i n a s em 1 4 / 2 / 1 9 ^ 8 , com o nome de ' A o d a i ' , p r o c e d e n t e da C o o p e r a t i v a A g r í c o l a de C o t i a , E s t a d o de S i o P a u l o ; s e u s ramos medem 3 m o u m a i s de c o m p r i m e n t o e s e u s f r u t o s s ã o g r a n d e s , de c o l o r a ç ã o e x t e r n a v e r d e c l a r o , a p r e -s e n t a n d o , i n t e r n a m e n t e , a l g u n -s d e f e i t o -s ( p o l p a p o u c o e-s^ p e s s a e um t a n t o r i j a , âmago m u i t o d e s e n v o l v i d o e o c o r -r i n c i a de o c o s ) ;
- ' A o d a i 1 - 4 3 2 1 ' , i n t r o d u z i d o na S e ç ã o de H o r t a l j ^ ç a s de F r u t o s do I n s t i t u t o A g r o n ô m i c o de C a m p i n a s em 5 / 5 / I 9 7 O , p r o c e d e n t e da C o o p e r a t i v a A g r í c o l a de C o t i a , E s t a d o de S ã o P a u l o ; p r o d u z f r u t o s de t i p o a p r e c i a d o p e -l o m e r c a d o p a u -l i s t a , mas que podem a p r e s e n t a r s a b o r amar g o ; e s s e s f r u t o s têm c a s c a de c o l o r a ç ã o v e r d e - e s c u r o , c o m e s t r i a s v e r d e - c l a r o s a i n d o da e x t r e m i d a d e l i g a d a ã f l o r e e s p i n h o s em número m é d i o , b r a n c o s e a c h a t a d o s .
Dados C u l t u r a i s
Nas duas c u l t u r a s , o solo foi previamente a r a d o , gradeado e sulcado. Sete dias antes da s e m e a d u r a , foi distribuída por m e t r o linear de sulco a seguinte q u a n t i -dade de a d u b o s : 3500 g de composto o r g â n i c o c u r t i d o , 360 g de superfosfato simples (20¾ de P2O5) e 45 g de clore-to de potássio (60¾ de K2O). Após a adubação do sulco , foram abertas nele covas com d i m e n s õ e s d e , aproximadameji te, 25 cm x 25 cm x 25 cm. 0 e s p a ç a m e n t o entre covas foi de 0,70 m nas linhas e 1 , 2 0 m entre linhas.
As sementes utilizadas neste estudo foram colhi-das em diversas dependências do Instituto A g r o n ô m i c o de C a m p i n a s , com exceção das do cultivar 'Aodai', obtidas na Cooperativa A g r í c o l a de C o t i a . Fez-se tratamento pré vio das sementes com A r a s a n 75 (75¾ de Thiran ou b i s s u l -feto de tetrametil Thiuram) na proporção de 0,02 g para kQO g de s e m e n t e s . Foram colocadas 5 sementes por c o v a , cobertas com uma camada d e , a p r o x i m a d a m e n t e , 2 cm de ter_ ra.
Nas duas épocas de s e m e a d u r a , o primeiro desbaste foi feito dez dias após a e m e r g ê n c i a das p l â n t u l a s , d e i -xando duas por c o v a , e o s e g u n d o , vinte e cinco dias após a e m e r g ê n c i a das p l â n t u l a s , deixando uma por cova. No d e s b a s t e , adotouse o critério de eliminar as p l â n t u
-las menos v i g o r o s a s ; as restantes foram conduzidas em e_s taças de bambu com segmentos de ramos dispostos v e r t i c a l m e n t e , colocadas ao lado de cada plântula por ocasião do segundo d e s b a s t e .
