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Estudo fenotípico e genotípico da produção de biofilme por Staphylococcus aureus isolados de leite bubalino e ambiente de ordenha

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ESTUDO FENOTÍPICO E GENOTÍPICO DA PRODUÇÃO

DE BIOFILME POR

Staphylococcus aureus

ISOLADOS DE

LEITE BUBALINO E AMBIENTE DE ORDENHA

Camila Chioda de Almeida Bióloga

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP

CÂMPUS DE JABOTICABAL

ESTUDO FENOTÍPICO E GENOTÍPICO DA PRODUÇÃO

DE BIOFILME POR

Staphylococcus aureus

ISOLADOS DE

LEITE BUBALINO E AMBIENTE DE ORDENHA

Camila Chioda de Almeida

Orientador: Prof. Dr. João Martins Pizauro Junior Coorientador: Prof. Dr. Oswaldo Durival Rossi Junior

Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – Unesp, Câmpus de Jaboticabal, como parte das exigências para a obtenção do título de Mestre em Microbiologia Agropecuária

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DADOS CURRICULARES DO AUTOR

CAMILA CHIODA DE ALMEIDA - Nascida em 06 de Maio de 1984 na cidade de Catanduva - SP, ingressou no curso de graduação em Ciências Biológicas no Centro Universitário de Araraquara – UNIARA, Araraquara, SP em fevereiro de 2006, concluindo-o em dezembro de 2009. Foi Bolsista de Desenvolvimento Tecnológico Industrial do CNPq - Nível 3- DTI-3, no Projetos de Pesquisa Científica intitulado

“Estudo epidemiológico do Staphylococcus aureus em propriedades rurais leiteiras e

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“A ignorância gera confiança com mais frequência do que o conhecimento: são aqueles que sabem pouco, e não aqueles que sabem muito, que tão positivamente afirmam que esse ou aquele problema jamais será resolvido pela ciência”.

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DEDICATÓRIA

Dedico à pessoa mais importante da minha vida, minha mãezinha querida, Marina dos Santos Chioda, por todo amor, apoio e por ser o alicerce para meu desenvolvimento.

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AGRADECIMENTOS

À Deus primeiramente, pela dádiva de viver. Pela saúde, coragem, ânimo nas horas difíceis, paciência e pelas pessoas especiais que estão na minha vida e que me

ajudaram a realizar mais um sonho. “O senhor é meu Pastor e nada me faltará...” À minha família pelo apoio e incentivo, em especial, minha mãe Marina dos Santos Chioda, meus irmãos Leandro e Fábio e meu amado sobrinho Lucas.

Ao meu namorado Lucas José Luduvério Pizauro por toda a ajuda, apoio, carinho, companheirismo, dedicação e paciência.

Ao meu orientador Prof. Dr. João Martins Pizauro Junior pela confiança em mim e em meu trabalho, pelo apoio e orientação.

Ao meu co-orientador Prof. Dr. Oswaldo Durival Rossi Junior pela amizade e auxílio durante a realização de todo trabalho.

Aos funcionários do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Reprodução Animal, em especial Liliana Biondi Naka (Lila) e Waldemar Dibelli Jr. (Diba), pela amizade, carinho, ajuda e pelos ensinamentos importantes para a realização desta pesquisa.

À todos os meus amigos pelos conhecimentos compartilhados, pela paciência, ajuda e amizade não só no laboratório, mas em todos os momentos, em especial Laryssa Ribeiro e Letícia Lavezzo (Selvis) e Poliana de Castro Melo.

À CAPES pelo apoio financeiro.

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1. INTRODUÇÃO ... 1

2. REVISÃO DE LITERATURA ... 2

2.1 Bubalinocultura no Brasil ... 2

2.2 Mastite na Bubalinocultura Leiteira ... 2

2.3 Staphylococcus aureus ... 3

2.4 Fatores de Virulência ... 4

2.5 Biofilme ... 5

2.6 Antimicrobianos X Resistência Bacteriana ... 7

2.7 Proteína A ... 7

2.8 Caracterização Molecular de S. aureus pela técnica de Reação em Cadeia da Polimerase – PCR ... 9

3. OBJETIVOS ... 10

3.1 Objetivo geral: ... 10

3.2 Objetivos específicos: ... 10

4. MATERIAL E MÉTODOS ... 11

4.1 Propriedade e animais ... 11

4.2 Avaliação dos quartos mamários e colheita das amostras de leite ... 11

4.2.1 Colheita de amostra dos insufladores e mãos dos ordenhadores ... 11

4.3 Análises laboratoriais ... 12

4.3.1 Cultivo microbiológico e identificação de microrganismos do leite ... 12

4.4 Extração de DNA... 13

4.5 Amplificação de fragmento de DNA cromossomal para identificação de estirpes de Staphylococcus aureus ... 13

4.6 Caracterização Fenotípica ... 14

4.6.1 Teste do Ágar Vermelho Congo ... 14

4.6.2 Produção de biofilmes “in vitro” através do teste de aderência em microplacas ... 14

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4.8 Caracterização Genotípica ... 15

4.8.1 ... Amplificação de DNA cromossomal pela Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) para identificação dos genes icaA e icaD, clfA,clfB, hla e spa ... 17

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 18

5.1 Isolamento de Staphylococcus spp e Staphylococcus aureus do leite e do ambiente de ordenha ... 18

5.2 Caracterização Fenotípica e Genotípica da habilidade de produção de biofilme 19 5.3 Detecção dos genes sarA, hla, clfA, clfB e spa ... 21

