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Determinação da temperatura para inativação da urease em amostras de casca e farelo de soja

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Academic year: 2017

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(1)

I

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA – UNESP

FACULDADE DE CIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

MONOGRAFIA DE CONCLUSÃO DE CURSO (MCC)

TÍTULO : Determinação da temperatura para inativação da urease em

amostras de casca e farelo de soja

Orientador: Prof. Dr.: Manoel Lima de Menezes

Orientado: Juliana Cristina Torini

BAURU - SP

(2)

I

JULIANA CRISTINA TORINI

DETERMINAÇÃO DA TEMPERATURA PARA

INATIVAÇÃO DA UREASE EM AMOSTRAS DE

CASCA E FARELO DE SOJA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Química da Faculdade de Ciências de Bauru/Unesp, como parte dos Requisitos para obtenção do Título de Licenciado em Química, sob Orientação do Prof. Dr. Manoel Lima de Menezes

(3)

II

DEDICATÓRIA

(4)

III

AGRADECIMENTOS

À Deus.

Ào meu querido orientador e Prof. Dr. Manoel Lima de Menezes, pela infinita paciência, apoio e bondade.

Àos meus pais João e Cleonice que durante todo o processo de minha graduação em Química me apoiaram incondicionalmente.

Ào meu namorado João Otávio, pela compreensão, incentivo e paciência.

Àos membros da banca, Profa. Dra. Eliane Maria Stefanato Simionato e Profa. Dra. Márcia Aparecida Zeferino, que gentilmente aceitaram o convite para participarem da banca examinadora.

À todos os meus familiares, que de alguma forma especial me incentivaram e apoiaram.

Às minhas queridas amigas, Gisele Calandrin, Juliana Ebúrneo e Mayara Frenhe, que de todas as formas compartilharam comigo os momentos mais difíceis mostrando o verdadeiro valor de uma amizade.

À todos os meus colegas de sala, pelos agradáveis momentos vividos e pelas infinitas lembranças que nunca esquecerei.

(5)

IV

“Uma coisa aprendi nessa longa vida: toda nossa Ciência, comparada com a realidade, é primitiva e infantil — ainda assim é a coisa mais preciosa que temos”

(6)

V

Torini, Juliana Cristina. Determinação da temperatura para inativação da urease em amostras de farelo e casca de soja. 35 f. Trabalho de Conclusão de Curso Licenciatura em Química – Universidade Estadual Paulista, UNESP, Bauru. 2009.

RESUMO

A soja pode ser usada na alimentação animal na forma de semente, casca ou farelo. A semente é rica fonte de proteína (38 a 39%), energia (18% de óleo). Quando da utilização da semente crua, deve-se evitar a utilização conjunta da uréia, em virtude da urease contida nas sementes desdobrar a uréia em amônia. Quando o grão é tostado torna-se excelente fonte de proteína não degradada no rúmen além de destruir a urease. O farelo de soja é um dos ingredientes protéicos mais utilizados nas formulações das rações animais. Nas rações de monogástricos o farelo tem alto teor de proteína proporcionado por uma maior separação da casca da soja. Para os ruminantes o valor protéico do farelo é menor tendo inclusão da casca de soja para diminuir o teor de proteína. Com o aumento do consumo de farelo de alto teor protéico, e devido aos aumentos na produção de suínos e aves verificados nos últimos anos, aumentará a disponibilidade de casca de soja no mercado, isto porque a casca de soja é pouco aproveitada na alimentação de monogástricos. Neste contexto, o principal objetivo deste trabalho foi determinar os tempos e as temperaturas necessárias para garantir a efetiva inativação da ureáse presentes no farelo e na casca de soja. De acordo com as avaliações realizadas, para efetuar a determinação das temperaturas e os tempos necessários para obter a inativação da ureáse, presentes no farelo e na casca de soja, são de 170ºC e 25 minutos, para o farelo de soja e de 140 ºC e 10 minutos para a casca de soja, respectivamente.

