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O "Complexo Histolytica" e outros protozoários intestinais em um grupo de crianças no Rio de Janeiro.

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Academic year: 2017

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O " C O M P L E X O H I S T O L Y T I C A " E O U T R O S P R O T O Z O Â R I O S I N T E S T I N A I S E M U M G R U P O D E C R I A N Ç A S N O

R I O D E J A N E I R O *

A n g e l a M a r i a M a z z u c c o * * W i l s o n J a c i n t o S i l v a d e S o u z a * * F r a n c i s c o d e A s s is S c h u s t e r * * e S é r g i o G o m e s C o u t i n h o * * *

E m u m in q u é r ito c o p ro ló g ic o re a liza d o em 8 0 crianças de 1 a 10 anos de idade, residentes em u m a área de favela do R io de J a n e iro , f o i u tiliz a d o o S ch au d in n co m o fix a d o r e o m é to d o da h e m a to x ilin a fé rric a p ara co lo ra çã o de p ro to z o á rio s in testin ais.

Pelo exam e de duas prepa raçõe s de cada a m o stra de fezes, evidenciou-se 3 7 casos (46,2% ) de in fe cçã o p e lo " c o m p le x o h is to ly tic a ''.

Os cisto s e tr o fo z o íto s c o m d iâ m e tro m é d io s u p e rio r a 8 ,5 m ic ra , fo ra m considerados

c o m o Entamoeba histolytica e os de d iâ m e tro in fe r io r , co m o Entamoeba hartmanni.

E n c o n tro u -se 2 4 casos (3 0 ,0 % ) de E. histolytica, sendo que 21 destes (26,3% )

apresentavam ta m b ém E. hartm anni, e co n se qü en te m e nte, havia 3 casos (3,7% ) de

p a ra sitism o isola do p ela E. histolytica.

E n co n tro u -se 3 4 casos (4 2 ,5 % ) de E. hartmanni, sendo que 13 deles (16,2% )

apresentavam p a ra sitism o isolado.

E vid enciou-se nesta p o p u la ç ã o exam inada, elevada p re va lê n cia de " co m p le xo h is to ly tic a '', c o m p re d o m in â n c ia de E. hartmanni.

São re lacio na do s o u tro s p ro to z o á rio s in te s tin a is diagnostica dos.

Os a u to re s d is cu te m estes dados e os re la cio n a m co m os de o u tra s publicações.

IN TR O D U Ç Ã O

A E nta m o eb a h is to ly tic a , apesar de descrita desde 1875, permanece até hoje com vários de seus aspectos básicos ainda não totalm ente esclarecidos.

Kuenen & Swellengrebel29, em 1913, evi­ denciaram que indivíduos portadores de infec­ ção amebiana assintomática apresentavam na

luz intestinal trofozoíto s de E. h is to ly tic a de

tamanho pequeno fagocitando apenas bactérias e detritos, a seguir encistando-se e sendo elim i­ nados sem provocar danos.

Ao lado desta "form a m in uta " da E. h is to ly ­ tica, Hoare27 relaciona a chamada "form a

magna" da E. h is to ly tic a , de tamanho maior,

invasora dos tecidos, podendo fagocitar hemá- cias e incapaz de encistar-se, representando uma fase de virulência do parasita que ocorre nos casos de amebíase aguda.

Uma outra ameba, descrita em 1912 por

Prowazek46 com o nome de E nta m o eb a h a rt­

m a n n i, tem m orfologia semelhante à "form a

m in uta" da E. h is to ly tic a , sendo, entretanto,

ainda de tamanho menor. Esta E. h a rtm a n n i

não é patogênica, mas seus pequenos cistos têm

sido muitas vezes confundidos com os da E.

h is to ly tic a .

A E. h a rtm a n n i é aceita como espécie

d is t in ta da E . h i s t o l y t i c a por

Bur-T r a b a l h o d a D i s c i p l i n a d e P a r a s i t o l o g i a d a E s c o la d e M e d i c i n a d a F u n d a ç ã o Bur-T é c n i c o - E d u c a c i o n a l S o u z a M a r q u e s — R i o d e J a n e i r o .

M o n i t o r e s o u E s t a g iá r io s d a D i s c i p l i n a d e P a r a s i t o l o g i a d a E s c o la d e M e d i c i n a d a F u n d a ç ã o T é c n i c o -E d u c a c i o n a l S o u z a M a r q u e s — R i o d e J a n e i r o .

P r o f e s s o r T i t u l a r .

(2)

2 8 6 R e v . S o c . B ra s . M e d . T r o p . V O L . X l\l ? 5

ro w s 1 0 ,1 1 ,1 2 ,1 4 , Freedmam & Elsdon-

Dew21,22, Barreto & F e rrio ili7, Barretto5;.6, F erriolli20, Pessôa42, Rey47 e muitos outros. Todavia, Faust17, Hussein28, Hajian26, entre

outros, não admitem a existência da E. h a rt-

m a n n i como uma espécie, considerando-a ape­

nas como uma raça pequena da E. h is to ly tic a .