Na data do segundo desbaste e vinte dias mais ta^_ d e , foram f e i t a s , nas duas épocas de s e m e a d u r a , adubações em c o b e r t u r a , c o l o c a n d o - s e 10 g de sulfato de a m ô n i o ( 2 0 ^ de N e 2h% de S) por c o v a .
de á g u a , Phosdrin (Mevinphos ou dimetil 2carbometi1 1 -metilvinil fosfato) na proporção de 10 cm^ para 10
li-tros de á g u a , Malatol 50-E (Malathion ou 0,0-dimetil - d_i_ tiofosfato-dieti1-mercaptossuccinato) na proporção de 20 cm3 para 10 litros de á g u a . Utilizou-se espalhante ade-sivo comercial (Esapon) misturado ao fungicida e aos in-seticidas na proporção de 2 cm3 para 10 litros de água . Phosdrin e Malatol foram aplicados a 1ternadamente.
A c u l t u r a , nas duas é p o c a s , foi irrigada por a s -persão. Foram a d i c i o n a d o s , a p r o x i m a d a m e n t e , 10 mm de água a cada 2 dias. 0 controle de ervas invasoras foi feito com e n x a d a .
Os frutos foram colhidos no ponto de consumo, is-to é, quando se a p r e s e n t a v a m com aproximadamente 17 cm de c o m p r i m e n t o , tenros e com casca verde. Foram feitas
12 colheitas na primeira época de semeadura e 10 colhei-tas na s e g u n d a , a intervalos de 2 a k d i a s .
Delineamento experimental e análise estatística
0 e x p e r i m e n t o constou de dois ensaios de c a m p o , instalados em duas é p o c a s , e m blocos c a s u a 1 i z a d o s , com 5 tratamentos (cultivares) e 5 repetições. A parcela ex perimental constituiu-se de 72 p l a n t a s , distribuídas em 6 linhas, sendo 40 plantas úteis e 32 de bordadura.
dos em diversas c o l h e i t a s , os danos foram transformados em /x + 0 , 5 , por haver parcelas em que a produção era
igual a zero.
Foram determinados os coeficientes de correlação (r) entre todos os dados de d e s e n v o l v i m e n t o e produção c o l e t a d o s ; a significãncia dos valores de v foi avaliada por sua transformação nos respectivos valores de t.
Quando se tratava de correlação em que uma das va riáveis consideradas era peso médio dos f r u t o s , aplicou, -se fórmula m o d i f i c a d a que leva em conta o número de fnj tos cujo peso médio foi c a l c u l a d o . Essa fórmula b a s e i a -se em fórmula a p r e s e n t a d a por HOFFMANN & V I E I R A (1977) e é a seguinte:
o n d e :
v = coeficiente de c o r r e l a ç ã o ; X j = idade da p l a n t a ;
yj = peso médio dos f r u t o s ;
fj = número de frutos cujo peso médio é y j .
RESULTADOS
Na Tabela 2 , são indicadas as posições em que se a b r i r a m as prjmeiras flores m a s c u l i n a s e femininas das plantas dos cultivares estudados e , na Tabela 3 , apreseji
ta-se o número de dias decorridos desde a emergência das plântulas até a abertura das primeiras flores masculinas e femininas.
Na primeira é p o c a , 35 dias após a emergência das p l â n t u l a s , o b s e r v a r a m - s e sintomas de virose na cultura ; o ataque intensificouse, chegando a prejudicar a p r o d u -ção das plantas a f e t a d a s . A l é m d i s s o , foram o b s e r v a d a s
lesões necróticas nas folhas de algumas plantas de todos os c u l t i v a r e s , 80 dias após sua e m e r g ê n c i a ; c o n s t a t o u - s e que se tratava de ataque de m í l d i o {Pseudoperonospora ou bensis), que não chegou a prejudicar a produção.
Na segunda é p o c a , o b s e r y o u - s e também ataque de m í l d i o , desta vez mais intenso. A partir da terceira a-té a última c o l h e i t a , grande p o r c e n t a g e m dos frutos de todos os cultivares a p r e s e n t o u - s e atacada por Margaronia sp. (broca); os frutos m a i s d a n i f i c a d o s foram os de'Verde Pau 1i s tano'.
