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Conservação pós colheita de abacate ‘Hass’ irradiado

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Revista Iberoamericana de Tecnología Postcosecha

ISSN: 1665-0204

rebasa@hmo.megared.net.mx

Asociación Iberoamericana de Tecnología Postcosecha, S.C.

México

Daiuto, Érica Regina; Tremocoldi, Maria Augusta; Lopes Vieites, Rogério CONSERVAÇÃO PÓS COLHEITA DE ABACAT 'HASS' IRRADIADO.

Revista Iberoamericana de Tecnología Postcosecha, vol. 10, núm. 2, 2010, pp. 94-100 Asociación Iberoamericana de Tecnología Postcosecha, S.C.

Hermosillo, México

Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=81315091005

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Conservação pós colheita de Abacate… Érica Regina Daiuto y cols.(2010)

CONSERVAÇÃO PÓS COLHEITA DE ABACATE ‘HASS’ IRRADIADO 

 

Érica Regina Daiuto1, Maria Augusta Tremocoldi2, Rogério Lopes Vieites2 

 

1,2Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho  

UNESP,  cidade de  Botucatu, estado de são  Paulo, Brasil. CP:237, tel: (55‐1438117172), email: 

erdaiuto@uol.com.br  tel: (14)97540158   

Palavras – chave: vida de prateleira, refrigeração, irradiação, Persia americana  RESUMO 

O abacate é um fruto climatérico que apresenta alta taxa respiratória e produção elevada de etileno após a 

colheita, o que resulta na sua alta perecibilidade sob condições ambientais. O objetivo desta pesquisa foi 

verificar o efeito da radiação gama sobre o amadurecimento de abacate ‘Hass’. As doses de irradiação gama 

foram de 0,2; 0,4; 0;6 e 0,8 kGy, caracterizando 4 tratamentos, e outro testemunha que não foi submetido à 

radiação. A fonte de irradiação foi 60

Co. Os frutos foram analisados por 35 dias (0, 7, 14, 21, 28 e 35 dias). Um 

grupo de frutos caracterizou as amostras destrutivas, nos quais fora realizadas análises de pH, acidez titilável, 

sólidos solúveis (brix), açúcar redutor e ratio. Em outro grupo, o controle, avaliou‐se a perda de massa e taxa 

respiratória. Em todos os tratamentos foram utilizadas 03 repetições e a unidade experimental constou de 03 

frutos para cada dia de análise no grupo destrutivo e 6 frutos no grupo controle. Os diferentes tratamentos 

foram mantidos sob refrigeração à temperatura de ±10ºC e 90±5% de UR. A refrigeração foi efetiva na 

manutenção da conservação dos frutos de abacate da variedade Hass. As análises que mais demonstraram as 

diferenças entre os tratamentos foram a perda de massa, respiração e textura. As doses de 0,2 e 0,6 KGy 

demonstraram ser as mais efetivas na conservação dos frutos. 

 

GAMMA RADIATION IN AVOCADO ‘HASS’ POSHARVEST QUALITY CONSERVATION 

 

Key words: shelf life, refrigeration, irradiation, Persia americana   ABSTRACT 

The avocado is a climacteric fruit that presents high respiratory rate and high ethylene production after the 

crop, what results in an highly perishable under environmental conditions. The aim of this work was to verify 

the effect of gamma radiation on the avocado ripening 'Hass'. The gamma radiation amount were of 0,2; 0,4; 

0;6 and 0,8 kGy, characterizing 4 treatments, and other witness that was not submitted to the radiation. The 

irradiation source was 60

Co. The fruits were analyzed by 35 days (0, 7, 14, 21, 28 and 35 days). A group of fruits 

characterized the destructive samples, us which out accomplished pH analyses, titrable acidity, soluble solids 

(oBrix), sugar reducer and ratio. In another group, the control, was evaluated the weight loss and respiratory 

rate. In all of the treatments 03 repetitions were used and the experimental unit consisted of 03 fruits for every 

day of analysis in the destructive group and 6 fruits in the group control. The different treatments form 

maintained under refrigeration to the temperature of ± 10ºC and 90±5% of UR. The refrigeration was effective 

in the maintenance of the conservation of the fruits of avocado Hass variety. Analyze them that more 

demonstrated the differences among the treatments were the weigth loss, respiratory rate and texture. The 

doses of 0,2 and 0,6 KGy demonstrated to be the most effective in the conservation of the fruits. 