E. h a rtm a n n i e E. h is to ly tic a podem ser

muitas vezes confundidas porque ambas pos­ suem cistos quadrinucleados, e segundo Bur- rows10, muitos erros no diagnóstico das espé­

cies do gênero E nta m o eb asão cometidos, quan­

do se examinam materiais sem coloração ou corados com iodo.

Em virtude das variações de forma (magna e

minuta) da E. h is to ly tic a assim como das

possíveis confusões com E. h a rtm a n n i, Hoare27

estabeleceu o chamado "com plexo histolytica". Deste "co m p le xo " fazem parte a E. h is to ly ­

tica em suas duas formas:

a) "M agna" — invasora dos tecidos, não se encistando.

b) "M in u ta " — comensal e eliminando-se nas fezes, principalmente como cistos.

A E. h a rtm a n n i, espécie diferènte da E.

h is to ly tic a , também pode ser incluída neste

complexo, pois muitas vezes é confundida com a "form a m in uta" da E. h is to ly tic a .

Sapero e cols.48, Barretto e cols.8, Hus­ sein2 , Barretto & F errio lli7 entre muitos outros, mediram numerosos cistos e trofozoitos do "com plexo histolytica" e verificaram que eles apresentam dimensões variáveis que se inscrevem em uma curva bimodal, isto é, apresentaram dois máximos de freqüência, mos­ trando que as variações se fazem em to rno de dois tamanhos médios, indicando a presença de duas espécies diferentes. A freqüência m ínim a do tamanho dos cistos vivos encontra-se ao nível de 10 micra. Foi então estabelecido como lim ite divisório prático, entre as duas espécies,

E. h is to ly tic a e E. h a rtm a n n i, o diâmetro médio

de 10 micra para os cistos vivos. Para os cistos fixados e corados estabeleceu-se o diâm etro de 9 micra em virtude da retração que sofre o material após a fixação.

Burrows10 afirma que a E. h a rtm a n n i dife-

rencia-se da E. h is to ly tic a também por outras

características morfológicas evidenciáveis mais nitidamente nas preparações coradas pela hema- toxilina férrica.

Pelas publicações que se referem à prevalên­ cia do "com plexo histolytica" em nosso meio verifica-se que na maioria delas, não é feita a

distinção entre E. h is to ly tic a e E. h a rtm a n n i

englobando-se estas duas espécies sob a denom i­

nação de E. h is to ly tic a . Ainda nestas publica­

ções, em geral, os métodos utilizados não possibilitam uma identificação segura das espé­ cies, porque não se faz, na maioria das vezes, a mensuração dos cistos e a coloração pela hem atoxilina férrica.

O presente trabalho fo i realizado, para ve rifi­ car a prevalência de protozoários intestinais, especialmente os do "com plexo h is to ly tic a " em um grupo de crianças de baixo nível sócio-eco- nômico, no Rio de Janeiro, procurando-se

identificar os casos de E. h is to ly tic a e E.

h a rtm a n n i, estabelecendo a real prevalência da

E. h is to ly tic a no grupo estudado.

M A T E R IA L E MÉTODOS

Foram realizados exames coprológicos em 80 crianças, 37 delas eram do sexo masculino e 43 do sexo fem inino, todas na faixa de 1 a 10 anos de idade, residentes em uma área de favela do Rio de Janeiro, no m orro do Salgueiro, situado na Tijuca. Não fugindo às característi­ cas comuns às favelas, a do Salgueiro não possui lixeiras, sendo os detritos lançados em terrenos ou valas abertas. O sistema de esgotos é precário ou inexistente. O fornecim ento de água é feito através de um cano geral, de onde os moradores a levam até as suas casas que em sua maioria são de alvenaria sem revestimento, ou de barro batido.

A cada criança fo i distribuído um frasco contendo líquido de Schaudinn, para coleta de uma amostra de fezes. De cada amostra assim mantida, foram feitas duas preparações sobre lâminas que após coradas foram examinadas ao microscópio, independentemente, por no m ín i­ mo dois dos autores do presente trabalho.

Utilizou-se para a coloração das preparações a hem atoxilina férrica, de acordo com a técnica padronizada no Primeiro Encontro de Pesquisa­ dores em Medicina Tropical45.

