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Academic year: 2017

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HI ST ÓRI CO DA EVOLUÇÃO DO USO DO SOLO E EST UDO

DOS ESPAÇOS LI VRES PÚBLI COS DE UMA REGI ÃO DO

M UN I CÍ PI O DE PI RACI CABA, SP

H

ENRI QUE

S

UNDFELD

B

ARBI N

T ese apr esent ad a à Escol a Super i or d e A gr i cul t ur a “ Lui z d e Q uei r oz ” , Uni ver si dade de São Paul o, par a ob t enção do t ít ul o de Dout or em A gr onomi a, Á r ea d e Concent r ação: Fi t ot ecni a.

P I R A C I C A B A Est ad o d e São Paul o - Br asi l

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HI ST ÓRI CO DA EVOLUÇÃO DO USO DO SOLO E EST UDO

DOS ESPAÇOS LI VRES PÚBLI COS DE UMA REGI ÃO DO

M UN I CÍ PI O DE PI RACI CABA, SP

H

ENRI QUE

S

UNDFELD

B

ARBI N

Engenhei r o A gr ônomo

Or i ent ador : Pr of º Dr .

V

A LDEM A R

A

N T O N I O

D

EM ÉT RI O

T ese apr esent ad a à Escol a Super i or d e A gr i cul t ur a “ Lui z d e Q uei r oz ” , Uni ver si d ad e d e São Paul o, par a ob t enção do t ít ul o de Dout or em A gr onomi a, Á r ea d e Concent r ação: Fi t ot ecni a.

P I R A C I C A B A Est ad o d e São Paul o - Br asi l

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) DIVISÃO DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO - ESALQ/ USP

Barbin, Henrique Sundfeld

Histórico da evolução do uso do solo e estudo dos espaços livres públicos de u ma região do município de Piracicaba, SP / Henrique Sundfeld Barbin. - - Piracicaba, 2003.

196 p. : il.

Tese (doutorado) - - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 2004. Bibliografia.

1. Arquitetura paisagística 2. Espaços livres 3. Geo processamento 4. Planejamento ambiental 5. Sistema de informação geográfica 6.Urbanização 7. Uso do solo I. Título

CDD 712

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AGRADECI MENTOS

Ao meu gr ande amigo, padr inho, ex-or ient ador , ex -chef e e or ient ador , Pr of essor Tit ular Valdemar Ant onio Demét r io, o incent ivo, apoio e conf iança dur ant e o desenvolviment o dest e t r abalho;

Aos int egr ant es da Banca Examinador a da Tese: Pr of . Dr . Valdemar Ant onio Demét r io, Pr ofa. Dra.Ana Mar ia Liner Per eir a Lima, Pr of . Dr . Keigo Minami, Pr ofa. Dra. Mar ia Alice de Lour des Bueno Sousae Pr of ª Dr ª Mar ia Esmer alda S. Payão Demat t ê, bem como os Suplent es: Pr of . Dr . Ant ônio Nat al Gonçalves e Pr ofa. Dra. Ar let Apar ecida Cor r eia Meneguet t e;

Aos int egr ant es da Banca Examinador a da Qualif icação: Pr ofa. Dra. Ana Mar ia Liner Per eir a Lima, Pr of . Dr . Mar cos Ber nar des e Pr of . Dr . Rober val de Cássia Salvador Ribeir o;

À Comissão de Pós-gr aduação do cur so de Fit ot ecnia da ESALQ/ USP, a opor t unidade concedida;

À Coor denador ia de Aper f eiçoament o de Ensino Super ior (CAPES), a concessão da bolsa de est udos;

Aos pr of essor es, f uncionár ios e pós-gr aduandos do Depar t ament o de Pr odução Veget al, a amizade e aj uda pr est ada;

Aos pr of essor es, f uncionár ios, pós-gr aduandos do Engenhar ia Rur al, a amizade, convivência e aj uda dispensada;

À Pr of ª . Dr ª . Mar ia Esmer alda Soar es Payão Demat t ê, a amizade, car inho, admir ação e int r odução ao r amo de paisagismo;

Ao Eng. Agr . Rodolf o Ricar do Geiser e Ar quit et a Chr ist iane Ribeir o dos Sant os, a amizade, as opor t unidades concedidas e o apoio na r ealização dest e t r abalho;

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iv

Aos f uncionár ios da Sedema e Semuplan da Pr ef eit ur a Municipal de Pir acicaba, pr incipalment e Ligia, Ar let e Pedr o que cont r ibuír am com maior int ensidade na elabor ação dest e;

Ao sr . J osé Apar ecido Longat t o e Sr a. Elaine de Lemos as inf or mações pr est adas r ef er ent es ao Bair r o Sant a Ter esinha;

Ao Mar zo Zoca pela aj uda na elabor ação de algumas f igur as;

À minha esposa Débor a Nunho Giandoni Bar bin, o amor , car inho, amizade, compr eensão e apoio;

Aos meus pais Décio Bar bin e Mar ia Ber nadet e Sundf eld Bar bin, sobr inha Ana Paula Buchidid Bar bin, ir mão Alexandr e Sundf eld Bar bin e cunhada Evandr a Bússolo, ao amor , apoio e aj uda na elabor ação e r evisão dest e t r abalho;

Ao meu avô Sebas Sundf eld, as cor r eções ef et uadas;

Aos meus amigos, que de uma f or ma ou de out r a me apoiar am nest e t r abalho;

(6)

SUM Á RI O

LI STA DE FI GURAS... vii

LI STA DE TABELAS... x

RESUMO... xiii

SUMMARY... xv

1 I NTRODUÇÃO... 1

2 REVI SÃO DE LI TERATURA... 5

2.1 HOMEM X NATUREZA... 5

2.2 HI STÓRI A DA IMPLANTAÇÃO DAS CI DADES... 9

2.2.1 Or ganização Espacial... 11

2.2.2 O Espaço Ur bano... 12

2.2.2.1 Uso do Solo... 13

2.2.2.2 Par celament o do Solo... 16

2.2.2.3 Alt erações no Espaço Urbano... 18

2.2.2.4 I mport ância das Áreas Peri -ur banas... 21

2.2.3 Legislação Básica par a I mplant ação de Lot eament os... 26

2.2.3.1 Legislação Ref er ent e ao Padr ão Ur baníst ico ... 29

2.2.3.2 Legislação Ref er ent e à Pr ot eção Ambient al... 35

2.2.3.3 Legislação Ref er ent e ao Sist ema de Lazer ... 38

2.2.3.4 Est at ut o da Cidade... 42

2.2.3.5 Plano Dir et or ... 45

2.3 HI STÓRI CO DA IMPLANTAÇÃO DE SANTA TERESI NHA... 47

2.4 ESPAÇOS LI VRES... 62

2.4.1 Hist ór ia da I mplant ação de Par ques... 62

2.4.2 Vant agens da Veget ação... 63

2.4.3 Planej ament o de Espaços Livr es... 64

2.4.4 Classif icação de Ár eas Ver des... 66

2.4.5 Tamanho e For ma do Sist ema de Lazer ... 75

2.4.6 Uso I ncor r et o das Ár eas Ver des... 79

2.5 DENSI DADE POPULACI ONAL... 81

2.6 ÍNDI CE DE ÁREAS VERDES... 82

2.7 FOTOI NTERPRETAÇÃO E TÉCNI CAS CARTOGRÁFI CAS... 83

2.7.1 Geoprocessament o... 83

2.7.2 Sensor iament o Remot o ... 84

2.7.3 Fot ogr af ia Aér ea... 84

2.7.4 Classif icação das I magens... 85

2.7.5 Sist emas de I nf or mações Geogr áf icas (SI G)... 88

2.7.6 Spr ing... 89

(7)

vi

3.1 MATERI AL... 90

3.1.1 Descr ição da Ár ea de Est udo ... 90

3.1.2 Equipament os... 94

3.1.2.1 Campo... 94

3.1.2.2 Escr it ór io... 95

3.2 MÉTODOS... 96

3.2.1 Pr epar o e Adequação das Fot ogr af ias Aér eas... 96

3.2.2 Obt enção da Rede de Dr enagem e APPs... 97

3.2.3 Ocupação do Solo... 97

3.2.3.1 Uso do Solo ao Longo dos Anos... 97

3.2.3.2 Lot eament os For mador es da Ár ea de Est udo ... 102

3.2.3.3 Sit uação At ual dos Sist emas de Lazer ... 103

3.2.3.4 Classif icação dos Sist emas de Lazer ... 105

3.2.3.5 Uso das APPs... 107

3.2.4 População e Densidade Populacional ... 107

3.2.4.1 População... 107

3.2.4.2 Densidade Populacional ... 107

3.2.5 Í ndice de Ár eas Ver des... 108

3.2.6 Dir et r izes par a a Ocupação das Ár eas Per i -ur banas... 108

3.2.6.1 Sist emas de Lazer ... 108

3.2.6.2 Pr ot eção de Ár eas de Pr eser vação Per manent e... 110

3.2.7 Dir et r izes par a I mplant ação dos Sist emas de Lazer j á Exist ent es ... 110

4 RESULTADOS E DI SCUSSÃO ... 113

4.1 OCUPAÇÃO DO SOLO... 113

4.1.1 Uso do Solo ao longo dos anos... 113

4.1.2 I mplant ação de Lot eament os e Desmembr ament os... 120

4.1.2.1 Hist ór ico da I mplant ação e Legislação... 120

4.1.2.2 Zoneament o ... 127

4.1.3 Uso dos Sist emas de Lazer... 130

4.1.4 Aplicação das Pr opost as de Classif icação dos Sist emas de Lazer ... 149

4.1.4.1 Análise com Base na Pr opost a de Classif icação do PDD... 149

4.1.4.2 Análise com Base na Pr opost a de Classif icação por J ant zen... 150

4.1.4.3 Aplicação da Classif icação pr opost a na PDD por Sist ema de Lazer Pr oj et ado ... 151

4.1.5 Uso das Ár eas de Pr eser v ação Permanent e ... 158

4.2 POPULAÇÃO E DENSI DADE POPULACI ONAL... 161

4.3 I NDI CE DE ÁREAS VERDES... 165

4.4 PROPOSTAS PARA AS ÁREAS PERI-URBANAS... 169

4.4.1 Sist ema de Lazer... 169

4.4.2 Prot eção de área de preservação permanent e ... 175

4.4.3 Dir et r izes par a I mplant ação de Sist emas de Lazer não Ur banizados... 176

5 CONCLUSÕES... 180

ANEXOS... 182

(8)

