SOCIEDADE BRASILEIRA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA
w w w . r b o . o r g . b r
Artigo
original
Complicac¸ões
pós-artroplastia
total
de
quadril
em
portadores
e
não
portadores
de
diabetes
mellitus
controlado
durante
a
internac¸ão
夽
Fernanda
Rezende
Campos
Falcão
a,∗,
Bruno
Anderson
Gomes
Dias
a,
Liz
Araujo
Wolfovitch
ae
David
SadigursKy
a,baFaculdadedeTecnologiaeCiências(FTC),Salvador,BA,Brasil
bClínicaOrtopédicaTraumatológica(COT),Salvador,BA,Brasil
informações
sobre
o
artigo
Históricodoartigo:
Recebidoem15dejaneirode2016 Aceitoem28defevereirode2016
On-lineem4dejunhode2016
Palavras-chave:
Artroplastiatotaldequadril Complicac¸õespós-operatórias
Diabetesmellitus
r
e
s
u
m
o
Objetivo:Avaliaraassociac¸ãoentreascomplicac¸õespós-ATQeDMcontroladonoperíodo
dainternac¸ão.
Métodos:Pesquisadecortetransversalpormeiodaanálisedeprontuáriosretrospectivos
deumhospitalparticularemSalvador(BA).Usaram-seostestesqui-quadradoeexatode FishernoprogramaestatísticoSAS.
Resultados: Amaioriadospacienteseradosexofemininoeidosa.Ascomorbidadesmais
prevalentesdaamostraforamhipertensãoarterialsistêmicaeDM.Apatologiadebase maisfrequentenaamostrafoicoxartrose;jáentreospacientescomDM,foi fraturado colodofêmur.Ascomplicac¸õesmaiscomunsforamalterac¸õesdosistema hemolinfopoié-tico.Dentreessasanemiafoiacomplicac¸ãomaisfrequente.Ascomplicac¸õesdoaparelho cardiovascular,dosistemanervosoeasglicêmicastiveramassociac¸ãopositivacomoDM controlado.Jáascomplicac¸õeshemolinfopoiéticas,geniturinárias,digestórias,eletrolíticas einfecciosasnãoapresentaramassociac¸ãocomDM.SerportadordeDMfoiumfator pro-tetordecomplicac¸õestérmicas.Nãohouvediferenc¸aestatisticamentesignificanteentre ospacientesportadoresenãoportadoresdeDMemnenhumdosgruposdecomplicac¸ões estudados.
Conclusão:OspacientesportadoresdeDMcontroladonãoapresentarammaiscomplicac¸ões
dosqueospacientesnãoportadoresdeDMduranteainternac¸ãonopós-operatóriodaATQ ©2016PublicadoporElsevierEditoraLtda.emnomedeSociedadeBrasileirade OrtopediaeTraumatologia.Este ´eumartigoOpenAccesssobumalicenc¸aCCBY-NC-ND (http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).
夽
TrabalhodesenvolvidonaClínicaOrtopédicaeTraumatológica(COT),Salvador,BA,Brasil.
∗ Autorparacorrespondência.
E-mail:fernandafalcao@gmail.com(F.R.C.Falcão).
http://dx.doi.org/10.1016/j.rbo.2016.02.005
Total
hip
arthroplasty
complications
in
patients
with
or
without
controlled
diabetes
mellitus
during
hospitalization
Keywords:
Totalhiparthroplasty Postoperativecomplications
Diabetesmellitus
a
b
s
t
r
a
c
t
Introduction: Totalhiparthroplasty(THA)isaprocedurethataimstorestorethefunction
ofthehipjoint.Diabetesmellitus(DM)isoneofthemostprevalentcomorbiditiesamong patientsundergoingTHA.DMinvolvesvariousimmunologicalandmetabolicaspects,which leadtolimitationsandsurgicalcomplications.
Objective:ToevaluatetheassociationbetweenTHAcomplicationsandcontrolledDMduring
hospitalizationperiod.
Methods: Cross-sectionalresearchthroughtheanalysisofretrospectiverecordsofa
pri-vatehospitalinSalvador,Bahia.Thechi-squaredandFisher’sexacttestswereusedinSAS statisticalprogram.
Results:Mostpatientswereelderlyfemales).Themostprevalentcomorbiditiesinthesample
werehypertensionanddiabetes.Themostfrequentunderlyingpathologyinthesamplewas coxarthrosis;amongpatientswithDM,itwasfemoralneckfracture.Themostcommon complicationswerechangesinthehemolymphopoieticsystem,amongwhichanemiawas themostfrequentcomplication.Cardiovascular,nervous,andbloodglucosecomplications werepositivelyassociatedwithcontrolledDM.Inturn,hemolymphopoietic,genitourinary, digestive,electrolyte,andinfectiouscomplicationswerenotassociatedwithDM.Having DMwasaprotectivefactorforthermalcomplications.Therewasnostatisticallysignificant differencebetweenpatientsthathadordidnothaveDMineachcomplicationgroupstudied.
Conclusion: PatientswithcontrolledDMdidnot presentmorecomplicationsthanthose
withoutDMduringhospitalizationinthepostTHA.