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VI

Torini, Juliana Cristina. Determinação da temperatura para inativação da urease em amostras de farelo e casca de soja. 35 f. Trabalho de Conclusão de Curso Licenciatura em Química – Universidade Estadual Paulista, UNESP, Bauru. 2009.

ABSTRACT

Soybeans can be used in animal feed in the form of seed hulls or bran. The seed is rich source of protein (38 to 39%), energy (18% oil). When using the raw seed, you should avoid the utilization of urea, because ureasis contained the seeds split the urea into ammonia. When the grain is roasted it becomes an excellent source of protein is not degraded in the rumen but destroy ureasis. Soybean meal is one of the protein ingredients commonly used in formulations of animal feeds. In the diets of monogastric bran has high protein content provided by a greater separation of soybean hulls. For the ruminant protein value of the meal is lower with the inclusion of soybean hulls to reduce the level of protein. With the increased consumption of meal high protein, due to increases in production of pigs and poultry in recent years, increasing the availability of soybean hulls on the market, this is because soybean hulls is little understood in the feeding of monogastric . In this context, the main objective of this study was to determine the times and temperatures needed to ensure the effective inactivation of ureasis present in the bran and soybean hulls. According to the assessments, to make the determination of temperatures and times required for the inactivation of ureasis present in the bran and soybean hulls are 170 º C and 25 minutes for soybean meal and 140 ° C 10 minutes for soybean hulls, respectively.

(8)

VII

LISTA DE TABELAS

Página

Tabela 1 –Valores de atividade ureática em amostras que não foram submetidas

ao aquecimento ...13 Tabela 2 – Valores de atividade ureática no farelo de soja em relação a variação

de temperatura ...14 Tabela 3 –Valores de atividade ureática na casca de soja em relação a variação

de temperatura...16 Tabela 4 – Valores de atividade ureática no farelo de soja em relação a variação de

tempo...18 Tabela 5 − Valores de atividade ureática na casca de soja em relação a variação de

(9)

VIII

LISTA DE FIGURAS

Página

Figura 1 –Atividade Ureática no farelo de soja versus Temperatura...15

Figura 2 –Atividade Ureática na casca de soja versus Temperatura...17

Figura 3 –Atividade Ureática no farelo de soja versus Tempo...19

(10)

IX

SUMÁRIO

Página

1.0 INTRODUÇÃO... 1

1.1. A soja... 1

1.2. História da soja... 1

1.2.1. A História da soja no Brasil... 2

1.3. Usos da soja... 3

1.4. Farelo de soja em rações animais... 4

1.5. A casca de soja e sua utilização na alimentação... 4

1.6. Considerações sobre a urease... 6

2.0 OBJETIVOS... 8

3.0 MATERIAIS E MÉTODOS... 9

3.1. Preparo das amostras de soja e casca de soja... 9

3.2. Preparo das soluções... 9

3.3. Avaliação da Temperatura de Inativação da Urease no Grão de Soja... 9

3.4. Determinação da atividade ureática... 10

3.5. Avaliação da Temperatura de Inativação da Urease na Casca de Soja... 10

3.6. Determinação do tempo necessário para a inativação da urease no grão de soja... 10

3.7. Determinação do tempo necessário para a inativação da urease na casca de soja... 11

4.0 RESULTADOSE DISCUSSÃO... 12

4.1. Atividade ureática em relação a variação de temperatura... 12

(11)

X

4.1.3. Atividade ureática na casca de soja em relação a variação de temperatura... 15

4.2. Atividade ureática em relação a variação de tempo... 18

4.2.1. Atividade ureática no grão de soja em relação a variação de tempo... 18

4.2.2. Atividade ureática na casca de soja em relação a variação de tempo... 20

5.0 CONCLUSÃO... 22

(12)

1

1.0. INTRODUÇÃO 1.1. A soja

A soja é uma planta herbácea, pertencente a família das Leguminosas e se apresenta como um arbusto de porte pequeno com flores brancas, amarelas ou cor de violeta e folhas verde-escuro. A palavra soja vem do japonês shoyo.

