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Prevalência dos marcadores sorológicos dos vírus da hepatite B e D em crianças das tribos Caiabietxucarramãe do parque indígena do Xingu, Brasil central.

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Academic year: 2017

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R ev is t a d a S o c i e d a d e B r as ile ir a d e M e d ic in a T r o p ic al 2 9 ( 5 ) :4 3 1 - 4 3 9 , se t - o u t , 1 9 9 6 .

PREVALÊNCIA DOS MARCADORES SOROLÓGICOS DOS

VÍRUS DA HEPATITE B E D EM CRIANÇAS DAS TRIBOS

CAIABIETXUCARRAMÃE DO PARQUE INDÍGENA DO

XINGU, BRASIL CENTRAL

Ramiro A nthero Azevedo, Antonio Eduardo Silva, M aria Lúcia Gomes

Ferraz, Luiz Francisco M arcopito e Roberto Geraldo Baruzzi

O P arqu e In díg en a do X ingu (PIX ) estã lo c aliz ado n o estado d o M ato Grosso, n a reg ião de tran siç ão de c e n ad o ao su l e da flo rest a A m az ô n ic a ao norte. D ados de literatu ra m ostram qu e a p o p u laç ão adu lt a ap resen ta ele v ada p r e v alê n c ia de m arc ado res do v írus d a hepatite B (HBV ). O p resen t e estu do v isa det erm in ar a p r e v alê n c ia do s m arc ado res do H BV e do H D V n a p o p u laç ão in díg en a d o PIX d e z e r o a 1 4 anos, e in v estig ar a fo r m a de tran sm issão do H BV n a reg ião. Entre as 1 7 tribos ex isten tes n o PIX escolheu - se os C aiabi e os T x u c airam ãe qu e diferem em seu s hãbito s d e v ida e habit am a reg ião N orte d o p ar q u e com c arac terístic as d e clim a, v eg etaç ão e f a u n a sem elhan t es ás d a reg ião A m az ô n ic a. A v aliaram - se 2 2 2 c r ian ç as ( 1 1 6 T x u c arram ãe e 1 0 6 C aiabi) e 3 3 m u lheres em idade fértil. A p esqu isa de m arc ado res sorológ icos p ar a H BV e H D V f o i fe it a p o r t éc n ic a im u n o en z im ãtic a. A p r e v alê n c ia g lo b al do s m arc ado res sorológ icos n as c rian ç as fo i: HBsA g 4,5% ; anH Bs 39,6% ; an ti-H Bc 44,1% ; p r e s e n ç a de alg u m m ar c ado r do ti-H BV 47,3% e an ti- ti-H D V 0,0% , en qu an t o qu e n as m u lheres em idade fé r t il fo i: HBsA g 12% , todas an ti- H Be positiv as. A in fec ç ão p e lo H BV o c o ir e u m ais p rec o c em en t e en tre os T x u carram ãe, qu an do se con siderou alg u m m ar c ad o r do H B V ( p < 0 ,001). N o PIX , ãr e a d e alt a e n d e m ic id ad e p ar a in fec ç ão p e lo HBV , a tran sm issão do v írus o c o rre p rov av elm en te d e m an eira ho riz o n t al e n ão v ertical c o m o seria d e se esperar, característic as culturais, c o n diç õ es de h ab it aç ão e p r e s e n ç a d e insetos hem ató fag o s s ão im portan tes determ in an tes n a su a transm issão. A pesar d e n ão ter sido det ec t ado n en hu m c aso c o m hepatite D elta, o PIX é u m a ãr e a p r o p íc ia p ar a a su a dissem in aç ão .

P alav ras- chav es: H epatite B. H epatite D . Epidem iolog ia. P o pu laç õ es in díg en as.

A hep atite virai é um a d as p rincip ais causas d e d o ença agud a e crô nica d o fíg ad o , bem co m o d e m o rtalid ad e em to d o o m und o 15.

