• Nenhum resultado encontrado

Estudo do potencial do impacto ambiental de águas residuárias de abatedouros avícolas e suinícolas

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Estudo do potencial do impacto ambiental de águas residuárias de abatedouros avícolas e suinícolas"

Copied!
147
0
0

Texto

(1)

CAMPUS DE JABOTICABAL

ESTUDO DO POTENCIAL DO IMPACTO AMBIENTAL DE

ÁGUAS RESIDUÁRIAS DE ABATEDOUROS AVÍCOLAS E

SUINÍCOLAS

Ludmilla Santana Soares e Barros

Médica Veterinária

(2)

CAMPUS DE JABOTICABAL

ESTUDO DO POTENCIAL DO IMPACTO AMBIENTAL DE

ÁGUAS RESIDUÁRIAS DE ABATEDOUROS AVÍCOLAS E

SUINÍCOLAS

Ludmilla Santana Soares e Barros

Orientador: Prof. Dr. Luiz Augusto do Amaral

Tese apresentada à Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – Unesp, Campus de Jaboticabal, como parte das exigências para a obtenção do título de Doutor em Medicina Veterinária (Medicina Veterinária Preventiva).

(3)

LUDMILLA SANTANA SOARES E BARROS - nascida em 19 de julho de

(4)

“Para poder desfrutar por inteiro da felicidade, é preciso ter alguém com quem dividí-la”.

(5)

única de cada. Eu sou muitos,

Gerando a mim mesma ao constituir minha família. Eu sou parte desta geração única e sublime.

Eu sou parte viva de outras vidas que tanto me ensinam. Eu sou membro vivo de minha origem paternal e maternal. Eu sou a continuidade viva de minha madrinha.

Eu sou a força luminosa de meu padrinho. Eu sou a procura fraternal a Deus.

Eu sou a minha família. Eu sou a família de muitos. Muitos são a minha família. Minha família sou eu”.

LUDMILLA S. S. BARROS

(6)

“É muito bom eu ser eu. É muito bom você ser você.

Mas é melhor ainda nós sermos nós.

PAM BROW

(7)

“Contigo apreendi que o mestre nada mais é que um obstinado aprendiz.

Contigo teorizei e pratiquei a agilidade de aprender e ensinar. Contigo aprendi a vivenciar o lado mais nobre do ser, a paciência e a solidariedade.

Contigo percebi o sublime da vida: conhecer os limites e ultrapassá-los

Sempre”.

LUDMILLA S. S. BARROS

(8)

Ao Deus Supremo, nosso início, meio e fim.

À Tríade do Paraíso Divino, por mais um passo ao centro da origem transcendental.

Ao meu querido Irmão Espiritual, pela honra de poder trabalhar em uma área na qual Ele foi o pioneiro e continua a Ser o mais importante.

Ao Prof. Dr. Jorge de Lucas Júnior, pela colaboração durante todo o desenvolvimento deste trabalho.

Ao Prof. Dr. Joaquim Gonçalves Machado Neto, pelo auxílio, mais que vital, nesta empreitada acadêmica.

A Cíntia Sobue Lorenzon, pelo companheirismo, acima de tudo.

Aos meus três amigos de estrada, Seu Milton, Waldemar (Diba) e Fernando, por mais um aprendizado, a amizade sem fronteiras.

A todos os professores e professoras do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Reprodução Animal da FCAV de Jaboticabal, pelo apreço e brilhantes aprendizados.

(9)

Aos meus antigos amigos, do Departamento de Engenharia Rural da FCAV de Jaboticabal, Aléssio Manoel de Simoni, Ana Carolina Amorin, Antônio Alexandre Ferreira, Aparecido Alves (Cido), Clarice Álvares, Edvaldo Ramos do Nascimento, Francisco Gonçalves de Souza, José Nivaldo Vendramin (Fiapo), José Pelis (Seu Zé), Luís Cláudio da Silva, Luís José Antônio Cheli (Luisinho), Luís Mário Vendramin (Fiapo II), Marcos Antônio Rechi, Miriam Rosângela Ignácio Flório e Valdeci Aparício (Maranhão), pelos momentos maravilhosos de colaboração e alegria.

Aos meus novos amigos do Departamento de Fitossanidade, Danielle, Eliege, Gilson, Naná, Raquel, Isabel e Rosângela, pelas conquistas, descobertas, novas crenças e alegrias.

Aos veterinários, chefes de fiscalização, gerentes de produção, responsáveis técnicos e funcionários dos abatedouros, incluídos neste estudo, que me atenderam com consideração e alegria.

À Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo - FAPESP, pelo suporte financeiro e pela concessão de bolsa.

Aos funcionários e amigos da Biblioteca da FCAV de Jaboticabal, pelo auxílio prestado.

Aos funcionários da Seção de Pós-graduação, pela atenção e solicitudes, sempre presentes nos momentos necessários.

(10)

Assunto Página

LISTA DAS TABELAS... v

RESUMO... xii

SUMMARY... xiii

CAPÍTULO 1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS... 1

1 A água e a indústria da carne... 1

2 O impacto ambiental gerado pelos abatedouros... 2

3 Os bioensaios como ferramentas adicionais na detecção e no controle da poluição gerados pelos abatedouros... 6

4 O impacto ambiental dos abatedouros sob o ponto de vista da contaminação... 9

5 Minimização dos efeitos deletérios das águas residuais dos abatedouros... 13

6 Agradecimentos... 16

7 Referências... 16

CAPÍTULO 2 - ESTUDO DO POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE EFLUENTES DE ABATEDOUROS AVÍCOLAS E SUINÍCOLAS... 26

Resumo... 26

1 Introdução... 27

2 Material e métodos... 28

2.1 Caracterização dos abatedouros... 28

2.2 Caracterização dos pontos de amostragem, colheita e transporte das amostras... 29

(11)

B) Determinação das concentrações de cloro residual livre... 30

C) Determinação dos Números Mais Prováveis (NMP) de coliformes totais e Escherichia coli... 30

D) Determinação dos Números Mais Prováveis (NMP) de enterococos... 31

E) Isolamento e sorotipificação de bactérias do gênero Salmonella sp. 32 2.4 Análise dos resultados... 32

3 Resultados e Discussão... 32

3.1 Valores médios de temperatura... 32

3.2 Concentrações médias de cloro residual livre... 36

3.3 Números Mais Prováveis (NMP) médios de microrganismos indicadores de contaminação fecal... 37

3.4 Isolamento, identificação e sorotipagem de Salmonella sp... 44

4 Conclusões... 51

5 Agradecimentos... 52

6 Referências... 52

CAPÍTULO 3 - AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE IMPACTO FÍSICO-QUÍMICO DOS EFLUENTES DE ABATEDOUROS AVÍCOLAS E SUINÍCOLAS... 58

Resumo... 58

1 Introdução... 59

2 Material e métodos... 61

2.1 Caracterização dos abatedouros... 61

2.2 Caracterização dos pontos de amostragem, colheita e transporte das amostras... 61

2.3 Análises laboratoriais... 62

(12)

C) Determinação da demanda bioquímica de oxigênio

(DBO)... 63

D) Determinações das concentrações das formas oxidadas de nitrogênio... 63

E) Determinações das concentrações de Nitrogênio Total Kjeldahl (NTK)... 64

F) Determinações das concentrações de Potássio (K)... 64

2.4 Análise dos resultados... 64

3 Resultados e Discussão... 64

3.1 Valores médios de pH da DQO e DBO... 64

3.2 Concentrações médias das formas oxidadas e reduzidas de nitrogênio e de potássio... 73

4 Conclusões... 82

5 Agradecimentos... 82

6 Referências... 83

CAPÍTULO 4 - USO DE Daphnia magna COMO BIOINDICADOR DA POLUIÇÃO GERADA POR EFLUENTES DE ABATEDOUROS DE AVES E SUÍNOS... 88

Resumo... 88

1 Introdução... 88

2 Material e métodos... 91

2.1 Levantamento dos abatedouros... 91

2.2 Caracterização dos pontos de amostragem, colheita e transporte das amostras... 91

2.3 Análises laboratoriais... 92

A) Determinações químicas... 92

B) Cultura de Daphnia magna... 93

(13)

2.4 Determinação do impacto do efluente tratado no corpo receptor.... 96

2.5 Análise dos resultados... 97

3 Resultados e Discussão... 98

4 Conclusões... 116

5 Agradecimentos... 117

6 Referências... 117

APÊNDICE... 123

Apêndice A. Caracterização dos abatedouros... 124

1A. Caracterização dos abatedouros (ABT) avícolas, nos quais as amostras foram colhidas, entre os meses de maio e setembro de 2003 (estiagem) e janeiro e março de 2004 (chuva), no interior do Estado de São Paulo... 124

(14)

Tabela Página Capítulo 2

1. Médias aritméticas dos valores de temperatura, expressas em graus centígrados (ºC) das águas de abastecimento, nas diferentes fases do fluxograma de abate, nos afluentes e nos efluentes, dos sistemas de tratamento de resíduos, e nos três pontos do curso d’água receptor, colhidas em abatedouros avícolas entre os meses de maio e setembro de 2003 (seca) e janeiro e março de 2004 (chuva), no Estado de São

Paulo... 33 2. Médias aritméticas dos valores de temperatura, expressas em graus

centígrados (ºC) das águas de abastecimento, de diferentes fases do fluxograma de abate, nos afluentes e nos efluentes, dos sistemas de tratamento de resíduos, e nos três pontos do curso d’água receptor, colhidas em abatedouros suinícolas entre os meses de maio e setembro de 2003 (seca) e janeiro e março de 2004 (chuva), no