Os Estados Unidos é o maior produtor mundial de soja e sua produção correspondeu a 86,77 milhões de toneladas deste grão na safra de 2006/07. Já no Brasil, segundo maior produtor mundial de soja, a cultura ocupou uma área de 20,687 milhões de hectares totalizando uma produção de 58,4 milhões de toneladas de soja (EMBRAPA).

O estado do Mato Grosso é o maior produtor de soja do Brasil e sua produtividade média pode alcançar 3.000 kilogramas por hectare, sendo este um valor bastante alto quando comparado com a produtividade média brasileira, que é igual a 2.823 Kg/ha (EMBRAPA).

1.2. História da soja

A soja teve sua origem no leste asiático, principalmente ao longo do rio Yangtse na China. Os chineses foram os primeiros a realizarem cruzamentos entre duas espécies de soja selvagem, originando a soja conhecida e cultivada atualmente (EMBRAPA).

(13)

2

Até 1894 a produção de soja ficou restrita à China e apesar de ser conhecida pela civilização oriental por milhares de anos, só foi introduzida na Europa no final do século XV (EMBRAPA).

O teor do óleo e a proteína do grão despertaram o interesse das industrias mundiais na segunda década do século XX. No entanto, devido às condições climáticas desfavoráveis, o cultivo desse grão na Rússia, Inglaterra e Alemanha foi um fracasso (EMBRAPA).

1.2.1. A História da soja no Brasil

No final da década de 60, dois fatores fizeram o Brasil enxergar a soja como um produto comercial. Nesta época, o trigo era a cultura principal do Sul do Brasil e a soja era uma opção em sucessão ao trigo. O Brasil também iniciava a produção de suínos e aves aumentando a necessidade de farelo de soja. Desta forma, em 1966 a produção de soja já era uma necessidade estratégica, sendo produzidas cerca de 500 mil toneladas no país (EMBRAPA).

Em meados de 1970, a explosão do preço da soja no mercado aumenta o interesse dos agricultores e do governo brasileiro. O país se beneficia com a vantagem competitiva em relação aos outros paises produtores de soja, já que o escoamento da safra brasileira ocorre na entressafra americana quando as cotações são maiores. O país passou a investir em tecnologia de adaptação da cultura às condições brasileiras, desde então (EMBRAPA).

(14)

3

Tal conquista dos cientistas brasileiros revolucionou a história mundial da soja e seu impacto começou a ser notado pelo mercado a partir do final da década de 80 e mais intensamente da década de 90, quando os preços deste grão começaram a cair (EMBRAPA).

Atualmente, os maiores produtores de soja do mundo são: Estados Unidos, Brasil, Argentina, China Índia e Paraguai (EMBRAPA).

1.3. Usos da soja

O grão de soja apresenta uma versatilidade muito grande sendo utilizado pela agroindústria, na industria de alimentos e química. Na alimentação, a proteína da soja é a base de ingredientes de padaria, massas, cereais, bebidas, misturas preparadas, alimentos dietéticos, chocolates e temperos (EMBRAPA).

A soja também é largamente utilizada na produção de lubrificantes, adesivos, isolantes elétricos, tintas de impressão, formulação de espumas e fabricação de fibras, além de ser utilizada na produção de adubos, rações para animais e nutrientes (EMBRAPA).

No entanto, o seu uso mais conhecido é como óleo refinado que é obtido a partir do óleo bruto. Neste processo também é produzida a lecitina que é um agente emulsificante utilizado na fabricação de maioneses, achocolatados e salsichas (EMBRAPA).

(15)

4

1.4. Farelo de soja em rações animais

A soja pode ser usada na alimentação animal na forma de semente, casca ou farelo. A semente é rica fonte de proteína (38 a 39%), energia (18% de óleo). Quando da utilização da semente crua, deve-se evitar a utilização conjunta da uréia, em virtude da ureáse contida nas sementes desdobrar a uréia em amônia. Quando o grão é tostado torna-se excelente fonte de proteína não degradada no rúmen além de destruir a urease (BARBOSA, 2004).

