• Nenhum resultado encontrado

CANDIDIASE EM PACIENTES AIDETICOS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "CANDIDIASE EM PACIENTES AIDETICOS"

Copied!
5
0
0

Texto

(1)

R e v i s t a d a S o c i e d a d e B r a s i l e i r a d e M e d ic in a T r o p ic a l 2 5 ( 3 ) : 1 6 5 - 1 6 9 , j u l - s e t , 1 9 9 2

CANDIDÍASE EM PACIENTES AIDÉTICOS

C .E .O .P . C a m p o s, R .P . I g r e ja e E .P . C a m p o s

T r in ta e c in c o a id é t ic o s e n tr e 1 9 e 5 5 a n o s a d m itid o s e tr a ta d o s d e c a n d id ía s e n o H o s p ita l E m ílio R ib a s , S P , c o m E L IS A p o s i ti v o p a r a H I V e c o n fir m a d o p e l o W e s te r n B lo t. T u b e r c u lo s e e m 9 s e n d o 2 c o m p e r i c a r d i t e ; n e u r o to x o p la s m o s e em 6 ; n e u r o c r ip to c o c o s e em 5 ; h e r p e s la b ia l em 4 ; p n e u m o c i s t o s e e m 3 e s a r c o m a d e K a p o s i e m 2, a c h a v a m - s e a s s o c ia d a s . A c o n c e n tr a ç ã o in ib itó r ia m ín im a 5 0 % (M IC 5 0 % ) p a r a o s a z o l e s f o i : k e t o c o n a z o l = 2 , 2 f ig /m l; i t r a c o n a z o l — 2 1 , 0 p ig /m l; f l u c o n a z o l = 1 9 , 0 p.g/m l. O M I C 5 0 % p a r a o s p o l i e n o s : n is ta t in a — 5 0 , 0 fig /m l; a n f o te r ic in a B = 0 , 1 2 fxg/m l e p a r a 5 f l u o r c i t o s i n a = 1 , 6 ji g /m l n a s 3 5 a m o s tr a s d e Candida is o la d a s . T e s te s n ã o p a r a m é tr i c o s d e S ie g e l r e v e la r a m s ig n if ic a n te id e n tif ic a ç ã o ( 8 0 % ) d a s

Candida albicans n a c a n d id ía s e , e q u e a d o s e d e A M B n ã o m o d ific o u o n ú m e r o d e ó b ito s , p r e c o c e e ta r d io , o c o r r i d o s n e s s e s a id é tic o s . O u s o p r é v i o d o s a z o l e s e d a n is ta tin a e x p lic a r ia , ta l v e z , o e le v a d o M I C 5 0 % o b s e r v a d o n a s a m o s tr a s d e Candida is o la d a s .

P a la v r a s - c h a v e s : C a n d id ía s e . A ID S . T e r a p ia : p o l i e n o s e im id a z ó is .

C an d id íase é a doença fúngica m ais com um e, g eralm en te, o c o rre com o infecção o p o rtu n ista em d o en tes d eb ilitad o s. A tin g e as m em branas e a pele h u m a n a , p o ré m , a su a sim p le s p re se n ç a n o o rg an ism o n ão sig n ifica doença.

O ag en te m ais freq ü en te d e can d id íase é a C a n d i d a a l b i c a n s seg u id a p o r C . t r o p i c a l i s , C . g u i l l e r m o n d i , C . p a r a p s i l o s i s, e n tr e ou tras891012131415. F atores enzim áticos, pro teinase e a fosfatase, lib erad o s pelo fu ngo facilitam a sua dissem in ação em in d ív id u o s im u n o d ep rím id o s e/ o u im u n o ssu p rim id o s7 9111314 15.

A deficiên cia d e v itam in as A e D pro p iciaria o ap arecim en to de can d id íase m ucocutânea e, even tu alm en te, sistém ica em in d iv íd u o s idosos. A can d id em ia o c o rre em condições iatrogênicas e / o u d eb ilitan tes7 8 9111213141516; n ão h á evidência clín ica d e infecção e o q u ad ro evolu tiv o é insidioso e in esp ecífico a ex em p lo , d a candid íase invasiva n o s p o rtad o res de sín d ro m e de im unodeficiência h u m an a (A ID S ).

A s p o rtas de en trad a, a saber: o ro farin g e, cateter in trav e n o so e a co ntam inação de san gue h u m an o em serin g as fa v o recem a invasão do ag en te fú n g ico no o rg an ism o . A endocardite p o d e su rg ir, p rin cip alm en te, após ciru rg ia de

Depto. de Microbiologia e Imunologia - Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista, Botucatu, SP e Hospital Emílio Ribas, São Paulo, Brasil.