©2016PublishedbyElsevierEditoraLtda.onbehalfofSociedadeBrasileirade OrtopediaeTraumatologia.ThisisanopenaccessarticleundertheCCBY-NC-NDlicense (http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).
Introduc¸ão
A artroplastia total de quadril (ATQ), procedimento de substituic¸ãodaarticulac¸ãodoquadrilporumaprótese,éuma intervenc¸ãorelativamentesegura.Oaumentodaexpectativa devidatemelevadosuafeitura.1–3 NosEstadosUnidos,são
maisde168.000ATQe30.000trocasdeimplantesporano.No Brasil,poucossãoosdadosepidemiológicos.4,5
Coxartrose é a indicac¸ão mais comum da ATQ. Outras comunssãoartritereumatoide,fraturasenecrosedacabec¸a dofêmur.6–8 ATQvisaaaliviardoremelhoraracapacidade
funcional.1,9Complicac¸õesdessacirurgiaenvolveminfecc¸ões,
tromboembolismos,anemias,entreoutras.Asinfecc¸õessão as mais temíveis, prevalentes e estudadas.9 Diabetes
melli-tus(DM),hipertensãoarterialsistêmica(HAS)ecardiopatias sãoascomorbidadesmaisprevalentesentreospacientesde ATQ.10,11
DMtemprevalêncianoBrasilde7,6%12 ecaracteriza-se,
inicialmente, por hiperglicemia.É resultante de anomalias nasecrec¸ãoe/ouac¸ãodainsulina.Envolveaspectos imuno-lógicosemetabólicos,quefacilitam infecc¸ões,diminuem a capacidadedereparoeacicatrizac¸ão.Ascomplicac¸ões crô-nicasconferemaltograudemorbimortalidade.Obviamente, alterac¸õesvariamdeacordocomaintensidadeeocontrole dadoenc¸a.Portanto,éimportanteavaliaracondic¸ãodesaúde nesses pacientes,anecessidade de intervenc¸ãocirúrgica e analisarocustobenefíciodecirurgias,comoaATQ.13,14
Égrandeafaltadeinformac¸õessobrecomplicac¸õesdaATQ nospacientesportadoresdeDM.13Assim,aanálisedoperfil
dospacientesedesuascomplicac¸õespós-ATQpodecontribuir nodesenvolvimentodeprotocolos,apontarassociac¸ões,bem comoajudaroortopedistanaindicac¸ãodeATQemdiabéticos. Portanto,oobjetivodestetrabalhoéavaliarassociac¸ãoentre ascomplicac¸õespós-ATQeDMcontroladoduranteoperíodo dainternac¸ão.
Material
e
métodos
Pesquisa decortetransversalpormeio daanálisede pron-tuáriosretrospectivosdeumhospitalparticular,oqualtem enfoque em tratamento de pacientes ortopédicos, atende principalmente aclasse médiaealtaepertenceàrede pri-vadadeassistênciaàsaúde.Nesse,duasequipescirúrgicas fazemaATQ.
Apopulac¸ãodeestudocompreendeospacientesdo hospi-tal submetidosaATQ. Otamanhoamostral calculado,com índice de confianc¸a de 95% e erro amostral de 5%, foi de 84pacientes.Foifeitarandomizac¸ãopermutadaemblocosdos pacientes,demodoqueaamostrafoicompostapelamesma quantidadedepacientesoperadosporcadaequipecirúrgica, 42cada.ForamincluídosospacientessubmetidosaATQ,de janeiro de 2013adezembro de 2014,que foram sorteados. Eforamexcluídosospacientescomprontuáriosincompletos ouperdidosnabasededadosdohospital.
importanteassociadoàsáreasdeescleroseeformac¸ão osteo-fitáriae/oufraturadefêmurproximal)edeexameclínico(dor intensaquecomprometefunc¸õesemarcha).
Asvariáveiscoletadasforam:sexo,idade,tabagismo, eti-lismo,usodedrogasilícitas,doenc¸ascrônicaspreexistentes (DM,hipertensãoarterialsistêmica,dislipidemiaeobesidade), critério(s)paraindicac¸ãodaATQ,cirurgiafeita(ATQ primá-riaourevisãoda ATQ),ladooperado,usodecimento,óbito duranteainternac¸ãoecomplicac¸õespós-operatóriasclínicas duranteainternac¸ão.
Complicac¸õesforamclassificadasemgruposdealterac¸ões: dos aparelhos cardiovascular, respiratório e digestório, do trato geniturinário, do sistema nervoso,das extremidades, dosistemahemolinfopoiético, eletrolíticas,infecciosas, tér-micas, glicêmicas, distúrbiosdo sono, distúrbiosda pele e dor.Foramusadosogruposmaisprevalentesparaaanálise estatística.
UmfuncionáriodosetordeTecnologiadeInformac¸ão(TI) dohospitalprocedeuàbuscaativadospacientesnoSistema deProntuáriosapartirdacirurgiafeita,nocasoaATQ,de2013 a2014.Essabuscagerouosnúmerosderegistrosdospacientes submetidosaessacirurgianesseperíodo.