O farelo de soja é um dos ingredientes protéicos mais utilizados nas formulações das rações animais. Nas rações de monogástricos o farelo tem alto teor de proteína proporcionado por uma maior separação da casca da soja. Para os ruminantes o valor protéico do farelo é menor tendo inclusão da casca de soja para diminuir o teor de proteína (SILVA, 2004).

Com o aumento do consumo de farelo de alto teor protéico, e devido aos aumentos na produção de suínos e aves verificados nos últimos anos, aumentará a disponibilidade de casca de soja no mercado, isto porque a casca de soja é pouco aproveitada na alimentação de monogástricos (SILVA, 2004).

1.5. A casca de soja e sua utilização na alimentação animal

(16)

5

O valor de nutrientes digestíveis totais seria próximo ao de forragens de boa qualidade. Isso ocorre pois, além da lignina ser baixa, uma grande parte da fibra da casca de soja corresponde à pectina (MEDEIROS, 2004).

A qualidade da fibra da casca de soja é a principal responsável pelo interesse no seu uso. A pectina é um carboidrato que compõe a parede celular, mas diferentemente dos principais componentes, a celulose e a hemicelulose, tem alta digestibilidade. Além disso, uma característica da sua fermentação bastante interessante para ruminantes é que ela mantém o pH ruminal mais estável e evitaria a produção de ácido lático, ajudando a manutenção de um ambiente ruminal mais propício à degradação da fibra e reduzindo a chance de desenvolvimento de acidose ruminal. Há ainda autores que defendem que a melhor degradação da fibra dietética como um todo para animais que recebem casca de soja em substituição a fontes de amido seriam independentes dos valores de pH (MEDEIROS, 2004).

O uso da casca de soja em suplementos para animais em pastejo tem se mostrado bastante interessante, com a obtenção de resultados melhores do que do milho ou outras fontes tradicionais de amido (milho, sorgo, aveia etc.), pois a rápida fermentação destes alimentos, a baixa estimulação para a ruminação e pequena capacidade tamponante intrínseca acabam por predispor um ambiente ruminal menos propício para a degradação da fibra. Já a pectina da casca de soja, apesar de sua alta taxa de fermentação e limitada capacidade de estimulação da ruminação, tem um bom poder de tamponamento natural (MEDEIROS, 2004).

(17)

6

volume, ou seja, de baixa densidade. Outros problemas compreendem a distribuição da ração, a colocação no cocho e as perdas, todas também em função da baixa densidade deste alimento (MEDEIROS, 2004).

1.6) Considerações sobre a ureáse (EC 3.5.1.5)

As enzimas são proteínas que catalisam reações químicas nos seres vivos e possuem um centro ativo, onde se processam as reações de determinados substratos (MEDEIROS, 2004).

A ureáse é uma enzima que catalisa a hidrólise da uréia ((NH2)2CO) em dióxido de

carbono (CO2) e amônia

(

NH3). A reação é a seguinte:

(NH

2

)

2

CO + H

2

O CO

2

+ 2NH

3

A uréia pode ser adicionada a rações de animais como suplemento alimentar, assim como o farelo e a casca de soja. No entanto, a presença da enzima ureáse ocasiona a hidrólise da uréia, liberando amônia (NH3), que volatiliza e causa implicações na

(18)

7

Desta forma é importante efetuar o teste da ureáse, uma vez que este informa o grau de processamento da soja pelo calor (tostagem), indicando a presença ou não de fatores antinutricionais existentes na soja crua. (FUNDAÇÃO abc).

(19)

8

2.0 OBJETIVOS

Considerando que pode ser adicionado uréia ao farelo ou na casca de soja como aditivo alimentar para bovinos, o controle da urease se faz necessário, já que esta enzima ocasiona a hidrólise da uréia liberando amônia e gás carbônico.

Portanto, o objetivo deste trabalho foi determinar a temperatura e o tempo ideais para a inativação da enzima urease, uma vez que a liberação de amônia causa implicações na palatabilidade da mistura, resultando em um baixo consumo da ração.