Estado de São Paulo... 34 3. Médias aritméticas dos valores de temperatura, expressas em graus

centígrados (ºC), nas águas de abastecimento, nos afluentes e nos efluentes, dos sistemas de tratamento de resíduos, e nos três pontos do curso d’água receptor, colhidas em abatedouros avícolas (AV) e suinícolas (SN) entre os meses de maio e setembro de 2003 (seca) e

janeiro e março de 2004 (chuva), no Estado de São Paulo... 35 4. Média aritmética das concentrações de cloro residual livre (CRL),

expressas em mg.L-1, nas águas de abastecimento, colhidas em abatedouros avícolas e suinícolas entre os meses de maio e setembro de 2003 (seca) e janeiro e março de 2004 (chuva), no Estado de São

(15)

nas águas de abastecimento, de diferentes fases do fluxograma de abate e dos efluentes dos abatedouros, colhidas em abatedouros avícolas entre os meses de maio e setembro de 2003 (seca) e janeiro

e março de 2004 (chuva), no Estado de São Paulo... 38 6. Médias dos logaritmos dos Números Mais Prováveis (NMP) de

coliformes totais (CT), da Escherichia coli (EC) e dos enterococos (ET), nas águas de abastecimento, de diferentes fases do fluxograma de abate e dos efluentes dos abatedouros, colhidas em abatedouros suinícolas entre os meses de maio e setembro de 2003 (seca) e janeiro

e março de 2004 (chuva), no Estado de São Paulo... 39

7. Médias dos logaritmos dos Números Mais Prováveis (NMP) de coliformes totais (CT), Escherichia coli (EC) e de enterococos (ET), nas águas dos afluentes e dos efluentes, dos sistemas de tratamento dos resíduos, e nos três pontos do curso d’água receptor, colhidas em abatedouros avícolas (AV) e suinícolas (SN) entre os meses de maio e setembro de 2003 (seca) e janeiro e março de 2004 (chuva), no Estado

de São Paulo... 43 8. Número de amostras analisadas, número e porcentagem de positivas

para a presença de Salmonella sp., época do ano da coleta e sorotipos identificados, segundo a origem das amostras colhidas nas águas de abastecimento e de diferentes fases do fluxograma de abate, nos afluentes e nos efluentes, dos sistemas de tratamento de resíduos, e nos três pontos do curso d’água receptor, colhidas em abatedouros avícolas entre os meses de maio e setembro de 2003 (seca) e janeiro

e março de 2004 (chuva), no Estado de São Paulo... 45 9. Número de amostras analisadas, número e porcentagem de positivas

(16)

nos três pontos do curso d’água receptor, colhidas em abatedouros suinícolas entre os meses de maio e setembro de 2003 (seca) e janeiro

e março de 2004 (chuva), no Estado de São Paulo... 48

Capítulo 3

1. Médias aritméticas dos valores de pH e da demanda química de oxigênio (DQO) e demanda bioquímica de oxigênio (DBO), expressas em mg.L-1, nas águas de abastecimento e de diferentes fases do fluxograma de abate, nos afluentes e nos efluentes, dos sistemas de tratamento de resíduos, e nos três pontos do curso d’água receptor, colhidas em abatedouros avícolas entre os meses de maio e setembro de 2003 (seca) e janeiro e março de 2004 (chuva), no Estado de São

Paulo... 66 2. Médias aritméticas dos valores de pH e da demanda química de

oxigênio (DQO) e demanda bioquímica de oxigênio (DBO), expressas em mg.L-1, nas águas de abastecimento e de diferentes fases do fluxograma de abate, nos afluentes e nos efluentes, dos sistemas de tratamento de resíduos, e nos três pontos do curso d’água receptor, colhidas em abatedouros suinícolas entre os meses de maio e setembro de 2003 (seca) e janeiro e março de 2004 (chuva), no Estado

de São Paulo... 68 3. Médias aritméticas dos valores de pH, da demanda química de oxigênio

(DQO) e da demanda bioquímica de oxigênio, expressas em mg.L-1, nas águas de abastecimento, nos afluentes e nos efluentes, dos sistemas de tratamento de resíduos, e nos três pontos do curso d’água receptor, colhidas em abatedouros avícolas (AV) e suinícolas (SN) entre os meses de maio e setembro de 2003 (seca) e janeiro e março

de 2004 (chuva), no Estado de São Paulo... 69 4. Médias aritméticas das concentrações de nitrogênio total kjeldahl (NTK),

(17)

nas águas de abastecimento e de diferentes fases do fluxograma de abate, nos afluentes e nos efluentes, dos sistemas de tratamento de resíduos, e nos três pontos do curso d’água receptor, colhidas em abatedouros avícolas entre os meses de maio e setembro de 2003 (seca) e janeiro e março de 2004 (chuva), no Estado de São

Paulo... 74 5. Médias aritméticas das concentrações de nitrogênio total kjeldahl (NTK),

nitrato (NO3-N), nitrito (NO2-N) e potássio (K), expressas em mg.L-1, nas águas de abastecimento e de diferentes fases do fluxograma de abate, nos afluentes e nos efluentes, dos sistemas de tratamento de resíduos, e nos três pontos do curso d’água receptor, colhidas em abatedouros suinícolas entre os meses de maio e setembro de 2003 (seca) e janeiro e março de 2004 (chuva), no Estado de São

Paulo... 75 6. Médias aritméticas dos valores de nitrogênio total kjeldahl (NTK), nitrato

(NO3-N) e nitrito (NO2-N), expressas em mg.L-1, nas águas de abastecimento, nos afluentes e nos efluentes, dos sistemas de tratamento de resíduos, e nos três pontos do curso d’água receptor, colhidas em abatedouros avícolas (AV) e suinícolas (SN) entre os meses de maio e setembro de 2003 (seca) e janeiro e março de 2004

(chuva), no Estado de São Paulo... 77 7. Médias aritméticas dos valores de potássio (K), expressas em mg.L-1,

nas águas de abastecimento, nos afluentes e nos efluentes, dos sistemas de tratamento de resíduos, e nos três pontos do curso d’água receptor, colhidas em abatedouros avícolas (AV) e suinícolas (SN) entre os meses de maio e setembro de 2003 (seca) e janeiro e março

(18)

1. Médias aritméticas das concentrações de sódio (Na), magnésio (Mg), ferro (Fe), cálcio (Ca), manganês (Mn) e níquel (Ni), expressas em mg.L-1, nas águas de abastecimento e de diferentes fases do fluxograma de abate, nos afluentes e nos efluentes, dos sistemas de tratamento de resíduos, e nos três pontos do curso d’água receptor, colhidas em abatedouros avícolas entre os meses de maio e setembro de 2003 (seca) e janeiro e março de 2004 (chuva), no Estado de São

Paulo... 99 2. Médias aritméticas das concentrações de sódio (Na), magnésio (Mg),

ferro (Fe), cálcio (Ca), mangânes (Mn) e níquel (Ni), expressas em mg.L-1, nas águas de abastecimento e de diferentes fases do fluxograma de abate, nos afluentes e nos efluentes, dos sistemas de tratamento de resíduos, e nos três pontos do curso d’água receptor, colhidas em abatedouros suinícolas entre os meses de maio e setembro de 2003 (seca) e janeiro e março de 2004 (chuva), no Estado

de São Paulo... 100 3. Médias aritméticas das concentrações de cromo (Cr), cádmio (Cd),

cobalto (Co), cobre (Cu), zinco (Zn) e chumbo (Pb), expressas em mg.L-1, nas águas de abastecimento e de diferentes fases do fluxograma de abate, nos afluentes e nos efluentes, dos sistemas de tratamento de resíduos, e nos três pontos do curso d’água receptor, colhidas em abatedouros avícolas entre os meses de maio e setembro de 2003 (seca) e janeiro e março de 2004 (chuva), no Estado de São

Paulo... 101 4. Médias aritméticas das concentrações de cromo (Cr), cádmio (Cd),

(19)

setembro de 2003 (seca) e janeiro e março de 2004 (chuva), no Estado

de São Paulo... 102 5. Médias aritméticas dos valores de sódio (Na), magnésio (Mg), ferro

(Fe) e cálcio (Ca), expressas em mg.L-1, nas águas de abastecimento, nos afluentes e nos efluentes, dos sistemas de tratamento de resíduos, e nos três pontos do curso d’água receptor, colhidas em abatedouros avícolas (AV) e suinícolas (SN) entre os meses de maio e setembro de 2003 (seca) e janeiro e março de 2004 (chuva), no Estado de São

Paulo... 104 6. Médias aritméticas dos valores de manganês (Mn), níquel (Ni), cromo

(Cr) e cádmio (Cd), expressas em mg.L-1, nas águas de abastecimento, nos afluentes e nos efluentes, dos sistemas de tratamento de resíduos, e nos três pontos do curso d’água receptor, colhidas em abatedouros avícolas (AV) e suinícolas (SN) entre os meses de maio e setembro de 2003 (seca) e janeiro e março de 2004

(chuva), no Estado de São Paulo... 105 7. Médias aritméticas dos valores de cobalto (Co), cobre (Cu), zinco (Zn)

e chumbo (Pb), expressas em mg.L-1, nas águas de abastecimento, nos afluentes e nos efluentes, dos sistemas de tratamento de resíduos, e nos três pontos do curso d’água receptor, colhidas em abatedouros avícolas (AV) e suinícolas (SN) entre os meses de maio e setembro de 2003 (seca) e janeiro e março de 2004 (chuva), no Estado de São

Paulo... 106 8. Determinações dos valores de CE (I)50, expressas em %, das unidades

tóxicas agudas (UTA), resultantes dos bioensaios agudos nos efluentes dos sete frigoríficos avícolas e suinícolas, entre os meses de maio e setembro de 2003 (seca) e janeiro e março de 2004 (chuva), no

