UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
CAMPUS DE BOTUCATU
INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS
MARIANA DETTMER DE CASTRO MELLO
SUSTENTABILIDADE DOS RECURSOS HÍDRICOS NO ESTADO DE SÃO PAULO: O CASO DAS RESOLUÇÕES
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
CAMPUS DE BOTUCATU
INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS
MARIANA DETTMER DE CASTRO MELLO
Sustentabilidade dos recursos hídricos no Estado de São
Paulo: o caso das Resoluções
Monografia de Conclusão de Curso para obtenção do título de Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” campus de Botucatu. Sob Orientação do Prof. Dr. Luiz C. Ribas e supervisão do Prof. Dr. Helton C. Delicio.
RESUMO
O projeto de pesquisa buscou sistematizar, comparar e analisar, as Resoluções editadas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) em escala nacional e pela Secretaria do Meio Ambiente (SMA-SP) em escala estadual, considerando os aspectos sociais, culturais, econômicos e ambientais, da sustentabilidade dos recursos hídricos no Estado de São Paulo. Através de métodos dedutivos, indutivos e especulativos foi possível analisar criticamente as Resoluções editadas por estes dois órgãos, desde sua criação até o presente momento.
Em suma, não se observou uma correlação de forma mais incisiva entre a edição das resoluções sobre recursos hídricos contemplando todas as esferas da sustentabilidade e sim um ou outro aspecto mais peculiar, destacando assim o aspecto ambiental.
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 Gráfico com a quantidade de resoluções emitidas pelo CONAMA por ordem cronológica de edição de acordo com sua influência sobre os recursos hídricos... p. 32
FIGURA 2 Gráfico com a quantidade de resoluções emitidas pela SMA-SP por ordem cronológica de edição de acordo com sua influência sobre os recursos hídricos... p. 43
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 Evolução histórica das Resoluções editadas pelo CONAMA direta e indiretamente relacionadas aos recursos hídricos no Estado de São Paulo... p. 16
TABELA 2 Evolução histórica das Resoluções editadas pela SMA-SP direta e indiretamente relacionada aos recursos hídricos no Estado de São Paulo... p. 33
TABELA 3 Categorias de grupos das Resoluções CONAMA em números e porcentagens... p. 44
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
O tema da “sustentabilidade”1 é presentemente associado ao fenômeno
das mudanças climáticas e aos impactos ambientais2 delas decorrentes que
interferem na vida das pessoas de forma negativa.
Com vistas a, ao menos, mitigar estes problemas ambientais vem sendo realizadas conferências mundiais, posteriormente ao evento (marco referencial) ocorrido no Rio de Janeiro, em 1992 (Rio-92), com o objetivo principal de buscar meios de conciliar o desenvolvimento sócio-econômico com a conservação e proteção dos ecossistemas da Terra.
De lá para cá, portanto, diversas iniciativas tanto internas (nacionais) quanto externas (mundiais), vêm sendo implantadas buscando a efetividade do desenvolvimento sustentável de uma forma geral.
A este propósito é possível mencionar, no âmbito internacional, o recente estudo científico divulgado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, da Organização das Nações Unidas (ONU), intitulado 5º Relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, conforme BBC Brasil (2014)3 e EBC Agência Brasil (2014)4. Isto porque, segundo Rajendra Pachauri, diretor do IPCC, "a influência humana no sistema climático é clara, quanto mais perturbamos nosso clima, mais riscos teremos de impactos graves, amplos e irreversíveis".
1 Entendido como “prover o melhor para as pessoas e para o ambiente tanto agora como para um futuro indefinido relacionando os aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana”, segundo o Relatório Brutland (Relatório de Brundtland, cf. disposto em (http://www.ana.gov.br/Acoes Administrativas RelatorioGestao/Rio10/ Riomaisdez/ index.php.40.html).
2 Relacionados ao uso excessivo dos recursos naturais renováveis e não renováveis e às inúmeras formas de poluição ambiental (sobretudo oriundos da combustão dos combustíveis fósseis como fonte energética).
3 BBC Brasil. Dano causado por aquecimento global pode ser 'irreversível', diz IPCC. Disponível em:<http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/11/141102_ ipcc_relatorio _fn> 02.11.2014
De acordo com estas fontes, no período de 2000 a 2010 foram registradas as emissões mais elevadas de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso na atmosfera considerando um período de 800 anos de registros históricos.
A correlação entre os impactos ambientais e a sustentabilidade em particular dos recursos hídricos existente nestes estudos científicos é bastante evidente: i) meios de vida poderão ser interrompidos por tempestades, inundações decorrentes do aumento do nível do mar e por períodos de seca e extremo calor; ii) riscos de insegurança alimentar, de falta de água, de perda da produção agrícola e de meios de renda, particularmente dentre as populações de menor renda, e; iii) riscos de perda da biodiversidade de ecossistemas, dentre outras correlações podem ser direta ou indiretamente mencionados.
No cenário nacional, especialmente no que diz respeito ao Estado de São Paulo, a tendência negativa da correlação entre impactos ambientais, sustentabilidade dos recursos hídricos não é diferente, segundo se verifica de G1 São Paulo (2014)5, por exemplo.
No estado paulista, em decorrência de um período de estiagem raramente visto antes, a questão de ordem é a “segurança hídrica”.
Segundo Rede Brasil Atual (2014)6, “desemprego e problemas em
atividades econômicas diversas já atingem cidades e empresas na bacia dos rios Piracicaba, Jundiaí e Capivari (Bacia PCJ) e na região metropolitana” em decorrência da crise hídrica no Estado de São Paulo.
Dentre as iniciativas nacionais em escala federal frente à problemática ambiental como um todo, podemos citar a Política Nacional do Meio Ambiente que, conforme disposto na Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981,
5 G1 SÃO PAULO. Alckmin quer reduzir pela metade dependência do Cantareira até junho. Disponível em:< http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/11/alckmin-quer-reduzir-pela-metade-dependencia-do-cantareira-ate-junho.html> 03.11.2014.
tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida no País (BRASIL, 2009).
No que se refere particularmente às iniciativas do Estado de São Paulo não seria diferente, visto que esta unidade da Federação também se vê na contingência de buscar o seu enquadramento dentro dos moldes de uma atuação e desenvolvimento sustentável, notadamente no que concerne à utilização de seus recursos naturais em geral e, mais especificamente, aos seus recursos hídricos.
Assim, uma das principais formas de se analisar o estabelecimento de um quadro de sustentabilidade quando da utilização dos recursos hídricos no Estado de São Paulo é a busca da conformidade legal no que diz respeito aos dispositivos normativos (instrumentos de Comando-e-Controle) estabelecidos pelas autoridades públicas, federais e estaduais.
Dentre estes instrumentos legais, haveria que se mencionarem, as Resoluções editadas7 tanto pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), órgão consultivo e deliberativo criado no âmbito da Política Nacional do Meio Ambiente em esfera federal8, quanto pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SMA), em esfera estadual9.
As resoluções são documentos dispositivos normativos emanados de órgãos colegiados, que registram uma decisão ou ordem na instância de sua
7 As quais, diga-se à propósito, têm sido utilizadas, enquanto instrumento de política ambiental e florestal, de forma extremamente contundente.
8 Inc. II, art. 6º, da Lei n. 6.938/81 - órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), com a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida; (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990). Fonte: BRASIL. Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.htm>.
área de atuação, expressa em Lei10. Tratam-se de deliberações vinculadas a
diretrizes e normas técnicas, critérios e padrões relativos à proteção ambiental e ao uso sustentável dos recursos ambientais11.