(20)

9

3.0 MATERIAIS E MÉTODOS:

3.1. Preparo das amostras de soja e casca de soja

500 g de soja foram colocadas de molho em água por aproximadamente 15 horas, até que as cascas se soltassem facilmente dos grãos. Em seguida, as cascas foram separadas dos grãos e ambos foram colocados em temperatura ambiente até que secassem completamente.

3.2. Preparo das soluções

Inicialmente foi preparada a solução tampão, 0,01mol/L, utilizando-se fosfato dissódico (Na2HPO4 . 12 H2O) e água destilada em um balão volumétrico. Em seguida a

solução foi colocada em um pHmetro previamente calibrado e o pH ajustado para 7,0 com ácido fosfórico (H3PO4).

A solução de uréia, 0,01mol/L, foi preparada utilizando-se uréia e o tampão fosfato em um balão volumétrico.

3.3. Avaliação da Temperatura de Inativação da Urease no Grão de Soja

(21)

10

3.4. Determinação da atividade ureática

Foram transferidas duas porções de 0,2 g da amostra para dois tubos de ensaio e foram adicionados 10 mL da solução tampão fosfato pH 7,0 ao tubo A (branco) e 10 mL da solução de uréia ao tubo B.

Em seguida, ambos os tubos permaneceram em banho-maria a 30°C por 30 minutos. Após esse período,os tubos foram retirados do banho e o líquido sobrenadante transferido para béqueres de 10mL. Estas soluções foram submetidas as determinações de pH (AOAC, 1997). A atividade ureática foi determinada através da relação abaixo:

Atividade Ureática = [pH amostra B – pH da amostra A (branco)]

3.5. Avaliação da Temperatura de Inativação da Urease na Casca de Soja

Para a determinação da temperatura de inativação da urease na casca da soja, o mesmo procedimento descrito no item 3.3 foi realizado.

3.6. Determinação do tempo necessário para a inativação da urease no grão de soja

Porções de 10,00 gramas de grão de soja foram submetidos ao aquecimento em uma temperatura fixa com o auxílio de uma estufa. Cada porção foi submetida ao aquecimento durante um período de tempo diferente, sendo que o tempo inicial foi de 5 minutos este foi sendo elevado gradativamente de 5 em 5 minutos até que atingisse 30 minutos.

(22)

11

3.7. Determinação do tempo necessário para a inativação da urease na casca de soja

(23)

12

4.0 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A atividade da enzima urease pode ser medida através da diferença de pH das amostras contendo somente tampão fosfato, chamadas de branco, e as amostras contendo tampão fosfato e solução de uréia (AOAC,1997).

A enzima urease catalisa a hidrólise da uréia em amônia e dióxido de carbono. A presença de amônia produz um aumento do pH da solução. Dessa forma, quando as amostras de casca e farelo de soja (que possuem a enzima urease) entram contato com a solução de uréia, a enzima catalisa a hidrólise da uréia liberando amônia que provoca um aumento no pH da solução.

Portanto, a atividade ureática pode ser quantificada através da diferença de pH entre as amostras contendo solução tampão fosfato e solução de uréia (onde ocorre o aumento de pH já que há liberação de amônia), e as amostras contendo somente solução tampão fosfato (onde o pH é aproximadamente 7,0 e não ocorre hidrólise de amônia e liberação de uréia).

Os valores de atividade ureática aceitos são próximos de 0,10. Valores muito menores, próximos de zero indicam uma tostagem excessiva e valores muito acima indicam soja crua, onde a enzima urease ainda está ativa.

4.1. Atividade ureática em relação a variação de temperatura

4.1.1. Atividade ureática das amostras de grão de soja e casca de soja sem aquecimento

(24)

13

Tabela 1:Valores de atividade ureática em amostras que não foram submetidas ao aquecimento

Amostra pH da amostra + tampão fosfato

(amostra A)

pH amostra + tampão fosfato + solução de uréia

(amostra B)

Atividade Ureática (diferença de pH)

Grão de soja

7,10 8,90 1,80

Casca de soja

7,20 8,20 1,00

O valor de atividade ureática encontrado no farelo de soja que não sofreu nenhum tipo de aquecimento prévio foi muito alto, sendo igual a 1,80. O mesmo fenômeno foi observado na atividade ureática, determinada na casca da soja, como pode ser visto na Tabela 1.