5.4 Perfil de sensibilidade antimicrobiana ... 24

6.CONCLUSÃO ... 25

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ESTUDO FENOTÍPICO E GENOTÍPICO DA PRODUÇÃO DE BIOFILME POR

Staphylococcus aureus ISOLADOS DE LEITE BUBALINO E AMBIENTE DE

ORDENHA

RESUMO -. Staphylococcus aureus é o microrganismo que mais prevalece em casos de mastite em rebanhos bovinos leiteiros e isto ocorre devido a produção de vários fatores de virulência, inclusive aqueles relacionados a sua capacidade de se instalar no parênquima mamário. Sendo assim, as condições microbiológicas do leite cru que é fornecido às indústrias pode refletir no seu produto final, determinando riscos à saúde do consumidor. Diante do exposto, objetivou-se realizar o isolamento e identificação das estirpes de S. aureus de amostras de leite bubalino da raça Murrah, dos insufladores, água das mangueiras da sala de ordenha e mãos dos ordenhadores em uma propriedade rural em Analândia – SP nos meses de abril, junho, outubro e novembro. Foi avaliada, a capacidade produtora de biofilme "in vitro” pelo método de aderência em microplacas e pelo cultivo em Agar Vermelho Congo (CRA), o perfil de sensibilidade dos S. aureus frente a antimicrobianos pelo método da difusão em disco além de identificar os genes que participam na formação de biofilme por Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). Das 147 estirpes de Staphylococcus spp isoladas, 32 foram identificadas como S. aureus. Dos isolados, 28,1% foram positivas para o gene icaA, 21,8% para o gene icaD, 28,1% para clfA, 50% clfB, 53,1% sarA e 50% para o gene hla. Todas os isolados demonstraram habilidade de produção de slime em Agar Vermelho Congo (CRA) e formação de biofilme em microplaca. Embora a frequência de isolamento de S. aureus foi baixa, essas estirpes podem ser consideradas potenciais patógenos zoonóticos.

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Phenotypic and Genotypic studies of biofilm production from

Staphylococcusaureus isolated from buffalo milk, milking machines, and the

hands of milkers.

ABSTRACT – Staphylococcus aureus is the most common cause of mastitis in dairy herds due to its production of several virulence factors, including those related to its ability to colonize the teat parenchyma. The microbiological status of raw milk supplied to manufacturers may reflect on the final product and the associated risks to consumer health. Accordingly, the aim of this study was to isolate and characterize S. aureus strains from samples of Murrah buffalo milk, milking machines, water hoses from milking room and from the hands of milkers on a dairy farm located in Analândia – SP during the months of April, July, October, and November. Biofilm-producing capacity was evaluated "in vitro” using a microtiter method and cultivation on Congo Red Agar (CRA). Antibiotic sensitivity testing was performed by the disk diffusion method and the identification of the genes involved in biofilm formation by Polymerase Chain Reaction (PCR). One hundred and forty-seven Staphylococcus spp. were isolated and 32 were identified as S. aureus. Of those isolates, 28.1% were positive for the icaA gene, 21.8% for the icaD gene, 28.1% for the clfA, 50.0% for the clfB, 53.1% for sarA and 50.0% for hla. All isolates produced slime on Congo Red Agar (CRA) and formed biofilms in a microtiter assay. Although the frequency of S. aureus was low, the stains isolated can be considered as potential zoonotic agents.

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LISTA DE TABELAS

Página Tabela 1. Frequência absoluta (FA) e relativa (FR) das linhagens e perfis

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LISTA DE FIGURAS

Página

Figura 1. Esquema de formação do biofilme, 1) Adesão à superfície; 2) Desenvolvimento do biofilme; 3) Desprendimento das células planctônicas (individuais ou em grupos).. ... 6 Figura 2. Esquema da interação entre a proteína A e a porção Fc da

Imunoglobulina G.. ... 8 Figura 3. Esquema representativo das diferentes regiões da Proteína A.. ... 9 Figura 4. Frequência de isolamento de S.aureus no leite, insulfladores, mão dos

ordenhadores e água da mangueira. ... 19 Figura 5. Relação entre a presença dos genes icaAD e a produção de biofilme

in S. aureus isolados de amostras de leite bubalino, insufladores e mão dos ordenhadores.. ... 21 Figura 6. Eletroforese em gel de Agarose dos produtos de PCR. (a) gene sa442

(108bp). (b) gene icaA (1315bp). (c) gene icaD (381bp). (d) gene sarA (275bp). (e) gene clfA (292bp). (f) gene clfB (205bp). (g) gene hla (600bp). (h, i) gene spa (marcador de 1kb).. ... 23 Figura 7. Perfil de sensibilidade e de resistência antimicrobiano dos

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1. INTRODUÇÃO

A produção brasileira de leite de búfala e de seus derivados vem crescendo anualmente, a búfala leiteira produz leite de características peculiares, com teores de sólidos que superam consideravelmente os do leite da vaca. Para indústria de lácteos seu aproveitamento é superior, chegando comparativamente a sobrepujar o rendimento do leite bovino em mais de 40% (TEIXEIRA et al., 2005; ANDRADE et al., 2011).

Os bubalinos, assim como os bovinos, podem apresentar mastite, essa caracteriza-se por alterações na composição do leite, tais como aumento no número de células somáticas e dos teores de cloro e sódio, além da diminuição nos teores de caseína, lactose e gordura (FONSECA & SANTOS, 2000).

O gênero Staphylococcus compreende diversas espécies e subespécies, que se encontram amplamente distribuídas na natureza, sendo principalmente isolados na pele (KLOOS & BANNERMAN,1999). Estes microrganismos destacam-se por serem causadores de mastites contagiosas e de tratamento mais difícil devido à elevada resistência aos antimicrobianos. Outro elemento importante relacionado com a erradicação e a recorrência da infecção da glândula mamária é a habilidade de produzir biofilme que estes microrganismos possuem (SZWEDA et al., 2012; MELCHIOR et al., 2006).

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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Bubalinocultura no Brasil

A espécie bubalina apresenta todas as características necessárias para uma produção de leite comercial e economicamente viável (CUNHA et al., 2006). A búfala produz leite de características peculiares, com teores de sólidos que superam consideravelmente do leite de vaca.