(20)

resultantes dos bioensaios crônicos nos efluentes dos sete frigoríficos avícolas e suinícolas, entre os meses de maio e setembro de 2003

(21)

DE ABATEDOUROS AVÍCOLAS E SUINÍCOLAS

RESUMO - Este trabalho foi delineado objetivando informações dos riscos dos abatedouros ao ambiente e à Saúde Pública. Foram analisadas, na chuva e na seca e em sete abatedouros avícolas e sete suinícolas, águas de: abastecimento, de diferentes pontos do fluxograma de abate, dos afluentes e efluentes dos sistemas de tratamento e de três pontos do corpo receptor. Nas investigações físicas e químicas determinaram-se: temperatura, pH, cloro residual livre, DBO, DQO, NO3, NO2, nitrogênio, K, Fe, Na, Ca, Mg, Mn, Cd, Co, Zn, Pb, Ni, Co e Cr, além de bioensaios com Daphnia magna nos efluentes. As mensurações microbiológicas concentraram-se nos indicadores fecais e na Salmonella. O isolamento de Salmonella ocorreu na escaldadura (14,29%), depenagem (7,41%), pré-resfriamento (7,41%) e efluentes (7,41%), nos abatedouros avícolas, e na lavagem do ambiente (7,41%) e nos afluentes (7,41%), nos suinícolas. A escaldadura, a depenagem, a evisceração e as lavagens das carcaças e do ambiente, no abate avícola, e as lavagens das carcaças e do ambiente, no abate suinícola, foram os pontos mais impactantes. Três efluentes dos abatedouros avícolas e dois dos suinícolas apresentaram poder impactante. Testes demonstraram o Zn, Mn, Mg, Ni, Ca, Cd, Fe, Na e Cu, como os metais de menor correlação, e o Cr, Co e Pb, como os de maior correlação.

(22)

SWINE AND POULTRY SLAUGHTERHOUSES

SUMMARY - This work was done to obtain information about the risks of slaughterhouse on the environment and Public Health. It was analyzed, on rain and dryness and in seven poultry and swine slaughterhouses, water from: supply, different points of the slaughter flowchart, affluents and effluents of the treatment systems, and three points of the receiver structure. The chemical and physical investigations determinated: temperature, pH, free residual chlorine (FRC), BOD, COD, NO3-N, NO2-N, kjeldahl nitrogen, K, Fe, Na, Ca, Mg, Mn, Cd, Co, Zn, Pb, Ni, Co and Cr. Bioassays with Daphnia magna were done in the effluents. The microbiological determinations were concentrated in the fecal microrganisms and in the Salmonella. The results showed the Salmonella isolation in the scalding (14,29%), deplume (7,41%), pre-chiller (7,41%) and effluent (7,41%), in the avian slaughterhouse, and in the environment wash (7,41%) and affluent (7,41%), in the swine slaughterhouse. The scalding, deplume, evisceration, carcass and environment wash, in the avian slaughter, and the carcass and environment wash, in the swine slaughter, were the points with the highest impact. Three effluents, from avian slaughterhouses, and two, of the swine slaughterhouses showed a strong power to impact. Tests demonstrated the Zn, Mn, Mg, Ni, Ca, Cd, Fe, Na and Cu, as the metal with the less correlation, and the Cr, Co and Pb, as the most.

(23)

1 A água e a indústria da carne

A água é um dos mais importantes recursos naturais, elemento indispensável à vida e às atividades humanas, comprovada por suas funções no abastecimento público, industrial, agropecuário, bem como na preservação da vida aquática. Por outro lado, as atividades humanas têm provocado, ao longo dos anos, grandes impactos nos ecossistemas aquáticos, sendo que os despejos de efluentes industriais e domésticos constituem-se na maior fonte antrópica de compostos químicos e de microrganismos que são lançados nos corpos d’água (BASSOI et al., 1990).

Nas últimas décadas, os produtos avícolas e suinícolas têm se tornado hábito de consumo e hoje constituem uma parte significativa de toda a carne consumida. A conseqüência é o aumento da quantidade e complexidade dos resíduos lançados nos mananciais de água doce, desencadeando sérios problemas ecológicos e episódios com graves conseqüências para a saúde do ser humano (BASSOI et al., 1990; NIETO, 2000).

Para melhorar a logística e obedecer à demanda do consumidor por carne com preço mais acessível, os processos de abate têm sido intensificados e centralizados em poucos locais (FRANSEN et al., 1996; FRANSEN et al., 1998), caracterizando uma industrialização rápida do setor agropecuário, com agroindústrias aumentando a quantidade de água usada para o abate e industrialização (FRANSEN et al., 1998; SALMINEN et al., 2001; SALMINEN & RINTALA, 2002).

O consumo irracional de água pelos abatedouros é evidenciado em vários países e está ligado ao consumo de água por animal abatido, o tipo de animal abatido e o processo empregado em cada indústria (JOHNS, 1995; CAIXETA et al., 2002).

(24)

representadas pelas descargas de efluentes, em corpos d’água receptores, contendo altas concentrações de matéria orgânica biodegradável.

Vários autores (PARDI et al., 1993; FRANSEN et al., 1996; FRANSEN et al., 1998; DEL POZO et al., 2000; RAJESHWARI et al., 2000; SALMINEN et al., 2001; SALMINEN & RINTALA 2002; MANIOS et al., 2003) são unânimes em afirmar que as águas residuárias de abatedouros provêm de diferentes etapas dos processos de abate, tais como lavagem dos animais, sangria, esfola, limpeza das carcaças dos animais e limpeza das salas de abate. Segundo estes autores, estas águas contêm sangue, partículas de pele e carne, excremento, gorduras, penas, frações misturadas de ossos picados, limalhas, farinha de osso, sangue e vísceras.

2 O impacto ambiental gerado pelos abatedouros

As indústrias de alimentos e as agroindústrias geralmente produzem grandes quantidades de resíduos e, onde sistemas adequados de disposição não são disponíveis, tais resíduos criam problemas ambientais. Nas indústrias de carne, os processos de abate são os principais contribuintes para os resíduos líquidos (BASSOI et al., 1990; BENKA-COKER & OJIOR, 1995; NIETO et al., 2000).

As descargas destas águas residuárias, nas águas superficiais, e as mudanças deletérias resultantes na ecologia dos sistemas aquáticos vêm sendo notificadas por vários pesquisadores, como BENKA-COKER & OJIOR (1995), que também expressam relações entre a saúde humana e a possibilidade de acumulação de microrganismos entéricos patogênicos nos organismos aquáticos.

(25)

Incidentes de enfermidades de transmissão hídrica têm ocorrido em áreas rurais de países em desenvolvimento ou subdensenvolvidos, contribuindo para que milhões de mortes tenham sido reportadas. Algumas destas mortes têm sido interligadas com o uso das águas poluídas por dejetos não tratados, de atividades domésticas e industriais. A Nigéria é um exemplo típico desta situação, com o agravante da água contaminada ser utilizada na lavagem dos abatedouros (BENKA-COKER & OJIOR, 1995).

A natureza dos despejos dos abatedouros depende, em grande parte, da recuperação do sangue e dos esquemas de trabalho do estabelecimento, uma vez que a demanda bioquímica de oxigênio (DBO) do sangue varia de 150.000 a 200.000 mg.L-1 e a matéria seca dos resíduos consiste principalmente de proteínas (PARDI et al., 1993; FRANSEN et al., 1996).

CAIXETA et al. (2002) citam que as águas residuárias geradas nas plantas de processamento de carnes contêm grandes quantidades de matéria orgânica biodegradável, onde a DBO usualmente varia de 1.100 a 2.400 mg. L-1, com frações solúveis variando entre 40 a 60% (TORKIAN et al., 2003). Já a fração insolúvel é formada por material suspenso e coloidal, na forma de gorduras, proteínas e celulose, representando cerca de 50% de sua demanda química de oxigênio (DQO) na forma não dissolvida (MASSÉ & MASSE, 2001).

A carga poluente biodegradável dos efluentes das indústrias de carnes de suínos apresentam uma DBO de 6.300 mg.L-1, demonstrando o grande potencial de impacto ambiental dos efluentes deste tipo de indústria, comparado com a DBO do esgoto doméstico, que é de 300 mg.L-1 (PARDI et al., 1993).

A temperatura das águas residuárias de abatedouros varia, geralmente, entre 20 e 35 ºC. Temperaturas de efluentes entre 20 e 25 ºC foram verificadas em abatedouros europeus. Na Austrália, devido ao seu clima quente, a temperatura das águas residuais alcança valores entre 30 e 35 ºC. No Canadá, entre os anos de 1995 e 1999, as temperaturas dos efluentes variaram de 20 a 35 ºC (MASSÉ & MASSE, 2001).

(26)

Nas últimas décadas, os níveis excedentes de nitrato e nitrito nos aqüíferos são atribuídos a intervenções humanas, assim como a atividades agrícolas, deposição de resíduos de animais e processos industriais (FORMAN et al., 1985; BRUNING-FANN et al., 1994). RODRÍGUEZ-MARTÍNEZ et al. (2002) verificaram a presença do nitrato, em quantidades acima de 10 mg. L-1, nas águas residuais de abatedouros.

O nitrato presente nas águas pode induzir a ocorrência de metahemoglobinemia em recém-nascidos e a formação de nitrosaminas e nitrosamidas carcinogênicas (FORMAN et al., 1985; FERREIRA, 2001). O nitrito, uma vez presente nas águas, pode desencadear a metahemoglobinemia, independente da faixa etária, pois, seu efeito é mais rápido e pronunciado que o do nitrato (BATALHA & PARLATORE, 1993).