4.1.2. Atividade ureática no grão de soja em relação a variação de temperatura

(25)

14

Tabela 2: Valores de atividade ureática no farelo de soja em relação a variação de temperatura

Temperatura (ºC)

pH da solução de farelo de soja + tampão

fosfato (amostra A)

pH da solução de

farelo de soja + tampão fosfato + solução de uréia (amostra B)

Atividade Ureática (diferença de

pH)

60 7,10 8,80 1,70

80 7,10 8,60 1,50

100 7,10 8,70 1,60

120 7,50 8,50 1,00

140 7,20 8,00 0,80

160 7,20 7,40 0,20

180 7,40 7,40 0,00

A amostra quando aquecida a 60° C, não foi observada uma variação muito significativa da atividade ureática, sendo esta igual a 1,70, ou seja, diferenciando muito pouco da atividade inicial, como pode ser observado na Tabela 2. Entre as temperaturas de 80 e 100 ºC, não houve uma diminuição na atividade ureática, variando entre 1,5 a 1,6.

As diferenças significativas começaram a ocorrer em torno de 120°C, onde a atividade ureática foi 1,0. Em 140° C observou-se um decréscimo da atividade, igual a 0,8, atingindo o valor de 0,2 em 160°C. Quando a amostra foi submetida a 180°C, observou-se que a atividade ureática foi igual a zero. Neste caso a amostra apresentou-se muito tostada, podendo inferir que poderia ter havido uma perda substancial de proteínas.

(26)

15

160°C e 180°C. A atividade ureática encontrada nessa temperatura também foi de 0,2, indicando que valores de temperatura entre 160°C e 170°C são ideais para a inativação da urease (já que 0,2 foi o valor obtido mais próximo do valor ideal de 0,1).

Através destes dados (Tabela 2) foi feito o gráfico de Atividade Ureática no farelo de soja versus Temperatura

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8

60 80 100 120 140 160 180

Temperatura °C A ti vi d ad e U re át ic a

Figura 1: Atividade Ureática no farelo de soja versus Temperatura

Na Figura 1 pode-se observar a constante diminuição da atividade ureática, exceto pelo pico em 100° C onde houve um aumento da atividade ureática (igual a 1,60) em relação a medida anterior realizada em 80°C (igual a 1,50).

4.1.3. Atividade ureática na casca de soja em relação a variação de temperatura

(27)

16

medidos com um pHmetro e foi calculada a atividade ureática para cada uma das amostras à diferentes temperaturas. Os resultados são mostrados na Tabela 3.

Tabela 3: Valores de atividade ureática na casca de soja em relação a variação de temperatura

Temperatura (ºC)

pH da solução de farelo de casca de soja +

tampão fosfato (amostra A)

pH da solução de

farelo de casca de soja + tampão fosfato + solução de uréia

(amostra B)

Atividade Ureática (diferença de

pH)

60 7,20 8,10 0,90

80 7,10 7,50 0,40

100 7,20 7,40 0,20

120 7,30 7,60 0,30

140 7,40 7,50 0,10

160 7,05 7,15 0,10

180 7,10 7,20 0,10

O valor de atividade ureática encontrado na casca de soja que não sofreu nenhum tipo de aquecimento prévio foi relativamente alto, sendo igual a 1,00, como pode ser observado na Tabela 1. À medida que casca foi sendo aquecida, a atividade enzimática foi diminuindo gradativamente chegando ao valor constante de 0,10, como pode ser observado na Tabela 3.