No caso específico dos recursos hídricos, além do CONAMA e do CONSEMA haveria que se mencionar a atuação, em se tratando da questão das resoluções e/ou deliberações, do Conselho Nacional dos Recursos Hídricos (CNRH), no âmbito federal, bem como do Conselho Estadual dos Recursos Hídricos (CRH), no âmbito do Estado de São Paulo.
O CNRH foi instituído no âmbito do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos e contribui para a consecução dos seguintes objetivos12: i) coordenar a gestão integrada das águas; ii) arbitrar
administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hídricos; iii) implementar a Política Nacional de Recursos Hídricos; iv) planejar, regular e controlar o uso, a preservação e a recuperação dos recursos hídricos, e; v) promover a cobrança pelo uso de recursos hídricos13.
Ao CNRH, são atribuídas as seguintes competências:
I - promover a articulação do planejamento de recursos hídricos com os planejamentos nacional, regional, estaduais e dos setores usuários;
II - arbitrar, em última instância administrativa, os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos;
10 CONPRESP. Resoluções. Disponível
em:<http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/conpresp/legislacao/resolucoe s/index.php?p=1137>;
11 CONAMA. O que é o CONAMA. Disponível em:<http://www.mma.gov.br/port/conama/estr.cfm>
12 Pode-se dizer, na verdade, que praticamente os mesmos objetivos são também perseguidos pelo CRH, no que concerne ao Estado de São Paulo, no âmbito do Sistema Integrado de Gestão de Recursos Hídricos (SIGRH), conforme mais adiante se verificará.
13 Incisos I a V, do art. 32, culminado com o art. 33, da Lei n. 9.433/1997. Fonte: CNRH. Lei n. 9.433, de 8 de janeiro de 1997.Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989. Disponível em:<
III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hídricos cujas repercussões extrapolem o âmbito dos Estados em que serão implantados;
IV - deliberar sobre as questões que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos ou pelos Comitês de Bacia Hidrográfica;
V - analisar propostas de alteração da legislação pertinente a recursos hídricos e à Política Nacional de Recursos Hídricos;
VI - estabelecer diretrizes complementares para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos, aplicação de seus instrumentos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos;
VII - aprovar propostas de instituição dos Comitês de Bacia Hidrográfica e estabelecer critérios gerais para a elaboração de seus regimentos;
IX - acompanhar a execução e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hídricos e determinar as providências necessárias ao cumprimento de suas metas;
X - estabelecer critérios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hídricos e para a cobrança por seu uso.
XI - zelar pela implementação da Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB);
XII - estabelecer diretrizes para implementação da PNSB, aplicação de seus instrumentos e atuação do Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens (SNISB);
XIII - apreciar o Relatório de Segurança de Barragens, fazendo, se necessário, recomendações para melhoria da segurança das obras, bem como encaminhá-lo ao Congresso Nacional14.
O CRH, por seu turno, está atrelado ao Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos – SGRH. O SGRH trata-se de um mecanismo político e institucional que trata de questões tais como o disciplinamento das atuações, bem como das formas e mecanismos da
atuação de órgãos e instituições responsáveis pela gestão ambiental dos recursos hídricos no estado paulista. Ademais, o SGRH define a participação e as responsabilidades do Estado, dos Municípios, dos Usuários e da Sociedade no que concerne à execução do planejamento da política estadual de recursos hídricos15.
Verifica-se, contudo, tanto no caso do CNRH quanto do CRH, que as resoluções e deliberações emanadas destas duas instituições não têm necessariamente o mesmo escopo, para efeitos dos objetivos principais do presente trabalho, das resoluções editadas pelo CONAMA e pela SMA-SP.
Isto porque, o foco das deliberações e resoluções do CNRH e do CRH, ao contrário do CONAMA e da SMA-SP é, primordialmente, executivo-administrativo (implantação das políticas nacional e estadual de recursos hídricos) e econômico-financeiro (cobrança e aplicação dos recursos pelo uso da água).
Por seu turno, as resoluções do CONAMA e da SMA-SP têm o condão de contemplar mais enfaticamente, via o estabelecimento de normas, critérios e padrões relativos ao controle e à manutenção da qualidade do meio ambiente, o foco deste estudo, qual seja, “o uso racional dos recursos ambientais, principalmente os hídricos”16.
Acredita-se que o entendimento aqui disposto sobre as resoluções e deliberações tanto do CONAMA e da SMA-SP, quanto do CNRH e da CRH podem ser corroborados pela análise das deliberações e resoluções destas duas últimas instituições consoante dispostas em anexo.
Portanto, a abordagem do presente trabalho centrar-se-á, preponderantemente, na análise das resoluções do CONAMA e da SMA-SP.
De qualquer forma, haveria que se pensar em se trabalhar mais detalhadamente as resoluções e deliberações do CNRH e do CRH em oportunidades futuras.
15 CRH. Sistema Integrado de Gestão de Recursos Hídricos. Disponível em:<
http://www.sigrh.sp.gov.br/cgi-bin/sigrh_home_colegiado.exe?TEMA=APRESENTACAO&COLEGIADO=CRH&lwgactw =184423>
2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
O presente projeto identificará e apontará as Resoluções editadas no período 1986-2014 (desde a primeira edição até o período final do projeto de pesquisa), tanto pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente quanto pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, relacionadas com a sustentabilidade dos recursos hídricos no Estado de São Paulo.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Identificar e sistematizar a edição das Resoluções emitidas pelo CONAMA até 2014 que estão relacionadas direta e indiretamente ao uso dos Recursos Hídricos.
Identificar e sistematizar as edições das Resoluções emitidas pela SMA até 2014 que estão relacionadas direta e indiretamente ao uso dos Recursos Hídricos.
Demonstrar e apontar a relação das Resoluções editadas pelo CONAMA e pela SMA com a sustentabilidade dos recursos hídricos no Estado de São Paulo
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Em termos de materiais procedeu-se, primeiramente, à pesquisa, ordenamento e sistematização das principais fontes de informações, objetivamente relacionadas às resoluções, obtidas junto aos sites das principais instituições e órgãos relacionados, direta ou indiretamente, a sustentabilidade dos Recursos Hídricos. Neste contexto recorreu-se, primordialmente, aos sites do CONAMA e da SMA-SP.
Buscou-se, por outro lado, material de pesquisa junto à bibliotecas, sedes e sites de instituições e de órgãos públicos e privados, de associações de classe representativas, dentre outras fontes, relacionados com o tema de pesquisa, além de centros de investigação acadêmica, técnica e científica (faculdades públicas e privadas com foco na área florestal).
Procedeu-se, ademais, à utilização das seguintes técnicas de pesquisa: (i) coleta de dados, a partir dos diversos dispositivos normativos, documentos técnicos, artigos, reportagens e demais informações produzidas pelos meios de comunicação e decisões administrativas ou jurídicas relativos ao tema do projeto de pesquisa; (ii) orientação profissional com experiência histórica tendo como apoio a síntese e a crítica, na análise dos dados tabulados, obtidos no transcorrer da pesquisa, e; (iii) referência bibliográfica e pesquisa documental.
Do ponto de vista metodológico, o presente estudo amparou-se nos seguintes métodos científicos:
Dedutivo (geral para o específico): a partir de uma análise técnica de todas as Resoluções editadas pelo CONAMA e pela SMA serão selecionadas aquelas relacionadas direta e indiretamente aos aspectos da sustentabilidade quando do uso dos recursos hídricos;
Especulativo, comparativo e lógico: utilizados nas etapas mais avançadas da pesquisa, quando se procederá à comparação das tabelas e gráficos com os resultados obtidos frente às resoluções selecionadas que abordam o uso sustentável dos recursos hídricos no Estado de São Paulo.
