MOEDA
E
INFLAÇÃO:
A
QUESTÃO
DA
CAUSALIDADE
DISSERTAÇÃO
SUBMETIDA
A
CONGREGAÇÃO
DA
ESCOLA
DE
PÕS-GRADUAÇÃO
EM
ECONOMIA
(EPGE)
DO
INSTITUTO
BRASILEIRO
DE
ECONOMIA
PARA OBTENÇÃO
DO
GRAU
DE
-MESTRE
EM
ECONOMIA
POR
MARIA
SILVIA
BASTOS
MARQUES MASCOLO
[o>o
RIO
DE
JANEIRO,
RJ
TESE
DE
MESTRADO
APRESENTADA
À
EPGE
POR
*
E
M
i
/
£^^
9rof.
de
Oliveira
MHiEPGE^GV
MAKIU
HfcNHIUUÉ
W(
CIRCULAR
N?
51
Assunto:
Defesa
Pública
de
Dissertação
de
Mestrado
Comunicamos
formalmente
â
Congregação
da
Escola
que
estão
marcadas
para
o
dia
22
de
novembro
de
1982
(2a.
feira),ãs
15:30h.,no
Auditório
Eugênio
Gudin
(109
andar),
a
apresentação
e
a
defesa
públi_
ca da
Dissertação
de
Mestrado,
intitulada
"MOEDA
E
INFLAÇÃO:
A
QUES
TÃO DA
CAUSALIDADE",
da
candidata
ao
título
de
Mestre
em
Economia,
Maria
Silvia
Bastos
Marques
Mascolo.
Em
26
de
agosto
p.p.,
remetemos
aos
membros
da
Congrega
ção
da
Escola
cópia
da
súmula
da
referida
Dissertação,
para
que
fos
se
antecipadamente
apreciada
pelos
professores
desta
EPGE.
A
Banca-Examinadora
"ad
hoc"
designada
será
composta
pe
los
professores:
FERNANDO
DE
HOLANDA BARBOSA
(presidente),
JOSÉ
LUIZ
CARVALHO
e
ANTÔNIO
SALAZAR
PESSOA
BRANDÃO.
Com
esta
convocação
oficial
da
Congregação
de
Professores
da
Escola,
estão
ainda
convidados
a
participarem
desse
ato
acadêmico
todos
os
alunos
da
EPGE,
interessados
da
FGV
e
de
outras
institui
ções.
w
EPGE/IBRE
Rio
de
Janeiro,
28
de
outubro
de
1982
Mario__Henrique
Simonsen
Tendo
examinado
o
trabalho
"Moeda
e
Inflação;
A
Questão
da
Causalidade",
submetido
pela
Sra.
Maria
Silvia
Bastos
Marques
Mascolo
ã
Congregação
da
EPGE
como
Dissertação
de
Mestra
do
para
obtenção
do
título
de
Mestre
em
Economia,
recomendo
sua
aprovação
como
tal,
conferindo-lhe
o
grau
10(dez).
Rio
de
Janeiro,
22
de
novembro
de 1982
José
Luiz'(Carvalho
Proféssor/EPGE
A-4 Formato Internacional
LAUDO
SOBRE
DISSERTAÇÃO
DE
MESTRADO
Como
integrante
da
Banca
Examinadora,
designado
pela
EPGE
para
julgar
a
Dissertação
de
Mestrado,
intitulada
"MOE
DA
E
INFLAÇÃO.
A
QUESTÃO
DA
CAUSALIDADE",
da
candidata
ao
ti
tulo,
MARIA
SILVIA
BASTOS
MARQUES
MÃSCOLO,
apresento
as
se
guintes
ponderações
que
justificam
meu
voto
e
grau:
1)
A
autora
demonstrou
conhecer
bem
as
técnicas
economêtri-cas
necessárias
para
levar
a
cabo
seu
trabalho;
2)
A
autora
fez
uma
análise
interessante
dos
trabalhos
já
existentes
sobre
o
assunto,
procurando
esclarecer
os as
pectos
controversos.
Além
disto,
sua
apresentação
deixa
bem
claras
as
principais
contribuições
metodológicas
da
tese.
3)
Por
fim,
cabe
mencionar
que
autora
mostrou
conhecer
com
profundidade
a
teoria
relevante
para
estudar
o
problema,
tendo
aplicado
a
referida
teoria
com
bastante
proprieda
de.
Assim
e
nessas
condições,
sou
de
parecer
que
a
refe
rida
Dissertação
seja
aprovada
e
outorgado
o
título
pre
tendido
pela
candidata
e
a
autora
deste
trabalho,
atri
buindo-lhe
a
nota
ou
grau
10
(dez).