(28)

17

0,10. No entanto, o valor de atividade ureática tornou a subir em 120°C, sendo igual a 0,30. Quando a amostra foi submetida a temperatura de 140°C a atividade ureática determinada foi igual à 0,10, sendo este o valor ideal. Nos ensaios avaliados entre as temperaturas de 160 e 180ºC, a atividade ureática manteve-se constante, com um valor de 0,1, porém, as amostras apresentaram-se excessivamente tostadas.

Através destes dados (Tabela 3) foi feito o gráfico de Atividade Ureática na casca de soja versus Temperatura

0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1

60 80 100 120 140 160 180

Temperatura ºC A ti vi d ad e U re át ic a

Figura 2: Atividade Ureática na casca de soja versus Temperatura

(29)

18

4.2. Atividade ureática em relação a variação de tempo

4.2.1. Atividade ureática no grão de soja em relação a variação de tempo

As amostras de grão de soja foram submetidos ao aquecimento em uma temperatura fixa de 170 °C durante períodos de tempo diferentes, sendo que o tempo inicial foi de 5 minutos e este foi sendo elevado gradativamente de 5 em 5 minutos até que atingisse 30 minutos. Os resultados obtidos estão apresentados na Tabela 4.

Tabela 4: Valores de atividade ureática no farelo de soja em relação a variação de tempo

Tempo (minutos)

pH da solução de farelo de soja +

tampão fosfato (amostra A)

pH da solução de

farelo de soja + tampão fosfato + solução de uréia

(amostra B)

Atividade Ureática (diferença de

pH)

5 7,20 8,70 1,50

10 7,20 8,60 1,40

15 7,10 8,50 1,40

20 7,10 8,00 0,90

25 7,10 7,20 0,10

30 7,20 7,20 0,00

O valor de atividade ureática nos períodos de 5,10 e 15 minutos não variaram muito,

(30)

19

submetida a 170 ºC, por vinte minutos, a atividade ureática caiu bruscamente, sendo esta igual à 0,9 e em 25 minutos a atividade atingiu o valor ideal de 0,1, como pode ser visto na Tabela 4. No tempo de exposição a 170ºC por 30 minutos a atividade ureática, atingiu ao valor igual a zero, porém a amostra apresentou-se excessivamente tostada. Desta forma pode-se inferir que o tempo e a temperaturas ideais para a inativação da uréase presentes no farelo de soja é de 170 ºC por 25 minutos.

Através destes dados (Tabela 4) foi feito o gráfico de Atividade Ureática no farelo de soja versus Tempo.

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6

5 10 15 20 25 30

Tempo (min) A ti vi d ad e U re át ic a

Figura 3: Atividade Ureática no farelo de soja versus Tempo

(31)

20

4.2.2. Atividade ureática na casca de soja em relação a variação de tempo

As amostras de casca de soja foram submetidas ao aquecimento em uma temperatura fixa de 140 °C durante períodos de tempo diferentes, sendo que o tempo inicial foi de 5 minutos este foi sendo elevado gradativamente de 5 em 5 minutos até que atingisse 30 minutos. Os resultados obtidos são mostrados na Tabela 5.

Tabela 5: Valores de atividade ureática na casca de soja em relação a variação de tempo

Tempo (minutos)

pH da solução de farelo de casca de soja +

tampão fosfato (amostra A)

pH da solução de

farelo de casca de soja + tampão fosfato + solução de uréia

(amostra B)

Atividade Ureática (diferença de

pH)

5 7,00 7,40 0,40

10 7,20 7,30 0,10

15 7,20 7,30 0,10

20 7,09 7,10 0,01

25 7,1 7,15 0,05

30 7,10 7,15 0,05

(32)

21

inferiores à 0,10, sendo estes iguais à 0,01, 0,05, e 0,05 respectivamente. Observou-se que as amostras apresentaram-se excessivamente tostadas.

Através destes dados (Tabela 5) foi feito o gráfico de Atividade Ureática na casca de soja versus Tempo.

0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45

5 10 15 20 25 30

Tempo (min) A ti vi d ad e U re át ic a

Figura 4: Atividade Ureática na casca de soja versus Tempo

(33)

22

5.0 CONCLUSÃO

(34)

23

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