Com respeito aos procedimentos metodológicos, no que concerne aos escopos da sustentabilidade dos recursos hídricos pesquisou-se, com respeito às resoluções associadas ao uso dos Recursos Hídricos, as seguintes palavras: qualidade da água, bacias hidrográficas, classificação das águas, hidrelétricas e barragens, dragagens, reservatórios, pesca, água jurisdicionais brasileiras e aquicultura.
Após a seleção e sistematização, as resoluções foram classificadas e distribuídas em uma tabela de acordo com sua sequência cronológica, tendo sido diferenciadas e evidenciadas quanto ao escopo específico da sustentabilidade (social, cultural, econômica e ambiental) dos recursos hídricos.
Após a finalização da tabela foram gerados gráficos para análise histórica da edição das Resoluções tanto do CONAMA quanto da SMA-SP, para fins de se estabelecer as correlações necessárias para o atendimento dos objetivos deste trabalho.
4. RESULTADOS
4.1 RESOLUÇÕES DO CONAMA
A partir da análise das Resoluções editadas pelo CONAMA, foram considerados alguns critérios.
Relacionado ao uso indireto dos Recursos Hídricos: resoluções que estão relacionadas a outros fatores, que não os recursos hídricos, porém apresentam influência indireta na qualidade, estabilidade e conservação dos recursos hídricos e da biodiversidade aquática.
Posteriormente selecionadas as Resoluções que tem influência direta e indireta nos recursos hídricos, foram agrupadas em categorias as que apresentam a mesma temática, a citar: Áreas de Proteção e Preservação, Biomas, Bacias Hidrográficas, Classificação das Águas, Comissão Especial, Câmaras Temáticas, Desertificação, Dragagem, EIA-RIMA, Hidrelétricas, Lançamento de Efluentes, Licenciamento Ambiental, Patrimônio Espeleológico, Reservas Ecológicas, Reservatório de Águas e Uso Agrícola do lodo.
Após a seleção destes critérios, obtiveram-se, de acordo com a ordem cronológica da edição das resoluções, as seguintes perspectivas da sustentabilidade dos recursos hídricos no que se refere ao escopo do CONAMA. (Tabela 1 e Figura 1).
Tabela 1 – Evolução histórica das Resoluções editadas pelo CONAMA direta ou indiretamente relacionadas aos recursos hídricos.
Ano Resolução CONAMA Descrição Interferência e
Categorização Referências
1984 CONAMA Resolução Nº016/1984
"Dispõe sobre estudos das prováveis consequências dos desmatamentos na Amazônia Legal" - Data
da legislação: 18/12/1984 - Publicação
Boletim de Serviço/MI, de 25/01/1985 -
Finalidade Cumprida
Indireta/ Biomas
"Determinar, com base nos dados
científicos disponíveis, que a sua
Secretaria Executiva promova estudos sobre as prováveis
consequências no clima, no regime hídrico, na fertilidade
do solo e nos ecossistemas amazônicos, causados
por extensivo desmatamento na região, para serem
apresentados ao plenário do Conselho
1985 CONAMA Resolução Nº001/1985
"Dispõe sobre estudos de implantação de novas destilarias de
álcool nas bacias hidrográficas do Pantanal Mato-grossense" - Data da legislação: 05/03/1985 -
Publicação Boletim de Serviço/MDU nº 002,
de 03/05/1985 -
Finalidade Cumprida
Direta/ Bacias
Hidrográficas
1985 CONAMA Resolução Nº002/1985
"Dispõe sobre licenciamento de
atividades potencialmente poluidoras, pelos órgãos
estaduais competentes" - Data da legislação: 05/03/1985 - Publicação
Boletim de Serviço/MI, de 22/03/1985 -
Finalidade Cumprida
Indireta/ Licenciamento
Ambiental
"Determinar que a Secretaria Especial do
Meio Ambiente comunique, através de ofício, a todos os órgãos federais,
estaduais e municipais e demais
empresas responsáveis pela
construção de barragens, que os
projetos de implantação das mesmas deverão ser
objeto de licenciamento pelos
órgãos estaduais competentes, uma vez
que se trata de atividade considerada
potencialmente poluidora".
1985 CONAMA Resolução Nº003/1985
"Dispõe sobre a criação de Comissão Especial
para propor o zoneamento da Bacia
Hidrográfica do Rio Paraguai". - Data da legislação: 18/09/1985 -
Publicação DOU, de 04/10/1985, pág. 14610
- Alterada pela Resolução nº 12, de
1986
Direta/ Comissão
Especial
Nº004/1985 Ecológicas". - Data da sobre Reservas legislação: 18/09/1985 -
Publicação DOU, de 20/01/1986, págs.
1095-1096 - Alterada pela Resolução nº 10, de 1993. Revogada pela Resolução nº 303, de
2002
Ecológicas estabelecidas as seguintes definições:
c) leito maior sazonal - calha alargada ou maior de
um rio, ocupada nos períodos anuais de
cheia; d) olho d'água, nascente - local onde
se verifica o aparecimento de água
por afloramento do lençol freático e) vereda - nome
dado no Brasil Central para caracterizar todo espaço brejoso ou
encharcado que contém nascentes ou cabeceiras de cursos d'água de rede de drenagem, onde há ocorrência de solos hidromórficos com renques buritis e outras formas de vegetação típica".
1986 CONAMA Resolução Nº001/1986
"Dispõe sobre critérios básicos e diretrizes gerais para o Relatório de Impacto Ambiental -
RIMA". - Data da legislação: 23/01/1986 -
Publicação DOU, de 17/02/1986, págs.
2548-2549 - Alterada pelas Resoluções nº 11, de 1986, nº 05, de 1987, e
nº 237, de 1997
Indireta/ EIA-RIMA
"Art. 2º Dependerá da elaboração de estudo de impacto ambiental:
RIMA, a serem submetidos à aprovação do órgão estadual competente,
e da Secretaria Especial do Meio Ambiente - SEMA em caráter supletivo,
o licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente, tais
como:
VII - Obras hidráulicas para
exploração de recursos hídricos,
tais como: barragem para fins hidrelétricos, acima
saneamento ou de irrigação, abertura
de canais para navegação, drenagem e irrigação, retificação
de cursos d’água, abertura de barras e
embocaduras, transposição de bacias, diques;"
1986 CONAMA Resolução Nº016/1986
"Considerando a necessidade urgente de
se estabelecer um conjunto de diretrizes gerais de uso da Bacia
Hidrográfica do Rio Paraguai". Finalidade
Cumprida
Direta/ Bacias
Hidrográficas
1986 CONAMA Resolução Nº020/1986
"Dispõe sobre a
classificação das águas doces, salobras e salinas do Território
Nacional". - Data da legislação: 18/06/1986 -
Publicação DOU, de 30/07/1986, págs.
1135611361
-Alterada pela Resolução nº 274, de 2000. Revogada pela Resolução nº 357, de
2005 Direta/ Classificação das Águas 1986 Resolução CONAMA Nº 023/1986
"Dispõe sobre estudos das alternativas e
possíveis consequências ambientais dos projetos de hidrelétricas" - Data da legislação: 18/09/1986 -
Publicação DOU, de 06/11/1986, pág. 16636.