O nitrogênio e o potássio constituem-se nos principais nutrientes para os processos biológicos, pois, são exigidos em grandes quantidades. Todavia, o excesso destes elementos, provenientes de processos de mineralização da matéria orgânica, em efluentes industriais conduz a processos de eutrofização, com crescimento exacerbado dos organismos aquáticos, principalmente algas, nos cursos de água receptores (PIVELLI, 1998).

POURIA et al. (1998) citam a predominância de cianobactérias em ambiente eutrófico e salientam a importância desse fato sob o aspecto de saúde pública, uma vez que essas algas produzem toxinas. O recente caso de toxinas na água de hemodiálise na cidade de Caruaru/PE, causando diversas mortes, evidencia a importância dessas águas como veículos das toxinas destas algas.

Por estas razões, os valores limites de DBO e nitrogênio, para os corpos receptores da Classe II, que são a maioria em nosso país, são: ≤ 5 mg.L-1 e ≤ 0,5 mg.L-1 (CONAMA, 2005). Já os padrões limites de nitrogênio e de DBO para os efluentes, determinados pelo CONAMA (2005) e pela legislação do Estado de São Paulo (SÃO PAULO, 1976), são ≤ 20 mg.L-1 e 60 mg.L-1, respectivamente.

(27)

o ser humano. Dentre os principais detergentes sintéticos, há os alcalinos e os polifosfatos, que reagem com o cálcio, magnésio e o ferro presentes na água. Contribuem também para esta categoria os seguintes agentes químicos: álcalis fortes (NaOH), álcalis fracos (PO4, Na2CO3), ácidos fortes (H2SO4, HCl) e ácidos fracos.

Conforme BABBITT et al. (1973) e ANDRADE & MARTYN (1982) a maioria dos detergentes sintéticos petroquímicos (sindetes), utilizados para os fins de limpeza e sanitização, não são removidos com êxito nos tratamentos dos efluentes das indústrias, além de não serem degradados pela microbiota normal existente nos rios, lagos ou mares. Assim, estes autores salientam a necessidade de uma legislação adequada que inclua uma clara definição de biodegradabilidade e de um sistema apropriado de amostragens e análises.

O zinco e cobre são essenciais à nutrição animal como promotores de crescimento e preventivos de enfermidades, além de serem elementos essenciais, em pequenas quantidades, a todos os sistemas de vida e cruciais a muitas atividades celulares (YANG et al., 1999). Estes metais são essenciais à fisiologia, mas podem ser potencialmente muito tóxicos, promovendo a depleção do oxigênio dissolvido e diminuindo a capacidade da água em reduzir cargas microbianas e de se autodepurar (ABBASI et al., 1988; YANG et al., 1999; VILLEGAS-NAVARRO et al., 2001).

O cobre é requerido para a atividade de enzimas associada com o metabolismo do ferro, a formação de colágeno e elastina, a produção de melanina e a integridade do sistema nervoso central (ABBASI et al., 1988; HERKOVITS & HELGUERO, 1998). Porém, os problemas induzidos pela presença destes metais nos efluentes industriais suinícolas, através de excrementos com altas concentrações dos mesmos, têm se tornado uma constante nos últimos tempos (VILLEGAS-NAVARRO et al., 2001).

(28)

O cobre exerce efeitos adversos em concentrações um pouco maiores do que o permitido. Alterações citopatológicas foram observadas em hepatócitos de peixes tratados com níveis de cobre acima do permissível; em mamíferos, alguns estudos reportam que o envenenamento crônico pode ocorrer com baixas concentrações de cobre, sendo caracterizado pela degeneração celular renal e hepática, hemoglobinúria e morte. Em seres humanos, os sintomas de intoxicação, com estes metais pesados, são vômitos, náuseas, dores abdominais, vertigem e diarréia, após curtos períodos de exposição (HERKOVITS & HELGUERO, 1998).

Duas situações contrastantes vêm influenciando o fluxo de metais tóxicos no ambiente: em países em desenvolvimento, as emissões estão se elevando abruptamente, enquanto que nos países desenvolvidos há uma tendência de diminuição nas concentrações destes metais tóxicos nas descargas industriais e nos níveis ambientais (ABBASI et al., 1988; HERKOVITS & HELGUERO, 1998; VILLEGAS-NAVARRO et al., 2001).

3 Os bioensaios como ferramentas adicionais na detecção e no controle da poluição gerada pelos abatedouros

Nos países, ditos como emergentes, a crescente contaminação ambiental é particularmente grave, uma vez que a população, economicamente e socialmente mais fragilizada, é muito mais suscetível ao envenenamento por elementos químicos (ABBASI et al., 1988; HERKOVITS & HELGUERO, 1998; YANG et al., 1999; VILLEGAS-NAVARRO et al., 2001).

(29)

diversidade de análises químicas realizadas; (b) a limitação, na prática, do número de análises químicas efetuadas; (c) a dificuldade na extrapolação do perigo real das águas residuais pela presença de diferentes compostos presentes em diversas concentrações; (d) a inabilidade em predizer os efeitos interativos dos elementos tóxicos; (e) muitos efluentes, tanto de fontes industriais como domésticas, contêm milhares de substâncias potencialmente tóxicas e (f) a existência de compostos tóxicos incapazes de ser mensurados pelas análises químicas rotineiras.

Em vista destas dificuldades, há uma crescente percepção que, para uma estimativa realista dos perigos das descargas de águas residuais, estudos de toxicidade devem abranger testes nos sistemas biológicos. Infelizmente, testes ecotoxicológicos também apresentam uma série de desvantagens, das quais as maiores são as necessidades constantes de cultivo e a manutenção dos organismos testes (MUNA et al., 1995; YANG et al., 1999; YU et al., 2003).

Um instrumento alternativo ou complementar às tradicionais análises químicas para determinação da toxicidade de amostras ambientais é a utilização de bioensaios (testes de toxicidade), visto que os organismos vivos irão apresentar alguma resposta a níveis perigosos de quaisquer substâncias químicas ou misturas complexas tóxicas (BITTON, 1983; BERVOETS et al., 1996; NIETO, 2000). Estes bioensaios podem auxiliar na avaliação dos efeitos à saúde (toxicidade humana e animal) e dos efeitos ecológicos de milhares de substâncias químicas que são introduzidas no meio ambiente, quer seja por vias dos abatedouros de suínos e aves, ou por outro tipo de efluente industrial (BITTON, 1983; BASSOI et al., 1990; BERVOETS et al., 1996; NIETO, 2000; YU et al., 2003).

YU et al. (2003) e HONGXIA et al. (2004) afirmam que o monitoramento toxicológico oferece muitas vantagens sobre a mensuração individual de elementos químicos, pois, podem estar presentes elementos tóxicos não conhecidos e ocorrer interações entre múltiplos tóxicos, alterando a biodisponiblidade tóxica no efluente matricial.

(30)

Canadá, África do Sul e vários países da Europa, considerando a importância destes ensaios no controle da poluição hídrica (NIETO, 2000).

A utilização destes ensaios de toxicidade em vários países ocidentais, quer seja para agentes químicos ou efluentes industriais, em conjunção a outros dados físicos e químicos, objetivam promover estudos e relatórios de impacto de efluentes líquidos nos corpos receptores e implantação de uma política para emissão de efluentes (BERVOETS et al., 1996; VILLEGAS-NAVARRO et al., 1997; YU et al., 2003; HONGXIA et al., 2004).

Há vários métodos padronizados destinados à execução de testes de toxicidade aguda de poluentes, cuja manifestação ocorre através da inibição da mobilidade ou morte dos organismos, e de toxicidade crônica, expressa por meio dos efeitos sobre a produção, a sobrevivência e o crescimento dos organismos (ISO, 1982; ASTM, 1983; CETESB, 1986; ABNT, 1987; ASTM, 1987; CETESB, 1987; SEMA, 1988; DIN 38409, 1989; DIN 38412, 1989; CETESB, 1990; CETESB, 1991; ABNT, 1993).

Cladoceros, um grupo de zooplâctons largamente distribuído em corpos de água doce, está presente em um nível muito amplo de habitats e são importantes conexões em muitas cadeias alimentares (NAVARRO et al., 1997; VILLEGAS-NAVARRO et al., 2001; EMMANUEL et al., 2004). Em particular, Daphnia magna é reconhecida como uma espécie do zooplâncton de água doce altamente sensível. Este microcrustáceo tem sido utilizado em ensaios, agudo e crônico, com substâncias químicas puras e complexas descargas industriais (VILLEGAS-NAVARRO et al., 1997). As vantagens desta espécie são: ciclos de vida relativamente curtos; requer pequenos espaços para o cultivo no laboratório; adaptáveis às condições de laboratório e sensíveis a uma grande variedade de contaminantes aquáticos (EMMANUEL et al., 2004).

(31)

1984; NAVARRO et al., 1997; SANCHEZ et al., 1998; VILLEGAS-NAVARRO et al., 2001; EMMANUEL et al., 2004).

No Brasil, o Estado de São Paulo, através da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental - CETESB, está fazendo uso dos testes de toxicidade no controle de efluentes líquidos (CETESB, 1990).

4 O impacto ambiental dos abatedouros sob o ponto de vista da Microbiologia

A contaminação das águas refere-se às alterações físicas, químicas e/ou microbiológicas ocorridas nos corpos d’água que tragam desequilíbrios aos ciclos biogeoquímicos, à flora, à fauna e, principalmente, à Saúde Pública.