Os cistos e tro fozo itos do "com plexo histo­ ly tic a " fixados pelo Schaudinn e corados pela hem atoxilina férrica foram em sua maioria medidos, utilizando-se uma ocular graduada. Aqueles com diâm etro médio superior a 8,5 micra foram considerados como E. h is to ly tic a e

os de diâmetro médio inferior, como E. h a r t­

m an ni. Além deste critério de diferenciação

(3)

S E T — O U T / 7 6 R e v . S o c . B ra s . M e d . T r o p . 2 8 7

RESULTADOS

Das 80 amostras de fezes examinadas para a pesquisa de protozoários intestinais, eviden- ciou-se pela técnica empregada, 37 casos

(46,2%) de parasitismo por E. h is to ly tic a e/ou

E. h a rtm a n n i.

O Quadro I refere-se à relação destes 37 casos, mostrando que em apenas 3 deles (3,7%)

houve parasitismo pela E. h is to ly tic a não acom­

panhado de infecção pela E. h a rtm a n n i. Em

outros 13 casos (16,2%) ocorreu parasitismo

pela E. h a rtm a n n i não acompanhado de E.

h is to ly tic a . Em outros 21 casos (26,3%) eviden- ciou-se concomitância de parasitismo pelas duas espécies de Entam oeba.

Se relacionar-se o total de casos de parasitis­

mo isolado ou concom itante por E. h is to ly tic a

e E. h a rtm a n n i verificar-se-á pelo quadro I que

foram encontrados um total de 24 casos

(30,0%) de portadores de E. h is to ly tic a e 34

casos (42,5%) de indivíduos parasitados pela f . h a rtm a n n i.

Em relação ao sexo, observou-se que dos 37

casos (46,2%) de parasitismo por E. h is to ly tic a

e/ou E. h a rtm a n n i, 19 deles eram do sexo

fem inino e 18 deles do sexo masculino.

Nos 24 casos (30,0%) em que havia infecção

pela E. h is to ly tic a somente encontrou-se a

"form a m inuta", com exceção de apenas 1 caso, em que havia também trofozoítos de grandes dimensões com eritrócitos fagocitados no citoplasma caracterizando assim a "form a magna" da E. h is to ly tic a .

Os aspectos morfológicos mais comumentes observados no presente trabalho, estão repre­ sentados nas Figs. 1, 2, 3, 4, 5 e 6.

Nos trofozoitos "fo rm a m in uta" da E. h is to ­ ly tic a o cariossoma apresentava-se pequeno e de

posição central no núcleo, às vezes subcentral (Fig. 1); a cromatina perinuclear era formada de grânulos pequenos dispostos regularmente na membrana nuclear e freqüentemente encontra­ vam-se bactérias fagocitadas no seu citoplasma.

Os cistos da E. h is to ly tic a (Fig. 2 e 3)

\ apresentavam características nucleares seme­ lhantes às dos seus trofozoitos e os corpos cromatóides quando presentes, eram de grandes dimensões e com as extremidades arredondadas.

Os trofozoítos da E. h a rtm a n n i (Fig. 4)

freqüentemente possuíam características nu­

cleares mais semelhantes às da E. c o li com um

cariossoma grande, excêntrico ou subcentral e a crom atina perinuclear composta de grânulos relativamente grandes com disposição irregular

ou em crescente na membrana nuclear. Em menor número de vezes o cariossoma era de posição central no núcleo e a cromatina perinu­ clear regularmente disposta.

Os cistos da E. h a rtm a n n i (Figs. 5 e 6)

possuíam m orfologia nuclear semelhante a de seus trofozoítos. Os corpos cromatóides quan­ do presentes, apresentavam-se com morfologia variável, encontrando-se tanto as formas cocói- des (Fig. 6) e de bastonetes com as extremida­ des retas (Fig. 5), como também a forma de pequenos bastonetes com extremidades arre­ dondadas.

Com relação à presença de outros protozoá­ rios intestinais no material examinado, os resul­ tados encontram-se no Quadro II.

Ao considerar-se todas as espécies de proto­ zoários intestinais diagnosticadas nas 80 amos­ tras de fezes examinadas, verificou-se que 28 delas eram negativas.

Nas 52 amostras restantes (65%) várias delas estavam parasitadas concomitantemente, por 1 ou mais protozoários, verificando-se assim, um total de 162 infecções por protozoários intes­ tinais.

DISCUSSÃO

I — "C o m p le x o h is t o ly tic a "

Os aspectos morfológicos mais importantes

que possibilitam a diferenciação entre f . h is to ­

ly tic a e E. h a rtm a n n i, têm sido discutidos por

vários autores, havendo ainda algumas dúvidas e controvérsias.

Segundo Burrows10, o tro fo z o íto de E.

h a rtm a n n i apresenta características morfológi- cas nucleares, na maioria das vezes diferentes da E. h is to ly tic a com o cariossoma relativamente grande e crom atina perinuclear de grânulos grosseiros, irregularmente dispostos. Barretto6

encontrou em 78% dos trofozoítos de E.

h a rtm a n n i examinados, a cromatina perinuclear disposta sob a form a de crescente ou de blocos irregulares, enquanto nos restantes 22%, a cromatina se dispunha de modo contínuo, porém relativamente espessa em relação ao volume nuclear. Só ocasionalmente a disposição da cromatina perinuclear assemelha-se à disposi­

ção comumente encontrada na E. h is to ly tic a .