Direta/ Hidrelétricas 1986 Resolução CONAMA Nº 024/1986 "Dispõe sobre apresentação de licenciamento de projetos de hidrelétricas pela ELETROBRÁS" - Data
da legislação: 18/09/1986 - Publicação
DOU, de 18/11/1986,
Direta/
pág. 17233.
1987 CONAMA Resolução Nº005/1987
"Dispõe sobre o Programa Nacional de Proteção ao Patrimônio
Espeleológico, e dá outras providências". -
Data da legislação: 06/08/1987 - Publicação
DOU, de 22/10/1987, págs. 1749917500
-Revogada pela Resolução nº 347, de
2004. Indireta/ Patrimônio Espeleológico O patrimônio espeleológico vem definido da seguinte forma pelo artigo 5°, inciso I, do Decreto
n° 99.556/90: “O conjunto de
elementos bióticos e abióticos, socioeconômicos e histórico-culturais, subterrâneos ou superficiais, representados pelas cavidades naturais subterrâneas ou a esta
associados”.
1987 CONAMA Resolução Nº006/1987
"Dispõe sobre o licenciamento ambiental de obras do
setor de geração de energia elétrica" - Data
da legislação: 16/09/1987 - Publicação
DOU, de 22/10/1987, pág.17500.
Indireta/ Licenciamento
Ambiental
Faz referência a várias fontes de energia, inclusive hidrelétrica, evidenciando a necessidade de emissão da Licença Prévia, Licença de Instalação e Licença de Operação.
1988 CONAMA Resolução Nº005/1988
"Dispõe sobre o licenciamento de obras de saneamento básico" -
Data da legislação: 15/06/1988 - Publicação
DOU, de 16/11/1988, pág. 22123.
Indireta/ Licenciamento
Ambiental
"Art. 3º Ficam sujeitas a licenciamento as obras de sistemas de
abastecimento de água, sistemas de esgotos sanitários, sistemas de drenagem e sistemas de limpeza
urbana a seguir especificadas:
I - Em Sistemas de Abastecimento de
Água. a) obras de captação cuja vazão seja acima
de 20% (vinte por cento) da vazão mínima da fonte de
abastecimento no ponto de captação e
e/ou bióticas dos
corpos d’água."
1988 CONAMA Resolução Nº008/1988
"Dispõe sobre o licenciamento de atividade mineral (transformada no Decreto nº 97.507, de
13 de fevereiro de 1989)" - Data da legislação: 13/02/1988 -
Publicação DOU, de 14/02/1989, pág. 2282 -
Transformada em ato superior
Indireta/ Licenciamento
Ambiental
"Art. 1º As atividades, individual
ou coletiva, que realizam extração mineral em depósitos de colúvio, elúvio ou aluvião, no álveos (placeres) de cursos
d'água ou nas margens reservadas,
bem como nos depósitos secundários, chapadas, vertentes e
altos dos morros utilizando equipamentos de tipo
dragas, moinhos, balsas, pares de
bombas (chapadeiras), bicas ("cobra fumando") e
quaisquer outros equipamentos que
apresentem afinidades, deverão ser licenciados pelo órgão ambiental
competente."
1988 CONAMA Resolução Nº010/1988
"Dispõe sobre a regulamentação das
APAs". - Data da legislação: 14/12/1988 -
Publicação DOU, de 11/08/1989, págs.
13660-13661 - Revogada pela Resolução nº 428, de 2010. Revogada pela
Resolução nº 428, de 2010.
Indireta/ Áreas de Proteção
"Art. 6º Não são permitidas nas APA’s
as atividades de terraplanagem,
mineração,
dragagem e escavação que venham a causar danos ou degradação
do meio ambiente e/ou perigo para pessoas ou para a
biota. Parágrafo único. As
referidas, num raio mínimo de 1.000
(mil) metros no entorno de cavernas,
corredeiras, cachoeiras, monumentos naturais,
testemunhos geológicos e outras
situações semelhantes, dependerão de prévia aprovação de estudos de impacto ambiental e de licenciamento
especial, pela entidade administradora da APA" 1997 Resolução CONAMA Nº 238/1997 "Aprova Política Nacional de Controle da
Desertificação" - Data da legislação: 22/12/1997 - Publicação
DOU nº 248, de 23/12/1997, pág.
30.930.
Indireta/ Desertificação
“Art.1º Aprova a Política Nacional de
Controle da Desertificação, conforme publicado no Boletim Interno do
Ministério do Meio Ambiente, dos
Recursos Hídricos e da Amazônia Legal.”
2001
Resolução CONAMA
Nº279/2001
"Estabelece procedimentos para o
licenciamento ambiental simplificado
de empreendimentos elétricos com pequeno
potencial de impacto ambiental" - Data da legislação: 27/06/2001 -
Publicação DOU nº 125, de 29/06/2001,
págs. 165-166.
Indireta/ Licenciamento
Ambiental
Art. 1º Os procedimentos e prazos estabelecidos
nesta Resolução aplicam-se, em qualquer nível de
competência, ao licenciamento ambiental simplificado de empreendimentos elétricos com pequeno potencial de impacto ambiental, aí incluídos: I - Usinas
hidrelétricas e sistemas associados;
2001 CONAMA Resolução Nº284/2001
"Dispõe sobre o licenciamento de
empreendimentos de irrigação" - Data da legislação: 30/08/2001 -
Publicação DOU nº
Direta/ Licenciamento
Ambiental
188, de 01/10/2001,
pág. 153. captação, adução e distribuição da água,drenagem,
caminhos internos e a lavoura propriamente dita, bem como qualquer outra ação indispensável à obtenção do produto final do sistema de irrigação."
2002
Resolução CONAMA
Nº302/2002
Dispõe sobre os parâmetros, definições e
limites de Áreas de Preservação Permanente de
reservatórios artificiais e o regime de uso do entorno. Data da legislação: 20/03/2002 -
Publicação DOU nº 090, de 13/05/2002,
págs. 67-68.
Direta/ Reservatórios
de água
"Considerando a função ambiental das Áreas de Preservação
Permanente de preservar os recursos hídricos, a
paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna
e flora, proteger o solo e assegurar o
bem estar das populações humanas..:" Art. 1º Constitui objeto da presente
Resolução o estabelecimento de
parâmetros, definições e limites
para as Áreas de Preservação Permanente de reservatório artificial
e a instituição da elaboração obrigatória de plano
ambiental de conservação e uso do
seu entorno Art. 2º Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes
definições: I - Reservatório
artificial: acumulação não natural de água
múltiplos usos;"
2002 CONAMA Resolução Nº303/2002
"Dispõe sobre parâmetros, definições e
limites de Áreas de Preservação Permanente". - Data da legislação: 20/03/2002 - Publicação DOU nº 090, de 13/05/2002, pág. 068 - Revoga a Resolução nº 04, de 1985. Alterada pela Resolução nº 341, de
2003.
Indireta/ Áreas de Preservação
"Art. 2º. Para os efeitos desta Resolução, são adotadas as seguintes
definições:
I - nível mais alto: nível alcançado por
ocasião da cheia sazonal do curso d`água perene ou intermitente; II - nascente ou olho
d`água: local onde aflora naturalmente,
mesmo que de forma intermitente,
a água subterrânea;"
2003 CONAMA Resolução Nº323/2003
"Institui a Câmara Técnica de Biodiversidade, Fauna e
Recursos Pesqueiros". - Data da legislação: 25/04/2003 - Publicação
DOU nº 082, de 30/04/2003, pág. 196 -
Alterada pelas Resoluções nº 360, de 2005 e nº 376, de 2006.