 

INTRODUÇÃO 

  Os cultivares de abacate mais utilizados no  Brasil  são  Simmonds,  Barbieri,  Collinson,  Quintal,  Fortuna,  Breda,  Reis,  Solano,  Imperador, Ouro Verde e Campinas (Franciso e  Baptistella, 2005). As variedades Hass e Fuerte 

denominação “Avocado”. São variedades de  calibres menores e que têm sido valorizadas  no mercado, principalmente para exportação e  com selo de certificação. 

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Conservação pós colheita de Abacate… Érica Regina Daiuto y cols.(2010)

confere  alta  perecibilidade  sob  condições  ambientais (Kader, 1992), portanto, o controle  do  amadurecimento  é  fundamental  para  o  aumento da vida útil após colheita, visando  mercado interno e exportação de frutas (Kluge  et al., 2002). 

  No Brasil, conforme já destacado por Kluge  et al. (2002) a comercialização do abacate a  varejo, ocorre sem refrigeração o que torna a  aplicação de tecnologias de conservação em  temperatura  ambiente  bastante  desejável,  pois a ampliação do período entre a colheita e  o  amadurecimento  pode  proporcionar  o  transporte a longas distâncias e aumento do  período de comercialização. 

  A literatura apresenta formas retardar ou  inibir o amadurecimento dos frutos, entre elas  a  refrigeração,  uso de  ceras  (Gayet  et  al.,  1995;  Oliveira  et  al.,  2000)  e  outros  revestimentos  além  do  uso  de  1‐ metilciclopropeno (Kluge et al., 2002).  

  Associada aos procedimentos pós‐colheita  normalmente empregados, as radiações gama,  em baixos níveis de dose, são um excelente  método para prolongar a vida comercial das  frutas,  retardando  os  processos  de  amadurecimento  e  senescência,  bem  como  reduzindo significativamente o apodrecimento  causado por fungos e bactérias patogênicas  (Käferstein e Moy, 1993).  

  Segundo  Chitarra  e  Chitarra  (2005),  há  alguns inconvenientes em usar a irradiação,  pois dependendo da dosagem, pode provocar  escurecimento,  perda  de  firmeza,  aparecimento  de  depressões  superficiais,  amadurecimento anormal e perda de aroma e  sabor nos produtos. 

  O abacate mostrou‐se como sendo uma das  frutas mais sensíveis às radiações ionizantes,  sendo  que,  para  a  maioria  das  variedades  estudadas, doses acima  de 100 ou 200 Gy  causam  severas  descolorações  da  polpa  e  escurecimento da casca. Observou‐se que a  dose ótima varia bastante entre variedades e  mesmo para abacates da mesma variedade, 

quando  cultivados  em  regiões  diferentes  (Germano et al., 1996) 

  O objetivo desta pesquisa foi verificar o  efeito  da  radiação  gama  sobre  o  amadurecimento de abacate ‘Hass’. 

 

MATERIAIS E MÉTODOS  Matéria prima 

  Os  frutos  da  cultivar  Hass  foram  cuidadosamente  colhidos  no  ponto  de  maturação fisiológica e selecionados quanto a  ausência de danos mecânicos. 

 

Tratamento do frutos 

  As doses de irradiação gama foram de 0,2;  0,4;  0;6  e  0,8  KGy,  caracterizando  4  tratamentos . A fonte de irradiação foi 60Co.O  tratamento  testemunha  não  recebeu  nenhuma dose de irradiação. 

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Conservação pós colheita de Abacate… Érica Regina Daiuto y cols.(2010)

potenciômetro  atinge  8,1,  conforme  recomendação do Instituto Adolfo Lutz (2005).  Textura,  avaliada  através  do  texturômetro  modelo “STEVENS – LFRA texture analyser”  com a distância de penetração de 20mm e  velocidade  de  2,0mm/seg.,  utilizando‐se  a  ponta de prova TA 9/1000, o valor obtido para  se determinar a textura em gramas/força, é  definido como a força máxima requerida para  que uma parte do ponteiro penetre na polpa  dos produtos; pH realizado por potenciometria  conforme  técnica  descrita  pelo  Instituto  Adolfo Lutz  (2005);  Relação SST/ATT (ratio)  determinado  pela  relação  entre  os  sólidos  solúveis  e  a  acidez  titulável,  conforme  metodologia de Tressler e Joslyn (1961);    Perda de massa fresca pela pesagem dos  frutos do início do experimento e a cada 3  dias, permitindo o cálculo da perda de massa  fresca em porcentagem. 