Posteriormente,ostrês alunos de medicina pesquisado-res deste projeto foram treinados, por um funcionário do setor de TI, para usar o sistema de prontuário eletrônico. Ospesquisadoresrevezaram-separacoletarosdados. Regis-trosdospacientesevariáveisforamcatalogadosnoprograma Microsoft®Excel®paraMac2011,versão14.5.7,eassimfoi confeccionadoobancodedadosparaestapesquisa.
Na estatística descritiva, para variáveis nominais foram usadas as frequênciasabsolutas e relativas. E as variáveis numéricas,discretaoucontínua,foramanalisadasdeacordo commedidasdetendênciacentral(mediaoumediana)ede dispersão(desviopadrãoequartis),considerandoa dependên-ciadadistribuic¸ãodaamostra.
Paraaestatísticaanalíticaverificou-serazãodeprevalência com intervalode confianc¸a (IC) de 95%.O erro ␣
conside-rado foi de 5% (significância estatística: p<0,05). Como as variáveisanalisadasforam nominais,ostestesfeitosforam qui-quadradoeexatodeFisher.Esseúltimofoiusadoquando 50%dascélulasdatabela2×2tiveremcontagensinferioresa cinco,porquenessecasooqui-quadradonãoéválido.
O programa usado para esta análise foi o Statistical Analysis System® (SAS) versão 9.4, software desenvol-vido pelo Instituto SAS para análises avanc¸adas,análises multivariadas,inteligência de negócios, gerenciamento de dadoseanálisepreditiva.
Estetrabalhofoiaprovado peloComitêdeÉtica em Pes-quisadoInstitutoMantenedordeEnsinoSuperiordaBahia (IMES),CAAE49260815.0.0000.5032,comoobjetivodecumprir odispostonaResoluc¸ão n◦ 466/2012doConselhoNacional de Saúde. Não foram necessárias a confecc¸ão e execuc¸ão doTermodeConsentimentoLivreeEsclarecido,poisfoium estudofeitocomdadossecundários(prontuários).
Resultados
Dos84 pacientes,umfoi excluídopois oprontuárioestava incompleto.Assim,aamostrafinalteve83pacientes.Desses,
Tabela1–Variáveisepidemiológicascategóricas dospacientessubmetidosaATQ,portadoresenão portadoresdeDMduranteainternac¸ãoemumhospital deSalvador(BA)dejaneirode2013adezembrode2014
Características DM Total pvalor
Sim Não
24(28,9%) 59(71,1%)
Sexo 0,28a
Feminino 18(75%) 37(62,7%) 55(66,3%) Masculino 6(25%) 22(37,3%) 28(33,7) Tabagismo 3(12,5%) 3(5,1%) 6(7,2%) 0,35b
Etilismo 3(12,5%) 6(10,3%) 9(10,8%) 0,72b
Usodedrogasilícitas 0 1(1,7%) 1(1,2%) >0,9b
Obesidade 4(16,7%) 2(3,4%) 6(7,2%) 0,055b
Dislipidemia 9(37,5%) 8(13,6%) 17(20,5%) 0,032b
HAS 21(87,5%) 32(54,2%) 53(63,9%) 0,004a
Indicac¸ãodaATQ 0,019b
Coxartrose 8(34,8%) 38(64,4%) 46(55,4%) Fraturadofêmur 14(60,9%) 18(30,5%) 32(38,6%)
Outrasartroses 0 2(3,4%) 2(2,4%)
Osteonecrose 0 1(1,7%) 1(1,2%)
Osteomielite 1(4,4%) 0
Cirurgia 0,35b
Primária 23(27,7%) 50(60,2%) 73(88%) Secundária 1(4,2%) 9(15,3%) 10(12%)
Lado 0,82a
Direito 14(58,3%) 36(61%) 50(60,2%) Esquerdo 10(41,7% 23(39%) 33(39,8%) Usodecimento 8(33,3%) 23(39%) 31(37,4%) 0,63a
Óbito 1(1,2%) 2(2,4%) 3(3,6%) 1b
a Mediantetestequi-quadradodePearson.
b MediantetesteexatodeFisher.
24(28,9%)eramportadoresdeDMe66,3%daamostratotale 75%dosportadoresdeDMeramdosexofeminino.HASestava presenteem63,9%daamostraeem87,5%dosportadoresde DM. Odiagnósticopré-operatóriodecoxartroseocorreuem 55,4%daamostraeentreosdiabéticosafraturadocolodo fêmurfoiaindicac¸ãodaATQem60,9%dospacientes(p=0,019) (tabela1).
A idadeem anosapresentou médianaamostra de 66,8 (±15,73,variac¸ãode33a95),nospacientesportadoresdeDM de72,8(±11,85,variac¸ãode41a89)enosnãoportadoresde 64,3(±16,32,variac¸ãode33a95).
Todos os pacientes receberam profilaxia para trombose venosaprofundaeantibioticoprofilaxiadeacordocoma lite-raturaatual.14,15
Na amostra, 79,5% dos pacientes tiveram pelo menos uma complicac¸ãoclínica durante o períododa internac¸ão, relacionadas ou não ao procedimento cirúrgico, total de 229 complicac¸ões. A figura 1 apresenta as frequências das complicac¸ões, que foram agrupadas e serão descritas em seguida. Alguns pacientes apresentaram mais de uma complicac¸ãonomesmogrupo.