Rio
de
Janeiro,
22
de
novembro
de
1982
Antônio
Salazar
Pessoa
Brandão
Professor
da
EPGE
A-4 Formato Internacional
Como
integrante
da
Banca
Examinadora,
designado
pela
EPGE
para julgar
a
dissertação
de
mestrado,
intitulada
"MOEDA
E
INFLAÇÃO:
A
QUESTÃO
DA
CAUSALIDADE",
da
candidata
ao
título,
Maria
Silvia
Bastos
Marques
Mascolo,
apresento
as
seguintes
ponderações
que
justificam
meu
voto
e
grau:
1)
A
dissertação
aponta
problemas
metodolõgicos
em
trabalhos
já
publicados
sobre
o
assunto
no
Brasil;
2)
A
dissertação
revela
o
domínio
de
sua
autora
na
utilização
de
técnicas
economitricas
e
na
análise
dos
resultados
obtidos;
3)
A
dissertação
e
uma
contribuição
para
a
discussão
sobre
a
questão
de
causalidade
entre
moeda
e
inflação,
mostrando
a
dificuldade
de
se
chegar
a
uma
conclusão
firme
a
partir
dos
testes
econometricos
desenvolvidos
com base
na
definição
de
Granger.
Assim
e
nestas
condições,sou
de
parecer
que
a
referi
da
Dissertação
seja
aprovada
e
outorgado
o
titulo
pretendido
pe
la
candidata
e
autora
deste
trabalho,
atribuindo-lhe
a
nota
ou
grau
10.(dez).
Rio
de
Janeiro,
22
de
novembro
de
1982,
Fernando
fie
Holanda
Barbosa
Professor
da
EPGE
e
Presidente
da
Banca
A-4 Formato Internacional
orientadora,
professores
Fernando
de
Holanda
Barbosa,
Antônio
Salazar
Pessoa
Brandão
e
José"
Luis
de
Carvalho
pelos
comen
tários,
sugestões
e
apoio
que
me
dispensaram
ao
longo
da
rea
lização
deste trabalho.
Em
especial,
quero
expressar
minha
gratidão
ao
professor
Fernando
de
Holanda
Barbosa,
de
quem
partiu
a
sugestão
para
esta
dissertação,
e
que
acompanhou
e
orientou
todo
o
seu
desenvolvimento.
Finalmente,
gostaria
de
agradecer
o
suporte
financeiro
que
me
foi
dado
pelo
Programa
Nacional
de
Pesqui
sa
Econômica
(PNPE),
e que
constituiu
um
grande
incentivo
à
consecução
deste
projeto.
I
-
INTRODUÇÃO
01
II
-
CAUSALIDADE:
DEFINIÇÃO
E
TESTES
10
II.1.
A
Estrutura
Teórica
10
11.1.1.
Granger
10
11.1.2.
Sims
16
II.
2.
Estudos
Empíricos
no
Brasil
25
II.2.1.
Cardoso
25
II.
2.2.
Contador
31
III
-
METODOLOGIA
UTILIZADA
38
IV
-
CAUSALIDADE
ENTRE
VARIÁVEIS
MONETÁRIAS
e
IN
FLAÇÃO
4 7
V
-
O
TESTE
DIRETO
DE
GRANGER
68
VI
-
SUMARIO
E
CONCLUSÕES
78
VII
-
BIBLIOGRAFIA
81
I.
INTRODUÇÃO
of
these
terms
to
others.
I have
come to
think
that
this
is
a
j
pity.
For
I
have
come
to
think
j
that
its
appearance
in
economics
!
is
a
particularly
interesting,
and
particularly
revealing,
case
!
of the
general
notion
of
cau
sality.
"
J.
R.
Hicks,
Causality
in
Economics
(Oxford,
Blacwell,
1979).
'CAPÍTULO
I
Poucos
economistas
negariam
a
existência
de
al
gum
grau
de
correlação
positiva
entre
variações
nos
meios
de
pagamento
e
na taxa
de
inflação.
Mais
do
que
isso,
acredita-se
haver
uma
relação
de
causalidade
entre
estas
variáveis,
sen
do
que
a
direção
de
causação
mais
comumente
aceita
seria
da
Esta
hipótese
caracterizaria
a política
mone
tária
como
sendo
essencialmente
ativa
com
relação
ao
processo
inflacionário,
ou
seja,
a
expansão
nos
meios
de
pagamento
afe
taria
a
taxa
de
inflação,
sem
ser
por
esta
influenciada.
Esta
não
e,
no entanto,
uma
hipótese
que
deva
ser
aceita
sem
dis
cussões.
Existem
circunstâncias,em
que
apesar
de
poder,
po
tencialmente,
exercer
efetivo
controle
sobre
as
variáveis
mo
netárias,
os
formuladores
de
política
econômica
estão
atrela
dos
a
outras
prioridades,
endogeneizando,
desta
forma,
a
ofer
ta
de
moedar
~
Surge
então
a
seguinte
questão:
teriam
as
au
toridades
monetárias,
no
Brasil,
exercido
um
controle
efeti
vo
sobre
as
variáveis
monetárias,
notadamente
dos
meios
de
pagamento
e
da
base
monetária?
Este
aspecto
tem
sido
enfocado
algumas
vezes
na
literatura
brasileira
embora,
em
alguns
casos,
o
debate
tenha
sido
colocado
em
termos
radicais,
no
que
diz
respeito
aos
en
inflacionã-efeitos
de
outras
variáveis
do
sistema
econômico.