LI ST A DE FI GURAS

Página

1 Uso d o sol o pr opost o por M ot a ( 19 8 1) ... 18 2 U t i li z ação d a t er r a em f unção d e sua r ent ab i l i d ad e econômi ca ... 2 5 3 S i st ema Vi ár i o pr opost o no Pl ano Gued es ... 3 1 4 Vet or es d e ex pansã o i d ent i f i cad os pel o P.D.D.M . ( 19 9 1) ... 3 4 5 I l ust r ação d o Pr opost o no P.D.D.M . 9 1, r ef er ent e à pr ot eção d e cur sos d ’água ... 3 6 6 I l ust r ação d os pont os not ávei s ond e d ever i am ser pr eser vad as as vi st as... 3 8 7 Foz d o Ri o Cor umb at aí ... 4 7 8 Est al agem d e D. Car mi nha nos d i as at uai s ... 4 8 9 I l ust r ação d o t r açad o d a l i nha f ér r ea, est ações e est r ad as d a r egi ão ... 4 9 10 Vi st a l at er al d a Est ação d as Escol as Reuni d as d o Guami um... 4 9 11 Vi st a Fr ont al d a mesma Est ação ... 5 0 12 Vi st a l at er al , most r and o o ab and ono d a Est ação ... 5 0 13 Vi st a d a Pont e Fér r ea sob r e o Ri o Cor umb at aí ( 2 5 / 0 7 / 2 .0 0 3 ) ... 5 1 14 Vi st a l at er al d a Pont e ( 2 5 / 0 7 / 2 .0 0 3 ) ... 5 1 15 Rua Vi r gi l i o Fagundes e ao f undo a ár ea doada par a a const r ução da pr aça. Fot ogr af i a

d e 19 6 8 ... 5 1 16 Pr aça na d écad a d e 7 0 ... 5 2 17 N a par t e i nf er i or , a pr aça  ngel o Fel t r i m, à esquer da a pr i mei r a i gr ej a e no t opo, a

i gr ej a nova const r uíd a pel o pad r e Rand ol f o Ot t o W ol f , na d écad a d e 7 0 ... 5 3 18 Pr i mei r as r esi d ênci as... 5 3 19 Pr i mei r as r esi d ênci as... 5 3 2 0 Pr i mei r as r esi d ênci as ... 5 4 2 1 T r açad o d a Est r ad a d o Boi ad ei r o nos d i as at uai s. Dent r o d o per ímet r o ur b ano, el a

passa a ser chamad a d e A v. Cor covad o. A o f und o, a ár ea cent r al d e Pi r aci cab a ( 2 5 / 0 7 / 2 .0 0 3 ) ... 5 4 2 2 Cont i nuação d a Est r ad a d o Boi ad ei r o ( sent i d o oest e) ( 2 5 / 0 7 / 2 .0 0 3 ) ... 5 5 2 3 Pági na d o Li vr o d e A t as ond e est á r egi st r ad a a nomeação d o f i scal cob r ad or ... 5 6 2 4 A vel ha pont e d e mad ei r a sob r e o Cor umb at aí, a est r ad a d e f er r o e a Fáb r i ca A gave.

N o al i nhament o d os eucal i pt os, segui u a at ual r od ovi a S P 3 0 4 , par a S ão Ped r o ... 5 6 2 5 Document o que mud a o nome d o d i st r i t... 5 8 2 6 Document o que cr i a o Di st r i t o d e S ant a T er esi nha ... 5 9 27 For mat os d e ár eas ver d es e suas vant agens e d esvant agens... 7 6 s 2 8 e 2 9 I l ust r ação d os ef ei t os d e b or d a causad os pel o f or mat o d a ár ea... 7 6 3 0 e 3 1 I magem à esquer da i l ust r ando a conect i vi dade ent r e ár eas at r avés de cor r edor es

e à d i r ei t a, esquema d o “ st eppi ng st ones” ... 7 7 3 2 I magem i l ust r and o o M uni cípi o com d est aque à ár ea de est udo ... 9 1 3 3 I l ust r ação d o r el evo d a ár ea est ud ad a ... 9 2 3 4 M apa car t ogr áf i co com as di vi sas das ár eas est udadas, at ual i z adas no f i nal do ano

(9)

viii

3 5 Car t a Pedol ógi ca da r egi ão est udada ... 9 4 3 6 Ex empl o d e ár ea d ef i ni d a na cl assi f i cação como cana ( 15 / 0 4/ 2 .0 0 3 ) ... 9 9 3 7 Ex empl o d e ár ea d ef i ni d a na cl assi f i cação como past o ( 15 / 0 4 / 2 .0 0 3 ) ... 9 9 3 8 Ex empl o d e ár ea d ef i ni d a na c l assi f i c ação como Past o suj o ( 15 / 0 4 / 2 .0 0 3 ) ... 10 0 3 9 Ex empl o d e ár ea d ef i ni d a na cl assi f i cação como sol o nu ( 15 / 0 4 / 2 .0 0 3 ) ... 10 0 4 0 A o cent r o d a f ot ogr af i a, ex empl o d e ár ea d ef i ni d a na cl assi f i cação como f r agment o

f l or est al ( 15 / 0 4 / 2 .0 0 3 ) ... 10 1 4 1 Ex empl o d e ár ea d ef i ni d a na cl assi f i cação como chácar a/ sed e ... 10 1 4 2 Ex empl o d e ár ea d ef i ni d a na cl assi f i cação como ár ea ur b ani z ad a ( 15 / 0 4 / 2 .0 0 3 ) . 10 2 4 3 Or ganogr ama par a cl assi f i cação d os S i st emas d e Laz er ( S .L.) quant o ao uso at ual 10 4

4 4 Uso d o sol o no ano d e 1.9 6 2 ... 114

4 5 Uso d o sol o no ano d e 1.9 7 2 ... 115

4 6 Uso d o sol o no ano d e 1.9 7 8 ... 115

4 7 Uso d o sol o no ano d e 1.9 9 5 ... 116

4 8 Uso d o sol o no ano d e 2 .0 0 0 ... 116

4 9 Dad os r ef er ent es a Past o/ cana ... 117

5 0 Dad os r ef er ent es à Á r ea Ur b ani z ad a ... 117

5 1 Dados r ef er ent es a Fr agment o Fl or est al ... 117

5 2 Dad os r ef er ent es a Past o suj o ... 117

5 3 Dad os r ef er ent es a Ch ácar a/ S ed e ... 117 5 4 Pl ant a Bai x a com os Lot eament os e Desmemb r ament os d e cad a Bai r r o ... 12 1 5 5 Á r ea Ur b ani z ad a at é 2 0 0 0 ... 12 3 5 6 Vi st a de r ua do Par que M ont e Rey I , sem asf al t o e com l ot es de pequeno t amanho

( 15 0 m2) e f r ent e d e 6 m ( 15 / 0 4 / 2 0 0 3 ) ... 12 6

5 7 Vi st a ger al d o Par que Pi r aci cab a, com l ot es d e 2 0 0 m2 (15 / 0 4 / 2 0 0 3 ) ... 12 6

5 8 Z oneament o d a ár ea em est ud o. ... 12 8 5 9 Vi st a d a Regi ão N or t e d o M uni cípi o d e Pi r aci cab a. A o l ad o esquer d o, par t e d a Regi ão

Cent r al ( 15 / 11/ 2 .0 0 3 ) ... 12 9 6 0 Vi st a d a Regi ão Cent r al d e Pi r aci cab a ( 15 / 11/ 2 .0 0 3 ) ... 12 9 6 1 A o f und o a r egi ão d a Ser r a d e São Ped r o ( 15 / 0 4 / 2 0 0 3 )... 13 0 6 2 M apa com os si st emas d e l az er e sua si t uação at ual . ... 13 8 6 3 Vi st a d a Escol a M ar i a Lour d es ( 15 / 0 4 / 2 0 0 3 ) ... 14 0 6 4 Vi st a d a Favel a d os A nt úr i os ... 14 1 6 5 Vi st a d a Favel a d o I A A ... 14 1 6 6 Vi st a d a Favel a J and i r a ... 14 2 6 7 Favel a T ai guar a em 19 8 9 ... 14 2 6 8 Vi st a d a Favel a M ar i a Cl áud i a ( 15 / 0 4 / 2 0 0 3 ) ... 14 3 6 9 A o f und o, vi st a ger al d a Favel a T ai guar a ( 15 / 0 4 / 2 0 0 3 ) ... 14 3 7 0 Vi st a i nt er na d a Favel a T ai guar a ( 15 / 0 4 / 2 0 0 3 ) ... 14 4 7 1 À d i r ei t a, vi st a d a Favel a Par que Or l and a I I ( 15 / 0 4 / 2 0 0 3 ) ... 14 4 7 2 Vi st a de pon t es const r uídas sob r e o Ri b ei r ão das Ondas par a dar acesso às casas da