 

PM (%) = (pi – pj/pi) x 100   

  Onde : PM = perda de massa (%), Pi = peso  inicial dos frutos controle, Pj = peso no período  subseqüente a Pi (g) 

 

  Respiração.  A  determinação  da  taxa  de  respiração, feita de forma indireta, é efetuada 

em  respirômetro,  pela  medida  do  CO2  liberado,  de  acordo  com  metodologia  adaptada de Bleinroth et al. (1976). A taxa de  respiração foi calculada pela seguinte fórmula:  TCO2 = 2,2(Vo‐V1).10/ P.T. Onde: TCO2 = Taxa  de respiração (ml CO2 kg‐1 h‐1); Vo = Volume  gasto de HCl para titulação de hidróxido de  potássio – padrão antes da absorção de CO2  (ml) (branco); V1 = Volume gasto de HCl para  titulação  de  hidróxido  de  potássio  após  a  absorção do CO2 da respiração (ml); P = peso  dos frutos; T = Tempo da respiração (hs); 2,2 =  Inerente  ao  equivalente  de  CO2  (44/2),  multiplicado  pela  concentração  do  ácido  clorídrico;  10  =  Ajuste  para  o  total  de  hidróxido de potássio usado no experimento.   

  Delineamento experimental e análise dos  dados. Os dados foram submetidos a teste de  média por Tukey. Foi também realizada uma  análise  de  correlação  simples  entre  os  parâmetros pós‐colheita avaliados. 

 

RESULTADOS E DISCUSSÕES 

  Na Tabela 1 observa‐se que houve poucas  correlações significativas, sendo duas positivas  e duas negativas. 

 

 

Tabela 1. Correlações lineares para os parâmetros pós‐colheita avaliados 

    acidez  brix  pH  textura  açúcar 

redutor 

ratio  taxa 

respiratória 

perda 

de 

massa 

Acidez  1,00  0,10  ‐0,04  0,14  ‐0,06  ‐0,67*  0,12  ‐0,30 

Brix    1,00  ‐0,08  ‐0,05  ‐0,14  0,59*  0,32  0,15 

pH      1,00  ‐0,54*  0,06  ‐0,06  ‐0,07  ‐0,05 

Textura        1,00  0,11  ‐0,09  ‐0,07  ‐0,07 

Açúcar redutor          1,00  ‐0,16  0,10  0,38 

Ratio        1,00  0,11  0,30 

Taxa respiratória        1,00  0,68* 

Perda de massa        1,00 

(P<0,05) 

  Segundo Shimakura e Ribeiro Júnior (2005),  quando o coeficiente de correlação linear (r)  entre duas variáveis é, em módulo, menor que  0,199, considera‐se que houve uma correlação  muito  fraca.  Quando  o  coeficiente  de 

       

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Conservação pós colheita de Abacate… Érica Regina Daiuto y cols.(2010)

  Portanto  para  perda  de  massa  e  taxa  respiratória  houve  uma  forte  correlação  positiva, ou seja, à medida que aumenta a taxa  respiratória  aumenta  também  a  perda  de  massa. Uma  forte correlação foi  observada  também para ratio e acidez, porém negativa. À  medida que aumenta acidez diminui os valores  de ratio. Já para ratio e brix a correlação foi  moderada e positiva, ao aumentar o valor de  brix, valores maiores de ratio são observados.    A  Figura  1  mostra  a  tendência da taxa  respiratória para os diferentes tratamentos.  

  0 10 20 30 40 50 60

7 14 21 28 35

Dias de análise

T axa r esp ir at ó ri a TESTEMUNHA 0,2 0,4 0,6 0,8

Figura 1. Taxa respiratória obtida em frutos de 

abacates ‘Hass’ submetidos a diferentes doses de 

irradiação, armazenados a 10±1º C e 85‐90% UR. 