V ário s auto res têm se d ed icad o a av aliar a p rev alência d essas hep atites no Brasil; tanto n o s g rand es centro s c o m o nas reg iõ es rurais e na reg ião A m azô nica. Esta últim a é co nsid erad a d e alta end em icid ad e p ara as in fecçõ es p elo s vírus d as hep atites B (H BV ) e D elta (H D V )231015. N estes estu d o s, o s g rup o s d e risco e as p o p u laçõ es m ais afetad as entre o s d iferentes

D isciplina de G astroenterologia, Hepatologia e Endoscopia, D epartam entos de Pediatria, de M edicina e de M edicina Preventiva da Escola Paulista de M edicina/Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SE

E n de r e ç o p a r a c o r r e s p o n dê n c ia: Dr. Ram iro A nthero A zevedo. R. Botucatu 740, I o andar, Vila Clementino 04023-900 São Paulo, SP Brasil. Fax: (0 1 1 ) 572-5945.

Recebido para publicação em 2 1 / 0 7 / 9 5 .

g rup o s étnico s fo ram id entificad o s, incluind o p o p u laçõ es ind íg enas15 27 28.

O p r e s e n te e s tu d o v isa d e te rm in a r a p rev alência d o s m arcad o res so ro ló g ico s d o H BV e d o H D V na p o p u lação d e 0-14 ano s e em m ulheres em id ad e fértil d o Parque Ind íg ena d o Xing u (PIX ), Brasil Central. Esco lheu -se a faixa etária 0-14 ano s, p o is estu d o p rév io ali realiz ad o m o stro u alta p rev alência d a infecção para o H BV na p o p u lação ad ulta13. O estu d o d as in fecçõ es p elo H BV e HDV, no g rup o etário p ro p o sto , p erm itirá av aliar m elho r a sua m ag n itu d e e d e te rm in ar a id ad e em q u e se inicia o co ntato co m esses vírus, b em c o m o a via d e transm issão m ais im p o rtante na região . Tal reco nhecimento é de fundamental im p o rtância para a institu ição d e m ed id as d e p ro filaxia.

M ATERIAL E M ÉTO D O S

(2)

A z e v e d o RA , Silv a A E, F e r r a z M LG , M ar c o p it o LF, B a r u z z i R G . P r e v alê n c ia d o s m a r c a d o r e s s o r o ló g ic o s d o s v ír u s d a h e p at it e B e D e m c r i a n ç a s d a s t r ib o s C a i a b i e T x u c ar r am ãe d o P a r q u e In d íg e n a d o X in g u , B r as il C e n t r al. R ev is t a d a S o c i e d a d e B r as ile ir a d e M e d ic in a T r o p ic al 2 9 :4 3 1 - 4 3 9 , set - o u t , 1 9 9 6 .

e 13° d e la titu d e Su l e e n tre 52° e 54° d e lo ng itud e O este d e G reenw ich (Fig ura 1). A p resenta área d e 30.000km 2, estend end o -se ao lo ng o d o rio Xing u d esd e a reg ião d e seus fo rm ad o res ao sul, até a cacho eira d e v o n M artius no s lim ites co m o Pará. A tem p eratura m éd ia anual é d e 25°C co m a estação chuv o sa se estend end o d e no v em bro a abril.

1. Aueti; 2. Camaiurá; 3. Calapalo-Tanguro; 4. Coicuro; 5+6. Matipu-Nafuguá; 7. Meinaco; 8. Uaurá; 9. laulapiti; 10. Trumai; 11. Suiá; 12. Juruna; 13. Txucarram ãe; 14. Caiabi; 15. Txicão; 16. Suiá Novos; 17. Kren-Akrore. PILVB = posto indígena Leonardo Villas Boas; PIP = posto indígena Pavuru; PID = posto indígena Diauarum; PIV = posto indígena vigilância; PIC = posto indígena Capoto.

Fig u ra 1 - M apa d a reg ião o c u p ad a p e lo P arqu e In díg en a do X in gu no Brasil C en tal e lo c al de habit aç ão das diferen tes tribos av aliado s n este estu do.

P o p u laç ão . Entre as 17 tribo s q u e habitam a reg ião , fo ram esco lhid as d uas, o s Caiabi e o s Txu carram ãe, q u e ap resen tam d iferentes hábito s d e v id a e o cu p am a reg ião N o rte d o PIX, co m co n d içõ es d e clim a, v eg etação e fauna m ais p ró xim as d as enco ntrad as na reg ião A m azô nica.

À é p o c a d o e s tu d o , o s T x u c a r r a m ã e habitav am a ald eia M etuktire, no extrem o no rte d o PIX, e so m av am ap ro xim ad am ente 500 índ io s. O s Caiabi d iv id iam -se em várias ald eias ao lo ng o d o rio Xing u , no to tal ap ro xim ad o d e 550 índ io s (Fig ura 1).

Po r m eio d o fichário m éd ico ind iv id ualizad o da Esco la Paulista d e M ed icina (EPM ), fo ram listad as 478 crianças d e 0-14 ano s nas d uas tribo s m encio nad as, eleg ív eis p ara o estud o , send o 232 Txu carram ãe e 246 Caiabi. Estas crianças fo ram estratificad as p o r sexo e id ad e e, a p artir d e então , to m ad as am o stras d e ssas

d uas p o p u laçõ es seg u ind o -se a o rd em d e cham ad a d o s p ro ntu ário s to taliz and o 222 crianças ( 1 16 Txu carram ãe e 106 C aiabi) e aleato riam ente 33 m ulheres (20 Txu carram ãe e 13 C aiabi) d e 15-44 ano s d e id ad e.

D e s e n h o d o es t u do . D o s ind iv íd uo s q ue fizeram p arte d o estud o , fo i co lhid a am o stra d e sang u e p o r p u nção v eno sa. Co m o intuito d e se av aliar a p o ssibilid ad e d e transm issão v ertical d o HBV, co lheram -se aleato riam ente am o stras d e sang u e d e 33 m ulheres co m id ad e fértil.

Em to d as as am o stras d e sang u e co lhid as, fo ram feitas p esq uisas d e H BsA g, anti-H Bs e anti-HBc. Q uand o o HBsA g m o stro u-se p o sitiv o , av alio u-se tam bém o sistem a H BeA g/ anti-H Be. N aquelas q u e m o straram o anti-H Bc co m o m arcad o r iso lad o , e naq u elas co m H BsA g p o sitiv o e anti-H Bc p o sitiv o , p esq u iso u -se a fração IgM d o anti-H Bc. A p esq u isa d o anti- H DV fo i realizad a q u and o havia a p resença d e alg um m arcad o r d o HBV.

M é t o do s lab o r at o r iais . Em to d o s o s testes fo i utilizad a a técnica im u no enz im ática e kits d o lab o rató rio A b b o tt (au sz y m e ® , au sab ® , co rzym e®, co rzyme M®, antidelta®, HBe/ antiHBe rDNA ®).

M é t o do est at íst ic o . Para a análise estatística d o s resultad o s ap licaram -se o teste d a p artição d o qui-quad rad o , o teste d o q ui-qu ad rad o e o teste exato d e Fisher. Em to d o s o s testes fixo u - se alfa em 5%. Fo ram tam b ém calcu lad as o d d s

r at io s (O R) co m o s resp ectiv o s interv alo s d e co nfiança d e 95% .

RESULTADOS

(3)

A z ev edo RA , Silv a A E, F e rra z M LG , M arco pito LF, B a ru z z i RG . P rev alência do s m a rca d o res s o ro lô gico s do s inrus d a hepat ite B e D em cria nça s das tribo s C aiab i e Tx ucaiT am ãe do P a rq u e I n d íg e n a d o X ingu, B ras il C ent ral. R ev ista d a So cie da de B ras ileira d e M edicina Tro pical 2 9 :4 3 1 - 4 3 9 , set- o ut, 1 9 9 6 .

H BsA g p o sitiv o , quatro eram H BeA g p o sitiv o e quatro eram anti-H Be p o sitiv o . N o s Caiabi, nenhum a d as d uas crianças (1H :1M ) co m H BsA g p o sitiv o ap resento u q ualq uer m arcad o r d o sistem a e.

Q u and o se co m p aram as d uas p o p u laçõ es, o b serv a-se q u e o s Txu carram âe ap resentam p rev alência su p erio r àq uela enco ntrad a no s Caiabi p ara to d o s o s m arcad o res, send o q u e as d iferenças o b serv ad as para algum m arcad o r, p ara anti-H Bs e anti-H Bc são estatisticam ente significativas. N o ta-se tam bém que a p rev alência p ara alg um m arcad o r entre o s Txu carram âe é 3,3 v ez es a d o s C aiabi (Tab ela 1) e se elev a

co m a id ad e, send o sem p re su p erio r no s T x u c a r r a m â e ( F ig u r a 2 ) . E s te m e s m o co m p o rtam ento é o bserv ad o em relação ao anti-H Bc (Fig ura 3).

Em relação ao anti-H Bs, no ta-se q u e entre o s Txu carram âe, a p rev alência d im inui d o g rup o d e 5-9 ano s p ara o d e 10-14 an o s e q u e tend e a se ig u alar à d o s Caiabi n este últim o g ru p o e tá r io , n ã o h a v e n d o d if e r e n ç a estatisticam ente sig nificante (Fig ura 4).

A p rev alência d e p o rtad o res d o H BsA g na p o p u lação g lo bal fo i d e 4,5% e p o d e ser d etectad a no s g rup o s d e 1-4 ano s e no d e 10-14 ano s. A p esar d e ser sem p re su p erio r no s

T abela 1 - P reu alên cia d e m arc ado res so rolôg icos das hepatites B e delta, n a fa ix a et ária d e 0 - 1 4 an os. em ín dios T x u c arram âe ( T x u ca) e C aiabi d o P arqu e in díg en a d o X ingu, B rasil C entral._________________

T x u c a ( 116) C aiabi ( 106) To tal (222)

M arcad o r p o sitiv o p o sitiv o p o sitiv o P O R (IC 95% )

% ns % ns °/o

alg um 81 69,3 24 22,6 105 47,3 <I O' 7 7,91 (4,15-15,18)

H BsA g 8 6.9 2 1,9 10 4,5 .0,07 3.85 (0,73-16.81)

anti-H Bs 68 58,6 20 18,9 88 39.6 < 10'7 6 ,0 9 ( 3 .1 7 - 1 1 ,7 6 ) anti-H Bc T l 66.4 21 19.8 9 8 44,1 < 10‘7 7,99 ( 4,14-15,51)

anti-H D 0 - 0 - 0

-O D = O dds ratio. IC = in terv alo d e c o n fian ç a.

(4)

A z ev edo RA, Silt a A E, F e n a z AÍLG, M arco pit o LF, B a ru z z i RG . P rev alência do s m arca d o res so ro ló gico s do s víi us d a hepatite B e D em cria nça s das tribo s C aiab i e Tx ucaiT am ãe do P a rq u e I n d íg e n a d o X ingu, B rus il C ent ral. R ev ista d a So cie da de B ras ileira d e M ed icin a Tro pical 2 9 :4 3 1 - 4 3 9 , set- o ut, 1 9 9 6 .

(5)

A z ev edo RA , Silv a A E, F e rra z M LG , M arco pit o LF, B a ru z z i RG . P rev alência do s m a rca d o res so ro ló gico s do s v írus d a hepat ite B e D em cria nça s das tribo s C aiab i e T x uca rra m ã e do P a rq u e In d ígen a do X ingu, B ras il C ent ral. Rev ista d a So cie da de B ras ileira d e M ed icina Tro pical 2 9 :4 3 1 - 4 3 9 , set- out, 1 9 9 6 .

Txu carram ãe, essa d iferença não alcanço u sig nificância estatística entre as d uas tribo s (Fig ura 5).

D as 33 m ulheres em id ad e rep ro d utiva exam inad as, quatro ( 12,1% ) eram p o rtad o ras d o H BsA g, p o rém to d as p o sitiv as p ara o anti- H Be.

A in f e c ç ã o p e lo H BV o c o r r e u m ais p reco cem ente entre o s Txu carram ãe, q uand o se co nsid ero u algum m arcad o r d o H BV (p < 0,001). N ão ho u v e d iferença estatisticam ente sig nificante entre o s sexo s p ara o s m arcad o res d o H BV em am bas as trib o s. N ão se enco ntro u a p resença d o anti-H D V em nenhum a d as am o stras analisad as.

Figu ra 5 - D is t rib uição da s p rev a lê ncia s do H B sA g na s tribo s T x uca rra m ã e e C aiab i p o r f a i x a et ária.

DISCUSSÃ O

N as r e g iõ e s c o n s id e r a d a s d e a lta end em icid ad e para infecção p elo HBV, quand o p o p u laçõ es infantis são analisad as, o bserv a-se q u e o co ntato co m o vírus se d á p reco cem ente, g eralm ente no s p rim eiro s ano s d e v id a121821. O s resultad o s o b tid o s neste estud o m o stram este m esm o co m p o rtam ento no PIX.

Po r se tratar d e um estu d o d e p rev alência, b asead o ap enas no p erfil so ro ló g ico , p o d e-se d iz er q u e o ind iv íd uo p o rtad o r d e H BsA g ap resenta in fecção o u agud a o u é p o rtad o r crô nico d o vírus, m as, p ara esses últim o s, não se p o d e d izer há q u anto tem p o isto v em

o co rrend o . A p resença d o H BsA g, co m o ú nico m arcad o r p o sitiv o , fo i enco ntrad o em d uas crianças Txu carram ãe e em um a Caiabi. A p resença d o H BsA g p o sitiv o e anti-H Bc IgM p o sitiv o o co rreu em um a criança Txu carram ãe. Esses p erfis p o d em co rresp o nd er à infecção agud a e o co rreram no s g rup o s d e 1-4 ano s e d e 10-14 ano s.

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A z e v e d o RA , Silv a A E, F e r r a z M LG , M ar c o p it o LF, B a r u z z i R G . P r e v a lê n c ia d o s m a r c a d o r e s s o r o ló g ic o s d o s v ír u s d a h e p at it e B e D e m c r i a n ç a s d a s t r ib o s C a ia b i e T x u c ar r am ãe d o P a r q u e I n d í g e n a d o X in g u , B r a s il C e n t r al. R e v is t a d a S o c i e d a d e B r as ile ir a d e M e d ic in a T r o p ic al 2 9 : 4 3 1 - 4 3 9 , se t - o u t , 1 9 9 6 .

d e 5 a 20% d e s s e s in d iv íd u o s se to rn am p o rtad o res crô n ico s d o H BV 2.

É b em co n h ecid a a relação inv ersa entre g rav id ad e clín ica d a h ep atite e risco d e in fecção crô nica, no tad am ente em crianças2029. O s caso s q u e ev o lu em anictérico s são m ais p ro p enso s a se to rnar p o rtad o res crô nico s que o s ictérico s25. Em g eral, ap resentam quad ro s lev es e, em m uito s caso s, inap arentes. N o PIX, não se ev id enciaram quad ro s clínico s p regresso s su g estiv o s d e h ep atite ag u d a, ap esar d a elev ad a p rev alência d a infecção p elo HAV e H BV na reg ião 1.

A p resença d o H BsA g p o sitiv o e anti-H Bc p o sitiv o , co m fração IgM neg ativ a, o co rreu em cin c o Txu carram ãe e um Caiabi, send o estes co nsid erad o s p o rtad o res crô nico s d o H BV (p rev alência d e 2,25% ).

O s resultad o s d este trabalho ind icam q u e o co ntato co m o vírus o co rre p reco cem ente no PIX. D o s 189 ind iv íd uo s d e um a 14 ano s analisad o s, 89 (47,1% ) eram im unes e 84 (44,4% ) su scetív eis send o q u e o s

16

restantes ap resentaram p erfis co nsid erad o s anô m alo s.

A v ia d e transm issão resp o nsáv el p ela d issem inação d o HBV, no PIX, não p arece estar entre as trad icio nalm ente reco nhecid as. São usad as sering as e ag ulhas d escartáv eis p ara m ed icação o u v acinação , não é p raticad o o u so d e d ro g as ilícitas p o r v ia p arenteral e a ativ id ad e sexu al inicia-se ap ó s a id ad e em que o co rre a in fecção p elo HBV.

O p ap el d a transm issão v ertical d o HBV, no PIX, não p arece ter relev ância ep id em io ló g ica. Nas 33 crianças m eno res d e um ano , p o d e-se no tar a p resença d e alg um m arcad o r ap enas entre o s m eno res d e seis m eses d e id ad e. Nas 18 crianças m eno res d e seis m eses estud ad as, não se o b serv o u a p resença d o H BsA g. Em três (16,6% ) d etecto u -se o anti-H Bs e em 11 (61,1% ) o anti-H Bc, p o rém co m fração IgM negativ a. Entre as 15 crianças co m id ad e entre seis m eses e um ano , não se o b serv o u a p resença d e q u alq u er um d o s m arcad o res so ro ló g ico s estud ad o s.

Nas 33 m ulheres ad ultas estud ad as, quatro (12,1% ) eram p o rtad o ras d o H BsA g co m anti- H Be p o sitiv o , p o rtanto , co m m eno r p o tencial infectante para a resp ectiv a p ro le31. Um a d essas m ulheres era m ãe d e um a criança d e quatro m eses d e id ad e q u e ap resentav a co m o único m arcad o r o anti-H Bc, co m fração IgM negativ a. A ssim send o , p arece q u e a transm issão v ertical

tem p eq u ena p ro babilid ad e d e o co rrer e q u e o s m arcad o res so ro ló g ico s enco ntrad o s nas crianças m e n o r e s d e s e is m e s e s d ev am ser co nsid erad o s co m o d e p assag em transplacentária e não d e infecção ad quirid a.

O s d ad o s aqui ap resentad o s su g erem q u e a infecção p elo H BV no PIX é ad quirid a em id ad e p re c o c e e d e m an e ira h o riz o n tal, p arecend o não o co rrer no p erío d o neo natal, co m o em o utras reg iõ es d e alta end em icid ad e8 31. Na reg ião A m az ô nica, este fen ô m en o tam bém já fo i o b serv ad o 3.

In se to s h e m ató fag o s são c o n sid e rad o s im p o rtantes na transm issão d o H BV e v ário s estud o s co m p ro v aram a p resen ça d o H BV em d iferentes esp écies d e m o sq u ito s” 24. O utro s estud o s m o straram q u e é p o ssív el se d etectar o H BsA g ap ó s quatro d ias d a alim entação co m sangue co ntam inad o 16, e ev entu am ente ap ó s várias sem anas17. N ão se co nseg u iu d em o nstrar, no entanto , a p resença d e rep licação virai no s m o s q u i to s o u e m o u tr o s a r t r ó p o d e s hem ató fag o s6 7. A ssim send o , estes inseto s p o d eriam ev entualm ente atuar co m o v eto res m e c â n ic o s d o H B V 1*, n o s q u a is o v íru s p erm aneceria v iáv el na estrutura d o ap arelho d e sucção d o artró po d e e p o d eria ser transm itid o , d e um a p esso a infectad a p ara o utra suscetív el, no m o m ento em q u e o m o sq u ito v o ltasse a se alim entar o u q uand o fo sse co m p letar um a su cção interro m p id a5.

Há relato s m o strand o fo rtes ev id ências d e que a d ensid ad e d e m o squ ito s2223 e a d ensid ad e p o p u lacio nal9 exercem p ap el fu nd am ental nesse tip o d e transm issão .

O s m o s q u ito s p o d e m ta m b é m e s ta r ind iretam ente env o lv id o s na transm issão d o HBV, p o is suas p icad as ted em a fav o recer in f e c ç õ e s s e c u n d á r ia s , f a c il ita d a s p o r escarificaçõ es, estab elecend o -se assim tanto um a p o rta d e entrad a co m o um a v ia d e saíd a p ara o v írus18.

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A z e v e d o RA , Silv a A E, F e r r a z M LG, M ar c o p it o LF, B a r u z z i R G . P r e v a lê n c ia d o s m a r c a d o r e s s o r o ló g ic o s d o s v ír u s d a h e p at it e B e D e m c r i a n ç a s d a s t r ib o s C a ia b i e T x u c a r r a m ã e d o P a r q u e I n d í g e n a d o X in g u , B r as il C e n t r al. R e v is t a d a S o c i e d a d e B r as ile ir a d e M e d ic in a T r o p ic al 2 9 : 4 3 1 - 4 3 9 , se t- o u t, 1 9 9 6 .

O s T x u c arram ãe h ab itav am u m a ú n ic a a ld e ia , a c a r r e ta n d o u m a c o n c e n tr a ç ã o p o p u lacio nal m aio r d o q u e a d o s Caiabi; além d isso , a reg ião p o r eles habitad a ap resentav a m aio r d ensid ad e d e inseto s d ev id o a co nd içõ es lo cais m ais fav o ráv eis a sua p ro liferação . Esses fato s, talv ez , p u d essem exp licar a m aio r p reco cid ad e d o co ntato co m o H BV e sua m aio r p rev alência entre o s Txu carram ãe em relação ao s Caiabi.