A Tabela 3 apresenta as médias dos dados referen-tes a diversas características analisadas pelo Teste F e comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5¾ de probabj^
1i dade. —
Nas Tabelas de 4 a 7 , a p r e s e n t a m - s e dados de pro-dução a n a l i s a d o s . A análise conjunta dos dados o b t i d o s , para as duas é p o c a s , revelou q u e , na primeira época de semeadura (5 de m a i o ) , tanto a produção total como a co-merciãvel foram maiores que na segunda época (5 de dezem b r o ) . A relação entre as produções total e c o m e r c i ã v e l -consideradas em peso foi também significativamente maior na primeira época ( 0 , 8 4 ) do que na segunda ( 0 , 7 2 ) .
-tes dados para as duas é p o c a s de s e m e a d u r a .
A variação d a p r o d u ç ã o e m peso d e frutos c o m a idade d a planta é representada n a Figura 1 . A Figura 2 ilustra a d i f e r e n ç a d e c o m p r i m e n t o d o s cultivares e m re-lação â é p o c a d e s e m e a d u r a ; pela o b s e r v a ç ã o d e s t a Figura v e r i f i c a - s e q u e , e m termos p e r c e n t u a i s e relativamente aos d e m a i s c u l t i v a r e s , 'Paiornar' e 'Verde Paulistano* fo ram m a i s favorecidos p e l a s e m e a d u r a e m m a i o , enquanto
' A o d a i1
foi m a i s f a v o r e c i d o p e l a s e m e a d u r a e m dezembro.
N a T a b e l a 9« a p r e s e n t a m - s e o s coeficientes de c o £ relação c a l c u l a d o s e suas respectivas s i g n i f i c â n c i a s .
DISCUSSÃO
As temperaturas registradas n a s e g u n d a é p o c a (sem e a d u r a e (sem deze(sembro) f o r a (sem (sem a i s v a n t a j o s a s para o d e s e n -v o l -v i m e n t o d a s plantas d o q u e a s registradas n a primeira é p o c a (semeadura e m m a i o ) , como se pode verificar pela comparação d o s dados d a T a b e l a 1 c o m o s resultados o b t i -dos por SEATON £ KREMER ( 1 9 3 8 ) , M I L T H O R P E ( 1 9 5 9 ) , MATLOB £ KELLY ( 1 9 7 3 ) , FÜLSTER (1971
» a,b) e M I L L E R £ QUISENBERRY ( 1 9 7 6 ) . De fato, a s plantas semeadas e m dezembro d e senvolveramse m a i s e c o m maior rapidez d o q u e as s e m e a das e m m a i o (Tabela 3 ) ; e s s e m a i o r d e s e n v o l v i m e n t o , e n -tretanto, n ã o resultou e m maior p r o d u ç ã o .
Dentro d e uma m e s m a é p o c a , o peso m é d i o d o s fru-tos foi pouco a f e t a d o pelo a m b i e n t e , como indicam os coe fiei entes de v a r i a ç ã o calculados (Tabela 8 ) , o q u e e s t ? de a c o r d o c o m os resultados relatados por GREBEN§fIKOV
As melhores produções obtidas na primeira época de semeadura podem ser explicadas de diversos m o d o s . Na primeira é p o c a , a precipitação pluvial foi menor e a in-solação total foi m a i o r , o q u e , de acordo com W H I T A K E R S DAVIS ( 1 9 6 2 ) , MILTHORPE S NEWTON (1963) e TERRA ( 1 9 6 6 ) , favoreceria a produção de pepino. Pode ter sido prejudji^ ciai às plantas do segundo campo o fato de terem sido cultivadas no mesmo local do primeiro e n s a i o ; h o u v e , por e x e m p l o , maior incidência de m í l d i o , que já ocorrera em pequena intensidade na primeira é p o c a . Temse c o n s t a t a -do, no e n t a n t o , forte ataque de doenças e pragas tanto em Cucuvbitaceae como em outras hortaliças cultivadas nes^ sa á r e a , provavelmente porque ela é ocupada por culturas olerícolas há cerca de sessenta a n o s . Pulverizações com fungicidas e inseticidas, inclusive, não têm sido e f i -c i e n t e s , -como se verifi-cou também neste e x p e r i m e n t o .
