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Controle químico de azevém (Lolium multiflorum L.) na cultura do trigo.

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PLANTA DANINHA I(2):30-37, 1978

CONTROLE QUÍMICO DE AZEVÉM

(Lolium multiflorum

L.)

NA CULTURA DO TRIGO

N.G. FLECK* & R.J. PAULITSCH**

* Pro fe sso r As sis ten te - De pa rt ame nt o de Fitotecni a, Facul dade de Ag rono mi a da UFRGS Bolsista do CNPq Porto Alegre, RS -90.000

** Estudante do Curso de Engenheiro Agrónomo e bolsista de Iniciação Científica da UFRGS -Porto Alegre, RS - 90.000

Trabalho realizado com recursos provenientes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Fundação de Auxílio à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Recebido para publicação em 20.05.78

RES UMO

Em trabalho exp erimental a campo realiza -do em 197 7 na região da Depre ssão Central -do

(2)

estabele-31 CONTROLE DE AZEVÉM EM TRIGO

cer os níveis de competição rec íproca entre am bas as gramíneas. Foram comparados no exper i -mento os herbic idas ciana zina, clorobromu ron, clo rotolu ron, diclo fop, diuron , metoxuro n e terbu trina com os tra tamentos testemunhas: trigo sem aze vém, trigo com aze vém e aze vém sem tri go. Todos os herb icidas foram aplicado s em pós- emergênc ia, quando o trigo se apresentava no estád io de 3- 4 folhas, e o azevé m se enc ontrava no estádio e 1 -3 folhas .

Verificou- se que a infestação de aze vém qua ndo não foi controlada de nenhum mod o, ocasionou uma redução média de 52% no rendimento de grãos de tri go. Por outro lado, constatou -se que a pop ulação de trigo , ao exe rce r competição sob re as plant as de aze vém, causou uma diminuição da ord em de 42% em sua matér ia seca.

Obs ervou se que todos os herbicid as de -monstrar am fitoto xic idade, hav end o causado desde danos leves até mui to severos às pla ntas de tri go, dependendo do produto utilizado; e, que os rendimentos de grãos obt idos dos tra tamentos herbi cidas foram inferiores ao da tes temunha liv re de aze vém. No ent anto , todos os compos tos quími cos tes tados apresent aram signi ficativa ati vidade de pós - emergênc ia, demonstrand o potencia l de controle ao azevé m. Tan to a obtenção da matér ia seca do aze vém, como a avaliação visual do seu controle demonstraram ser métodos ap rop riados para medir o efe ito herbicida.

Dentre os herbic idas ava liados , o diclo fop foi o tra tamento que propiciou con trole mais efi -ciente ao azevé m, menor grau de fitotoxicidad e e mais elevado rendimento de trigo ; de um mod o geral, seguiu -se- lhe s nes tas características o clorotolu ron. Os herbic idas clo rob romuro n e meto xuron, embora demonstr assem relativa seletividad e ao trigo , exerce ram inadequada ati vidade de pós- eme rgê ncia sob re o azevé m. O tratamento diu ron mos trou comportamento ins uficiente tan to em relação ao controle do azevé m, qua nto ao rendimento do trigo . Os herbicidas cia nazina e terbut rina pro porciona ram ade quado controle do aze vém; contudo, suas seletividades à cul tura do trigo for am mui to red uzidas , alé m de terem cau sado diminuição no pod er germinativo das sementes de tri go col hidas das parcelas tra tadas com estes herbicidas .

UNI TERMOS: herbic idas, competição, tri -go, aze vém.

SUM MARY

CHEMIC AL CON TROL OF RYEGRASS

(Lolium multif lorumL.) IN WHEA T

A fie ld experime nt was conduc ted dur ing 197 7 in the Central Depression region of Rio Grande do Sul to evaluate herbicide tre atments to selectively con trol ryegrass (Lolium multif lorum

L.) in whe at (li ne E- 741 4), as well as to

esta-blish the competition lev els between bot h gra s-ses. The herbic ide s chlorb romuro n, chlortoluro n, cyana zine, diclo fop, diuro n, metoxuron, and ter butryn were compared with the con trol tre at -ments : whe at withou t ryegrass, wheat competing with rye grass, and rye gras s alo ne. All the herbicides were app lie d in pos temergence, whe n whe at pla nts in the sta ge of 3 -4 leaves, and rye grass presente d 1- 3 leaves.

It was fou nd that, when rye grass infes tation was not controled by any means , an ave rage reduc tion of 52% occurred in whe at see d yie ld. On the other hand, the wheat pop ula tion whi ch competed with rye grass pla nts , caused a decre ase in the order of 42% on ryegrass dry matte r pro duc tio n.