No
entanto,
o
que
se
observa
na
literatura
e-conômica
recente
ê
que
a ênfase
dada
pelos
monetaristas
ê
na
controlabilidade
e não
na
exogeneidade
da
política
monetária.
Assim,
autores
que
seguem
comprovadamente
a
linha
do
moneta-rismo,
como
Milton
Friedman
e
Phillip
Cagan,
reconheceram
ter
a
atividade
econômica
influenciado
a
oferta-
de
moeda,
em
de-terminadas
fases
da
economia^
.
Outros
exemplos
seriam
o
en
foque
monetário
ao
Balanço
de
Pagamentos,
bastante
difundido
por
Johnson
e Mundell^3-'
, no qual
a determinação
de variações
na base
mo-E. A.
Cardoso,
"Moeda,
Renda
e Inflação:
Algumas
Evidências
da
Economia
Brasileira",
Pesquisa
e Planejamento
Econômico
(Agosto,
1977),
423-34.
CR.Contador,
"A
Exogeneidade
da
Oferta
de
Moeda
no
Brasil",
Pesquisa
e Planejamento
Econômico
(Agosto,
1978),
475-504.
^P.
Cagan,
Determinants
and
Effects
of
Changes
in
the
Stock
of
Money:
1857-1960.
New
York:
Columbia
University
Press,
1965.
H.G.
Johnson,
"The
Monetary
Approach
to
Balance
of
Payments
Theory",
Journal
of
Financial
and
Quantitative
Analysis,
7
(March,
1972)
, 1555-72.
clui:
"Our
empirical
results
indicate
that
to
explain
the
hyperinflation
it
is
not
adequate
to
regard
money
creation
as
exogenous
with
respect
to
inflation.
Instead,
the
monetary
authorities
seemed
to
make
money
creation
respond
directly
and
systematically
to
inflation,
which
was
probla-bly
an
important
reason
that
the
hyperinflation
developed".
Estas
considerações
indicam
que
não
é
privi
légio
dos
estruturalistas
classificar
a política
monetária
co
mo
endõgena,
já que,
como
foi
dito,
a
corrente
monetarista
reconhece
a
influência
de
variáveis
econômicas
sobre
a
ofer
ta
de
moeda,
em
determinadas
circunstâncias.
Com
relação
ao
caso
brasileiro,
existem
dois
trabalhos
que
procuram
classificar
a política
monetária
como
ativa
ou
passiva.
0
primeiro
deles,
feitopor
Cardosov
J , uti
liza
dados
de
meios
de
pagamento,
renda
e
preços,
e
conclui
T.J.
Sargent
e N.Wallace,
"Rational
Expectations
and the
Dynamics
of
Hyperinflation",
International
Economic
Review,
14
(june,
1973),
328-49.
res
monetários
meios
de
pagamento
e base
monetária
,
e
a taxa
de
inflação.
Contador
conclui
que
quando
a
política
monetária
for
identificada
pelo
conceito
de
meios
de
pagamen
to,
esta
será
passiva
com
relação
ã
taxa
de
inflação,
o mesmo
não
ocorrendo
quando
a política
for
executada
via
base monetária.
Neste
caso
não
é
possível
rejeitar
a hipótese
de
sua
exoge-neidade
com
respeita
ã
inflação.
Uma
das
motivações
para
o
presente
estudo
de
corre
do
fato
dos
trabalhos
mencionados
anteriormente
apre
sentarem
incorreções
metodológicas
que
comprometem
os
resul
tados
obtidos.
Mais
adiante
este
aspecto será
discutido
em
mais
detalhe.
0
conceito
de
causalidade
entre
variáveis,
se
jam
elas
econômicas
ou
não,
e
de
difícil
definição,
tanto
do
entre
as
variáveis.
No
entanto,
ao
colocarem
uma
variável
co
mo
função
de
outras,
ditas
independentes,
estão
fazendo
uma
forte
hipótese
com
relação
ã
causalidade
entre
elas.
Se
esta
hipótese
na
verdade
não
se
verificar,
ou seja,
se
as
variá
veis
explicativas
não
£orem
efetivamente
exógenas
com
rela
ção
ã
variável
dependente,
os
resultados
econométricos
podem
ficar
irremediavelmente
comprometidos. Um
exemplo
ocorre
no
caso
da
utilização
de
técnicas
de
estimação
de
variáveis
ba
seadas
em
defasagens
distribuidas.
Para
que
os
resultados
se
jam
confiáveis
é
necessário
que
as
variáveis
explicativas
se
jam
efetivamente
exógenas,
condição
esta
que
e
raramente
ve
rificada.
Evidenciada,
desta
forma,
a
importância
de
se
determinar
de
forma
correta
a
causalidade
entre
variáveis,
sur
di-vel*-
.
De
acordo
com
o
conceito
que
se
tornou
conhecido
como
"Granger
causality",
uma
variável
Y
causa
uma
variável
X
se,
dado
um
conjunto
de
informações
U, a
previsão
de
X
é melhora
da
introduzindo-se
valores
passados
de
Y,
comparada
com
o
ca
so
em
que
não
se
inclui.a
série
de
Y.