A-lém d i s s o , as temperaturas mais elevadas registradas na segunda época s ã o , como informam WHITAKER & DAVIS ( 1 9 6 2 ) , favoráveis ã infestação da maioria das doenças e pragas que a t a c a m o pepino.
A incidência de virose na primeira época pode ter sido causada pela temperaturas mais baixas registradas , mais f a v o r á v e i s , segundo DORSET ( 1 9 7 5 ) , ã m a n i f e s t a ç ã o do CMV.
A preferência de Maiyarcmia sp. pelos frutos do cultivar 'Verde P a u l i s t a n o ' , relatada por CASTRO et alii
( 1 9 7 6 ) , foi o b s e r v a d a neste estudo e, p r o v a v e l m e n t e , cau sou a queda de produção deste cultivar e m relação aos de m a i s , verificada na segunda época de semeadura (Figura 2 ) . Quanto ao ataque de m í l d i o , 'Palomar' e 'Santee' , considerados resistentes (WHITAKER & DAVIS, 1 9 6 2 ) , apresentaram infestações equivalentes ãs dos demais c u l t i v a -res.
isso ocorresse c o m as flores f e m i n i n a s , devido ãs tempe-raturas mais baixas e aos fotoperTodos mais curtos re-gistrados na primeira é p o c a , q u e , como informam NITSCH e t alii ( 1 9 5 2 ) , f a v o r e c e r i a m o a p a r e c i m e n t o de flores fe m i n i n a s ; tal fato não foi o b s e r v a d o .
0 cultivar 'Santee' não a p r e s e n t o u flores femini-nas no ramo p r i n c i p a l , o q u e , de a c o r d o com TIEDJENS
( 1 9 2 8 a ) , favoreceria a produção de maior porcentagem de frutos bem formados. No e n t a n t o , e v i d e n c i o u - s e a infe-rioridade da produção de 'Santee', tanto total como co-m e r c i ã v e l , eco-m relação aos deco-mais c u l t i v a r e s .
A relativa uniformidade de comportamento de 'Mar-keter' (Figura 2) confirma sua a d a p t a b i1i d a d e , relatada por WHI T A K E R S DAVIS ( 1 9 6 2 ) . Talvez essa adaptabilidade se deva a uma menor s e n s i b i l i d a d e desse cultivar a v a r i £ ções a m b i e n t a i s , como sugerem os resultados obtidos por SHIFRISS & GEORGE ( 1 9 6 5 ) .
A correlação positiva e n c o n t r a d a entre a produção e média do número de ramificações laterais das plantas
(Tabela 1 ) , também v e r i f i c a d a e m m e l a n c i a (SACHAN & T I K -KA, 1 9 7 1 ) , era e s p e r a d a , porque os ramos laterais apre-sentam, g e r a l m e n t e , maior proporção de flores f e m i n i n a s , que dão o r i g e m aos f r u t o s ; além d i s s o , as flores femininas do ramo principal não têm alta p o r c e n t a g e m de p e g a -m e n t o , co-mo de-monstrou RAMALHO ( 1 9 7 3 ) para o cultivar
'Aodaí'. P r o v a v e l m e n t e , a correlação não foi s i g n i f i c a -tiva na segunda época por ter havido maior variação no comportamento das plantas.
Do mesmo modo que em Cuourbita maxima (ABDEL - AL et a l i i , 1 9 7 3 ) , a produção e m peso de p e p i n o , neste tra-balho, a p r e s e n t o u correlação positiva com número de fru-tos p r o d u z i d o s .
SACHAN & TIKKA ( 1 9 7 1 ) e ABDEL-AL et alii ( 1 9 7 3 ) para plantas da mesma família.
Embora não se tenha medido o comprimento de todos os frutos c o l h i d o s , observações de amostras comprovaram a correlação encontrada por CARLSSON ( 1 9 6 2 ) : os frutos de 'Verde Paulistano' e ' A o d a i1, que apresentaram maior peso m é d i o , foram os mais compridos.