Por outro lado Gleason e cols.23 não observa­ ram qualquer característica morfológica que

permitisse distinguir os trofozoítos da f . h a rt­

m a n n i e E. h is to ly tic a , a não ser os seus

(4)

Q U A D R O I

Prevalência das infecções concom itantes ou não de E. h is t o ly t ic a e E- h a r t m a n n i, em u m g rupo de 80 crianças de 1 a 10 anos de idade.

34 42.5 3 3,7

l !

ü

C oncom itância de infecção p or E. h is t o ly t ic a * E. h a rtm a n n i.

I E. h a r tm a n n i não acompanhada de E. h is t o ly t ic a

E. h is t o ly t ic a e E h a rtm a n n i

(5)

Q U A D R O M

Prevalência de infecções p o r proto zo á rio s intestinais não pertencentes ao “ co m p le x o h is to ly tic a '' em u m g rupo de 8 0 crianças de \ a 10 anos de idade.

22

, 19

E n d o litn a x na na G /a rd ia la m b h a E n ta m o e b a c o h lo d a m o e b a b ü t s c h lii

C.m. - C h ilo m a s tix m e s n ili D. f. = D ie n ta m o e b a fr á g il is R i. = R e to rta m o n a s in te s tin a iis E h . = E n te r o m o n a s h o m in is

28

8

R

e

v

.

S

o

c

.

B

ra

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.

M

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d

.

T

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.

V

O

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.

X

N

?

(6)

S E T — O U T / 7 6 R e v . S o c . B r a s . M e d . T r o p . 2 8 9

Fig. 1

Fig. 3

Fig. 2

Fig. 4

Fig. 5 Fig. 6

F ig . 1 — ( F o t o m i c r o g r a f i a e D e s e n h o ) X 1 6 5 0

E n ta m o e b a h i s t o l y t i c a — t r o f o z o í t o " f o r m a m i n u t a " ( 1 3 , 3 x 8 , 6 m i c r a )

N ú c l e o c o m c a r io s s o m a ( 1 ) p e q u e n o e s u b c e n t r a l ; g r â n u lo s d e c r o m a t i n a ( 2 ) d e li c a d o s , d is p o s t o s r e g u l a r m e n t e n a m e m b r a n a n u c l e a r ; b a c t é r ia s f a g o c i t a d a s n o c i t o p l a s m a .

F ig . 2 — ( F o t o m i c r o g r a f i a e D e s e n h o ) X 1 6 5 0 E n ta m o e b a h i s t o ly t ic a — c is t o ( 1 1 , 3 m i c r a )

B i n u c l e a d o , c o m c a r io s s o m a ( 1 ) p e q u e n o e c e n t r a l , g r â n u lo s d e c r o m a t i n a ( 2 ) d is p o s t o s r e g u l a r m e n t e n a m e m b r a n a n u c l e a r ; c o r p o c r o m a t ó i d e ( 3 ) d e e x t r e m i d a d e s a r r e d o n d a d a s .

F ig . 3 — ( F o t o m i c r o g r a f i a e D e s e n h o ) X 1 6 5 0

E n ta m o e b a h i s t o l y t i c a — c i s t o ( 1 1 , 9 x 1 0 , 6 m i c r a )

U n i n u c l e a d o , c a r io s s o m a c e n t r a l ( 1 ) , c o m c o r p o s c r o m a t ó i d e s ( 3 )

F i g 4 — ( F o t o m i c r o g r a f i a e D e s e n h o ) X 1 6 5 0

E n ta m o e b a h a r t m a n n i — t r o f o z o í t o ( 6 , 6 m i c r a )

N ú c l e o c o m c a r io s s o m a ( 1 ) g r a n d e e s u b c e n t r a l ; g r â n u lo s d e c r o m a t i n a ( 2 ) d i s p o s t o s e m c r e s c e n t e n a m e m b r a n a n u c le a r .

F i g 5 — ( F o t o m i c r o g r a f i a e D e s e n h o ) X 1 6 5 0

E n ta m o e b a h a r t m a n n i — c i s t o ( 7 , 3 x 6 , 6 m i c r a )

U n i n u c l e a d o c o m c a r io s s o m a ( 1 ) g r a n d e e s u b c e n t r a l ; g r â n u lo s d e c r o m a t i n a ( 2 ) e m c r e s c e n t e ; c o r p o s c r o m a t ó i d e s ( 3 ) d e e x t r e m i d a d e s r e t a s .