Finalidade Cumprida
Direta/ Câmara Técnica
"Art 1º Instituir a Câmara Técnica de
Biodiversidade, Fauna e Recursos Pesqueiros com a finalidade de propor normas e padrões de
proteção à biodiversidade e aos recursos pesqueiros, bem como normas e
critérios para o licenciamento ambiental de atividades potencial
2003 CONAMA Resolução Nº333/2003
"Institui a Câmara Técnica de Controle e
Qualidade Ambiental". - Data da legislação: 25/04/2003 -
Publicação DOU nº 083, de 02/05/2003, pág. 063 Alterada pelas Resoluções nº 360, de 2005 e nº 376,
de 2006.
Direta/ Câmara Técnica
"Art 1º Instituir a Câmara Técnica de Controle e Qualidade Ambiental com a finalidade de propor normas e padrões de qualidade das águas,
do ar e do solo, bem como normas e critérios para o licenciamento ambiental de atividades potencial ou efetivamente poluidoras." 2004 Resolução CONAMA Nº 344/2004
"Estabelece as diretrizes gerais e os procedimentos mínimos
para a avaliação do material a ser dragado
em águas jurisdicionais brasileiras, e dá outras providências". - Data da legislação: 25/03/2004 -
Publicação DOU nº 087, de 07/05/2004, págs. 56-57 - Alterada pela Resolução nº 421, de 2010. Revogada pela Resolução nº 454
de 2012. Direta/ Dragagem 2004 Resolução CONAMA Nº 347/2004
"Dispõe sobre a proteção do patrimônio
espeleológico.". - Data da legislação: 10/09/2004 - Publicação
DOU nº 176, de 13/09/2004, págs. 54-55
- Revoga a Resolução nº 05, de 1987.
Alterada pela Resolução nº 428, de
2010.
Indireta/ Patrimônio Espeleológico
"Art. 2º Para efeito desta Resolução ficam estabelecidas as
seguintes definições: I - cavidade natural subterrânea - é todo e
qualquer espaço subterrâneo penetrável pelo ser humano, com ou sem abertura identificada,
popularmente conhecido como caverna, gruta, lapa, toca, abismo, furna e buraco, incluindo seu
ambiente, seu conteúdo mineral e
ali encontradas e o corpo rochoso onde
as mesmas se inserem, desde que a
sua formação tenha sido por processos
naturais, independentemente de suas dimensões ou
do tipo de rocha encaixante. "
2005
Resolução CONAMA
Nº357/2005
"Dispõe sobre a
classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais
para o seu enquadramento, bem
como estabelece as condições e padrões de
lançamento de efluentes, e dá outras providências.". - Data
da legislação: 17/03/2005 - Publicação
DOU nº 053, de 18/03/2005, págs. 58-63
-Alterada pelas Resoluções nº 370, de 2006, nº 397, de 2008, nº 410, de 2009, e nº
430, de 2011. Complementada pela
Resolução nº 393, de 2009.
Direta/ Classificação
2006
Resolução CONAMA
Nº375/2006
"Define critérios e procedimentos, para o uso agrícola de lodos de
esgoto gerados em estações de tratamento
de esgoto sanitário e seus produtos derivados, e dá outras providências". - Data da legislação: 29/08/2006 -
Publicação DOU nº 167, de 30/08/2006,
pág. 141146
-Retificada pela Resolução nº 380, de
2006.
Indireta/ Uso Agrícola do
lodo
"Art. 15. Não será permitida a aplicação
de lodo de esgoto ou produto derivado: III - em Áreas de
Proteção aos Mananciais - APMs
definidas por legislações estaduais
e municipais e em outras áreas de captação de água
para abastecimento público, a critério do
órgão ambiental competente; IV - no interior da Zona de Transporte para fontes de águas minerais, balneários e estâncias de águas minerais e potáveis
de mesa, definidos na Portaria DNPM no
231, de 1998;"
2006 Resolução CONAMA Nº 377/2006 "Dispõe sobre licenciamento ambiental simplificado
de Sistemas de Esgotamento Sanitário"
- Data da legislação: 09/10/2006 - Publicação
DOU nº 195, de 10/10/2006, pág. 56
Indireta/ Licenciamento
Ambiental
"Considerando a atual situação dos recursos hídricos no país, cuja carga poluidora é, em
grande parte, proveniente de lançamento de esgotos domésticos sem prévio tratamento;"
"Art. 1o Ficam sujeitos a procedimentos simplificados de
licenciamento ambiental as unidades
de transporte e de tratamento de esgoto sanitário, separada ou
conjuntamente, de pequeno e médio
Nº
380/2006 375/2006critérios e - Define procedimentos, para o uso agrícola de lodos de
esgoto gerados em estações de tratamento
de esgoto sanitário e seus produtos derivados, e dá outras providências" - Data da legislação: 31/10/2006 -
Publicação DOU nº 213, de 07/11/2006,
pág. 59
de lodo
2008
Resolução CONAMA
Nº 396/2008
"Dispõe sobre a
classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento
das águas subterrâneas e dá outras providências." -
Data da legislação: 03/04/2008 - Publicação
DOU nº 66, de 07/04/2008, págs. 66-68
Direta/ Classificação
das Águas
2008
Resolução CONAMA
Nº 397/2008
"Altera o inciso II do § 4o e a Tabela X do § 5o, ambos do art. 34 da Resolução do Conselho
Nacional do Meio Ambiente-CONAMA
no 357, de 2005, que dispõe sobre a
classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais
para o seu enquadramento, bem
como estabelece as condições e padrões de
lançamento de efluentes.". - Data da legislação: 03/04/2008 -
Publicação DOU nº 66, de 07/04/2008, págs. 68-69 - Alterada pela
Resolução nº 410, de 2009.
Direta/ Classificação
2009
Resolução CONAMA
Nº 410/2009
"Prorroga o prazo para complementação das condições e padrões de
lançamento de efluentes, previsto no art. 44 da Resolução nº 357, de 17 de março de 2005, e no Art. 3o da Resolução nº 397, de 3
de abril de 2008." - Data da legislação: 04/05/2009 - Publicação
DOU nº 83, de 05/05/2009, pág. 106
Indireta/ Lançamento de Efluentes
"Prorroga prazo para as resoluções consideradas acima: nº 357, de 17 de março de 2005; nº 397, de 3 de abril de 2008" 2009 Resolução CONAMA Nº 413/2009
"Dispõe sobre o
licenciamento ambiental da aquicultura, e dá outras providências." -
Data da legislação: 26/06/2009 - Publicação
DOU nº 122, de 30/06/2009, págs.
126-129. Alterada pela Resolução 459/2013 (acrescenta § 5º ao art. 6º; acrescenta §§ 1º, 2º e 3º ao art. 9º; nova redação ao inciso II do
art. 10; acrescenta o art. 23-A; acrescenta o
anexo VIII) Direta/ Licenciamento Ambiental 2010 Resolução CONAMA Nº 421/2010
"Dispõe sobre revisão e atualização da Resolução CONAMA nº 344, de 25 deMarço de 2004." Revogada pela Resolução nº 454
de 2012.
Direta/ Dragagem
Revisa e atualiza a Resolução CONAMA
nº 344/ 2004, referente ao material
a ser dragado em águas jurisdicionais brasileiras. 2011 Resolução CONAMA Nº 430/2011 "Dispõe sobre condições e padrões de
lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução no 357, de 17 de março de
2005, do Conselho Nacional do Meio
Ambiente - CONAMA." - Data da legislação: 13/05/2011 -
Publicação DOU nº 92, de 16/05/2011, pág. 89
Indireta/ Lançamento de Efluentes
"Art. 11. Nas águas de classe especial é
vedado o lançamento de
efluentes ou disposição de resíduos domésticos,
Art. 12. O lançamento de efluentes em corpos
de água, com exceção daqueles enquadrados na classe
especial, não poderá exceder as condições
e padrões de qualidade de água
estabelecidos para as respectivas classes,
nas condições da vazão de referência
ou volume disponível, além de
atender outras exigências aplicáveis."