A tendência de diminuir a relação entre produção comerciãvel e produção total a medida que a idade da planta a u m e n t a v a , indicada pelos coeficientes de correla_ ção c a l c u l a d o s , não esta de acordo com a informação de STENE (1964) de que os frutos produzidos nos primeiros n ó s , isto é, aqueles obtidos nas primeiras col heitas,sao freqüentemente de qualidade inferior aos demais. De fato, a tendência indicada pelos coeficientes de c o r r e l a -ção foi acentuada somente no fim do ciclo das plantas , quando ocorreu aumento de infestação de doenças e pragas.
A Figura 1 m o s t r a , nas duas é p o c a s , a mesma ten-dência das plantas de concentrarem sua produção em torno da metade do período de colheita. F. possível que tenha ocorrido o efeito inibidor, relatado por T I E D J E N S (1 9 2 8 a ) , da presença de frutos em desenvolvimento sobre a forma-ção de novos f r u t o s , provocando queda de produforma-ção apôs ser atingido o primeiro pico; recuperado o e q u i l í b r i o , a produção terseia novamente elevado. De acordo com e s -sa h i p ó t e s e , as maiores produções tenderiam a concentrar -se na metade do período de colheitas.
CONCLUSÕES
Para as condições deste e x p e r i m e n t o , concluiu - s e q u e :
- o cultivar 'Aodai' a p r e s e n t o u as maiores produ-ções e os frutos de melhor q u a l i d a d e , enquanto 'Santee' foi o menos p r o d u t i v o , com frutos de qualidade inferior aos demais c u l t i v a r e s ;
- 'Verde P a u l i s t a n o1
e 'Aodai' p r o d u z i r a m frutos de maior peso m é d i o ;
- 'Verde Paulistano' a p r e s e n t o u produção mais t a ^ dia que os demais c u l t i v a r e s ;
- o comportamento de 'Marketer' foi pouco afetado pelas variações a m b i e n t a i s ;
- as maiores produções de todos os cultivares fo-ram obtidas entre a terceira e a penúltima c o l h e i t a s ;
- as plantas semeadas em d e z e m b r o c r e s c e r a m mais e d e s e n v o l v e r a m - s e com maior rapidez que as semeadas em ma i o;
- as plantas semeadas em maio a p r e s e n t a r a m maior produção e frutos de melhor qualidade que as semeadas em d e z e m b r o ;
- para todos os c u l t i v a r e s , as produções de cada c o l h e i t a , com exceção das p r i m e i r a s , foram representati-vas da produção t o t a l ;
- houve correlações positivas entre a produção to tal e a produção c o m e r c i ã v e l , e e n t r e o número de frutos e seu p e s o ;
de menor peso médio e houve menor proporção de frutos cc> mere i ave i s;
as plantas que a p r e s e n t a r a m ramos principais mais longos e maior número de ramificações laterais foram mais produt i vas.
SUMMARY
BEHAVIOUR OF CUCUMBER (Cucumis sativus L.) CULTIVARS UNDER TWO SOWING DATES
Plant development and fruit production of cucumber cultivars 'Marketer I A C- 2 2 0 5 ' , 'Palomar I A C- 3 0 5 0 ' , 'San-tee I A C- 2 4 4 1 ' , 'Verde Paulistano IAC-1336' and 'Aodai
1 - 4 3 2 1 ' w e r e compared under two sowing d a t e s , 5t n
of May and 5t n
of December of 1970 in C a m p i n a s , SP, B r a z i l , in a Yellow Red Latossol. Air temperature ranged from
1 2 , 0° C to 2 6, 8° C in the first period of c u l t u r e , and from 1 8 , 5° C to 3 0 , 2° C in the second period. Adequate
cultural practices were p r o v i d e d . When the first female flower appeared in the f i e l d , insecticides and fungicides applications w e r e interrupted.
For all c u l t i v a r s , yields w e r e higher and fruit quality was better in the first period of culture. Both
There w e r e found positive correlations between yield in each harvesting date a n d total y i e l d , total yield a n d m a r k e t a b l e y i e l d , number of fruits and fruits w e i g h t , plant height a n d y i e l d , a n d number of lateral
branches a n d y i e l d . T h e relation between marketable and total y i e l d , a n d fruit average w e i g h t , decreased at the end of the plants cycle.
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