It was observe d tha t all the herbicides pre-sente d phytotoxici ty, causing from lig ht to very severe injuries to wheat plants, depending on the pro duc t use d; and that seed yie lds resulting fro m the che mical tre atments were lower than that of the che ck plo t free of rye grass. However, all the compound s tes ted pre sente d signi ficant pos t-eme rge nce activit y, showin g potential for rye grass con trol. As well as rye grass dry mat ter pro duction, als o vis ual evalu ation of ryegrass control were app rop riate methods to measure the herbic ide effec t.

Amo ng the herbicides evaluate d, diclo fop was the tre atment tha t provided the mos t effi -cient ryegrass control, lower degree of phy totoxi-city, and the hig hes t wheat yie ld; in general, chlortoluron fol lowed dic lofop in these cha rac te ris tics. The herbicides chlorb romuro n and meto -xuron, although sho win g relative selec tivit y to whe at, pre sen ted insuff icient pos t - emergenc e activity on rye grass. Tre atment diu ron sho wed unsatisfac tory perfo rmance in relation to rye grass control, as well as to wheat yie ld. The herbicides cya nazine and terbutryn provided ade quate contro l of ry egrass; however, the ir selectivities for wheat were very low ; along with a decre ase in the rate of whe at germination resultin g from the harvest of plots tre ated wit h the se herbicides.

KEY WORDS: herbic ide s, competition , whe at, ryegrass.

INTROD UÇÃO

O azevém , Lolium multif loru m L., é uma espéci e gra mínea de cic lo anu al, tra dici onal mente cult ivada par a past a-gem, mas cuj a ocorrência nas lav oura s de trigo no Rio Gran de do Sul tem au-mentad o nos últimos anos , de for ma a car acteriz ar um típico pro ble ma de pla nta infestant e dest e cer eal.

(3)

-32 N.G. FLECK & R.J. PAULITSCH

mente têm ocorri do na cul tur a do tri go no Est ado, her bici das fen oxis têm sid o con stante ment e apli cado s. Com esta prátic a, ou tem surgido pro ble mas de tol erân cia de determinad as espéci es di-cot iledôneas aos prod uto s quí micos men cion ados, ou mes mo tem aument ado a inf esta ção de espé cie s mon ocot ile -dôneas . Dent re estas, por seus háb itos de cre scimento relativ ame nte similares aos do trigo, ocor re o azev ém, cujo con -tro le tem exig ido crit eriosa esc olha do trat amen to her bici da.

Tem sid o con stat ado que a com-pet ição de uma pla nta dan inh a será tan to mais seve ra e prej udicial à plan ta cul tiv ada quanto mais sem elhant e fo -rem suas caracterís ticas morfol ógicas e fisiol ógicas, já que amba s as espéci es ten derão a utiliza r os mes mos rec ursos do ambiente, nos mesm os níveis e si-mul tan eame nte. No caso con sid erado, tam bém será mai or a dis sem inação e a per sistên cia da pla nta dan inh a, uma vez que ela cons egui rá esc apar de mui -tas medidas de con trol e; alé m do que, mai s crít ica será a esc olh a de um her bicid a que atue sele tivamen te, sem dan ifi car a espé cie cult iva da.

Tem sid o realizados vár ios tra ba-lho s experimentais em nos so mei o visan do cont rolar invasor as mon o e dico

-til edôneas na cult ura do trigo.

Contud o, pouc o tem sid o executado

vis and o con tro lar especif icamente uma

pla nta danin ha, como no cas o do

azevém .

Ventur ella & Tei xeir a (6) em experi ment o que realiza ram em Júlio de Castilh os, RS util izaram seis trata-mentos (cinco her bici das e uma test emun ha) par a cont role de mon o e dic oti -led ône as, sendo quatro del es her bici das der ivados da uré ia. Alguns dos pro du-tos most rar am sinais de fit otox icidade par a a cult ura, hav endo poster ior rec uper açã o quan to aos ren dim ent os. Ape nas o her bici da diur on mostro u cont ro le modera do par a a inva sor a con side ra -da.

Costa (2) em experim ent o execu-tad o em Pelo tas, RS, empreg ou sete

her bici das e uma testemunh a para controle de plan tas dani nhas mono e dico til edôneas, sen do quat ro del es deriva -dos da uré ia. Quanto ao con tro le de in-vas oras gra míneas, dest acar am -se os her bici das clor oxur on,

metabenztiazu-ron e lin uron (todos der iva dos da

uré ia). Poré m, vários dos compost os man ifestar am fit otox icidade para o trigo.