22%
20%
19% 11%
5% 4% 4%
4% 3%
3% 3% 1% 1% 0%
HLP
TGU
ACV
ABD
Infecciosas
Eletrolíticas
AR
SN
Térmicas
Glicêmicas
Pele
Sono
Dor
Extremidades
Figura1–Frequênciasdascomplicac¸õeshemolinfopoiéticas(HLP),dotratogeniturinário(TGU),doaparelhocardiovascular (ACV),doaparelhodigestório(ABD),eletrolíticas,doaparelhorespiratório(AR),dosistemanervoso(SN),infecciosas, térmicas,glicêmicas,dapele,dosono,dadoredeextremidadesnospacientessubmetidosaATQ(229complicac¸ões), duranteainternac¸ãoemumhospitaldeSalvador(BA)dejaneirode2013adezembrode2014.
teve 18,3% das complicac¸ões (42), ocorreram hipotensão (43%), picohipertensivo (17%), choque hipovolêmico (14%), taquicardia (7%), parada cardiorrespiratória (5%), choque séptico(2%),infartoagudodomiocárdio(2%),fibrilac¸ãoatrial (2%), taquiarritmia (2%), bradicardia (2%) e instabilidade hemodinâmica(2%).
Oaparelhodigestórioapresentou10,9%dascomplicac¸ões (25),houveobstipac¸ão(84%),epigastralgia(4%),disfagia(4%), vômitos(4%) ediarreia (4%).Infecc¸ões sucederam10 vezes (4,5%),entreessasocorreuinfecc¸ãodaferidaoperatória(40%), infecc¸ão do cateter (20%), osteomielite (20%), infecc¸ão de orofaringe(10%)esepse(10%).Alterac¸õeseletrolíticas acon-teceram nove vezes (3,9%) e foram hiponatremia (78%) e hipomagnesemia(22%).NoARsucederamnovecomplicac¸ões (3,9%):dessaturac¸ão(11%),dispneia(11%),insuficiência res-piratória aguda (11%), broncoaspirac¸ão (11%), pneumonia (11%),espessamentopleuralcompaquipleuris(11%), atelec-tasia(11%), nódulo apical(11%)ederrame pleuralbilateral (11%). No sistema nervoso houve 3,5% de complicac¸ões (oito), que foram rebaixamento do nível de consciência (38%), doenc¸a encefalovascularisquêmica (12,5%), delírium (12,5%),encefalopatia(12,5%),hipotímia(12,5%)e hipoativi-dade(12,5%).Complicac¸õestérmicasapareceramsetevezes (3,1%)eforamfebre(86%)ehipotermia(14%).Alterac¸ões glicê-micassucederamseisvezes,aconteceramhiperglicemia(83%) ehipoglicemia(17%).
Distúrbios da pele ocorreram seis vezes (2,6%) e foram escara (17%), equimose (17%), fístula (17%), colec¸ão hemá-tica(17%),sangramentonaferidaoperatória(17%)elesãoem bolsaescrotal(17%).Ainsôniafoioúnicodistúrbiodosono relatado,existiuemdoiscasos(0,9%).Adortambémsófoi des-critaemprontuárioporduasvezes(0,9%),ambasnomembro
operado.Edentreascomplicac¸õesdeextremidadesaconteceu umúnicocasodeedemademembrosinferiores(0,4%).
Atabela2apresentaaestatísticaanalítica.Nessaforam usadososnovegruposdecomplicac¸õesmaisprevalentesnos pacientesdaamostra(83).Nota-seassociac¸ãopositivaentre osgruposdecomplicac¸õesdoaparelhocardiovascular,do sis-temanervosoeasglicêmicas.Nãoocorreuassociac¸ãoentre os grupos de complicac¸ões hemolinfopoiéticas, genituriná-rias,digestórias,eletrolíticaseinfecciosas.Existiuassociac¸ão inversaemcomplicac¸õestérmicas.Nãohouvediferenc¸a esta-tisticamentesignificanteentreospacientesportadoresenão portadoresdeDMemqualquerdosgruposdecomplicac¸ões estudadas.
Discussão
Ospacientes submetidosaATQnaamostraestudadaeram principalmenteidososdosexofeminino.AHASfoia comor-bidade maispresente. A patologia de basemais frequente foi coxartrose enos pacientes com DM foi fratura do colo do fêmur. Agrande maioria dospacientes fez ATQ primá-ria do lado direito. As complicac¸ões mais comuns foram alterac¸õesdosistemahemolinfopoiético,dentreessasanemia foiacomplicac¸ãomaisfrequente.Ascomplicac¸õesdoACV,do sistemanervosoeasglicêmicastiveramassociac¸ãopositiva comoDMcontrolado.Nãohouvediferenc¸aestatisticamente significanteentreospacientesportadoresenãoportadoresde DMemqualquerdosgruposdecomplicac¸õesestudados.