 

  Observou‐se  que  na  dose  de  0,2  kGy  ocorreu  um  menor  taxa  de  respiração  comparando‐se aos demais tratamentos dos  14 ao 28 dias de armazenamento, sendo o  pico de respiração retardado em relação às  demais doses. 

  Para perda de massa não foi observada  diferença significativa ao longo do período de  armazenamento, no entanto a Figura 2 mostra  a tendência para este parâmetro avaliado.    As  doses  0,2  e  0,6  KGy  e  tratamento  testemunha  foram  as  que  propiciaram  menores perda de massa dos 15 aos 35 dias de  armazenamento aproximadamente. Nas doses  de 0,4 e 0,8 KGy, houve maior perda de massa.    A  perda  de  água,  que  resulta  em  murchamento, enrugamento da casca e perda  de  peso  são  fatores  que  comprometem  a  qualidade dos frutos (Awad, 1993; Chitarra e 

Chitarra, 2005). Produtos perecíveis como o  abacate  mesmo  quando  colocados  em  condições  ideais,  sofrem  alguma  perda  de  peso  durante  o  armazenamento  devido  ao  efeito  combinado  da  respiração  e  da  transpiração (Chitarra e Chitarra, 2005).  

0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4

0 10 20 30 40

dias de análise

p er d a d e m as sa ( % ) TESTEMUNHA 0,2 0,4 0,6 0,8

Figura 2. Perda de massa fresca obtida em frutos 

de abacates ‘Hass’ submetidos a diferentes doses 

de irradiação, armazenados a 10±1º C e 85‐90% 

UR pro 35 dias. 

 

  Para  pH  e  acidez  também  não  houve  diferenças significativas  ao  nível  de  5%  de  probabilidade pelo Teste de Tukey (Tabelas 2 e  3).  

 

Tabela  2.  Valores  médios  do  pH  obtidos  em 

abacates ‘Hass’ submetidos a diferentes doses de 

irradiação, armazenados a 8±1º C e 85‐90% UR 

durante trinta e cinco dias.  

Tratamentos       Dias de conservação 

       7    14    21    28    35 

0,0 kGy  6,52A  6,43A  6,48A  6,58A  6,55A  0,2 kGy  6,38A  6,53A  6,52A  6,44A  6,71A  0,4 kGy  6,46A  6,53A  6,56A  6,56A  6,45A  0,6 kGy  6,27A  6,51A  6,49A  6,32A  6,55A  0,8 kGy  6,38A  6,41A  6,35A  6,43A  6,43A  CV%  3,65  3,34  1,86  3,12  3,22  Médias seguidas  de  mesma  letra na  coluna  não  diferem  significativamente entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo  Teste de Tukey. 

 

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Conservação pós colheita de Abacate… Érica Regina Daiuto y cols.(2010)

encontraram diferenças siginificativas para o  pH em frutos da variedade Fuerte avaliados  sob  temperatura  ambiente  e  refrigerada  tratados com cera.  

 

Tabela 3. Valores médios da acidez titulável (g de 

ácido  cítrico.  100g‐1  de  polpa)  obtidos  em 

abacates ‘Hass’ submetidos a diferentes doses de 

irradiação, armazenados a 8±1º C e 85‐90% UR 

durante trinta e cinco dias.  

Tratamentos       Dias de conservação 

        7    14    21    28    35 

0,0 kGy  0,63A  0,95A  0,69A  1,03A  0,57A  0,2 kGy  1,10A  0,78A  0,69A  0,90A  0,89A  0,4 kGy  0,74A  0,86A  0,68A  0,92A  0,79A  0,6 kGy  0,76A  0,59A  1,10A  0,72A  0,98A  0,8 kGy  1,10A  0,76A  1,14A  1,06A  1,06A  CV%  39,46  25,05  35,67  20,87  26,08  Médias seguidas  de mesma letra na coluna não  diferem  significativamente entre siao nível de 5% de probabilidade pelo  Teste de Tukey. 

