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A constituição global da nação brasileira: questões de imigração nos anos 1930 e 1940.

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Frederik Schulze

Professor do Instituto de História/Westfälische Wilhelms-Universität Münster.

Historisches Seminar Domplatz, 20-22 48143 – Münster – Alemanha frederik.schulze@uni-muenster.de

A constituição global da

nação brasileira: questões

de imigração nos anos

1930 e 1940

The global constitution of

the Brazilian nation: issues

concerning immigration in the

1930s and 40s

Recebido para publicação em dezembro de 2012. Aceito para publicação em maio de 2013.

SCHULZE, Frederik. A constituição global da nação brasileira: questões de imigração nos anos 1930 e 1940. História, Ciências, Saúde − Manguinhos, Rio de Janeiro. Disponível em: http://www. scielo.br/hcsm.

Resumo

Mostra que o conceito de nação e as interpretações nacionalistas foram centrais nos discursos sobre a imigração no Brasil nos anos 1930 e 1940. Essas referências nacionais, entretanto, não são compreensíveis sem uma contextualização global. Por um lado, os atores históricos foram integrados em debates científicos que circulavam globalmente; por outro, eles tinham consciência da globalidade do assunto. Pretendo demonstrar essas hipóteses com o auxílio de dois exemplos: a sociologia migratória brasileira e os discursos de imigrantes de fala alemã no Brasil.

Palavras-chave: imigração; globalização; história global; nação; Brasil.

Abstract

This article shows that the concept of nation and nationalist interpretations were at the heart of discourses about immigration in Brazil in the 1930s and 40s. These national references cannot, however, be comprehended unless they are seen from a global perspective. The historical actors were engaged in scientific debates that were circulating around the globe, and they were also aware of the international nature of the subject. I intend to demonstrate these hypotheses with the help of two examples: the sociology of migration in Brazil, and the discourses of German-speaking immigrants to Brazil.

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À

primeira vista, migrações são obviamente um exemplo clássico para os processos globais de interação entre as várias regiões do mundo, os quais se intensificaram principalmente a partir do século XIX. Parece evidente que migrações foram e são parte do processo que chamamos de globalização e cujo primeiro auge ocorreu no final do século XIX, segundo historiadores da globalização como Roland Robertson (1992, p.59). Esse processo foi caracterizado pelo aumento do comércio mundial, pela formação da mass-media, pelos novos meios de comunicação e de transporte, pela circulação de ideias políticas, científicas e culturais, por nova cultura cotidiana e, sobretudo, pelo imperialismo europeu. Nos últimos anos, a historiografia ocidental e também asiática, sob o nome da global history e da história da globalização, analisou esses entrelaçamentos globais e interpretou ‘globalização’ como processo heterogêneo e fragmentado (Geyer, Bright, 1995; Stuchtey, Fuchs, 2003; Manning, 2003; Mazlish, Iriye, 2005; Conrad, Eckert, 2007). Nesse contexto, integrantes da historiografia de migração também exigiram perspectivas globais (Lucassen, Lucassen, Manning, 2010), enquanto o foco dessa área de pesquisa até os anos 1980 foi nas histórias econômica e social.

Cultures in contact, do historiador norte-americano Dirk Hoerder (2002), e várias coletâneas tentaram aplicar o novo programa e elaboraram panoramas globais ou analisaram correntes globais de mercadorias e pessoas (Hoerder, Moch, 1996; Gungwu, 1997; Kraler et al., 2007; Lucassen, Lucassen, Manning, 2010). Em um segundo momento, entretanto, devemos reconhecer que esses estudos nem sempre trazem resultados completamente novos e que uma análise histórica de migrações, transnacionais ou globais per se, já existe há mais tempo do que a ênfase historiográfica em perspectivas globais. Então a pergunta é: para que precisamos de uma nova perspectiva global na história da imigração? Será que o assunto ‘migrações’ é pelo contrário um bom exemplo para mostrar que perspectivas globais na historiografia não são tão novas e revolucionárias quanto se pretendem?

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e globais aparecem como complementares e inseparáveis nas fontes que analiso, embora elas sejam sobretudo textos nacionalistas.

Tenciono comprovar essa hipótese através de dois exemplos. Em primeiro lugar, mostro como cientistas e políticos brasileiros se pronunciaram sobre imigração durante o governo de Vargas (1930-1945). Em segundo lugar, apresento um exemplo do contexto da imigração de língua alemã no Brasil, no qual se tematiza a identidade alemã em terras brasileiras diante da conquista do poder por Hitler. Nos dois exemplos, tanto referências nacionais como globais são relevantes.