Tabela2–Complicac¸õeshemolinfopoiéticas,geniturinárias,cardiovasculares,digestórias,eletrolíticas,dosistema nervoso,infecciosas,térmicaseglicêmicasnospacientessubmetidosaATQnosportadoresenãoportadoresdeDM(83 pacientes),duranteainternac¸ãoemumhospitaldeSalvador(BA)dejaneirode2013adezembrode2014
Complicac¸ões DM Total pvalor RP IC(95)
Sim Não
n % n % n %
Hemolinfopoiéticas 0,89a
Sim 13 15,7 31 37,4 44 53 1 0,7-1,6
Não 11 13,3 28 33,7 39 47
Geniturinárias 0,37a
Sim 10 12,1 31 37,4 41 49,4 0,8 0,5-1,3
Não 14 16,9 28 33,7 42 50,6
Cardiovasculares 0,18a
Sim 11 13,3 18 21,7 29 34,9 1,5 0,8-2,7
Não 13 15,7 41 49,4 54 65,1
Digestórias 0,85a
Sim 7 8,4 16 19,3 23 27,7 1,1 0,5-2,3
Não 17 20,5 43 51,8 60 72,3
Eletrolíticas 0,71b
Sim 3 3,6 6 7,2 9 10,8 1,2 0,3-4,5
Não 21 25,3 53 63,9 74 89,2
Sistemanervoso 0,41b
Sim 3 3,6 4 4,8 7 8,4 1,8 0,4-7,6
Não 21 25,3 55 66,3 76 91,6
Infecciosas 1,00b
Sim 2 2,4 5 6,0 7 8,4 1 0,2-4,7
Não 22 26,5 54 65,1 76 91,6
Térmicas 0,67b
Sim 1 1,2 6 7,2 7 8,4 0,4 0,1-3,2
Não 23 27,7 53 63,9 76 91,6
Glicêmicas 0,35b
Sim 3 3,6 3 3,6 6 6,2 2,5 0,5-11,3
Não 21 25,3 56 67,5 77 92,8
TOTAL 24 28,9 59 71,1 83 100
RP,razãodeprevalência.
a Mediantetestequi-quadradodePearson.
b MediantetesteexatodeFisher.
osteoartrosecomoindicac¸ãomaiscomumparacirurgiaeHAS comocomorbidadeclínicamaisfrequente.1,10,16–18
Dospacientesestudados,28,9%tinhamdiagnósticodeDM. Aliteratura tem variac¸ões da prevalênciade DM de 34,2% a9,2%.10,11 AmaiormédiadeidadedospacientescomDM
(seisanosamais)sejustificapelofatodeaincidênciadessa patologiaseintensificarcomoaumentodaidade.19Uma
revi-sãodeliteraturaevidencioureduc¸ãonataxadeinfecc¸ãode sítiocirúrgico,mortalidadeetempodeinternac¸ãohospitalar empacientescomglicemiacontrolada.14
Nestapesquisaa prevalênciade HAS foide 64%, traba-lhossemelhantesreferiramde50,4%10 ede 45,9%.11 Houve
diferenc¸aestatísticasignificanteentreDMeascomorbidades: HAS(p=0,004)edislipdemia(p=0,03).Jáobesidadetevevalor de pbempróximo àsignificânciaestatística (p=0,06). Por-tanto,existeassociac¸ãodaDMcomHASedislipidemianessa populac¸ãoeprovavelmentemuitosdospacientesteriam diag-nósticosdesíndromemetabólica,masnenhumpacienteteve essediagnósticodocumentadonoprontuário.
ACID10quemaisfoideclaradacomoprincipal diagnós-ticofoi oM16.9(coxartrosenãoespecificada)em55,42%da
amostra.Outrosestudostambémtiveram comooprincipal diagnósticodeindicac¸ãodeATQacoxartrose,umcom49,1% eoutrocom92,4%,respectivamente,dospacientesque fize-ramATQ.10,11Nesteestudo,entreosportadoresdeDMoCID10
maiscomumfoioS72.0(fraturadocolodofêmur)em60,87% dospacientes,houvediferenc¸aestatisticamentesignificante (p=0,02).Nãoforamencontradosdadosnaliteraturasobreo diagnóstico-baseparaaindicac¸ãodeATQemportadoresde DM.Entretanto,jásesabequepacientescomDMtêm meta-bolismoósseobaixo,comreduc¸ãodeformac¸ãoósseae,em menorgrau,diminuic¸ãodareabsorc¸ão.Tudoissolevaaorisco aumentadodefraturasnoDM.Omecanismoédesconhecido eprovavelmentemultifatorial.20,21
AcirurgiamaisfeitafoiaATQprimária,tantonaamostra geral(88%)quantonosportadoresdeDM(96%).Assimcomo emoutrostrabalhos,oprocedimentosecundárioderevisão deATQtemsido minoria.Estudosencontraramfrequência, respectivamente,de92,4%e98%deprocedimentosprimários deATQ.10,11
divergentesquantoaoladomaisoperadoemATQ,emalguns trabalhos o acometimento dolado esquerdo ou direito foi semelhante.22,23Jáemoutrosoladodireitofoiomaisoperado,
69,2%e55,6%respectivamente.24,25Outrapesquisaencontrou
levepredominânciadoladoesquerdocom53,5%.26Ocimento
ortopédicofoiusadoem37,35%daamostra.Pianoetal.11
usa-ramocimentoem48%dopacientesdeATQ.