Segundo dados do IBGE (2012), o número de bubalinos, em 2011, foi de 1,3 milhão de cabeças, um aumento de 7,8% em relação ao ano de 2010. A criação de búfalos concentra-se nas regiões Norte e Sudeste do país, sendo os maiores efetivos registrados no Estado do Pará (38,0%), Amapá (18,4%) e Maranhão (6,5%). O Estado de São Paulo responde pelo sexto maior rebanho do país, com 75,7 mil cabeças (5,9%). Estima-se que a média de produção anual brasileira seja de 92,3 milhões de litros de leite de búfala, com produção de 18,5 mil toneladas de derivados a partir de 45 milhões de litros de leite (BERNARDES, 2007).

2.2 Mastite na Bubalinocultura Leiteira

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Segundo Lau (1994) as búfalas são menos susceptíveis à mastite que as vacas por apresentarem o Ductus papilaris mais musculosos, com maior quantidade de fibras e vasos sanguíneos, funcionando como uma barreira eficiente contra as infecções. Bathia e Valsa (1994) demonstraram que outro fator importante para a menor susceptibilidade das búfalas à mastite é a presença de grandes quantidades de lactoferrina no leite, uma substância antibacteriana que compete com as bactérias pelo ferro, tornando-o indisponível e impedindo o crescimento bacteriano.

Os microrganismos contagiosos são transmitidos no momento da ordenha, pelos insufladores, mãos dos ordenadores e pela microbiota bucal dos bezerros, geralmente, relacionados à mastite subclínica. Por outro lado, os microrganismos ambientais são transmitidos principalmente no período entre as ordenhas e estão associados à contaminação da glândula mamária a partir do solo, água e cama dos animais, causando, principalmente, mastite clínica (RIBEIRO, 2008). Embora muitos patógenos bacterianos, como algumas bactérias do grupo coliformes, possam estar relacionados ao ambiente que os animais vivem, existem aqueles associados a pele do úbere e do teto, como os S. aureus que emergiram como um dos microrganismos mais prevalentes na maior parte do mundo (TOLLERSRUD et al., 2000).

2.3 Staphylococcus aureus

Staphylococcus aureus são cocos Gram-positivos que, caracteristicamente, se dividem em mais de um plano, formando aglomerados de células que lembram um cacho de uvas. São anaeróbios facultativos, não esporulados, apresentando metabolismo fermentativo com produção de ácido e não de gás, apresentam reação de catalase, coagulase (coagulação do plasma sanguíneo) positivos. São capazes de se multiplicarem em meio contendo 10% de cloreto de sódio. São microrganismos mesófilos, com temperatura de desenvolvimento de 7 a 48ºC com ótima de 37ºC e pH na faixa de 4,0 a 10,0, com ótimo de 6,0 a 70. (SILVA et al., 2010)

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virulência são responsáveis pelos sinais clínicos e gravidade das infecções causadas por S. aureus, esses fatores incluem as hemolisinas α, β, γ, δ, a leucocidina e um grupo de superantígenos tóxicos pirogênicos. (BANNERMAN, 2003). Estes microrganismos destacam-se por serem causadores de mastites contagiosas e de tratamento mais difícil devido à elevada resistência aos antimicrobianos. Apresentam implicações importantes em saúde pública, tendo em vista que as toxinas podem ser excretadas no leite e permanecer estáveis nos produtos oferecidos ao consumo. O risco à saúde humana está associado ao consumo de leite dos rebanhos infectados, uma vez que a maioria dos casos de mastite diagnosticados é a subclínica (FAGUNDES e OLIVEIRA, 2004).

2.4 Fatores de Virulência

A dificuldade de erradicação de S. aureus do rebanho leiteiro também pode estar associada à infecção por clones altamente transmissíveis e resistentes aos antimicrobianos e a fatores de virulência, sendo a síntese de proteína A, a coagulase e a formação de biofilme, considerados como os mais importantes (WALDVOGEL, 1995; AGUILLAR; ITURRALDE, 2001). Outros fatores de virulência são produzidos pelos estafilococos para escapar das defesas do hospedeiro, como proteínas de superfície celular, toxinas, algumas enzimas e várias adesinas (CASTELANI, 2012).

As proteínas de superfícies ativam a via alternativa do complemento, estimulando a produção de citocinas. As adesinas promovem a colonização das bactérias nos tecidos do hospedeiro. As toxinas, possuem atuações variadas, algumas são citotóxicas, superantígenos e outras degradam moléculas de adesão das células epiteliais cutâneas. Além das várias enzimas que participam da patogênese de estirpes de S. aureus, a mais estudada é a coagulase, devido a capacidade de coagular o plasma sanguíneo. Esta enzima constitui o principal critério de identificação de S. aureus nos laboratórios de microbiologia (TRABULSI; TEIXEIRA; BUERIS, 2005).

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em S. aureus isolados de mastite também pode ser associada à formação de biofilme dificultar a difusão dos antibióticos através da matriz (AGUILLAR; ITURRALDE, 2001).

2.5 Biofilme

Os biofilmes são caracterizados como uma comunidade estruturada de microrganismos de uma única espécie, ou por diferentes espécies ou até mesmo gêneros diferentes, dentro de uma matriz polimérica autoproduzida e aderente a uma superfície inerte ou viva. São formados principalmente por água e macromoléculas, como polissacarídeos, proteínas, DNA, lipídeos, sai minerais e diversos produtos derivados da lise celular (COSTERTON; STEWART; GREENBERG; 1999)

A formação de biofilme é um processo de duas etapas, o qual envolve a adesão inicial à superfície (reversível), seguido da fase de acumulação/maturação, compreendendo a esta a adesão intercelular e forças de estruturação que são responsáveis pela estrutura tridimensional complexa (Figura 1). A fase posterior, a liberação de células individuais ou grupos de células, é decisiva para a sobrevivência do biofilme, promovendo disseminação da bactéria e levando à formação de novos focos de infecção (AZEVEDO; CERCA, 2012).