 

  A Tabela 4 apresenta os valores de sólidos  solúveis  obtidos  em  abacates  ‘Hass’  submetidos a diferentes doses de irradiação.  Não houve diferenças significativas. Observa‐ se de modo geral um aumento dos valores de  sólidos solúveis até os 28 dias para a maioria  das  doses  de  irradiação  e  tratamento  testemunha. Entre os tratamentos, aos 14 dias  de  armazenamento,  observouse  diferenças  significativas.  A  dose  0,8  KGy  diferiu  significativamente  dos  demais  tratamentos  alcançando  os  maiores  valores  de  sólidos  solúveis  assim  como  o  tratamento  testemunha.  As  doses  0,2  e  0,6  KGy  apresentaram valores menores indicando um  retardo do amadurecimento em relação aos  outros tratamentos, mas foi a dose 0,6 KGy  que manteve melhor o teor de sólidos solúveis  até os 28 dias de armazenamento refrigerado.    A textura do abacate está estreitamente  relacionada com a solubilização de substâncias  pécticas. Durante a maturação há a conversão  da  pectina  insolúvel  em  pectina  solúvel,  amolecendo e diminuindo a resistência dos  frutos (Chitarra e Chitarra, 2005). Para este  parâmetro observou‐se diferença em função  da dose de irradiação (Tabela 5). 

Tabela  4.  Valores  médios  do  teor  de  sólidos 

solúveis  (ºBrix)  obtidos  em  abacates  ‘Hass’ 

submetidos  diferentes  doses  de  irradiação, 

armazenados a 8±1º C e 85‐90%  

Tratamentos         Dias de conservação 

       7     14     21    28     35 

0,0 kGy  17,00A  20,60AB 22,90A  24,66A  12,53A  0,2 kGy  14,86A  17,73B  19,00A  21,03A  15,30A  0,4 kGy  18,40A  19,76AB 17,53A  18,00A  12,76A  0,6 kGy  17,30A  17,40AB 17,00A  18,36A  12,20A  0,8 kGy  19,70A  21,90A  20,23A  20,83A  15,73A  CV%  18,90  8,96  13,84  19,01  29,46  Médias  seguidas de  mesma letra  na  coluna  não diferem  significativamente entre siao nível de 5% de probabilidade pelo  Teste de Tukey. 

 

  No  tratamento  testemunha  a  queda  da  textura dos 7 para os 14 dias foi de 86% em  relação ao valor inicial, para as doses 0,2 e 0,4  foi em torno de 35%. Já para as doses de 0,6 e  0,8 foi respectivamente de 20 3e 23 %. No  entanto  a  dose  0,6  foi  a  mais  efetiva  na  manutenção da textura dos frutos ao longo do  período  de  armazenamento  observando‐se  esta tendência inclusive nos 28 e 35 dias de  armazenamento. 

 

Tabela 5. Valores médios da textura (g/f) obtidos 

em abacates ‘Hass’ submetidos a diferentes doses 

de irradiação, armazenados a 8±1º C e 85‐90% UR 

durante trinta e cinco dias.  

Tratamentos         Dias de conservação 

       7    14    21   28   35 

0,0 kGy  646,66A 87,83B  60,66B  44,66C  24,50B  0,2 kGy  707,33A 455,16A 207,00AB 144,16BC 55,33B  0,4 kGy  735,00A 474,83A 232,00AB 150,00BC 97,50B  0,6 kGy  623,66A 495,33A 399,66A 315,00A 216,16A  0,8 kGy  479,16A 367,16AB 244,16AB 189,66AB 96,50B  CV%  39,86  35,77  41,19  28,56  31,12  Médias  seguidas de  mesma letra  na  coluna  não diferem  significativamente entre siao nível de 5% de probabilidade pelo  Teste de Tukey. 

  

  Para  açúcares  redutores  totais  e  ratio  (Tabelas 6 e 7) também não houve diferenças  significativas entre os tratamentos. 

A  refrigeração  parece  ter  sido  efetiva  na  conservação  dos  frutos  independente  da  aplicação de radiação gama.  

(7)

Conservação pós colheita de Abacate… Érica Regina Daiuto y cols.(2010)

Tabela 6. Valores médios de açúcares redutores 

(%)  obtidos em  abacates  ‘Hass’  submetidos 

diferentes doses de irradiação, armazenados a 

8±1º C e 85‐90% UR durante trinta e cinco dias.  