F i g 6 — ( F o t o m i c r o g r a f i a e D e s e n h o ) X 1 6 5 0 E n ta m o e b a h a r t m a n n i — c is t o ( 6 , 6 m i c r a )

(7)

2 9 0 R e v . S o c . B r a s . M e d . T r o p . V O L . X N ? 5

QUADRO III

Prevalência do “ com plexo histolytica" ( *) segundo vários autores no Brasil

A u to r

5

1

30

3

1

1

9

Young

Pessôa 8i Corrêa4 1 Pacheco39

Moniz de Aragão35 Moraes37

Barcelos4 Amaral & Pires2 Pontes43 Lobo e cols Loures & Bastos Barretto e cols. C outinho15 Ferreira e cols. F erriolli20 C outinho1 6 Goulart2 5

Martins & Sampaio3 Wanderley50 Alonso1

Zacharias e cols.52 Seixas e cols.49 Araújo3 Fernandes18 Peres e cols.40 Moretti e cols.38 Mazzucco e cols.

Data L oca lid a d e "C o m p le x o H istoi

1922 Amazonas 29,5 a 23,7

1927 São Paulo 16,6

1928 Rio de Janeiro 1,8

1938 Paraíba 26,4

1939 Santa Catarina 7

1940 Rio de Janeiro 19,8

1942 São Paulo 39,3

1945 Rio de Janeiro 11,5

1952 D istrito Federal 6,2

1952 D istrito Federal 28,4

1960 São Paulo 57,62

1961 São Paulo 26,1

1962 Guanabara 4,18 a 14,

1962 São Paulo 19,02

1963 São Paulo 2,3

1964 Guanabara 0 a 14,4

1965 Ceará 19,7

1965 Rio Grande do Norte 19,32

1967 Minas Gerais 40,4

1967 Guanabara 17,4

1968 São Paulo 0,3

1971 Goiás 8,95

1971 Rio Grande do Norte 48,60

1974 São Paulo 1,2 a 2,3

1974 Paraná 5,12

1976 Rio de Janeiro 46,25

( * ) Enta m oeb a h is to ly tic a ;

E ntam oeba h is to ly tic a e/ou E n ta m o eb a h a rtm a n n i; raça pequena e/ou raça grande de

(8)

2 9 0 R e v . S o c . B r a s . M e d . T r o p . VO L . X N ? 5

QUADRO III

Prevalência do "com plexo h isto lytica " (*) segundo vários autores no Brasil

A u to r Data L o ca lid a d e "C o m p le x o H is to ly tic a " ( * )

Young51 1922 Amazonas 29,5 a 23,7

Pessôa 81 Correa4 1 1927 São Paulo 16,6

Pacheco39 1928 Rio de Janeiro 1,8

Moniz de Aragão35 1938 Paraíba 26,4

Moraes37 1939 Santa Catarina 7

Barcelos4 1940 Rio de Janeiro 19,8

Amaral & Pires2 1942 São Paulo 39,3

Pontes43 1945 Rio de Janeiro 11,5

Lobo e cols.30 1952 D istrito Federal 6,2

Loures & Bastos3 1 1952 D istrito Federal 28,4

Barretto e cols.8 1960 São Paulo 57,62

C outinho15 1961 São Paulo 26,1

Ferreira e cols.19 1962 Guanabara 4,18 a 14,09

F erriolli20 1962 São Paulo 19,02

Coutinho1 6 1963 São Paulo 2,3

Goulart25 1964 Guanabara 0 a 14,4

Martins & Sampaio32 1965 Ceará 19,7

Wanderley50 1965 Rio Grande do Norte 19,32

Alonso1 1967 Minas Gerais 40,4

Zacharias e cols.52 1967 Guanabara 17,4

Seixas e cols.49 1968 São Paulo 0,3

Araújo3 1971 Goiás 8,95

Fernandes1 8 1971 Rio Grande do Norte 48,60

Peres e cols.40 1974 São Paulo 1,2 a 2,3

M oretti e cols.38 1974 Paraná 5,12

Mazzucco e cols. 1976 Rio de Janeiro 46,25

( * ) Enta m oeb a h is to ly tic a ;

Entam oeba h is to ly tic a e/ou E n ta m o eb a h a rtm a n n i; raça pequena e/ou raça grande de

(9)

S E T —O U T / 7 6 R e v . S o c . B ra s . M e d . T r o p . 2 9 1

Os cistos da E. h a rtm a n n i apresentam nú­

cleos com características semelhantes aos dos trofozoíto s e de acordo com Barretto6 possuem em gt?ral 3 a 6 corpos cromatóides riziformes ou cocóides. Entretanto, segundo Burrows12, nos cistos uninucleados não existem diferenças na

distribuição da cromatina nuclear da E. h a rt­

m a n n i e da E. h is to ly tic a , assim como os corpos cromatóides dos cistos destas duas espécies têm m orfologia m uito variável, não sendo uma boa características diferencial. Os cistos bi e tetra-

nucleados da E. h a rtm a n n i possuem núcleos

com menor diâmetro do que o dos uninuclea­ dos, porém os outros aspectos m orfológicos são semelhantes.

Com relação aos trofozo íto s de E. h is t o ly ti­

ca mais de 95% deles apresentam o núcleo com crom atina periférica de distribuição uniform e ou em estreita crescente14. O cariossoma m uito pequeno é na maioria das vezes central, poden­ do entretanto apresentar-se subcentral ou ex­ cêntrico10'42'47.