Sims^
J,
num
trabalho
posterior
operacionalizou
o
conceito
de
Granger,
através
do
uso
de
regressões,
testando
e
confirmando
a hipótese
de
que
a
causalidade
é
unidirecional
da
moeda para
a
renda,
na
econo
mia
americana,
no
período
1947-1969.
Apôs
o
surgimento
do
trabalho
de
Sims,
diver
sos
outros
autores
utilizaram
o
teste
estatístico
por
ele
de
senvolvido,
para
a
verificação
de
hipóteses
de
causalidade
C.<W.J.
Granger,
"Invéstigating
Causai
Relations
by
Econometric
Models
and
Cross-Spectral
Methods",
Econometrica,
37
(July, 1969),
424-38.
(2)
A
palavra
"realimentaçao"
~
será
utilizada
no
texto
como
tradução
~
para
o
termo
original
feedback
CA.
Sims,
"Money,
Income
and
Causality",
Ame
rican
Economic
Review,
62
bre
as
hiperinflações.
Também
no
caso
brasileiro,
nos
traba-
|
lhos
de
Cardoso
e
Contador,
a
metodologia
utilizada
para
a ve
rificação
da
direção
da
causalidade
foi
a
de
Sims.
0
que
se
conclui
é
que
o
critério
de
Granger,
operacionalizado
por
Sims,
embora
imperfeito,
já
que
se
ba
seia
na
antecedência
estatística
entre
variáveis,
é
o princi
pal
meio
de
que
se
dispõe
de
modo
a que
não
seja
necessário
se
fazer
suposições
a priori
sobre
a
causalidade
entre
variá
veis,
como
ocorre
usualmente,
com
as
possíveis
conseqüências
mencionadas
anteriormente
sobre
a
validade
dos
resultados.
Nas
próprias
palavras
de
Sims,
"The
method
...
does
rest
on
a
sophisticated
version
of
the
post
hoc,
ergo
propter
hoc
princi-D.Williams,
C.A.E.
Goodhart
e
D.W.Gowland,
"Money,
Income
and
Cau-sality:
The
U.K.
Experience",
American
Economic
Review,
66
(June,
1976),
417-23.
( 21
pie.
However,
the
method
is
not
easily
fooled."
0
que
se
pretende
neste
trabalho,
utilizando
como
suporte
a
metodologia
de
Sims,
é
investigar
a
relação
de
causalidade
existente
entre
taxa
de
expansão
das
variáveis
monetárias
e
taxa
de
inflação, no
caso
brasileiro.
A
análise
cobrirá
inicialmente
o
período
de
1946
a 1981,
utilizando-se
dados
trimestrais.
Após
a
obtenção
dos
resultados,
tentou-se
veri
ficar
sua
consistência,,
repetindo-se
os
mesmos testes
para
es
paços
de
tempo
menores
do
que
o
inicialmente
considerado.
Co
mo
as
estimativas
diferiram
substancialmente
entre
os
diver
sos
subperíodos,
aplicou-se
também
um
teste
imediatamente
de
rivado
da
definição
de
causalidade
de
Granger,
denominado
"tes
te
direto
de
Granger",
com
o
intuito
de
estabelecer
uma
cor
respondência
entre
os
resultados
obtidos
por
este
método
e
o
Neste
capítulo
serão
apresentados,
deforma
re
sumida,
os
estudos
de
Granger
e
Sims
que
deram
origem
aos
tes
tes
de
causalidade
aqui
implementados.
Além
disso,
proceder--se-a
a
uma
breve
apreciação
dos
trabalhos
de
Cardoso
e
Con
tador
realizados
para
o
Brasil.
II.
1.
A
Estrutura
Teórica
II.
1.1.
Granger
O
trabalho
de
Granger
propõe
definições
testã-veis
de
causalidade
e
realimentaçao
entre
variáveis.
A
teoria
discutida
não
é"
relevante
para
varia-' varia-'C.W.J.Granger,
op.cit.
veis
nao
estocasticas,
devendo
as
series
estar
livres
de
quer
comportamento
sistemático.
As
séries
devem
ser
também
es^
tacionãrias
já
que,caso
contrário,a existência
de
causalidade
pode
se
alterar
ao
longo
do
tempo.
Outro
aspecto
central
da
teoria
ê
a
hipótese
de
que
o
futuro
não
pode
prever
o
passado,
o
que
confere
um
caráter
crucial
ao
fluxo
do
tempo.
Seja
A
um
processo
estocástico
estacionario.
Pode-se então
definir
o.s
conjuntos:
_ . ,
j=l,
2,
...
,
Chamaremos
P
(A/B)
ao
previsor
õtimo
(mais
efi
ciente),não
viesado
e
de
mínimos
quadrados
de
At,usando
o
con
junto
de
valores
B
. 0
erro
de
previsão
da
série
será
dado
por
e
(A/B)=A
-P
(A/B),
com
variância
o2(A/B).
Ut
é
o
universo
de
a
informação,
excluída
a
serie
Yt
Podemos
agora
definir:
1)
Causalidade:
diremos
que
Y
causa
X,
representado
por
Y
=>
Xt,
se
a2(X/U)
<
a2(X
/ U-Y).