2012
Resolução CONAMA
Nº454/2012
"Estabelece as diretrizes gerais e os procedimentos referenciais para o
gerenciamento do material a ser dragado
em águas sob jurisdição nacional." -
Data da legislação: 01/11/2012 - Publicação
DOU, de 08/11/2012, Seção 1, pág. 66 - Revoga as Resoluções nº 344 de 2004 e nº 421
de 2010.
Direta/ Dragagem
2013
Resolução CONAMA
Nº459/2013
"Altera a Resolução no 413, de 26 de junho de
2009, do Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA,
que dispõe sobre o
licenciamento ambiental da aquicultura, e dá outras providências." -
Data da legislação: 04/10/2013 - Publicação
DOU n° 194, de 07/10/2013, pág. 76 -
Altera Resolução 413/2009
Direta/ Licenciamento
Ambiental
Nº
458/2013 licenciamento ambiental em assentamento de reforma agrária, e dá outras providências. " -
Data da legislação: 16/07/2013 - Publicação
DOU nº 137, de 18/07/2013, pág. 73 -
Revoga a Resolução nº 387, de 27 de dezembro de 2006.
Ambiental procedimentos para o licenciamento
ambiental de atividades agrossilvipastoris e de
empreendimentos de infraestrutura, passíveis de licenciamento, realizados em assentamentos de reforma agrária." VII - Empreendimentos de infraestrutura: obras realizadas nos assentamentos de reforma agrária destinadas à: d) captação, condução e reserva de água."
2014 Resolução CONAMA Nº 462/2014 "Estabelece procedimentos para o
licenciamento ambiental de empreendimentos de
geração de energia elétrica a partir de fonte
eólica em superfície terrestre. " Altera o art.
1º da Resolução CONAMA n.º 279, de 27 de julho de 2001, e dá outras providências
Indireta/ Licenciamento
Ambiental
"ANEXO I 5.1.4. Recursos hídricos Identificar e mapear os principais corpos d'água, inclusive subterrâneas, na área
de influência direta do empreendimento.
Apresentar a caracterização geral dos principais cursos
d'água na área de influência do empreendimento. Avaliar as condições
de escoamento subsuperficial e de drenagem nas áreas úmidas em que for
necessária a construção de acessos, com o objetivo de verificar as interferências nos fatores bióticos e
Figura 1. Gráfico com a quantidade de resoluções emitidas pelo CONAMA por ordem cronológica de edição de acordo com sua influência sobre os recursos hídricos.
4.2 RESOLUÇÕES DA SMA-SP
Para as resoluções editadas pela SMA, também foram considerados os mesmo critérios utilizados pela análise das resoluções CONAMA, descritos a seguir:
Relacionado ao uso direto dos Recursos Hídricos: resoluções que fazem referência ao uso dos recursos hídricos de maneira direta. Consideramos as palavras a seguir: qualidade da água, bacias hidrográficas, classificação das águas, hidrelétricas e barragens, dragagens, reservatórios, pesca, água jurisdicionais brasileiras e aquicultura.
Relacionado ao uso indireto dos Recursos Hídricos: resoluções que estão relacionadas a outros fatores, que não os recursos hídricos, porém apresentam influência indireta na qualidade, estabilidade e conservação dos recursos hídricos e da biodiversidade aquática.
Após a seleção destes critérios, obtiveram-se, de acordo com a ordem cronológica da edição das resoluções, as seguintes perspectivas da sustentabilidade dos recursos hídricos no que se refere ao escopo da SMA-SP e, particularmente, ao Estado de São Paulo (Tabela 2 e Figura 2)
Tabela 2 – Evolução histórica das Resoluções editadas pela SMA-SP direta ou indiretamente relacionada aos recursos hídricos.
Ano Resol. SMA
n. Descrição
Interferênc ia e
Categoria Referências
1996 42
"Aprova a minuta de resolução que disciplina o Licenciamento Ambiental dos Empreendimentos de
Extração de Areia na Bacia do Rio Paraíba do
Sul." Direta/ Licenciame nto Ambiental
1997 05
"Institui o compromisso de ajustamento de conduta ambiental, com força de
título executivo extrajudicial, no âmbito da
Secretaria do Meio Ambiente, da Companhia
de Tecnologia de Saneamento Ambiental - Cetesb e da Fundação para
a Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo – Fundação Florestal, e dá providências correlatas."
Indireta/ Conduta Ambiental
"Considerando que as condutas e atividades lesivas ao meio ambiente
sujeitam os infratores, pessoas físicas ou
jurídicas, independentemente de
sanções penais e administrativas, à obrigação de reparar os danos causados, devendo
o Estado de São Paulo promover a responsabilização dos causadores de poluição
ou de degradação ambiental, como preceitua o art. 225, § 3º,
da Constituição Federal e o art. 193, XIV, da Constituição do Estado;
Considerando que a Política Nacional do Meio Ambiente visa, entre outros objetivos, a imposição, ao poluidor e
31-08-81; resolve: Art. 1º - Fica instituído, no âmbito da Secretaria do
Meio Ambiente, o compromisso de ajustamento de conduta ambiental, na forma do termo em anexo a esta
resolução"
1997 69
"Dispõe sobre a extração de areia e argila vermelha da Bacia Hidrográfica do rio
Jaguari Mirim."
Direta/ Mineração
1999 28
"Dispõe sobre o
zoneamento ambiental para mineração de areia
no subtrecho dabacia hidrográfica do Rio Paraíba do Sul inserido nos municípios de Jacareí,
São José dos Campos, Caçapava, Taubaté,
Tremembé e Pindamonhangaba, e dá providências corre latas."
Direta/ Mineração
2004 39
"Diretrizes gerais à caracterização do material
a ser dragado para o gerenciamento de sua disposição em solo."
Direta/ Dragagem
"A atividade de dragagem é sujeita a licenciamento ambiental
conforme estabelecido no Anexo da Resolução
CONAMA no 237-97, prevendo o seu licenciamento ambiental
baseado em estudos ambientais; Que a realização de atividades
de dragagem é imprescindível para a
implantação, manutenção e operação de portos e terminais portuários, e
das condições de navegabilidade de corpos hídricos, assim
como para a viabilização de obras civis em corpos d'água
2005 06
Ficam estabelecidas as microbacias hidrográficas selecionadas
em função doestado de degradação do solo e da água e do nível de renda dos produtores rurais, a serem beneficiadas com a concessão de subvenções econômicas e doação de sementes para adubação verde e mudas de espécies
florestais dentro do Programa Estadual de
Microbacias Hidrográficas."
Direta/ Bacias Hidrográfic
as
2005 17
"Estabelece normas para a definição de
Microbacias Hidrográficas a serem atendidas pelo Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas e para a concessão de subvenções
econômicas e doação de sementes e mudas aos produtores rurais dessas microbacias hidrográficas, nos termos das Disposições
Transitórias da Lei n.º 8.421, de 23 de novembro de 1993, alteradas pela Lei
nº 11.970, de 30 de junho de 2005, e dá outras
providências"
Direta/ Bacias Hidrográfic
as
2005 18
"Estabelece normas para a recuperação de áreas
degradadas localizadas nas
microbacias hidrográficas abrangidas
pelo
Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas e dá outras
providências."