Em relação aos biofilmes produzidos por estafilococos, a adesão e a acumulação parecem ser mediadas por diferentes adesinas. As proteínas de superfície, referidas coletivamente como MSCRAMMs (Microbial Surface Components Recognising Adhesive Matriz Molecules) parecem ser as principais proteínas de adesão inicial nas superfícies, enquanto que a fase de proliferação pode ser dependente de adesinas que promovem interações entre células bacterianas (GOTZ, 2002). O principal polissacarídeo da fase de acumulação dos estafilococos é o Polissacarídeo Intercelular Adesina (PIA) ou Poli-N-acetilglicosamina (PNAG) – “slime”, cuja síntese é codificada pelos genes do operon

icaADBC (HEILMANN et al., 1996). Esses genes são regulados em resposta a fatores tais como anaerobiose, glicose, osmolaridade e temperatura, limitação de etanol e ferro (MARQUES, 2005).

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S. epidermidis. O gene icaA codifica a enzima N-acetilglicosaminatransferase, envolvida na síntese de N-acetilglicosamina e o gene icaD apresenta papel fundamental na expressão desta enzima, possibilitando a expressão fenotípica do polissacarídeo. Entretanto já foi descrito a produção de biofilme por S. aureus independente do operon

ica (O’NEIL et al., 2007).

Outros genes também estão envolvidos na formação de biofilme. Dentre eles, o gene hla que codifica a enzima alfa-hemolisina, é requerido para a interação célula-célula durante o processo de formação do biofilme (CAIAZZA; O’TOOLE, 2003). Para a adesão inicial do S. aureus são necessários os genes clfA e clfB que codificam as proteínas de superfície do fator de adesão (clumping-factor) dos tipos A e B que se aderem ao fibrinogênio e fibronectina (WOLZ, et al., 2002).

A detecção de biofilme pode ser realizada por diferentes métodos, sendo o mais mais utilizado o da Microplaca, o qual pode ser estimado espectrofotometricamente. Outro método utilizado é o do Ágar Vermelho Congo (CRA) o qual se baseia no cultivo de estafilococos em meio de ágar sólido, suplementado com o corante vermelho congo, sendo classificados como produtores ou não produtores de biofilme. (CHRISTENSEN; BADDOUR; SIMPSON, 1987). Métodos moleculares também tem sido utilizado para detectar a presença do locus ica, complementando assim os fenotípicos.

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2.6 Antimicrobianos X Resistência Bacteriana

Recentemente, uma dificuldade adicional no controle da infecção por Staphylococcus aureus é representada por sua frequente resistência aos antimicrobianos

(PRIBUL et al.; 2011). Os β-lactâmicos (Penicilina, Cefalosporina, entre outros) são os

fármacos mais utilizados em infecções estafilocócicas. Seu mecanismo de ação consiste na inibição de enzimas com função de transpeptidases, que atuam nas etapas finais da formação da parede celular das bactérias, conhecidas como Penicillin Binding Protein (PBP). Vários trabalhos vêm relatando a disseminação de cepas resistentes, nas quais a

produção de β-lactamases e modificação das PBPs são os mais importantes mecanismos

(AARESTRUP et al., 2001).

O uso frequente e indiscriminado de antimicrobianos propicia o aparecimento de cepas multirresistentes e comprometem a eficiência do tratamento da mastite causada por S. aureus (BARBERIO; GIETL; DALVIT, 2002). O Surgimento de estirpes de S. aureus multirresistentes nas últimas décadas está relacionado com a seleção exercida pelos agentes antimicrobianos (FAGUNDES; OLIVEIRA, 2004). O uso de antimicrobianos em pecuária leiteira são para o controle e o tratamento das mastites. Contudo, na maioria das vezes, os antimicrobianos são utilizados de forma errônea e abusiva, o que contribui para o aumento da resistência dos patógenos, dificultando o tratamento dessas infecções. Tem sido proposto que os antimicrobianos contribuem para gerar cepas resistentes que podem ser transmitidas ao ser humano por meio da inges tão de produtos de origem animal (WHITE; MCDERMOTT, 2001). Outra consequência é a presença de resíduos de antibióticos no leite, o qual pode ocasionar uma série de problemas ao consumidor, como a ocorrência de reações de hipersensibilidade e possível choque anafilático em indivíduos mais sensíveis, caracterizando assim um risco relevante à saúde pública (MARTINS; MARQUES; NETO, 2006).

2.7 Proteína A

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aureus, covalentemente ligada ao peptideoglicano, e pode ser liberada para o meio durante a multiplicação. Essa proteína interage com uma ampla variedade de imunoglobulinas humanas e animais. Entretanto, sua principal atividade é a de se ligar à porção Fc da imunoglobulina (IgG), fazendo com que a via alternativa do complemento e, a subsequente opsonização e a fagocitose, sejam bloqueadas (Figura 2). O complexo proteína A-IgG funciona no processo de ligação e aderência dos estafilococos aos tecidos infectados (TRABULSI; TEIXEIRA; BUERIS, 2005).

Esta proteína é codificada pelo gene spa que possui uma região polimórfica e uma conservada. A região polimórfica X é caracterizada por um número variável de pequenas repetições de pares de bases (entre três e 15) (FRÉNAY et al., 1994). Essa região X está localizada na região codificante do extremo C-terminal da parede celular em S. aureus e funciona de modo a estender a porção N-terminal da união à IgG através da parede celular, evitando assim a fixação do complemento (Figura 3). A diversidade da região x pode ter sido originada de deleções, duplicações espontâneas ou mutações pontuais das unidades repetidas e varia entre as estirpes de S. aureus (KOREEN et al., 2004). Merino et al., (2009), demonstraram que a proteína A apresenta outra propriedade interessante, a de promover a agregação bacteriana e a formação de biofilmes.

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Figura 3. Esquema representativo das diferentes regiões da Proteína A

2.8 Caracterização Molecular de S. aureus pela técnica de Reação em Cadeia

da Polimerase – PCR

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3. OBJETIVOS

3.1 Objetivo geral:

Identificação genotípica e fenotípica de estirpes de Staphylococcus aureus, isoladas de amostras de leite oriundas de búfalas, de insufladores, amostras de água das mangueiras da sala de ordenha e mão dos ordenhadores.