Durante os últimos 10 a 15 anos, muitos países têm experimentado um sério e dramático aumento da incidência de salmonelose. Poucas unidades formadoras de colônia (UFC), por exemplo, número de 10 UFC de Salmonella sp., é conhecido por iniciar uma infecção em indivíduos suscetíveis (CARRAMIÑANA et al., 1997). A esse respeito, entre as diferentes espécies animais, os suínos são considerados, juntamente com as aves, os maiores reservatórios de Salmonella sp. (CAMPS, 1984; MAFU et al., 1989). Estas bactérias detêm uma capacidade de multiplicação no trato gastrointestinal destes animais com subseqüente sobrevivência aos processos de abate, transporte e comercialização (CARRAMIÑANA et al., 1997).

O gênero Salmonella sp. consiste de duas espécies: S. bongori, com menos de dez sorotipos e de ocorrência bastante rara, e a S. enterica, geneticamente e fenotipicamente subdividida em seis subespécies com mais de 2.500 sorotipos. As subespécies são: S. choleraesuis, S. salamae, S. arizonae, S. diarizonae, S. houtenae e a S. indica. Sorotipos isolados de animais domésticos e de seres humanos normalmente pertencem a S. enterica (HOLT et al., 1994; ANGEN et al., 1996).

(32)

das salmoneloses (MAFU et al., 1989; SWANENBURG et al. 2001a; SWANENBURG et al., 2001b; VAN DER WOLF, 2001a; VAN DER WOLF, 2001b; VAN DER GAAG et al., 2004) sendo que, 75 a 90% dos casos são causados por alimentos de origem animal, especialmente ovos crus e carne de ave. Porém, o suíno também se posiciona como uma importante fonte de salmonelas que atingem os seres humanos.

Animais saudáveis podem ser infectados com Salmonella sp. sem a presença de sinais da doença, fazendo com que muitos produtores desconheçam que seus animais estejam infectados. Soma-se a este fato que, carcaças de suínos e de aves contaminadas não serão reconhecidas durante a inspeção veterinária após o abate.

Os portadores convalescentes também são importantes, pois, após a cura, um animal pode portar a bactéria no intestino e nos nódulos linfáticos e contaminar as carcaças e os subprodutos das carnes suínas (VAN DER GAAG et al., 2004).

BONARDI et al. (2003) e VAN DER GAAG et al. (2004) reportaram que o abate de suínos e de aves oferece muitas oportunidades para a contaminação das carcaças com microrganismos patogênicos, como a Salmonella sp. Citam também que o processo não contém qualquer ponto nos quais os perigos possam ser completamente eliminados.

NASCIMENTO et al. (2000) são unânimes em afirmar que a presença de Salmonella nas aves, no início do processo de abate, será muito provavelmente amplificada pela contaminação cruzada determinada pelo contato com superfícies e líquidos do próprio processo. Estes autores enfatizam ainda a possibilidade de um lote, com 5% de positividade para Salmonella sp. na chegada à plataforma, poder ter parte de seu produto final correspondente apresentado mais de 20% de positividade.

(33)

Na Europa, a Salmonella enteritidis e a Salmonella typhimurium perfazem 75% da salmonela isolada de humanos (VAN DER GAAG et al., 2004).

LINKLATER et al. (1985) identificaram, em efluentes de abatedouros, no sudeste da Escócia, sorotipos de S. panama (4,34%) e de S. derby (4,34%).

BERCHIERI et al. (1987), ao analisarem 36 amostras de água de abatedouros avícolas, relataram não terem isolado Salmonella sp. das torneiras. Contudo, detectaram a presença destes microrganismos em águas de escaldadura (42%) e do pré-resfriamento (33%). Ainda neste experimento, os autores reportaram a presença deste microrganismo em fezes (33%), carcaça depenada (8%), carcaças com vísceras (25%) e farinhas de carne (33%).

Existe uma pequena probabilidade de haver multiplicação de salmonelas em águas relativamente limpas, situação que pode mudar no caso de águas poluídas, onde exista uma adequada presença de nutrientes, pH e temperatura compatíveis, a partir dos quais pode haver uma multiplicação lenta desta bactéria. Em adição, em estudos efetuados em águas residuárias, foi constatada uma forte associação entre a presença de Salmonella sp. e densidades de coliformes fecais acima de 103 UFC.100 mL-1 (BERENDS et al., 1997; BASTOS, 1999).

BERENDS et al. (1998) enfatizam que práticas como retirada dos pêlos, polimento depois do chamuscamento e evisceração elevam a contagem de bactérias da família Enterobacteriaceae nas superfícies das carcaças de suínos. Em contra partida, escaldadura e o chamuscamento são práticas responsáveis por um decréscimo considerável no número destes microrganismos. Tais pesquisadores reiteram que as fezes de suínos recentemente infectados podem conter 103 a 106 UFC de Salmonella sp. por grama.

(34)

carcaças através da água de escaldadura contaminada (BERENDS et al., 1998; SWANENBURG et al., 2001b).

Nota-se a existência de pouquíssimas referências específicas registradas na literatura, em relação à presença de salmonelas nos efluentes de abatedouros avícolas e suinícolas, apesar da crescente preocupação com a verificação da presença de salmonelas nos diferentes pontos do processamento dentro dos abatedouros. Este fato pode estar ligado às características deste microrganismo, sendo reconhecidamente um mal competidor em relação aos outros microrganismos, principalmente os indicadores de contaminação fecal, presentes em quantidades elevadas, nos efluentes.

Além da presença de Salmonella sp., diversos autores já conseguiram isolar outros microrganismos patogênicos em diferentes pontos da indústria de alimentos. BARNHART & PANCORBO (1992) isolaram cepas de Aeromonas hydrophila, resistentes a antibióticos, na água utilizada em plantas de processamento de carnes avícolas; GIL & JONES (1995) constataram a presença de bactérias dos gêneros Aeromonas, Listeria e Yersinia em equipamentos de processamento em abatedouros suinícolas e ROSSI JÚNIOR et al. (1996) isolaram bactérias do gênero Aeromonas, em amostras de água e de carne, em estabelecimentos industriais de carne bovina.

A Escherichia coli e os enterococos caracterizam-se por serem bactérias presentes na microbiota intestinal de humanos e de animais, além de serem comuns em ambientes contaminados por material fecal humano e animal e em produtos alimentícios derivados de animais (DORAN & LINN, 1979; THELIN & GIFFORD, 1983; BENKA-COKER & OJIOR, 1995; GELDREICH, 1998; KÜHN et al., 2003).

Os enterococos não são reconhecidos como patógenos primários, mas devido a sua capacidade para adquirir alta resistência a agentes antimicrobianos, eles têm emergido como patógenos de distribuição mundial. Há evidências de que alguns enterococos, especialmente os Enterococcus faecalis, possuam importantes determinantes de virulência, e que o Enterococcus faecium é capaz de promover infecções humanas (KÜHN et al., 2003).

(35)

de coliformes fecais na faixa de < 3 a 4,3 x 104 NMP.100mL-1 e o isolamento de bactérias do gênero Salmonella em 6% das 50 amostras de água do tanque.

CHERRINGTON et al. (1988), pesquisando a persistência de Eschericia coli em uma planta de processamento avícola, constataram a presença deste poluidor fecal em uma faixa de 81 a 86 % nas águas do tanque de escaldadura. Estes autores também relataram que a simples lavagem dos equipamentos com jatos de água, após iniciado o processamento, não foi suficiente na remoção deste microrganismo.

A Escherichia coli enterohemorrágica (ECEH), um subgrupo da E. coli produtora de verotoxina (ECVT), possui seu representante mais importante na E. coli O157:H7. A doença causada pela Escherichia coli O157:H7 é caracterizada por colites hemorrágicas, síndrome urêmica hemolítica (SUH) e trombocitopenia trombótica púrpura (ABDUL-RAOUF et al., 1996; BOUVET et al., 2001; BOUVET et al., 2002; BOTTELDOORN et al., 2003). Dessa forma, a possibilidade da E. coli O157:H7 estar presente em vasilhames de alimentos e em utensílios lavados com água contaminada deve ser considerada.

O gado bovino é reconhecido como o principal veículo da E. coli produtora de verotoxina, porém têm sido relatados isolamentos em outros animais, como ovelhas, cães, cavalos e galinhas. O suíno pode ser um veículo para cepas de ECVT porque bactérias positivas para a toxina shiga têm sido isoladas destes animais e produtos suínos estão envolvidos em infecções humanas (BOUVET et al., 2002; BOTTELDOORN et al., 2003).

5 Minimização do impacto ambiental gerado pelas águas residuais dos abatedouros

(36)

através das melhores tecnologias (FRANSEN et al., 1996; FRANSEN et al., 1998; MANIOS et al., 2003).

Existem poucas informações disponíveis sobre o delineamento, a execução e a eficiência das tecnologias destinadas à remoção de nutrientes nas águas residuais de abatedouros (JOHNS, 1995). Os sistemas de tratamento das águas residuárias, dependendo da duração, do tipo e da diversidade da microbiota, converterão a matéria orgânica, mineralizando-a através de atividades respiratórias microbianas, em simples material celular e em uma gama de metabólitos (FRANSEN et al., 1998; SALMINEN et al., 2001; SALMINEN & RINTALA, 2002; DEL POZO et al., 2000; DEL POZO & DIEZ, 2003).

Para a remoção biológica de nutrientes e de matéria carbonácea, processos aeróbicos e anaeróbicos devem ser combinados (DEL POZO et al., 2000). Nos processos aeróbicos, a matéria orgânica é oxidada, sendo incorporada ao efluente, antes da descarga no ambiente (SALMINEN & RINTALA, 2002; DEL POZO et al., 2000; DEL POZO & DIEZ, 2003).