Os cistos da E. h is to ly tic a apresentam

núcleos com caracteres semelhantes aos dos trofozoítos. Os corpos cromatóides, quando presentes, têm em geral a forma de um bastone- te grande de extremidades arredondadas42'47. Todas estas características morfológicas pos­ sibilitam para estes autores, uma diferenciação

entre E. h is to ly tic a e E. h a rtm a n n i. Entretanto

para Sapero e cols.48, Barretto e cols.8 além de muitos outros, o tamanho dos cistos e tro fo z o í­ tos permite uma m elhor diferenciação entre estas duas amebas.

Em nosso material, utilizamos como princi­

pal característica diferencial entre E. h is t o ly ti­

ca e E. h a rtm a n n i o diâmetro médio de cada

cisto ou tro fo z o íto após mais de uma mensura- ção. Preferimos, entretanto, não utilizar o lim ite de 9 micra preconizado pela maioria dos autores para cistos fixados e corados, pois nossas observações pessoais evidenciaram uma retração do material fixado, superior a 10%, atingindo em geral a 15% das dimensões do material examinado a fresco.

Assim sendo, a diferenciação entre E. h is to ­

ly tic a e E. h a rtm a n n i, baseada no diâmetro de 8,5 micra, nos pareceu mais precisa e foi o principal critério utilizado. Entretanto nos ca­ sos em que os diâmetros médios estavam em torno deste lim ite de 8,5 micra foram utilizados outros critérios baseados na m orfologia do cariossoma, cromatina perinuclear e corpos cromatóides quando presentes (Figs. 1, 2, 3 ,4 , 5 e 6).

Como todos os exames foram realizados em material corado pela hem atoxilina fébrica, estes detalhes morfológicos puderam ser observados com nitidez, ao contrário do que acontece nas preparações a fresco ou coradas pelo lugol.

Segundo Barreto5 a coloração pela hemato­ xilina férrica, além de perm itir um diagnóstico seguro nos casos de infecção por amostras de E.

h is to ly tic a com cistos pequenos, que se distin­

guem mal dos cistos maiores da E. h a rtm a n n i,

ainda pode revelar parasitos que passam desper­ cebidos no exame de preparações não perma­ nentes.

A prevalência de infecção pelo "com plexo h istolytica " observada na presente casuística (46,2%) pode ser considerada elevada, se com­ pararmos com os resultados observados por outros autores no Brasil. No quadro III estão resumidos vários destes resultados, sem que se pretendesse, entretanto, fazer uma revisão com­ pleta da literatura brasileira no assunto.

Prevalências também elevadas foram descri­ tas por Barretto e cols.8 quando examinaram as fezes de alienados mentais internados em hospi­ tal, utilizando o método da centrífugoflutuação em sulfato de zinco. Os cistos foram examina­ dos após coloração pelo lugol adicionado de 0,1% de ácido acético para evitar retração. Os autores não referem E. h a rtm a n n i, mas sim duas

raças, pequena e grande de E. h is to ly tic a ,

utilizando como lim ite para separação de am­ bas, o diâmetro de 10 micra. Encontraram uma

prevalência final de infecção pelas raças de E.

h is to ly tic a de 57,62%.

Fernandes18 examinou as fezes de 120 reclusos da Penitenciária de Natal, utilizando o método direto com e sem coloração pelo lugol e o m étodo de Hoffman, Pons e Janer, encontran­ do 48,6% de infecção pela E. h is to ly tic a .

A lonso1 examinou 2.316 crianças de clínica particular com idades de 1 a 14 anos, utilizando exame direto em material recentemente elim i­ nado, após concentração em solução de cloreto de sódio. Verificou que o parasita mais freqüen­

temente encontrado foi a E. h is to ly tic a (40,4%

dos casos).

Amaral & Pires2, em sentenciados recolhidos à Penitenciária do Estado de São Paulo, encon­ traram 39,3% de exames de fezes positivos para E. h is to ly tic a , utilizando o método de centrífu- go-flutuação em sulfato de zinco e coloração pelo lugol.

Entretanto Fernandes18, Alonso1 e Amaral

& Pires2 não referem o encontro de E. h a rt­

m a n n i, nem diferenciam raças pequena ou

(10)

2 9 2 R e v . S o c . B r a s . M e d . T r o p . VO L . X N ? 5

Estes resultados, ao lado daqueles por nós encontrados, evidenciam a elevada prevalência do "com plexo h istolytica", principalmente em determinados grupos populacionais em que predomina um padrão sócio-econômico mais baixo como é o caso de favelados e presidiários.

É possível ainda que o elevado número de casos de infecção pelo "com plexo h istolytica" por nós diagnosticados tenha ocorrido em virtude de terem sido feitas preparações perma­ nentes (hem atoxilina férrica) que puderam ser examinadas detidamente, inclusive por mais de uma vez.