Ventur ella & Rüc khe im (7) referi ram que dent re os her bici das que testa -ram para o cont rol e de quatro ervas da-nin has que infe stav am o trigo, inclusi ve o azevém , apen as o pro dut o quím ico pen dim etha lin a presentou um con tro le

reg ular ao azevém , ocasionando um

atr aso na emer gência e no crescim ento desta inv asor a; enquant o que os de-mai s tratam ent os não a cont rol aram .

Fle ck (3) pel os res ultados alc an-çados em experim ent o que realizou com trigo em Guaí ra, RS, con clu iu que em relaçã o ao con trol e de azevém pel os tratam ent os utiliza dos, tod os combateram a invasor a, poré m, capi na e o her

-bic ida diur on most rar am- se mais

eficien tes do que os dema is.

Fle ck & Silv a (4) com base nos re-sul tad os que obti ver am em seu trab a-lho experim ent al con duzi do em Guaíba, RS, chegar am à con clus ão de que em

relaçã o à testemunha não capinada,

mostraram -se mai s efi cien tes no

con trole ao azev ém em trigo os

her bici das clor obr omur on, diur on,

linuro n e metoxur on. Os cita dos

aut ores não encontraram superi oridade do gru po de her bic idas pré -emer gentes sobre os apli ca dos em pós-eme rgê ncia ou vic e-ver sa.

Bor go & Ros ito (1) encontr aram em experimento con duzi do em Cruz Al-ta, RS, vis ando cont rolar azevém em trigo, que o her bici da pen dime tha lin pro por cion ou a melh or prod ução,

po-rém, não dife riu estatistic amen te

dos tratam ento s dicl ofop , clor otol uron ,

li nur on e das tes temunh as com e

sem capin as. Os mes mos

pés-qui sadores verifi caram que o mel hor

con tro le de azev ém foi obti do

com o uso do herb ici da dicl ofop ,

(4)

apre-CONTROLE DE AZEVÉM EM TRIGO

sentou um bom cont role dest a espécie. Também atribuíra m, em parte, à fitoto -xic ida de de gran de part e dos pro duto s testad os, ao fat o de que nenhum dos tratam ent os testad os tivess e diferido est atis ticame nte da testem unha sem capina.

O tra balh o experim ent al em

questã o objetiv ou ava liar dent re com -postos quí mic os prom iss ores, os que forneces sem efic ient e controle do aze vém e suficiente seletiv idade par a o tri -go; bem como, tam bém est abel ecer os nív eis de competição recípr oca entr e azevém e trigo.

MAT ERIAIS E MÉTODOS

O tra balh o experimental de campo foi realizado no ano de 1977 na Est ação

Experimental Agronôm ica (EE A) da

UFR GS, localiz ada na reg ião fisiográf ica da Depres são Cen tral do Rio Gra nde do Sul. O ensaio foi cond uzi do em solo perten cent e à uni dade de mapeamen to São Jer ônimo. A adubação da área foi

feita conf orme rec omendação

prov enient e da análise do solo, exe-cut ada pel o Lab orat ório de Aná lis e de Sol o da Fac uldade de Agr onom ia da UFR GS.

As sem eaduras de tri go e de aze -vém for am rea liza das man ual ment e no dia 3 de jun ho. Para o pla nti o do trigo (se mea do em linh a) foram utiliza das

300 sem ent es aptas por m2 da

linhagem E-7414 ; enquan to para o

pla nti o do azevém (semead o a lanço) foi empreg ada a den sid ade de 20 kg/ ha. A eme rgê ncia do trigo ocor reu 6 dia s após a sem eadura, no dia 9 de jun ho. A ger minaçã o do azevém se deu de modo desunifor me, ver ificando -se sobre um per íodo de tempo mais amplo.

Sei s sema nas após a sem eadura ou 5 sem ana s após a emer gên cia do tri -go for am apli cados em cobert ura 20 kg/ ha de nitrog ênio na form a de uréia.

Os tra tament os for am arr anjados no delineam ent o de blocos ao aca so,

com cinco rep etições. Cada parcela

apr esen tou dim ensões de 2x5 m (10 m2) , e era for mada por dez fil as de tri go de 5 m de comprimento e espaça das de 20 cm. Para efeito de ava liação dos trat amen tos, o trigo e o azev ém foram colhidos num a área útil cent ral de 6 m2 por parcela.