Tratamentos unicamente anaeróbicos, segundo diversos autores (FRANSEN et al., 1998; STOOP, 1999; SALMINEN et al., 2001; SALMINEN & RINTALA, 2002; MANIOS et al., 2003), não são indicados aos resíduos de abatedouros, pois esses são considerados um difícil substrato, sobretudo pelo seu típico e elevado conteúdo protéico e lipídico (DEL POZO & DIEZ, 2003).

A remoção carbonácea é claramente favorecida pela combinação de processos com e sem oxigênio, especialmente para as águas residuais com alta concentração orgânica. Contudo, poucas remoções de nutrientes tendem a ocorrer (STOOP, 1999; JOHNS, 1995).

A descarga de altas concentrações de nutrientes, existentes nas águas residuárias dos abatedouros, em corpos d’água receptores e em solos permeáveis tem surgido como o principal problema para as indústrias em todo mundo e a remoção destes nutrientes vem se tornando uma necessidade iminente.

(37)

ser realizado pelas estações de tratamento de esgoto municipais. Na América do Norte há poucas informações a respeito e na Austrália somente uma minoria dos abatedouros tem instalações capazes de remover os nutrientes, uma vez que a maioria dos efluentes é destinada à fertirrigação (JOHNS, 1995; STOOP, 1999; MANIOS et al., 2003).

A crescente preocupação da saúde pública e a progressiva deterioração do ambiente aquático tem resultado no estabelecimento de legislações para controlar a qualidade dos efluentes e dos corpos receptores. Entretanto, a despeito da regulação de descargas tóxicas no ambiente, em muitas situações os ecossistemas aquáticos são prejudicados, visto que, apesar das medições químicas obedecerem aos critérios de qualidade das águas, podem ocorrer interações entre os componentes do efluente, múltiplas descargas e fontes de poluição não-pontuais. Nestes casos, é importante que esforços para melhorar a qualidade da água sejam direcionados para as fontes mais contribuidoras dos adversos efeitos biológicos. Isto requer a tributação do impacto destas descargas nos ecossistemas receptores. Para este objetivo, análises físicas, químicas e bioensaios podem ser usados.

Por conta das restrições legais, dos elevados custos com tratamentos e da consciência ambiental dos consumidores, o tratamento de sólidos residuais, dejetos e outros resíduos provenientes dos efluentes de abatedouros têm emergido como principal preocupação, não apenas no processamento de aves e suínos, mas também na indústria de carne. Em adição, a legislação tem restringido a disposição de resíduos orgânicos e dejetos em terras destinadas às culturas, enquanto custos com a disposição estão aumentando, refletindo o princípio do poluidor-pagador.

As indústrias de alimentos devem lidar com volumes cada vez maiores de efluentes, sem deixar de comparar os critérios de consciência ambiental com os custos de tratamento dos dejetos, preservando a lucratividade sem afetar a imagem da empresa.

(38)

As ações visando uma solução coerente e aplicável quanto à melhoria das legislações, de suas aplicações e da conservação ambiental, frente ao crescimento econômico gerado pelas indústrias de alimentos, deverão vir de ambos os lados da balança, ou seja, o governo e as indústrias, para, enfim, permitir o uso racional dos recursos naturais, caracterizando o desenvolvimento sustentável.

Diante do exposto, o presente trabalho foi realizado, nos períodos de estiagem e de chuvas, com os objetivos gerais de determinar e comparar o poder poluente e os aspectos sanitários das águas residuárias de abatedouros avícolas e suinícolas além, de investigar qual das fases do fluxograma de abate possuía maior impacto na contaminação dos efluentes. Os objetivos específicos consistiram na caracterização física, química e microbiológica das águas de: abastecimento, de diferentes pontos do fluxograma, residuárias e de três pontos do corpo receptor, juntamente com a realização de bioensaios com Daphnia magna nos efluentes dos sistemas de tratamento.

6 Agradecimentos

À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP, pela concessão de bolsa e financiamento do projeto.

7 Referências

ABBASI, S. A.; NIPANEY, P. C.; SONI, R. Studies on environmental management of mercury (II), chromium (VI) and zinc (II) with respect to the impact on some arthropods and protozoans – toxicity of zinc (II). International Journal Environmental Studies, v. 32, n. 2-3, p. 181-187, 1988.

(39)

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS – ASTM. Proposed standard practice for conducting renewal life-cycle toxicity tests with Daphnia magna (Strauss). 1983, p. i (Comittee E 47. Draft no 4).

______. Standard guide for conducting renewal life cycle toxicity tests with Daphnia magna. 1987, 17 p. (ASTM: E 1.193-87).

ANDRADE, N. J. de; MARTYN, M. E. L. A água na indústria de alimentos. Viçosa: Imprensa Univ. da U.F.V., 1982. 38p.

ANGEN, Ø.; SKOV, M. N.; CHRIÉL, M.; AGGER, J. F.; BISGAARD, M. A retrospective study on salmonella infection in Danish broiler flocks. Preventive Veterinary Medicine,

v. 26, n. 3-4, p. 223-237, 1996.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. Água – teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Claus, 1876 (Cladocera, Crustacea) – Método de ensaio. São Paulo, 1987, 31 p. (Projeto de Norma).

______. Água – Ensaio de toxicidade aguda com Daphnia similis claus, 1876 (Cladocera, Crustacea). Rio de Janeiro, 1993, 16 p. (Apostila NBR 12713).

BABBITT, H. E.; DOLAND, J. J.; CLEASBY, J. L. Abastecimento de água. São Paulo: Edgard Blücher, 1973. 592p.

BARNHART, H.M.; PANCORBO, O.C. Cytotoxicity and antibiotic resistance profiles of Aeromonas hydrophila isolates from a broiler processing operation. Journal of Food Protection, v. 55, n. 2, p. 108-112, 1992.

BASSOI, L.J.; NIETO, R.; TREMAROLI, D. Implementação de testes de toxicidade no controle de efluentes líquidos. São Paulo: CETESB/PROCOP, 1990. p.i (Série Manuais/Secretaria do Meio Ambiente).

BASTOS, R. K. X. Utilização agrícola de esgotos sanitários. São Paulo: ABES, 1999. 84p. (Série Manuais/Secretaria do Meio Ambiente).

BATALHA, B. H. L.; PARLATORE, A. C. Controle da qualidade da água para consumo humano: bases conceituais e operacionais. São Paulo: CETESB, 1993. p. i (Série Manuais/Secretaria do Meio Ambiente).

(40)

BERCHIERI, A. J.; ROSSI, O. D. J.; PAULILO, A. C.; IRINO, K.; FERNANDES, S. A.; ÁVILA, F. A.; PESSÔA, G. V. A.; CALZADA, C. T. Salmomella em um abatedouro avícola. ARS Veterinária, São Paulo, v. 3, n. 1, p.81-87, 1987.

BERENDS, B. R.; VAN KNAPEN, F.; SNIJDERS, J. M. A.; MOSSEL, D. A. A. Identification and quantification of risk factors regarding Salmonella spp. on pork carcasses. International Journal of Food Microbiology, v. 36, n. 2-3, p. 199-206, 1997.

BERENDS, B. R.; VAN KNAPEN, F.; MOSSEL, D. A. A.; BURT, S. A.; SNIJDERS, J. M. A. Salmonella spp. on pork at cutting plants and at the retail level and the influence of particular risk factors. International Journal of Food Microbiology, v. 44, n. 3, p. 207-217, 1998.

BERVOETS, L.; BAILLIEUL, M.; BLUST, R.; VERHEYEN, R. Evaluation of effluent toxicity and ambient toxicity in a polluted lowland river. Environmental Pollution, v. 91, n. 3, p. 333-341, 1996.

BITTON, G. Bacterial and biochemical tests for assessing chemical toxicity in the aquatic environment: a review. CRC Critical Rev. Environmental Control., v. 13, n. 1, p.51-67, 1983.

BONARDI, S.; BRINDANI, F.; PIZZIN, G.; LUCIDI, L.; D’INCAU, M.; LIEBANA, E.; MORABITO, S. Detection of Salmonella spp., Yersinia enterocolitica and verocytotoxin-producing Escherichia coli O157 in pigs at slaughter in Italy. International Journal of Food Microbiology, v. 85, n. 1-2, p. 101-110, 2003.

BOTTELDOORN, N.; HEYNDRICKX, M.; RIJPENS, N.; HERMAN, L. Detection and characterization of verotoxigenic Escherichia coli by a VTEC/EHEC multiplex PCR in porcine faeces and pig carcass swabs. Research in Microbiology, v. 154, n. 2, p. 97-104, 2003.

(41)

BOUVET, J.; MONTET, M. P.; ROSSEL, R.; LE ROUX, A.; BAVAI, C.; RAY-GUENIOT, S.; MAZUY, C.; ATRACHE, V.; VERNOZY-ROZAND, C. Effects of slaughter processes on pig carcass contamination by verotoxin-producing Escherichia coli and E. coli O157:H7. International Journal of Food Microbiology, v. 77, n. 1-2, p. 99-108, 2002. BRUNING - FANN, C.; KANEENE, J. B.; MILLER, R. A.; GARDNER, I.; JOHNSON, R.; ROSS, F. The use of epidemiological concepts and techniques to discern factors associated with the nitrate concentration of well water on swine farms in the USA. The Science of theTotal Environment, v. 153, n. 1-2, p. 85-96, 1994.

CAIXETA, C. E. T.; CAMMAROTA, M. C.; XAVIER, A. M. F. Slaughterhouse wastewater treatment: evaluation of a new three-phase separation system in a UASB recator.