Ou
seja,
Y
causara
X
se
a
previsão
de
X
baseada
em
todo
o universo
U
ê melhor
do
que
a
í: ?, exclui
de
U
a
serie
Y
. Em
outras
palavras,
a
inclusão
de
Y
no
conjunto
de
informações
melhora
a
previsão
de X^.
2)
Realimentaçao:
haverá
realimentaçao
entre
duas
variá
veis
X
e
Y,
se
X
causa
Y
e
Y
causa
X:
Yt
<=>
Xt-
Desta
for-ma
a2(X/Ü)
<
a2(X/Ü^¥)
e
a2
(Y/U)
<
a2
(Y
/ U-X)
.
3)
Causalidade
Instantânea,
se
a2(X/U-Y,Y)
<
a2
(X/U)
,
ou
seja,
se
a
inclusão
do
valor
de
Y no
tempo
t
melhora
a pre
visão
de
X,
diremos
que
existe
causalidade
instantânea
entre
X
e
Y.
Um
ponto
a
considerar
diz
respeito
ao
univer
Deve-se
salientar
que
se
dados
relevantes
sao
omitidos
do
conjunto,
pode
surgir
uma
causalidade
espúria.
Su
ponha,
por
exemplo,
no
caso
acima,
que
existe uma
terceira
sé
rie
Z
que
está na
verdade
causando
ambas
as
séries
X^
e Y^
.
Dentro
do
conjunto
restrito
de
vetores
que
inclui
somente
as
séries
X
e
Y
poder-se-ã
então
encontrar
uma
causalidade
es
púria
entre
X.
e
Y..
Outra
questão
diz
respeito
ao
uso
de
previso-res
completamente
ótimos.
Na
pratica
isto
não
será"
usualmente
informações
será"
irrelevante,
não
tendo
qualquer
conseqüência
causai.
Suponha,
por
exemplo,
que
o conjunto
de
vetores
con-
1
1
siste
somente
de
duas
séries,
Xte
Yt,
e
que
qualquer
outrain-formação
é sem
importância.
Então
o2
(X
/ X)
será
a variância
mini-
\
ma
do
erro
de
previsão
de
X.
usando
somente
valores
passados
de
X
, e
a2(X/X,
Y)
representa
esta
variância
mínima
se
va
lores
passados
de
X.e
Y
são
usados
para
prever
Xt-
Deste
mo
possível,
a
menos
que
se
assuma
que
todos
os
conjuntos
de
séries
sejam
normalmente
distribuídas,
já
que
os
previso-res
ótimos
podem
ser
não
lineares,tomando
formas
bastante
com
plicadas.
Em
vista
disso,
parece
natural
usar
somente
previ-sores
lineares,
ficando
as
definições
anteriores
sujeitas
â
hipótese
de
linearidade.
Sejam
X
e
Y
duas séries
de
tempo
estaciona-rias,
com
médias
zero.
.0
melhor
previsor
linear
de
Xt
usando
somente
valores
passados
de
X
e Y^
será"
dado
por:
m m
P
(X/X,
Y)
=
Z
a,
X
, +
Z
b,
Y
-
(1)
t
j=1
3
t
j
j=1
j
t
j
onde
os
a-'s
e b-'s
são
escolhidos
para
minimizar
a2(X/X,
Y).
Utilizando
as
séries
de
tempo
X^
e
Y
, Granger
ilustra
as
definições
dadas
anteriormente,
através
dos
modelos:
m m
y
=
7Py
+
y
hY
+
e
Xt
jf1
aj
At-j
.^
j
t-j
Ct
(2)
m m
onde
:
E(e.
ec)
=
0 = E(tv
nj
, s i t e
E (e
n
) = 0,
para
todo
t,
s
L b L S t S
0
modelo
acima
ê
denominado
causai
simples,
já
que
se
desconsidera
a
causalidade
instantânea.
Yt
causara
Xt
se
algum
dos
b-
for
diferente
de
zero.
Da
mesma
forma,
se
al
gum
dos
c-
for
diferente
de
zero,
X
causara
Y-t.
Se
ambos
os
eventos
ocorrerem,
haverá
realimentação
entre
X^
e
Yt-O
modelo
mais
geral,
com
causalidade
instan-iânea,
é
dado
por:
m m
xt
+ bo
Yt
- .1,
aj
xt-j
J
(3)
m m
Se
este
tipo
de
representação
ê
necessário,
sig
nifica
que
o
conhecimento
de
Yt
e
Xt
melhorará
o
ajustamento
varia-veis.
II.1.2.
A principal
novidade
introduzida
por
Sims
neste
|
trabalho,
diz
respeito
a um
teste
direto
para
a existência
de
[
causalidade
unidirecional
entre
variáveis.
Sua
importância
re-
;
side
no
fato
de
que
muitas
técnicas
de
estimação
que
utilizam
retardos
defasados
(como
a de
Almon,
por
exemplo)
são
inváli
das,
a menos
que
a
causalidade
seja
unidirecional
no
sentido
do
conceito
utilizado
pelo
autor.
