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Abordagem psicossocial de uma população de indivíduos com vitiligo: avaliação de depressão, ansiedade e qualidade de vida

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CELSO LOPES

ABORDAGEM PSICOSSOCIAL DE UMA POPULAÇÃO DE INDIVÍDUOS

COM VITILIGO: avaliação de depressão, ansiedade

e qualidade de vida

Tese apresentada à Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina, para obtenção do título de Mestre em Ciências pelo programa de pós graduação em Dermatologia.

Orientador: Profa Dra Valeria Petri

(2)

Sumário

Lista de figuras... 3

Lista de tabelas ... 5

Resumo ... 7

1 INTRODUÇÃO ... 8

1.1 Objetivos ... 10

2 REVISÃO DA LITERATURA ... 11

3 MÉTODOS ... 17

3.1 Sujeitos da pesquisa ... 17

3.2 Instrumentos e materiais ... 17

4 RESULTADOS ... 20

4.1 Sobre a análise estatística dos dados ... 20

4.2.1 Comparação entre os grupos quanto às variáveis de controle ... 20

4.3 Da segunda comparação ... 23

4.3.1 Comparação entre os grupos quanto a sintomas de depressão e ansiedade e parâmetros de qualidade de vida ... 24

5 DISCUSSÃO ... 38

6 CONCLUSÕES ... 41

7 REFERÊNCIAS ... 42

8 ABSTRACT ... 46

(3)

Lista de figuras

Figura 1- Escores médios de sintomas de depressão segundo o grupo... 25

Figura 2- Escores médios de sintomas de depressão segundo o grupo e sexo 26

Figura 3- Distribuição dos escores Beck – depressão segundo o grupo e sexo 27

Figura 4- Escores médios de sintomas de ansiedade segundo o grupo ... 28

Figura 5- Escores médios de sintomas de ansiedade segundo o grupo e sexo 28

Figura 6- Distribuição dos escores Beck – ansiedade segundo grupo e sexo... 29

Figura 7- WHOQOL – Escores médios do Domínio físico segundo o grupo... 30

Figura 8- WHOQOL – Escores médios do Domínio físico segundo o grupo e

sexo... 30

Figura 9- Distribuição dos escores WHOQOL – Domínio físico segundo o

grupo e sexo... 31

Figura 10- WHOQOL – Escores médios do Domínio psicológico, segundo o

grupo... 32

Figura 11- WHOQOL – Escores médios do Domínio psicológico segundo o

grupo e sexo... 32

Figura 12- Distribuição dos escores WHOQOL – Domínio psicológico, segundo o grupo e sexo... 33

(4)

Figura 14- WHOQOL – Escores médios do Domínio social segundo o grupo e

sexo... 34

Figura 15- Distribuição dos escores WHOQOL – Domínio social, segundo o

grupo e sexo... 35

Figura 16- WHOQOL – Escores médios do Domínio ambiental segundo o

grupo... 36

Figura 17- WHOQOL – Escores médios do Domínio ambiental segundo o grupo e sexo... 36

(5)

Lista de tabelas

Tabela 1- Classificação da intensidade da depressão, com base nos escores

do Inventário Beck de Depressão... 18

Tabela 2- Classificação da intensidade da ansiedade, com base nos escores do Inventário Beck de ansiedade... 19

Tabela 3- Resultados da comparação entre os grupos com relação às variáveis de controle ... 20

Tabela 4- Medidas descritivas da Idade início do vitiligo e do tempo de evolução da doença ... 21

Tabela 5- Distribuição dos grupos com relação à variável Sexo ... 21

Tabela 6- Distribuição dos grupos com relação à variável Estado civil... 21

Tabela 7- Distribuição dos grupos com relação à variável Raça ... 21

Tabela 8- Distribuição dos grupos com relação à variável Escolaridade... 22

Tabela 9- Distribuição dos grupos com relação à variável Profissão... 22

Tabela 10- Tabela 11- Medidas descritivas da Idade em cada grupo de estudo ... Relação das dermatoses do grupo controle... 22 23 Tabela 12- Níveis descritivos das comparações de interesse... 24

Tabela 13- Medidas descritivas da variável Beck – Depressão, segundo Grupo e Sexo ... 24

(6)

Tabela 17- Escala Beck - Ansiedade - Distribuição dos indivíduos do grupo

controle quanto aos níveis de sintomas de ansiedade... 27

Tabela 18- Escala Beck - Ansiedade - Distribuição dos indivíduos com vitiligo

quanto aos níveis de sintomas de ansiedade... 27

Tabela 19- Medidas descritivas da variável Domínio físico (WHOQOL),

segundo Grupo e Sexo... 29

Tabela 20- Medidas descritivas da variável Domínio psicológico (WHOQOL),

segundo Grupo e Sexo ... 31

Tabela 21- Medidas descritivas da variável Domínio social (WHOQOL),

segundo Grupo e Sexo... 33

Tabela 22- Medidas descritivas da variável Domínio ambiental (WHOQOL),

(7)

Resumo

Objetivo: o vitiligo é doença comum de etiologia desconhecida, crônica, capaz de determinar grave desfiguração, podendo afetar significantemente a qualidade de vida dos pacientes. O presente estudo foi realizado com objetivo de pesquisar aspectos psicossociais em uma população de indivíduos com vitiligo, com ênfase em sintomas de depressão e ansiedade e avaliação da qualidade de vida, baseados em inventários de investigação, avaliando o impacto social da doença sobre o indivíduo.

Métodos: foram selecionados 60 voluntários, de ambos os sexos, com idades entre 18 e 40 anos, sendo o primeiro grupo composto de 30 indivíduos sem vitiligo (grupo controle) e o segundo grupo composto de 30 indivíduos com vitiligo, em tratamento nos ambulatórios do Departamento de Dermatologia da Escola Paulista de Medicina – Universidade Federal de São Paulo. Os voluntários foram submetidos aos Inventários Beck de ansiedade e depressão e Inventário de Qualidade de Vida da Organização Mundial da Saúde (WHOQOL – bref). Foram comparados os níveis de sintomas de depressão e ansiedade e parâmetros de qualidade de vida entre os dois grupos.

Resultados: o grupo de indivíduos com vitiligo apresentou maiores escores médios de sintomas de depressão e ansiedade e menores escores médios dos Domínios Físico, Psicológico e Social (WHOQOL), quando comparados com o grupo controle.

(8)

1 INTRODUÇÃO

O vitiligo é doença auto-imune(1) crônica, de causa desconhecida, que se apresenta como máculas resultantes da perda progressiva da pigmentação cutânea. Tais máculas localizam-se em quaisquer pontos da superfície da pele, sem predileção por sexo ou raça. Quanto à idade de início, admite-se que cerca de metade dos casos surja antes dos 20 anos(2).

O vitiligo acomete cerca de 1% da população mundial(1-2) e em 30% dos casos há histórico de ocorrência familiar(3). Ainda que não comprometa a vida, essa afecção exerce considerável influência sobre o bem-estar psicológico dos pacientes, promovendo perda da auto-estima, distorção da imagem corporal e deterioração da qualidade de vida(4).

A patogenia não é de todo conhecida. As teorias atuais buscam explicar a doença e, até o presente, as causas e os mecanismos envolvidos não estão inteiramente esclarecidos.

São apresentadas as seguintes teorias:

a) teoria genética: a história familiar é positiva em cerca de um terço dos casos e foram descritas ocorrências em gêmeos homozigóticos. O padrão de herança seria autossômico dominante, de natureza poligênica, com penetrância e expressão variáveis(5);

b) teoria auto-imune: leva em conta alterações do sistema imunológico que resultam em destruição dos melanócitos. Essa proposição é sustentada pela observação freqüente de vitiligo na vigência de outras doenças autoimunes (tireoidopatias, diabetes insulino-dependente, anemia perniciosa, doença de Addison, alopecia areata, esclerodermia, lúpus eritematoso sistêmico), na resposta ao tratamento com imunossupressores e na presença de anticorpos específicos contra antígenos da superfície dos melanócitos(6);

(9)

d) teoria dos radicais livres: sugere que a destruição dos melanócitos seria resultado da liberação excessiva de radicais livres (em particular peróxido de hidrogênio)(8-9), eventualmente com níveis reduzidos de catalase(10), durante o processo de síntese e degradação da melanina ou em outras reações químicas orgânicas;

e) teoria neural: sugere que mediadores químicos liberados em algumas terminações nervosas poderiam ser tóxicos para os melanócitos. Essa teoria também se apóia na ocorrência das formas segmentares de vitiligo(11) e na associação com estresse psíquico e distúrbios neurológicos(12-13).

f) teoria convergente: propõe a combinação das teorias anteriores(14).

Assim, o vitiligo não deveria ser interpretado como doença per se, mas sim como sinal ou parte de condições de origens diversas, a maioria delas desconhecida, que apresentam em comum a destruição ou inativação dos melanócitos.

Vários estudos têm demonstrado que o vitiligo é uma doença que pode causar grande impacto na vida dos indivíduos, em diferentes áreas. Algumas das características marcantes observadas foram: baixos índices em inventários de auto-estima, sentimento de estigmatização e preconceito. Outras manifestações foram: alterações do sono e de hábitos alimentares, estresse, depressão, interferência nas relações sexuais e sentimento de discriminação social.

As reações variam de indivíduo para indivíduo e a doença gera grande necessidade de informação. Fatores psicossociais ou estressores parecem desencadear ou modificar a evolução de algumas dermatoses, o que sugere que o conhecimento desses fatores seja fundamental para melhorar a abordagem e acompanhamento dos pacientes.

Pesquisas realizadas até o presente justificam o estudo aprofundado dos fatores psicossociais relacionados ao vitiligo e dos recursos para avaliar o impacto dessa dermatose no nosso meio.

(10)

pacientes e com a busca de resultados terapêuticos mais eficazes, melhor prognóstico e, principalmente, melhor qualidade de vida.

1.1 Objetivos

1. Avaliar sintomas de depressão e ansiedade e parâmetros de qualidade de vida em uma população de indivíduos com vitiligo e

(11)

2 REVISÃO DA LITERATURA

O vitiligo pode exercer profundo impacto na vida dos pacientes. Panconesi et

al.(15) (1983) observaram que a percepção de uma alteração da pele como

deficiência tem repercussão somatopsíquica que varia entre os indivíduos e

depende do tipo de dermatose. Suas experiências ainda não permitiam a

classificação do vitiligo como doença psicossomática, mas sugeriam abordagem

multidisciplinar.

Os danos psicossociais provocados pelo vitiligo também preocupavam outros

autores(16) e o interesse nos aspectos psíquicos e sociais de várias doenças de pele

foi aumentando a cada dia.

Em 1986, Porter et al.(17) observaram que indivíduos com vitiligo apresentavam

menores índices em inventários de auto-estima quando comparados com um grupo

controle. O estudo sugere, também, que outras dermatoses com alterações de

coloração produzem padrões similares de desajuste social. Porém, quando

comparados com indivíduos com psoríase demonstraram melhor ajuste social e

menor sentimento de discriminação.

Em estudo realizado com questionários enviados a 237 pacientes em

tratamento de vitiligo, Porter et al.(18) (1987) concluíram que 67% manifestavam

preocupação com sua doença. A disseminação das manchas era preocupação de

41% deles. A possibilidade dos filhos herdarem a doença, a estigmatização e o

(12)

dos pacientes sentiam-se observados pelos circunstantes, 20% já haviam sido

vítimas de comportamentos hostis por parte de estranhos, 23% consideravam que o

vitiligo interferia na relação com o sexo oposto e 8% relatavam discriminação no

ambiente de trabalho, em função da doença. O estresse foi constatado em 32% dos

pacientes, 44% tentavam encobrir as manchas com cosméticos e 51% usavam

roupas especiais para dissimular as manchas (chapéus, luvas, mangas compridas).

Cerca de 7% dos entrevistados referiram depressão grave, três pacientes chegaram

a considerar a hipótese de suicídio e 32% afirmaram embaraço ao lidar com a

doença na vida cotidiana. Os autores concluíram que o vitiligo cria grande

necessidade de informação e constataram que 90% dos indivíduos referiam que a

família lhes dava suporte emocional. Porém, o aprofundamento da investigação

revelou que o sentimento dos pacientes era de que as famílias estivessem mais

preocupadas, de fato, com o efeito do vitiligo sobre elas próprias (contágio,

hereditariedade). Além disso, os pacientes comentaram o fato de muitos médicos

não darem o devido valor à doença ao considerá-la “apenas um problema estético”.

Os autores concluíram que a psicoterapia seria de grande auxílio para atenuar um

problema capaz de exercer profundo efeito na vida desses indivíduos.

Ao estudar a influência do vitiligo sobre as relações sexuais dos pacientes,

Porter et al.(19) (1990) avaliaram 158 pacientes por meio de questionários. Os

indivíduos mais afetados tinham baixa auto-estima e eram, predominantemente, do

sexo masculino. Embora a discriminação tenha sido reconhecida como a origem dos

problemas, muitos pacientes atribuíram o estresse dos encontros sexuais à própria

ansiedade. Os autores concluíram que os dermatologistas deveriam estar

especialmente atentos aos efeitos desfigurantes da doença e à questão da

(13)

Estudando um grupo de 117 indivíduos com vitiligo, Salzer e Schallreuter(20)

(1995) observaram níveis elevados de noradrenalina no plasma dos pacientes,

quando comparados com grupo controle. Não foi observado nenhum padrão

específico de personalidade. Dois terços dos pacientes associaram a doença a

fatores físicos, psíquicos, ambientais ou hormonais e um terço deles não se

lembrava de um evento específico desencadeante. Os resultados desse estudo

sugeriram possível ligação entre estresse e susceptibilidade genética no

desencadeamento ou progressão do vitiligo.

O fator estresse, conforme Kent e Al’Abadie(21) (1996), pode exercer importante

papel no desencadeamento ou evolução da doença, porém a relação entre esse

fator e o vitiligo ainda não está completamente elucidada.

Em outro estudo de Kent e Abadie(22) (1996), 614 membros da Sociedade de

Vitiligo do Reino Unido responderam a um questionário combinado de métodos

qualitativos e quantitativos. Quando instados a indicar se a doença teria afetado

suas vidas durante as três semanas anteriores, 59% descreveram pelo menos um

incidente relevante, geralmente relacionado à baixa auto-estima e sentimento de

estigmatização. As dificuldades mais mencionadas foram: escolha das roupas,

necessidade de proteção solar, necessidade de evitar atividades que resultassem

em exposição das manchas, preconceito, fatores emocionais (sentimentos de raiva

ou frustração geralmente ligados à rejeição), desconforto de explicar a natureza da

doença a terceiros, temor dos filhos serem afetados pela doença. Os autores

salientaram que nos casos de doença crônica de difícil tratamento, como o vitiligo, é

importante reconhecer e saber lidar com as conseqüências psicossociais. Com base

em estudos anteriores, os autores observaram que, dada a relação entre estresse e

(14)

relaxamento, podem ser de grande utilidade. Sugeriram, também, que assertividade

e autoconfiança são cruciais e que, quando preparadas para ajustarem-se à

realidade de sua desfiguração, as pessoas são mais hábeis para formar novos

relacionamentos e lidar com preconceitos.

O impacto do estresse sobre o desencadeamento do vitiligo foi estudado por

Papadopoulos et al.(23) (1998), em um grupo de 73 pacientes, na Inglaterra. O

objetivo era estabelecer se os indivíduos com vitiligo vivenciavam eventos

estressantes em proporção significavelmente maior no ano anterior ao surgimento

da doença, em comparação com grupo controle. Os resultados indicaram que a

perda de um parente ou amigo próximo eram fatores desencadeantes relevantes.

Outros eventos relatados foram: alterações do sono, alterações de hábitos de

alimentação e disfunções sexuais que poderiam ser associadas a estados

depressivos. Também foi relatada ocorrência de doenças na família e mudanças de

residência. O artigo discorre sobre estudos que sugerem que indivíduos com vitiligo

apresentam predisposição genética e que eventos estressantes poderiam

desencadear o quadro. Os resultados desse estudo dão suporte à teoria do papel

significativo do estado emocional no desencadeamento da doença em pessoas

predispostas.

Estudos diversos foram invocados por Papadopoulos(24) (1999) para

demonstrar o quanto as doenças da pele podem afetar o bem-estar psicossocial do

indivíduo e o quanto o dano psicossocial, por sua vez, influi sobre as doenças de

pele. A abordagem psicoterapêutica pode melhorar a imagem corporal, a

auto-estima e a qualidade de vida de indivíduos com vitiligo, bem como contribuir

positivamente para a evolução da doença. Há evidências de efeitos benéficos

(15)

técnicas que permitem desenvolver habilidades sociais, confrontar dificuldades,

melhorar a assertividade, auto confiança e auto-estima. O autor sugeriu que a

terapia cognitiva pudesse ser útil, uma vez que foram observados resultados

satisfatórios em pacientes com vitiligo (o grupo de pacientes submetidos a essa

forma de terapia apresentou melhores índices de repigmentação das lesões). O

autor observou ainda que a maioria das doenças de pele são acompanhadas de

algum desconforto local, o que torna difícil estudar a relação entre as doenças e a

qualidade de vida e a auto-estima. Também seria difícil distinguir os efeitos relativos

às mudanças fisiológicas e os efeitos relacionados à questão estética. O vitiligo

seria, pois, uma doença que possibilita examinar mais especificamente os efeitos

das alterações inestéticas na vida dos indivíduos.

Estudos em psiconeuroimunologia demonstram interação permanente entre

corpo e mente. Azambuja(25) (2000), refere-se à chamada dermatologia integrativa

como a psiconeuroimunologia aplicada a: 1) dar atenção aos aspectos físicos,

mental e emocional do indivíduo; 2) utilizar recursos complementares para reduzir o

estresse e aumentar a eficiência dos tratamentos.

A pele seria parte de um grande sistema integrado, atuando como órgão de imunovigilância avançado por intermédio dos queratinócitos, células de Langerhans, células de Merkel, linfócitos residentes e células endoteliais do plexo capilar, produzindo seus próprios mensageiros químicos e recebendo informações do sistema nervoso central pelas terminações nervosas. Assim, por meio da pele seria possível influenciar processos internos, psíquico e emocionais25.

(16)

estressante coincide com a secreção de cortisona, fenômeno capaz de reversão com a administração de ansiolíticos, sedativos ou antagonistas de receptores de glicocorticóides.

Em artigo de revisão, Parsad et al.27 (2003) afirmaram que o vitiligo é doença que causa profundo impacto sobre a qualidade de vida dos indivíduos e que muitos deles vivem em estado de estresse crônico, sentindo-se estigmatizados por sua condição. Destacam ainda que a sociedade trata indivíduos com vitiligo do mesmo modo como trata qualquer “diferente”. Consideram que, como doença que afeta intensamente a vida cotidiana, dermatologistas deveriam recorrer a todos os meios terapêuticos disponíveis, enfatizando a necessidade de um bom relacionamento médico-paciente para melhor aderência ao tratamento.

Firooz et al.28 (2004) enviaram questionário a oitenta pacientes de vitiligo de uma clínica de Teerã, com 25 questões relativas a fatores desencadeantes, conseqüências e controle da doença. O estresse foi considerado fator desencadeante pelos pacientes em 62,5%, enquanto fatores genéticos foram atribuídos como causa da doença por 31,3%. Metade dos pacientes acreditava que a doença tinha grandes conseqüências em suas vidas e que seria, ainda, um problema permanente. Os tratamentos foram considerados bem sucedidos por 60% dos pacientes.

Um estudo avaliando os efeitos do vitiligo e da psoríase sobre um grupo de homens e mulheres com vitiligo foi realizado por Ongenae et al.29 (2005), na Bélgica. Os autores concluíram que o vitiligo tem impacto semelhante ao da psoríase na vida das mulheres. Além do gênero, outro fator associado ao maior impacto foi a gravidade subjetiva da doença; os autores concluíram que o tratamento para reduzir a gravidade subjetiva pode ser importante para melhoria da qualidade de vida.

Com aplicação de um questionário para dimensionar a qualidade de vida (Dermatology Life Quality Index), Ongenae et al.30 (2005) tentaram analisar o benefício da camuflagem em indivíduos com vitiligo, demonstrando que seu uso pode ser eficaz. Demonstraram, ainda, que a extensão e localização das lesões (face e nuca) dificultam a convivência com a doença.

(17)

3 MÉTODOS

3.1 Sujeitos da pesquisa

A amostra foi dividida em dois grupos, o primeiro denominado grupo controle,

sem vitiligo, em tratamento de outras dermatoses e o segundo, composto de

indivíduos com vitiligo, em tratamento no ambulatório de dermatologia da Escola

(18)

O Inventário de Depressão de Beck (Beck Depression Inventory, BDI) fornece a medida de níveis de sintomas de depressão e foi um dos primeiros recursos dimensionais desse tipo. Originalmente criado por Beck e colaboradores em 1961, foi sendo aperfeiçoado a ponto de revelar-se útil aos pacientes psiquiátricos e para a população geral.Trata-se de escala de auto-relato, com 21 itens, cada um com quatro alternativas, subentendendo graus crescentes de gravidade de depressão, com escores de 0 a 3. O escore total, resultado da soma dos escores individuais dos itens (escore máximo de 63), permite a classificação em níveis de intensidade de estado de depressão, conforme tabela abaixo.

Tabela 1 - Classificação da intensidade de estado de depressão, com base nos escores do Inventário Beck de Depressão, conforme normas da versão em Português

Nível Escore

Mínimo 0 - 11

Leve 12 - 19

Moderado 20 - 35

Grave 36 - 63

Fonte: Cunha, JA (3)

(19)

Tabela 2 - Classificação da intensidade de estado de ansiedade, com base nos escores do Inventário Beck de Ansiedade, conforme normas da versão em Português

Nível Escore

Mínimo 0 - 11

Leve 11 - 19

Moderado 20 - 30

Grave 31 - 63

Fonte: Cunha, JÁ (3)

(20)

4 RESULTADOS

4.1 Sobre a análise estatística dos dados

A análise estatística dos dados dividiu-se em duas partes. Na primeira, procedeu-se à comparação entre os grupos de pacientes com relação às variáveis: Sexo, Idade, Raça, Escolaridade, Profissão e Estado civil. Em seguida, os grupos foram comparados (considerando-se o sexo dos pacientes) quanto aos escores de sintomas de Depressão e Ansiedade e parâmetros de Qualidade de vida.

4.2 Da primeira comparação

Os grupos foram comparados com relação à Idade com o uso do teste t de Student para amostras não-relacionadas. Não se verificou diferença entre os grupos. Para as demais variáveis, empregou-se o teste exato de Fisher e nenhuma diferença foi detectada.

4.2.1 Comparação entre os grupos quanto às variáveis de controle

Tabela 3 - Resultados da comparação entre os grupos com relação às variáveis de controle

Variável Nível descritivo

Sexo 0,999

Raça 0,612

Estado civil 0,999

Escolaridade 0,905

Profissão 0,959

(21)

Tabela 4 - Medidas descritivas da Idade de início do vitiligo e do tempo de evolução da doença

Média Desvio-padrão Mínimo Máximo

Idade de início do vitiligo 16,5 9,4 3,0 39,0

Tempo de evolução do vitiligo 12,5 9,2 1,0 33,0

Tabela 5 - Distribuição dos grupos com relação à variável Sexo

Grupo

Sexo Vitiligo Controle Total

Masculino 11 10 21

Feminino 19 20 39

Total 30 30 60

Tabela 6 - Distribuição dos grupos com relação à variável Estado civil

Grupo

Estado civil Vitiligo Controle Total

Solteiro 15 15 30

Casado 14 14 28

Divorciado 1 1 2

Total 30 30 60

Tabela 7 - Distribuição dos grupos com relação à variável Raça

Grupo

Raça Vitiligo Controle Total

Branca 27 29 56

Negra 1 0 1

Parda 2 1 3

(22)

Tabela 8 - Distribuição dos grupos com relação à variável Escolaridade

Grupo

Escolaridade Vitiligo Controle Total

Primeiro grau 8 9 17

Segundo grau 8 10 18

Superior incompleto 10 8 18

Superior completo 4 3 7

Total 30 30 60

Tabela 9 - Distribuição dos grupos com relação à variável Profissão

Grupo

Profissão Vitiligo Controle Total

Do lar 4 5 9

Profissional liberal 2 2 4

Comércio 7 5 12

Estudante 6 5 11

Prestação de serviços 11 13 24

Total 30 30 60

Tabela 10 - Medidas descritivas da Idade em cada grupo de estudo

Grupo Média Desvio-padrão Mínimo Máximo

Controle 29,2 6,6 18,0 40,0

Vitiligo 29,0 7,2 18,0 40,0

(23)

Tabela 11- Relação de dermatoses do grupo controle

Doenças Número de indivíduos Acne 6 Alopécia 3

Dermatite de contato 6 Disidrose 3 Dermatite seborreica 2 Micose superficial 4 Nevo melanocítico 2 Tumor benigno de pele 3 Verrugas virais 1

Total 30

4.3 Da segunda comparação

Os grupos foram comparados, considerando-se o sexo dos pacientes com relação aos escores médios de sintomas de Depressão e Ansiedade e parâmetros de Qualidade de vida. Para tanto, foi utilizado o modelo de análise de variância com dois fatores fixos. Pelos resultados obtidos (Tabela 9) podemos observar que:

a) os grupos Vitiligo e Controle diferem, independentemente do sexo, com relação aos escores médios de Depressão, Ansiedade, Domínio Físico, Domínio Psicológico e Domínio Social;

(24)

4.3.1 Comparação entre os grupos quanto a sintomas de Depressão e Ansiedade e parâmetros de Qualidade de vida

Tabela 12 - Níveis descritivos das comparações de interesse

Vitiligo x Controle

Homens x

Mulheres Interação

Depressão 0,010 0,068 0,572

Beck

Ansiedade 0,001 0,001 0,232

Domínio Físico 0,003 0,004 0,660

Domínio Psicológico 0,003 0,021 0,990

Domínio Social 0,016 0,148 0,740

WHOQOL

Domínio Ambiental 0,127 0,056 0,559

Tabela 13 - Medidas descritivas da variável Beck - Depressão, segundo Grupo e Sexo

Grupo Sexo Média Desvio-padrão Mínimo Máximo

Controle Masculino 4,80 5,98 0,00 17,00

Feminino 7,95 8,67 0,00 39,00

Total 6,90 7,91 0,00 39,00

Vitiligo Masculino 9,36 6,68 1,00 23,00

Feminino 15,32 11,66 0,00 36,00

Total 13,13 10,40 0,00 36,00

Tabela 14 - Escala Beck - Depressão - Distribuição dos indivíduos do grupo controle quanto aos níveis de estado de depressão

Masculino Feminino

Nível Percentual Nível Percentual

(25)

Tabela 15 - Escala Beck - Depressão - Distribuição dos indivíduos com vitiligo quanto aos níveis de estado de depressão

Masculino Feminino

Nível Percentual Nível Percentual

Mínimo 63,7% Mínimo 42,2% Leve 27,3% Leve 26,3% Moderado 9,0% Moderado 26,3% Grave 0% Grave 5,2%

Controle Vitiligo 0

2 4 6 8 10 12 14

(26)

Controle Masculino

Vitiligo Masculino

Controle Feminino

Vitiligo Feminino

0 2 4 6 8 10 12 14 16

Figura 2 – Escores médios de sintomas de depressão segundo o grupo e sexo.

(27)

Tabela 16 - Medidas descritivas da variável Beck – Ansiedade, segundo Grupo e Sexo

Grupo Sexo Média Desvio-padrão Mínimo Máximo

Controle Masculino 2,40 2,63 0,00 7,00

Feminino 8,50 8,49 0,00 31,00

Total 6,47 7,61 0,00 31,00

Vitiligo Masculino 16,00 9,91 2,00 35,00

Feminino 27,68 9,62 5,00 41,00

Total 23,40 11,14 2,00 41,00

Tabela 17 - Escala Beck - Ansiedade - Distribuição dos indivíduos do grupo controle quanto aos níveis de estado de ansiedade

Masculino Feminino

Nível Percentual Nível Percentual

Mínimo 100% Mínimo 70% Leve 0% Leve 20% Moderado 0% Moderado 5% Grave 0% Grave 5%

Tabela 18 - Escala Beck - Ansiedade - Distribuição dos indivíduos com vitiligo quanto aos níveis de estado de ansiedade

Masculino Feminino

Nível Percentual Nível Percentual

(28)

Controle Vitiligo

0 5 10 15 20 25

Figura 4 – Escores médios de sintomas de Ansiedade segundo o grupo.

Controle Masculino

Vitiligo

Masculino Feminino Controle

Vitiligo Feminino

0 5 10 15 20 25 30

(29)

Figura 6 - Distribuição dos escores Beck – Ansiedade, segundo grupo e sexo.

Tabela 19 - Medidas descritivas da variável Domínio Físico (WHOQOL), segundo Grupo e Sexo

Grupo Sexo Média Desvio-padrão Mínimo Máximo

Controle Masculino 87,14 7,38 75,00 96,43

Feminino 71,96 20,05 28,57 100,00

Total 77,02 18,25 28,57 100,00

Vitiligo Masculino 71,10 11,57 53,57 92,86

Feminino 59,77 16,57 35,71 89,29

(30)

Controle Vitiligo

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Figura 7 – WHOQOL – Escores médios do Domínio Físico segundo o grupo.

Controle Masculino

Vitiligo Masculino

Controle

Feminino FemininoVitiligo

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

(31)

Figura 9 - Distribuição dos escores WHOQOL – Domínio Físico segundo grupo e sexo.

Tabela 20 - Medidas descritivas da variável Domínio Psicológico (WHOQOL), segundo Grupo e Sexo

Grupo Sexo Média Desvio-padrão Mínimo Máximo

Controle Masculino 79,58 11,86 62,50 91,67

Feminino 68,54 18,11 29,17 95,83

Total 72,22 16,93 29,17 95,83

Vitiligo Masculino 65,53 14,56 45,83 87,50

Feminino 54,61 19,24 12,50 75,00

(32)

Controle Vitiligo 0

10 20 30 40 50 60 70 80

Figura 10 – WHOQOL – Escores médios do Domínio Psicológico segundo o grupo.

Controle

Masculino MasculinoVitiligo

Controle

Feminino FemininoVitiligo

0 10 20 30 40 50 60 70 80

(33)

Figura 12 - Distribuição dos escores WHOQOL – Domínio Psicológico, segundo grupo e sexo.

Tabela 21 - Medidas descritivas da variável Domínio Social (WHOQOL), segundo Grupo e Sexo

Grupo Sexo Média Desvio-padrão Mínimo Máximo

Controle Masculino 79,17 15,34 41,67 100,00

Feminino 73,33 18,06 41,67 100,00

Total 75,28 17,16 41,67 100,00

Vitiligo Masculino 68,94 14,95 50,00 91,67

Feminino 59,65 23,45 16,67 100,00

(34)

Controle Vitiligo

56 58 60 62 64 66 68 70 72 74 76

Figura 13 – WHOQOL – Escores médios do Domínio Social segundo o grupo.

Controle Masculino

Vitiligo Masculino

Controle

Feminino FemininoVitiligo

0 10 20 30 40 50 60 70 80

(35)

Figura 15 - Distribuição dos escores WHOQOL – Domínio Social, segundo grupo e sexo.

Tabela 22 - Medidas descritivas da variável Domínio Ambiental (WHOQOL), segundo Grupo e Sexo

Grupo Sexo Média Desvio-padrão Mínimo Máximo

Controle Masculino 60,63 11,71 46,88 78,13

Feminino 55,00 17,92 15,63 87,50

Total 56,88 16,13 15,63 87,50

Vitiligo Masculino 57,39 14,54 40,63 87,50

Feminino 46,88 14,51 28,13 71,88

(36)

Controle Vitiligo 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57

Figura 16 – WHOQOL – Escores médios do Domínio Ambiental segundo o grupo.

Controle Masculino Vitiligo Masculino Controle Feminino Vitiligo Feminino 0 10 20 30 40 50 60 70

(37)
(38)

5 DISCUSSÃO

O vitiligo pode comprometer a qualidade de vida afetando a auto-estima e promovendo estresse, sentimentos de estigmatização e discriminação. O presente estudo, visando avaliar os níveis de sintomas de depressão e ansiedade e os parâmetros de qualidade de vida, revela que o grupo de vitiligo apresenta maiores suscetibilidade emocional e prejuízo da qualidade de vida que o grupo controle. Os inventários revelam que os indivíduos com vitiligo apresentam mais freqüentemente, em relação aos controles, sinais de desânimo quanto às perspectivas futuras, sensação de fracasso e decepção, menos sentimentos de prazer nas atividades cotidianas, diminuição da auto-estima, maior irritabilidade e sensível perda de interesse pelo convívio com outras pessoas. É permitido supor também que indivíduos com vitiligo possam ter menor poder de impor suas idéias no seu ambiente social, menor capacidade na tomada de decisões e maiores dificuldades na resolução de seus problemas cotidianos.

O Inventário de Ansiedade revelou considerável diferença entre os grupos com e sem vitiligo, com níveis de sintomas de ansiedade maiores entre os indivíduos com vitiligo. Entre eles foram freqüentes as queixas de palpitações, tremores, medo de perder o controle, sudorese, sensação de calor e “medo de que aconteça o pior”.

É lícito presumir, portanto, que esses indivíduos devam apresentar constante estado de ansiedade e tenham menor capacidade de relaxamento e concentração. É possível que, em vista dessas características, apresentem também dificuldades de organização em setores importantes de suas vidas, demandando maiores tempo e esforço na realização de atividades cotidianas, profissionais e de subsistência.

O presente estudo sugere que a abordagem multidisciplinar, envolvendo profissionais de psicologia, pode favorecer a redução dos níveis de sintomas de ansiedade, resultando em melhoria do desempenho individual.

(39)

tais sintomas não são (também) fatores desencadeantes de vitiligo em indivíduos predispostos. Estudos ulteriores são necessários para melhorar o entendimento desses e de outros aspectos da patogênese do vitiligo.

O inventário utilizado para avaliação de qualidade de vida (WHOQOL) caracteriza-se por sua subjetividade e multidimensionalidade. Por meio descaracteriza-se inventário podem caracteriza-ser avaliados parâmetros diversos de qualidade de vida, classificando-os em domínios físico, psicológico, social e ambiental.

No presente estudo observou-se que o grupo de vitiligo apresentava menores índices relacionados a esses parâmetros. No domínio físico o grupo de vitiligo manifestou com mais freqüência queixas de fadiga e dificuldades de sono e repouso. No domínio psicológico apresentava maiores dificuldades de aprendizado, memória e concentração. Aparentemente, a suscetibilidade desse grupo foi maior quanto ao comprometimento da imagem corporal, com predominância de pensamentos negativos e baixa auto-estima. Os resultados sugerem que os indivíduos com vitiligo podem apresentar consideráveis dificuldades de convívio com a doença.

No domínio social, os resultados sugerem desajuste nas relações interpessoais, inclusive comprometimento negativo da atividade sexual e grau de insatisfação em relação a vários aspectos de suas vidas.

No domínio ambiental as diferenças não foram estatisticamente significantes, ainda que fossem observadas dificuldades relativas de desempenho individual. As questões relativas ao domínio ambiental pareceram afetar igualmente indivíduos dos dois grupos, independentemente das doenças associadas. Isso se explica, possivelmente, pelo fato desse domínio relacionar-se à qualidade de vida ligada aos recursos financeiros, segurança física, proteção e ambiente físico (poluição, trânsito, clima, transporte). Não seriam esperadas, pois, diferenças significativas, uma vez que os dados demográficos dos dois grupos foram homogêneos.

Chama atenção o fato das mulheres de ambos os grupos apresentarem maiores escores médios de sintomas de ansiedade e depressão e menores escores médios em todos os domínios da avaliação da qualidade de vida. Esses dados concordam com a literatura e são, possivelmente, associados às pressões sociais, exigências relativas à aparência física, entre outras variáveis que merecem ser averiguadas.

(40)

sumamente úteis, de fácil aplicação e podem ser empregados por profissionais qualificados na rotina de atendimento dos indivíduos com vitiligo.

(41)

6 CONCLUSÕES

Utilizando os Inventários Beck de Depressão e Ansiedade e o questionário de qualidade de vida da Organização Mundial da Saúde, foram comparados dois grupos homogêneos, sendo um grupo controle e um grupo de indivíduos com vitiligo. Pode-se concluir que:

- Os grupos revelaram diferenças, independentes do gênero, com relação aos escores médios de sintomas de Depressão (p=0,010) e Ansiedade (p=0,001), Domínio Físico (p=0,003), Domínio Psicológico (p=0,003) e Domínio Social (p=0,016). O grupo de indivíduos com vitiligo apresentou escores médios maiores de sintomas de depressão e ansiedade e escores médios menores do Domínio Físico, Domínio Psicológico e Domínio Social, indicando um maior comprometimento da qualidade de vida nesse grupo;

- Homens e mulheres diferem, em ambos os grupos, com relação aos escores médios de Ansiedade, Domínio Físico e Domínio Psicológico;

(42)

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(46)

8 ABSTRACT

Purpose: vitiligo is a common chronic disease with an unknown etiology which can cause severe disfigurement and may significantly affect patient´s quality of life. The main purpose of this study was to evaluate psychosocial impact in a group of volunteers

presenting vitiligo, emphasizing depression, anxiety and quality of life. Methods: inventories were given to sixty volunteers (thirty presenting vitiligo and a

control group of thirty people with no disease), aged from 18 to 40, attending a public skin clinic (Federal University of Sao Paulo, Escola Paulista de Medicina, Sao Paulo, Brazil). They were given the BDI (Beck Depression Inventory), the BAI (Beck Anxiety Inventory) and the WHOQOL (World Health Organization Quality of Life). Symptoms of depression and anxiety and parameters of quality of life were compared between both groups.

Results: the group of volunteers presenting vitiligo disclosed higher medium scores of symptoms of depression and anxiety and lower medium scores in physical, psychological and social domains (WHOQOL), when compared to the control group. Conclusions: vitiligo may significanty affect various aspects of patient´s lives, producing considerable social impact. Multidisciplinary approach should be provided to improve quality of life. Further researches are necessary for a better understanding of psychosocial aspects involved in this matter.

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