Nestaamostra houve mortalidade de 3,6% e ocorreram trêsóbitos. Umpacienteevoluiucom osteomielite, posteri-ormentecomsepseedepoiscomparadacardiorrespiratória efaleceuno115◦diadeinternac¸ãohospitalar.Outropor cho-quehipovolêmicofoiaóbitonoprimeirodiapós-operatório. Eoterceiroapresentouchoquesépticoedepoisevoluiucom taquicardiaventricular eparadacardiorrespiratória,faleceu no15◦ diapós-operatório.Outroestudoencontrou mortali-dadede0,1%emumaamostrade344pacientessubmetidos aATQ.10 Não houve diferenc¸aestatisticamentesignificante
entre os óbitos dospacientes com e semDM (p=1) neste trabalho.Umapesquisademortalidadepós-correc¸ãode fra-tura dequadril apresentou correlac¸ãoentre maiornúmero decomorbidadesclínicas,maiortempodeinternac¸ãoeuso de anestesia geral na cirurgia com maior mortalidade dos pacientes.22 Entretanto, não se encontraram informac¸ões
sobre a mortalidade dos pacientes diabéticos submetidos aATQ.
Embora ATQ seja relatada na literatura como uma intervenc¸ãorelativamentesegura,79,5%dospacientes apre-sentaramalgumacomplicac¸ão,nototalde229complicac¸ões clínicasduranteoperíododainternac¸ãodospacientes (rela-cionadasounãoaoprocedimentocirúrgico).Issomostraque oscirurgiõesdevemsercautelosos.Estudocomamostrade 334 paciente que fizeram ATQ encontrou 76 complicac¸ões clínicas.10
Asinfecc¸õesmaisprevalentesforam ITUemnove paci-entes(10,8%),seguidapelainfecc¸ãodaferidaoperatóriaem quatros(4,8%). Umarevisãoqueabordoucausasecontrole deinfecc¸õesempacientescirúrgicostambémencontrouITU comoinfecc¸ão maiscomum empacientes cirúrgicos.14Um
estudodeinfecc¸õeshospitalaresempacientessubmetidosa ATQapresentouincidênciade15,1%,ainfecc¸ãodaferida ope-ratóriafoiamaiscomum(13%)eITUasegunda(2,1%).27Os
autoresdisseramqueITUtemmenormortalidade;infecc¸ão daferidacirúrgicaéasegundaemfrequência,poréma ter-ceiraemcustos;einfecc¸ãohematológicaepneumoniasão menoscomuns,mascomaltamortalidadeealtoscustos.14
Apesarde aliteraturadescrever queaDM éfator derisco parainfecc¸ões,28nesteestudoospacientescomesemDMnão
apresentaramdiferenc¸aestatisticamentesignificante.Talvez porqueocontroleglicêmiconopré-operatórioestáassociadoà diminuic¸ãonascomplicac¸õesinfecciosasemdiferentestipos decirurgia.14
Depoisde ITU,quefoi amaisprevalente, Lenzaet al.10
encontraramcomocomplicac¸ões:infecc¸ãodosítiocirúrgico (1,5%),insuficiênciarespiratória(1,5%)eanemia(1,5%).Neste trabalhoainsuficiênciarespiratóriaocorreuemumpaciente (1,2%)eanemiafoiacomplicac¸ãomaiscomum,em44(53%). Issoindicaqueospacientesperdemquantidadeimportante desanguedurante acirurgia. Encontrarosfatoresderisco para essa complicac¸ão é importante para a prevenc¸ão efi-caz.Areduc¸ãodoscasosdeanemiaporsangramentoprevine
também outras condic¸ões, como, por exemplo, o choque hipovolêmico queaconteceunestapesquisaemcinco paci-entes(6%).
UmestudoencontrouTVPcomocomplicac¸ãoemATQem 1,2%dospacientes.10Nestapesquisa,nãoocorreuTVP,oque
provavelmenteindicaqueoprotocoloseguidopelainstituic¸ão paraessapatologiaéeficiente.
Estudoobservacionalcom202pacientesidososquefizeram ATQedejoelho,observouquequantomaioraidade,maiora incidênciadecomplicac¸ões.29 Oquecorroboraoaltoíndice
decomplicac¸õesnestapesquisa,jáqueamédiadeidadefoi alta,66,8anos(±15,73,variac¸ãode33a95)daamostratotal e72,8anos(±11,85,variac¸ãode41a89)nospacientes porta-doresdeDM.
Osgruposdecomplicac¸õeshemolinfopoiéticas, genituri-nárias,digestórias,eletrolíticaseinfecciosastiveramrazãode prevalênciade,aproximadamente,um.Issoindicaqueataxa deprevalênciadacomplicac¸ãonosgruposdeexpostosenão expostoséidêntica,ouseja,nãoháassociac¸ão.
Ascomplicac¸ões doaparelhocardiovascular,dosistema nervoso e as glicêmicas apresentaram, aproximadamente, razão deprevalênciade doisou três.Assim,háassociac¸ão positivaouriscoaumentadoentreosexpostosaofator estu-dado emrelac¸ão aos não expostos. Portanto, os pacientes portadoresdeDMtiveramumriscoduasvezesmaiorde apre-sentarcomplicac¸ões doACVedoSNetrêsvezesmaiorde complicac¸ões glicêmicas,quandocomparadoscom os paci-entesnãoportadoresdeDM.