3.2 Objetivos específicos:

Identificar os animais reagentes ou não ao CMT - “California Mastitis Test”. Isolar e identificar as estirpes de S. aureus do leite bubalino, insufladores, água das mangueiras da sala de ordenha e das mãos dos ordenhadores.

Confirmar a identificação de estirpes de Staphylococcus aureus, por métodos bioquímicos e reação em cadeia da polimerase (PCR).

Avaliar as produções de “slime” das estirpes de S. aureus em Agar Vermelho

Congo (CRA).

Determinar a capacidade dos S. aureus de produzirem biofilme "in vitro" pelo método de aderência em microplacas.

Identificar os genes icaA e icaD, hla, clfA, clfB, spa e sarA envolvidos na produção de biofilme em S. aureus utilizando a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR).

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3. MATERIAL E MÉTODOS

4.1 Propriedade e animais

Foram coletadas 320 amostras de leite de búfalas escolhidas aleatoriamente, pertencentes a uma propriedade rural, localizada no município de Analândia, no Estado

de São Paulo, situada à latitude 22º 07’ 33’’ sul, longitude 47°39’46’’ oeste e altitude de 675m, região de clima tropical.

O rebanho é constituído por, aproximadamente, 100 animais da raça Murrah e, mantidos em regime semi-intensivo e extensivo de criação respectivamente. No período chuvoso os bubalinos são mantidos a pasto e suplementados com concentrado protéico e no período seco, alimentados com polpa cítrica e também suplementados com concentrado proteico e são ordenhados por ordenhadeira mecânica, uma vez ao dia. A produção diária média é de 8 kg de leite por animal. Os estábulos onde se realizam as ordenhas são amplos e ventilados, com pisos de cimento e cercas de ferro. A ordenha é realizada com o bezerro ao pé. Antes da ordenha é feito o pre-dipping com lavagem dos tetos com solução de iodo e secagem com papel toalha.

4.2 Avaliação dos quartos mamários e colheita das amostras de leite

Durante o estudo, todos os quartos mamários analisados foram submetidos aos exames de inspeção e palpação (RADOTISTIS et al., 2007). Após a estimulação para a descida de leite pelo bezerro foi realizada a prova da caneca telada de fundo escuro e o California Mastitis Test – CMT (SCHALM; NOORLANDER, 1957).

Antes da colheita das amostras de leite realizou-se assepsia dos quartos mamários com algodão embebido em álcool 70%.

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4.2.1 Colheita de amostra dos insufladores, mãos dos ordenadores e da água das mangueiras da sala de ordenha

Segundo McDonald et al. (1993) com algumas modificações as colheitas de amostras aconteceram antes da ordenha, foram friccionados suabes fazendo movimentos circulares na porção final de cada um dos insufladores (quatro por cada conjunto de ordenha), em todos os conjuntos de ordenhadeiras. Para as colheitas de amostras das mãos dos ordenhadores seguiram recomendações de Bresolin, et al. (2005), suabes foram friccionados com movimentos circulares na palma de cada uma das mãos nos espaços interdigitais dos funcionários antes os mesmos terem lavado suas mãos com detergente neutro e secadas com papel tolha. As amostras de água foram colhidas diretamente das torneiras existentes na sala de ordenha. Suas extremidades foram higienizadas com algodão embebido em álcool 70%, em seguida, as torneiras foram abertas por três minutos. Após, coletou-se em frascos estéreis e, então, submetidas ao resfriamento (ZAFALON et al., 2008)

4.3 Análises laboratoriais

O exame microbiológico de todas as amostras, o perfil de sensibilidade antimicrobiana e a produção do biofilme através do Teste em Ágar Vermelho Congo e teste de aderência em microplacas dos isolados bacterianos foram realizados no Laboratório de Microbiologia de Alimentos do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva da FCAV – UNESP/ Campus de Jaboticabal.

A caracterização genotípica foi realizada através da técnica da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) no Laboratório de Epidemiologia Molecular do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva da FCAV – UNESP/ Campus de Jaboticabal.

4.3.1 Cultivo microbiológico e identificação dos microrganismos

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foi semeada em Baird-Parker (Oxoid Ltd., Hampshire, UK) suplementado com 1% de emulsão de ovo e telurito de potássio e incubadas à 37ºC por até 48 horas. Para as amostras dos suabes (insufladores e das mãos dos ordenhadores) foram semeadas diretamente no meio de cultura Baird-Parker, e as amostras de água foram semeadas em meio de cultura seletivo Ágar Sal Manitol. Colônias sugestivas à Staphylococcus spp., foram submetidas às provas da catalase e coloração pelo método de Gram.

As colônias classificadas como cocos Gram-positivos foram submetidas à prova da coagulase livre em tubo com plasma de coelho (Silva et al., 2010). As estirpes catalase e coagulase positivas foram submetidas à prova para verificação da produção de acetoína (Teste Voges-Proskauer para diferenciação entre Staphylococcus aureus, Staphylococcus hyicus, Staphylococcus delphini e Staphylococcus intermedius.

As estirpes produtoras de acetoína foram testadas quanto à utilização do manitol em anaerobiose e ao Teste da Aglutinação do Látex. Para as estirpes que se mostraram positivas para essas provas foram classificadas como Staphylococcus aureus.

4.4 Extração de DNA

As colônias positivas para S. aureus, foram cultivadas em caldo Brain Heart infusion (BHI) durante 18 horas. Alíquotas de 1,5mL da cultura bacteriana foram acondicionadas em microtubos estéreis e centrifugados a 10.000 rpm por 3 minutos para a formação de pellet. Para extração do DNA bacteriano utilizou-se Kit comercial1.