Quando Getúlio Vargas assumiu o poder em 1930, o nacionalismo brasileiro ganhou maior destaque. Para o novo governo autoritário, a nação foi o centro das atenções, antes de mais nada para superar os regionalismos da República Velha. A ‘nação brasileira’ foi construída intencionalmente pelas elites como ‘comunidade imaginária’ (Anderson, 1983). Enquanto os políticos brasileiros descobriram no século XIX a imigração europeia como meio de melhorar e ‘civilizar’ sua nação, o governo de Vargas enfatizou a delimitação para fora, a fim de criar uma identidade brasileira homogênea.

Nesse contexto, os objetivos e a solução dos problemas relativos à imigração foram discutidos por cientistas e políticos brasileiros nos anos 1930 e principalmente 1940 com nova intensidade. Isso se evidencia na fundação do Conselho de Imigração e Colonização (CIC), em 1938, e de sua Revista de Imigração e Colonização, em 1940. Em vista do novo nacionalismo forçado por Vargas, muitos sociólogos e etnólogos dedicaram-se a estudos sobre a brasilidade e definiram qual seria a imigração desejada e útil para a nação brasileira. Muitas dessas pesquisas foram realizadas pelo próprio CIC e resultaram na criação de política e de legislação imigratórias (Seyferth, 1999; Sales, Salles, 2002). Suas questões diziam respeito à maneira como o Brasil poderia aproveitar a imigração o máximo possível e como a assimilação dos imigrantes à sociedade brasileira poderia ser feita. Sobretudo os imigrantes alemães e japoneses foram considerados grupos que recusaram a assimilação no Brasil e por isso constituiriam um perigo para a unidade nacional (Seyferth, 1997; Takeuchi, 2008). Eles deveriam tornar-se verdadeiros brasileiros e também perder a cultura de seu país de origem. A alteridade de imigrantes foi construída não só pelas culturas e línguas diferentes, mas também pelo conceito de ‘raça’. O racismo pseudocientífico do século XIX classificou a humanidade em várias ‘raças’ e definiu a ‘branca’ como avançada, civilizadora e melhor do que a ‘negra’ e a ‘vermelha’. Por isso, pessoas que pertenciam a essas ‘raças’, foram consideradas imigrantes indesejáveis (Ramos, 1996; Seyferth, 1996).

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Hipóteses científicas como a teoria de assimilação e da aculturação foram desenvolvidas principalmente por Robert E. Park, Ernest W. Burgess, Melville Herkovits e seus alunos. Park e Burgess pesquisaram a adaptação de imigrantes à nova sociedade e os possíveis problemas desse processo. Inventaram, entre outros, o conceito do ‘homem marginal’ (marginal man) e defenderam a hipótese da assimilação, isto é, a integração completa de imigrantes, mais cedo ou mais tarde, na sociedade anfitriã (Park, Burgess, 1921; Park, 1928). Herskovits desenvolveu, juntamente com Robert Redfield e Ralph Linton, o conceito da aculturação que considerou conflitos mais amplos e a adaptação recíproca de imigrantes e da sociedade anfitriã (Herskovits, Redfield, Linton, 1936).

Essas teorias, modernas na época, também foram discutidas no Brasil. E a transferência de saber científico não foi via de mão única; pelo contrário, cientistas brasileiros não só adaptaram as teorias norte-americanas para o Brasil como continuaram a desenvolvê-las e também possuíam influência mundial. Nesse contexto, Gilberto Freyre é certamente o exemplo mais proeminente, globalmente interligado, como, aliás, muitos outros cientistas da época: Oliveira Vianna, por exemplo, foi membro da Sociedade dos Americanistas de Paris, da Academia de Sciencias Sociaes de Havana e de diversas sociedades portuguesas; e Arthur Ramos (1942, p.46) foi docente e pesquisador em várias universidades norte-americanas como na Louisiana State University em 1940 e 1941.

Estudos brasileiros sobre migração dos anos 1930 e a Revista de Imigração e Colonização

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em que se discutiram perguntas sobre a identidade nacional e a integração de imigrantes à sociedade. Isso também vale para a Revista de Imigração e Colonização, que, aliás, publicou vários artigos de cientistas estrangeiros.