Arazãodeprevalênciadascomplicac¸õestérmicasfoizero, aproximadamente,oseja,existeumaassociac¸ãoinversaou umriscodiminuídoentreosexpostosaofatorestudado,éo chamadofatordeprotec¸ão.Assim,serportadordeDMfoium fatorprotetordecomplicac¸õestérmicas.
Nãohouvediferenc¸aestatisticamentesignificanteentreos pacientesportadoresenãoportadoresdeDMemqualquerdos gruposdecomplicac¸õesestudados.Significaqueachancede essadiferenc¸aentreasmédiasserdevidoaoacaso(enãouma consequênciadaDM)existeacimade5%(erroalfa).Portanto, nãosepoderejeitar ahipótese nula,jáquenãohouve evi-dênciasuficientementeforteparaprovarqueahipótesenula erafalsa.Ointervalodeconfianc¸atambémmostraqueos gru-possãosemelhantes,comprovaquenãohádiferenc¸aentreos grupos.Assim,pode-seinferirqueospacienteportadoresde DMcontroladonãoapresentarammaiscomplicac¸õesdosque ospacientesnãoportadoresdeDMnopós-operatóriodaATQ duranteainternac¸ão.
Ao descrever características de pacientes submetidos ATQ em um hospital privado, é essencial comparar com outros hospitais. Essa análise é complexa devido à diver-sidade da populac¸ão, forma de descrever os métodos, desenho do estudo, períodos de estudos e diferentes sis-temas de saúde. No entanto, as análises transversais e qualitativas são fundamentais para melhorar a assistên-cia de saúde em cada uma das populac¸ões.10 Os dados
Hálimitac¸õesnosresultadosobtidos.Primeiro,osdados foram analisados retrospectivamente a partir do banco de dados,oquelevaaalgumasquestõessobreacoletadedados. Emsegundolugar,oestudotransversalédescritivoe impos-sibilitainferênciascausais.Podeter havidotambém outros fatoresdeinfluêncianascomplicac¸õesdeATQ.Nãohácomo presumirquecaracterísticasnestaamostra semanterão as mesmas.Devidoaodesenhodesteestudoeàpequena amos-trarecomenda-seafeituradeoutrosestudoscomamostras maioresecompacientesdevárioscentros.
Conclusão
Osresultados deste estudomostram que nãohádiferenc¸a estatisticamentesignificanteentreascomplicac¸õespós-ATQ empacientesportadoresenãoportadoresdeDMcontrolado duranteperíododainternac¸ão.Comessesresultados,pode-se inferirqueoortopedistapodeindicarATQparaseupaciente diabético controladose tomarmedidasde cuidadopadrão. Comonãoocorremmaiscomplicac¸õesemdiabéticos contro-lados,nãoénecessárioumprotocolodiferenteoumedidas maiscautelosas.EopacientepodeseravisadodequeaATQ nãotrazmaisriscosparaodiabéticocontroladodoquepara onãodiabético.
Conflitos
de
interesse
Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.
r
e
f
e
r
ê
n
c
i
a
s
1. KeurentjesJC.Predictorsofclinicaloutcomeintotalhipand kneereplacement:amethodologicalappraisalofimplants andpatientfactors[tese].Leiden,Holanda:LeidenUniversity; 2014.Disponívelem:<https://openaccess.leidenuniv.nl/ handle/1887/28958>.[Acessoem:03nov.2015].
2. NemesS,GordonM,RogmarkC,RolfsonO.Projectionsof totalhipreplacementinSwedenfrom2013to2030.Acta Orthop.2014;85(3):238–43.
3. SchwartsmannCR,BoschinLC,Gonc¸alvesRZ,YépezAK, SpinelliLF.Novassuperfíciesemartroplastiatotaldoquadril. RevBrasOrtop.2012;47(2):154–9.
4. CohenM.Tratadodeortopedia.Sa˜oPaulo:Roca;2007.
5. GuedesRC,DiasJMD,DiasRC,BorgesVS,LustosaLP,Rosa NMB.Artroplastiatotaldequadrilemidosos:impactona funcionalidade.RevBrasFisioter.2011;15(2):123–30.
6. PatrizziLJ,Vilac¸aKHC,TakataET,TrigueiroG.Análiseprée pós-operatóriadacapacidadefuncionalequalidadedevida depacientesportadoresdeosteoartrosedequadril submetidosàartroplastiatotal.RevBrasReumatol. 2004;44(3):185–91.
7. SiddiquiMM,YeoSJ,SivaiahP,ChiaSL,ChinPL,LoNN. Functionandqualityoflifeinpatientswithrecurvatum deformityafterprimarytotalkneearthroplasty:areviewof ourjointregistry.JArthroplasty.2012;27(6):1106–10.
8. SoeverLJ,MackayC,SaryeddineT,DavisAM,FlanneryJF, JaglalSB,etal.Educationalneedsofpatientsundergoingtotal jointarthroplasty.PhysiotherCan.2010;62(3):206–14.