Bioresource Technology, v. 81, n. 1, p. 61-69, 2002.

CAMPS, Y. S. Número mais provável (NMP) de coliformes fecais e estreptococos fecais e isolamento de bactérias do gênero Salmonella e Clostridium perfringens de água de escaldamento em um matadouro de suínos, São Paulo, 1981-1982.

1984. 71 f. Tese (Doutorado na área de Nutrição) – Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1984.

CARRAMIÑANA, J. J.; YANGÜELA, J.; BLANCO, D.; ROTA, C.; AGUSTIN, A. I.; ARIÑO, A.; HERRERA, A. Salmonella incidence and distribution of serotypes throughout processing in a spanish poultry slaughterhouse. Journal of Food Protection, v. 60, n. 11, p. 1312-1317, 1997.

CHERRINGTON, C. A.; BOARD, R. G.; HINTON, M. Persistence of Escherichia coli in a poultry processing plant. Letters in Applied Microbiology, v. 7, n. 5, p. 141-143, 1988. COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL - CETESB. Teste de toxicidade aguda com Dahpnia similis, Claus 1876 (Cladocera, Crustacea). São Paulo, 1986, 27 p. (Apostila).

______. Avaliação da toxicidade aguda para Daphnia similis (Cladocera, Crustacea). São Paulo, 1987, 14 p. (Apostila).

______. Implementação de testes de toxicidade no controle de efluentes líquidos.

(42)

______. Água – teste de toxicidade aguda com Daphnia similis CLAUS, 1976 (Cladocera, Crustácea). São Paulo, 1991, 17p. (Apostila).

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA. Padrões de Qualidade para os Parâmetros Monitorados na Rede de Monitoramento, segundo Resolução

CONAMA 357/05, 2005. Disponível

em:<http://www.cetesb.sp.gov.br/qualidadederios/anexo2>. Acesso em 05 mai. 2005. DEL POZO, R.; DIEZ, V.; BELTRÁN, S. Anaerobic pre-treatment of slaughterhouse wastewater using fixed-film reactors. Bioresource Technology, v. 71, n. 2, p. 143-149, 2000.

DEL POZO, R.; DIEZ, V. Organic matter renoval in combined anaerobic-aerobic fixed-film bioreactors. Water Research, v. 37, n. 15, p. 3561-3568, 2003.

DEUTSCHE INSTITUT FÜR NORMUNG - DIN. Bestimming de Biochemischen Sawerstoffbedarfs in n Tgen nach dem Verdünnungsprinzip (Dev H51). Norma DIN 38409 (Verdünnungs-BSBn). Berlin: DIN, 1989. (Dev H51).

______. Testverfahren mit wasserorganismen (Gruppe L). Bestimmung der nicht akut giftigen wirkung von Abwassergegenüber Daphien über Verdünnungstufen.

Norma DIN 38412 Teil 30. Berlin: DIN, 1989. (L 30).

DORAN, J. W.; LINN, D. M. Bacteriological quality of runoff water from pastureland.

Applied and Environmental Microbiology, v.37, n. 5, p. 985-991, 1979.

EMMANUEL, E.; KECK, G.; BLANCHARD, J-M.; VERMANDE, P.; PERRODIN, Y. Toxicological effects of disinfections using sodium hypochlorite on aquatic organisms and its contribution to AOX formation in hospital wastewater. Environment International. Disponível em:<http://www.scirus.com>. Acesso em 03 nov. 2004.

FERREIRA, F. L. Eficiência de um sistema integrado de biodigestão na redução da carga poluidora de águas residuárias de suinocultura. 2001. 69 f. Tese (Mestrado na área de Medicina Veterinária) – Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, 2001.

(43)

FRANSEN, N. G.; VAN DEN ELZEN, A. M. G.; URLINGS, B. A. P.; BIJKER, P. G. H. Pathogenic micro-organisms in slaughterhouse sludge-a survey. International Journal of Food Microbiology, v. 33, n. 2-3, p. 245-256, 1996.

FRANSEN, N. G.; URLINGS, H. A. P.; BIJKER, P. G. H.; VAN LOGTESTIJN, J. G. Fermentation of aerobically activated pig slaughterhouse sludge for animal feed purposes. Bioresource Technology, v. 65, n. 1-2, p. 145-150, 1998.

GELDREICH, E. E. The Bacteriology of Water. In: WILSONS, T. Microbiology and Microbial Infections. 9 ed. London: Arnold, 1998. v. 1, p. 351-365.

GILL, C.O.; JONES, T. The presence of Aeromonas, Listeria and Yersinia in carcass processing equipment at two pig slaughtering plants. Food Microbiology, v. 12, n. 6, p. 135-141, 1995.

HERKOVITS, J.; HELGUERO, L. A. Copper toxicity and copper-zinc interactions in amphibian embryos. The Science of the Total Environment, v. 221, n. 1, p. 1-10, 1998.

HOLT, J. G.; KRIEG, N. R.; SNEATH, P. H. A.; STALEY, J. T.; WILLIAMS, S. T.

Bergey’s Manual of Determinative Bacteriology. 9 ed. Baltimore: Williams & Wilkins, 1994. 787p.

HONGXIA, Y.; JING, C.; YUXIA, C.; HUIHUA, S.; ZHONGHAI, D.; HONGJUN, J. Application of toxicity identification evaluation procedures on wastewater and sludge from a municipal sewage treatment works with industrial inputs. Ecotoxicology and Environmental Safety, v. 57, n. 3, p. 426-430, 2004.

INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION – ISO. Water quality: determination of the inhibition of the mobility of Daphnia magna Straus (Cladocera, Crustacea). Paris, p.1-2, 1982. Ref. (6.341).

JOHNS, M. R. Developments in wastewater treatment in the meat processing industry: a review. Bioresource technology, v. 54, n. 3, p. 203-216, 1995.

(44)

environmental – a European study. International Journal of Food Microbiology, v. 88, n. 2-3, p. 133-145, 2003.

LINKLATER, K. A.; GRAHAM, M. M.; SHARP, J. C. M. Salmonellae in sewage sludge and abattoir effluent in South-east Scotland. Journal of Hygiene, v. 94, n. 3, p. 301-307, 1985.

MAFU, A. A.; HIGGINS, R.; NADEAU, M.; COUSINEAU, G. The Incidence of Salmonella, Campylobacter, and Yersinia enterocolitica in swine carcasses and the slaughterhouse environment. Journal of Food Protection, v. 52, n. 9, p. 642-645, 1989.

MANIOS, T.; GAKI, E.; BANOU, S.; KLIMATHIANOU, A.; ABRAMAKIS, N.; SAKKAS, N. Closed wastewater cycle in a meat producing and processing industry. Resources, Conservation and Recycling, v. 38, n. 4, p. 335-345, 2003.

MASSÉ, D. I.; MASSE, L. The effect of temperature on slaughterhouse wastewater treatment in anaerobic sequencing batch reactors. Bioresource Technology, v. 76, n. 2, p. 91-98, 2001.

MUNA, L.; GUIDO, P.; COLIN, J.; WIN, D. C.; KARL, S. Toxicity evaluations of wastewaters in Austria with conventional and cost-effective bioassays. Ecotoxicology and Environmental Safety, v. 32, n. 2, p. 139-146, 1995.

NASCIMENTO, V. P.; SALLE, C. T. P.; MORAES, H. L. S.; FALLAVENA, C. B.; CANAL, C. W.; SANTOS, L.R.; RODRIGUES, L. B.; LEÃO, J. A.; PILOTTO, F.; NEVES, N.; NASCIMENTO, L. P.; Qualidade microbiológica e prevalência de Salmonella no processo de tratamento de efluentes de abatedouros avícolas. In: SIMPÓSIO SOBRE RESÍDUOS DA PRODUÇÃO AVÍCOLA, 2000, Concórdia, Santa Catarina. Anais...

(45)

PARDI, M. C.; SANTOS, I. F. dos; SOUZA, E. R. de; PARDI, H. S. Ciência, higiene e tecnologia da carne. 1 ed. Goiás: U. F. G., 1993, 2v. p. 131-259.

PIVELLI, R. P. Qualidade das águas. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da USP, 1998. 217p.

POURIA, S.; de ANDRADE, A.; BARBOSA, J.; CAVALCANTI, R.L.; BARRETO, V.T.S.; WARD, C.J.; PREISER, W.; POON, G.K.; NEILD, G.H.; CODD, G.A. Fatal microcystin intoxication in hemoodialysis unit in Caruaru, Brazil. Lancet, v. 352, n. 9121, p. 21-26, 1998.

RAJESHWARI, K. V.; BALAKRISHNAN, M.; KANSAL, A.; LATA, K.; KISHORE, V. V. N. State-of-the-art of anaerobic digestion technology for industrial wastewater treatment.

Renewable and Sustainable Energy Reviews, v. 4, n. 2, p. 135-156, 2000.

ROBERTS, T. A. The effects of salughter pratices on the bacteriology of the red meat carcasse. Royal SocietyHealth Journal, v. 100, n. 1, p. 3-9, 1980.

RODRÍGUEZ-MARTÍNEZ, J.; RODRÍGUEZ-GARZA, I.; PEDRAZA-FLORES, E.; BALAGURUSAMY, N.; SOSA-SANTILLAN, G.; GARZA-GARCÍA, Y. Kinetics of anaerobic treatment of slaughterhouse wastewater in batch and upflow anaerobic sludge blanket reactor. Bioresource Technology, v. 85, n. 3, p. 235-241, 2002.

ROSSI JÚNIOR, O. D.; SANTOS, I. F.; AMARAL, L. A.; BARBOSA, A. M. Bacteria of the genus Aeromonas in water and beef obtained at the industrial level. Revista Brasileira de Ciência Veterinária, v. 3, n. 3, p. 75-78, 1996.