O tri go foi col hido dia 12 de out u-bro , cerc a de 130 dia s após a sem eadu-ra; enq uant o que o azevém foi rem ovido quando se enc ontr ava em ple no espi ga-mento, dia 19 de outu bro (138 dia s após sua seme adura). O aze vém col hido foi colo cado em estufa a 70°C até ser obt ido seu peso de maté ria sec a.

Os her bici das testad os no experi -mento enc ontr am -se relaci onad os no Quadro 1. Três testemu nha s for am inclu ída s no experimento: trigo sem aze

-vém , trigo com azevém e apen as

azevém . Est es trat amen tos não

rec eber am apl icaç ões de her bici das e

vis aram medir a comp etição mútua

ent re trigo e azevém , e tam bém serv ir

de compar açã o aos tratam ent os

quí mic os testad os.

Todo s os her bic ida s for am apli ca -dos em pós -emer gê nci a, 24 dias após a sem eadura ou 18 dia s depois da eme r-gên cia do trigo. Naqu ela ocasião, as pla nta s de trigo se apre sentav am no es-tád io de 3- 4 folhas, e com cerca de 12 cm de altu ra; enquant o que as plan tas de azevém se enc ontr ava m no estádi o de 1- 3 folhas, e com apr oximadamen te 7 cm de alt ura.

Os pro dut os quím ico s for am apli cados por meio de um pulveriza dor cos -tal com vaz ão imp elida por CO2, uti li-zan do -se bico s em leque do tip o 8004 , pre ssã o con stan te de 2,7 atm osfe ras, e

vol ume de sol ução de 315 1/h a. A

tod as as solu ções her bici das foi

adi cio nado um espa lhante- adesivo

con ten do 40% de polioxietilen

o-non ilfe nol- éter , na propor ção de 0,5% v/v.

No dia das pulver izações, o teor de

umi dade do sol o se apr oximav a da

(5)

34 N.G. FLECK & R.J. PAULITSCH

QUA DRO 1 - Tratam entos her bicida s apl icados em pós-emergênc ia para con trole ao aze vém na cultura do trigo, EEA, Guaiba, RS, 1977.

Um mês após as pulver izações dos her bici das, foram realiza das aval ia ções vis uai s dos efei tos dos tra tament os sobre o cont rol e do azevém e da toxi ci-dade ao trigo, utiliza ndo- se esca la de zer o a dez pont os, em que zer o repre-sentou nenhum cont role do azevém e nenhum efeito de injúria para o tri go, e dez significo u cont rol e comple to do aze -vém e morte complet a das pla nta s de trigo.

Em lab orat ório foi dete rmi nad o o pod er germinativ o das sem entes de tri -go col hid as das par cela s tratad as com os her bici das, util izan do-se quat ro amostr as de 100 sem ent es por unidade experi ment al.

Os dados col eta dos for am subme -tid os à anális e estatístic a e as médi as

dos tratam ent os fora m com paradas

apl icando- se o teste de Duncan ao nível de 5% de pro babilidade. Também fo ram cal cul ados coefici ent es de correlação ent re as variáveis analisa d as .

RES ULTA DOS E DISCUSS ÃO

Os dados resultan tes dos efeitos dos trat ament os para rendiment o de grãos de trigo e toxic idade às plantas de

trigo, são enc ontr ados no Quadro 2. Com rel açã o ao ren dime nto de grã os, con statou -se que a inf estaçã o de azevém ocor rida nas parc ela s experimen -tai s ocasion ou uma redução de 52% no

ren dime nto do trigo quando não foi

con tro lada de nenhum modo. Est e de-cré scimo foi superior aos enc ontr ados ant eriorment e por Fleck (3) , e por Fleck & Silv a (4) em test es sim ilar es realiza-dos no mes mo loc al: 15,6 % em 1973 e 32, 3% em 1974 , res pect iva ment e. Prov avel mente, a linh age m E-7414 ,

utilizada neste ens aio, ten ha

demons tra do maior suscetibilid ade, devido à men or estatur a de pla nta, em compet ir com as de aze vém , do que o cul tivar IAS -54, testado como rea gent e nos ensaios de 1973 e 1974 .

Consid erando-se con juntament e os res ultado s de ren dime nto de grã os e tox icidade ao tri go, observ ou -se que to-dos os tratam ento s herb ici das for am de alg uma forma fit otóx icos e que suas pro duções for am inferio res à do

trata-mento test emunha livr e de azevém.

(6)

QUA DRO 2 - Efeitos dos trata mentos de con trole químico ao aze vém sobre as plantas de trigo, EEA, Gua íba, RS, 197 7.