Favel a Par que Or l and a I ( 15 / 0 4 / 2 0 0 3 ) ... 14 5 7 3 Si st ema d e Laz er d o Bai r r o H umb er t o Vent ur i ni const r uíd o em A PP ( 2 5 / 0 7 / 2 0 0 3 ) 14 7 7 4 Á r ea d e d r enagem send o at er r ad a par a i mpl ant ação d e l ot eament o ( 2 5 / 0 7 / 2 0 0 3 ) 14 7 7 5 Out r a t omad a d a ár ea d e d r enagem, que ser á at er r ad a par a const r ução d e l ot es

( 2 5 / 0 7 / 2 0 0 3 ) ... 14 8 7 6 Gr andes movi ment os de t er r a modi f i cando as car act er íst i cas nat ur ai s da ár ea de

(10)

ix

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LI ST A DE T ABELAS

Página

1 Di sposi ção d o l ot e em r el ação às c ur vas d e nível e à d ec l i vi d ad e... 18 2 Pr opost a d e cl assi f i cação d e ár eas ver d es pr opost o no PDD d e Pi r aci cab a em 19 7 5 4 0 3 Cl assi f i cação par a o M uni cípi o d e W ashi ngt on, D.C... 6 6 4 Cl assi f i cação pr opost a por Di Fi d i o, 19 8 5 ... 6 7 5 Cl assi f i cação usad a no M uni cípi o d e Dal l as, T ex as, 19 5 9 ... 6 7 6 Pad r ão d e espaços l i vr es ... 6 8 7 Cl assi f i cação pr opost a por J ant z en ... 6 8 8 Pr i nci pai s el ement os ut i l i z ad os par a cat egor i z ação d os al vos... 113 9 S i st emas d e Laz er d o Bai r r o S ant a T er esi nha e seu uso at ual ... 13 3 10 S i st emas d e Laz er d o Bai r r o Vi l a S ôni a e seu uso at ual ... 13 5 11 S i st emas d e Laz er d o Bai r r o Par que Pi r aci cab a e seu uso at ual ... 13 7 12 A nál i se d os S i st emas d e Laz er d a ár ea t od a t r ab al had a Em ( m2) ... 13 9

13 Favel as pr esent es, sua l ocal i z ação o i níci o d a const r ução d e b ar r acos, o numer o d e hab i t ações e mor ad or es ... 14 0 14 Cál cul o d o númer o d e usuár i os d a ár ea t od a segund o cl assi f i cação d e PDD ... 14 9 15 Cál cul o par a achar o númer o d e ár eas no l ocal em est ud o ( PDD) ... 14 9 16 Pr opost a d e est ud o d a ár ea t od a apl i cand o o mod el o d e J ant z en ... 15 0 17 Cl assi f i cação d os si st emas d e l az er d o Bai r r o Sant a T er esi nha ... 15 2 18 Cl assi f i cação d os si st emas d e l az er d o Bai r r o Vi l a S ôni a... 15 5 19 Cl assi f i cação d os si st emas d e l az er d o Bai r r o Par que Pi r aci cab a ... 15 6 2 0 Dad os popul aci onai s ob t i d os na ár ea d esd e o pr i mei r o r ecenseament o ... 16 1 2 1 Dad os d a d ensi d ad e d emogr áf i ca encont r ad a na ár ea est ud ad a ... 16 1 2 2 Resul t ad os d os cál cul os d e índ i ce d e ár eas ver d es por hab i t ant e ... 16 6 2 3 Resul t ad o d o cál cul o d e índ i ces d e ár eas ver d es par a vár i as l ocal i d ad es ... 16 8 2 4 A pl i cação d a met od ol ogi a suger i d a, aos si st emas d e l az er ai nd a não i mpl ant ad as no

Bai r r o S ant a T er esi nha ... 17 7 2 5 A pl i cação d a met od ol ogi a suger i d a, aos si st emas d e l az er ai nd a não i mpl ant ad as no

Bai r r o Vi l a S ôni a... 17 8 2 6 A pl i cação d a met od ol ogi a suger i d a, aos si st emas d e l az er ai nd a não i mpl ant ad as no

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Glossário

Desmembrament o – é o par celament o do solo no qual sej a apr oveit ado o sist ema de cir culação of icial exist ent e sem que se abr am novos sist emas de cir culação e sem que pr olonguem, ampliem ou modif iquem- se os j á exist ent es (Pir acicaba, 1997b).

Lot eament o – é o par celament o do solo com aber t ur a de novos sist emas de cir culação ou pr olongament o, modif icação ou ampliação dos exist ent es (Pir acicaba, 1997b).

Lot eament o de I nt eresse Social – é o par celament o do solo onde as exigências quant o a

melhor ament os é menor , sendo est e dest inado à população de r enda baixa (modif icado de Pir acicaba, 1997b).

Sist ema de circulação – é o conj unt o de vias públicas dest inadas à cir culação de veículos e/ ou pedest r es (Pir acicaba, 1997b).

Sist ema de lazer – é a ár ea r esult ant e de par celament o do solo, r eser vada ao uso público,

dest inada a pr aças, par ques, j ar dins, at ividades de r ecr eação e lazer (Pir acicaba, 1997a).

Espaço livre – é um t er mo mais abr angent e, pois inclui espaços livr es públicos ou par t icular es, t ot alment e imper meabilizados ou sem pr esença de veget ação. Est ão incluídos nest e t er mo, as ár eas ver des, os par ques ur banos, as pr aças, a ar bor ização ur bana, as ár eas livr es e os espaços aber t os (Lima, 1994).

Espaços livres públicos – ref erem- se aos espaços livr es aber t os ao público, sem nenhum empecilho par a sua ent r ada.

(13)

x ii

Ent r et ant o, as ár vor es que acompanham o leit o das vias públicas, não devem ser consider adas como t al (Lima, 1994).

Área inst it ucional – é a ár ea r esult ant e de par celament o do solo r eser vada à edif icação de equipament os comunit ár ios (Pir acicaba, 1997b).

Verde de acompanhament o viário – são ár eas ou f aixas livr es que f azem par t e do sist ema viár io t ais como cant eir os cent r ais de separ ação de pist as de r olament o, pr aças de cir culação gir at ór ias, t aludes de cont enção e out r as (Pir acicaba, 1997b).

Verde viário – o mesmo que Ver de de acompanhamento viár io.

Área non ædif icandi – são ár eas os f aixas de t er r a, não edif icáveis, de domínio público ou pr ivado, impost as por lei ou vinculado o seu uso a uma ser vidão administ r at iva, sendo em seu int er ior vedadas quaisquer obr a ou uso, salvo obr as públicas necessár ias à pr ópr ia pr est ação dos ser viços (Pir acicaba, 1997b).

Curso d’água int ermit ent e – ár eas r esponsáveis pela dr enagem de um det er minado local, nor malment e seco, mas que dão escoament o às águas pluviais at é um det er minado veio d’água, r iacho ou r io.

Past o suj o – ár ea em est ado de r egener ação de mat a, mas que ainda est á no est ágio pr imár io. Nor malment e é f or mada por veget ação r ast eir a, ar bust os e ár vor es ainda em pequeno por t e.

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HI ST ÓRI CO DA EVOLUÇÃO DO USO DO SOLO E EST UDO

DOS ESPAÇOS LI VRES PÚBLI COS DE UMA REGI ÃO DO

M UN I CÍ PI O DE PI RACI CABA, SP

Aut or : HENRI QUE SUNDFELD BARBI N Or i ent ad or : Pr of . Dr . VA LDEM A R AN T ON I O DEM ÉT RI O

RESUMO

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STORI CAL EVOLUTI ON OF THE LAND USE AND PUBLI CS OPEN

SPACES OF A MUNI CI PAL DI STRI CT AREA OF THE PI RACI CABA, SP

Aut hor : HENRI QUE SUNDFELD BARBI N Adviser : Pr of . Dr . VALDEMAR ANTONI O DEMÉTRI O

SUMMARY

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I NTRODUÇÃO

Com a cr iação das cidades, iniciou-se um pr ocesso de ar t if icialização da vida humana aonde o homem vem se dist anciando cada vez mais da nat ur eza. A imensidão de ár eas veget adas exist ent es cont or nando as j á ur banizadas, t or na-se ver dadeir as ár eas livr es par a r ecr eio da população, dando a f alsa impr essão de que a ár ea r eser vada no lot eament o, ger alment e pequena, pode ser descar t ada. Assim, desincumbiam os planej ador es e lot eador es de dest inar ár eas par a o lazer e pr eser vação do meio ambient e, desconhecendo, por t ant o, a pr oblemát ica que ist o poder ia acar r et ar no f ut ur o. Com o cr esciment o da cidade, e conseqüent e lot eament o das ár eas per i -ur banas, est es pseudos sist emas de r ecr eio vão sendo empur r ados par a a per if er ia at é que passam a f icar dist ant es das r esidências. Aí dever iam ent r ar em ação, aqueles pequenos espaços, r eser vados, incr ust ados em meio a lot es, que, quando despr ezados no passado, f or am invadidos e/ ou ut ilizados er r oneament e, deixando est a população despr ovida de ár eas par a lazer .

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Com o início da indust r ialização no Br asil na década de 50, desencadeou-se um pr ocesso int enso de migr ação do campo par a as cidades, inchando-as e causando gr andes pr oblemas no que se r ef er e à ur banização.