Direta/ Bacias Hidrográfic
as
2005 24
"Regulamenta dispositivos do Decreto Estadual nº 49.215 de 7 de dezembro
de 2004, que instituiu o Zoneamento Ecológico -
Econômico do Litoral Norte."
Indireta/ Zoneament o Ecológico
"Artigo 2º - Para efeito de aplicação do dispostos no inciso VI, do art. 7º e no art. 13, do
Decreto Estadual nº 49.215-04, considera-se
ocupação humana de baixo efeito impactante
que não altera a característica socioambiental da zona,
aquela que: "III - mantenha as características originais
dos corpos d'água da área;"
V - no caso da
necessidade de captação de água para
abastecimento, tal atividade possua outorga
do órgão competente
2007 54
"Dispõe sobre o licenciamento ambiental e
regularização de empreendimentos
urbanísticos e de saneamento básico considerados de utilidade
pública e de interesse social e dá outras
providências."
Indireta/ Licenciame
nto Ambiental
Artigo 1º - Serão objeto de licenciamento ambiental, com base na
presente resolução, as obras e atividades que visam à implantação de projetos considerados de
utilidade pública ou de interesse social nos termos do artigo 2º, inciso I alíneas “b”, “d” e “f”, e inciso II, alínea
“b”, da Resolução CONAMA nº 369 de 28
de Março de 2006 necessárias à melhoria
das condições urbanísticas das moradias populares, favelas, assentamentos
ou reassentamentos urbanos, bem como das
obras de saneamento básico, a seguir listadas:
I. sistemas de tratamento de água,
sem previsão de transposição de bacia
represamento e obras correlatas; II. adutoras de água,
com diâmetro superior a 1 metro;
III. obras de desassoreamento, retificação e demais obras de drenagem, com
extensão superior a 5 km;
2008 88
"Define as diretrizes técnicas para o licenciamento de empreendimentos do setor
sucroalcooleiro no Estado de São Paulo."
Indireta/ Licenciame
nto Ambiental
"Artigo 6º – Nas áreas Adequadas com Restrições Ambientais
nas áreas de alta vulnerabilidade, conforme o Mapa “Disponibilidade de Águas Superficiais e Vulnerabilidade das Águas Subterrâneas". "A aplicação de vinhaça fica
condicionada a apresentação de
relatório contendo a caracterização hidrogeológica, com o objetivo de determinar a
vulnerabilidade do aquífero local.
Parágrafo Único – Para as áreas onde se comprovar a alta
vulnerabilidade do aquífero local, deverá
ser apresentado um Plano de Manejo, elaborado de acordo com
as diretrizes da Norma Técnica Cetesb 4.231, contemplando a taxa de
2009 69
"Define os parâmetros técnicos que estabelecem a
proibição da pesca de arrasto, com utilização de
sistema de parelha de barcos de grande porte, e a
pesca com compressor de ar ou outro equipamento de sustentação artificial nas
Áreas de Proteção Ambiental Marinhas do Litoral do Estado de São
Paulo, criadas pelos Decretos nº 53.525, 53.526
e 53.527, todos de 08 de outubro de 2008, e dá
outras providências."
Direta/ Recursos Pesqueiros
2010 29
"Dispõe sobre estudos técnicos para subsidia alteração de limites e mudança de categorias de
manejo de Unidades de Conservação, bem como
sobre Termos de Compromisso a serem
celebrados com os ocupantes de Unidades de
Conservação até sua definitiva regularização
fundiária, e dá outras providências. "
Indireta/ Unidades de
Conservaçã o
"§ 2º - O Plano de Manejo ou os estudos
específicos complementares, a serem
elaborados com fundamentos técnicos e científicos, deverão, em face das propostas de revisão dos limites ou de
categorias de manejo, contemplar, necessariamente, os seguintes aspectos: V - formas de proteção aos
mananciais;"
2010 56
"Altera procedimentos para o licenciamento das atividades que especifica e
dá outras providências"
Indireta/ Licenciame
nto Ambiental
"Artigo 1° § 2º - Quando localizados em Área de
Proteção dos Mananciais da Região
Metropolitana de São Paulo, os
empreendimentos, obras e atividades citados no caput deste artigo serão
objeto de Alvará de Licença a ser emitido
pela Companhia Ambiental do Estado de
São Paulo - CETESB."
2010 123
"Define as diretrizes para a execução do Projeto Mina
D’água - Projeto de Pagamento por Serviços Ambientais, na modalidade
Direta/ PSA
proteção de nascentes, no âmbito do Programa de Remanescentes Florestais."
2011 50
"Define as diretrizes para a adequação ambiental de imóveis rurais com vistas à
participação no Projeto Mina D’Água. "
Direta/ PSA
2012 51
"Regula o exercício de atividades pesqueiras profissionais realizadas
com o uso de redes nas praias inseridas nos limites
da Área de Proteção Ambiental Marinha do Litoral Centro, criada pelo Decreto nº 53.526, de 8 de
outubro de 2008, e dá outras providências."
Direta/ Recursos Pesqueiros
2012 66
"Dispõe sobre as diretrizes para o monitoramento das
condições de balneabilidade das praias
paulistas, e dá outras providências."
Direta/ Praias
"O Secretário de Estado do Meio Ambiente, no uso de suas atribuições legais, e Considerando a Resolução CONAMA nº 274, de 20 de novembro de 2000, que estabeleceu instrumentos para
assegurar a avaliação da qualidade das águas
destinadas à recreação de contato primário,
indicando diretrizes para o monitoramento da balneabilidade."
2012 91
"Dispõe sobre os estudos previstos para o licenciamento ambiental de
empreendimentos de aquicultura, nos casos dos
procedimentos simplificado e ordinário estabelecidos pelo Decreto
nº 58.544, de 13 de novembro de 2012, e dá
outras providências." Direta/ Licenciame nto Ambiental
2013 04
"Dispõe sobre a criação de Grupo de Trabalho,
visando selecionar propostas de projetos de despoluição das águas do
Rio Pinheiros que sejam passíveis de teste em
Direta/ Grupo de Trabalho
escala piloto."
2013 43
"Estabelece os procedimentos operacionais do Programa
Município VerdeAzul, e dispõe sobre o método de
valoração dos passivos ambientais aplicados no
cálculo do Índice de Avaliação Ambiental."
Indireta/ PSA
"O Programa visa estimular e capacitar as
prefeituras a implementarem e desenvolverem uma
Agenda ambiental estratégica. As 10 diretivas, onde os municípios concentram
seus esforços para desenvolvimento da agenda ambiental são:
Esgoto Tratado, Resíduos Sólidos, Biodiversidade, Arborização Urbana, Educação Ambiental, Cidade Sustentável,
Gestão das Águas, Qualidade do Ar, Estrutura Ambiental e Conselho Ambiental."
2013 52
"Estabelece os procedimentos operacionais do Programa
Município VerdeAzul, e dispõe sobre o método de
valoração dos 'passivos ambientais aplicados no cálculo do Índice de Avaliação Ambiental."
Indireta/
PSA Faz referência ao mesmo projeto descrito acima.
2013 87
"Dispõe sobre a criação do Conselho do Patrimônio Espeleológico do Estado
de São Paulo."
Indireta/ Patrimônio Espeleológi
co
"Artigo 2º - Para os fins previstos nesta
Resolução entende-se por patrimônio
socioeconômicos, histórico-culturais, arqueológicos, paleontológicos e paisagísticos."