9. SinghJA.Epidemiologyofkneeandhiparthroplasty:a systematicreview.OpenOrthopJ.2011;5:80–5.
10.LenzaM,FerrazSB,ViolaDCM,GarciaFilhoRJ,Cendoroglo NetoM,FerrettiM.Epidemiologiadaartroplastiatotalde quadriledejoelho:estudotransversal.Einstein.2013;11(2): 197–202.
11.PianoLPA,GolmiaRP,ScheinbergM.Artroplastiatotalde quadrilejoelho:aspectosclínicosnafaseperioperatória. Einstein.2010;8(3):350–3.
12.MalerbiDA,FrancoLJ.Multicenterstudyoftheprevalenceof diabetesmellitusandimpairedglucosetoleranceinthe urbanBrazilianpopulationaged30-69yr.TheBrazilian CooperativeGroupontheStudyofDiabetesPrevalence. DiabetesCare.1992;15(11):1509–16.
13.FardinAC,Marcondes-AranegaA,Gaetti-JardimEC, Buso-RamosMM,Âmbar-LinsS,Gaetti-JardimJúniorE.l. Cuidadosespeciaisnoatentimentocirúrgicodepacientes diabéticos.RevistaATO,jun.2009.Disponívelem: <http://www.actiradentes.com.br/revista/2009/textos/ 23RevistaATO-Diabetes-2009.pdf>.[Acessoem:03out.2015]. 14.FreitasPS,RomanziniAE,RibeiroJC,BellusseGC,GalvãoCM.
Controleglicêmiconoperioperatório:evidênciasparaa prevenc¸ãodeinfecc¸ãodesítiocirúrgico.RevEletrEnf. 2013;15(2):541–50.
15.JørgensenCC,JacobsenMK,SoeballeK,HansenTB,HustedH, Kjærsgaard-AndersenP,etal.Thromboprophylaxisonly duringhospitalisationinfast-trackhipandkneearthroplasty, aprospectivecohortstudy.BMJOpen.2013;3(12):e003965.
16.AbdelSalamH,RestrepoC,TarityTD,SangsterW,ParviziJ. Predictorsofintensivecareunitadmissionaftertotaljoint arthroplasty.JArthroplasty.2012;27(5):720–5.
17.deBeerJ,PetruccelliD,AdiliA,PiccirilloL,WismerD, WinemakerM.Patientperspectivesurveyoftotalhipvstotal kneearthroplastysurgery.JArthroplasty.2012;27(6):865–9, e1-5.
18.TirkkonenK,HurmeS,RautavaP,VirolainenP.Electronic medicalrecordsforappropriatetimingofarthroplasty.JEval ClinPract.2013;19(1):209–13.
19.DiagnosisandClassificationofDiabetesMellitus.Diabetes Care.2010;33(Suppl1):S62-9.Disponívelem:<http://care. diabetesjournals.org/content/33/Supplement1/S62.full.pdf. [Acessoem:21out.2015].
20.HamannC,KirschnerS,GüntherKP,HofbauerLC.Bone, sweetbone—osteoporoticfracturesindiabetesmellitus.Nat RevEndocrinol.2012;8(5):297–305.
21.SilvaMBG,SkareTL.Manifestac¸õesmusculoesqueléticasem
diabetesmellitus.RevBrasReumatol.2012;52(4):594–609.
22.ArlianiGG,AsturDC,LinharesGK,BalbachevskyD,Fernandes HJA,ReisFB.Correlac¸ãoentretempoparaotratamento cirúrgicoemortalidadeempacientesidososcomfraturada extremidadeproximaldofêmur.RevBrasOrtop.
2011;46(2):189–94.
23.VicenteJRN,MiyaharaHS,LuzoCM,GurgelHM,CrociAT. Artroplastiatotaldoquadrilfeitaporviaposterior
minimamenteinvasiva–Resultadosapósseisanos.RevBras Ortop.2015;50(1):77–82.
24.GuimaraesRP,SouzaGS,ReginaldoSS,OnoNK,HondaEK,Ci PoleselloG,etal.Estudodotratamentodasfraturasdacabec¸a dofêmur.RevBrasOrtop.2010;45(4):355–62.
25.QueirozRD,PenaLF,BorgerRA,MoreteRA,TakanoMI,Franco RS.Aacuráciadacirurgiaassistidapornavegadorna artroplastiatotaldoquadril.RBMRevBrasMed. 2010:67(esp.7).Disponívelem:<http://www.moreirajr. com.br/revistas.asp?fase=r003&idmateria=4428>.[Acesso em:07nov.2015].
26.RicciG,LongarayMP,Gonc¸alvesRZ,UngarettiNetoAS, ManenteM,BarbosaLBH.Avaliac¸ãodataxademortalidade emumanoapósfraturadoquadrilefatoresrelacionadosà diminuic¸ãodesobrevidanoidoso.RevBrasOrtop.
27.LimaALL,BaroneAA.Infecc¸õeshospitalaresem46pacientes submetidosaartroplastiatotaldequadril.ActaOrtopBras. 2001;9(1):36–41.
28.DuarteGMH,AlbertiLR.Artroplastiatotalcimentadado quadril.RevMedRes.2013;15(1):36–49.