Est e cr esciment o descont r olado ocasionou uma car ência de espaços públicos livr es de const r ução. Excet o os bair r os de classe social alt a, a gr ande maior ia dos mor ador es dest es cent r os vive em locais despr ovidos de veget ação. Na maior ia dos lot eament os, obser vam- se calçadas est r eit as com pr édios const r uídos sem o devido r ecuo, mar quises invadindo a r ua, placas publicit ár ias, tomando amplos espaços et c, r esult ado da busca desenf r eada de empr eendiment os econômicos e a não pr eocupação com o bem est ar de quem ali vai habit ar .

Ainda hoj e se pode not ar levant ament os t opogr áf icos execut ados não cont emplando t odos os pont os not áveis, f icando pr incipalment e as nascent es e as vár zeas não cadast r adas, no int uit o de ser em at er r adas, aument ando a ár ea út il par a lot es. As leis ambient ais vigent es, quando r espeit adas pelos lot eador es, acabam sendo invadidas ou doadas pela pr ópr ia pr ef eit ur a municipal local. E ainda, em lot eament os dest inados à população de baixa r enda, o t amanho dos lot es, os r ecuos, as lar gur as de r uas, o t amanho de sist emas de lazer mínimo exigidos são menor es.

Como r esult ado, podem- se obser var os gr andes aglomer ados ur banos, onde est ão incr ust adas f avelas pr olongando bair r os, onde não há a mínima condição de mor adia, higiene enf im, de cidadania. No ent ant o, est as ár eas dever iam ser dest inadas ao lazer passivo e at ivo, à const r ução de equipament os comunit ár ios, de pr eser vação ambient al et c. Esses aglomer ados causam ainda, mudanças nas condições climát icas com elevação das t emper at ur as do ar e do solo da r egião, f or mando “ilhas de calor ”, que pior am a qualidade de vida da população ainda mais.

Est es ef eit os j á se dif undem por municípios de médio e pequeno por t e, por ém, ocor r em em menor int ensidade, não havendo gr andes ár eas ver t icalizadas, congest ionament os dent r e out r os.

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ur baníst icos at é ent ão comet idos. Em ár eas j á t ot alment e implant adas, pode- se, at r avés de adequada legislação e seu devido cumpr iment o, pr opor melhor es condições ambient ais par a a população.

É sabido, de ant emão, que est a consciência ecológica depende de longa educação ambient al, par a pr epar ar a população em suas r eivindicações j unt o ao set or público e est e per ant e os lot eador es, pois, os valor es de venda de lot es de um desmembr ament o, levando-se em cont a a f ilosof ia ambient al, f ica r eduzido.

A pequena quant idade de t r abalhos r ealizados no Br asil r elacionados à ár ea e a f alt a de def inições de conceit os e met as são os gr andes pr oblemas na execução dest a pesquisa. Algumas ações r ef er ent es à qualidade ambient al vêm sendo r ealizadas por ór gãos públicos e cient íf icos, por ém, são at os isolados e pouco divulgados. Not a-se ainda, uma dispar idade de ideais ent r e as pr ef eit ur as municipais e as ent idades de pesquisa, cr iando uma lacuna ent r e os ór gãos pr ej udicando ainda mais a r ealização de t r abalhos cient íf icos conj unt os. É pr eciso est r eit ar est as r elações e desenvolver t r abalhos em conj unt o par a que possa apr esent ar bons r esult ados e conseqüent ement e, ganho a t odos.

O obj et ivo ger al est e t r abalho é o de of er ecer subsídios par a o planej ament o ur baníst ico-ambient al municipal, visando à melhor ia do bem est ar dos munícipes baseando-se no est udo do debaseando-senvolviment o de uma r egião do Município de Pir acicaba. Os obj et ivos específ icos são:

• Est udar a ocupação do solo da ár ea ao longo dos t empos. • Levant ament o hist ór ico da ur banização da ár ea.

• Conf er ir o mapeament o exist ent e dos par ques, pr aças e demais espaços livr es públicos pr esent es na ár ea em est udo.

• Levant ar ár eas de pr eser vação per manent e (APP), ár eas de gr ande valor paisagíst ico e f r agment os f lor est ais no ent or no da ár ea ur banizada.

• Test ar o Sof t war e Spr ing em est udos de ur banização ut ilizando-se f ot ogr af ias aér eas.

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• Analisar a ocupação at ual dos sist emas de lazer e apont ar ár eas def icit ár ias. • Test ar met odologias de classif icação de espaços livr es públicos e compar á-las. • Analisar o uso das ár eas de pr eser vação per manent e (APP), quant o às exigências

legais.

• Calcular a densidade populacional na at ualidade par a cada set or levant ado. • Cont r ibuir com os est udos de índices de áreas ver des.

• Tr açar dir et r izes par a ocupação das ár eas per i-ur banas, r ef er ent e aos sist emas de lazer .

• Tr açar dir et r izes par a pr ot eção de APPs.

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REVI SÃO DE LI TERATURA

2. 1 HOMEM X NATUREZA

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Pessoas f or am se f ixando nesses locais e o sur giment o das pr imeir as cidades e, aos poucos, f oi-se cr iando um planej ament o ambient al de f or ma inst int iva e r udiment ar (Lima, 2003).

Segundo Fr anco (2000), “o planej ament o ambient al r equer ia um nível de or ganização dos povos sedent ár ios muit o super ior à das t r ibos nômades. A f ixação do homem no t er r it ór io só f oi possível a par t ir da compr eensão dos f enômenos ligados ao ciclo das águas e f er t ilidade dos solos, ist o é, aos ciclos ecológicos”. Ent r e os chineses, hindus e egípcios, gr andes civilizações que se mant iver am por milhar es de anos, not a- se que havia uma per f eit a or ganização baseada em pr incípios ecológicos que est avam embut idos em sua cult ur a e r eligião.

At é ent ão não exist ia a pr eocupação com os limit es dos r ecur sos nat ur ais. Quando, no per íodo mer cant il e das gr andes navegações, há 500 anos apr oximadament e, os povos j udaico-cr ist ãos se aper ceber am de que havia muit o mais par a se conquist ar , avent ur ar am-se à descober t a de novos cont inent es. Nesam-se deslumbr ament o esquecer am-am-se dos pr incípios que at é ent ão f aziam par t e de suas vidas, per der am a noção de escala de r ecur sos achando que poder iam “gast ar inf init ament e”. Esse gast ar indef inido passou a moviment o aceler ado, a par t ir do séc. XVI I com a chamada “Er a I luminist a” e, mais pr ecisament e a par t ir da Revolução I ndust r ial, aliment adas pelo par adigma Newt oniano-Car t esiano, par a o qual a nat ur eza e o univer so são maquinismos pr ovidos de r ecur sos inf init os, a ser viço da humanidade ou, mais pr ecisament e, do homem br anco, por t empo indet er minado” (Fr anco, 2000).

No f inal do século XI X e início do século XX os planos de car át er t er r it or ial “seguiam uma visão pr edominant ement e posit ivist a e pr ogr essist a ligada à met a do desenvolviment o econômico e do cr esciment o ilimit ado” (Casset i, 1991).

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indust r iais, decor r ent e do capit al acumulado e do desenvolviment o t écnico-cient íf ico (Revolução I ndust r ial), a ur banização t omou r it mos muit o acent uados”.

Mudanças f or am pr ovocadas na economia pr incipalment e com a int r odução de máquinas agilizando o pr ocesso de f abr icação. O consumo desses bens r esult ou no aument o da demanda por mat ér ias pr imas e como conseqüência int ensif icou a poluição do ar e água. Se por um lado à indust r ialização f avor eceu a população em t er mos de f acilidades, por out r o lado pior ou a qualidade de vida. Houve na evolução t ecnológica, uma divisão ent r e os países classif icando-os em desenvolvidos e subdesenvolvidos e, consider ando a ext ensão t er r it or ial do país essa dif er ença se t or na ainda maior . São car act er íst icas em que se enquadr a o Br asil onde r iqueza e pobr ezas se esbar r a no cr esciment o acent uado da população (Fier z et al., 1999).

Esse cr esciment o desor denado pr ovocou o aument o espont âneo de muit as cidades, o que ocasionou gr aves conseqüências par a o meio ambient e com a per da da qualidade de vida. A ignor ância cega impede o homem de planej ar as int er venções sobr e o meio e r espeit á-lo como pr ovedor de sua exist ência. Cr ít icas, est udos e pr opost as f or am f eit os par a solucionar os pr oblemas não só sobr e o modo de pr odução capit alist a, como t ambém sobr e a qualidade de vida da população, r elacionando-os com o moviment o indust r ial, ur bano e t ecnológico. A par t ir do início da indust r ialização, como at ividade econômica, houve a apr opr iação e t r ansf or mação da nat ur eza mar cando o pr ocesso de ur banização (Fr anco, 2000).

Na at ualidade, absor vido pelos seus pr ópr ios pr oblemas e vivendo nas cidades, cada vez mais isolado da nat ur eza, o homem r eviu ant igos conceit os: ele r epr esent a apenas um f io de uma t r ama inf init ament e complexa de ser es vivos que habit am o planet a.

“As inconseqüent es int er venções do homem no meio nat ur al t êm sido mot ivo de est udo e avaliação. A conser vação e pr eser vação do meio f ísico nat ur al buscando uma melhor qualidade de vida t ant o par a os animais como veget ais t em pr eocupado. No ent ant o, muit as vezes, essas pr eocupações est ão mascar adas escondendo int er esses econômicos de alguns gr upos que a t r ansf or mam em modismo” (Fier z et al., 1999).