4.5 Amplificação de fragmento de DNA cromossomal para identificação de estirpes de Staphylococcus aureus

Para S. aureus utilizou-se o protocolo descrito por Martineau et al., 1998, as

reações apresentarão volume final de 20μL, com 20mM Tris-HCL pH-8,0; 50mM KCL;

2,5mM MgCl2; 0,2mM de cada dNTP; 0,4μM de cada oligonucleotídeo iniciador (Invitrogen, Brasil) Sa442-1 (5' - AAT CTT TGT CGG TAC ACG ATA TTC TTC ACG-3')

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e Sa442-2 (5'- CGT AAT GAG ATT TCA GTA GAT AAT ACA ACA -3'), e 0,5U de Taq polimerase (Invitrogen, Brasil) em amplificação do tipo host- start. As misturas de PCR foram submetidas à desnaturação, por 3 minutos, a 96ºC e posteriormente, 30 ciclos de 1 segundo, a 95ºC para desnaturação, 30 segundos a 55ºC para pareamento e extensão dos oligonucleotídeos iniciadores. Dez microlitros do produto amplificado foram visualizados após eletroforese em gel de agarose em concentração de 1% corado com Gel Red. Marcador de tamanho de 100 bp será utilizado como padrão de peso molecular.

4.6 Caracterização Fenotípica 4.6.1 Teste do Ágar Vermelho Congo

A produção de biofilmes pelas estirpes isoladas foi determinada pelo cultivo em Ágar Vermelho Congo (FREEMAN; FALKINER; KEANE, 1989). As placas de Agar Vermelho Congo foram inoculadas e posteriormente incubadas à 37ºC por 24 horas, seguido por uma incubação à temperatura ambiente por 48 horas. As colônias rugosas e pretas, positivas para a produção de biofilme, foram utilizadas para diferenciar de estirpes não produtoras de biofilmes, as quais apresentaram colônias lisas e vermelhas.

4.6.2 Produção de biofilmes "in vitro" através do teste de aderência em

microplacas

A capacidade de produção de biofilme "in vitro" determinou-se de acordo com Cucarella et al., 2001, com modificações. As estirpes foram cultivadas individualmente,

“overnight”, em BHI a 37ºC e diluídas 1:200 no BHI contendo 0,25% de glicose, 200μL de células em suspensão foram inoculadas em microplacas de poliestireno estéreis com 96 poços em fundo "U" e incubadas por 24 horas à 37ºC com agitação. Os poços foram

lavados três vezes com 200μL de Tampão Fosfato Salina (PBS), estéril (PBS, pH-7,4)

(27)

serviram como branco. O teste foi repetido três vezes, sendo consideradas produtoras de biofilme estirpes com absorbância medidas maiores que 0,1 (MACK et al., 2000).

4.7 Avaliação da sensibilidade aos antimicrobianos

Para a realização desses testes as cepas foram repicadas em tubos contendo 5 mL de BHI incubadas a 37oC “overnight”. Após a incubação, alíquotas das culturas foram gotejadas de forma asséptica em tubos contendo 4 mL de solução salina esterilizada, até a obtenção de turvação idêntica à da solução padrão de cloreto de bário, preparada pela adição de 0,5 mL de uma solução 0,048 M de cloreto de bário a 99,5 mL de ácido sulfúrico a 1% (v/v). A seguir, as culturas diluídas foram semeadas, com auxílio de swabs esterilizados, em placas com ágar Mueller-Hinton e, após aproximadamente 3 minutos, tempo necessário à secagem da superfície do meio, foram colocados os antimicrobianos em discos (BAUER et al., 1966; NCCLS, 2006). A leitura foi realizada após 18 a 24 horas de incubação a 37oC, através da medida dos halos de inibição, com a utilização de régua milimétrica. Os diâmetros obtidos em milímetro serão comparados com a tabela fornecida pelo fabricante dos discos utilizados cefepime (30µg), ciprofloxaxin (5µg), cloranfenicol (30µg), clindamicina (2µg), eritromicina (15µg), gentamicina (10µg), oxacilina (1µg), penicilina G (10Un), rifampicina (30µg), sulfazotrin (25µg), tetraciclina (30µg), vancomicina (30µg) foi utilizada uma cepa de S. aureus ATCC 29213 como controle.

4.8 Caracterização Genotípica

4.8.1 Amplificação de DNA cromossomal pela Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) para identificação dos genes icaA, icaD, clfA, clfB,hla,spa e sarA.

Todas as reações para PCR constituíram de um volume final de 20μL, sendo, 50mM MgCl2, 100mM de dnTP, 5pmol de oligonucleotídeo iniciador, 5U de Taq polimerase e 50ng de DNA molde.

(28)

a 92ºC por 45 segundos, pareamento a 49ºC por 45 segundos, extensão a 72ºC por 1 minuto, com uma extensão final de 72ºC por 7 minutos em um termociclador (Mastercycler gradient, Eppendorf). A presença e tamanho da amplificação dos produtos foram confirmados por eletroforese em 2% de gel de agarose corado com Gel Red. Foi utilizado um marcador de tamanho 100pb (Invitrogen, Brasil). As cepas controles utilizadas foram ATCC 12228 (negativa) e ATCC 25923 (positiva). Seqüência do fragmento de oligonucleotídeo iniciador:

icaA

Forward: 5’ – CCTAAC TAA CGA AAG GTA G- 3’

Reverse: 5’ - AAG ATATAG CGA TAA GTG C - 3’

icaD

Forward: 5’ – AAA CGT AAG AGA GGT GG –3’

Reverse: 5’ – GGC AAT ATG ATC AAG ATA C –3’

Para a amplificação dos genes clfA e clfB foram utilizados os seguintes oligonucleotídeos descritos por QUE et al. (2001); EIDHIN, et al., (1998). Com desnaturação inicial à 94º C por 4 minutos; seguida de 30 ciclos 94º C por 1 minuto; 50º C por 1 minuto e meio e 72º C por 1 minuto e meio, e uma extensão final de 7 minutos. clfA

Foward: 5’-TTGGCGTGGCTTCAGTGCTTGTAG-3’