SALMINEN, E.; RINTALA, J.; HÄRKÖNEN, J.; KUITUNEN, M.; HÖGMANDER, H.; OIKARI, A. Anaerobically digested poultry slaughterhouse wastes as fertiliser in agriculture. Bioresource Technology, v. 78, n. 1, p. 81-88, 2001.

SALMINEN, E. A.; RINTALA, J. A. semi-continuous anaerobic digestion of solid poultry slaughterhouse waste: effect of hydraulic retention time and loading. Water Research,

v. 36, n. 13, p. 3175-3182, 2002.

(46)

SANCHEZ, P. S.; SATO, M. I. Z.; PELLIZARI, V. H.; FIGUEIREDO, M. G.; CRAVALHO, M. C. Biologia aplicada ao saneamento ambiental. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da USP, 1998. 215p.

SECRETARIA ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE – SEMA. Manual de testes para avaliação da ecotoxicidade de agentes químicos. Brasília-DF: SEMA, 1988. p. i (Série brasileira).

STOOP, M. L. M. Application of a mathematical calculation model to reduce slaughterhouse (water) pollution in developing countries. Technovation, v. 19, n. 5, p. 323-331, 1999.

SWANENBURG, M.; VAN DER WOLF, P. J.; URLINGS, H. A. P.; SNIJDERS, J. M. A.; VAN KNAPEN, F. Salmonella in slaughter pigs: the effect of logistic slaughter procedures of pigs on the prevalence of Salmonella in pork. International Journal of Food Microbiology, v. 70, n. 3, p. 231-242, 2001a.

SWANENBURG, M.; URLINGS, H. A. P.; SNIJDERS, J. M. A.; KEUZENKAMP, D. A.; VAN KNAPEN, F. Salmonella in slaughter pigs: prevalence, serotypes and critical control points during slaughter in two slaughterhouses. International Journal of Food Microbiology, v. 70, n. 3, p. 243-254, 2001b.

THELIN, R.; GIFFORD, G. F. Fecal coliform release patterns from fecal material of cattle. Journal of Environmental Quality, v.12, n.1, p. 57 - 63, 1983.

TORKIAN, A.; EQBALI, A.; HASHEMIAN, S. J. The effect of organic loading rate on the performance of UASB reactor treating slaughterhouse effluent. Resources, Conservation and Recycling, v. 40, n. 1, p. 1-11, 2003.

VAN DER GAAG, M. A.; VOS, F.; SAATKAMP, H. W.; VAN BOVEN, M.; VAN BEEK, P.; HUIRNE, R. B. M. A state-transition simulation model for the spread of Salmonella in the pork supply chain. European Journal of Operational Research, v. 156, n. 3, p. 782-798, 2004.

(47)

in finishing pig herds in the Netherlands. Veterinary Microbiology, v. 78, n. 3, p. 205-219, 2001a.

VAN DER WOLF, P. J.; ELBERS, A. R. W.; VAN DER HEIJDEN, H. M. J. F.; VAN SCHIE, F. W.; HUNNEMAN, W. A.; TIELEN, M. J. M. Salmonella seroprevalence at the population and herd level in pigs in the Netherlands. Veterinary Microbiology, v. 80, n. 2, p. 171-184, 2001b.

VASSEUR, P.; FERARD, J. F.; RAST, C.; LARBAIGHT, G. Luminescent marine bacteria in ecotoxicity screening tests of complex effluents In: LIU, L.; DUTKA, B. J. Toxicity screening procedures using bacterial systems. New York: Marcel Dekker, 1984. p. 23-25.

VILLEGAS-NAVARRO, A.; SANTIAGO, M. R.; PÉREZ, F. R.; TORRES, R. R.; ABULARACH, T. D.; REYES, J. L. Determination of LC50 from Daphnia magna in treated industrial wastewaters and non-treated hospital effluents. Environment International, v. 23, n. 4, p. 535-540, 1997.

VILLEGAS-NAVARRO, A.; RAMÍREZ-M, Y.; SALVADOR-S. B., M. S.; GALLARDO, J. M. Determination of wastewater LC50 of the different process stages of the textile industry. Ecotoxicology and Environmental Safety, v. 48, n. 1, p. 56-61, 2001.

YANG, L.; YU, H.; YIN, D.; JIN, H. Application of the simplified toxicity identification evaluation procedures toa a chemical works effluent. Chemosphere, v. 38, n. 15, p. 3571-3577, 1999.

(48)

RESUMO. Neste trabalho objetivaram-se avaliar os riscos oferecidos pelos efluentes de sete abatedouros suinícolas e sete avícolas na degradação do ambiente e na disseminação de microrganismos patogênicos, nos períodos de chuva e estiagem. Foram analisadas amostras de água de abastecimento, em diferentes pontos do fluxograma de abate, dos afluentes e efluentes dos sistemas de tratamento e de três pontos do corpo receptor do efluente (na emissão, 100 m à montante e 100 m à jusante). Determinaram-se as temperaturas, o cloro residual livre (CRL), os coliformes totais, a Escherichia coli e os enterococos, juntamente com a identificação e sorotipificação de salmonelas. Foi observado que a escaldadura foi o ponto de abate mais significativo (p< 0,05), em termos de temperatura. As temperaturas registradas nos efluentes e nos pontos amostrados no seu corpo receptor estavam dentro dos padrões estabelecidos pelas legislações estadual e federal. As águas de abastecimento, em relação ao CRL e às cargas microbianas, estavam acima dos padrões do Ministério da Saúde e dentro dos padrões do Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal. A depenagem e evisceração, no abate avícola, e as lavagens das carcaças e do ambiente, nos abates avícolas e suinícolas, foram os pontos com maior potencial de impacto. Os três pontos amostrados no corpo receptor dos efluentes estavam acima dos padrões microbiológicos para corpos de Classe II e III, conforme Decreto Paulista 8468 (SÃO PAULO, 1976) e CONAMA (2005). A Salmonella isolada nas águas de escaldadura, depenagem, pré-resfriamento e efluente, nos abatedouros avícolas, e nas águas da lavagem do ambiente e no afluente, nos abatedouros suinícolas, evidenciou estes pontos como fontes de disseminação deste microrganismo.

(49)

1 Introdução

Incidentes de enfermidades de transmissão hídrica têm sido reportados como os responsáveis por milhões de mortes em áreas rurais. Algumas destas mortes vêm sendo interligadas com o uso das águas, grosseiramente poluídas por resíduos não tratados, de atividades domésticas e industriais. A Nigéria é um exemplo típico desta situação, com o agravante da água contaminada ser utilizada na lavagem dos abatedouros (BENKA-COKER & OJIOR, 1995; NIETO et al., 2000).

As descargas destas águas residuais nos cursos superficiais e as mudanças deletérias resultantes na ecologia dos sistemas aquáticos vêm sendo notificadas por vários pesquisadores. BENKA-COKER & OJIOR (1995) constataram interconexões entre a saúde humana e a possibilidade de acúmulo de microrganismos entéricos patogênicos por parte dos organismos aquáticos.

Durante os últimos 10 a 15 anos, muitos países têm experimentado um sério e dramático aumento da incidência de salmonelose. Poucas unidades formadoras de colônias (UFC), por exemplo, número de 10 UFC de Salmonella sp., são capazes de iniciar uma infecção em indivíduos suscetíveis (CARRAMIÑANA et al., 1997). Entre as diferentes espécies animais, os suínos e as aves são os maiores reservatórios de Salmonella sp. (CAMPS, 1984; MAFU et al., 1989; HOLT et al., 1994; ANGEN et al., 1996; CARRAMIÑANA et al., 1997; SWANENBURG et al. 2001a; SWANENBURG et al., 2001b; VAN DER WOLF, 2001a; VAN DER WOLF, 2001b; VAN DER GAAG et al., 2004).

Pesquisas recentes (NASCIMENTO et al., 2000; BONARDI et al., 2003; VAN DER GAAG et al., 2004) notificaram que o abate destes animais oferece muitas oportunidades para a contaminação das carcaças com microrganismos patogênicos, como a Salmonella sp., além de o processo não conter quaisquer pontos nos quais os perigos possam ser completamente eliminados.

Referências

Documentos relacionados

cada um dos indivIduos•utilizados-para o estudo da reprodução da espécie em diversas proporções sexuais. Os animais foram alimentados com ração para aves, na proporção de 4%

Médias dos pesos de sementes em gramas, liberadas pela semea dora com disco de furos redondos, transformadas emVX e m~ dias originais, obtidas no teste de vazão, diferença

No primeiro, destacam-se as percepções que as cuidadoras possuem sobre o hospital psiquiátrico e os cuidados com seus familiares durante o internamento; no segundo, evidencia-se

O consenso da década de 70 de que, crescimento econômico não podia ser conseguido junto com preservação ambiental, contribuiu para que o projeto "Brasil Grande Potência" não levasse

a probabilidade de ocorrer determinado evento é dada pela razão entre o número de casos favoráveis (ou número de casos que nos interessam) e o número de

um processo de enculturação que nos faz pensar, agir e sentir cada fato como real em si mesmo. E se os símbolos que nos regu lam pertencem ao mundo do homem qualquer reflexão sobre

estatuto complexo de um ego escritor, suscetível de tornar-se, por sua vez, um sujeito vivente tout court, tal qual a literatura nos deixa compreende (RULL, p. A dúvida de Valéry

Assim a Embrapa Meio-Norte apresenta este boletim agrometeorológico, tendo como objetivos: i) disponibilizar os dados meteorológico diários, observados no Município de Teresina,