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explor ações que não iam além das necessidades, passar am a ser explor ações incont r oladas e inconseqüent es visando sempr e à indust r ialização de bens e conseqüent ement e o consumo desses bens.

“(...) Somos a cada passo adver t idos de que não podemos dominar a nat ur eza como um conquist ador domina um povo est r angeir o, como alguém sit uado f or a da nat ur eza; nós lhe per t encemos, como a nossa car ne, nosso sangue, nosso cér ebr o; est amos no meio dela; e t odo o nosso domínio sobr e ela consist e na vant agem que levamos sobr e os demais ser es de poder chegar a conhecer suas leis e aplicá-las cor r et ament e”, como r elat a Engels cit ado por Casset i (1991).

Após a Revolução I ndust r ial o mer cado t omou cont a do espaço habit ado pr ovocando a separ ação ent r e a cidade e o campo. Segundo Gonçalves (1989), “(...) se os homens f icam separ ados da nat ur eza, vêem- se obr igados a compr ar no mer cado aquilo que poder iam pr oduzir (...) par a o capit alismo isso signif ica desenvolviment o (...) assim, quant o mais se separ a o homem da nat ur eza, mais mer cador ias podem ser vendidas e maior pr odução é cont abilizada (...) separ ar o homem da nat ur eza, é, por t ant o, uma f or ma de subor ná-lo ao capit al”.

O homem ut ilizou-se do conheciment o cient íf ico e da t ecnologia sem se pr eocupar com as conseqüências que o pr ogr esso poder ia pr ovocar . Visando soment e o capit al, levou ao abandono a r elação homem-nat ur eza. “A f alt a de planej ament o na or ient ação do desenvolviment o das cidades br asileir as ger ou ambient es ur banos com elevados níveis de degr adação, não soment e por que o planej ament o ur bano não acompanhou o pr ocesso de ur banização, mas t ambém devido à f alt a de vont ade polít ica par a a cr iação e implement ação e mecanismos de combat e à queda da qualidade de vida ur bana” (Mendonça, 1995).

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situação, numa det er minada dir eção, a f im de que se concr et izem algumas int enções. Como t oda int enção, o planej ament o r evela, de cer t a f or ma, o car át er e os valor es de quem o cr ia ou o põe em pr át ica e que de alguma f or ma, se impõe sobr e algo, a f im de at ingir cer t as met as” (Fr anco, 2000). E o planej ament o ambient al sendo ut ilizado par a a pr eser vação conser vação dos r ecur sos ambient ais do t er r it ór io, visa à pr ópr ia sobr evivência do homem.

Nest a f ase, a f inalidade er a or denar , embelezar e sanear as cidades. “Os anos 80 vir am sur gir uma nova modalidade de planej ament o or ient ada par a as int er venções humanas dent r o da capacidade de supor t e dos ecossist emas. A esse planej ament o deu-se o nome de Planej ament o Ambient al. (...) é o planej ament o que par t e do pr incípio da valor ização e conser vação das bases nat ur ais de um dado t er r it ór io como base de aut o-sust ent ação da vida e das int er ações que a mant ém, ou sej a, das r elações ecossist êmicas. Par a isso, o Planej ament o Ambient al empr ega como inst r ument os t odas as inf or mações disponíveis sobr e a ár ea de est udo, vindas das mais diver sas ár eas do conheciment o, bem como as t ecnologias de pont a que possam f acilit ar o seu meio pr incipal de comunicação e de pr oj et o que é o Desenho Ambient al (Fr anco, 2000). Por ém, est a nova modalidade de planej ament o ainda não t em sido ut ilizada.

2. 2 HI STÓRI A DA I MPLANTAÇÃO DAS CI DADES

“Cidade é um complexo demogr áf ico f or mado, social e economicament e, por uma impor t ant e concent r ação populacional não agr ícola e, dedicada a at ividades de car át er mercant i l, indust r ial, f inanceir o e cult ur al” (Fer r eir a, 1986).

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impost as pelo sít io nat ur al de cada cidade compr eendem uma const ant e com a qual sucessivas ger ações t iver am de t r at ar inint er r upt ament e, cada uma de acor do com seus pr ópr ios valor es e t ecnologia. Civilizações e gover nos ascendem e caem; t r adições, valor es e polít icas mudam; mas o ambient e nat ur al de cada cidade per manece uma est r ut ur a dur adour a na qual at ua a comunidade humana. O ambient e nat ur al de uma cidade e sua f or ma ur bana, t omadas em conj unt o, compr eendem um r egist r o da int er ação ent r e o pr ocessos nat ur ais e os pr opósit os humanos at r avés do t empo. J unt os cont r ibuem par a a ident idade única de cada cidade“ (Spir n, 1995).

A necessidade de pr over segur ança, abr igo, aliment o, água e ener gia par a t ocar os empr eendiment os humanos; a necessidade de dispor os r esíduos, de per mit ir a cir culação dent r o da cidade; o acesso e a saída dest a; e a sempr e cr escent e demanda por espaço, são at ividades humanas que modif icam o ambiente nat ur al e são comuns a t odas as cidade. “Todas essas int er ações das at ividades humanas com o ambient e nat ur al pr oduzem um ecossist ema muit o dif er ent e daquele exist ent e ant er ior ment e à cidade. É um sist ema sust ent ado por uma impor t ação maciça de ener gia e de mat ér ias pr imas, no qual os pr ocessos cult ur ais humanos cr iam um lugar complet ament e dif er ent e da nat ur eza int ocada, ainda que unida a est a at r avés dos f luxos de pr ocessos nat ur ais comuns. À medida que as cidades cr escem em t amanho e densidade, as mudanças que pr oduzem no ar , no solo, na água e na vida, em seu int er ior e à sua volt a, agr avam os pr oblemas ambient ais que af et am o bem-est ar de cada mor ador ” (Spir n, 1995).

"No f inal do século XI X, Cer dá cit ado por Lima (2003), ut ilizou-se, pela pr imeir a vez, dos t er mos "ur banização" e "ur banismo" com o sent ido de planej ament o ur bano. Mazzar oli cit ado por Lima (2003), def iniu o ur banismo como “a ciência que se pr eocupa com a sist emat ização e desenvolviment o da cidade, buscando det er minar a melhor posição das r uas, dos edif ícios e obr as públicas, de habit ação pr ivada, de modo que a população possa gozar de uma sit uação sã, cômoda e est imada”.

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necessidade de r egulament ar e or denar o pr ocesso de edif icação. For am cr iadas nor mas e r egr as par a disciplinar esse pr ocesso.

2. 2. 1 Organização Espacial

Com a f ixação do homem no t er r it ór io, o desenvolviment o e t r ansf or mações começam a modif icar o ambient e. Há que se pensar em uma or ganização espacial como par t e de uma est r at égia par a dr iblar esse desenvolviment o descont r olado e as t r ansf or mações das cidades. As “mar cas” que nele apar ecer ão ser ão pr odut os da população que nele habit a e um convit e à r ef lexão do por quê dessa cor r ida desor denada.

A nat ur eza mal cuidada e o desapar eciment o das mat as, são cicat r izes que se t r ansf or mam em um espaço desconst r uído ou em desconst r ução, e conseqüent ement e, levam à f or mação do espaço vazioque na dinâmica social é o det ent or das pr eocupações e a desconst r ução da paisagem t or na-se um pr oblema social.

Com base na obr a de Br aga (2000), chegou-se à conclusão de que essa desconst r ução do espaço pode acont ecer de duas f or mas:

-Desconst r ução do espaço nat ur al;

-Desconst r ução do espaço ant er ior ment e adapt ado,

em ambos os casos se desconst r ói o exist ent e e a par t ir de uma desconst r ução é que se pr oduz o espaço vazio que é de uso polít ico e, ao mesmo t empo, de uso econômico na pr omoção do imobiliár io.

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Popular ment e, assim denominado, o espaço vazio, é na r ealidade, um espaço onde o homem est á ausent e, embor a, muit as vezes, j á t enha nele habit ado.

Par a que haj a sua r eabilit ação e int egr ação no espaço ur bano, o espaço vazio poder ia sof r er t r ês f or mas de int er venção:

• r eabilit ação (sem dest r uição nenhuma), • r enovação ( com dest r uição par cial); • dest r uição t ot al.

O ideal ser ia que não houvessem as f or mas que levam a f or mação do vazio. A r eabilit ação dos espaços dever ia est ar sempr e pr esent e. A int egr ação dos espaços livr es aos espaços const r uídos t or nar -se-ia uma necessidade e, na medida que esses espaços f ossem int egr ados, não ser iam mais consider ados espaços vazios (Lima, 2003).

2. 2. 2 O Espaço Urbano

Segundo Br aga (2000), obser vando a per if er ia de uma cidade, not a-se que há a exist ência de lot eament os espalhados de f or ma desor denada. Esse novo espaço é chamado de zona de inf luência e é pr oduzido pelo t r aj et o dos ônibus ur banos. Além dos novos t r aj et os, as novas r uas ser vidas e as r espect ivas zonas de inf luência dos ônibus, encont r am-se os espaços lot eados e os espaços a lot ear . “Os ônibus cir culam pr imeir ament e por ár eas pr at icament e vazias, ser vindo per t o de 80% de espaços vazios na sua zona de inf luência e soment e 20% de super f ície lot eada. Ent r etant o pode-se pensar que novos lot eament os ser ão aber t os nesse t r aj et o. Foi compr ovado que na ár ea de inf luência dir et a do ônibus ur bano a indúst r ia é, sobr et udo, de vazios e não de lot eament os. O ônibus passa a ser o veículo de especulação imobiliár ia na medida em que, desde sua chegada, só se lot eia pr at icament e f or a de sua ár ea de inf luência”.