Tratamentos           Dias de conservação 

        7     14     21     28     35 

0,0 kGy  0,270A  0,483A  0,243A  0,243A  0,353A  0,2 kGy  0,266A  0,390A  0,273A  0,363A  0,213A  0,4 kGy  0,306A  0,396A  0,363A  0,386A  0,226A  0,6 kGy  0,316A  0,266A  0,243A  0,273A  0,406A  0,8 kGy  0,310A  0,446A  0,240A  0,356A  0,310A  CV%  28,70  41,34  25,37  37,61  48,67  Médias  seguidas de  mesma letra  na  coluna  não diferem  significativamente entre siao nível de 5% de probabilidade pelo  Teste de Tukey. 

 

Tabela 7. Valores médios de ratio obtidos em 

abacates ‘Hass’ submetidos a diferentes doses de 

irradiação, armazenados a 8±1º C e 85‐90% UR 

durante trinta e cinco dias.  

Tratamentos         Dias de conservação 

       7     14     21     28    35 

0,0 kGy  28,09A  29,68A  36,56A  23,69A  22,42A  0,2 kGy  15,38A  21,72A  28,80A  23,45A  19,08A  0,4 kGy  27,21A  22,84A  28,38A  19,28A  17,02A  0,6 kGy  22,46A  29,92A  16,20A  26,92A  12,54A  0,8 kGy  19,82A  30,48A  19,08A  19,67A  15,00A  CV%  36,41  29,17  37,15  23,93  44,95  Médias  seguidas de  mesma letra  na  coluna  não diferem  significativamente entre siao nível de 5% de probabilidade pelo  Teste de Tukey. 

 

  Germano et al. (1996) observaram que as  radiações gama do 60Co na variedade Fortuna  induziram  um  prolongamento  na  vida  de  prateleira.  que na  testemunha era  de  sete  dias, para 11,2 dias quando irradiados com a  dose de 75 Gy e para 15,2 dias se irradiados  com  100  Gy.  A  variedade  Quintal  não  se  mostrou sensível às radiações. A refrigeração  induziu nos frutos do abacate um aumento  significativo  de  suas  vidas  de  prateleira,  independentemente da irradiação. Os autores  comentam que os resultados já obtidos em  experimentos  para  incremento  da  vida  comercial de abacates, indicam que não há  uma dose ou faixa de  doses uniforme que  poderia  ser  preconizada  para  todas  as  variedades. 

 

   

CONCLUSÃO 

  A refrigeração foi efetiva na manutenção  da  conservação  dos  frutos  de  abacate  da  vairedade  Hass.  As  análises  que  mais  demonstraram  as  diferenças  entre  os  tratamentos  foram  a  perda  de  massa,  respiração e textura. As doses de 0,2 e 0,6 KGy  demonstraram  ser  as  mais  efetivas  na  conservação dos frutos. 

 

AGRADECIMENTOS 

  À empresa Jaguacy (Bauru‐SP) pelo apoio e  participação  nas  pesquisas,  à  Fundação  de  Apoio  a  Pesquisa  no  Estado  de  São  Paulo  (FAPESP) e CAPES.  

 

REFERÊNCIAS 

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Chitarra,  M.I.F.e  A.B.  Chitara.  2005.  Pós  colheita de frutos e hortaliças: Fisiologia e  Manuseio. Lavras: ESAL/FAEPE. 

Francisco,V.L.F.dos.S.e  C.da  S.L.  Baptistella.2005.  Cultura  do  abacate  no  estado  de  São  Paulo.    Informações  Econômicas, São Paulo, 35 (5):27‐41.  Kader, A, A.1992. Postharvest technology of 

horticultural crops.  Okland: University  of  California,  292p. . 

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Gayet,  J.P.  et  al.    1995.  Abacate  para  exportação: procedimentos de colheita e  pós‐colheita.: FRUPEX, Brasília. 37p.  Germano, R.M. de A., et al.1996. Conservação 

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Conservação pós colheita de Abacate… Érica Regina Daiuto y cols.(2010)

Shimakura,  S.  E.  e  P.J.Ribeiro  Junior.  Estatística,  2005.  Disponível  em:  <http://www.est.ufpr.br/~paulojus/CE003/ ce003/> Acesso em: 05 de dezembro de  2009. 

Instituto Adolfo Lutz. 2005. Métodos físicos e  químicos para análise de alimentos. 5.ed.  Brasília: Anvisa. 533 p. 

Käferstein, F.K.e G.G. Moy. 1993.Public health  aspects  of  food  irradiation.  Journal  of 

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