Este
trabalho
mostra
também
a
estimação
de
regressões
com
um
grande
número
de
defasa-gens,
sem
as
usuais
restrições
do
tipo
polinomial
ou
racio
nal,
sobre
o
formato
das
mesmas.
A
preocupação
de
Sims,
ao
estudar
a
direção
da
causalidade
entre
moeda
e
renda,
se
justificava
no
fato
de
que
apesar
destas
duas
variáveis apresentarem
uma
clara
çao
positiva,
nao
havia
qualquer
base
mais
solida
para
que
se
afirmasse
qual
se
comportava
como
endõgena
e
qual
como
exõge-na.
Na
verdade,
tanto
variações
na
moeda
poderiam
determinar
variações
na
renda,
quanto
ser
determinadas
por
estas,
sendo
possível
até
mesmo,
a
existência
de
realimentaçao
entre
as
variáveis.
0
autor
concluiu
que
nos
EUA, no
período
1947/
/1969,
não
há
evidências
de
que
a
renda
estaria
influenciando
a moeda,
enquanto
que
a hipótese
de
que
a
causalidade
é
uni
direcional
da
moeda
para
a
renda
ê
confirmada
. Logo,
regres
sões
de
renda
contra
polinômios
defasados
de
moeda
são
esta
tisticamente
confiáveis neste
contexto,
jã
que
não
há
exis
tência
de
realimentaçao
da
renda
para
a
moeda.
0
teste
elaborado
por
Sims,
que
se
baseia
no
conceito
de
causalidade
de
Granger, pode
ser
resumido
da
se
guinte
forma
: a
causalidade
de
valores
correntes
e
passados
de
alguma
lista
de
variáveis
exõgenas
para
uma
dada
variável
regres-(1^J.Tobin,
"Money
and
Income:
Post
Hoc
Ergo
Propter
Hoc?",
Quartely
Journal
of
Economics,
84
(May,
1970),
497-514.
^W.Brainard
e J.Tobin,
"Pitfalls
of
Financial
Model
Building",
American
Economic
Review
Proc,
58
(May,
1968),
99-122.
são
da
variável endõgena
contra
valores
passados,
correntes
I
e futuros
das
variáveis
exõgenas,
os
valores
futuros
das
va-
1
I
riãveis
exõgenas
tiverem
coeficientes
estatisticamente
'
iguais
a
zero.
*
Apesar
de
baseado
no
princípio
post
hoc,
ergo
propter
hoc
de
antecedência
entre
variáveis,
o método
de
Sims
fornece
indicações
seguras,
no
que
diz
respeito
ã
direção
da
causalidade.
0
autor
cita
exemplos,
como
a
estru
tura
de
causação
reversa
colocada
por
Tobin1-
J , que não
pode
ser
utilizada
para
gerar
causalidade
da
moeda
para
a
renda,
e
modelos
de
realimentaçao
entre
moeda
e
renda,
como
o
cons
truído
por Brainard
e Tobin^
-* que,
exceto
sob
hipóteses
mui
to
especiais,
gerará
uma forma
reduzida
indicativa
de
causa
lidade
bidirecional.
As
hipóteses
especiais
requeridas
para
fazer
com
que
a moeda,
endõgena,
apareça
como
exógena
num
sis
idêntica
a
uma
verdadeira
variável
exõgena.
Uma
situação
em
que
a
direção
aparente
da
cau
salidade serã
afetada
ocorrera
quando
os
valores
correntes
de
uma
variável
endõgena
Y
forem
parcialmente
determinados
com
base
em
informações
sobre
valores
futuros
de
uma
variável
exõgena
X^.
Neste
caso,
esta
informação
adicional
atuará
como
uma
terceira
variável excluida
e
os
valores
correntes
de
Y.
parecerão
afetar,
espuriamente,
os
valores
futuros
de
Xt-
Sims
se
refere
a
este
caso
como
"reversed
causation
with
accurate
anticipations
model".
0
próximo
passo
consiste
em
descrever,
em
li
nhas
gerais,
os
teoremas
de
causalidade
elaborados
e
demons
trados
por
Sims, em
seu
trabalho^
.
De
acordo
com
o
que
foi
estipulado
por
Granger,
considerar-se-á
somente
séries
estacionárias
e
previsores
li
neares .
(1)
Para uma
demonstração
destes
teoremas,
ver
CA.
Sims,
op.cit.,
e
T.J.
Sargent,
Macroeconomic
Theory.
New
York:
Academic
Press,
Inc.,
1979,
p.
Sejam
X
e
Y
duas
séries
estacionárias,
es
tritamente
não
deterministicas,
com
médias
zero.
O
sistema
Y 1
_
y
pode
então
ser
especificado
na
representação
de
media
n10
t
vél
de
Wold^
^como:
(L)
(1)
onde
u
e
v
sao
processos
nao
correlacionados
com
médias
ze
ro
e
E(u
v
)
=
0,
para
todo
t,
s.
Os
¥..
(L)
são
polinômios
no
operador
de
defasagens
L
(L1
Xt
=
Xt
-)
:
y^-
(L)
=
I
*h-
Lh
.
Podemos
então
enunciar
o
t>rimeiro
teorema
de
causalidade
de
Sims.