Além do intercâmbio intelectual global, a consciência de globalidade tem papel importante na construção da nacionalidade. As contribuições na Revista ilustram isso: muitos autores compararam a situação migratória no Brasil com a de outros países de imigração, como os EUA ou a Argentina, chamando atenção, entretanto, para as singularidades brasileiras. Assim, o caso brasileiro aproveitou as experiências levadas a cabo em outras partes do mundo, e o assunto da imigração no Brasil foi considerado parte de uma temática maior. Lincoln Nodari (1940), cientista italiano que trabalhou junto com o CIC, em artigo sobre seus estudos na Líbia, onde pesquisou os métodos de colonização dos italianos, fez propostas sobre como o Brasil se poderia beneficiar desses métodos. Aristóteles de Lima Câmara (1940) publicou estudo sobre a distribuição dos grupos sanguíneos no mundo e a relevância disso para a política migratória do Brasil, citando principalmente biólogos, geneticistas e teóricos raciais franceses. Estudo de Couto (1941) analisou os problemas da assimilação étnica, sobretudo dos japoneses e alemães, no melting pot dos EUA. Também a Argentina foi considerada exemplo, mas, concomitantemente, foi enfatizada a independência do caso brasileiro. Câmara e Neiva (1941) refletiram o sistema norte-americano de quotas e seu significado para o Brasil. Os autores trabalharam com estudos de sociólogos dos EUA e também do Brasil. Nesses e nos demais artigos da Revista sobre assimilação e nacionalidade, os autores sempre pensavam o contexto global e nunca analisavam o Brasil de maneira isolada do mundo, mas sempre como parte de problemática maior. Estanislau Fischlowitz (1943), sociólogo polonês que imigrou para o Brasil, referiu-se até ao ‘problema internacional das migrações’.

Os cientistas usaram conceitos sociológicos que circulavam globalmente, adaptando-os ao contexto brasileiro. Ênfase no nacional, discussões globais e a contextualização do Brasil no mundo foram, desse modo, partes de uma só discussão. No campo científico, um caminho brasileiro próprio se realizou antes de mais nada depois do Estado Novo, quando as teorias de aculturação de Gilberto Freyre se espalharam, fazendo do Brasil um país que não só adaptou teorias norte-americanas, mas possuía influência em debates globais.

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um povo elevado, pudesse cumprir sua missão cultural no Brasil como povo colonizador e ser economicamente útil ao Império alemão. De acordo com esse pensamento, a mistura tanto racial quanto cultural com brasileiros ou a perda dos supostos costumes e características alemães ou da língua germânica não eram desejadas. A assimilação foi chamada, então, de abrasileiramento.

A partir do final da Primeira Guerra Mundial esse discurso se modificou, embora se mantivesse a política cultural na América Latina (Rinke, 1996). Devido ao trauma da guerra perdida, surgiu a ideia de uma comunidade do povo alemão (deutsche Volksgemeinschaft), lutando no mundo inteiro por sua existência, ameaçada sobretudo nas regiões europeias que o Império alemão perdeu depois da guerra, por exemplo a Alsácia e os Sudetos. A fundação do Deutsches Ausland-Institut (Instituto Alemão do Exterior) em 1917 em Stuttgart deve ser vista nesse contexto. O objetivo do instituto foi exatamente a preservação da germanidade no mundo inteiro. Ser alemão significou a partir de 1918 ser vítima, e isso em escala global. Os nazistas continuaram com esse discurso e radicalizaram-no, integrando antissemitismo e a ideia de um povo arraigado ao solo (Volksboden). Por isso, a política dos nazistas enfatizou a conquista da Europa oriental. O discurso de vítima de pós-guerra também apareceu no Brasil, onde, durante a guerra, se realizou campanha nacionalizadora contra alemães e italianos, tendo sido proibido o uso da língua alemã, entre outras restrições (Luebke, 1987). Por isso, as experiências de muitos brasileiros de fala alemã puderam ser vinculadas à nova autoimagem dos alemães.