O utros autores, entretanto (quadro III) observaram prevalências m uito baixas de E.

h is to ly tic a , como é o caso de Pacheco39, Seixas

e cols.4 9, Peres e cols.4 0 e C outinho16 . Pacheco39 examinou amostras de fezes apa­ rentemente normais, provenientes de zonas suburbanas e rurais do Rio de Janeiro, encon­ trando 1,8% de E. h is to ly tic a .

Seixas e cols.49 examinaram 7.181 amostras de fezes pelos métodos direto, Hoffm an Pons e

Janer e o de Willis, encontrando 0,3% de E.

h is to ly tic a .

Peres e cols.40 utilizaram também os méto­ dos de Hoffman Pons e Janer e o de Willis.

É possível que as baixas prevalências eviden­ ciadas por estes autores possam estar relaciona­ das com as técnicas empregadas, pouco apro­ priadas para a pesquisa de cistos e trofozoítos de protozoários.

C outinho16 encontrou uma baixa prevalên­ cia de infecção amebiana (2,3%), utilizando o método de centrífugo-flutuação em sulfato de zinco, ao estudar uma casuística composta de universitários. É possível que as condições sócio-econômicas elevadas deste grupo, possam explicar esta baixa prevalência.

F erriolli20 e Loures & Bastos31 fazem a

distinção entre E. h is to ly tic a e E. h a rtm a n n i,

sendo que Young51 e Barretto e cols.8 referem

a presença de raças pequena e grande de E.

h is to ly tic a , com cistos não submetidos a fixado­

res, respectivamente, menores e maiores què 10 micra.

Nossos resultados (Quadro I) evidenciaram

maior prevalência de E. h a rtm a n n i (42,5%)

sobre E. h is to ly tic a (30,0%), sendo entretanto,

a diferença de prevalência não m uito grande. Ferriolli20 apesar de encontrar percentuais me­ nores, também evidenciou maior prevalência de

E. h a rtm a n n i (12,21%) sobre E. h is to ly tic a

(10,88%) no material por ele examinado. Youngs 1 assim como Barretto e cols.8 refe­

rem a presença de cistos grandes e pequenos de

E. h is to ly tic a (maiores ou menores que 10

micra) em número semelhante de casos. Entre­ tanto encontraram uma prevalência de elimina- dores de cistos grandes em pouco m aior que de eliminadores de cistos pequenos.

Por outro lado Loures & Bastos3 1 encon­ traram resultados não concordantes com os aci­ ma relacionados, em que 26,8% dos casos são de

portadores de E. h is to ly tic a e 1,6% de portado­

res de E. h a rtm a n n i.

Young51, Barreto e cols.8, F errio lli2°, assim como o presente trabalho (Quadro I) evidencia­

ram co-parasitismo entre E. h is to ly tic a e E.

h a rtm a n n i, ou eliminação no mesmo paciente

de cistos grandes e pequenos de E. h is to ly tic a ,

como preferiam denominar Barretto e cols.8 e Young5 1.

Entretanto, em todas estas publicações tam ­ bém foram encontrados casos de parasitismo por apenas um dos tipos de amebas. Assim sendo, no caso de eliminadores de apenas cistos pequenos, Youngs l os encontrou entre 9,6% e 11,5% de seus casos e Barretto e cols. em 20,7% de seus casos. F errio lli20 encontrou

8,14% de eliminadores de E. h a rtm a n n i não

acompanhada de parasitismo por E. h is to ly tic a , e no presente trabalho (Quadro I) este fato foi demonstrado em 16,2% dos casos.

Estas prevalências relativamente elevadas de

infecções por E. h a rtm a n n i ou raça pequena de

E. h is to ly tic a segundo alguns autores, mostram

a importância no diagnóstico laboratorial de

amebíase, de diferenciar-se E. h is to ly tic a e E.

h a rtm a n n i, principalm ente pela mensuração dos

cistos eliminados. Caso contrário o diagnóstico

puro e simples de E. h is to ly tic a em todos os

casos de eliminadores de cistos tetranucleados, estaria englobando uma percentagem variável de

casos de parasitismo por E. h a rtm a n n i que,

como se sabe, não é patogênica.

Em apenas um caso, fo i encontrada a form a "m agna", invasora dos tecidos da E. h is to ly tic a , o que evidencia uma prevalência m uito baixa na população ora examinada.

Autores de outros países como Brooke e

cols.9 encontraram E. h a rtm a n n iem 11,2% e E.

h is to ly tic a em 3,4% dos casos examinados.

Sapero e cols.48 referem o encontro da raça

pequena de E. h is to ly tic a em 63% e raça grande

de E. h is to ly tic a em 43,3% dos casos. Estes

resultados vêm demonstrar também a maior

prevalência da E. h a rtm a n n iou raça pequena da

E. h is to ly tic a .

Por outro lado Meerovitch & Eaton34 en­

(11)

S E T —O U T / 7 6 R e v . S o c . B ra s . M e d . T r o p . 2 9 3

(30,9%) sobre a E. h a rtm a n n i(6,2%).