Teorema
1:
X
não
causa
Y
na
definição
de
Granger,
se
e
somente
se,
na
representação
de
média
móvel
(1),
Tu
(L)
ou
¥
(L)
podem
ser
escolhidos
identicamente
nulos
^ ^H.O.A.Wold,
A Study
in
the
Analysis
of
Statíonary
Time
Series,
2^-
ed.
Suponha,
por
exemplo,
que
¥12
(L)
= 0.
Neste
\
caso,
de
(1)
:
(L)u
(2)
Xt
=
T
(L)
u
+
Y
(L)
v
t
21
t
22
t
(3)
Resolvendo
a
primeira
equação
para
ut
e
substituindo
na
se
gunda,
vem:
xt
(4)
Desta
forma,
X
pode
ser
expresso
como
uma
função
de
valores
passados
e
presentes
de
Y.
Sob
hipóteses
gerais
o
sistema
em
(1)
pode
ser
(D
representado
na
forma
autoregressiva:
H
n,
11
(L)
11
IJ-J
12
21
(D
22(L)
U
(5)
onde
os
11 - - (L)
sao
polinSmios
no
operador
de
defasagens
L
(1)
A
inversibilidade
fica
garantida
se
as
raízes
dos
polinomios
se
situa
Dado
o
sistema
(5)
podemos
agora
enunciar
o se
gundo
teorema
de
Sims,
que
relaciona
o
conceito
de
exogenei-dade
econometrica
estrita
com
o
conceito
de
causalidade
de
Granger.
Teorema
2:
Quando
Xt
Yt
possui uma
representação
autore-gressiva
na
forma
de
(5),
Yt
pode
ser
expresso
como
uma
fun
ção
de
defasagens
distribuidas
de
valores
correntes
e
passa
dos
de X,
com
um
resíduo
que
ê
ortogonal
aos
X!s
passados,
presentes
e
futuros,
se
e
somente
se,
Y
não
causa
X
no
senti
do
de
Granger.
A
condição
de
que
Y
possa
ser
expresso
na
for
ma
descrita
acima
é
conhecida
como
a
exogeneidade
econometri
ca
estrita
de
X
com
respeito
a Y,
e
coincide
com
o
fato
de
Y
não causar
X,
no
sentido
de
Granger.
Neste
caso,
ao
estimar
mos
uma
regressão
de
Y
contra
valores
passados,
presentes
e
futuros
de
X,
deve-se
esperar
coeficientes
estatisticamente
iguais
a
zero,
para
o
conjunto
dos
X's
futuros.
Nota-se,
de
(4),
que
o resíduo
de
uma
regressão
de
X
I
53(ou
de Y)
contra
valores
de
Y
(ou
X)
será
geralmente
autocor-relacionado.
No entanto,
uma
hipótese
importante
com
relação
ao
teste
de
causalidade
é
a
de
que
os
resíduos
das
regressões
sejam "white
noise",
isto
e,
livres
de
correlação
serial.
Ca
so
contrario
o
Teste
F
para
grupos
de
coeficientes,
que
de
sempenha
um
papel
essencial
na
determinação
da
causação,
fi-i
cara
viesado.
!
<Para
contornar
este
problema
Sims
mediu
todas
as
variáveis
como
logaritmos
e
prefiltrou-as
utilizando
o fil
tro
1 -
1,5L
+ 0,5625L2.
Segundo
o
autor,
este
filtro
(devido
a
;
Nerlove^
^)
torna
a maioria
das
séries
econômicas
aleatórias,
e
se
esperava
então
que
os
resíduos
das
regressões
ficassem
aproximadamente
"white
noise".
Todos
os
dados
utilizados
nas
regressões
foram ainda
ajustados
sazonalmente.
Ao
aplicar-se
o
teste
F
para
verificar
a
dire
ção
da
causalidade,
deve-se
levar
em
conta
não
apenas
o
va-M.Nerlove,
"Spectral
Analysis
of
Seasonal
Adjustment
Procedures",
lor
da
estatística,
como
também
a
magnitude
dos
coeficientes.
De
acordo
com
o
autor,
o
fato
de
que
os
coeficientes
dos
va
lores
futuros
das
variáveis
independentes
sejam
estatistica
mente iguais
a
zero
é
apenas
uma
evidência
de
causalidade
uni-direcional.
Se
o
tamanho
dos
coeficientes
futuros
for
igualou
superior
ao
dos
coeficientes
dos
valores
passados,
a
causali
dade
bidirecional
pode
ser
muito
importante
na
prática,
ape
sar
dos
F's
insignificantes.
Sims
utilizou
dados
de
base
monetária,
meios
de
pagamento
e
produto
nominal
para
os
testes
de
causalidade.
Os
resultados
não
diferiram
com
respeito
aos
meios
de
pagamento
e
ã
base
monetária.
Os
valores
futuros
do
produto nominal
(Y)
fo
ram
altamente
significantes
na
explicação
da
variável
monetá
ria
(M),
o
mesmo
não ocorrendo
com
valores
futuros
de
M
com
relação
ã variável dependente
Y.