Out r o f at o que vem sendo est udado com cuidado é com r ef er ência a população oper ár ia e seu assent ament o no espaço ur bano.

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habit ações er am f inanciadas pelas pr ópr ias indúst r ias, mas, dado o aument o cr escent e do valor das t er r as, do cust o das const r uções e da dist ância dos locais de t r abalho, os pat r ões despr ezar am essas pr eocupações (Spir n, 1995).

Houve ent ão a mer cant ilização da habit ação. Só r est ava ao oper ár io, ele pr óp r io const r uir sua casa em t er r eno mal localizado e dividido com amigos. Dif er ent ement e da habit ação, a t er r a nua não pr ecisa ser pr oduzida. Dividi -la em lot es e colocá-la como mer cador ia no mer cado ur bano é uma est r at égia par a que o oper ár io r esolva suas necessidades de mor adia. E a solução de “pr odução de t er r a nua” ainda ser á f acilit ada se os empr eendedor es imobiliár ios deixar em de colocar inf r a-est r ut ur a necessár ia aos ser viços públicos. At ualment e a ocupação do vazio ur bano é a pr incipal pr eocupação do Gover no Feder al colocada no Est at ut o da Cidade. A pr odução do vazio é de t al or dem que se t r ansf or ma numa indúst r ia e dela par t icipam a t er r a com seus at r ibut os (nat ur eza) e o homem que são os dois condicionant es do mundo (Br aga, 2000).

2. 2. 2. 1 Uso do Solo

O uso do solo ur bano é uma manif est ação concr et a da pr odução de espaço impost a pela sociedade. O homem é, dir et a ou indir et ament e consider ado o impor t ant e agent e modif icador do meio ambient e que é const it uído por component es f ísicos como ar , água, solo e sub solo além de component es biológicos, plant as, animais, e o homem. Os component es f ísicos e biológicos, por sua vez, est ão suj eit os a alt er ações de suas car act er íst icas em f unção de pr ocessos nat ur ais que lhe são peculiar es, e em f unção de int er ação ocor r ent e ent r e eles.

As pr imeir as classif icações de uso da t er r a baseavam-se em t r abalhos de campo. Post er ior ment e, a par t ir da década de 50, um gr ande númer o de pesquisador es, em vár ias par t es do mundo, t em se dedicado à ident if icação det alhada de cult ur as agr ícolas em f ot ogr af ias aér eas (Bor ges et al. 1993).

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qualquer plano par a pr oj et ar a cidade que t enha em ment e a nat ur eza est á pr ej udicado (...) Se f or r ecolhida à inf or mação er rada, ela poder á ser inút il; r ecolher a inf or mação cor r et a, mas não f or necer acesso f ácil a ela é igualment e inút il". Nos ar quivos de secr et ar ia do gover no, j á exist em t r abalhos isolados que guar dam inf or mações impor t ant es nos r elat ór ios, em publicações gover nament ais, em document os de empr esas par t icular es e na exper iência de or ganizações de int er esse local. Cada peça de inf or mação isolada não t em impor t ância em si mesma, mas r eunidas, int egr adas e int er pr et adas, essas peças compõem um r ecur so inest imável. Os pr oblemas locais mais pr ement es devem ser ident if icados e r eunidos os dados necessár ios par a o t r at ament o desses pr oblemas. Tomada como um t odo, essa inf or mação f or necer á uma est r ut ur a dent r o da qual as conseqüências dos pr incipais esf or ços met r opolit anos, bem como os ef eit os cumulat ivos das ações individuais podem ser apr eciados. Só ent ão, haver á condições par a explor ar as opor t unidades em sua t ot alidade, avaliar r ealist icament e os cust os de ações alt er nat ivas, pr ever suas conseqüências desast r osas na saúde e na segur ança e r ealizar int egr alment e pot enciais soluções de múlt iplas ut ilizações.

Segundo Disper at i et al. (1991), "O meio ambient e ur bano é o espaço r esult ant e de dif er ent es combinações dos pr ocessos nat ur ais e humanos e da int er venção do homem no espaço nat ur al. O est udo do uso do solo e as modif icações ambient ais decor r ent es dessa int er venção ser ão de muit a impor t ância par a se obt er dados sobr e os aspect os ur banos."

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• Pesquisa sobr e r egist r os f ot ogr áf icos e document os car t ogr áf icos ant igos, bem como out r os document os impor t ant es que r evelem as f or mas de apr opr iação do meio f ísico e suas alt er ações, t ais como as plant as dos lot eament os e os r egist r os de imóveis em car t ór ios.

• Ent r evist as com mor ador es ant igos ou t r abalhador es locais par a apr eender inf or mações sobr e as condições or iginais do ambient e e os f at os que mar car am as pr incipais mudanças na ocupação da ár ea, assim como aspect os das condições e da qualidade ambient ais ao longo dos anos que conviver am no local.

• Mapeament o de Cober t ur a Veget al e Uso da Ter r a apr esent ando as diver sas cober t ur as veget ais e f or mas de uso que ocor r em na ár ea de est udo em dif er ent es per íodos.

Segundo Andr ade (1999), par a qualquer ação de planej ament o munici pal, o sist ema ur bano pr ecisa ser analisado sob enf oque da int er ação ent r e os f at or es nat ur ais e as ações humanas dir igidas ao uso e ocupação das t er r as, devendo ainda consider ar a dir eção do seu cr esciment o e a gr adat iva sat ur ação dos núcleos ur banos.

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devem har monizar os r ecur sos nat ur ais, a t opogr af ia, o clima, as exigências econômicas e as necessidades sociais.

Segundo Fuj imot o (2001), o conj unt o de or ient ações par a um planej ament o consider a necessár io à elevação dos r ecur sos econômicos, sociais, f ísicos e polít icos. O planej ament o gover nament al est á at r elado aos dif er ent es níveis do Gover no de Est ado Br asileir o, ou sej a, o planej ament o vai ocor r er nas t r ês esf er as do poder : f eder al, est adual e municipal. Ent r et ant o, as dif er ent es esf er as at uando num mesmo espaço, nem sempr e est ão em sint onia, o que r esult a, na maior ia das vezes, em conf lit os.

Mar angoni Cit ado por Fr uehauf et al. (1996), r elat am que o planej ament o se conf unde com o plano de gover no, não havendo cont inuidade de aplicação dos planos deixando de haver uma avaliação dos r esult ados. Com a pr omulgação da Const it uição Feder al1 de 1988, o município passa a t er mais aut onomia, t ant o polít ico-administ r at iva, quant o f inanceir a. Também const a em lei a obr igat or iedade dos gover nos municipais, com at iva par t icipação da população, elabor ar em suas Leis Or gânicas, bem como seus Planos Dir et or es.

A avaliação do uso da t er r a é de gr ande impor t ância no r egist r o e acompanhament o das alt er ações causadas pelo homem ao longo do t empo. Dessa f or ma, é possível se not ar gr aves desequilíbr ios no meio ambient e causados a par t ir do uso inadequado dos r ecur sos nat ur ais (Fior io, 1998).

Uma análise t empor al do uso da t er r a, ao est udar a dinâmica de ocupação num det er minado per íodo de t empo, explicit a as diver sas r elações est abelecidas ent r e o homem e esse bem (Par ise, 1999).

2. 2. 2. 2 Parcelament o do Solo

Segundo Chaddad (1996), 98% ou mais das cidades do mundo cr escem desor denadament e sem o mínimo r espeit o às medidas e aspir ação do ser humano. Na maior ia dessas cidades, são as empr eit eir as, empr esas de planej ament o, lot eador es, indust r iais que

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execut am a expansão ou início de novas cidades, obedecendo ao mínimo impost o por leis municipais, est aduais e f eder ais. A gr ande maior ia delas t em a f or ma or iginal em xadr ez, ist o é, quadr as de 100 m X 100 m às vezes com var iações de medidas, com r uas est r eit as inadequadas par a o t r ânsit o at ual veloz e sat ur ado. A expansão segue o mesmo padr ão sem um planej ament o especial, sem inovações e sem adapt ações compat íveis com as necessidades do seu humano. Est e conf lit o r esult ant e do modo de vida at ual é o gr ande e maior pr oblema par a os ur banist as em r elação à expansão e cr iação de novas cidades.

Par a as cidades j á implant adas, na opinião de vár ios aut or es, uma pequena cidade, com no máximo 100 mil habit ant es, poder á ser r emodelada, at ualizada em r elação às novas t écnicas de ur banismo. Acima de 300 mil habit ant es, é muit o dif ícil e oner oso (Chaddad, 1996).

Segundo Andr ade (1999), em um pr oj et o de lot eament o, pode-se consider ar que a melhor f or ma de par celament o do solo ur bano dever ia ser at r avés de desenho ur baníst ico e sua concr et ização com a t er r aplenagem adequada, implant ação de micr odr enagem, paviment ação, est abilização de t aludes et c. No mer cado imobiliár io especulat ivo, os pr oj et os ur baníst icos mais comuns de lot eament o em ár eas com declividade acent uada, especialment e os de baixa r enda, pr ivilegiam a disposição dos lot es or t ogonalment e às cur vas de nível. J á os lot es par alelos às cur vas de nível implicam numa maior ár ea par a o sist ema viár io, o que não é int er essant e economicament e par a o lot eador que per de em ár ea de lot e em f unção do sist ema viár io. Tal pr át ica deve-se ao int er esse do lot eador em apr oveit ar o máximo da gleba na pr odução de lot es. Por out r o lado, quando os lot eament os são aber t os com pouca alt er ação do per f il nat ur al da super f ície do r elevo, a ocupação dos lot es implica na execução de cor t es e at er r os de menor es dimensões.

Ainda segundo Andr ade (1999), o padr ão mais usual obser vado na ocupação dos lot es é o nivelament o dest e par a uma f or ma plana com declividade baixa, que per mit e ent ão ao mut uár io a const r ução de uma casa, por ém, necessit a- se de moviment ação de t er r a no t er r eno que pode r esult ar em t aludes de cor t e, t aludes de at er r o ou, o que é mais comum, t aludes de cor t e e at er r o associados.

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de vias dispost as longit udinalment e às cur vas de nível, que são as vias de meia encost a, onde são necessár ios cor t es e at er r os par a a implant ação da plat af or ma da pist a. Ent r et ant o, os desníveis t opogr áf icos adquir idos em lot es com padr ão ur baníst ico de 5 met r os de f r ent e por 25 met r os de f undos, podem ser diver sos em r elação à sit uação da declividade. Quando a disposição do lot e é or t ogonal ou par alela às cur vas de nível, t êm- se os r esult ados const ant es na Tabela 1.

Tabela 1. Disposição do lot e em r elação às cur vas de nível e à declividade

Declividade % Lot e paralelo Lot e ort ogonal

10 1,0 2,5

20 2,0 5,0

30 3,0 7,5

40 4,0 10,0

50 5,0 12,5

60 6,0 15,0

Mot a (1981), pr opõe o par celament o do solo da seguint e maneir a (Figur a 1)

Figur a 1 - Uso do solo pr opost o por Mot a (1981) 2. 2. 2. 3 Alt erações no Espaço Urbano

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r esult ant e as super f ícies com elevado índice de r ef lexão, bem como a imper meabilidade quase t ot al dos solos. O espaço nat ur al que f oi ocupado pelo homem, que o alt er ou, const r uindo ali t odo um equipament o ur bano e onde r ealiza suas f unções, não per deu, por isso, o cont at o com o meio cir cundant e, int er f er indo nele e sendo por ele alt er ado (Fr uehauf , 1990).

Segundo o mesmo aut or , a pr odução de ener gia ant r opogênica aument a a t emper at ur a, uma vez que o calor emit ido pela ação humana nas gr andes cidades ult r apassa o balanço médio de r adiação. É no cent r o das ár eas ur banas, em lugar es pobr es em veget ação, que as t emper at ur as alcançam valor es máximos. Por out r o lado, os valor es mínimos são r egist r ados em ár eas ver des e r eser vat ór ios d' água. Com o aument o da t emper at ur a nas cidades, ocor r e uma diminuição da umidade r elat iva.

Ult imament e, o cr esciment o desor denado do espaço ur bano, sem o cont r ole dos poder es públicos locais, t em ger ado gr aves pr oblemas ambient ais que compr omet em a qualidade de vida da população. Est es pr oblemas, pr incipalment e em ár eas ur banizadas, são bast ant e complexos e exigem novos mét odos de análise, mais abr angent es, par a se descobr ir e r epar ar os danos causados.

Segundo Mer cant e (1991), as cidades r epr esent am os pont os mais signif icat ivos de mudança de nat ur eza f ísica pela ação ant r ópica, apr esent ando uma paisagem nat ur al modif icada pela dinâmica ant r opogenét ica ligada aos sist emas polít icos e econômicos dominant es, ao longo do pr ocesso hist ór ico.

Segundo Guzzo (1999), as cidades são const it uídas, do pont o de vist a f ísico, de espaços de int egr ação ur bana, espaços const r uídos e espaços livr es. (...) visando uma int egr ação da natur eza com a cult ur a do ser humano. Par a t al, é necessár io que se t enha idéia das alt er ações ambient ais pr ovocadas pela ur banização.

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Na ecologia, o ecossist ema é a unidade básica, pois inclui t ant o os or ganismos quant o o ambient e abiót ico. Ecossist ema, por t ant o, é um sist ema aber t o, int egr ado por t odos os or ganismos vivos e os element os não vivent es. Com r elação aos ecossist emas ur banos Guzzo (1999) assim r elat a: “Ecossist emas ur banos exist em a par t ir de alt er ações ant r ópicas nos sist emas nat ur ais ant er ior ment e exist ent es. Esses novos ecossist emas sobr evivem gr aças às cont r ibuições ener gét icas e mat er iais ext er ior es, pr ovenient es dos sist emas cir cundant es, r ur al e nat ur al. Além disso, há um gr ande desper dício dos r ecur sos nat ur ais impor t ados, uma vez que a quant idade de r esíduos e poluent es ger ados é imensa”. Nesse sent ido, como r elat a Mot a (1981), as cidades devem ser compr eendidas como sist emas aber t os e ecossist emas desequilibr ados, onde o f uncionament o é dependent e de out r as par t es do ambient e ger al.

Ter r adas (1987), opina que soment e se f or em incluídos os ext ensos ambient es de ent r ada e saída uma cidade poder á ser consider ada um ecossist ema no sent ido complet o. Aliment ar a cidade supõe impor t ar r ecur sos de t odo o t er r it ór io, par a t oda a população, t ais como água, ener gia, aliment os e ainda, dest inar r esíduos par a a per if er ia.

Segundo Sukopp & Kunick cit ados por Cavalheir o et al. (1995), a discussão sobr e o ambient e do ser humano e seus r iscos de sobr evivência concent r am-se, pr incipalment e, em consider ações t ecnológicas. A nat ur eza e a paisagem como sist emas complexos r ar ament e são incluídas nessas r ef lexões. I sso vale, par a as gr andes cidades, o t ipo de paisagem mais sever ament e ameaçado por poluição do ar , das águas e por r esíduos sólidos. Embor a elas sej am o ambient e mais impor t ant e do homem moder no, são espar sas as t ent at ivas de est udá-las, consider á-las e r econhecê-las como ecossist ema. Além da escassez de est udos, soma- se a est e f at o, a ausência de planej ament o ambient al par a o or denament o do desenvolviment o das cidades, bem como, a car ência de polít icas que consider em em seu boj o, os element os nat ur ais como alvo de invest iment o t écnico e econômico.

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Segundo Guzzo (1999), os impact os no meio ambient e onde se inst ala e se desenvolve uma cidade af et am t odos os element os nat ur ais, sej am eles biót icos ou abiót icos. Consider ando que esses element os são int er dependent es, as modif icações em um, alt er a os out r os.

Par a a expansão e cr iação de cidades dever ia ser cr iada uma comissão de alt o nível de pr of issionais de ur banismo, engenhar ia, ar quit et ur a, agr onomia, ant r opologia, psicologia, sociologia, dir eit o e de out r as ár eas par a, sem int er f er ência polít ica, possa coor denar , planej ar e f or necer dir et r izes ger ais par a t odos os municípios em r elação à expansão e/ ou cr iação de novas cidades (Chaddad, 1996).

2. 2. 2. 4 I mport ância das Áreas Peri- urbanas

Segundo Br yant cit ado por Quevedo Net o (1993), o ambient e da per if er ia ur bana envolve as dimensões econômicas, cult ur ais e nat ur ais. A int er secção dessas dimensões é a paisagem: t odas as mudanças e pr ocessos que ocor r em nesse meio. Dessas mudanças e pr ocessos sur gir ão os pr oblemas or iginados dos conf lit os pot enciais e at uais r elacionados aos valor es int r ínsecos e aos element os dessas vár ias dimensões.

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Aguer o cit ado por Quevedo Net o (1993), def ende a exist ência desses espaços, mas sem uma posição ext r ema em f avor da nat ur eza ou de qualquer out r o pont o de vist a. A int enção é a colocação do espaço ur bano na posição r elevant e e est r at égica que lhe cor r esponde, dent r o do sist ema sócio - econômico do país.

“Todos os níveis de administ r ação t êm algum poder par a implement ar planos, inf luenciar ou r egular o uso da t er r a. De modo ger al, cada unidade gover nament al dif er e nos mét odos empr egados e nos int er esses em f oco” Collins (1976).

Plat t cit ado por Quevedo Net o (1993), debat endo a quest ão da conver são de t er r as cult iváveis nos Est ados Unidos, r evê a evolução em t or no dest a quest ão nos últ imos t r int a anos. At ualment e quat r o f at os dif icult am a discussão e a t omada de decisão sobr e a pr ot eção dest as t e r r as cult iváveis. Ent r e est es f at or es: a super pr odução de aliment os; o aument o da r eceit a at r avés da expor t ação de aliment os; conf usão de obj et ivos, valor es e r et ór ica que t êm car act er izado o debat e em t or no da conver são das t er r as cult iváveis; a f alt a de dados conf iáveis e compar áveis sobr e o uso do solo r ur al.

Agüer o Cit ado por Quevedo Net o (1993), obser va os cust os sociais causados pela per da de espaços nat ur ais nas per if er ias ur banas, por que se "as cidades e os set or es indust r iais e t ur íst icos pr ecisam de espaço par a se expandir , f az-se ent ão necessár ia à elabor ação de um planej ament o t er r it or ial que minimize ao máximo esses cust os sociais. Por sua vez, a polít ica de or denação t er r it or ial t er á que most r ar uma sér ie de opções que sir va de aj uda e compleme nt ação aos planos”.

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No t r at ament o da quest ão da pr eser vação de espaços nat ur ais, pr incipalment e no que diz r espeit o às t er r as cult iváveis, o USA Soil Conser vat ion, def ine como t er r a cult ivável suj eit a a pr ot eção, àquela que apr esent a apt idão par a a agr icult ur a. Por ém, vár ios aut or es cr it icam esse conceit o chamando a at enção par a aquelas t er r as únicas, apt as par a cer t os pr odut os, cuj a ext ensão é limit ada (J ackson, 1981).