E n d e r e ç o p a r a c o r r e s p o n d ê n c ia: Dra. Claudia E.O.P. Cam­

pos, Depto. de Microbiologia e Imunologia. Instituto de Biociências da UNESP. 18618-000 Botucatu, SP.

Recebido para publicação em 26/02/92.

p ró tese v alv u lar card íaca e p elo uso ab u siv o de dro gas7 1112 1315.

A fo rm a d ig estiv a (o ral, eso fág ica, estô m ag o e intestinal) é g rav e e desen v o lv e-se, freq ü en tem en te, em aidéticos. N as doen ças n eo p lásicas co n su m p tiv as e n o s im u n o d ep rím id o s (a id ético s) su rg e m a fo rm a pneum ônica da can d id íase7 8 9 12 15 16.

R e s o lv e u - s e e s t u d a r e m p a c ie n t e s c o m d iagnóstico p resu n tiv o d e A ID S e can d id íase o ral, internados no H o sp ital E m ílio R ib as, São P au lo , as seguintes pro posições:

1. Isolam en to e id entificação de can d id íase oral; 2. D eterm inação da C oncentração In ib itó ria M ínim a

(M IC ) 50 % das am o stras d e C a n d i d a fren te aos azoles (keto conazol, itraco n azo le fluconazol); p o lien o s (a n fo tericin a B - A M B e n istatin a - N IS ) e a b ase cito sin a - 5 flu o rc ito sin a (5 F C ). 3. O s resu ltad o s clín ico -lab o rato riais ev o lu tiv o s

o b tid o s no p rim eiro an o d e seg u im en to desses doentes.

M A T E R IA L E M É T O D O S

F o ram selecionad os 35 d oentes re cém intern ad o s no H ospital E m ílio R ibas, São P au lo , com candid íase oro-esofágica e d iag n ó stico p re su n tiv o d e A ID S , no p erío d o d e m arço a n o v em b ro d e 1989.

(2)

C a m p o s C E O P , I g r e ja R P , C a m p o s E P . C a n d id ía s e e m p a c ie n t e s a id é tic o s . R e v is ta d a S o c ie d a d e B r a s ile ir a d e M e d ic in a T r o p ic a l 2 5 : 1 6 5 - 1 6 9 , j u l - s e t , 1 9 9 2 .

A v a lia ç ã o la b o r a to r ia l

O s resu ltad o s lab o rato riais o b tid o s n a evolução clín ica d o s 35 doentes fo ram fundam entais p ara a co n firm ação d iag n o stica de: A ID S em 30 dos 35 do en tes co m a p esq u isa de an tico rp o s an tiv íru s de im u n o d eficiên cia h u m an a (E L IS A e W estern B lot). P a ra as doenças associadas e /o u op o rtu n istas, foram u s a d o s m é to d o s d e b o a s e n s i b i l id a d e e esp ecificid ad e.

N o d iag n ó stico lab o rato rial da candidíase, foi u tilizad o n a co lh eita d e m aterial das lesões suspeitas, u m a z a ra g a to a e s té r il, u m e d e c id a em c a ld o S ab o u rau d e en v iad a im ediatam ente ao L ab o rató rio C lín ic o d o H o s p ita l E m ílio R ib a s, seção de M ic r o b io lo g ia . A p ó s a s e m e a d u ra em a g a r S ab o u rau d d ex tro se e colocado em estu fa a 3 7 °C p o r 24 a 7 2 h eram ex am inados d iariam en te a fim de se v e rific a r o crescim ento de colônias. A seguir, realizav a-se u m esfreg aço e co rav a-se pelo m étodo d e G ra m co m o o b jetiv o d e se o b serv ar a ex istência d e célu las lev ed u rifo rm es com bro tam en to s o u não . N a p re se n ç a de lev ed u ras, cultivavam -se as m esm as em a g a r S ab o u rau d d ex tro se e, concom itantem ente, re a liz a v a -s e a té c n ic a d e fo rm a ç ã o d e tu b o g erm in a tiv o segundo R ey n o ld s & B rau d e17. A s am o stras p ro d u to ra s d e tu b o germ in ativ o , foram classificad as co m o C a n d i d a a l b i c a n s e as dem ais fo ram d en o m in ad as de C a n d i d a spp.

O estudo d o M IC foi realizado segundo C am pos5 e a p a rtir dos d ad o s o b tid o s no M IC frente aos: azo les (k eto co n azo l, itraco n azo l e fluconazol); p o lien o s: A M B e N IS e a 5 F C d eterm in aram -se os M IC 50% das am ostras.

C r ité r io d e c u r a

A so b re v id a o u n ão foi v erificad a 12 m eses ap ó s a in tern ação q u e m o tiv o u o p resente estudo, co n sid eran d o -se ó b ito p re co ce qu ando a m orte o co rreu até a d o se to tal d e 300 m g de A M B e /o u nos p rim e iro s três m eses de in ternação; e ó bito tard io q u an d o a m o rte o co rreu n a d o se su p erio r a 50 0 m g d e A M B e /o u ap ó s 5 m eses d a intern ação.

A n á lis e e s ta tís tic a

U tiliz ara m -se o s testes p aram étrico s do x 2 para an á lise d a d istrib u iç ão d e C a n d i d a a l b i c a n s e d a ev o lu ção terap êu tica n o s aid ético s18. T o d o s os testes estatístico s fo ra m efetu ad o s ao nív el de 5 % d e sig n ificân cia.

R E S U L T A D O S

Os 30 pacientes com A ID S recém -in tem ad o s no H o sp ital E m ílio R ib as, SP, com can d id íase o ral, apresentavam id ad e e n tre 19 a 55 an o s, co m m aio r freqüência na faix a etária d e 20 a 4 0 anos, e pred o m ín io da raça b ran ca so b re a raça n e g ra e do sexo m asculino so b re o fem inino, resp ectiv am en te, n a p ro p o rção de 4:1 e de 3 :1 .

A tu b erc u lo se em 9 e as d em ais d o en ças o p o rtu n istas relatad as, in clu siv e o sarco m a de K aposi, fo ram o b servadas nesses p acien tes co m A ID S.

A u tiliz a ç ã o d e d r o g a s a n tif tín g ic a s e im unossupressoras foi d esignada: terap êu tica em 26; p ro filática em 5 e im u n o ssu p resso ra em d o is, sen do a N IS (1 4), o k eto co n azo l (9) e a terap ia tríp lice (6) as m ais em pregadas.

O s 30 doentes com can d id íase rev elaram nas am ostras isoladas e iden tificad as a C a n d i d a a l b i c a n s em 28 (8 0 % ) deles.

A s M IC 50% realizadas n o s azo les, p o lien o s e 5 F C c o n tra am o stras d e C a n d i d a ach am -se expressas n a T abela 1. A s M IC 50 % fo ram elevadas p ara os azoles (itraconazol 21 jtíg/ml, fluco n azo l 19 //g /m l) e 50 /xg/m l p a ra a N IS .

T a b e la 1 - C o n c e n tr a ç ã o in ib itó r ia m ín im a (M IC ) 5 0 % d e 3 5 a m o s tr a s d e Candida spp is o la d a s d e a id é t ic o s f r e n t e a o s a z o l e s , p o l i e n o s e 5 f lu o r c ito s in a .

Antifúngicos MIC 50%

Ou/ml)

A zoles ketoconazol 2 ,2 0

itraconazol 2 1 ,0 0

fluconazol 19,00

Polienos anfotericina B 0,1 2

nistatina 5 0 ,0 0

B ase citosina 5 fluorcitosina 1,60

C u r a

(3)

C a m p o s C E O P , I g r e ja R P , C a m p o s E P . C a n d id ía s e e m p a c ie n t e s a id é tic o s . R e v is ta d a S o c ie d a d e B r a s i le i r a d e M e d ic in a T r o p ic a l 2 5 : 1 6 5 - 1 6 9 , j u l - s e t , 1 9 9 2 .

A n á lise e s ta tís tic a - T e s te d e Siege!18

A s am ostras d e C a n d id a a lb ic a n s foram isoladas em m aio r p ro p o rç ã o n as C a n d i d a dos 35 aidéticos.

A d o se d e A M B n ã o m o d ifico u , d e m odo sig n ificativ o , o n ú m ero de ó b ito s, p reco ce e tard io , o co rrid o s n o s 35 pacientes.

T a b e la 2 - P r o p o r ç ã o d e Candida albicans is o la d a s d e tr in ta a id é tic o s .

C a n d id a a lb ic a n s C a n d id a spp Total

28 7 35

x2 = 12,60 (p < 0 ,0 0 1 ) s.

T a b e la 3 - S o b r e v i d a e ó b ito s o c o r r id o s n a e v o lu ç ã o te r a p ê u tic a d e tr in ta a id é tic o s .

Sobrevida --- __________________ Total

AM B < 300m g AM B > 500m g

12 12 6 30

x2 = 2 ,4 0 (p > 0 ,0 5 ) n.s.

D IS C U S S Ã O

A can d id íase fo i sem d ú v id a, a grande expressão d a A ID S n o s 30 d o en tes avaliados de acord o com relato s da lite ratu ra9 12 1315. A fo rm a m ucosa oral trad u z im u n o ssu p ressão iatro g ên ica e foi assinalad a em 59% dos h o m o ssex u ais12 15. A lém disso , é a fo rm a m ais freq u en te da candidíase em aidéticos, en q u an to form as u n g u eais e p ero m q u eas são m ais assinaladas em o u tras condições predisponentes p re sen tes n esses in d iv íd u o s9 12 13 1S.

O p acien te aid ético é u m m eio ad equad o à d issem inação da can d id íase p ela im unodepressão o u p elo s fato res enzim áticos q u e dim in uem n a p ared e d o tu b o d ig estiv o 7 11 14 16. A p roliferação fú n g ic a , p o rta n to , tra n sfo rm a ria o estág io d e p o rta d o r n o de sin to m ático e seria indicad o ra de can d id íase d ig estiv a e de o u tro s sítio s (O d d s13, O dds e co l14 e P ik e e c o l16).

O d d s13 e O dds e c o l14 p ro p u seram , ainda, que a recu p eração d e m enos de 10 u n id ad es fo rm adoras de co lô n ias em cu ltu ra de u m “ sw ab ” v aginal seria

in d icativ o de p o rta d o r assin to m ático . L o g o , a p resença de célu las de C a n d i d a d ev e su p rim ir a re sp o sta im u n e lo cal e fa c ilita r a re in fecç ão , p r i n c i p a lm e n t e e m a i d é t i c o s e / o u f a to r e s predisp o n en tes p resen tes nesses in d iv íd u o s P ik e e c o l16.

O u so p rév io d a N IS nas C a n d i d a iso lad as da lesão oral dos aid ético s, ex p licaria os M IC 50% ob tidos n o presen te estu d o , an álo g o ao d escrito p o r alguns in v estig ad o res1 2 3 6 8 10.

A A M B rev elo u sua eficácia ao m an ter n ív eis baixos de M IC 50% nas am o stras ensaiadas. A resistência da candid íase à A M B p arece se r eventual e, além d isso , n ão foi o b serv ad a n a p re se n te casuística2 4 6 8 10. A v erificação p elo s testes não param étricos de S ieg el18 n a d istrib u ição de C a n d id a a l b i c a n s n a can d id íase fo i sig n ificativ a, n o en tan to , houve um increm ento das outras espécies de C a n d id a n o s aidéticos. E ste fato d ev e ser o b serv ad o com atenção pelas características im u n o ssu p ressiv as e iatrogênicas dos aid ético s1314. A fase IV d a infecção pelo H IV seria u m a co n d ição p re d isp o n e n te ao desenvolv im ento da candid íase. A p re sen ça de o u tra s e sp é c ie s s e ria ju s tif ic a d a p e la d e fe sa im u noló gica d im in u íd a e p ela redução d e o x igênio aos tecidos q u e p erm itiriam m aio r p ro liferaçã o de C a n d id a ssp nesses d o en tes11 13 14 16, além das pressões seletivas das d ro g a s u tilizad as n a fase aidética co n trib u írem p ara o co m p o rtam en to acim a assinalado1 3 4 6 10 14.

O s polien o s e os azoles ag em so b re a m em b ran a m odificando sua p erm eab ilid ad e p e la in terferên cia n o s com p o n en tes lip íd ico s d o s fu n g o s2 4 6 10, enquanto q u e a resitên cia d a C an d id a à N IS foi co nstatada p o r B o d en h o ff5 e A th ar & W in n er2.

C am pos5 observou: re sistên cia cru zad a en tre N IS e A M B ; que a linhagem sem resistên cia m ostro u crescim en to m ais e x u b e ra n te , n a a u sê n c ia de an tib ióticos, em relação às m utantes re sisten tes e, após elim in ar a resistên cia à N IS p e la ação da ac riflav in a, o crescim ento da C a n d i d a a l b i c a n s não se alterou. C oncluiu, p o rta n to , q u e a resistên c ia à N IS , n esse caso era do tip o cro m o sso m al.

(4)

C a m p o s C E O P , I g r e ja R P , C a m p o s E P . C a n d id ía s e e m p a c ie n t e s a id é tic o s . R e v is ta d a S o c ie d a d e B r a s i le i r a d e M e d ic in a T r o p ic a l 2 5 : 1 6 5 - 1 6 9 , ju l - s e t , 1 9 9 2 .

cru zad a e n tre N IS e os azoles, assim com o en tre os p o lien o s N IS e A M B fo ram relatad as1 2 3 4 5 6 8 io_ A lém d isso , foi ob serv ad o a infecção cruzada p o r C a n d i d a a l b i c a n s e m d o e n te s d a s u n id a d e s h o sp italare s d e terap ia in ten siv a812.

P o rta n to , as intern açõ es an terio res aliad as ao u s o p r o f ilá tic o d o s a z o le s e d o s p o lie n o s , prin cip alm en te a N IS , co nstituiriam as razões básicas p a ra a ex p licação d a elevada resistên cia fúngica o b serv ad a e m n o ssa casuística.

S U M M A R Y

A to t a l o f 3 5 in p a ti e n ts a d m itte d a t E m ilio R ib a s H o s p it a l - S ã o P a u lo , B r a z il, w ith d ig e s ti v e c a n d id ia s is a n d A I D S c li n ic a l d ia g n o s tic w e r e e v a lu a te d 1 0 m on th la te r , b e in g 2 9 m a le a n d 6 f e m a l e ; w h ite o u tn u m b e r in g b la c k w ith a g e r a n g e d f r o m 3 0 to 5 0 y e a r s o ld . A g a r

S a b o u r a u d c u ltu r e a n d tu b e g e r m in a tiv e te s ts id e n tif ie d 2 8 ( 8 0 % ) Candida albicans o u t 3 5 s tr a in s . M in im u m in h ib ito r y c o n c e n tr a tio n (M IC ) 5 0 % w a s a g a in s t a z o l e s ( k e to c o n a z o le = 2 . 2 f ig /m l; itr a c o n a z o le = 2 1 . 0 n g /m l a n d f l u c o n a z o l e — 1 9 . 0 fig /m l); p o l y e n e s (ny s ta tin e — 5 0 . 0 f ig /m l a n d a m p h o te r ic in B = 0 . 1 2 f ig /m l) a n d 5 f l u o r c y t o s i n e = 1 .6 jx g /m l. S i e g e l t e s t s s h o w e d s ig n if ic a n t

Candida albicans p r o p o r t i o n s in s t r a in s is o la t e d f r o m 3 5 A I D S p a tie n ts . T h e re w a s n o s ig n if ic a n t r e la tio n b e tw e e n A M B d o s i s a n d e a r ly o r la te d e a th . C o n c lu s io n s : c a n d id ia s is in A I D S p a ti e n ts s h o w e d h ig h M I C 5 0 % to a z o l e s a n d n y s ta tin e a n d s ig n if ic a n t Candida abicans p r o p o r tio n in a l l s tr a in s is o la t e d f r o m A I D S p a ti e n ts . P r e v io u s a m p h o te r ic in B th e r a p y h a d n o in flu e n c e in e a r ly o r la te d e a th in 3 0 p a tie n ts . P r e v io u s th e r a p y p o s s ib il y e x p la in e d M I C 5 0 % in c r e a s e s in Candida s tr a in s .

K e y - w o r d s : C a n d id ia s is . A ID S . T h e r a p y : p o l y e n e s a n d im id a z o le s .

R E F E R Ê N C IA S B IB L IO G R Á F IC A S

1. A ckerbauerH , M eingassner JG, Mieth H. Preclinical

antim ycotic activity o f SD Z 89-485: a new orally and topicaly effective triazole. Journal M edical Veterinary M ycology 29:445-454, 1990.

2. Athar M A, Winner HI. The development o f resistance

by C a n d id a species to polyene antibiotics in v itr o .

Journal o f M edical M icrobiology 4:505-517, 1971.

3. B od en h off J. D evelopm ent o f strains o f genus

C a n d i d a and g e n u s T o r u l o p s i s resista n t to

antim ycotics. A cta P athologica M icrobiologica Scandinava 7 5 :622-630, 1969.

4. Bratyburg J, Pow derly W G, Kobayashi GS, M edoff

X . A m photericin B: current understanding o f m ech an ism o f a ctio n . A n tim icrob ial A gen ts Chemotherapy 3 4:183-188, 1990.

5. Campos CEOP. R esistência de C a n d id a a lb ic a n s a

nistaüna e anfotericina B. Alterações no crescimento d e m utantes resisten tes. T e se d e doutorado. U niversidade de São Paulo, Botucatu, SP, 1974.

6. Christine B M , Bard M , L ees N D . P olyene resistance

in ergosterol producing strains o f C a n d id a a lb ic a n s .

M ycoses 3 4:75-83, 1991.

7 . C o le G F, L ynn K T , Sesh on KR, P op e LM .

G a stro in testin a l and sy s te m ic ca n d id o sis in im m u n o co m p ro m ised m ice. Journal M ed ical Veterinary M ycology 27:363-380, 1989.

8. C onlyJ, R ennieR , Johnson J, FarahS. Disseminated

candidiasis due to amphotericin B - resistant C a n d id a

a l b i c a n s . J o u r n a l o f I n f e c tio u s D is e a s e s

165-.761-764, 1992.

9. Edwards Jr JE. Candida species. In: M andell GL,

Gordon D ouglas JrR , Bennett JE (ed) Principles and practive o f infectious diseases. John W ileys Sons, N ew York p. 1435-1447, 1985.

10. H itchcock C A, Barrett-Bee KS, R ussell NJ. The lipid com position and permeability to azole o f an

azole and polyene-resistant mutant o f C a n d id a

a lb ic a n s . Journal M edical Veterinary M ycology

25:29-37, 1987.

11. Hunter PR, Harrison GAJ, Traser C AM . Cross infection and diversity o f C a n d id a a lb ic a n s strain

carriage in patients and nursing staff on an intensive care. Journal M edical Veterinary M ycology 2 8 :317-326, 1990.

12. M cK enzie R, Travis W D , D olan S A , Pittaluga S, Fenerstein IM , Shelham er J, Yarchoan R, Mansur H . The causes o f death in patients with human im m unodeficiency virus infection. A clinical and pathology study with em phasis on the role o f pulm onary diseases. M edicine 7 0:326-343, 1991.

13. Odds FC . C a n d id a and Candidosis. 2 edition.

London - Philadelphia - N ew York - T okio - Balliere Tindall, 1988.

14. Odds FC , W ebster C E, Mayranathan P, Sim m ons

PD . C a n d id a concentrations in the vagin e and their

association with signs and sym ptons o f vaginal candidosis. Journal M edical Veterinary M ycology 26:277-284, 1988.

(5)

C a m p o s C E O P , I g r e ja R P , C a m p o s E P . C a n d id ía s e e m p a c i e n t e s a id é tic o s . R e v is t a d a S o c ie d a d e B r a s i le i r a d e M e d ic in a T r o p ic a l 2 5 : 1 6 5 - 1 6 9 , ju l - s e t , 1 9 9 2 .

15. Penneys N S . Skin manifestations o f A IDS. 1st edition. Martin D unitz L T D , London, 1990. 16. Pike W J, Clarke J, L acey CJN, Hunter PA, Evans

EG. C a n d id a cell w all mannan in the vagina and its

association with the signs and sym ptoms o f vaginal candidosis. Journal M edical Veterinary M ycology 2 9:305-312, 1991.

17. Reynolds R, Braude AI. T he filament inducing property o f blood for C a n d id a a l b i c a n s; its nature

and significance. Clinical Research Proceeding 4:40-44, 1956.

Referências

Documentos relacionados

Adjunct Professor of Clinical Genetics and Professor of the Postgraduate Program on Pathology and Clinical Genetics, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre

Program on Pathology, and Assistant Professor of Clinical Genetics, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), and Clinical Geneticist, Universidade

Program on Pathology and Assistant Professor of Clinical Genetics, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA); and Clinical Geneticist, Universidade

A s m ost o f the cases o f chronic paracoccidioidom ycosis start in the lungs, the disease m ay rem ain there with slow and progressive morpho­ logic and clinical pulm

The aims of this study were to investigate the clinical features, underlying the diseases and clinical outcomes of patients with cryptococcosis and to perform a molecular analysis

In Praça 14 outdoors in the rainy period (Table 1), the highest average was found on Tyres, whereas in Coroado several groups showed high and relatively similar averages –

Therefore, use of the perceived Early Aurignacian affinities in the lithic assemblage from Archeological Horizon (AH) 3 of Willendorf II, in Lower Austria, as a proxy for the

According to the European Society of Clinical Microbiology and Infectious Diseases (ESCMID) guidelines for the diagnosis and management of Candida diseases, adult patients with