Portanto,
a conclusão
ê que
a
causalidade
flui
da
variável
monetária
para
o produto
nomi
puramente
passiva,
respondendo
ao
produto,
mas
sem
influen-ciã-lo.
Por
outro
lado,
os
resultados
são
consistentes
com
a
hipótese
de
que
Y
ê
puramente
passivo,
respondendo
a
M
sem
no
entanto
afetã-lo.
II.2.
Estudos
Empíricos
no
Brasil
II.2.1.
Cardoso*-1-1
A
preocupação
da
autora
neste
artigo
centra-se
na
procura
de
respostas adequadas
para
duas
indagações:
1)
Existe
evidência
estatística
de
que
a moeda
é"
exoge-na exoge-na
relação
causai
entre
moeda
e
renda?
2)
A taxa
atual
de
inflação
afeta
a
criação
de
moeda
nos
próximos
períodos?
Cardoso
coloca
o
debate
endogeneidade
x
exoge-neidade
da
oferta
de
moeda
em
termos
dos
enfoques
lista
e
monetarista
do
processo
inflacionario.
De
um
lado,
os
monetaristas
acreditariam
que
a
inflação
è*
causada
pelo
aumen
to
da
oferta
de
moeda,
destinado
ao
financiamento
do
déficit
orçamentário
do
governo
federal.
Por
outro
lado,
os
estrutura-listas
defenderiam
a tese
de
que
a
direção
da
causalidade
é
oposta,
fluindo
do
nível
de
preços
para
a
oferta
de
moeda.
Para
responder
a
estas
questões
a
autora
uti
liza
a
metodologia
de
Sims
,
descrita
anteriormente.
Os
dados
utilizados
no
teste
de
causalidade
en
tre
moeda
e
renda
foram
os
de
meios
de
pagamento(Ml)
e
os
de
produto interno
bruto
(PIB)
,
medidos
trimestralmente
no
pe
ríodo
1954/1969^-
\
Ambas
as
séries,
expressas
em
logaritmos
,
foram
prefiltradas
pelo
mesmo
filtro
utilizado
por
Sims
nas
séries
econômicas americanas
(1
-
1,
5L
+
0,5625L
) . As
estru
turas
de
defasagem
não
sofreram
restrições
de
formato,
tendo
sido
mantidas
bem
longas
(apresentaram
o
mesmo
número
de
"lags",
n
i
-
-Como
nao ha
disponibilidade
de
dados
trimestrais
de
PIB,
a
serie
uti
lizada
foi
obtida
com
o
método
adotado
por
A.C.
Pastore,
"Inflação
e
Po
ainda
um
termo
de
tendência
linear
e três
dummies
sazonais.
Com base
nos
resultados
obtidos,
rejeita-se
a
hipótese
de
que
o PIB
ê
apenas
passivo
com
relação
ao
estoque
de
moeda.
A
autora
salienta
o
fato
de
que
os
coeficientes
fu
turos
na
equação
de
PNB
contra
Ml
são
relativamente
"gran
des" sob
o ponto
de
vista
econômico
(sua
soma
é
igual
a 0,6).
Também
no
caso
da
regressão
de
Ml
contra
PNB
rejeita-se
a hipótese
de
ausência
de
causalidade
da
moeda
pa
ra
o produto
nominal,
embora
neste
caso
a
soma
dos
coeficien
tes
futuros
(0,089)
seja
muito
menor.
Portanto,
a
presença
de
coeficientes
futuros
significativos
tanto
na regressão
de
Ml
contra
PIB
quanto
na
de
PIB
contra
Ml,
indica
a
ocorrência
de
realimentaçao
entre
as
duas
variáveis.
Com
relação
ao
teste
de
causalidade
entre taxa
de
inflação
e
taxa
de
crescimento
da
oferta
de
moeda,
a
auto
e Wallace^.
Cada
modelo
possui
hipóteses
diferentes
no
que
jj
r
i
diz
respeito
à estrutura
de
causação
entre
inflação
e
expan-
j
I
são
monetária.
0 primeiro
sugere
que
a moeda
é
responsável
\
pela
taxa
de
crescimento
dos
preços,
sem
que
haja
realimenta-ção
desta
para
a primeira
variável.
Já
o
segundo
modelo
colo
ca
a moeda
como
puramente
passiva,
sendo
influenciada
pela
in
flação,
sem
no
entanto
afetá-la.
0
objetivo
da
autora
é
verificar
qual
dos
mo
delos
se
adequa
melhor
ã
realidade
brasileira
no
período
1946/
/1974.
A
inflação
foi
medida
pelo
índice
geral
de
preços
(IGP)
e
as
regressões
foram
estimadas
pela
técnica
iterativa
de
Cochrane
Orcutt,
numa
tentativa
de
eliminar
a
correlação
se
rial
de
primeira
ordem
dos
resíduos.
Os
valores
da
estatística
F
para
os
coeficien
tes
dos
4 trimestres
futuros
levam
ã
rejeição
da
hipótese
de
-^xogeneidade
da
ofertd
de
Tnoeda.
Embora
a um
menor
nível
de
sig-ificância,
rejeita-se
também
a hipótese
de
que
a criação
de
ni: