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Sistema de informação em AIDS: limites e possibilidades.

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Academic year: 2017

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S I S T E M A D E I N F O R M A Ç Ã O E M A I D S : L I M I T E S E P O S S I B I L I D A D E S1

S Y S T E M O F I N F O R M A T I O N I N A I D S : L I M I T S A N D P O S S I B I L I T I E S

Lúcia Yasuko Izumi Nichiata* Hisako Shima**

NICHIATA, L.Y. I.; S H I M A , H. S i s t e m a de i n f o r m a ç ã o e m A I D S : l i m i t e s e p o s s i b i l i d a d e s . R e v . E s c . E n f . U S P , v. 3 3 , n . 3 , p. 3 0 5 - 1 2 , set. 1999.

O artigo faz uma análise do atual Sistema de Informação (SI) em AIDS, apontando as dificuldades com que se defrontou ao buscar caracterizar o modo como ocorria e evoluía em 1995 a epidemia da AIDS na Administração Regional de Saúde de Pirituba-Perus (ARS-8) do município de São Paulo. São enumeradas algumas críticas que a

Vigilância Epidemiológica e o SI vêm sofrendo nos últimos anos, tais como a centralização e a desagregação das informações; dados que contemplam aspectos eminentemente biológico e a utilização de formulários complexos. Estas questões somadas às dificuldades que se impuseram ao se buscar caracterizar a epidemia na região, revelou que o sistema, tal como se encontrava estruturado, dificultava a caracterização da epidemia e o acompanhamento sistemático pelos níveis locais de saúde. Chama-se a atenção para a necessidade de revisão da finalidade do SI em AIDS, da natureza e da qualidade dos dados coletados. Reitera-se a importância da integração dos diversos bancos de dados sócio-demográficos e do enfoque microlocalizado do SI para o Distrito de Saúde.

U N I T E R M O S : A I D S . V i g i l â n c i a e p i d e m i o l ó g i c a . S i s t e m a d e i n f o r m a ç ã o .

A B S T R A C T

The article makes an analysis of the current System of Information (SI) in AIDS, aiming the difficulties with that was confronted when looking for to characterize the way as it happened and it developed in 1995 the epidemic of the AIDS in the Regional Administration of Health of Pirituba-Perus (ARS-8) of the municipal district of São Paulo. Some are enumerated critics that the Epidemic Surveillance and the SI they come suffering in the last years, such as the centralization and the disaggregation of the information; the data thai contemplate aspects eminently biological, the use of complex forms. These subjects, added to the difficulties that were imposed to the he/she/it to look for to characterize the epidemic in the area, he/she revealed that the system, just as her found structured, it hindered the characterization of the epidemic and the systematic accompaniment for the local levels of health. He/she gets himself the attention for the need of revision of the purpose of the SI in AIDS, of the nature and of the quality of the collected data. It is reiterated the importance of the integration of the several databases partner-demografics of the focus microlocalizado of SI for the District of Health.

U N I T E R M S : A I D S . E p i d e m i o l o g i c s u r v e i l l a n c e . I n f o r m a t i o n .

I N T R O D U Ç Ã O

Com a consolidação progressiva do processo de descentralização das ações de s a ú d e no País, estratégia central do Sistema Único de Saúde, coube aos municípios, através dos Distritos de Saúde (DS) viabilizar o direito u n i v e r s a l à s a ú d e (BRASIL,

1990).

É no e s p a ç o t e r r i t o r i a l , p o l í t i c o e a d m i n i s t r a t i v o do m u n i c í p i o q u e os c i d a d ã o s v i v e n c i a m e f e t i v a e c o n c r e t a m e n t e os s e u s p r o b l e m a s sendo nele, p o r t a n t o , que com maior agilidade se identificam as necessidades de saúde mais a t i n e n t e s à realidade de cada local.

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Dessa forma, cabe aos municípios buscar as explicações dos condicionantes e d e t e r m i n a n t e s da situação de s a ú d e da população n a s u a á r e a de abrangência e, com base nos conhecimentos assim gerados, t r a ç a r e s t r a t é g i a s p a r a a definição e a implementação de políticas de s a ú d e , bem como i m p l a n t a r u m p r o c e s s o de a c o m p a n h a m e n t o e avaliação das m e s m a s (VAUGHAM; MORROW, 1992; MENDES, 1994).

O município de São Paulo, dada a sua extensão territorial e o seu enorme contingente populacional -m a i s de 9 -m i l h õ e s de p e s s o a s ( C E N S O DEMOGRÁFICO, 1994) e ainda a heterogeneidade na qualidade de vida e saúde dos seus residentes, não pode ser considerado como uma totalidade espacial única, pois congrega inúmeros espaços geográficos significativamente diferentes que acabam por refletir condições materiais de existência também distintas.

E s p e c i a l m e n t e n o q u e diz r e s p e i t o à compreensão da dinâmica e da evolução da epidemia de AIDS, é importante visualizar a sua distribuição n u m dado e s p a ç o t e r r i t o r i a l , r e c o n h e c e n d o a existência de v á r i a s "epidemias microregionais", como c o n s e q ü ê n c i a do p r o c e s s o d e s i g u a l de d e s e n v o l v i m e n t o e u r b a n i z a ç ã o d a s c i d a d e s (BASTOS, e t a l . , 1995; GRANGEIRO, 1994).

GRANGEIRO (1994), ao analisar os casos de AIDS notificados no Município de São P a u l o no período de 1988 a 1992, a g r u p a n d o as diferentes regiões da cidade segundo o modo de comportamento da epidemia, já havia demonstrado que as diferenças observadas apresentavam um estreito vínculo com

"as condições materiais e objetivas que cada segmento populacional possui para a concretização de sua existência".

Assim, n a r e a l i d a d e c o n f i g u r a m - s e "sub-epidemias" de AIDS que atingem de formas distintas os diferentes grupos, estratos e segmentos sociais, impondo a necessidade de conhecer as especificidade de c a d a u m d e l e s p a r a b u s c a r i m p l e m e n t a r intervenções mais congruentes com às realidades vivenciadas e, portanto, mais efetivas no controle da e p i d e m i a ( G R A N G E I R O , 1994; B A S T O S ; BARCELOS, 1995; BASTOS, et al.,1995).

N e s s a p e r s p e c t i v a , r e a l i z o u - s e u m a investigação que buscou caracterizar o modo como o c o r r e e e v o l u i a e p i d e m i a d a A I D S n a Administração Regional de Saúde de Pirituba-Perus (ARS-8) do Município de São Paulo (NICHIATA, 1995), local onde v i n h a sendo desenvolvido, desde 1990, u m P r o j e t o de I n t e g r a ç ã o D o c e n t e -Assistencial, em virtude de convênio firmado entre a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo e Escola de E n f e r m a g e m da U n i v e r s i d a d e de São Paulo (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, 1990a;

1990b; 1992).

No presente artigo, proceder-se-á uma análise do sistema de informações em AIDS, apontando as dificuldades e n c o n t r a d a s n a b u s c a do objetivo proposto.

A V I G I L Â N C I A E P I D E M I O L Ó G I C A E O S I S T E M A D E I N F O R M A Ç Ã O E M S A Ú D E

O termo vigilância epidemiológica é recente, e m b o r a o ato de vigiar p a r a a c o m p a n h a r os

acontecimentos referentes ao processo saúde-doença seja antigo na Saúde Pública. Em cada momento histórico, a vigilância visou o controle de doentes e doenças nos coletivos h u m a n o s de acordo com os conceitos e noções vigentes em determinada época (WALDMAN, 1991).

No B r a s i l , n a d é c a d a de 70, vivia-se um momento político de sucessivos governos militares, pautados pelo autoritarismo e pela centralização das decisões, com reflexos em toda a administração p ú b l i c a , i n c l u i n d o o s e t o r s a ú d e . Os êxitos conseguidos através de programas centralizados e verticalizados, no controle de a l g u m a s doenças transmissíveis, por exemplo, bem como a agilidade com que se enfrentaram as epidemias de poliomielite e varíola, vieram reforçar a noção da eficácia de tais modelos no contexto vigente na época no País (SÃO P A U L O , 1986; P A I M ; T E I X E I R A , 1992; CARVALHO; WERNECK, 1994).

Deste modo, o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica, organizado em 1975, seguiu também a mesma lógica de decisões centralizadoras, sendo as ações de coleta de informação desenvolvidas nos serviços locais de saúde.

Naquele momento, foi conceituado como um c o n j u n t o de "informações, investigações e levantamentos necessários à programação e avaliação das medidas de controle de doenças e de

situações, de agravos à saúde". E m b o r a só

posteriormente t e n h a sido incluída a "execução das

medidas de controle pertinentes", essa última ação

tem g e r a d o u m a série de discussões, por ser a vigilância tomada exclusivamente como um sistema de i n f o r m a ç ã o , dissociado da ação de controle (BARATA, 1987; WALDMAN, 1991).

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condicionantes da saúde individual ou coletiva, com a finalidade de reconhecer e adotar medidas de prevenção e controle das doenças e agravos".

A "vigilância à saúde", nova concepção de

vigilância, concebe o processo saúde-doença de forma mais ampliada, na medida em que busca incorporar os condicionantes (condições e estilos de vida) e os d e t e r m i n a n t e s dos p r o b l e m a s de s a ú d e d a s p o p u l a ç õ e s , a r t i c u l a n d o - o s a u m c o n j u n t o de políticas econômicas e sociais, visando o controle das "causas", além da redução do risco de doença e outros a g r a v o s ( R E L A T Ó R I O , 1992). E s t a fo r m a de entender a vigilância tem inspirado a recuperação d a s p r á t i c a s n a á r e a da s a ú d e , hoje t ã o f r a g m e n t a d a s , a m p l i a n d o o o l h a r e s t r i t o da vigilância epidemiológica p a r a a q u e s t ã o m a i s a b r a n g e n t e dos problemas e condições de s a ú d e

( R E L A T Ó R I O , 1992; I N F O R M E EPIDEM10LÓG1CO DO SUS, 1993).

P a r a que se p r e s t e à e s t a f i n a l i d a d e , h á necessidade de um Sistema de Informação em Saúde (SIS) o r g a n i z a d o p a r a a o b t e n ç ã o de d a d o s , p r o c e s s a m e n t o , a n á l i s e e t r a n s m i s s ã o de informações atualizadas, completas e fidedignas, constituindo-se n u m verdadeiro i n s t r u m e n t o p a r a suportar e fortalecer todo o processo de vigilância (CARVALHO; WERNECK, 1994).

Analisando os SIS a t u a l m e n t e e x i s t e n t e s , diversos autores identificam inúmeras contradições que os fazem pouco compatíveis com a finalidade expressa mesmo na conceituação mais estrita de vigilância epidemiológica e com a prática cotidiana dos serviços de saúde (TASCA, et al., 1994; SILVA; CHEQUER, 1994; INFORME EPIDEM10LÓG1CO DO SUS, 1993).

Em geral, os SIS são constituídos por grandes bancos de dados centralizados, com sérias limitações de acesso. Esta forma de organização faz com que haja lentidão no e n c a m i n h a m e n t o das Fichas de Investigação Epidemiológicas através das diversas instâncias pelas quais t r a m i t a m . Acrescenta-se t a m b é m a m o r o s i d a d e em n í v e l c e n t r a l p a r a processar e consolidar os dados e devolvê-los ao nível local em tempo útil p a r a que a informação sirva de base não só para a definição e avaliação das próprias ações de vigilância, m a s p r i n c i p a l m e n t e p a r a o r e d i r e c i o n a m e n t o das ações p a r a o controle de epidemias, por exemplo.

Além disso, em g e r a l as informações são d e m a s i a d a m e n t e a g r e g a d a s , por exemplo, p o r Estados Federados ou por Municípios, o que acaba resultando n u m a homogeneização dos problemas de saúde de distintos grupos populacionais, mascarando assim as p o s s í v e i s d e s i g u a l d a d e s no modo de o c o r r ê n c i a d a s d o e n ç a s e d i f i c u l t a n d o seu enfrentamento (TASCA et al., 1994).

Como conseqüência da centralização, surgem os chamados "sistemas paralelos", p a r a suprir as necessidades de geração de informação frente às demandas de diversos programas e às especificidades l o c a i s , r e d u n d a n d o em c o l e t a s i m u l t â n e a de informações semelhantes, por diferentes instituições (INFORME EPIDEMIOLÓGICO DO SUS, 1993).

Outro ponto a ser considerado no SIS é a própria ênfase dada à coleta de dados clínicos, deixando de c o n t e m p l a r as d e m a i s d i m e n s õ e s da v i d a que possibilitariam configurar um perfil mais completo de saúde da população, como dados sócio-econômicos e demográficos. Além disso, mesmo as informações já produzidas por entidades de diversas naturezas sobre demografia, mortalidade, recursos do setor de saúde, vigilância sanitária, etc, encontram-se freqüentemente em bancos de dados isolados, não sendo coletadas e p r o c e s s a d a s c o n j u n t a m e n t e com a s d e m a i s informações, mesmo quando esse processamento é efetuado pelo mesmo órgão de saúde.

É t a m b é m f r e q ü e n t e o uso de formulários complexos e inespecíficos, preenchidos no nível local de assistência e posteriormente enviados para análise em nível c e n t r a l . T a i s informações r a r a m e n t e retomam à sua origem, compiladas e analisadas de modo a justificar a pertinência dessa atividade. Dessa forma, o sistema de informação se reduz a um conjunto de tarefas "burocráticas" de simples coleta de dados, com pouco significado p a r a os trabalhadores nelas envolvidos. Isto acaba refletindo n a má qualidade do preenchimento das Fichas e na pouca adesão dos equipamentos de saúde em geral, resultando no sério problema da sub-notificação (TASCA et al., 1994; MORAES, 1994).

A forma de organização do atual SIS também caracteriza-se pela exclusão da comunidade na geração e no uso das informações. A análise e interpretação dos dados no nível local, n u m trabalho conjunto entre os técnicos da área da saúde e representantes da p o p u l a ç ã o , d i v u l g a n d o a r e a l i d a d e c o n s t a t a d a , resgataria o verdadeiro significado da proposição do Sistema de Informação (TASCA et al., 1994; MORAES,

1994).

S I S T E M A D E I N F O R M A Ç Ã O E M A I D S

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Da forma como se encontra e s t r u t u r a d o o Sistema de Informação no Estado de São Paulo, compete a todos os equipamentos locais - municipais, e s t a d u a i s e p r i v a d o s - e n c a m i n h a r a F i c h a de I n v e s t i g a ç ã o Epidemiológica (FIE) de AIDS ao Centro de Vigil ância Epidemiológica (CVE) que p r o c e s s a a s i n f o r m a ç õ e s , e n v i a n d o - a s posteriormente ao Ministério da Saúde que, por sua vez, s i n t e t i z a os d a d o s em n í v e l n a c i o n a l (KALICHMAN, 1993).

Até meados de 1995, a informação percorria um trajeto b a s t a n t e moroso ocasionado pelo atraso no envio das fichas pelos equipamentos de saúde, bem como p e l a s d i f i c u l d a d e s n a c o m p i l a ç ã o e divulgação dos dados pelo nível central (SANTOS, 1994, N I C H I A T A , 1995). Os t é c n i c o s do CVE calculam que exista um atraso de aproximadamente um ano ente a realização da notificação e a chegada da ficha. Conforme pudemos constatar no estudo que desenvolvemos, a p e s a r de t e r m o s a g u a r d a d o por m a i s seis m e s e s a c h e g a d a de n o v a s fichas, a totalidade dos dados não havia chegado ao CVE, prejudicando a análise relativa ao último ano do estudo.

Os relatórios emitidos pelo CVE na forma de boletins epidemiológicos fazem u m a caracterização da epidemia em termos gerais, considerando os casos ocorridos no Estado de São Paulo como um todo ou, no máximo, a distribuição do n ú m e r o de casos pelos municípios ou por Divisão Regional de Saúde (DIR), antigos Escritórios Regionais de Saúde (ERSAs).

O que ocorria no Município de São Paulo até 1996 ilustra bem como a centralização dos dados no n í v e l c e n t r a l d i f i c u l t a v a a c a r a c t e r i z a ç ã o da epidemia e o seu a c o m p a n h a m e n t o sistemático.

T e n d o em v i s t a q u e o p r o c e s s o de municipalização não se efetivou de modo completo na c i d a d e de S ã o P a u l o , e x i s t i a m i n ú m e r o s equipamentos estaduais de saúde que se reportavam diretamente ao CVE no que se refere à notificação de AIDS. Deste modo, a Secretaria Municipal da S a ú d e t i n h a a c e s s o s o m e n t e à s n o t i f i c a ç õ e s produzidas pelos equipamentos de saúde municipais.

Assim, embora o P r o g r a m a de Prevenção e Controle de DST/AIDS da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo t e n h a iniciado suas atividades em 1989, a t é início de 1997 n ã o se conhecia a totalidade dos casos e o detalhamento relativo às Administrações Regionais de Saúde (ARS) ou aos Distritos de S a ú d e que compõem as diferentes regiões do município, dados que, se necessários, d e v e r i a m ser a c e s s a d o s d i r e t a m e n t e no CVE e processados em separado.

A partir de 1996 o Município de São Paulo passou a utilizar o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), desenvolvido pelo Ministério da

Saúde, que objetiva a coleta e o processamento informatizado dos dados de notificação, fornecendo informações para análise do perfil de morbidade e contribuindo desta forma para a tomada de decisões no nível municipal. Dessa forma foram produzidos os primeiros boletins epidemiológicos, de um modo geral trazendo dados mais globais sobre os casos de AIDS na cidade, e no último boletim já buscando caracterizar a epidemia pelas diferentes regiões que compõem o município (BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, 1997a e b).

Quando se buscou caracterizar a epidemia na A d m i n i s t r a ç ã o Regional de S a ú d e de Pirituba e Perus (ARS-8), utilizando as informações das Fichas de Investigação Epidemiológia (FIE) das pessoas com AIDS até dezembro de 1993, algumas dificuldades evidenciaram-se.

A primeira delas referiu-se à utilização de diferentes bases t e r r i t o r i a i s pelas instâncias e s t a d u a l e municipal: e n q u a n t o a Secretaria de E s t a d o da S a ú d e t e m como b a s e os a n t i g o s E s c r i t ó r i o s R e g i o n a i s ( E R S A s ) , a t u a l m e n t e denominados Direções Regionais (DIR), a Secretaria Municipal de Saúde utiliza a divisão da cidade por Administrações Regionais, sendo que os limites de a m b a s n ã o são e x a t a m e n t e coincidentes. Desta forma, de início houve necessidade de delimitar a á r e a da r e g i o n a l e s t u d a d a e l e v a n t a r os casos notificados relativos aos residentes na ARS-8, o que resultou em considerável trabalho e gasto de tempo já que ela abrangia partes de dois ERSAs.

Em se t r a t a n d o da AIDS, as dificuldades que p e r m e i a m a notificação t o r n a m - s e a i n d a mais complexas frente ao estigma que a circunda: reforça-se a n ã o n o t i f i c a ç ã o dos c a s o s , t e n d o como justificativa a preocupação em proteger as pessoas c o n t r a a d i s c r i m i n a ç ã o que a AIDS pode gerar (CARVALHO, 1989, BASTOS et al, 1994). SANTOS (1994) ressalta também a omissão do diagnóstico pelos profissionais a pedido de familiares, quer por preconceito, quer por dificuldades concretas ligadas às possibilidades de uso dos seguros saúde ou de vida, já que na vigência deste diagnóstico, os clientes freqüentemente vêm-se privados dos benefícios antes assegurados.

H á a i n d a o fato da epidemia de AIDS ser relativamente recente, o que implica na inexistência de uma organização sistemática dos equipamentos de saúde para o atendimento dos portadores do vírus e no despreparo dos trabalhadores de saúde para a detecção e o diagnóstico dos casos, o que repercute sobre o Sistema de Informação.

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de Infectologia Emílio Ribas ambos pertencentes à Secretaria de Estado da Saúde, sendo mínimo o número de casos detectados e notificados ao CVE pelos equipamentos municipais de saúde da ARS-8.

A dificuldade de diagnosticar a infecção pelo vírus HIV é um dos principais e n t r a v e s p a r a a notificação dos casos da doença. Atualmente, por n o r m a do M i n i s t é r i o da S a ú d e , o S i s t e m a de Informação em AIDS lida somente com a notificação de doentes de AIDS, assim definidos a p a r t i r de critérios clínicos e laboratoriais (SÃO PAULO, 1995). A definição faz-se com base na evidência combinada da p r e s e n ç a do v í r u s H I V e de u m a ou m a i s p a t o l o g i a s a s s o c i a d a à A I D S ou e v i d ê n c i a de imunodeficiência (CD4<350/mm3), o que tem gerado muitas dificuldades p a r a o estabelecimento preciso do diagnóstico e portanto da notificação (BASTOS et al., 1994, G U I M A R Ã E S et a l . , 1988). P o r conseguinte, é preciso ter em vista que a população n o t i f i c a d a r e f l e t e u m p e r f i l de c o n t a m i n a ç ã o bastante defasado, uma vez que os dados referem-se a pessoas infectadas pelo vírus há pelo menos oito ou dez anos, tempo médio estimado p a r a o período de incubação (SÃO PAULO, 1995).

O e s t u d o que r e a l i z a m o s p e r m i t i u a i n d a a v a l i a r a d i m e n s ã o da s u b n o t i f i c a ç ã o , u m dos principais problemas do Sistema de Informação: cerca de 25% dos casos notificados somente foram identificados a partir da Certidão do óbito.

O Município de São Paulo realiza de forma rotineira a verificação de todos os registros de óbitos em que há suspeita de AIDS como causa de morte, a t r a v é s do P r o g r a m a de A p r i m o r a m e n t o d a s Informações de Mortalidade da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo. Através dele vêm sendo identificados vários casos não notificados de AIDS que, no ano de 1991, por exemplo, implicaram em um acréscimo de 13,6% no n ú m e r o de casos p a r a a cidade, 7,4% p a r a o Estado e 5,1% p a r a o Brasil (LUNA, etal, 1991). KALICHMAN (1993) avalia que estas taxas são b a s t a n t e razoáveis, mesmo quando comparadas com as de países desenvolvidos. Isto pode ser um indício de que a subnotificação de casos de pessoas r e s i d e n t e s nos D i s t r i t o s S a n i t á r i o s estudados é bastante elevada, o que leva a especular até que ponto isto reflete a dificuldade de acesso aos serviços de saúde por p a r t e da população residente nas localidades estudadas e a qualidade dos dados sobre casos de AIDS nessas regiões.

SANTOS (1994) lembra que a subnotificação não ocorre somente para os casos de AIDS, mas também para os óbitos, o que leva a inferir que muitos doentes de AIDS não estão sendo identificados por nenhum desses Sistemas de Informação.

S e g u n d o o p r ó p r i o M i n i s t é r i o d a S a ú d e (BRASIL, 1987), é possível que somente 50% dos

casos de AIDS estejam sendo notificados, já que os r e l a t ó r i o s p r o d u z i d o s n ã o r e t r a t a m fielmente a situação, r e c o n h e c e n d o que a subnotificação é o v e r d a d e i r o p r o b l e m a , m a i s g r a v e que a p r ó p r i a notificação incorreta, incompleta ou tardia.

A tendência futura é de que a situação venha a piorar pois, conforme apontam ANDERSON; MAY (1988), à medida que aumenta a dimensão da epidemia ocorre u m a elevação simultânea da subnotificação, provavelmente devido à dificuldade dos equipamentos para notificar a demanda crescente.

Com b a s e n o s d a d o s c o n s t a n t e s n a F I E , pudemos dimensionar o contingente de pessoas com AIDS na regional, constatando a forma de evolução do n ú m e r o os c a s o s n o d e c o r r e r dos a n o s e caracterizando o perfil da população notificada, em t e r m o s de d i s t r i b u i ç ã o por sexo, g r u p o e t á r i o , escolaridade, estado civil, orientação sexual, tipo de ocupação, forma de exposição ao HIV e o tempo de sobrevida após o diagnóstico. Os dados foram analisados de modo a caracterizar em separado os dois Distritos de Saúde que integram a ARS-8 e a e v o l u ç ã o s e g u n d o a s d i v e r s a s c a r a c t e r í s t i c a s consideradas no perfil. Na falta de informações mais adequadas, foram utilizadas as informações sobre o c u p a ç ã o c o n s t a n t e n a F I E , n a t e n t a t i v a p a r a caracterizar o perfil sócio-econômico da população e s t u d a d a , assim c o n s t a t a n d o u m a relação direta entre qualificação exigida p a r a os diversos grupos de ocupação e tempo de sobrevida após o diagnóstico.

Foi assim possível identificar algumas das especificidades locais da epidemia e constatar que dois Distritos de S a ú d e situados tão próximos e i n s e r i d o s n a m e s m a A R S , a p r e s e n t a m características b a s t a n t e distintas no que se refere à dimensão e evolução da epidemia e que, no interior do território distrital, a epidemia atinge de forma d i s t i n t a os g r u p o s de p o p u l a ç ã o com diferentes qualificações p a r a o trabalho.

No entanto, o estudo revelou que o Sistema de Informação em AIDS, t a l como se encontrava e s t r u t u r a d o , d i f i c u l t a n d o a c a r a c t e r i z a ç ã o da epidemia e o seu acompanhamento sistemático pelos n í v e i s l o c a i s de s a ú d e . T a l f a t o e v i d e n c i a a n e c e s s i d a d e de q u e s e j a m a g r e g a d a s o u t r a s informações, n a medida em que se busca não apenas d e s c r e v e r a e p i d e m i a , m a s p r i n c i p a l m e n t e apreender a sua dinâmica e melhor captar o modo como se d i s t r i b u i e n t r e os diferentes grupos da população. Nesse sentido, é essencial a inclusão de dados que p e r m i t a m u m a melhor caracterização do perfil e p i d e m i o l ó g i c o da p o p u l a ç ã o i n f e c t a d a

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Além da necessidade de rever a n a t u r e z a e qualidade das informações imprescindíveis, reitera-se uma vez mais a importância da integração dos diversos bancos de dados existentes, não somente aqueles relativos à á r e a da saúde, mas também de outras áreas que contribuem p a r a a caracterização do modo de viver e t r a b a l h a r da população local, da dinâmica demográfica, dos recursos existentes, das condições de s a n e a m e n t o , da c r i m i n a l i d a d e e violência, entre outros.

Nesse sentido, é imprescindível que se busque compatibilizar n u m a mesma base territorial as ações e a produção de informações pelos diferentes setores da administração pública, em todos os níveis.

Buscar desenvolver o conhecimento sobre a AIDS é um dos passos iniciais p a r a que se concretize o gerenciamento da saúde no nível local. Assim, a realização do p r e s e n t e e s t u d o , v e r t i c a l i z a d o n a epidemia da AIDS, veio não só afirmar a importância do enfoque microlocalizado do Sistema de Informação para o Distrito de Saúde (TASCA et al., 1994), mas t a m b é m r e v e l o u as d i f i c u l d a d e s p a r a a s u a o p e r a c i o n a l i z a ç ã o n a p r á t i c a , r e s s a l t a n d o a necessidade de um Sistema Integrado de Informação em nível local que permita o acesso, a análise e a interpretação dos dados, oportunizando a p r o n t a intervenção sobre o processo saúde-doença.

Há necessidade de analisar a distribuição dos casos de AIDS no espaço territorial entendido como um espaço socialmente determinado, já que ela se e s t r u t u r a de maneira desigual conforme processos os mais gerais de diferenciação social. Enfrentar a epidemia tendo como referência o território assim visualizado torna possível evidenciar os segmentos sociais mais vulneráveis e as s u a s possibilidades diferenciadas de adoecer e morrer por AIDS.

C O N S I D E R A Ç Õ E S F I N A I S

A assunção do Sistema Único de Saúde fez também emergir a necessidade de rever a concepção e a p r á t i c a do a t u a l S i s t e m a de V i g i l â n c i a Epidemiológica e do sistema de informação a ele vinculado, repensando a suas formas de organização, r e d e f i n i n d o c o m p e t ê n c i a s , e s t r a t é g i a s de i n t e r v e n ç ã o e f l u x o s de i n f o r m a ç ã o ( P A I M ; TEIXEIRA, 1992).

Diante do processo de descentralização das ações de saúde no País, estratégia central do SUS, não faz mais sentido a conformação de um sistema de vigilância v e r t i c a l i z a d o e c e n t r a l i z a d o , cujo p r i n c i p a l e n t r a v e r e s u l t a n a d i f i c u l d a d e de incorporar as especificidades regionais de cada local considerado.

C o m p r e e n d e n d o a V i g i l â n c i a à S a ú d e enquanto um processo de transformação das práticas de saúde, é indispensável que também o sistema de i n f o r m a ç ã o seja r e v i s a d o e e l a b o r a d o com um enfoque de processo (INFORME EPIDEMiOLóGICO DO SUS, 1993), prevendo-se a participação dos trabalhadores e da população organizada em toda essa dinâmica, visando o controle social no emprego dos recursos existentes, com agilidade e eficácia para a t r a n s f o r m a ç ã o d a q u a l i d a d e de v i d a ( M E N D E S , 1994; TASCA et al, 1994; MORAES, 1994).

A a t u a l conjuntura de crise do setor saúde (MENDES, 1994; GIOVANELLA, et al., 1996) e a l e n t a i m p l a n t a ç ã o do S U S , que m u i t a s vezes enfrenta até mesmo retrocessos, tem se constituído em c e n á r i o e x t r e m a m e n t e d e s f a v o r á v e l ao d e s e n v o l v i m e n t o de i n i c i a t i v a s c o n c r e t a s de d i s t r i t a l i z a ç ã o . A d i f i c u l d a d e e n f r e n t a d a pelo M u n i c í p i o de S ã o P a u l o p a r a o c o n t r o l e do alastramento da epidemia não lhe é exclusiva; mas reflete condições estruturais e conjunturais do atual momento histórico que vive o País, marcado pelas contradições sociais que determinam as condições de vida das populações e os problemas de saúde a elas relacionados, que extrapolam a capacidade de resposta do setor saúde.

E n t r e t a n t o , mesmo diante desse quadro, o Distrito de Saúde tem se revelado como experiência s i n g u l a r de produção de novos conhecimentos e tecnologias, no que concerne à prestação de serviços e à g e s t ã o do S U S . A l g u n s m u n i c í p i o s têm c o n s e g u i d o d e s e n v o l v e r p r á t i c a s i n o v a d o r a s e realmente efetivadoras de resultados concretos para a m e l h o r i a d a s c o n d i ç õ e s de v i d a e s a ú d e da população (ESPAÇO PARA SAÚDE, 1994; SILVA; C H E Q U E R , 1995; A D A I R , 1994; C A M P O S ; HENRIQUES, 1996; DIVULGAÇÃO, 1997). Torna-se imprescindível evidenciar estas experiências, acompanhá-las e avaliá-las p a r a que os obstáculos e s t r u t u r a i s e c o n j u n t u r a i s não comprometam a proposta transformadora do SUS.

Paradoxalmente, o processo de implantação do S U S no M u n i c í p i o de S ã o P a u l o e n c o n t r a - s e o b s t a c u l i z a d o p e l a i n t r o d u ç ã o do P l a n o de Atendimento à Saúde (PAS), em 1995 que institui as cooperativas de trabalhadores, licenciadas pela P r e f e i t u r a , e q u e se p r o p õ e m a g e r e n c i a r a assistência à saúde no nível local, substituindo a organização da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) em nível local, distrital, regional e central (SÃO PAULO, 1995).

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setores essenciais e serviços que são prestados pelo setor público, que não eram de interesse da iniciativa privada (MOTTA, et al,, 1997; SÃO PAULO, 1996). Diante disso, o Programa Municipal imprimiu modificação importante na forma de organização do atendimento às pessoas portadoras do vírus. Antes da implantação do PAS, a porta de entrada do sistema de atenção à saúde se daria pela Unidade Básica de Saúde, passando depois às Unidades Especializadas, Centros de Convivência e aos hospitais, buscando a descentralização e a hierarquização do atendimento das p e s s o a s i n f e c t a d a s . N a a t u a l i d a d e , sob a responsabilidades da Secretaria Municipal de Saúde, conformaram-se 19 unidades para responder pelo seu Programa de DST/AIDS, buscando assim garantir o acesso da clientela aos serviços de tratamento e suporte durante a evolução da infecção pelo HIV e AIDS (SÃO PAULO, 1996; 1997 a, b).

No momento, estão em funcionamento cinco Centros de Orientação e Apoio Sorológico (COAS), três Laboratórios e doze dos quinze Centros de Referência às DST/AIDS previstos, comportando doze ambulatórios, cinco Atendimento Domiciliar Terapêutico e sete hospitais-dia (SÃO PAULO, 1996;

1997). N e s s e s l o c a i s o S e r v i ç o de v i g i l â n c i a epidemiológica tem trabalhado com o SINAN e dessa forma muitas unidades tem condições de t r a b a l h a r os dados que coletam de forma mais rápida e mais aderente às necessidades de sua localidade.

E possível afirmar que, pelo menos no que se refere à infecção pelo HIV, dispõe-se de m a i o r n ú m e r o de locais p a r a a t e n d i m e n t o que n ã o os tradicionalmente procurados, freqüentemente pouco capazes p a r a a t e n d e r a d e m a n d a c r e s c e n t e de pacientes. E que esta forma de organização tem possibilitado uma melhoria no sistema de informação dos casos no município. Entretanto, a focalização no agravo, no caso a AIDS, faz relembrar os antigos dispensários de tuberculose, de sífilis, de lepra que, historicamente não se mostraram suficientes p a r a reverter nem o quadro epidemiológico desses agravos (CARRARA, 1994;QUEIROZ; PUNTEL, 1997) muito menos reverter as condições de vida e saúde da população, uma vez que não se está fazendo valer o direito à saúde da população e o dever do Estado sobre ela.

A experiência acumulada no enfrentamento das doenças citadas acima tem demonstrado que soluções tecnocráticas não tiveram sucesso. A questão que se coloca não é a discussão sobre a necessidade de um programa de controle da AIDS, a sua implementação no s e n t i d o de oferecer acesso as i n f o r m a ç õ e s , assistência contínua e sistemática aos soropositivos e doentes e na constituição de centros de diagnóstico especializados. No entanto, ao que parece, mesmo sendo essencial, não é o bastante.

A luta contra a AIDS deve estar inserida no conjunto de setores que l u t a m contra a injustiça e a desigualdade na sociedade brasileira, em defesa dos interesses da população em termos de "igualdade, integridade, qualidade e resolutividade do setor

saúde" (MORAES, 1994).

R E F E R Ê N C I A S B I B L I O G R Á F I C A S

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U N I V E R S I D A D E D E S Ã O P A U L O . E s c o l a d e E n f e r m a g e m . P r o j e t o d e I n t e g r a ç ã o D o c e n t e A s s i s t e n c i a l E s c o l a d e E n f e r m a g e m d a U S P - P r e f e i t u r a d o M u n i c í p i o d e S ã o P a u l o . São P a u l o , 1990. (b) / m i m e o g r a f a d o /

U N I V E R S I D A D E D E S Â O P A U L O , e s c o l a de E n f e r m a g e m . P r o j e t o d e I n t e g r a ç ã o D o c e n t e - A s s i s t e n c i a l : E s c o l a d e E n f e r m a g e m d a U S P / P r e f e i t u r a d o M u n i c í p i o d e S ã o P a u l o . S ã o P a u l o . S â o P a u l o , 1992. / m i m e o g r a f a d o /

V A U G H A N , J . P . ; M O R R O W , R . H . E p i d e m i o l o g i a p a r a o s m u n i c í p i o s : m a n u a l p a r a g e r e n c i a m e n t o d o s d i s t r i t o s s a n i t á r i o s . S ã o P a u l o , H u c i t e c , 1992. cap.5, p. 43-55: S i s t e m a s de n o t i f i c a ç ã o e v i g i l â n c i a .

Referências

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