2013 89
"Institui as diretrizes para a execução do Projeto de Pagamento por Serviços
Ambientais para as Reservas Particulares do
Patrimônio Natural – RPPN, no âmbito do
Programa de Remanescentes Florestais."
Indireta/ PSA
Artigo 3º – Os editais de chamada pública do CAP/RPPN deverão estabelecer critérios de
seleção de modo a priorizar as Reservas
Particulares do Patrimônio Natural – RPPNs localizadas em: III – área indicada para conservação ambiental
em Zoneamentos Ecológico-Econômicos,
Zoneamentos Municipais, Planos Diretores ou em Planos de Bacia Hidrográfica.
2014 01
"Institui Comitê Permanente para Gestão Integrada da Qualidade da
Água destinada ao Consumo Humano no Estado de São Paulo e dá
providências correlatas"
Direta/ Grupo de Trabalho
2014 17
"Dispõe sobre as designações dos membros
do Grupo de Trabalho incumbido de debater sobre o licenciamento ambiental unificado na Bacia Hidrográfica do Rio Jaguari, afluente da margem esquerda do Rio Paraíba, até os limites da Região Metropolitana de
São Paulo."
Direta/ Grupo de Trabalho
2014 28
"Designa os representantes da Secretaria de Estado do
Meio Ambiente para integrar o Comitê Permanente para Gestão Integrada da Qualidade da Água destinada ao Consumo Humano no Estado de São Paulo, instituído pela Resolução Conjunta SES/SMA/SSRH
Direta/ Grupo de Trabalho
nº 01, de 20 de fevereiro de 2014."
2014 02
"Dispõe sobre a designação de membros para comporem o Comitê
Permanente para Gestão Integrada da Qualidade da Água destinada ao
Consumo Humano no Estado de São Paulo a que
se reporta o artigo 2º da Resolução Conjunta SES/SMA/SERHS nº 01,
de 20/02/2014."
Direta/ Grupo de Trabalho
2014 01
"Define as áreas de intervenção do Programa
de Incentivos à Recuperação de Matas Ciliares e à Recomposição
de Vegetação nas Bacias Formadoras de Mananciais de Água - Programa Mata Ciliar, de
que trata o Decreto nº 60.521, de 5 de junho de
2014."
Direta/ Áreas de Proteção
2014 56
"Designa representante da Secretaria de Estado do
Meio Ambiente para integrar o Comitê Permanente para Gestão Integrada da Qualidade da Água destinada ao Consumo Humano no Estado de São Paulo, instituído pela Resolução
Conjunta
SES/SMA/SSRH nº 01, de 20 de fevereiro de 2014."
Direta/ Grupo de Trabalho
2014 01
"Dispõe sobre as atribuições compartilhadas
entre a Secretaria de Estado de Saneamento e Recursos Hídrico – SSRH e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente – SMA, para o aperfeiçoamento dos
mecanismos legais de defesa das Áreas de
Direta/ Áreas de Proteção
Recuperação e de Proteção aos Mananciais
– APRM, através do encaminhamento de projetos de leis específicas
que definem as Áreas de Recuperação e de Proteção
de Mananciais da Bacia Hidrográfica do Alto
Tietê."
Figura 2. Gráfico com a quantidade de resoluções emitidas pela SMA por ordem cronológica de edição com sua influência sobre os recursos hídricos.
4.4 DISCUSSÃO
Observa-se que das trinta e oito (38) Resoluções emitidas pelo CONAMA:
Cinco (05) tiveram sua Finalidade Cumprida;
Seis (06) foram Revogadas por outras Resoluções;
Oito (08) foram Alteradas por outras Resoluções;
Dezenove (19) estão em vigência
Os principais focos das resoluções do CONAMA (38) sobre a questão hídrica durante o período 1984-2014 foram:
Tabela 3 – Categorias de grupos das Resoluções CONAMA
Categorias Total Percentual
Licenciamento ambiental (11) 11 28,9%
EIA-RIMA (01) 01 2,6%
Lançamento de Efluentes (02) Uso Agrícola do lodo (02) 04 10,5%
Dragagem (03) 03 8%
Classificação das Águas (04) 04 10,5%
Reservas Ecológicas (01) Áreas de Proteção e Preservação
(02) Biomas (01) 04 10,5%
Patrimônio Espeleológico (02) 02 5,2%
Câmaras Temáticas (02) Comissão Especial (01) 03 8% Bacias Hidrográficas (02) Reservatório de Águas (01)
Hidrelétricas (02) 05 13,2%
Desertificação (01) 01 2,6%
38 100%
Verifica-se também de acordo com a Figura 1 que à exceção dos anos de 1985-1986 e considerando o intervalo acima citado, houve durante o período 1984-2014, uma relativa regularidade em termos do número de resoluções do CONAMA sobre recursos hídricos.
Ainda de acordo com a Figura 1, é possível observar que a relação entre a interferência direta ou indireta no tema dos recursos hídricos não é relevante, visto que dezoito (18) das resoluções publicadas referem-se diretamente aos recursos hídricos e vinte (20) indiretamente.
De forma geral, as resoluções do CONAMA editadas durante o período 1984-2014 a respeito dos recursos hídricos, relativamente ao escopo da sustentabilidade social, cultural, econômica e ambiental aborda, preponderantemente, a questão da normatização das intervenções antrópicas no meio ambiente para efeitos do uso sustentável dos recursos hídricos. Este cenário demonstra, conforme visto na Tabela 3, que a maior quantidade de resoluções editadas na esfera nacional com enfoque nos recursos hídricos está relacionada à questão do Licenciamento Ambiental, representando aproximadamente 29% das resoluções em um período de 30 anos.
Observa-se que das trinta e uma (31) Resoluções emitidas pela SMA:
Todas (31) encontram-se vigentes.
Valeu ressaltar que nos dois últimos anos (2012-2013) a SMA revogou grande parte de suas Resoluções, não somente as relacionadas direta ou indiretamente aos recursos hídricos, mas de diversos temas.
Tabela 4 – Categorias de grupos das Resoluções SMA-SP
Categorias Total Percentual
Licenciamento ambiental (05), Conduta Ambiental (01) 6 19,4% Comitês e Grupos Técnicos de Gestão (06) 6 19,4% Bacias hidrográficas (03), Zoneamento Ecológico (1) 4 13% Unidades de Conservação (01), Área de Proteção Ambiental
(02), Recursos Pesqueiros (02) 5 16,1%
Pagamento por Serviços Ambientais (05) 5 16,1%
Extração Mineral (02), Dragagem (01) 3 9,6%
Praias (01) 1 3,2%
Patrimônio Espeleológico (01) 1 3,2%
31 100%
Verifica-se, de acordo com a Figura 2, que as resoluções da SMA-SP sobre a questão dos recursos hídricos editadas anualmente durante o período 1996-2014 foram relativamente heterogêneas, com picos nos anos de 2005, 2010 e um gradiente crescente nos últimos anos 2012-2014. Devemos ressaltar, que no ano de 2014 o Estado de São Paulo, em específico, vem atravessando uma expressiva crise hídrica, conforme anteriormente apontado. E possivelmente este cenário já vem sendo discutido desde os últimos anos e acredita-se ter influenciado na grande quantidade de resoluções publicadas em 2014.
Também observa-se na Figura 2, que as resoluções de influencia direta nos recursos hídricos (21) são maiores quando comparadas as que interferem de maneira indireta (10). Isto evidencia o foco que a SMA-SP detém sobre os recursos hídricos, considerando as particularidades regionais e legislando com vistas a contempla-las.