Como fonte deste estudo escolhi o jornal Neue Deutsche Zeitung, de Porto Alegre, que foi publicado a partir 1905. Esse periódico simpatizou fortemente com os adeptos da nova política germanista de pós-guerra e, a partir de 1933, também com a política de Hitler. O jornal constitui, por isso, bom exemplo para analisar aspectos globais dos discursos alemães. Certamente, jornais brasileiros de língua alemã noticiavam eventos globais já desde a introdução da comunicação telegráfica; entretanto, só a partir da segunda metade dos anos 1920 é possível constatar mudança nos discursos sobre imigração e germanidade no

Neue Deutsche Zeitung. Por um lado, nota-se o intercâmbio intelectual global. Muitos artigos informavam sobre a germanidade em distintas regiões do mundo, nos Sudetos, nas antigas colônias alemãs na África, na Romênia, na Rússia, no Chile, por exemplo, e quase todas as reportagens foram escritas por correspondentes locais. Assim, podemos presumir que artigos desse tipo sobre o Brasil tenham sido publicados em jornais alemães de outras regiões do mundo. Além desse intercâmbio entre as diásporas alemãs, o Neue Deutsche Zeitung também reproduzia artigos sobre teorias raciais e sobre política de imigração, refletindo debates globais e sendo, portanto, parecidos com os da Revista de Imigração e Colonização, apesar de os programas políticos dos dois periódicos serem bem diferentes. No jornal era destacado, por exemplo, o dito perigo amarelo (Riet, 3 abr. 1935), isto é, a questão da imigração japonesa no Brasil e seus supostos perigos (Takeuchi, 2008).

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em artigo intitulado “Uma organização mundial da germanidade” várias sociedades alemãs que atuavam globalmente, como a Verein für das Deutschtum im Ausland (Sociedade para a Germanidade no Estrangeiro), a Bund der Auslandsdeutschen (Associação dos Alemães no Estrangeiro) e o já mencionado Instituto Alemão do Exterior, enfatizando: “E que pensamento sublime: a germanidade do mundo inteiro, reunida inteiramente em uma cooperação cultural e econômica comum!”1 (p.3) Um artigo de 1933 celebrou a conquista do poder por Hitler como renascimento alemão, ilustrando bem a dimensão global:

E o ano 1933 ficará uma advertência para todos nós, porque a devoção renascida à maneira e à moral alemã, e o irromper do povo alemão em casa também é uma devoção a nós, aos alemães do mundo inteiro, cuja promessa solene ao homem alemão foi e será inalterável para sempre.

Seja o 25 de julho o dia que também nós, teuto-riograndenses, participemos nessa experiência coletiva dos alemães do mundo inteiro e que nos leve, lento, mas firme, à verdadeira comunidade teuto-brasileira.

Somos o povo dos cem milhões que está unido fortemente por uma língua. É verdade, moramos em todas as zonas do mundo, mas nenhum poder do mundo inteiro pode nos separar2 (S., 25 jul. 1933, p.1).

A globalidade fortaleceu aqui o sentimento da unidade nacional e da comunidade alemã. Por consequência, há no Neue Deutsche Zeitung manifestações contra a assimilação dos alemães no Brasil. Ao mesmo tempo, provavelmente como reação às tendências nacionalistas brasileiras, o jornal destacou que os alemães no Brasil eram cidadãos fiéis. Feodoro Lanzer (30 abr. 1934, p.1) registrou em português: “Somos brasileiros todos nós que aqui nascemos … Não é o fisico nem a origem que determinam o verdadeiro brasileiro, mas sim o coração, o sentimento da unidade, da comunidade. … Não é pelo modo de vida, de costumes, que tanto variam de ser para ser, que se conhece o brasileiro, mas pelo modo de pensar, sentir e agir.”

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(1850-NOTAS

1 Nessa e nas demais citações de textos publicados em outros idiomas, a tradução é livre. No original: “Und

welch erhabener Gedanke: das Deutschtum der ganzen Welt in gemeinsamer kultureller und wirtschaftlicher Zusammenarbeit zu einem Ganzen vereint!”

2 “Und das Jahr 1933 wird uns allen Fanal bleiben, weil das wiedererstandene Bekenntnis zu deutscher Art

und Sitte und der Durchbruch der Volkheit der Deutschen daheim auch Bekenntnis zu uns, den Deutschen in aller Welt ist, deren Gelöbnis zum deutschen Menschen immer unwandelbar war und sein wird. Möge der 25. Juli auch uns Deutschriograndenser an diesem gegenwärtigen gemeinsamen Erleben der Deutschen in aller Welt aufrichtig teilnehmen lassen und dazu beitragen, uns langsam, doch bestimmt zu echter deutschbrasilianischer Volksgemeinschaft zu führen.‘Wir sind das Volk der hundert Millionen, das eine Sprache fest zusammen hält. Zwar wohnen wir in allen Erdenzonen, doch trennt uns keine Macht der ganzen Welt.’”

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