Raup (1976), coloca t r ês cr it ér ios par a a def inição dessas t er r as: cr it ér ios f ísicos, econômicos, além da escala geogr áf ica (espacial e t empor al), pois o que é passível de pr eser vação numa r egião pode não ser nout r a, e o que é passível hoj e pode não ser no f ut ur o. Dest e modo, cada ár ea dever á t er uma classif icação específ ica e o planej ament o deve ser flexível às mudanças que se ver if icam t ant o do pont o de vist a social, econômico como ambient al. A maior cont r ibuição em númer o de ar t igos t r at ando de assunt os ligados à legislação do uso da t er r a pr ovém de publicações amer icanas, canadenses e inglesas, onde se analisa as legislações, suas ef icácias e conseqüências par a o meio ur bano e agr ícola nos vár ios níveis de gover no.

Fur uset h e Pier ce (1982), est udando os mecanismos legislat ivos r elat ivos à pr eser vação de t er r as agr ícolas, apont am t r ês pr oblemas pr incipais:

• a compensação f inanceir a par a t ent ar cont er os ef eit os da especulação imobiliár ia é r elat ivament e inef icient e, por que é insuf icient e e a par t icipação volunt ár ia;

• os zoneament os, subdivisões de r egulament ação, códigos de const r ução e

r egulament ação sanit ár ia, são mecanismos aplicados em nível local, por t ant o suj eit os a pr essões polít icas, sof r endo const ant es mudanças;

• a baixa densidade de const r uções per mit idas sobr e t er r as agr ícolas, acaba impedindo o desenvolviment o agr ícola.

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A ur banização, obviament e, em países subdesenvolvidos f az- se sob condições menos f avor áveis do que as dos países desenvolvidos. Segundo Dar in-Dr abkin, cit ados por Quevedo Net o (1993), os f at or es r esponsáveis por essas dif iculdades são: alt a t axa de cr esciment o populacional, baixa r enda per capit a e desigualdade na dist r ibuição de r enda. O cr esciment o exager ado das ár eas ur banas, pr incipalment e nas met r opolit anas do Ter ceir o Mundo, est á r elacionado às conseqüências da or dem econômica int er nacional, cuj os r ef lexos obj et ivam-se na concent r ação das at ividades pr odut ivas moder nas e dos r ecur sos numa dada cidade, t or nando-se est a o cent r o vit al da vida nacional, par a onde f luem gr ande quant idade de migr ant es na per spect iva de obt er em melhor es opor t unidades. O aument o do pr eço da t er r a nas per if er ias ur banas é causado pelo aument o da t axa de cr esciment o ur bano, pela inf luência dos invest iment os est r angeir os e por medidas polít icas r elat ivas ao uso da t er r a. Como r esult ado dos alt os pr eços da t er r a, há uma pr ocur a maior por espaços nas per if er ias ur banas, onde as t er r as são mais bar at as. Em decor r ência disso, a valor ização aí é consider avelment e maior que nas ár eas cent r ais, mot ivo pelo qual os especulador es agem nessas par celas, adquir indo t er r as que f icam à esper a de valor ização(Sant os, 1977).

Segundo Dar in- Dr abkin, cit ados por Quevedo Net o (1993), nos países subdesenvolvidos o pr eço da t er r a aument a em média de 21% a 28% anualment e. Ent r e os f at or es r esponsáveis por essa valor ização o aut or cit a as "t er r as vazias" que diminuem a of er t a de ár eas ur banas, r epr esent ando ent r e 40% e 50% do espaço ocupado pelas ár eas met r opolit anas. A exist ência desses espaços vazios est á r elacionada a duas or dens de f at or es:

• Esper ança de lucr o com a f ut ur a venda, uma vez que o sist ema de t axação da t er r a em si não impõe alt os t r ibut os, de modo que os cust os de capit al dessas t er r as mant ém-se baixos.

• A decisão de invest ir em t er r as onde há alt as t axas de inf lação, onde as possibilidades de invest iment o são r est r it as e a t axa de ur banização alt a.

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mudanças na est r ut ur a agr ár io-agr ícola que t or na o pr eço da t er r a um indicador de pr essão ur bana (Figur a 2). As t er r as em t or no das ár eas ur banas, que est ej am sob uso agr ícola, cober t uras veget ais nat ur ais ou inut ilizadas, pr oduzem r enda econômica inf er ior às ár eas ur banas, de modo que a expansão f ísica das cidades ocor r er á pr ef er encialment e nessas ár eas. Daí a necessidade de se conhecer o gr au de pr essão ur bana a que est ão submet idas, bem como os at r ibut os que of er ecem a diver sos out r os usos, par a que, a par t ir de det er minada escolha de uso, out r as ações possam ser implement adas a f im de amenizar os event uais impact os negat ivos (Dar in- Dr abkin cit ados por Quevedo Net o, 1993).

Figur a 2 - Ut ilização da t er r a em f unção de sua r ent abilidade econômica

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Sachs (1988), diz que as met r ópoles do Ter ceir o Mundo cr iam um conj unt o de mecanismos dist int os em dif er ent es gr upos humanos, sendo que as classes menos f avor ecidas vivem em ár eas mar ginais, numa combinação de poluição indust r ial e cont aminação. Enquant o que as classes mais pr ivilegiadas selecionam nichos ecológicos at r aent es e valor izados.

2. 2. 3 Legislação Básica para I mplant ação de Lot eament os

Buscando as or igens da cr ise ur bana e, conseqüent ement e, da ambient al at ual, t er-se-ia que pr ocur ar as causas e o per íodo em que começar am a se dissolver os limit es da cidade e as mudanças sócio-cult ur ais que acompanhar am essa dissolução. No f inal do século I XX e início do século XX, apr oximadament e, j á com a r evolução indust r ial, devido ao cr esciment o da ár ea do município, o aument o populacional e a expansão da zona ur bana, a cidade t r ansf or mou- se em j oguet e dos int er esses da especulação f inanceir a e imobiliár ia. Segundo Lima (1991), sur ge o “ur banismo moder no” baseado em quat r o obj et ivos f undament ais:

• Descongest ionar o cent r o das cidades par a cumpr ir as exigências de f ácil cir culação;

• Aument ar a densidade do cent r o das cidades par a r ealizar o cont at o exigido pelos negócios or iundos no cr escent e mundo capit alist a;

• Aument ar os meios de cir culação, ou sej a, modif icar as dimensões das r uas, que se encont r avam sem ef eit o diant e dos novos meios de t r anspor t e e;

• Aument ar as chamadas “ár eas ver des” visando ger ar maior lazer e menor est r esse aos novos t r abalhador es ur banos.

Com a ur banização, nasce a necessidade de r egulament ar e ordenar o cr escent e e int er minável pr ocesso de edif icação e apr opr iação ir r egular do solo, ger ando a cr iação de r egr as e nor mas disciplinador as que der am or igem a um novo r amo j ur ídico.

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de Obr as do Município” at r avés da Lei nº 196/ 262. Est e Código vigor ou por 38 anos, at é 1964.

Segundo Duar t e (2.003), const am nas At as da Câmar a Municipal de Ver eador es, desde os pr imór dios do t r açado das pr imeir as r uas cent r ais at é os par celament os de glebas, ant er ior es a 1944. Ent r e 1944 e 1948, há r egist r o de lot eament os implant ados por par t icular es”. Com as vár ias t r ansf or mações ocor r idas, houve a necessidade de uma r evisão no Código de Obr as exist ent e. Baseada na Legislação Est adual vigent e e no Código de Obr as j á exist ent e inst it uiu-se, pela Lei Municipal nº 1.297/ 643 um novo Código que dava maior amplit ude par a o at endiment o das dif iculdades. Em 1965 , a nível Feder al, f oi cr iado o Código Flor est al pela Lei Feder al nº 4.7714 que se t or nou impor t ant e supor t e par a a pr ot eção ambient al. Nest a mesma época f oi cr iado par a o Município de Pir acicaba um Plano Dir et or de Desenvolviment o (PDD)5 at r avés de concur so público, t endo como vencedor o Ar quit et o J oaquim Guedes. O Plano Guedes, como f oi denominado, ent r ou em vigor no ano de 1975.

At é 1979 as Pr ef eit ur as dos Municípios não possuíam legislação específ ica par a o par celament o do solo. Quando a Lei Feder al nº 6.766/ 796 ent r ou em vigor , os lot eament os não cont avam com ár ea inst it ucional e sist ema de lazer e havia gr ande númer o de lot es ociosos. Os mecanismos legais par a a ef et iva ocupação dos lot es ociosos são muit o impor t ant es e at r avés do Plano Dir et or discr iminou-se as ár eas lot eadas suj eit as ao impost o pr ogr essivo. São ár eas que deixam de cumpr ir a f unção social de per mit ir o acesso à mor adia, at endendo apenas aos int er esses especulador es.

O município de Pir acicaba, nos anos 80, ainda mant inha um per f il ur baníst ico t ípico de cidades int er ior anas mant endo a conf or mação de hor izont alidade. A par t ir dest a dat a f oi lançado no mer cado, pela iniciat iva pr ivada, o sist ema de const r ução em condomínio, int ensif icando-se em 1983 com o lançament o de novos edif ícios. At i ngiu o ápice em 1986 com a apr ovação de 63 edif ícios com mais de dois paviment os. For am 400.000 m2 de ár ea

2 Exemplar consult ado na Secr et ar ia Municipal de Planej ament o, da Pr ef eit ur a Municipal de Pir acicaba.

Referências

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