O u tro s trab alh o s su g erem q u e le sõ es c u tâ n e a s c o m o im p e tig o , e s c a b io s e ,

escaiif icaç& es, p erfu ração ú as o relh as e

tatuag ens p o d em atuar co m o p o rta d e entrad a d o H BV 18. A s info rm açõ es o b tid as a resp eito d esses fato res na p o p u lação estud ad a não p erm item av aliar a sua im p o rtância, m as são situ açõ es e p ráticas m ais freq ü entes entre o s Txu carram ãe e talv ez co nco rram p ara a m aio r d issem inação d o H BV entre eles.

N o p r e s e n te e s tu d o , a lg u n s p e r f is so ro ló g ic o s d o H BV fo ram co n sid erad o s anô m alo s. O anti-H Bc co m o ú nico m arcad o r fo i o b serv ad o em o ito crianças (3,6% ), send o seis Txu carram ãe e d uas Caiabi. O sig nificad o d esse p erfil é p o lêm ico 19 e este achad o p o d e ser im p o rtante em reg iõ es hip erend êm icas, o nd e a p rev alência d o anti-H Bc co m o ú nico m arcad o r d a in fecção p elo H BV p o d e cheg ar a 15% 16. O p erfil anti-H Bs c o m o m arcad o r iso lad o e a co nco m itância H BsA g co m antiH Bs tam bém fo ram o b serv ad o s, co nfirm and o as hip ó teses d e q u e nestas áreas, estes resultad o s são relativ am ente co m uns.

Em re la ç ã o é h e p atite d elta, n ão se enco ntro u em nenhum a d as am o stras analisad as a p resença d o anti-HDV. A sso ciand o -se ao fato d e q u e não há relato s d e quad ro s clínico s sug estiv o s d e co -in fecção o u su p erinfecção , é d e su p o r q u e o H DV não seja end êm ico no PIX. Estes d ad o s co ntrastam co m o s da região A m azô nica, o nd e o co ntato co m o H D V se faz na infância, g eralm ente a p artir cin co ano s d e id ad e2. A p esar d o s achad o s d este trabalho , o PIX p are ce ser u m a reg ião p ro p ícia é d issem inação d o H DV e a ad o ção d e m ed id as p ro filáticas co ntra o H BV serão tam bém úteis p ara sua p rev enção .

SUM M ARY

The m e dic ai literatu re b as shou m that the in habit an t s o f the A m az o n reg ion ar e hig hly affec t ed by hepatites B an d delta v iruses in fection, bu t this has n ev er been stu died in In dian c hildren by

ag e g rou p. A study o f the p r e v ale n c e o f sero lo g ic al m arkers o f hepatitis B an d delta v iruses in In dian c hildren ag e d 0 to 14 y ears liv ing in the PIX w as c ar r ie d out. Tim P ar k is lo c at ed in C en tral Braz il, a reg ion w hic h is in the tran sition betw een the sav an n ah to the south an d the A m az o n ju n g le to the north. To determ in e the p r e v ale n c e o f H BV an d H D V m a r k e r s in I n d i a n c h i l d r e n a n d t o c har ac t e iiz e the rou te o f H BV tran sm ission in this reg ion . O ut o f the 1 7 tribes liv ing in the PIX , tw o

the C aiabi an d the T x u c arram ãew ere chosen bec au se both liv e in the N orth p ar t o f the P ark, but h av e qu it e diffe r e n t w ay s o f life. T he o v erall p rev alen c e o f H BV seru m m arkers w as: HBsA g, 4.5% ; anti-H Bs, 3 9.6 % ; an ti- H Bc, 44 .1% ; an y m ar ke r o f HBV , 47.3% ; an d anti-H D V , 0.0% . H ow ev er; a striking differen c e in the p r e v ale n c e o f hepatitis B m arkers w as observ ed betw een the two tribes: y o u n g er C aiabi c hildren w ere m u ch less affe c t e d than the T x u c arram ãe ones. The p rev alen c e o f HBsA g in fe r t ile w om en w as 12% , bein g an ti- H Be positiv e. O ur dat a sug gest that H BV in fection is hig hly prev alen t am o n g In dian c hildren liv ing in this In dig en ou s P ark an d v ertical in fection is n ot an im portan t rou te o f transm ission in either tribes.

Key -words: H epatitis B. H epatitis D. Epidem iolog y .

In dig en ou s popu lation s.

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