Reverse: 5’-GATTGTGTCGTTTCCTGTTGTGC-3’

clfB

Foward: 5’-CGAGGATCCTCAAGGACAATCGAACGATACAACG-3’

Reverse: 5’-CGAGGTACCATTTACTGCTGAATCACC-3’

(29)

hla

Foward: 5’-AGAAAATGGCATGCACAAAAA-3’

Reverse: 5’-TGTAGCGAAGTCTGGTGAAAA-3’

Para a amplificação do produto do gene spa foram utilizados os oligonucleotídeos iniciadores descritos por Frénay et al., (1996). Constituiu em uma desnaturação inicial à 95ºC por 3 minutos, seguido de 30 ciclos, desnaturação à 94ºC por 1 minuto, pareamento à 55ºC por 40 segundos e extensão à 72ºC por 1 minuto e uma extensão final à 72ºC por 7 minutos

Spa

Foward: 5’-TGTAAAACGACGGCCAGTCAAGCACCAAAAGAGGAA-3’

Reverse: 5’-CAGGAAACAGCTATGACCCACCAGGTTTAACGACAT-3’

Para amplificação do gene sarA foram usados os oligonucleotídeos iniciadores descritos por Wolz et al., 2002. Consistiu em uma desnaturação inicial à 95ºC por 3 minutos, seguido de 30 ciclos, desnaturação à 94ºC por 1 minuto, pareamento à 54ºC por 1 minuto e extensão à 72ºC por 1 minuto e uma extensão final à 72ºC por 7 minutos.

sarA

Foward: 5’-TTGCGCTAAATCGTTTCATTATTAA-3’

(30)

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 Isolamento de Staphylococcus spp e Staphylococcus aureus do leite e do

ambiente de ordenha

Um total de 320 amostras de leite foram obtidas de 80 búfalas, 52 (16,2%) foram positivas de acordo com a intensidade da reação (viscosidade da solução), + leve, ++ moderada e +++ intensa para o California Mastitis Test (CMT), e 268 foram negativas (83,7%). De 147 colônias suspeitas de pertencerem ao gênero Staphylococcus spp obtidas em meio de cultura Baird-Parker e coloração de Gram, 26 foram confirmadas como sendo S. aureus por testes bioquímicos (Coagulase, Voges-Proskauer, Fermentação anaeróbica do manitol e teste de aglutinação em látex) e por determinação molecular (detecção do gene sa442). Em relação ao ambiente de ordenha, foram obtidas 64 amostras das teteiras, durantes quatro meses, destas 10 foram pertencentes ao gênero Stahylococcus spp, sendo duas confirmadas como S. aureus, de 16 amostras obtidas das mãos dos ordenadores, somente quatro foram confirmadas como S.aureus. Não foram isoladas cepas de Staphylococcus spp das 8 amostras de água coletadas das mangueiras na sala de ordenha (Figura 4).

(31)

Suelam; Raslan; Mohamed, (2012) demonstraram uma frequência de isolamento de 36,4% de S. aureus em suabes de mão. Na pesquisa de Lee et al. (2005), S. aureus isolados das mãos dos ordenhadores, utensílios e leite de vacas e leite do tanque de expansão foram epidemiologicamente relacionadas. Souza et al. (2012) obtiveram isolados com mesmo perfil genético de S. aureus isolados de insulfladores, óstio e leite de vaca. Esses resultados demonstram a relevância dos insulfladores na transmissão do agente etiológico da mastite durante a ordenha.

Figura 4. Frequência de isolamento de S.aureus no leite, insulfladores, mão dos ordenhadores e água da mangueira.

5.2 Caracterização Fenotípica e Genotípica da habilidade de produção de biofilme

Todas as amostras de S. aureus testadas para produção de biofilme em Agar Vermelho Congo foram positivas, sendo confirmadas positivas também pelo teste de determinação em microplaca. Embora outros autores observaram baixa sensibilidade e

0 80 160 240 320

Leite Insulfladores Ordenhadores Mangueira

320

64

16 8

147

10 10 0

26

2 4 0

Fr eq u ên c ia

Locais da Coleta

(32)
(33)

com o teste em microplaca, teste considerado padrão ouro para detecção de biofilme. Cepas produtoras de biofilme foram positivas para a presença dos genes icaA e icaD (Figura 5) simultaneamente em nove (28,1%) das 32 cepas, nenhuma cepa foi somente positiva para a presença do gene icaA e sete (21,8%) foram positivas apenas para o gene icaD (figura 5).

Esses resultados são similares aos obtidos por Darwish; Asfour, (2013) em amostras de leite bubalino. Estes autores observaram prevalência dos genes icaA e icaD de 15,0% e 62,5% respectivamente, Ciftci et al. (2009) encontraram que 16 e 38 cepas de 59 foram positivas para os genes icaA e icaD, respectivamente. A menor detecção do gene icaA, e portanto as diferences nas taxas de prevalência podem ser atribuídas a variações na sequência de DNA, que podem levar a falhas de amplificações pelos oligonuccleotídeos iniciadores utilizados nos isolados, acarretando resultados falso negativos (DARWISH; ASFOUR, 2013; TORMO et al., 2005; LIBERTO; MATERA; QUIRINO, 2009). Presença de cepas negativas para os genes icaA ou icaD com capacidade de produção de biofilme em Agar Vermelho Congo e determinação em microplaca podem ser devido a um controle independente do gene ica no controle dos mecanismos de adesão e produção de slime (LIBERTO et al., 2009).

(34)

Figura 5. Relação entre a presença dos genes icaAD e a produção de biofilme in S. aureus isolados de amostras de leite bubalino, insufladores e mão dos ordenhadores.