Burrows17 relacionando resultados de vários autores na América do Norte, refere parecer existir uma prevalência discretamente maior de

E. h is to ly tic a no Sul dos EEUU sobre E.

h a rtm a n n i, enquanto que esta últim a é mais

prevalente no Alasca, Canadá e norte dos EEUU.

Na fndia, parece que o parasitismo por E.

h a rtm a n n i é bem menos freqüente se conside­

rarmos que Prakash & Tandon44 encontraram este protozoário em apenas 1,6% dos casos e M athur & Kaur33 não a encontraram em nenhum caso.

II — O u tro s p ro to z o á rio s in te s tin a is

A prevalência da G ia rd ia la m b lia por nós

encontrada: 27,5% (Quadro II) pode ser consi­ derada elevada, devendo este dado ser valoriza­ do em virtude da conhecida ação patogênica deste protozoário, principalm ente em crianças.

C outinho1 s,16( Seixas e cols.49, Pontes43 além de outros autores, encontraram prevalên­ cias de infecção por este flagelado de respectiva­ mente 15,1 %; 5,3%; 8% e 11,5%.

Outros protozoários intestinais diagnostica­ dos na presente casuística, são em geral conside­ rados não patogênicos.

O Quadro II mostra uma prevalência variável

segundo a espécie, mas predominando E n d o li-

m a x nana (33,7%). Dados semelhantes a estes

foram obtidos por M oretti e cols38. (31,62%). No entanto prevalências maiores foram encon­ tradas por Fernandes18 (63,10%), Moraes36 (43%) e menores por Zacharias e cols.52

(6,7%), Wanderley50 (4,2%) e Seixas e cols.49

(0,8% ) .

Também em relação às outras espécies de protozoários diagnosticados, inúmeros autores têm encontrado resultados que demonstram uma prevalência m uito variável, como é o caso de Martins & Sampaio32 Fernandes18, M oretti e c o ls /® . Lobo e cols.30, Gonçalves e c o ls /* e Seixas e cols.49

Este fato deve estar relacionado principal­ mente com as diferentes técnicas de diagnóstico empregadas, assim com o a variedade das popu­ lações examinadas.

Finalmente, pelo exame coproscópico de 80 crianças residentes em uma área de favela, ficou demonstrado que 65% delas estavam parasitadas por protozoários intestinais, evidenciando as más condições sanitárias da população. Por outro lado ficou também demonstrado o eleva­ do risco que correm de adquirirem infecções por protozoários reconhecidamente patogênicos

como E. h is to ly tic a e G ia rd ia lam blia . Deve-se

ainda salientar a elevada prevalência de parasi­

tism o por E. h a rtm a n n i na população examina­

da, já que esta ameba tem sido freqüentemente confundida com E. h is to ly tic a .

AG RADECIM ENTOS

Os autores agradecem à Prof. Leila de Souza Nunes pelos trabalhos de fotomicrografias reali­ zados com o apoio da Disciplina de Histologia da Escola de Medicina da Fundação Técnico- Educacional Souza Marques, Serviço do Prof. George B. Doyle Maia.

. 2 4

S U M M A R Y

In a c o p ro lo g ic a l su rv e y a m o ng st 8 0 c h ild re n fro m 1 to 10 years o ld , liv in g in a slum area o f R io de Ja n e iro , i t was used th e S ch au d in n fix a tio n a n d th e iro n h e m a to x y lim stain f o r in te s tin a l p ro to z o a .

F o r each fa eca l sam ple, tw o m ic ro s c o p ic slides were d o n e a n d th ro u g h th e m , 3 7 cases (46,2% ) o f in fe c tio n s b y "h is to ly tic a c o m p le x " becam e evidente.

The cysts a n d tro p h o z o ite s o f th is c o m p le x were co n sid e re d as Entamoeba

histolytica w he n h a v in g an average d ia m e te r o f m o re th an 8 .5 m ic ra , a n d as Entamoeba

hartmanni w hen h a vin g an average d ia m e te r in f e r io r to th at.

There w ere in 2 4 cases (30.0% ) o f E. histolytica; 21 cases (26.3% ) o f w h ich

p re se n tin g also E. hartmanni a n d 3 cases (3.7 % ) p re se n tin g is o la te d p a ra sitism b y E. histolytica.

I n 3 4 cases (42.5% ) o f E. hartmanni, 13 cases (1 6 .2 % ) o f is o la te d p a ra sitism were

dete cted.

This survey show s a h ig h prevalence o f " h is to ly tic a c o m p le x ", w ith E. hartmanni pre do m in an ce.

O th e r diag nose d in te s tin a l p ro to z o a are also re la te d in th is survey.

(12)

2 9 4 R e v . S o c . B r a s . M e d . T r o p . VO L . X N ? 5

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