Os her bici das diur on, ter butr ina, e

princi palm ente cianazina, foram os

compostos quím icos que causaram os mai ores dan os às pla ntas de trigo. Est e efeito refletiu negativ amen te sobre os ren dime nto s de grã os destes tra tamen-tos, res ultando mes mo em pro duções inf eriores à da testemunh a cont endo máxima infe stação de azev ém.

Os compostos quí micos clo rot olu-ron, clor obro muron e met oxur on apre-sentar am comport amen to inte rme diário

em rel ação aos demais her bici das

quanto aos seus efeitos fitotó xico s; con -tud o, seus ren dim ento s de grã os não che gar am a ser estatis ticamen te supe-riores ao da testem unha onde o azev ém não havia sid o cont rol ado.

Atri buiu-se a falta de selet ivida de dos herbicidas test ados a dois fatores principai s: adiçã o de surfatant e às solu-ções herbicidic as e/ou ocorr ência de chuv as inten sas duran te os dias que se segui ram as aplic ações. Outros pesqu i-sador es (1, 2 e 6) também evidenciaram

em seus tra balh os experim entais efeitos fit otóx ico s de pro duto s quí micos utiliz ados para cont rola r seletiva ment e azevém em trigo. Segundo Klingman & Ash ton (5), a seletiv idad e de um her bi-cid a de ativ ida de fol iar pode desapare-cer pel a adi ção de um surfat ante à so-luç ão, pois este intensific a gera lmente a açã o daquel e, especialme nte se esta se-letividade depend er de uma absorção sel etiv a pel a folhagem das espéci es em con sid eração.

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36 N.G. FLECK & R.J. PAULITSCH

QUA DRO 3 - Efeitos dos trata mentos de con trole químic o ao aze vém sobre o poder germin ati vo das sementes de trigo, EEA, Guaíba, RS, 1977.

No Quadro 4 est ão sum ari zad os os res ultados obti dos para peso da ma-tér ia sec a e ava liação vis ual do con trol e ao azevém , em decorrên cia dos trata-mentos apl icados.

Compar and o -se os peso s médios de mat éria sec a res ulta nte s dos trata-mentos testemunhas trigo com azevém e azevém sem trigo, con statou -se que

as pla nta s de trigo exerceram uma

competição sobre as plan tas de azevém que ocasion ou uma redução de 42% em sua matéria sec a.

Todo s os her bic ida s testad os apre-sentar am sign ific ativ a ativ ida de de

pós- eme rgê ncia no cont role às pla ntas de azevém . Dent ro do gru po de her bici-das que demons tro u cont rolar mais efi-cie nte ment e o azev ém, dest acar am- se dic lofop, clor otol uron , cia nazina e ter-but rin a; embora o tratam ento dicl ofo p ten ha sido estatistic amen te superior ao ter butr ina quando se con sid eram ape-nas os res ultados de mat éria sec a pro-duzida pelo azev ém. O trat amen to diu-ron apresentou comport amen to her bici-da int ermedi ário aos demais quanto ao con trole da gram ínea em ref erên cia. Já os her bici das clor obr omur on e metoxu-ron demonst rar am menor ativ ida de em con tro lar o azev ém.

(8)

CONTROLE DE AZEVÉM EM TRIGO

QUA DRO 5 - Coe ficientes de correlação sim ples (r) entre var iáveis est udadas no con trole químico ao aze vém na cul tur a do trigo, EEA, Guaíba, RS, 1977.

O Quadro 5 con tém coef ici ente s de correl ação entr e as variáv eis est udadas. Obt eve -se um coef icient e de corr elação mai s elevado ent re o ren dime nto de grã os e tox icidade ao tri go do que os daquel e atribut o com o peso sec o do azevém ou com a ava liaç ão vis ual do seu con tro le, o que demons tra um sev ero gra u de injúria causado pel os her bi cid as à cult ura do trigo.

A det erminação do peso sec o do azevém esteve mais assó cia da ao ren di-mento de tri go, quan do se comparam os

val ores absolut os obt idos para os

coeficient es de correla ção, do que a ava liação vis ual de cont role ao azév em; con tud o, a ass ocia ção ent re os dois pa-râm etro s foi elev ada (-0,9 37), demons-tra ndo que ambos pode ria m ser usados ind isti nta ment e em estu dos de ava liação her bici da do tip o em ques tão.

Também o pode r ger min ativ o das sem ent es de trigo esteve ass oci ado nega-tivame nte com os dano s causados pel os her bici das às pla nta s de tri go, demons-tra ndo que, em ger al quanto mais fit o-tóx ico ten ha sid o o pro dut o quím ico, men or foi o pode r germ inativo apresen -tad o pel as seme nte s oriu nda s dest e tra-tam ento .

Referências

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