5.3 Detecção dos genes sarA, hla, clfA, clfB e spa

Análise de cepas mutantes do gene sarA sugerem que este gene modula a expressão de um grande número de genes do S.aureus, incluindo agr, clfA, clfB, geh, hla. fnbA, fnbB, spa, sspA, sec, sec e tst (CHEUNG; ZHANG, 2002). Na maioria dos casos, é incerto se essa regulação ocorre de forma direta devido a uma interação entre sarA e elementos promotores do gene alvo, ou de forma indireta envolvendo outros fatores regulatórios (STERBA et al., 2003). Nesse estudo, esta observação também foi verificada devido a amostras de S.aureus com genes sarA que também possuíam os genes clfA, clfB e hla e de cepas que na ausência do gene sarA os outros genes também estavam ausentes. A presença do gene hla em S. aureus é importante para esses microrganismos devido ao fato deste gene estar relacionada a casos de infecção por estafilococos (ARIYANTI; SALASIA; TATO, 2011). Neste estudo, demostramos que o gene hla está presente dentre os S.aureus isolados de leite de búfala, mão dos ordenhadores e insufladores. Detecção destes genes em ambas amostras obtidas do leite e da mão dos ordenhadores é importante do para entender a epidemiologia do S. aureus e a relação do gene clfA e clfB que codificam proteínas que promovem a adesão

0 8 16 24 32

leite Teteiras Mão de Ordenhador 6

0 3

26

0 3

3232 3232 3232

F

re

quênc

ia

Locais de coleta

Título do Gráfico

(35)

do S.aureus a uma variedade de moléculas e superfícies, e tem sido associada a interação célula a célula (TSOMPANIDOU et al., 2012).

Através da amplificação da região X do gene spa, 20 amostras (65,6%) apresentaram positividade, porém, foram detectados sete perfis diferentes de acordo com os tamanhos da banda (300pb, 120pb, 200pb, 260pb, 270pb, 400pb e 500pb), sendo o perfil predominante de 270pb em 25,0% dos isolados (Tabela 1).

Cabral et al. (2004) tipificaram o gene spa em 87 estirpes de S. aureus isoladas de leite de vacas com mastite e identificaram nove perfis diferentes, observando a predominância do perfil de 100pb, em 41,3% dos isolados. No estudo de Coelho (2008) os perfis predominantes foram de 315pb (64,0%). Segundo Akineden et al. (2001), os isolados de mastite bovina que apresentam o mesmo tamanho de banda estão proximamente relacionados. Diversos autores sugerem a utilização do gene spa como excelente ferramenta para estudos epidemiológicos de S. aureus, pois a técnica é considerada simples, rápida e de fácil interpretação dos resultados.

Tabela 1. Frequência absoluta (FA) e relativa (FR) das linhagens e perfis genéticos do gene spa de estirpes de S.aureus isolados de leite de búfalas, mão dos ordenadores e insufladores.

Perfil gene spa

(pb)

Leite Mão dos Ordenhadores Insufladores

FA FR FA FR FA FR

300 2 10,0%

120 2 10,0% 1 100%

200 3 15,0%

260 3 15,0% 1 50%

270 8 40,0% 1 50%

400 1 5,0%

500 1 5,0%

(36)

Figura 6. Eletroforese em gel de Agarose Representativa dos produtos de PCR. (a) gene sa442 (108bp). (b) gene icaA (1315bp). (c) gene icaD (381bp). (d) gene sarA (275bp). (e) gene clfA (292bp). (f) gene clfB (205bp). (g) gene hla (600bp). (h, i) gene spa (marcador de 1kb)

a b

c

d

f

e

g

(37)

5.4 Perfil de sensibilidade antimicrobiana

Os resultados dos antibiogramas indicaram que 96,9% dos isolados bacterianos foram sensíveis à clindamicina, 96,9% à vancomicina, 100% ao cloranfenicol, 100% à rifampicina, 100% à cefepime, 100% à oxacilina, 68,8% à penicilina, 56,3% à eritromicina, 96,9% a ciprofloxacina, 100% a gentamicina, 93,8% ao clotrimoxazol e 100% tetraciclina (Figura 7).

Foi observada ainda 3,13% de resistência dos isolados à clindamicina, 3,13% à vancomicina, 31,3% à penicilina, 43,8% à eritromicina, 3,13 à ciprofloxacina, 6,2% ao clotrimoxazol. Cunha et al. (2006) encontrou valores de micro-organismos isolados nas amostras de leite de búfalas que apresentaram um percentual de sensibilidade de 97,9% para gentamicina, 90,9% para enrofloxacina, 77,8% para sulfametoxazol/trimetoprim e 65,7% para a penicilina. Zanette et al., 2010 observou alta resistência dos S. aureus isolados de amostras de leite bovinas cujos princípios apresentaram baixa eficácia, penicilina (46,1%), tetraciclina (30,8%) e clindamicina (20,5%). Multirresistência, definida como resistência a três ou mais antimicrobianos testados simultaneamente (SCHWARZ et al.,2010) foi observada em apenas um (3.12%) dos isolados bacterianos.

(38)

Figura 7. Perfil de sensibilidade e de resistência antimicrobiano dos micro-organismos isolados no leite bubalino, insufladores e mão dos ordenhadores.

6.CONCLUSÃO

Os resultados sugerem que o S. aureus pode não ser totalmente adaptada à infecção intramamária em búfalos. A formação de biofilme é importante para manter este microrganismo no ambiente e pode indicar que o S. aureus é um agente etiológico e zoonótico em propriedades leiteiras de búfalo, especialmente aqueles com consumo de leite cru, pois este microrganismo possui genes de virulência que oferecem risco à saúde. Presença do gene sarA que modula a expressão de genes de S. aureus, incluindo os relacionados com a produção de enterotoxinas e genes clfA e clfB demonstrou que embora S. aureus pode não ser tão frequente em bubalinos como em bovinos, este ainda possui um potencial infeccioso e enterotoxigênico. Presença de gene hla que codifica alfa hemolisina é considerada um importante fator de virulência, esta estirpe pode ser

0 25 50 75 100 3,13 3,13

0,00 0,00 0,00 0,00 31,3 43,8 3,13 0,00 6,25 0,00 96,9 96,9 100,0 100,0 100,0 100,0

(39)
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